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Lições antigas CPAD o fruto do Espiro Santo 2005
Lições antigas CPAD o fruto do Espiro Santo 2005

               LIÇÕES ANTIGAS CPAD O FRUTO DO ESPIRITO SANTO 2005 

                                                       LIÇÕES N.1 A 13                                

  

          Lição 13 - FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL: CONTRA ISSO NÃO HÁ LEI.

       Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º TRIMESTRE DE 2005 

 

TEXTO ÁUREO: “Mas o fruto do ESPÍRITO é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei” (Gl 5.22,23). AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO

 

VERDADE PRÁTICA: O cristão, que produz o fruto do ESPÍRITO  deve saber que não há lei restritiva sobre isso.

Nada na Palavra de DEUS condena aquele que quer viver nos moldes de CRISTO, antes, pelo contrário, lha faz promessas de vida eterna e abundante com DEUS.

Rm 8. 1 Portanto, agora já não há condenação para os que estão em CRISTO JESUS{1}, 2 porque por meio de CRISTO JESUS a lei do ESPÍRITO de vida me libertou da lei do pecado e da morte.

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:

 

ROMANOS 12.9-18; 9 O amor seja não fingido. Aborrecei o mal, e apegai-vos ao bem.10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. 11 Não sejais vagarosos no cuidado, mas sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor. 12 Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração. 13 Partilhai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade. 14 Abençoai aos que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis. 15 Alegrai-vos com os que se alegram, e chorai com os que choram. 16 Sede unânimes entre vós. Não ambicioneis as coisas altivas, mas acomodai-vos às humildes. Não sejais sábios em vós mesmos. 17 A ninguém torneis mal por mal. Procurai as coisas honestas perante todos os homens.  18 Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.

 

AMAI-VOS CORDIALMENTE UNS AOS OUTROS. Todos os que se dedicam a JESUS CRISTO pela fé, também devem dedicar mútuo amor uns aos outros, como irmãos em CRISTO (1 Ts 4.9,10), com afeição sincera, bondosa e terna. Devemos preocupar-nos com o bem-estar, as necessidades e a condição espiritual dos nossos irmãos, sendo solidários e assistindo-os nas suas tristezas e problemas. Devemos preferir-nos em honra uns aos outros, i.e., devemos estar dispostos a respeitar e honrar as boas qualidades dos outros crentes (ver Jo 13.34,35)

 

GÁLATAS 5.16-18, 16 Digo, porém: Andai no Espírito, e não satisfareis à concupiscência da carne. 17 Pois a carne deseja o que é contrário ao ESPÍRITO, e o ESPÍRITO o que é contrário à carne. Estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. 18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.

O ESPÍRITO... CONTRA A CARNE. O conflito espiritual interiormente no crente envolve a totalidade da sua pessoa. Este conflito resulta ou numa completa submissão às más inclinações da "carne", o que significa voltar ao domínio do pecado; ou numa plena submissão à vontade do ESPÍRITO SANTO, continuando o crente sob o senhorio de CRISTO (v. 16; Rm 8.4-14). O campo de batalha está no próprio cristão, e o conflito continuará por toda a vida terrena, visto que o crente por fim reinará com CRISTO (Rm 7.7-25; 2 Tm 2.12; Ap 12.11; ver Ef 6.11)

 

GÁLATAS 5.22-25  22 Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade,  fidelidade, 23 mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. 25 Se vivemos no ESPÍRITO  andemos também no Espírito. 26 Não nos tornemos convencidos, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.

 

AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Gl 5.16 O antídoto contra as concupiscências da carne

 

Terça - Rm 7.5 A natureza pecaminosa produz fruto para a morte

Quarta - Rm 6.14 O pecado não tem domínio sobre quem está sob a graça de DEUS

 

 

Quinta - Gl 5.25 Viver no ESPÍRITO é andar conforme a doutrina bíblica

Sexta - Rm 8.14 Os filhos de DEUS deixam se guiar pelo ESPÍRITO de DEUS

Sábado - Rm 6.22 O fruto espiritual conduz à santificação do crente

 

 

OBJETIVOS: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:

1- Explicar o conceito bíblico de liberdade cristã.

2- Estabelecer a diferença entre liberdade em CRISTO e escravidão da lei.

3- Citar o fruto do Espírito.

 

PONTO DE CONTATO:

 

Professor, chegamos ao final de mais um trimestre! Durante esses encontros dominicais, nossos alunos foram abençoados por DEUS através do ensino de diversos temas bíblicos edificantes. Quantos momentos agradáveis passamos com a classe! Fomos instrumentos nas poderosas mãos do Pai para exortar, consolar e edificar os amados filhos de DEUS. Algumas vezes, sem que os alunos percebessem, comparecemos diante deles atribulados, preocupados. Em outros momentos, enfermos, com necessidades materiais não supridas. Não foi fácil perseverar ante as adversidades enfrentadas neste trimestre. Mas graças ao nosso DEUS, cumprimos a nossa missão. Na tristeza, desfrutamos da alegria; na tribulação, mostramo-nos pacientes e perseverantes; na tempestade, usufruímos da mais profunda paz. Ensinamos porquanto primeiramente aprendemos com o ESPÍRITO SANTO a ser como CRISTO.

 

SÍNTESE TEXTUAL:

 

A carta de Paulo aos Romanos foi considerada o principal livro do Novo Testamento e o mais puro Evangelho pelo reformador Martinho Lutero. O impacto que as palavras desta carta causaram no ‘Cisne de Eisleben’ fê-lo afixar na capela de Wittemberg suas ‘noventa e cinco teses’. Outros estudiosos e fiéis têm encontrado semelhante conforto e segurança salvífica ao estudar os temas doutrinários contidos em Romanos.

A pergunta crucial encontrada nos capítulos seis e sete é: ‘Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum’ (Rm 6.15). Ser livre do jugo da lei não significa que o crente pode fazer o que lhe apraz, todavia, antes, implica ser escravo da graça: ‘mas agora libertados do pecado e feitos servos de DEUS, tendes o vosso fruto para a santificação, e por fim a vida eterna’ (Rm 6.22). É ser transportado do Diabo para DEUS, do pecado para a santidade, das obras da carne para o fruto do ESPÍRITO  da morte para a vida eterna (Rm 6.16-23). Há diversas leis bíblicas que condenam o pecado em todas as suas dimensões, no entanto, não há qualquer restrição à manifestação do fruto do Espírito.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:

 

 Professor, como já é de seu conhecimento, a ilustração de um tema possibilita múltiplas aprendizagens, pois o aluno não assimila a matéria apenas por aquilo que ouve, mas também pelo que vê, apalpa etc. Por exemplo, quantos sentidos seriam despertados através do uso de uma simples fruta para ilustrar o ensino do fruto do Espírito! Por isso, nesta última lição, reproduza o desenho abaixo no quadro de giz. Explique resumidamente a importância de cada virtude do fruto do Espírito. Se for possível, leve tangerinas ou laranjas, ou qualquer outra fruta de sua região semelhante a estas, para ilustrar melhor a aula.

 

DINÂMICA: Estou utilizando uma laranja para falar sobre os aspéctos ou qualidades do FRUTO DO ESPÍRITO. Pegue uma laranja e divida-a em 9 gomos, depois junte-os para formar novamente uma laranja, envolva-a com uma fita para ficarem juntos os gomos. Você precisará também de uma laranja com casca e fechada. Também precisará de uma outra laranja com nove gomos para distribuição na classe. Dê no início da aula gomos de laranja para cada um de nove alunos. Repare no modo de chupar estes gomos, é muito importante. Um aluno come tudo de uma só vez, outro vai mordendo aos poucos, outro vai guardar para depois, outro come metade e dá para outro a outra metade, etc... Depois é só fazer a comparação entre a laranja e o FRUTO DO ESPÍRITO: Uma laranja (O FRUTO é um); Nove gomos (Nove qualidades); Um aluno come tudo de uma só (Do jeito que deveríamos aproveitar todos os gomos ou qualidades, porém não conseguimos); outro vai mordendo aos poucos (modo correto de aproveitar todos as qualidades durante nossa vida cristã); outro vai guardar para depois(negligente e preguiçoso); outro come metade e dá para outro a outra metade (É individual o aproveitamento); etc... Existem mil maneiras de se usar este ensino, ache a que melhor lhe aprouver e boa aula!!

 

COMENTÁRIO: INTRODUÇÃO

 

A vontade de DEUS é que sejamos cristãos frutíferos, isto é, que manifestemos as virtudes de CRISTO diariamente, assim como os ramos apresentam as qualidades da videira à qual estão ligados. Isso só é possível com a presença e o domínio soberano do ESPÍRITO SANTO em nós. Há na Bíblia leis contra muitas coisas, porém não há nenhuma contra o fruto do ESPÍRITO e sua abundância no crente.

 

  1. A LEI E A LIBERDADE CRISTÃ

 

  1. A Liberdade da Escravidão. Por que temos leis? Imagine como seria sua comunidade se não houvesse leis? Certamente, cada um faria o que bem quisesse, sem pensar nos direitos de ninguém.

 

A LEI DO ANTIGO TESTAMENTO

 

 Êx 20.1,2 “Então, falou DEUS todas estas palavras, dizendo: Eu sou o SENHOR, teu DEUS, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.”

 

Um dos aspectos mais importantes da experiência dos israelitas no monte Sinai foi o de receberem a lei de DEUS através do seu líder, Moisés. A Lei Mosaica (hb. torah, que significa “ensino”), admite uma tríplice divisão: (a) a lei moral, que trata das regras determinadas por DEUS para um santo viver (20.1-17); (b) a lei civil, que trata da vida jurídica e social de Israel como nação (21.1 — 23.33); e (c) a lei cerimonial, que trata da forma e do ritual da adoração ao Senhor por Israel, inclusive o sistema sacrificial (24.12 — 31.18). Note os seguintes fatos no tocante à natureza e à função da lei no Antigo Testamento.

(1) A lei foi dada por DEUS em virtude do concerto que Ele fez com o seu povo. Ela expunha as condições do concerto a que o povo devia obedecer por lealdade ao Senhor DEUS, a quem eles pertenciam. Os israelitas aceitaram formalmente essas obrigações do concerto (24.1-8)

(2) A obediência de Israel à lei devia fundamentar-se na misericórdia redentora de DEUS e na sua libertação do povo (19.4).

(3) A lei revelava a vontade de DEUS quanto a conduta do seu povo (19.4-6; 20.1-17; 21.1—24.8) e prescrevia os sacrifícios de sangue para a expiação pelos seus pecados (Lv 1.5; 16.33). A lei não foi dada como um meio de salvação para os perdidos. Ela foi destinada aos que já tinham um relacionamento de salvação com DEUS (20.2). Antes, pela lei DEUS ensinou ao seu povo como andar em retidão diante dEle como seu Redentor, e igualmente diante do seu próximo. Os israelitas deviam obedecer à lei mediante a graça de DEUS a fim de perseverarem na fé e cultuarem também por fé, ao Senhor (Dt 28.1,2; 30.15-20).

(4) Tanto no AT quanto no NT, a total confiança em DEUS e na sua Palavra (Gn 15.6), e o amor sincero a Ele (Dt 6.5), formaram o fundamento para a guarda dos seus mandamentos. Israel fracassou exatamente nesse ponto, pois constantemente aquele povo não fazia da fé em DEUS, do amor para com Ele de todo o coração e do propósito de andar nos seus caminhos, o motivo de cumprirem a sua lei. Paulo declara que Israel não alcançou a justiça que a lei previa, porque “não foi pela fé” que a buscavam (Rm 9.32).

(5) A lei ressaltava a verdade eterna que a obediência a DEUS, partindo de um coração cheio de amor (ver Gn 2.9; Dt 6.5) levaria a uma vida feliz e rica de bênçãos da parte do Senhor (cf. Gn 2.16; Dt 4.1,40; 5.33; 8.1; Sl 119.45; Rm 8.13; 1Jo 1.7).

(6) A lei expressava a natureza e o caráter de DEUS, i.e., seu amor, bondade, justiça e repúdio ao mal. Os fiéis israelitas deviam guardar a lei moral de DEUS, pois foram criados à sua imagem (Lv 19.2).

(7) A salvação no AT jamais teve por base a perfeição mediante a guarda de todos os mandamentos. Inerente no relacionamento entre DEUS e Israel, estava o sistema de sacrifícios, mediante os quais, o transgressor da lei obtinha o perdão, quando buscava a misericórdia de DEUS, com sinceridade, arrependimento e fé, conforme a provisão divina expiatória mediante o sangue.

(8) A lei e o concerto do AT não eram perfeitos, nem permanentes. A lei funcionava como um tutor temporário para o povo de DEUS até que CRISTO viesse (Gl 3.22-26). O antigo concerto agora foi substituído pelo novo concerto, no qual DEUS revelou plenamente o seu plano de salvação mediante JESUS CRISTO (Rm 3.24-26; ver Gl 3.19, com matéria adicional sobre a natureza e função da lei no AT).

(9) A lei foi dada por DEUS e acrescentada à promessa “por causa das transgressões” (Gl 3.19); i.e., tinha o propósito (a) de prescrever a conduta de Israel; (b) definir o que era pecado; (c) revelar aos israelitas a sua tendência inerente de transgredir a vontade de DEUS e de praticar o mal, e (d) despertar neles o sentimento da necessidade da misericórdia, graça e redenção divinas (Rm 3.20; 5.20; 8.2).

 

A lei do Antigo Testamento não evitava que as pessoas procedessem erroneamente, contudo, através dela podiam distinguir entre o certo e o errado. A decisão para obedecer ou desobedecer à lei era individual. Se alguém escolhesse desobedecer à lei, teria de arcar com as inevitáveis conseqüências.

DEUS sabia que o homem, devido ao pecado inato em sua natureza, não podia por seu próprio esforço cumprir a lei divina. DEUS, pois, estabeleceu a oferta de sacrifícios como expiação pelo pecado. No devido tempo, JESUS veio e cumpriu toda a lei ao oferecer-se de uma vez por todas como nossa expiação. Ele estabeleceu uma nova aliança entre DEUS e o homem, através da qual somos perdoados mediante a graça de DEUS pela fé no Salvador JESUS. Ver Lc 2.10,11; Gl 4.4-6. Agora não estamos sob a escravidão do antigo pacto. Por CRISTO, somos libertos da lei (Jr 31.31-34).

 

  1. A Lei de Liberdade.

 

 

Vira-Latas - Sem Lei     Acorrentado - Lei da Condenação   Por Amor - Lei Espiritual

Desgarrados com         Tentativa de auto-justificação         Servindo alegremente

ovelhas sem pastor      Pisar o sangue de CRISTO            Justificação pela Fé em JESUS

 

DINÂMICA 2 :

 

Pegue três fotos de cães, uma com um cão vira-latas, outra com um cão acorrentado, outra com um cão abraçado a seu dono. (Se tiver Retroprojetor e puder usar transparências com esses tres tipos de cães será maravilhoso; se puder pegar a foto da laranja no site e colocar no retro também será maravilhoso seu ensino e a aprendizagem dessa lição.) 1- Considere o cão vira-latas como aquele que vive sem lei, andando segundo sua próprias concupiscências. 2- Considere o cão acorrentado como aquele que vive preso à lei (no cão, sua lei é a corrente que só lhe permite ir até aonde a corrente o permite), procura se justificar perante DEUS por suas obras, pesando em uma balança imaginária o que fêz de certo e o que fêz de errado, caso pender o prato para o lado bom, então está tudo bem, caso pender para o lado mal é só dar umas esmolas ou ajudar alguém e pronto, a balança está no lado bom novamente. é a falsa religião da busca por justificação própria, recusando o sacrifíco de JESUS. 3- Considere o cão de legítima raça e cheio de amor, que não vive sem dono e nem está acorrentado como o cristão que tem um dono, JESUS, porém não o serve por obrigação e nem precisa de vigia ou de lei para o servir, pois, o serve por amor e nunca fica distante de seu dono.

 

Rm 8.1 Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.

2 Porque a lei do ESPÍRITO de vida, em CRISTO JESUS, me livrou da lei do pecado e da morte.

3 Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, DEUS, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne,

4 para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.

5 Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o ESPÍRITO  para as coisas do Espírito.

6 Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do ESPÍRITO é vida e paz.

7 Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra DEUS, pois não é sujeita à lei de DEUS, nem, em verdade, o pode ser.

8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a DEUS.

9 Vós, porém, não estais na carne, mas no ESPÍRITO, se é que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós. Mas, se alguém não tem o ESPÍRITO de CRISTO, esse tal não é dele.

10 E, se CRISTO está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.

11 E, se o ESPÍRITO daquele que dos mortos ressuscitou a JESUS habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a CRISTO também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu ESPÍRITO que em vós habita.

12 De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne,

13 porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.

14 Porque todos mos que são guiados pelo ESPÍRITO de DEUS, esses são filhos de DEUS.

 

8.1 OS QUE ESTÃO EM CRISTO JESUS. Paulo acaba de demonstrar que a vida sem a graça de CRISTO é derrota, miséria e escravidão do pecado. Agora, em Rm 8, Paulo nos diz que a vida espiritual, a liberdade da condenação, a vitória sobre o pecado e a comunhão com DEUS nos vêm pela união com CRISTO, mediante o ESPÍRITO SANTO que em nós habita. Ao recebermos o ESPÍRITO e sermos por Ele dirigidos, somos libertos do poder do pecado e prosseguimos adiante para a glorificação final em CRISTO. Essa é a vida cristã normal, segundo a plena provisão do evangelho.

8.2 A LEI DO ESPÍRITO. Esta "lei do ESPÍRITO de vida" é o poder e a vida do ESPÍRITO SANTO, reguladores e ativadores operando na vida do crente. O ESPÍRITO SANTO entra no crente e o liberta do poder do pecado (cf. 7.23). A lei do ESPÍRITO entra em plena operação, à medida que os crentes se comprometem a obedecer ao ESPÍRITO SANTO (vv. 4,5,13,14). Descobrem que um novo poder opera dentro deles; poder este que os capacita a vencer o pecado. A "lei do pecado e da morte", neste versículo, é o poder dominante do pecado, que faz da pessoa uma escrava do pecado (7.14), reduzindo-a à miséria (7.24).

8.4 PARA QUE A JUSTIÇA DA LEI SE CUMPRISSE EM NÓS. O ESPÍRITO SANTO operando dentro do crente, capacita-o a viver uma vida de retidão que é considerada o cumprimento da lei moral de DEUS. Sendo assim, a operação da graça e a guarda da lei moral de DEUS não conflitam entre si (cf. 2.13; 3.31; 6.15; 7.12,14). Ambas revelam a presença da justiça e da santidade divinas.

8.5-14 SEGUNDO A CARNE... SEGUNDO O ESPÍRITO. Paulo descreve duas classes de pessoas: as que vivem segundo a carne e as que vivem segundo o Espírito. (1) Viver "segundo a carne" ("carne", aqui, é o elemento pecaminoso da natureza humana) é desejar e satisfazer os desejos corrompidos da natureza humana pecaminosa; ter prazer e ocupar-se com eles. Trata-se não somente da fornicação, do adultério, do ódio, da ambição egoísta, de crises de raiva, etc. (ver Gl 5.19-21), mas também da obscenidade, de ser viciado em pornografia e em drogas, do prazer mental e emocional em cenas de sexo, em peças teatrais, livros, vídeo, cinema e assim por diante (ver o estudo AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO). (2) Viver "segundo o Espírito" é buscar a orientação e a capacitação do ESPÍRITO SANTO e submeter-nos a elas e concentrar nossa atenção nas coisas de DEUS (ver o estudo AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO). É estar sempre consciente de que estamos na presença de DEUS, e nEle confiarmos para que nos assista e nos conceda a graça de que carecemos para que a sua vontade se realize em nós e através de nós. (3) É impossível obedecer à carne e ao ESPÍRITO ao mesmo tempo (vv. 7,8; Gl 5.17,18). Se alguém deixa de resistir, pelo poder do ESPÍRITO SANTO, a seus desejos pecaminosos e, pelo contrário, passa a viver segundo a carne (v.13), torna-se inimigo de DEUS (8.7; Tg 4.4), e a morte espiritual e eterna o aguarda (v.13). Aqueles cujo amor e solicitude estão prioritariamente fixados nas coisas de DEUS, podem esperar a vida eterna e a comunhão com Ele (vv. 10,11,15,16)

Os cristãos, pela fé em CRISTO, estão sob o novo concerto, portanto, livres da observância dos ritos cerimoniais e dias especiais relacionados ao antigo. A nova aliança, mediante o sangue de JESUS, é uma aliança de liberdade, justiça e vida (Mt 26.28). Em Gálatas 6.2, o evangelho é chamado “a lei de CRISTO”, a lei da liberdade para servirmos a DEUS e não ao pecado.

 

2Co 3.6 o qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo 1Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o ESPÍRITO vivifica.7 E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual 2era transitória, 8 como não será de maior glória o ministério do Espírito?

 

3.6 A LETRA MATA. Não é a lei nem a Palavra de DEUS escrita, em si mesmas, que destroem. Trata-se, pelo contrário, das exigências da lei, que sem a vida e o poder do Espírito, trazem condenação (vv. 7.9; cf. Jr 31.33; Rm 3.3). Mediante a salvação em CRISTO, o ESPÍRITO SANTO concede vida e poder espiritual ao crente para que este faça a vontade de DEUS. Mediante o ESPÍRITO SANTO, a letra da lei já não mata

3.8 O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO. Aqui, Paulo chama o "novo testamento" ou o novo concerto "o ministério do Espírito", referindo-se à ministração do ESPÍRITO SANTO. Mediante a fé em CRISTO, recebemos o ESPÍRITO SANTO, nascemos de novo, e recebemos a promessa do batismo no ESPÍRITO (At 1.8; 2.4). Todos os benefícios redentores em CRISTO, vêm através do ESPÍRITO SANTO. É Ele quem nos transmite a presença de CRISTO e todas as suas bênçãos (v. 9)

 

  1. UM DESENVOLVIMENTO PROGRESSIVO

 

O fruto do ESPÍRITO é a obra espontânea do ESPÍRITO SANTO dentro de nós, ou melhor, é o crescimento gradual da vida e natureza de JESUS CRISTO no crente. Mediante o ESPÍRITO SANTO, o caráter de JESUS pode ser contemplado em você no trabalho? Na rua? Na igreja? No culto? No lar? Na escola? No lazer? Nos relacionamentos? (Ver 1 Pe 1.15,16). Qual a sua reação diante das provações? (Rm 12.12).

Este modo de viver santo e honesto realiza-se no crente à proporção que o ESPÍRITO SANTO controla e influencia sua vida. O propósito deste estudo é encorajá-lo a buscar este desenvolvimento progressivo. Quem anda em ESPÍRITO  não cumpre os desejos da carne, pelo contrário, o seu principal anelo é viver como JESUS, agir como Ele, e refletir o seu caráter.

 

2Co 3.17 Ora, o Senhor é ESPÍRITO; e onde está o ESPÍRITO do Senhor, aí há liberdade. 18 Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na

mesma imagem, como pelo ESPÍRITO do Senhor.

 

3.17 ONDE ESTÁ O ESPÍRITO... AÍ HÁ LIBERDADE. A liberdade que vem através de CRISTO (Gl 5.1) é, acima de tudo, libertação da condenação e escravidão do pecado (vv. 7-9; Rm 6.6,14; 8.2; Ef 4.22-24; Cl 3.9,10) e do domínio total de Satanás (At 26.18; Cl 1.13; 1 Pe 5.8). (1) A verdadeira libertação começa quando o crente se une a CRISTO (At 4.12; Ef 1.7) e recebe o ESPÍRITO SANTO (ver o estudo A REGENERAÇÃO). A libertação da escravidão espiritual é mantida através da presença contínua do ESPÍRITO SANTO no crente, e pela obediência deste à orientação do ESPÍRITO (Rm 8.1ss; Gl 5.18; cf. Jo 15.1-11). (2) A liberdade proporcionada por CRISTO não é uma liberdade para o crente fazer o que quer (1 Co 10.23,24), mas para fazer o que deve (Rm 6.18-23). A liberdade espiritual nunca deve ser usada como pretexto para o mal, nem como justificativa para conflitos (Tg 4.1,2; 1 Pe 2.16-25). A liberdade cristã deixa o crente livre  para servir a DEUS (1 Ts 1.9) e ao próximo (1 Co 9.19), segundo a justiça (Rm 6.18ss.). Agora somos servos de CRISTO (1 Co 7.22; Rm 1.1; Fp 1.1), vivendo para agradar a DEUS, pela graça (Rm 5.21; 6.10-13)

3.18 REFLETINDO... A GLÓRIA DO SENHOR. Significa experimentar a sua presença, o seu amor, a sua justiça e o seu poder através da oração e do ESPÍRITO SANTO, quando permanecermos nEle e na sua Palavra. Isto resulta em sermos transformados à sua semelhança (4.6; cf. Cl 1.15; Hb 1.3). Na presente era, essa transformação é progressiva e parcial. Quando, porém, CRISTO voltar, nós o contemplaremos face a face, e a nossa transformação será completa (1 Jo 3.2; Ap 22.4).

 

 

III. UM RETROSPECTO DO FRUTO DO ESPÍRITO

 

No intuito de concluirmos o estudo deste trimestre, revisaremos cada qualidade do fruto do Espírito.

 

FRUTO DO ESPÍRITO

 

 Atributos, aspectos ou qualidades do FRUTO DO ESPÍRITO

 

 A primeira virtude do fruto do ESPÍRITO é o amor divino ou ágape, o qual é abnegado, profundo e constante; sua maior expressão encontra-se em DEUS e no ato de CRISTO na cruz. É paciente, benigno e altruísta. Alegra-se com a verdade. Não é invejoso, imprudente, orgulhoso, arrogante ou rude, e nem se ira facilmente. Tudo espera, tudo suporta, tudo crê (1 Co 13). Reparou que muitas definições de outras dimensões do fruto espiritual aplicam-se ao amor?

 

 

 Esta característica é uma graça divina cujo resultado é satisfação, deleite tranqüilo e contentamento no Espírito. É proveniente da fé em DEUS e não é afetada pelas circunstâncias da vida. Alegramo-nos por causa da salvação e das bênçãos que a seguem. Há um forte elo entre o sofrimento e a alegria, pois esta concede-nos força para suportar aquele.

 

 

 A paz outorgada pelo ESPÍRITO SANTO implica tranqüilidade, quietude, unidade, harmonia, segurança, confiança, abrigo e refúgio. É um senso de bem-estar espiritual, e a convicção de que DEUS supre todas as nossas necessidades. A Bíblia nos exorta a fazer o melhor que pudermos para viver em paz com todos, a buscar a paz e a segui-la. A paz com os homens também requer que sejamos pacificadores.

 

  1. Paciência, ou Longanimidade

 

 Esta virtude trata da longanimidade, calma e autodomínio. Paciência é a perseverança ou a capacidade de suportar as circunstâncias adversas. É manifestada nos atributos de DEUS conforme descritos em Êxodo 34.6 — misericordioso, piedoso, tardio em iras, beneficente, verdadeiro, perdoador.

 A pessoa que manifesta a benignidade possui uma disposição graciosa, a qual abrange ternura, compaixão e brandura, e flui da pureza interior. Ela nos predispõe a fazer o que é bom. A benignidade está estreitamente associada à bondade, isto é, à prática de ações benignas.

 

 

 Esta característica é a prática ou expressão da benignidade — fazer o que é bom. Inclui servir aos outros e ser generoso. Pode ser afável e forte, mas também implica repreensão e disciplina com a finalidade de conduzir ao arrependimento e ao perdão.

 

 Esta é a qualidade de quem possui fé. Fidelidade está relacionada à probidade, integridade, fidedignidade, lealdade, honestidade e sinceridade. A fidelidade baseia-se em nossa confiança de que JESUS nos salva e em nossa absoluta rendição a Ele como nosso Senhor e Salvador. O indivíduo fiel é digno de crédito — age corretamente e cumpre suas promessas. É fiel na mordomia — realiza a obra de DEUS de maneira diligente, porquanto reconhece que seu tempo, talentos e posses pertencem ao Senhor.

 

  1. Mansidão

.

 As três principais idéias deste aspecto são: submissão à vontade de DEUS; suscetibilidade para aprender; e atenciosidade. A mansidão abrange o controle da raiva. As analogias de CRISTO com o cordeiro, do ESPÍRITO SANTO com a pomba e dos crentes com as ovelhas ilustram a importância desta virtude em nossa vida.

  1. Temperança, ou Domínio Próprio

 

A dimensão final do fruto do ESPÍRITO é a temperança ou autocontrole, isto é, o domínio sobre o ego. É ilustrada através do treinamento rígido e da disciplina de atletas dos antigos tempos, que se empenhavam em conquistar o prêmio (Hoje, isso acabou e os chamados atletas são apenas profissionais e não mais vocacionais). A temperança implica dominar as paixões sensuais e moderar os hábitos diários, ao invés de satisfazer os próprios desejos.

 

CONCLUSÃO

 

O fruto nônuplo do ESPÍRITO é uma necessidade para o cristão que deseja refletir a imagem de CRISTO nestes últimos dias. Não somos apenas exortados por JESUS a carregar a cruz e a segui-lo, mas também a revestirmo-nos de seu caráter santo. Os atributos morais do Senhor se manifestam no crente à medida que este permanece ligado à Videira Verdadeira. Estas virtudes são produzidas pelo ESPÍRITO SANTO — o Executivo divino das qualidades morais de CRISTO no crente.

Em suma: ou o crente produz o fruto do ESPÍRITO  ou não tem fruto nenhum. Esse fruto é um só, com diferentes aspectos como já vimos. Um fruto não permanece na árvore mutilado, bichado e incompleto. É “o” fruto do ESPÍRITO segundo Gl 5.22.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES:

 

Subsídio Teológico

 

“Vários fatores contribuíram para que o estado néscio dos cristãos gálatas se tornasse ainda mais grave. A doutrina da cruz lhes foi pregada, e a ceia do Senhor lhes era ministrada. Em ambas, CRISTO crucificado e a natureza de seus sofrimentos lhes haviam sido expostos de modo pleno e claro. [...] Não são sábios aqueles que toleram ser desviados do ministério e da doutrina em que foram abençoados para o seu próprio proveito espiritual. Ah! Que os homens não se desviem da doutrina de CRISTO crucificado, que é uma doutrina de importância absoluta, para ouvirem distinções inúteis, pregações puramente morais ou loucas imaginações! O DEUS deste mundo cegou o entendimento dos homens usando diversos homens e meios, para que aprendessem a não confiar no Salvador crucificado. Podemos perguntar de modo direto: Onde há o fruto do ESPÍRITO de modo mais evidente? Naqueles que pregam a justificação por meio das obras da lei, ou naqueles que pregam a doutrina da fé? Com toda segurança, nestes últimos” (HENRY, Matthew. Comentário bíblico de Matthew Henry. RJ: CPAD, 2002, p. 983). Leia mais na Revista Ensinador Cristão CPAD, nº 21. pág. 42 

 

 

Lição 12 - O Fruto Do ESPÍRITO - O FRUTO E OS DONS DO ESPÍRITO

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º TRIMESTRE DE 2005

 

TEXTO ÁUREO: “A caridade nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá” (1 Co 13.8).

 

13.8 LÍNGUAS, CESSARÃO. Os dons espirituais, como profecia, línguas e ciência terminarão no fim da presente era. A ocasião em que eles cessarão é descrita assim: "quando vier o que é perfeito" (v. 10), ou seja, no fim da presente era, quando, então, o conhecimento e o caráter do crente se tornarão perfeitos na eternidade, depois da segunda vinda de Cristo (v. 12; 1.7). Até chegar esse tempo, precisamos do Espírito e dos seus dons na congregação. Não há nenhuma evidência aqui, nem em qualquer outro trecho das Escrituras, de que a manifestação do Espírito Santo através dos seus dons cessaria no fim da era apostólica.

 

VERDADE PRÁTICA: O fruto e os dons do Espírito capacitam o crente a realizar atos miraculosos para a glória de Deus e avanço do seu reino.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 CORÍNTIOS 12.28-31; 13.1,2

28 A uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. 29 São todos apóstolos? São todos profetas? São todos mestres? São todos operadores de milagres? 30 Têm todos dons de curar? Falam todos em outras línguas? Interpretam-nas todos? 31 Portanto, procurai com zelo os melhores dons. E agora eu vos mostrarei o caminho mais excelente.

12.28 A UNS PÔS DEUS NA IGREJA. Paulo apresenta aqui uma lista parcial dos dons de ministério (ver Rm 12.6-8 e Ef 4.11-13)

12.30 FALAM TODOS DIVERSAS LÍNGUAS? A pergunta retórica de Paulo, aqui, subentende uma resposta negativa. O contexto no cap. 12 revela que Paulo se refere ao uso do dom de línguas e o outro dom que o acompanha nos cultos públicos ? o dom de interpretação de línguas. Paulo não está a limitar o uso de línguas nas orações e no louvor a Deus em particular (cf. 14.5). Muitos crentes batizados no Espírito Santo acham fácil orar em línguas à medida que se rendem ao Espírito Santo. No dia do Pentecoste (At 2.4), em Cesaréia (At 10.44-46) e em Éfeso (At 19.2-6), todos que estavam cheios do Espírito falaram em línguas como sinal de que tinham recebido a plenitude do Espírito (ver o estudo O FALAR EM LÍNGUAS)

 

13.1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa, ou como o sino que tine. 2 Ainda que eu tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que eu tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

13.1 E NÃO TIVESSE CARIDADE. O cap. 13 é uma continuação do ensino de Paulo sobre os dons espirituais. Ele enfatiza, aqui, que ter dons espirituais sem amor (caridade), de nada adianta (vv. 1-3). O "caminho ainda mais excelente" (12.31) é o exercício de dons espirituais com amor (vv. 4-8). O amor, sendo o único contexto em que os dons espirituais podem cumprir o propósito de Deus, deve ser o princípio predominante em todas as manifestações espirituais. Daí, Paulo exortar os coríntios: "Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais" (14.1). Os crentes devem, com muito zelo, buscar as coisas do Espírito, para que, assim equipados, possam ajudar, consolar e abençoar o próximo neste mundo.

13.2 NADA SERIA. Há pessoas afeitas às práticas religiosas sem qualquer aprovação de Deus. É até possível que nem sejam crentes. Por exemplo, pessoas, que falam em línguas, profetizam, têm conhecimento ou realizam grandes obras da fé, sem, contudo terem amor, nem a justiça de Cristo. Esses, "nada" são aos olhos de Deus. Diante de Deus, a sua espiritualidade e profissão de fé são vãs (v.1); esses não têm lugar no Reino de Deus (cf. 6.9,10). Não somente lhes falta a plenitude do Espírito, como também não têm a sua presença habitando neles. As manifestações espirituais que ocorrem neles não provêm de Deus, mas doutro espírito (ver At 8.21; 1 Jo 4.1). O essencial na autêntica fé cristã é o amor segundo uma ética que não prejudique o próximo e que persevere na lealdade a Cristo e à sua Palavra (ver também v. 13)

 

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Co 14.1 O fruto e os dons devem ser igualmente buscados

 

Terça - Rm 12.3 O fruto é conexo à fé que Deus reparte

.

 

Quarta - Mt 7.16 Pelo fruto conhece-se a árvore

Quinta - 1 Co 1.7,8 O fruto tem a ver com o nosso ser e os dons com o fazer

Sexta - 1 Co 12.4 Os dons são operações sobrenaturais do

Sábado - Gl 5.22 O fruto é gerado pelo Espírito e os dons comunicados por Ele

22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,

 

OBJETIVOS: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:

1- Estabelecer a diferença entre os dons, o dom e o fruto do Espírito.

2- Explicar a relação entre os dons e o fruto do Espírito Santo nas epístolas paulinas.

3- Definir o termo maturidade cristã.

 

PONTO DE CONTATO:

 

Professor, dentro do contexto pentecostal, os dons espirituais têm recebido muita atenção enquanto o fruto esporadicamente é abordado. A associação dos dois temas apresentados nesta lição exigirá conhecimento tanto de um quanto do outro. Evite teorias e posições infundadas sobre os dons e o fruto. Resguarde-se da supervalorização dos dons em detrimento do fruto, e vice-versa. É necessário o equilíbrio entre uma doutrina e outra para a completa maturidade dos fiéis. Ensine a classe não somente a cultivar o fruto, mas também a buscar os dons espirituais.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:

 

 Nesta lição, usaremos um Paralelo Lógico. Este recurso possibilita a comparação entre vários elementos e suas possíveis correspondências. Na lição, trabalhamos com três conceitos distintos que se entrelaçam seja por contraste, seja por complementação. Reproduza o gráfico abaixo no quadro-de-giz e preencha-o com os alunos.

 

DONS

FRUTO

DOM DO ESPÍRITO

Habilita a saber, falar e agir com poder

Habilita a falar , agir e ser como CRISTO

Habilita a testemunhar e servir com eficácia

Devem ser exercidos com o fruto

Disciplina o uso dos dons

Possibilita os dons aos crentes

Atestam o recebimento do batismo no ESPÍRITO

Evidencia a habitação do ESPÍRITO no crente

Confirma o recebimento dos dons e a habitação do ESPÍRITO

Não transforma o caráter à semelhança de CRISTO

Transforma o caráter à semelhança de CRISTO

Concede o mesmo poder que habita em CRISTO

 

COMENTÁRIO: INTRODUÇÃO

 

Nesta lição estaremos estudando sobre a diferença entre O Dom do ESPÍRITO, Os Dons do ESPÍRITO e O Fruto do ESPÍRITO.

 

  1. OS DIVERSOS RELACIONAMENTOS DO FRUTO

 

  1. Os Dons e o Dom.

 

OS DONS ESPIRITUAIS. Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.

 

PERSPECTIVA GERAL. Uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação da igreja (12.7; ver 14.26). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.

 

O Dom é concedido ao crente como graça de DEUS àquele que se entrega totalmente a Ele, neste momento o crente é cheio do ESPÍRITO SANTO, e fala em língua concedida pelo ESPÍRITO SANTO. é o chamado batismo com ou no ESPÍRITO SANTO.

 

Só é possível Os Dons àquele que recebe o Dom, ou seja, O Batismo com ou no ESPÍRITO SANTO

 

  1. Os Dons e o Fruto.

 

A mesma pessoa pode ter Dons e não desenvolver as qualidades do Fruto do ESPÍRITO, porém com o passar do tempo, estes Dons tendem a deixar de agir  e vão perdendo força na vida deste crente relapso.

Os Dons são capacitações sobrenaturais distribuídas pelo ESPÍRITO SANTO ao crente para realização das obras de DEUS.

O fruto é desenvolvido com nosso esforço em aprimorar nosso caráter olhando sempre para CRISTO como nosso alvo.

 

  1. Fruto, Dons e Dom do Espírito.

 

Fruto = Esforço na busca de melhorar nosso caráter à imagem de CRISTO e com a ajuda do ESPÍRITO SANTO

Dons = Doados pelo ESPÍRITO para a realização de Obras

Dom = Sinal de posse e confirmação do Batismo Com O ESPÍRITO SANTO

 

  1. O FRUTO E OS DONS NAS EPÍSTOLAS PAULINAS

 

  1. A Primeira Epístola aos Coríntios 12, 13, 14.

Dons do Espírito Santo (Manifestações = mostrar sobrenaturalmente e realmente a presença de DEUS):

    A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer. Para estudá-los dividimos em.

Dons de Revelação (Palavra de Sabedoria, Palavra de Conhecimento e Discernimento de espíritos) Dons de Inspiração (Profecia, Variedade de Línguas e Interpretação de Línguas) e Dons de Poder (Fé, Milagres e Curas)

 

    A busca de Dons deve ser constante na vida do crente e é incentivada pela Palavra de DEUS, porém quando se confunde Sinal com Dom, isto impede que aquele que ainda não recebeu o Dom ore para que o receba. A diferença entre o Falar em Línguas Espirituais (Estranhas) como sinal do batismo com o ESPÍRITO SANTO e como linguagem de oração, e o Dom De Línguas é tão próximo que muitos os confundem, não sabendo discernir que no Dom de línguas é uma variedade de línguas falada pelo crente, podendo o mesmo numa mesma oração falar vários tipos de línguas, assim como durante uma pregação ou na entrega de alguma mensagem a alguém ou à Igreja.

 

  1. A Epístola aos Romanos 12.

 

Operações de DEUS (DONS)

E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.(I Co 12:6)

E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.(I Co 12:28)

De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria. (Rm 12: 6-8) Deus pode usar animal para falar, como fez com a jumenta de Balaão ou usar um descrente para glorificá-lo, com fez com Nabucodonosor; Deus usa a quem quer e da maneira que quer.

 

  1. A Epístola aos Efésios 4.

 

Dons de Cristo(Ministérios): 

    E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres.(Ef 4:11); são pessoas dadas à Igreja, para orientá-la e guiá-la fazendo-a crescer. Para edificar e fortalecer a noiva de CRISTO, que é a Igreja. Assim como no corpo humano temos cinco sentidos (olfato,visão,tato,paladar e audição), assim também no corpo de CRISTO, na terra tem cinco ministérios.

 

  1. Propósitos dos dons e do fruto.

 

Os Dons são doados aos oficiais da Igreja ou aos obreiros como capacitação dos ministérios da Igreja, escolhidos por CRISTO, para que a obra de DEUS seja feita em toda a Terra.

Por exemplo:

O Apóstolo precisa de sinais que acompanham seu apostolado, como o dom de milagres ou maravilhas,

O profeta  precisa de sinais que acompanham sua pregação, como a palavra de sabedoria e a palavra de conhecimento,

O Evangelista precisa de sinais que acompanham sua pregação, como a profecia,

O pastor precisa de sinais que acompanham seu pastorado, como o discernimento de espíritos,

O mestre precisa de sinais que acompanham seu mestrado, como os dons de curar,

 

O Fruto é a manifestação da personalidade de CRISTO no crente

"Diga-me com quem tu andas que eu te direi quem tu és", já dizia minha mãe; assim o crente que anda com quem gosta de contar piadas passa a ser um piadista, o crente que anda com quem gosta de comentar futebol acaba sendo comentarista esportivo; então o crente que anda em intimidade com JESUS acaba copiando o jeito e o modo de JESUS falar e agir.

 

III. OS DONS, O FRUTO E A MATURIDADE CRISTÃ

 

  1. Maturidade cristã.

 

O SENHOR QUER QUE CRESÇAMOS ATÉ À ESTATURA DE UM CRISTÃO ADULTO E MADURO!

Quando nós somos salvos e nascemos de novo, espiritualmente somos apenas crianças. E cada dia uma criança tem que comer e fazer um pouco mais de exercício a fim de crescer um pouco mais! Mas muitos Cristãos param de crescer quando têm apenas alguns anos e nunca se tornam adultos, nunca amadurecem! Pensam que já aprenderam tanto que não têm que aprender mais e nunca chegam a ser os Cristãos maduros que o Senhor quer que cada um de nós seja: verdadeiros soldados capazes de arcar com muita responsabilidade e fazer sacrifícios!

A Palavra de Deus diz que até Jesus "aprendeu a obediência através das coisas que padeceu" e que, "cresceu em estatura e em sabedoria e em graça para com Deus e os homens." (Heb.5:8; Luc. 2:52). Cada dia, nós aprendemos a obedecer em alguma coisa nova. E embora algumas coisas fiquem mais difíceis, outras ficam mais fáceis, como quando crescemos! Se trata exatamente disso!

Maturidade espiritual não é uma questão de anos ou de tempo, mas depende apenas da nossa conexão com o Senhor e a Sua Palavra, e da nossa obediência e humildade. Uma criança torna-se adulta quando aprende a sacrificar-se pelos outros e a compartilhar e ajudar os outros! Isso, aos olhos do Senhor, é maturidade!

 

ORGANOGRAMA DA MATURIDADE CRISTÃ - Hebreus - 12

1 PORTANTO nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, 2 Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. 3 Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos. 4 Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.

5 E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido; 6 Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. 7 Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? 8 Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. 9 Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? 10 Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. 11 E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela. 12 Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados, 13 E fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja não se desvie inteiramente, antes seja sarado. 14 Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; 15 Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem. 16 E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura. 17 Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou. 18 Porque não chegastes ao monte palpável, aceso em fogo, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade, 19 E ao sonido da trombeta, e à voz das palavras, a qual os que a ouviram pediram que se lhes não falasse mais; 20 Porque não podiam suportar o que se lhes mandava: Se até um animal tocar o monte será apedrejado ou passado com um dardo. 21 E tão terrível era a visão, que Moisés disse: Estou todo assombrado, e tremendo. 22 Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; 23 À universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; 24 E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel. 25 Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus; 26 A voz do qual moveu então a terra, mas agora anunciou, dizendo: Ainda uma vez comoverei, não só a terra, senão também o céu. 27 E esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam. 28 Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade; 29 Porque o nosso Deus é um fogo consumidor.

 

 

  1. O cristão espiritualmente maduro.

 

Crescendo em CRISTO JESUS

     Antes, crescei na graça se conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém!

Paulo define as pessoas espiritualmente "perfeitas" ou maduras, que possuem a plenitude de Cristo. (1) Ser espiritualmente maduro, significa não ser "meninos" (v. 14), os quais são instáveis, facilmente enganados pelas falsas doutrinas dos homens e suscetíveis ao artificialismo enganoso. O crente permanece infantil quando tem uma compreensão inadequada das verdades bíblicas e pouca dedicação a elas (vv. 14,15). (2) Ser espiritualmente maduro inclui falar "a verdade em caridade" (v. 15). A verdade do evangelho, conforme apresentada no NT, deve ser crida com caridade, apresentada com caridade e defendida em espírito de caridade. Essa caridade é dirigida primeiramente a "Cristo" (v. 15); em seguida, à igreja (v. 16) e, finalmente, de uns para com os outros (v. 32; cf. 1 Co 16.14).

 

  1. Alcançando a maturidade cristã.

 

O que representa e em que consiste o fruto do Espírito na vida do crente? O fruto do Espírito consiste nas nove virtudes ou qualidades da personalidade de Deus implantadas pelo Espírito de Verdade no interior do crente com a finalidade de conduzi-lo à perfeição, ou seja, à imagem de Cristo. Em suma, os frutos do Espírito representa os atributos de Deus; os traços do seu caráter. O crente precisa absorvê-lo com a ajuda do Espírito Santo. O fruto tem sua manifestação na vida interior, vem de dentro para fora, é o desenvolvimento da semente que caiu em boa terra e produz para a glória de Deus.

  1. O fruto do Espírito representa 'expressões do caráter cristão':- O caráter cristão verdadeiro expressa-se no fruto do Espírito que é resumido no amor. Do amor surgem todos os demais atributos de Deus que são desenvolvidos no crente pelo Espírito Santo que nele habita. É por isso que o amor aparece encabeçando a lista das virtudes cristãs geradas pelo Espírito de Deus, por ser a fonte originária de todas as demais virtudes.
  2. O fruto do Espírito representa a maturidade cristã:- O Espírito Santo produz o fruto do caráter cristão em nossa vida somente à medida que cooperamos com Ele. As línguas, a profecia, e até mesmo o conhecimento são úteis, e são dons maravilhosos do Espírito Santo, mas sua presença em nossa vida nem sempre é uma indicação de nossa maturidade cristã. A medida de nossa maturidade em Deus, depende de quão bem temos permitido que o Espírito Santo produza os traços do caráter de Jesus em nossa vida. A maturidade espiritual envolve melhor entendimento do Espírito de Deus e das necessidades das pessoas. 'O fruto do Espírito é resultado na vida dos que participam da natureza divina, ou seja, dos que estão ligados a Cristo a 'videira verdadeira' (João 15.1-5). Maturidade em Cristo envolve união com Ele; a limpeza ou a poda pelo Pai e a frutificação. Estas são as condições da frutificação e conseqüente vida cristã vitoriosa.

 

CONCLUSÃO:

 

Devemos ter em mente que o mais importante depois de aceitar a CRISTO como Senhor e Salvador, é lermos a Palavra de DEUS todos os dias, orando para que nos seja revelado o poder de DEUS, colocando nossa vida a disposição de DEUS e sua obra, sendo que nosso viver deve ser de acordo com o molde de DEUS, ou seja, imitemos a CRISTO em tudo, em seu modo de viver e de agir.

 

Considerações:

1 Dons, só depois do batismo com o Espírito Santo. (vaso vazio não transborda)

2 O senhorio é de Cristo (o cabeça do corpo)

3 Para glorificação de Deus (o ESPÍRITO SANTO glorifica a DEUS)

4 Vaso deve estar limpo sempre para o uso constante (santificação)

5 Nada é de nós mesmos, tudo vem de DEUS (nada de orgulho).

6 Todos os dons são para os outros só um para nós, linguagem de oração.

(língua em que fomos batizados)

7 Dom de Variedade de Línguas vem após o batismo e nem todos o recebem.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

: Subsídio Devocional

“Você jamais crescerá sem a intervenção dos céus. É a norma divina para se manter inviolável à dependência da criatura perante o seu criador. Vida madura é vida sobrenatural. A essência da verdadeira espiritualidade reside no fato de que o próprio Deus está interessado em conceder-nos o crescimento. Cabe-nos, porém, preencher certas condições que demonstram nossa voluntária submissão aos preceitos básicos de seu governo. Sob que motivos pode ser anulada nossa maturidade? Quais são os obstáculos potenciais? Que tipos de empecilhos podem surgir ao longo do processo de maturação espiritual? Se você conseguir responder tais perguntas, desobstruindo o acesso rumo à estabilidade na fé, nada o deterá nesta ascendente jornada. [...] O preço da maturidade está na rejeição de conceitos e práticas que venham a projetar o domínio do pecado sobre nós (Rm 6.14). Abster-se de coisas e atos que entristecem ao Senhor, é requisito básico da dieta espiritual. Onde deixamos nossa bandeira de oposição ao mal? [...] Maturidade não é uma virtude que surge abrupta e repentinamente. Não se pode alcançá-la da noite para o dia. Não existe um ‘toque de mágica’ capaz de nos transformar de anões espirituais em gigantes da fé.

Reconhecemos que crescer implica um esforço titânico numa escala também titânica. Há um processo gradativo para se chegar à presença de Deus. Isto exige determinação. É o triunfo da fé persistente sobre nossa negligente natureza. Esta tomada de posição deixa claro que o progresso espiritual é, prioritariamente, um ato de invasão. É inútil supor que o crescimento virá a nós subitamente. Temos de persegui-lo até conquistar o direito de posse. Cada passo que você der neste território, trará consigo nova oportunidade de ascendência espiritual.

Para quem faz sua opção por Cristo, mas permanece distante das verdades fundamentais do Evangelho, sem responsabilidades definidas quanto aos ditames de se tomar a cruz, negar-se a si mesmo e seguir a Cristo bem de perto, resta um inglório fim: seu caminho não prosperará. Que diremos então? É mais que óbvio que Deus dará um crescimento na proporção exata de nossa disposição de avançar.

Por que é que alguns cristãos continuam bebês espirituais, enquanto outros avançam na direção da maturidade? [...] Todavia, quando lemos em Mateus 5.6, descobrimos o segredo do gigantismo espiritual: ‘Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos’. Jesus revelou que o segredo do crescimento espiritual está no apetite voraz pela Palavra de Deus. Os que satisfazem esse apetite, alimentando-se da Palavra e comungando com Cristo, já usufruem de real maturidade espiritual; já se fazem gigantes na fé”. (SANTOS, Ismael dos. A caminho da maturidade. RJ:CPAD, 1995, 17, 19, 22-24.) Leia mais Revista Ensinador Cristão CPAD, nº 21, p. 42

 

 

Lição 10 - O Fruto Do ESPÍRITO - Temperança - o Fruto Da Disciplina

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º TRIMESTRE DE 2005  

 

TEXTO ÁUREO: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” (2 Tm 1.7).

 

Romanos 8.15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.

Lucas 24.49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.

Atos dos Apóstolos 1.8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

 

VERDADE PRÁTICA: A temperança como fruto do Espírito realiza no cristão o inverso das maquinações e obras iníquas da carne.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:   2 Pedro 1.3-8

 

 3 O seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo  conhecimento daquele que nos chamou por sua glória e virtude. 4 Desse modo ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por  elas vos torneis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo. 5 Por isso mesmo vós, empregando toda a diligência, acrescentai à vossa fé a bondade, e à bondade o conhecimento, 6 e ao conhecimento o domínio próprio, e ao domínio próprio a perseverança, e à perseverança a piedade, 7 e à piedade a fraternidade, e à fraternidade o amor. 8 Pois se em vós houver estas coisas em abundância, não vos deixarão ociosos nem infrutíferos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.

 

1.3 TUDO O QUE DIZ RESPEITO À VIDA E PIEDADE.

 

 O amor de nosso Pai celestial, a salvação mediante Jesus Cristo, sua intercessão por nós no céu, a habitação interior do Espírito Santo e o seu batismo, a comunhão dos santos e a inspirada Palavra de Deus são suficientes para satisfazer a necessidade do crente em "tudo o que diz respeito à vida e piedade" (Mt 11.28-30; Hb 4.16; 7.25; 9.14). (1) Não é necessário acrescentar qualquer sabedoria, técnica ou teoria humana, para completar a suficiência da Palavra de Deus, que revela a nossa salvação perfeita em Cristo. As palavras de Jesus, a fé apostólica do NT e a graça de Deus foram suficientes para satisfazer as necessidades dos perdidos, nos antigos tempos da igreja, e são igualmente suficientes hoje. Absolutamente nada, poderá oferecer mais altura, profundidade, força e ajuda do que aquilo que o próprio Jesus proclamou e providenciou, e que os apóstolos testemunharam na revelação bíblica. Somente Jesus Cristo é "o caminho, e a verdade, e a vida" (Jo 14.6). (2) Se o evangelho que temos hoje parece deficiente é porque não é o mesmo evangelho que Cristo e os apóstolos pregaram.

 

1.4 PARTICIPANTES DA NATUREZA DIVINA. Nossa participação na natureza divina é mais uma descrição do novo nascimento, mediante o qual recebemos vida divina. Participamos da natureza de Deus, para nos conformarmos com Ele e com a sua santidade (cf. 1 Co 6.19; Ef 4.24)

 

1.5 ACRESCENTAI À VOSSA FÉ. Pedro alista as virtudes que o cristão deve desenvolver, a fim de ser espiritualmente vitorioso e frutífero diante de Deus (v. 8). A expressão "pondo nisto mesmo toda a diligência" demonstra que os crentes devem estar ativamente empenhados no seu crescimento espiritual (cf. Fp 2.12,13). Quem se torna cristão deve imediatamente envidar todos os esforços possíveis para acrescentar à sua fé as sete qualidades citadas nos versículos 5-9. Note que essas características espirituais não se desenvolvem automaticamente sem nosso esforço diligente de cultivá-las.

 

LEITURA DIÁRIA:

Segunda - 1 Co 9.25 A temperança conduz o crente a uma vida disciplinada em tudo

.

 

Terça - 1 Co 6.12 A temperança e a liberdade cristã

Quarta - 1 Ts 5.8 A temperança integra a armadura espiritual do cristão

Quinta - Pv 16.32 A temperança capacita o crente a ser tolerante, moderado e equilibrado

 

Sexta - Pv 25.28 A temperança protege o crente dos ataques do Inimigo

 

Sábado - Tt 1.8 A temperança é indispensável aos líderes

 

 

OBJETIVOS:  Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:

1- Definir biblicamente o termo temperança.

2- Apontar o segredo da temperança.

3- Mencionar as áreas específicas de nossa vida onde a temperança é imprescindível.

 

Subsídio Teológico

“Temperança (domínio próprio)

 

Existem ainda muitas pessoas para as quais a ‘temperança’ está especialmente associada a uma bebida forte, mas é quase desnecessário salientar que a verdadeira temperança tem uma aplicação ampla para cada um dos nossos apetites, não só os apetites físicos, mas os mentais e espirituais também. ‘Em tudo se domina’é o objetivo de Paulo (1 Co 9.25); é o alvo para o crente. É possível ser abstêmio até o ponto da ‘disciplina do corpo’ (Cl 2.23), e, ainda assim, ser totalmente imoderado no temperamento, falando demais ou na busca de elogio e poder.

...A falta de domínio próprio nos apetites físicos é uma das formas mais predominantes da fraqueza e do pecado... Um cristão com domínio próprio irá desfrutá-las com gratidão quando lhes forem convenientes e proveitosas, mas continuará, igualmente sereno quando não puder dispor delas.

...Quando Jesus entra no coração, seu Espírito, controlando o interior, produz, como fruto final, ‘domínio próprio e amor em todas as coisas’ ” (GEE, Donald. Como receber o batismo no Espírito Santo. RJ:CPAD, 2001, p. 89, 90, 92, 97).

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:

 

Professor, nesta lição, faremos um Gráfico Comparativo Conceitual. Este recurso possibilita relacionar uma expressão aos seus diversos conceitos. A lição trata da temperança em diversas áreas da vida, isto possibilita uma expressão principal que contém diversos elementos correspondentes. Distribua uma folha contendo três colunas com os três títulos conforme o modelo abaixo e, solicite que os alunos escrevam os conceitos negativos e positivos de cada expressão de acordo com a necessidade individual. Este exercício pode ser feito depois do tópico ‘III’ da lição.

 

 

EXPRESSÕES PRINCIPAIS

CONCEITOS NEGATIVOS

CONCEITOS POSITIVOS

Controle da Língua

Palavras Torpes

Linguagem Sã

Moderação nos Hábitos

Glutonaria

Alimentar-se Adequadamente

Moderação no uso do Tempo

Ocupar-se com Atividades Inúteis

Ocupar-se com Atividades Edificantes

Autodomínio da Mente

Pensar coisas Vãs e Infrutíferas

Pensar tudo o que é Puro e Verdadeiro

 

COMENTÁRIO:

INTRODUÇÃO

 

Nesta lição, analisaremos o fruto do Espírito quanto a sua “fatia” da disciplina — a temperança. O crente, que permite ao Espírito Santo torná-lo segundo a imagem de Jesus, desenvolverá esta virtude em todas as áreas da vida (2 Co 3.18).

Você precisa de mais disciplina e ordem em sua vida, sem reclamação? O fruto da temperança ou autocontrole — não simplesmente o natural ou advindo de cursos, mas do Espírito — é a resposta.

 

  1. O QUE É TEMPERANÇA

 

  1. Definição bíblica. A palavra original traduzida por “temperança” aparece somente em três passagens do NT: Gl 5.22, At 24.25 e 2 Pe 1.6. Em Gálatas 5.22, é usada para designar a última seção do fruto nônuplo do Espírito.

No Dicionário Houaiss:

n substantivo feminino

1 qualidade ou virtude de quem é moderado, comedido (espiritualmente: pessoa equilibrada)

2 sobriedade no consumo de alimentos e/ou bebidas (espiritualmente: o que não é glutão)

Ex.: a temperança é essencial à saúde (espiritualmente: Para se ter uma vida de comunhão com DEUS precisamos ser temperados)

3 hábito de poupar, de economizar; parcimônia (espiritualmente: sem luxúria, contribuinte fiel na casa do Senhor)

Ex.: temperança nas despesas (quantos crentes não sabem se controlar nos gastos e estão endividados e dando um péssimo testemunho perante a sociedade em que vivem, fazendo com que o nome de CRISTO seja blasfemado? - Se você é um destes, ainda é tempo de começar de novo, seja controlado pelo ESPÍRITO SANTO daqui para frente.)

 

Em Atos 24.25 Paulo empregou o termo ao discorrer com Félix acerca “da justiça, e da temperança, e do juízo vindouro”.

24.25 JUSTIÇA, E DA TEMPERANÇA, E DO JUÍZO VINDOURO. Quando Paulo fala diante de Félix a respeito da fé em Jesus Cristo, e prega a respeito da justiça, e da temperança e do Juízo vindouro , Félix fica apavorado. Essa reação concorda com as palavras de Jesus de que quando vier o Espírito Santo, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo (Jo 16.8). A salvação de todas as pessoas depende da proclamação fiel das verdades solenes da Palavra, mediante as quais o Espírito Santo produz convicção no pecador (ver Jo 16.8).

 

2 Pedro 1.5,6, a palavra é incluída na lista das qualidades que todo cristão deve desenvolver: “Acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude, a ciência, e à ciência, a temperança, e à temperança, a paciência, e à paciência, a piedade”.

 

1.5 ACRESCENTAI À VOSSA FÉ. Pedro alista as virtudes que o cristão deve desenvolver, a fim de ser espiritualmente vitorioso e frutífero diante de Deus (v. 8). A expressão "pondo nisto mesmo toda a diligência" demonstra que os crentes devem estar ativamente empenhados no seu crescimento espiritual (cf. Fp 2.12,13). Quem se torna cristão deve imediatamente envidar todos os esforços possíveis para acrescentar à sua fé as sete qualidades citadas nos versículos 5-9. Note que essas características espirituais não se desenvolvem automaticamente sem nosso esforço diligente de cultivá-las.

 

  1. Temperança como fruto do Espírito é autodisciplina.

A idéia principal de “temperança” é força, poder ou domínio sobre o ego, inclusive petulância, arrogância, brutalidade e vanglória. É o controle de si mesmo sob a orientação do Espírito Santo.

 

Em 1 Coríntios 9.25, a temperança é empregada em alusão ao treinamento e disciplina rígidos de corredores gregos em seu esforço para conquistar o prêmio. Paulo freqüentemente faz uso das analogias do atleta e do soldado em seus escritos. “Correi de tal maneira que alcanceis [o prêmio]. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”.

 

9.24 O PRÊMIO. O "prêmio", a coroa "incorruptível" (v. 25), refere-se à vitória de obtermos a salvação eterna, o alvo precioso da vida cristã (cf. 1.8; 4.5; 6.2,9,10; 15.12-19). Esse alvo somente podemos atingir, abrindo mão dalguns dos nossos direitos, por amor ao próximo (8.7-13), e renunciando as coisas que nos eliminariam para a corrida espiritual (10.5-22).

 

9.24 CORREI DE TAL MANEIRA QUE O ALCANCEIS. Paulo ilustra o princípio de que se alguém deixa de exercer seu autodomínio, a abnegação e o amor ao próximo, ele mesmo será rejeitado por Deus, mesmo sendo um pregador do evangelho (ver v.27).

 

(1 Co 9.24,26,27). Aqui, não se trata de ascetismo pagão e idólatra, nem de auto-flagelação religiosa, mas de manter o nosso inteiro ser em sujeição por amor a Cristo.

 

  1. Domínio sobre os desejos sexuais. A palavra temperança também é usada em referência ao domínio do cristão sobre os desejos sexuais: “Mas, se os solteiros não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se” (1 Co 7.9).

1 Coríntios 7.9 Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se.

1Co 6.15 Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fa-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo. 16 Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne. 17 Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito. 18 Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. 19 Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? 20 Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.

 

6.15 OS MEMBROS DE CRISTO.

 

O apóstolo, advertindo contra o relaxamento moral, demonstra as terríveis conseqüências para o crente, da imoralidade sexual. Quando o crente une-se fisicamente a uma mulher decaída, fica sendo um só com ela, sujeito ao seu domínio (v.16; cf. Gn 2.24), profana aquilo que Cristo santificou (v. 15), e separa-se do reino de Deus (v. 9). Na imoralidade sexual, a pessoa praticamente separa-se da união com Cristo, ao fazer do seu corpo um membro da outra pessoa imoral e ímpia.

 

6.18 FUGI DA PROSTITUIÇÃO.

 

 A imoralidade sexual é terrivelmente abominável diante de Deus. Mais do que qualquer outro ato pecaminoso, profana o corpo, que é o templo do Espírito Santo (vv. 15-20). Por isso, Paulo admoesta: "Fugi" da imoralidade sexual. O uso do tempo presente, aqui, indica que o cristão deve fugir repetidas vezes da imoralidade sexual (cf. Gn 39.12)

 

6.19 NOSSO CORPO É O TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO.

 

 Se somos cristãos, nosso corpo é a morada pessoal do Espírito Santo (ver Rm 8.9,11, onde vemos que o Espírito Santo é o selo de Deus em nós, mostrando que lhe pertencemos). Porque Ele habita em nós e pertencemos a Deus, nosso corpo nunca deve ser profanado por qualquer impureza ou mal, proveniente da imoralidade, nos pensamentos, desejos, atos, filmes, livros ou revistas. Pelo contrário, devemos viver de tal maneira que glorifiquemos e agrademos a Deus em nosso corpo (v. 20).

 

  1. O SEGREDO DA TEMPERANÇA

 

A falta de temperança leva a pessoa a cometer excessos ao dar vazão aos desejos pecaminosos da carne. O melhor antídoto contra isso é estar cheio do Espírito Santo, porque desta maneira estaremos sob o seu controle. Ele nos ajuda a dominar nossas fraquezas, e submetermo-nos à sua vontade. Ver Rm 8.5-9 = 5 Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. 6 Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. 7 Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. 9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.

 

8.5-14 SEGUNDO A CARNE... SEGUNDO O ESPÍRITO. Paulo descreve duas classes de pessoas: as que vivem segundo a carne e as que vivem segundo o Espírito. (1) Viver "segundo a carne" ("carne", aqui, é o elemento pecaminoso da natureza humana) é desejar e satisfazer os desejos corrompidos da natureza humana pecaminosa; ter prazer e ocupar-se com eles. Trata-se não somente da fornicação, do adultério, do ódio, da ambição egoísta, de crises de raiva, etc. (ver Gl 5.19-21), mas também da obscenidade, de ser viciado em pornografia e em drogas, do prazer mental e emocional em cenas de sexo, em peças teatrais, livros, vídeo, cinema e assim por diante. (2) Viver "segundo o Espírito" é buscar a orientação e a capacitação do Espírito Santo e submeter-nos a elas e concentrar nossa atenção nas coisas de Deus. É estar sempre consciente de que estamos na presença de Deus, e nEle confiarmos para que nos assista e nos conceda a graça de que carecemos para que a sua vontade se realize em nós e através de nós. (3) É impossível obedecer à carne e ao Espírito ao mesmo tempo (vv. 7,8; Gl 5.17,18). Se alguém deixa de resistir, pelo poder do Espírito Santo, a seus desejos pecaminosos e, pelo contrário, passa a viver segundo a carne (v.13), torna-se inimigo de Deus (8.7; Tg 4.4), e a morte espiritual e eterna o aguarda (v.13). Aqueles cujo amor e solicitude estão prioritariamente fixados nas coisas de Deus, podem esperar a vida eterna e a comunhão com Ele (vv. 10,11,15,16)

Sem o auxílio do Espírito de Deus, nossas inclinações naturais cedem facilmente aos desejos pecaminosos. Todavia, ao nascermos do Espírito, a nova natureza divina em nós esforça-se por cumprir toda a sua vontade e agradá-lo.

 

III. UMA VIDA EQUILIBRADA

 

  1. O princípio do equilíbrio é uma das leis naturais do universo. O controle perfeito que Deus exerce sobre a natureza é mencionado na Bíblia (Jó 37.14-16).

Gênesis 1.6 E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.

Isaías 44.24 Assim diz o SENHOR, teu Redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou o SENHOR que faço todas as coisas, que estendo os céus e espraio a

terra por mim mesmo;

 

A CRIAÇÃO

Gn 1.1 “No princípio, criou Deus os céus e a terra.

 

O DEUS DA CRIAÇÃO. (1) Deus se revela na Bíblia como um ser infinito, eterno, auto-existente e como a Causa Primária de tudo o que existe. Nunca houve um momento em que Deus não existisse. Conforme afirma Moisés: “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.2). Noutras palavras, Deus existiu eterna e infinitamente antes de criar o universo finito. Ele é anterior a toda criação, no céu e na terra, está acima e independe dela (ver 1Tm 6.16 nota; Cl 1.16). (2) Deus se revela como um ser pessoal que criou Adão e Eva “à sua imagem” (1.27; ver 1.26). Porque Adão e Eva foram criados à imagem de Deus, podiam comunicar-se com Ele, e também com Ele ter comunhão de modo amoroso e pessoal. (3) Deus também se revela como um ser moral que criou tudo bom e, portanto, sem pecado. Ao terminar Deus a obra da criação, contemplou tudo o que fizera e observou que era “muito bom” (1.31). Posto que Adão e Eva foram criados à imagem e semelhança de Deus, eles também não tinham pecado (ver 1.26). O pecado entrou na  existência humana quando Eva foi tentada pela serpente, ou Satanás (Gn 3; Rm 5.12; Ap 12.9).

 

O PROPÓSITO E O ALVO DA CRIAÇÃO.

 

 Deus tinha razões específicas para criar o mundo. (1) Deus criou os céus e a terra como manifestação da sua glória, majestade e poder. Davi diz: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19.1; cf. 8.1). Ao olharmos a totalidade do cosmos criado — desde a imensa expansão do universo, à beleza e à ordem da natureza — ficamos tomados de temor reverente ante a majestade do Senhor Deus, nosso Criador. (2) Deus criou os céus e a terra para receber a glória e a honra que lhe são devidas. Todos os elementos da natureza — e.g., o sol e a lua, as árvores da floresta, a chuva e a neve, os rios e os córregos, as colinas e as montanhas, os animais e as aves — rendem louvores ao Deus que os criou (Sl 98.7,8; 148.1-10; Is 55.12). Quanto mais Deus deseja e espera receber glória e louvor dos seres humanos! (3) Deus criou a terra para prover um lugar onde o seu propósito e alvos para a humanidade fossem cumpridos. (a) Deus criou Adão e Eva à sua própria imagem, para comunhão amorável e pessoal com o ser humano por toda a eternidade. Deus projetou o ser humano como um ser trino e uno (corpo, alma e espírito), que possui mente, emoção e vontade, para que possa comunicar-se espontaneamente com Ele como Senhor, adorá-lo e servi-lo com fé, lealdade e gratidão. (b) Deus desejou de tal maneira esse relacionamento com a raça humana que, quando Satanás conseguiu tentar Adão e Eva a ponto de se rebelarem contra Deus e desobedecer ao seu mandamento, Ele prometeu enviar um Salvador para redimir a humanidade das conseqüências do pecado (ver 3.15). Daí Deus teria um povo para sua própria possessão, cujo prazer estaria nEle, que o glorificaria, e que viveria em retidão e santidade diante dEle (Is 60.21; 61.1-3; Ef 1.11,12; 1Pe 2.9). (c) A culminação do propósito de Deus na criação está no livro do Apocalipse, onde João descreve o fim da história com estas palavras: “...com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21.3).

 

  1. O propósito divino é que os cristãos tenham uma vida equilibrada. Isto implica equilíbrio espiritual, físico, mental e emocional. Por exemplo, o apóstolo Paulo escreveu os capítulos 12, 13 e 14 de 1 Coríntios a fim de enfatizar o equilíbrio no exercício dos dons espirituais, e a necessidade destes estarem harmonizados pelo amor. Na igreja de Corinto havia abuso no exercício dos dons espirituais, enquanto, na de Tessalônica havia controle excessivo dos referidos dons, o que também causava desequilíbrio. Estes crentes impediam a obra do Espírito e até menosprezavam os dons, principalmente o mais notório, a profecia

(1 Ts 5.19,20). 5.19,20 NÃO EXTINGAIS O ESPÍRITO. (1) Paulo compara o extinguir o fogo do Espírito com o desprezo e rejeição às manifestações sobrenaturais do Espírito Santo, tais como a profecia (vv. 19,20). Reprimir ou rejeitar o uso correto e ordenado da profecia, ou de outros dons espirituais, resultará na perda em geral da manifestação do Espírito (1 Co 12.7-10,28-30). O ministério do Espírito Santo a favor dos crentes é descrito em Jo 14.26; 15.26,27; 16.13,14; At 1.8; 13.2; Rm 8.4,11,16,26; 1 Co 2.9-14; 12.1-11; Gl 5.22-25. (2) Estes dois versículos mostram com clareza que outras igrejas tinham em seu meio a manifestação de dons espirituais nos cultos de oração. Note-se bem que as mensagens proféticas não desprezadas, mas também aceitas após exame cuidadoso (v. 21; ver 1 Co 14.29).

 

  1. Vida equilibrada é viver com moderação. Isto significa que devemos evitar os extremos de comportamento ou expressão, conservando os apropriados e justos limites. Obviamente há coisas das quais o cristão tem de se privar totalmente (Gl 5.19-21; Rm 1.29-31; Rm 3.12-18; Mc 7.22,23). Entretanto, Deus criou muitas coisas boas para delas desfrutarmos com prudência, sob a orientação do Espírito Santo e da Palavra de Deus. Examinemos os ensinos bíblicos quanto à temperança em áreas específicas de nossa vida.

 

  1. a) Controle da língua.

 

A temperança começa com o controle da língua, e o apóstolo Tiago informa-nos o quão difícil é realizá-lo.

A LÍNGUA TAMBÉM É UM FOGO. Tiago enfatiza nossa inclinação ao pecado através da fala. Os pecados da fala incluem palavras ásperas e maldosas, mentira, exagero, doutrinas falsas, calúnia, fuxico, jactância, etc. O crente maduro mantém sua língua sob controle mediante a ajuda do Espírito Santo, que leva "cativo todo entendimento à obediência de Cristo" (2 Co 10.5). Por causa dessa tendência de pecar com a língua, Tiago exorta a todo ser humano a ser "pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar" (1.19).

(Tg 3.2). Se você não controla sua língua, sua fala, sua conversa, não controla nada mais em sua vida. Se você realmente deseja o fruto da temperança, peça ao Espírito Santo para controlar sua língua.

 

  1. b) Moderação nos hábitos cotidianos.

 

Em 1Co 6.12 TODAS AS COISAS ME SÃO LÍCITAS. Essa declaração é claramente uma citação da falsa teologia dos inimigos de Paulo. Pensavam que tinham o direito de fazer tudo quanto queriam.

 

6.15 OS MEMBROS DE CRISTO. O apóstolo, advertindo contra o relaxamento moral, demonstra as terríveis conseqüências para o crente, da imoralidade sexual. Quando o crente une-se fisicamente a uma mulher decaída, fica sendo um só com ela, sujeito ao seu domínio (v.16; cf. Gn 2.24), profana aquilo que Cristo santificou (v. 15), e separa-se do reino de Deus (v. 9). Na imoralidade sexual, a pessoa praticamente separa-se da união com Cristo, ao fazer do seu corpo um membro da outra pessoa imoral e ímpia.

 

6.18 FUGI DA PROSTITUIÇÃO. A imoralidade sexual é terrivelmente abominável diante de Deus. Mais do que qualquer outro ato pecaminoso, profana o corpo, que é o templo do Espírito Santo (vv. 15-20). Por isso, Paulo admoesta: "Fugi" da imoralidade sexual. O uso do tempo presente, aqui, indica que o cristão deve fugir repetidas vezes da imoralidade sexual (cf. Gn 39.12)

 

6.19 NOSSO CORPO É O TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO. Se somos cristãos, nosso corpo é a morada pessoal do Espírito Santo (ver Rm 8.9,11, onde vemos que o Espírito Santo é o selo de Deus em nós, mostrando que lhe pertencemos). Porque Ele habita em nós e pertencemos a Deus, nosso corpo nunca deve ser profanado por qualquer impureza ou mal, proveniente da imoralidade, nos pensamentos, desejos, atos, filmes, livros ou revistas. Pelo contrário, devemos viver de tal maneira que glorifiquemos e agrademos a Deus em nosso corpo (v. 201 Coríntios 6.12-20, aprendemos a importância de honrar a Deus através do nosso corpo. Nesta passagem, trata-se não só a respeito da imoralidade sexual, mas também sobre qualquer outra prática que desonre o corpo e, conseqüentemente, desonre Deus.

A glutonaria e a bebedice são hábitos pecaminosos contra os quais somos advertidos na Bíblia (Pv 23.20,21). Alguém que repreende outrem por alcoolismo e ao mesmo tempo come de forma excessiva é incoerente. Esse tal prejudica-se igualmente, pecando contra o corpo. Precisamos da ajuda do Espírito Santo para educar nossos hábitos alimentares.

 

  1. c) Moderação no uso do tempo. Provavelmente o maior exemplo bíblico de satisfação excessiva dos próprios desejos é o rico insensato.

 

ACAUTELAI-VOS... DA AVAREZA. Fazer dos ganhos ou das riquezas da terra o propósito da nossa vida é um erro fatal que leva à perdição eterna (vv. 20,21). (1) A palavra grega traduzida avareza (pleonexia), literalmente significa a sede de possuir mais. (2) A avareza nada tem com o provimento das nossas próprias necessidades e as da nossa família (cf. Pv 6.6). Enquanto trabalhamos para suprir as nossas necessidades, devemos ser ricos para com Deus e buscar em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça (v. 31; cf. Mt 6.33 ). (3) Cada crente deve atentar para esta advertência de Jesus e examinar se há egoísmo e avareza em seu próprio coração(Lc 12.15-21. )

Jesus destacou a importância de usar nosso tempo com sabedoria em seu discurso em relação à vigilância (Lc 12.35-48). O crente equilibrado o dividirá entre a família, o trabalho, o estudo da Bíblia, a Casa do Senhor, a oração, o descanso e o lazer. O preguiçoso, ou o indivíduo que desperdiça tempo em atividades inúteis, não tem domínio próprio (1 Ts 5.6-8).

 

  1. d) Autodomínio da mente. No mundo de hoje, há muitas atrações e passatempos aparentemente inofensivos com o objetivo de afastar-nos de nossas responsabilidades para com Deus. O que lemos, vimos, ou ouvimos causa impacto em nossa mente, por isso precisamos da ajuda do Espírito Santo a fim de conservá-la pura (Fp 4.8).

 

  1. UMA VIDA SANTA

 

 SEGUI... A SANTIFICAÇÃO Ser santo é estar separado do pecado e consagrado a Deus. É ficar perto de Deus, ser semelhante a Ele, e, de todo o coração, buscar sua presença, sua justiça e a sua comunhão. Acima de todas as coisas, a santidade é a prioridade de Deus para os seus seguidores (Ef 4.21-24). (1) A santidade foi o propósito de Deus para seu povo quando Ele planejou sua salvação em Cristo (Ef 1.4). (2) A santidade foi o propósito de Cristo para seu povo quando Ele veio a esta terra (Mt 1.21; 1 Co 1.2,30). (3) A santidade foi o propósito de Cristo para seu povo quando Ele se entregou por eles na cruz (Ef 5.25-27). (4) A santidade é o propósito de Deus, ao fazer de nós novas criaturas e nos conceder o Espírito Santo (Rm 8.2-15; Gl 5.16-25, Ef 2.10). (5) Sem santidade, ninguém poderá ser útil a Deus (2 Tm 2.20,21). (6) Sem santidade, ninguém terá intimidade nem comunhão com Deus (Sl 15.1,2). (7) Sem santidade, ninguém verá o Senhor(Hb 12.14).

Acima de tudo, Deus deseja que sejamos santos! Esta idéia é enfatizada inúmeras vezes ao longo da Bíblia: “Porque eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo”  “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”

(Lv 11.45).SEREIS SANTOS. As instruções no tocante ao alimento puro e impuro (i.e., apropriado e impróprio) (cap. 11) foram dadas, segundo parece, por motivos de saúde; mas também são padrões para ajudar Israel a permanecer como um povo separado da sociedade ímpia ao seu derredor (cf. Dt 14.1,2). Essas instruções sobre alimentos já não são obrigatórias para o crente do NT, posto que Cristo cumpriu o significado e o propósito delas (cf. Mt 5.17; 15.1-20; At 10.14,15; Cl 2.16; 1 Tm 4.3). Contudo, os princípios inerentes nessas instruções continuam válidos hoje. (1) O cristão hodierno deve diferir da sociedade em derredor quanto a comer, beber e vestir-se, de tal modo que glorifiquem a Deus no seu corpo (cf. 1 Co 6.20; 10.31) e pela rejeição de todos os costumes pecaminosos sociais dos ímpios. O crente precisa ser "santo em toda a vossa maneira de viver" (1 Pe 1.15). (2) A ênfase nos detalhes à pureza cerimonial ressaltava a necessidade da separação moral do povo de Deus, em pensamento e obras, em relação ao mundo ao seu redor (Êx 19.6; 2 Co 7.1). Todos os aspectos da nossa vida devem ser regulados pela vontade de Deus (1 Co 10.31)

 

O Espírito Santo trabalha em nosso interior, aperfeiçoando a santidade e tornando Cristo uma realidade em nossa vida. Ele quer produzir em nós o fruto espiritual da temperança, e cria em nós o desejo de separação do mundo pecaminoso para viver de modo agradável a Deus.

SE... O ESPÍRITO DE DEUS HABITA EM VÓS. Todo crente, desde o momento em que aceita Jesus Cristo como Senhor e Salvador, tem o Espírito Santo habitando nele (v. 9; cf. 1 Co 3.16; 6.19,20; Ef 1.13,14)

8.10 O CORPO... ESTÁ MORTO POR CAUSA DO PECADO. O pecado invadiu o elemento físico do nosso ser; daí o nosso corpo ter que morrer, ou ser transformado (cf. 1 Co 15.50-54; 1 Ts 4.13-17). Mas, porque Cristo está em nós, experimentamos agora a vida do Espírito. (Rm 8.8-10)

 

A SANTIFICAÇÃO

 

1Pe 1.2 “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas”.

 

Santificação (gr. hagiasmos) significa “tornar santo”, “consagrar”, “separar do mundo” e “apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla comunhão com Deus e servi-lo com alegria.

(1) Além do termo “santificar” (cf. 1Ts 5.23), o padrão bíblico da santificação é expresso em termos tais como “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37), “irrepreensíveis em santidade” (1Ts 3.13), “aperfeiçoando a santificação” (2Co 7.1), “a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida” (1Tm 1.5), “sinceros e sem escândalo algum” (Fp 1.10), “libertados do pecado” (Rm 6.18), “mortos para o pecado” (Rm 6.2), “para servirem à justiça para santificação” (Rm 6.19), “guardamos os seus mandamentos” (1Jo 3.22) e “vence o mundo” (1Jo 5.4). Tais termos descrevem a operação do Espírito Santo mediante a salvação em Cristo, pela qual Ele nos liberta da escravidão e do poder do pecado (Rm 6.1-14), nos separa das práticas pecaminosas deste mundo atual, renova a nossa natureza segundo a imagem de Cristo, produz em nós o fruto do Espírito e nos capacita a viver uma vida santa

e vitoriosa de dedicação a Deus (Jo 17.15-19,23; Rm 6.5, 13, 16, 19; 12.1; Gl 5.16, 22,23; ver 2Co 5.17).

(2) Esses termos não subentendem uma perfeição absoluta, mas a retidão moral de um caráter imaculado, demonstrada na pureza do crente diante de Deus, na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse crente diante do mundo (Fp 2.14,15; Cl 1.22; 1Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristão, pela graça que Deus lhe deu, morreu com Cristo e foi liberto do poder e domínio do pecado (Rm 6.18); por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a necessária vitória no seu Salvador, Jesus Cristo. Mediante o Espírito Santo, temos a capacidade para não pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição de estarmos livres da tentação e da possibilidade do pecado.

(3) A santificação no AT foi a vontade manifesta de Deus para os israelitas; eles tinham o dever de levar uma vida santificada, separada da maneira de viver dos povos à sua volta (ver Êx 19.6 nota; Lv 11.44 nota; 19.2 nota; 2Cr 29.5). De igual modo a santificação é um requisito para todo crente em Cristo. As Escrituras declaram que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).

(4) Os filhos de Deus são santificados mediante a fé (At 26.18), pela união com Cristo na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10; Rm 6.1-11; 1 Co 130), pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo 17.17) e pelo poder regenerador e santificador do Espírito Santo no seu coração (Jr 31.31-34; Rm 8.13; 1Co 6.11; 1Pe 1.2; 2Ts 2.13).

(5) A santificação é uma obra de Deus, com a cooperação do seu povo (Fp 2.12,13; 2Co 7.1). Para cumprir a vontade de Deus quanto à santificação, o crente deve participar da obra santificadora do Espírito Santo, ao cessar de praticar o mal (Is 1.16), ao se purificar “de toda imundícia da carne e do espírito” (2Co 7.1; cf. Rm 6.12; Gl 5.16-25) e ao se guardar da corrupção do mundo (Tg 1.27; cf. Rm 6.13,19; 8.13; Ef 4.31; 5.18; Tg 4.8).

(6) A verdadeira santificação requer que o crente mantenha profunda comunhão com Cristo (ver Jo 15.4), mantenha comunhão com os crentes (Ef 4.15,16), dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl 4.2), obedeça à Palavra de Deus (Jo 17.17), tenha consciência da presença e dos cuidados de Deus (Mt 6.25-34), ame a justiça e odeie a iniqüidade (Hb 1.9), mortifique o pecado (Rm 6), submeta-se à disciplina de Deus (Hb 12.5-11), continue em obediência e seja cheio do Espírito Santo (Rm 8.14; Ef 5.18).

(7) Segundo o NT, a santificação não é descrita como um processo lento, de abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é apresentada como um ato definitivo mediante o qual, o crente, pela graça, é liberto da escravidão de Satanás e rompe totalmente com o pecado a fim de viver para Deus (Rm 6.18; 2Co 5.17; Ef 2.4,6; Cl 3.1-3). Ao mesmo tempo, no entanto, a santificação é descrita como um processo vitalício mediante o qual continuamos a mortificar os desejos pecaminosos da carne (Rm 8.1-17), somos progressivamente transformados pelo Espírito à semelhança de Cristo (2Co 3.18) crescemos na graça (2Pe 3.18), e devotamos maior amor a Deus e ao próximo (Mt 22.37-39; 1Jo 4.10-12, 17-21).

(8) A santificação pode significar uma outra experiência específica e decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode receber de Deus uma clara revelação da sua santidade, bem como a convicção de que Deus o está chamando para separar-se ainda mais do pecado e do mundo e a andar ainda mais perto dEle (2Co 6.16-18). Com essa certeza, o crente se apresenta a Deus como sacrifício vivo e santo e recebe da parte do Espírito Santo graça, pureza, poder e vitória para viver uma vida santa e agradável a Deus (Rm 12.1,2; 6.19-22).

 

 

CONCLUSÃO

O fruto da temperança suscitado pelo Espírito Santo opõe-se a todas as obras da natureza pecaminosa carnal e humana. No momento em que somos salvos, o Espírito Santo passa a habitar em nós. A partir de então, não deveremos estar mais sob a escravidão do pecado. Ao longo da vida terrena, precisamos exercer o governo disciplinado sobre os desejos da carne. Esta (a natureza inatamente pecaminosa) fará tudo para recuperar o seu domínio sobre nós. Busquemos todos, sempre, a renovação espiritual e tenhamos uma vida inteiramente rendida a Jesus como Senhor. Nessa dimensão espiritual nasce e cresce o fruto do Espírito.

 

  

Lição 9 - O Fruto Do ESPÍRITO - MANSIDÃO - o Fruto Da Obediência

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º TRIMESTRE DE 2005

 

 

TEXTO ÁUREO: “Os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de Paz” (Sl 37.11).

 

VERDADE PRÁTICA: O fruto da mansidão proporciona ao crente fartura de descanso e paz de espírito.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:  EFÉSIOS 4.1-7

 

1 Portanto, como prisioneiro do Senhor, rogo-vos que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, 2 com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 procurando guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz.

4 Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; 5 um só Senhor, uma só fé, um só batismo; 6 um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos. 7 Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.

4.3 GUARDAR A UNIDADE DO ESPÍRITO. "A unidade do Espírito" não pode ser criada por nenhum ser humano. Ela já existe para aqueles que creram na verdade e receberam a Cristo, conforme o apóstolo proclamou nos capítulos 1-3. Os efésios devem guardar e preservar essa unidade, não mediante os esforços ou organizações humanos, mas pelo andar "como é digno da vocação com que fostes chamados" (v. 1). A unidade espiritual é mantida pela lealdade à verdade e o andar segundo o Espírito (vv. 1-3,14,15; Gl 5.22-26). Não pode ser conseguida "pela carne" (Gl 3.3). 4.5 UM SÓ SENHOR. Uma parte essencial da fé e unidade cristãs é a confissão de que há "um só Senhor". (1) "Um só Senhor" significa que a obra da redenção que Jesus Cristo efetuou é perfeita e suficiente, e que não é necessário nenhum outro redentor ou mediador para dar ao crente salvação completa (1 Tm 2.5,6; Hb 9.15). O crente deve aproximar-se de Deus somente através de Cristo  (Hb 7.25). (2) "Um só Senhor" significa, também, que devotar lealdade igual ou maior a qualquer autoridade (secular ou religiosa) que não seja Deus revelado em Cristo e na sua Palavra inspirada, é a mesma coisa que recusar o senhorio de Cristo, e, portanto, da vida que somente nEle existe. Não pode haver nenhum senhorio de Cristo nem "unidade do Espírito" (v. 3) à parte da afirmação de que o Senhor  Jesus é a suprema autoridade para o crente, e de que esta autoridade lhe é comunicada na Palavra de Deus.

 

LEITURA DIÁRIA:

Segunda - Mt 5.5 A mansidão qualifica o cristão para herdar a terra

 

Terça - 1 Pe 3.4 A mansidão é preciosa diante de Deus

 

Quarta - Is 29.19 A mansidão resulta em repetido regozijo no Senhor

 

Quinta - Tg 3.13  A mansidão — uma característica do crente sábio

 Sexta - Ef 4.26 Nem na ira o crente deve pecar

 Sábado - 1 Tm 6.11  O fruto da mansidão acompanha as virtudes cristãs.

 

OBJETIVOS: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:

1- Explicar os três conceitos de mansidão.

2- Descrever as características de Jesus que exemplificam a sua mansidão.

3- Relacionar a mansidão a outras virtudes cristãs.

 

PONTO DE CONTATO:

 

 Professor, no atual contexto de nosso país, sabemos o quanto a mansidão é necessária. Os homens sem Cristo, a cada dia que passa, estão mais ásperos, iracundos e violentos. Algumas vezes, encontramos pessoas na Igreja que proclamam em alta voz: “Eu sou convertido, porém meu ‘braço’ ou meu ‘dedo’ não”. Outros chegam a declarar que são tentados à violência. Muitos provocam contendas na Casa de Deus, são insubmissos a seus pastores, agressivos e rebeldes. Nesta lição, estudaremos mais uma das qualidades de Cristo relacionada ao revestimento do crente — a mansidão. Ore com o objetivo de o Espírito Santo infundir contrição, perdão e mansidão em sua classe. Repreenda, em nome de Jesus, toda contenda, peleja, e porfia entre os cristãos. OBS: Não se esqueça de ler na revista Ensinador Cristão, nº 21, págs. 33-35, ‘Seção Boas Idéias’, excelentes dicas para dinamizar a sua aula.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:

 

 Leve para a sala de aula uma figura de ovelha. Mostre para os alunos e pergunte-lhes se já tiveram a oportunidade de ver alguma sendo tosquiada. Em seguida, fale sobre este processo pelo qual todas as ovelhas passam. É importante mencionar que este animal permanece completamente mudo enquanto toda a sua lã é cortada. Escreva as seguintes perguntas no quadro e reflita com seus alunos acerca delas: Você permitiria ser “tosquiado” facilmente? Como você tem enfrentado “as tosquias da vida”? Você tem se submetido à vontade de Deus mansamente como uma ovelha perante seus tosquiadores? (Adaptado do livro Dinâmicas Criativas Para o Ensino Bíblico, CPAD).

 

COMENTÁRIO: INTRODUÇÃO

 

Mansidão:

Acepções

substantivo feminino

1    qualidade ou condição do que é manso

2    brandura de gênio ou de índole; brandura na maneira de expressar-se; doçura, meiguice, suavidade

Ex.: a m. de sua fala envolvia até os mais impacientes

3    ausência de agitação, de pressa, de inquietação, de ferocidade; serenidade, tranqüilidade, brandura

 

Etimologia.

manso + -i- + -dão; ver mans-;  mansidoen, mãsidom, mãssidõe, V manssydooe, mansidão.Sinônimos: ver sinonímia de meiguice e antonímia de fúria, Antônimos: braveza, bravura; ver tb. sinonímia de fúria.Mansidão é a qualidade daquele que é manso. Uma pessoa mansa é serena, ponderada, prudente, equilibrada. É o contrário da pessoa agressiva, ou brava, ou, ainda “braba”, no dizer da linguagem popular.

 

Um crente em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo tem o dever de ser manso, de manifestar a mansidão em sua vida, em seus gestos, em suas atitudes. E isso não é fácil, num mundo em que vivemos, onde os violentos é que têm mais oportunidade de aparecer e de prevalecer, em muitas ocasiões e situações.

Contudo, de acordo com a Palavra de Deus, precisamos aprender com o Mestre Jesus, que diz: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (Mt 5.5). Foi um dos conselhos sábios que Jesus passou para seus discípulos e ouvintes, quando ministrava o seu famoso Sermão do Monte. Aprender a ser manso é um exercício difícil, mas necessário para uma vida tranqüila e santa, sob os ditames sagrados do livro de Deus. É necessário exercitar as emoções, os sentimentos, os conceitos e valores absorvidos ao longo da vida.

Dizem que o temperamento de cada um tem influência marcante nos seus gestos e atitudes. Se a pessoa é de temperamento colérico ou sanguíneo é difícil ser manso, segundo o que se pensa, pois o temperamento é extrovertido, expansivo, alegre, etc.; se a pessoa é dos temperamentos fleumático e melancólico, é mais fácil, pois são pessoas introvertidas, calmas, sem pressa, etc.

No entanto, quando aceitamos a Cristo, as “coisas velhas”, incluindo o comportamento antigo, as velhas atitudes e ações, tudo fica para trás (2 Co 5.17). Passamos a ser novas criaturas, nascidas em Cristo, e sofremos uma extraordinária transformação em nosso ser. Se somos nascidos de novo, devemos ser pessoas espirituais, que dão o “fruto do Espírito”, que inclui a mansidão (Gl 5.22). Não por causa do temperamento, mas, a despeito deste, passamos a ser mansos , como resultado da ação do Espírito Santo, que produz tal virtude em nosso ser. Deus é o que opera em nós “tanto o querer quanto o efetuar”, como diz Paulo. Não é atitude cristã dizer: “Eu sou assim mesmo...”; “quem quiser é assim...”. Isso é carnalidade pura, falta de conversão.

 

 

  1. O FRUTO DA MANSIDÃO NA BÍBLIA

 

QUE É MANSIDÃO? (na Bíblia, “força sob controle” – era utilizada para falar, por exemplo, de um cavalo selvagem que foi domado. O cavalo selvagem, quando domado, continua tendo tanta força e energia como antes, mas agora pode ser controlado).

Ser manso não significa ser fraco, covarde. Jesus e Moisés são chamados na Bíblia másculos!

  

E Gl 5.23 diz que a 8ª característica do tipo de pessoa que Deus quer nos tornar é a mansidão – e em Fp 4.5 explica porquê, dizendo: “Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos”.

Que significa você ser uma pessoa mansa? ...de reações controladas diante das pessoas (em vez de simplesmente reagir diante delas, você escolhe a reação que vai ter).

 

  1. Definição.

“Prautes ou praotes denota ‘mansidão’. Em seu uso na Escritura, no qual tem um significado mais extenso que nos escritos gregos seculares, não consiste só no ‘comportamento exterior da pessoa; nem ainda em suas relações com o próximo; tampouco na sua mera disposição natural. Antes, é uma entretecida graça da alma; e cujos exercícios são primeira e primariamente para com Deus. É o temperamento de espírito no qual aceitamos seus procedimentos conosco como bons, e, portanto, sem disputar ou resistir [...] Deve ser entendido claramente que a mansidão manifestada pelo Senhor e recomendada para o crente é fruto de poder. A suposição comum é que quando o homem é manso, é porque ele não pode se ajudar; mas o Senhor era ‘manso’porque Ele tinha os recursos infinitos de Deus à sua disposição” (VINE, E.W. (et al). Dicionário Vine: o significado exegético das palavras do Antigo e do Novo Testamento. CPAD, 2002).

 

Os três conceitos principais acerca do fruto espiritual da mansidão são os seguintes:

 

  1. a) Ser sempre submisso à vontade de Deus.

 

A vontade de DEUS é perfeita, ELE conhece o futuro e devemos sempre saber a sua vontade antes de realizarmos qualquer ato.

1 Jo 5.14 Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos ouvirá.

 

2 Sm 7.21 Por amor de tua palavra e de acordo com tua vontade, realizaste este feito grandioso e o revelaste ao teu servo. 22 "Quão grande és tu, ó Soberano SENHOR!

1Rs 8."SENHOR, Deus de Israel, não há Deus como tu em cima nos céus nem embaixo na terra! Tu que guardas a tua aliança de amor com os teus servos que, de todo o coração, andam segundo a tua vontade.

Sl 143.10 Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; que o teu bondoso Espírito me conduza por terreno plano

Mt 6.10 Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.

Mt 26.42 E retirou-se outra vez para orar: "Meu Pai, se não for possível afastar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade"

Hb 10. 9 Então acrescentou: "Aqui estou; vim para fazer a tua vontade"

Mc 3.35 Quem faz a vontade de Deus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe".

Rm 9. 27 E aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus.

Rm 12. 2 Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

1Ts 4.3 A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual. 4 Cada um saiba controlar o seu próprio corpo{1} de maneira santa e honrosa, 5 não dominado pela paixão de desejos desenfreados, como os pagãos que desconhecem a Deus.

 

  1. b) Ser apto para aprender.

 

Mansidão e Aprendizagem

 

Alguns dos momentos mais duros na minha vida foram quando meus companheiros na obra procuravam seus próprios objetivos. Dor e feridas foram inevitáveis. Entretanto, estas coisas nos ensinam. O primeiro descanso oferecido em Mateus 11.28-30 é incondicional.

`Vinde a mim - e eu lhe darei descanso.´ Mas depois vem o descanso da vida inteira que recebemos quando aprendemos de Jesus – que é manso e humilde. Esta é a coisa principal que devemos fazer durante toda nossa vida. É triste ver quantos pastores limitam sua experiência cristã a ajuntar um grupo que possa satisfazer sua necessidade.

Coronel Arnolis Weerasooriya (1858 - 1888), um homem de Sri Lanka, cuja vida e obra foram altamente admirados pelo General William Booth (do Exército de Salvação), dizia:

`Fico aos pés de qualquer pessoa que andou com Jesus mais do que eu, para aprender dele´.

Cada fracasso é uma experiência de aprendizagem para o pastor manso. Se ele congregar dez mil pessoas no seu rebanho, ainda sente humilhado quando se lembra dos milhões que ainda não foram alcançados.

Toda nossa vida é uma experiência de aprendizagem. O conhecimento do Salvador que nos chamou é inesgotável. A pessoa mansa espera uma nova revelação da vida celestial para iniciar seu dia. Tal vida é cheia com a plenitude de Deus.

A bênção para o manso é que o Senhor o sustenta sempre (Salmo 37.24). Ele caminha por passos dirigidos pelo Senhor (Salmo 37.23).

Muitos caminham apressadamente para o ministério ou sucesso nos negócios. Não conseguem passar pelos atrasos ordenados por Deus. O homem manso empresta com generosidade porque reconhece que tudo que possui foi recebido (Salmo 37.26).

Os mansos não resistem à vontade do Senhor. O Senhor tem facilidade de instruí-los. Seu ouvido está sempre aberto às suas instruções.

Tenho muito temor quando vejo cristãos que vivem suas vidas dia após dia totalmente insensíveis a qualquer ordem de Deus ou à voz do Senhor. Há muitos senhores no corpo do Senhor.

Muitos líderes, mas poucos que podemos seguir. Muitos mestres, mas poucos servos. Muitos pregadores, mas poucos que escutam. Muitos que viajam, mas poucos que ficam quietos.

É estar sempre aberto à aprendizagem, ou seja, não ser orgulhoso quanto ao que se sabe e o que precisa aprender (Tg 1.21).

 

  1. c) Ser atencioso.

 

Em primeiro lugar Seja compreensivo, não exigente, com as pessoas que lhe prestam um favor. 

Lemos em Fp 2.4,5: “Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros. Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha...” .

Vou lhe perguntar: Como você trata as pessoas que lhe prestam algum serviço? ...o balconista, o caixa do banco, a secretária? É indiferente, como se fizessem apenas parte da mobília do lugar?

Estão ali para prestar serviço, mas são pessoas! Cumprimente-as, dê-lhes um aperto de mão, um sorriso...

Eu não gosto de atender ao telefone quando a pessoa do outro lado diz assim: “Alô! Fulano tá aí? ...eu poderia falar com ele?” – porque eu não um secretário eletrônico... quero ser cumprimentado, quero responder a um “como vai?”!

Entre as mais de 30 dicas para se viver melhor que tenho colecionado, há uma que diz: “Valorize as pessoas, elas não são descartáveis”. Seja manso!

 

Segundo, seja complacente, não crítico, com aqueles que erram. 

Gl 6.1,2 diz: “Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado...”. 

A tentação aqui pode ser muito bem a de ser crítico, de ser “mais santo do que o outro” e essa é a reação errada para com um irmão que está lutando contra o pecado.

Às vezes olhamos para os erros dos outros com lente de aumento e ficamos à dizer a mesma coisa que diz o lápis para o papel, quando quebra a ponta: “você vive me desapontando!”

Rm 14.1: “Aceitem o que é fraco na fé...”.

Vou fazer uma pergunta: Qual a sua reação diante de pessoas que têm a vida toda bagunçada? – você pensa: “Eu não disse?” ou “Eu já sabia!”, ou “Ele merece!” ou “Como pode ser tão tolo?” ...você tem um sentimento interior de superioridade?

Quero lhe falar um pouco sobre o dia em que uma mulher apanhada em adultério foi carregada para fora da casa onde estava e trazida até Jesus. Qual foi a reação de Jesus? ...foi cheia de sensibilidade – Ele a defendeu diante dos outros, mas depois que a multidão se foi, então, em particular, falou-lhe sobre o seu pecado. Jesus foi manso, não crítico!

 

Por que devemos nos esforçar para não ser críticos? Foi assim que Cristo nos tratou!

Rm 15.7 revela o seguinte: “...aceitem-se uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a Deus”.

Você sabe, Deus tolera muitas coisas que fazemos, e se Deus tolera nossas fraquezas, podemos aprender a tolerar as falhas dos outros.

Sempre que você se sentir tentado a julgar uma pessoa, faça uma pausa para lembrar o quanto Deus lhe perdoou – quanto mais reconhecemos o perdão que Deus nos deu, mais tolerante seremos com os outros.

Portanto, quando as pessoas o decepcionarem, aja com compreensão e sem julgamento, porque Deus é invariavelmente manso com você!

 

Terceiro, seja delicado com as pessoas que discordam de você, e não se sinta derrotado. 

É um fato da vida que você nunca poderá agradar a todo o mundo (você vai sempre conhecer pessoas que gostam de instigar, discutir e brigar). 

Num dia desses, enquanto procurava alface num mercado, ouvi uma conversa banal, mas reveladora. Uma mulher falou diante da banca de frutas: "Não suporto uvas". A sua colega respondeu apenas: "Adoro uvas". Não sei como acabou a conversa, mas pode estar certo: muitos desentendimentos começam com assuntos de pouca importância. 

Talvez você já teve a seguinte experiência: Convidou um casal de amigos para um jantar em sua casa. Aí, na mesa, o marido da outra começa a contar uma história, mas em seguida a mulher diz: “Querido, não foi assim. Lembre-se: foi a tia Maria, não a tia Suzana”. Você acha que os outros estão interessados em saber qual foi a tia? 

Já discutiu por causa de uma data sem sentido? “Foi em 1982. Não, foi em 1983. Não. Não foi. Foi em 1982. Não foi...” 

Imagine ainda essa cena: - "Eu? Levar desaforo para casa? É ruim, hein! Mas nem morto! Você não me conhece!" - "Espere aí, você não é crente?" - "Sou, sou crente mas não tenho sangue de barata! Até lá na igreja mesmo, quando fazem alguma coisa que me provoca, eu solto os bichos!!!" - "Mas, irmão... - "Que irmão o quê! Me larga, me larga!!" 

Como você deve reagir diante dessas pessoas? ...você tem três alternativas: pode se calar, reagir com ira, ou responder com mansidão. 

Se você se calar diante de pessoas briguentas, é como se dissesse à elas: “Está bem, seja como você quiser”. É a paz a qualquer preço, mas isto não compensa. 

Se você reagir com ira, irá em frente, atacará seja quem for que fique contra a sua opinião; mas a ira é geralmente um sinal de insegurança – a pessoa se sente insegura, imagina que vai perder, então, pra compensar, fica irada.

Mas a terceira alternativa é responder com mansidão; é o método que Deus quer que você escolha. Esse tipo de reação exige equilíbrio, mas é abençoado! 

Pv 15.1 diz: “A resposta calma [branda] desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira”.  

Você já experimentou isso? Eu já. Quando alguém faz uma pergunta, se você responde com arrogância, a pessoa vai, provavelmente, esquentar com você. Mas, se responder com mansidão, a pessoa vai se abrir para você.

Amado, atente também para o que diz a Bíblia em 2Tm 2.24, 25: “Ao servo do Senhor não convém brigar, mas sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente. Deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem...”

Paulo está dizendo que a mansidão é a capacidade de discordar agradavelmente.

 

Seja delicado com as pessoas que discordam de você.

 

E ainda, seja capaz de aprender, não seja inacessível. 

Quando alguém o corrigir, seja capaz de aprender.

Pv 13.18 diz: “...quem acolhe a repreensão recebe tratamento honroso”. Sabe, as pessoas mais sábias, são as que mais querem aprender com as outras.

Você consegue aprender com seus filhos, com seu marido, sua esposa?

Vou lhe dizer como acabar sozinho na vida: Nunca admita nenhum erro. Nunca aprenda nada com ninguém. Nunca permita que alguém lhe ensine alguma coisa. Isto o fará ficar sozinho!

MANSIDÃO, pois, é também a disposição de aprender e de admitir quando se está errado.

Há quando tempo você não chega à alguém e diz: “Sabe, eu estava errado”? ...há pessoas que não dizem isso há anos – será que são infalíveis?

 

Observe outro texto da Bíblia, Tg 1.21 que diz: “...recebei com mansidão a palavra em vós implantada”.

Mansidão é também a atitude que devemos ter quando lemos ou ouvimos a Palavra de Deus – devemos nos aproximar dela com uma atitude mansa e humilde, dizendo: “Deus, quero ser ensinado”.

 

Você também deve agir, e não reagir. 

 

Quando alguém o fere, aja, não reaja. Faça como Jesus Cristo fez. O apóstolo Pedro disse dEle: “Quando foi injuriado, não injuriava, e quando padecia não ameaçava. Antes, entregava-se àquele que julga justamente”.

Quando Pilatos interrogava a Jesus, Ele suportou o julgamento em silêncio. Podia ter revidado, gritado, falado para se defender... mas não REAGIU, AGIU: assumiu o controle da situação.

Quando você reage a um insulto, está admitindo que a pessoa está no controle de suas emoções.

A palavra de Deus diz, Rm 12.17,21: “A ninguém torneis mal por mal... não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.

Um homem estava contando que acompanhou um amigo a uma banca de jornal e viu seu amigo cumprimentar o jornaleiro muito simpaticamente. Mas em troca recebeu uma atenção grosseira, mal-educada, e o jornal jogado na direção dele. Viu, mesmo assim, o amigo sorrir educadamente e desejar ao homem um bom fim-de-semana. “Ele sempre o trata assim? – Sim, infelizmente. Mas, então, porque você é tão gentil com ele?”  - ...porque eu não quero que ele decida como devo reagir”.

Isso é mansidão – força controlada. Escolher a maneira de reagir.

 

 

  1. A MANSIDÃO DIVINA

 

Existe uma escola, “a escola da mansidão”, que é dirigida pelo Senhor Jesus Cristo. Ele fez um convite excelente aos que estão cansados e oprimidos, ante as vicissitudes da vida, ante a onda de pecado que avassala o mundo. Ele diz: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos , e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mt 11.28.30).

Quem estuda na Escola de Jesus sabe o valor da mansidão acha difícil na prática, mas, com ajuda do Espírito Santo, podemos fazer “o dever de casa” e por em prática os preciosos ensinos de Jesus. Primeiro, porque ele não é do tipo de professor que ensina o que não faz, e faz o que não ensina. Quando, após ser julgado de modo ilegal por Pilatos, Ele foi esbofeteado, cuspido, escarnecido, mas “como ovelha muda perante os seus tosquiadores, não abriu a sua boca” (Is 53.7). Com obediência e zelo pelas lições do Senhor, podemos passar nos exames das provas de mansidão.

 

  1. A Mansidão de Deus.

 

A mansidão deve ser uma das qualidades do crente, porquanto o Espírito de Deus habita em seu interior. Deus é perfeitamente manso, mas também justo e que ira-se todos os dias (Sl 7.11). Como compreender isso? A ira de Deus é contra o pecado e o mal; não afeta seu amor e compaixão por nós. Deus é nosso exemplo perfeito de mansidão associada à firmeza.

 

  1. A Mansidão de Jesus.

 

Aquele que nos primeiros dias do Seu ministério disse: "Bem-aventurados os mansos", mais tarde também disse "Sou manso" (Mt.5v5; 11v29). Isso foi somente a prerrogativa dEle em poder dizer: "Sou manso", e ainda permanecer assim.

Entre os homens, tal alegação à mansidão negaria aquela mansidão fingida. Os outros podem dizer que um homem é manso, mas quando aquele mesmo homem assim fala, deixa de ser a verdade. Com o amado Salvador era diferente. Ele podia dizer: "Sou manso" e ainda permanecer manso. Mansidão é o fruto do Espírito e desejamos ponderá-la na sua perfeição na vida do Senhor Jesus.

Os grandes homens do mundo sempre desprezaram mansidão. Eles a confundiram com moleza e fraqueza. Os Faraós do Egito, os Reis da Babilônia , os Imperadores de Roma, os Príncipes da Pérsia, não toleravam mansidão.

Mas mansidão não é fraqueza. De fato, mansidão é a verdadeira força e pode ser vista como tal no ministério do Salvador. Alguém o descreveu como "excesso de falta de raiva". A definição pode parecer incômoda, mas é certa. Houve tempos e ocasiões quando o nosso Senhor poderia estar irado. Houve circunstâncias que O tornaram assim (Mc3v5). Mas é dito de amor que não é facilmente provocado, e assim foi com o grande Amante das almas. Existe uma raiva em nós que pode vir de malícia e amargura. Isto é errado, embora que nós, às vezes, podemos também estar com a justa ira, sem pecar (Ef.4v26).

Aquele Homem amado, manso e humilde era excessivamente sem ira e sempre desconhecedor da malícia.

No Salmo 45, um salmo Messiânico predizendo os triunfos do Cristo, é profetizado do Messias, que Ele prosperaria na causa da verdade, mansidão, e retidão. Sem dúvida, há de ter um cumprimento milenial disso no futuro, mas era verdade durante a Sua estada entre nós. Ele pregava a verdade e vivia em retidão. Mansidão une os dois. Foi o Espírito no qual Ele pregava e vivia enquanto esteve aqui na terra.

Outra vez, o profeta havia dito: "Eis que o teu Rei aí te vem, manso e assentado sobre uma jumenta". (Mt.21v5). Isto se cumpriu no dia em que o Salvador entrou em Jerusalém na jumenta, com roupas e ramos de árvores estendidos pelo caminho. "Hosana!" eles clamaram, "Hosana!" Mas o nosso Senhor sabia que a cruz estava perto, e Ele recebeu os seus louvores em mansidão. Ele, que um dia reinará e cavalgará em um cavalo branco em triunfo, assentou mansamente sobre uma jumenta, para ser crucificado dali a alguns dias (Veja Ap.19).

Quão mansamente o Salvador tolerou os escárnios injustos dos Seus inimigos. "Odiaram-me sem causa", Ele podia dizer (Jo 15.25). Injustamente o acusavam, eram os Seus inimigos (Sl.69v4). Note quão mansa e gentilmente Ele respondia mesmo às injustiças. "Não dizemos nós bem que és samaritano, e que tens demônio?", eles O acusaram (Jo.8v48-49). "Não tenho demônio", Ele respondeu, mas sem referência aos samaritanos. Bem Ele podia ter dito "Não sou samaritano", mas em mansidão característica Ele não ofenderia. Afinal, uma vez ele viajou para Sicar para trazer salvação a uma samaritana (Jo.4).

Mas será que realmente vemos a Sua mansidão quando O vemos no meio de inimigos cruéis acusando-O durante aquela última noite longa e solitária? Ele estava como um cordeiro levado ao matadouro. Ele estava como uma ovelha muda perante os seus tosquiadores. Como eles O despiram de tudo que era dEle, até as Suas próprias vestes, Ele era como a gentil corça da alvorada de Sl.22. Os touros de Basã e os cães de Roma O rodearam. Os líderes orgulhosos e arrogantes da nação e os soldados insensíveis de César O cercaram. No meio de tudo, o objeto da sua crueldade, Ele permaneceu em silêncio e sem queixa. Um tempo antes no jardim, Ele tinha dito a Pedro "Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que Ele não Me daria mais de doze legiões de anjos?" (Mt.26v53). Mas,sabendo que tudo estava ao Seu comando, Ele suportou mansamente tudo que Lhe fizeram.

E quando eventualmente eles O levaram para fora para morrer, e estenderam as Suas Mãos para cravá-las na cruz, em mansidão Ele disse: "Pai, perdoa-lhes" (Lc.23:34).

Não foi isto verdadeira força? Foi bem cedo mesmo no Seu ministério que Ele tinha ensinado os Seus discípulos: "Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem"(Mt.5v44). Esta exortação foi parte daquele mesmo ministério no qual Ele tinha dito "Bem-aventurados os mansos"(Mt.5v5). Quão literalmente Ele cumpriu as instruções que Ele tinha dado aos Seus, enquanto Ele orou pelos que estavam fisicamente O pregando naquela cruz.

É gostoso notar que no mesmo Salmo do Seu sofrimento lemos "Os mansos.....se fartarão" (Sl.22v26). O Príncipe de Sofredores um dia será recompensado pela Sua mansidão, porque "Os mansos herdarão a terra" (Sl.37v11). Ele regerá e reinará quando os reis da terra já passaram e são esquecidos.

Que nós, que O amamos e que desejamos ser semelhantes a Ele, sejamos sempre achados em "humildade e mansidão"; "modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens" (Ef.4v2; Tt.3v2). Bem-aventurados são os mansos.

 

III. REFERÊNCIAS BÍBLICAS À MANSIDÃO

 

Na Bíblia, a mansidão está freqüentemente associada a outros atributos ou em contraste com práticas erradas. Consideremos, portanto, alguns textos bíblicos e seus ensinos para nós.

  1. Mansidão e benignidade. Em 2 Coríntios 10.1, o apóstolo Paulo fez um apelo aos coríntios “pela mansidão e benignidade de Cristo”. Benignidade, nesta passagem, diz respeito a suportar ofensas com paciência e sem ressentimento, por amor a Cristo. Mansidão refere-se à brandura na conduta ou atitude, e opõe-se à rispidez, à severidade, à violência ou a grosserias carnais; de natureza adâmica.
  2. Mansidão e humildade. Estas duas virtudes estão intimamente ligadas: “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor” (Ef 4.2). Humildade contrapõe-se ao orgulho. É uma atitude de submissão e respeito aos outros.
  3. Mansidão e sabedoria. “Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria” (Tg 3.13). Os sábios e inteligentes são mansos. Trata-se de um espírito de submissão e sempre inclinado à aprendizagem. Isto evidencia o fruto da mansidão.
  4. Mansidão e salvação. “Porque o Senhor se agrada do seu povo; ele adornará os mansos com a salvação” (Sl 149.4). Observamos neste texto sua harmonia com o Novo Testamento: “Pelo que, rejeitando toda imundícia e acúmulo de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar a vossa alma” (Tg 1.21). Neste texto, mansidão refere-se à inclinação para receber a Palavra de Deus com um coração submisso.

 

  1. EXEMPLOS DE MANSIDÃO NA BÍBLIA

 

O maior exemplo de mansidão nos foi dado por Jesus. Ele a ensinou e a viveu radicalmente. No Sermão da Montanha ele ensinou: ´Tendes ouvido o que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu porém, vos digo: não resistais ao homem mau. Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra´ (Mt 6,38s).

Há muitos exemplos da prática do fruto da mansidão, ou de sua ausência, no Antigo e Novo Testamentos. Ao ler os acontecimentos bíblicos, reflita se os personagens envolvidos agiram mansamente. Se não, considere a possibilidade de que a história, em alguns casos, poderia ter sido diferente se esta virtude fosse manifestada. A seguir, examinaremos alguns exemplos.

  1. Abraão. É um exemplo notável desta virtude aplicada na resolução de disputas: “Ora, não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos. Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; se escolheres a esquerda, irei para a direita; e, se a direita escolheres, eu irei para a esquerda” (Gn 13.8,9). À primeira vista, parece que Abraão está perdendo terreno por conceder a Ló o direito de escolher. Contudo, no fim da história o Senhor abençoou grandemente a Abraão. Isaque, filho de Abraão, seguiu o exemplo do pai e também foi abençoado pelo Senhor (veja Gn 26.20-26).
  2. Moisés. O texto de Números 12.3 diz que “era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra”. Na passagem de Êxodo 15.24,25, o povo murmurou contra Moisés, que imediatamente voltou-se ao Senhor. Fato semelhante ocorreu em Êxodo 17.3,4. Em outra ocasião, o povo criticou Moisés em público, no entanto, Deus o defendeu e falou diretamente com Arão e Miriã em benefício de seu servo. Nestes textos, aprendemos que o Senhor sustenta os submissos e mansos. Em Números 16, encontramos uma rebelião do povo contra a liderança de Moisés. Uma vez mais ele demonstrou mansidão, e Deus o protegeu.
  3. Quando Paulo rogou aos coríntios, ele lhes apelou pela mansidão e benignidade de Cristo (2o Co.10v1). Tanto Paulo como os coríntios sabiam que em Jesus houve o grande exemplo de uma mansidão que seria o antídoto para cada problema. O apóstolo lhes rogou por aquela mansidão para ter pensamentos certos dele e do seu apostolado.

Paulo experimentou isso na sua vida. Ele segurava os mantos daqueles que apedrejavam Estevão, que, recebendo o martírio, como Jesus, orava pelos seus executores. ´Senhor, não lhes leves em conta este pecado ...´ (At 7,60). E Saulo ´que havia aprovado a morte de Estevão´, converteu-se maravilhosamente em seguida, por esses ´carvões em brasa´ que foram amontoados sobre a sua cabeça pela atitude de Estevão.

 

  1. RECOMPENSAS DA MANSIDÃO

 

Não há promessa boa na Bíblia para os violentos, os agressivos, os “ignorantes”, os “brabos”. Mas há promessas para os que são mansos de coração. No Sl 37.11, está escrito: “ Mas os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância de paz”. Isso contraria tudo o que se sabe em termos de propriedade da terra, de reforma agrária, ou coisa do gênero. Na terra, hoje, quem tem mais terra , são os ricaços, muitos vezes à custa de apropriação indevida, de expropriação ilegal, e até pelo uso da força. Mas, um dia, quando Cristo vier reinar neste mundo, os mansos é que serão donos das propriedades da terra, como herança concedida por Deus pela sua mansidão. Jesus repetiu essa promessa, no sermão do monte: “Bem-aventurados os mansos porque eles herdarão a terra” (Mt 5.5).

 

CONCLUSÃO

 

A mansidão é uma disposição do caráter que aceita, sem discutir, a verdade e a vontade de Deus. É uma postura dócil de completa submissão e aprendizado em Cristo (Mt 11.28). Essa virtude é fruto da atuação do Espírito Santo no crente. Não é a simples obediência, passividade ou indolência, mas a transformação moral segundo à obediência de Cristo (1 Pe 1.2). Assim, agiam as igrejas do Novo Testamento (Rm 16.19; 2 Co 7.15) e o próprio Cristo (Hb 5.8), que sendo perfeitamente homem, humilhou-se a si mesmo, e foi obediente até a morte (Fp 2.8). Segundo Paulo, aquele que não é capaz de ser manso e se submeter aos seus pastores não é digno da comunhão cristã (2 Ts 3.14). As Escrituras também tratam da obediência aos pais e a conseqüência imediata de desobedecê-los (Dt 21.18; Pv 30.17). Os resultados da sujeição mansa aos mandamentos divinos são exemplificados em Cristo, os da desobediência, em Adão (Rm 5.19). No grego, o termo obediência é formado por hypo, que significa debaixo de e traz a idéia de estar debaixo da vontade e do mandamento divino, e akouo, traduzido por ouvir, que fala da disposição mansa para obedecer a verdade vinda de cima. 

 

 

Lição 8 - O Fruto Do ESPÍRITO - Fidelidade - o Fruto Da Confiança

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º TRIMESTRE DE 2005

 

 

TEXTO ÁUREO: “Não defraudando; antes mostrando toda a boa lealdade, para que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador” (Tt 2.10).

VERDADE PRÁTICA: O fruto da fidelidade é imprescindível ao relacionamento do cristão com Deus, consigo mesmo e com o próximo.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: HEBREUS 10. 35-39

 

LEITURA DIÁRIA:

Segunda - Tt 2.10  A fidelidade evidencia a doutrina de Deus

Terça - Ap 13.10  A fidelidade coopera com a paciência

Quarta - Pv 3.3,4  A fidelidade propicia ao crente a graça de Deus

 

Quinta - Gl 5.22  Quem vive e anda no Espírito evidencia fidelidade

 

Sexta - 2 Cr 19.9  O fruto da fidelidade deve ser demonstrado na vida de cada crente

Sábado - 2 Cr 31.18 O fruto da fidelidade conduz o cristão à santidade

 

OBJETIVOS:

 

Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:

1- Explanar os seis aspectos da fé.

2- Definir o termo fidelidade no Antigo e Novo Testamentos.

3- Descrever os princípios da fidelidade.

 

PONTO DE CONTATO:

 

Professor, foi possível realizar com a classe a visita proposta na lição anterior? Como foi o resultado? Seus alunos ficaram motivados? Estabeleceram uma comissão permanente de visitas? Todos participaram? Os participantes com certeza se regozijaram no Senhor pela demonstração da bondade e benignidade de Deus. Comunique à classe o resultado da visita. Permita que um dos alunos fale acerca de sua experiência. Aqueles que não cooperaram com a tarefa provavelmente preferem realizar outra atividade. Procure descobri-la a fim de integrá-los às próximas programações da turma. Continue intercedendo em favor de seus alunos.

 

SÍNTESE: A TEXTUAL

 

palavra ‘fé’, do original pistis, aparece em cerca de 232 versículos do Novo Testamento. Hebreus, ao lado de Romanos (39 vezes), é uma das epístolas que mais utiliza o termo, totalizando trinta ocorrências, das quais, 23 referências diretas e uma indireta ocorrem somente no capítulo onze. Tiago usa o vocábulo dezesseis vezes e Gálatas dezenove. A ‘fé’ em Romanos diz respeito ao recebimento do Evangelho; em Gálatas, opõe-se à lei mosaica e, em Tiago, é associada às obras. Entretanto, para o escritor aos Hebreus, esta virtude é primeiramente prática, isto é, é exemplificada pelos personagens do Antigo Testamento. Hebreus 6.12 resume este fato: ‘para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas’. Dentro dos reais contextos da comunidade dos cristãos hebreus (retrocesso na fé cristocêntrica e desânimo em conseqüência das perseguições), manter-se confiante (v.35), paciente (v.36), fiel (v.38) e firme (39) conforme àqueles que suportaram as mesmas aflições, não era apenas um estímulo, mas uma necessidade. Portanto, a fé em Hebreus pode ser compreendida como fidelidade apesar da adversidade, perseverança no Evangelho e paciência até a vinda de Cristo.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

- Peça a seus alunos para responderem o teste de fidelidade abaixo. Depois de responderem, distribua as folhas entre os alunos para que cada um interceda pelas necessidades de seu irmão. As folhas não devem ser assinadas.

  1. Você tem sido fiel a seus votos e propósitos?

( ) Sim ( ) Não

  1. Você tem sido fiel? Coloque "V" para Verdadeiro e "F" para Falso

( ) A sua família

( ) A sua vida profissional

( ) A sua igreja

( ) A seus estudos

( ) A sua classe de estudo bíblico

( ) A seus amigos

( ) A seu compromisso de leitura da Bíblia Anualmente

  1. O que você precisa fazer para superar a infidelidade?

R: ________________________________________________

 

(Adaptado do livro Dinâmicas Criativas Para o Ensino Bíblico, CPAD).

 

COMENTÁRIO – INTRODUÇÃO

 

A nossa fé constante e inabalável em Deus confere-nos a certeza de que Ele cumpre sua Palavra no tempo próprio.

Para se ter Fidelidade é preciso ter fé e vice-versa; na bíblia a fé é o tema central, tendo como fim a salvação de todos os seres humanos. A fé é a expressão da fidelidade. Desde Gênesis 4, Abel apresentou sua oferta a Deus e o Senhor a aceitou por sua fé ou fidelidade. (Hb 11.4). A partir daí DEUS vem procurando e encontrando, apesar de poucos, homens que se aproximam D'Ele por fé, dispostos a permanecerem fiéis em todas as situações advindas.

 

  1. OS SIGNIFICADOS BÍBLICOS DA FÉ

 

A fidelidade é uma característica de quem tem fé, ou seja, de quem recebeu o fruto do ESPÍRITO SANTO pela fé em DEUS, através do sacrifício de JESUS CRISTO.

A fé é um dom de Deus (Rm 12.3; Ef 2.8; 6.23; Fp 1.29),  exclui a vanglória pessoal (Rm 3.27) e  a sua operação é pelo amor (Gl 5.6; I Tm 1.5; Fl 5).

     Na prática da vida como proteção a fé é compara a um escudo: "tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno" (Ef 6.16). Ou a uma couraça: "mas nós, porque somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; (I Ts 5.8).

      A fé produz: salvação (Mc 16.16; At 16.31; Rm 1.17); esperança (Rm 5.2); alegria (At 16.34; I Pe 1.8); paz (Rm 15.3); confiança (Is 28.16 com I Pe 2.6); ousadia na pregação (Sl 116.10 com II Co 4.13).

Quais são os tipos de fé e qual seu significado?

 

  1. A fé natural.

 

A fé pode ser confundida com a coragem. Todo ser humano já nasce pré-disposto a acreditar em coisas naturais, como cuidar de um animal selvagem, assentar-se em uma cadeira sem medo da mesma se quebrar, comer de uma comida sem temer que a mesma esteja contaminada, andar pelas ruas sem temer ser assaltado ou atropelado, entrar num automóvel ou avião ou trem, ou navio, ou outro meio de transporte, sem se preocupar com acidentes, etc...; não necessitamos no entanto de ter fé em DEUS para que exerçamos este tipo de fé. Esta fé é concedida por DEUS a todo o ser humano.

 

 

  1. A fé salvífica.

 

Não depende de nós, é dom de DEUS, é concedida por DEUS a todo aquele que se interessar pelo Mesmo.

Ef 2.8 Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; 9 não por obras, para que ninguém se glorie.

 

A SALVAÇÃO DO PECADOR DEPENDE DE

 

  1. a) a operação divina, na obra redentora de Cristo, já efetuada;
  2. b) o acolhimento dessa obra, por parte do pecador, ou seja, a conversão (1ºTimóteo 1:15).

A CONVERSÃO COMPREENDE DUAS ATITUDES POR PARTE DO HOMEM:

  1. a) seu arrependimento do pecado e
  2. b) sua fé ou confiança no Salvador (Mateus 18:3).
  3. c) Converter-se significa voltar-se de uma direção para o sentido contrário, dar meia volta e caminhar em direção a Deus. O ponto de referencia é Deus. (Atos 3:19; 22:4-16; 1º Tessalonicenses 1:9-10).

 

  1. A fé ativa.

 

A fé que impulsiona o crente a continuar na luta do dia a dia, a dar bom testemunho e vencer as lutas contra Satanás. Esta fé é ativa porque é viva e produz trabalho na obra de DEUS.

At 20.21 Testifiquei, tanto a judeus como a gregos, que eles precisam converter-se a Deus com arrependimento e fé em nosso Senhor Jesus. 22 "Agora, compelido pelo Espírito, estou indo para Jerusalém, sem saber o que me acontecerá ali. 23 Só sei que, em todas as cidades, o Espírito Santo me avisa que prisões e sofrimentos me esperam.

 

SETE MARCAS DA VERDADEIRA FÉ (Pr. Geziel Gomes)

  1. ELA  NÃO OLHA PARA A ENFERMIDADE. BUSCA OLHAR O MÉDICO

A.1 Quanto maior for a visão da enfermidade, maior o impedimento para a cura

A.2 A mulher do fluxo hemorrágico.

 

  1. ELA NÃO CONTEMPLA O PROBLEMA. VISUALIZA A SOLUÇÃO

B.1 Eliseu diante dos filhos dos profetas. O ferro do machado caiu. ONDE CAIU?

B.2 Os 4 homens que levaram o paralítico

 

  1. ELA NÃO DEPENDE DOS SENTIDOS NATURAIS. USA OS ESPIRITUAIS

C.1 Marta dependeu do olfato.

C.2 O cego de Jericó dependeu da visão?

 

  1. ELA NÃO INVESTIGA. CRÊ, OBEDECE E MARCHA.

D.1 Abraão, recebendo a ordem de sacrificar o filho.

D.3 Moisés, diante do Mar Vermelho

 

  1. ELA NÃO PRECISA DE EVIDENCIAS. ELA MESMA É A EVIDÊNCIA.

5.1   E.1 Uma nuvem do tamanho de uma mão.: Elias

  1. 2 Abraão, sendo chamado para deixar Ur deos Caldeus

 

  1. ELA NÃO ESTÁ LIMITADA A DISTANCIAS. ROMPE O INFINITO.

F.1 O centurião. Não precisas ir a minha casa.

F.2 Diferença de Marta: Se tu estivesses aqui...

 

  1. ELA NUNCA PRONUNCIA ESTAS  PALAVRAS: NÃO PODE, TALVEZ,AMANHÃ

G.1 Jó disse: Bem seu ei que tudo podes

G.2 Davi disse: Ainda que eu ande pelo vale da sombra...

G.3 Paulo disse: Hoje é o dia aceitável...

 

  1. O dom espiritual da fé.

É a fé em ação, é crêr que o impossível se torna possível porque DEUS assim o deseja. Este tipo de fé é necessária por exemplo na ressurreição de mortos, na operação de milagres ou maravilhas e nas diversas curas. Esta fé deixa o crente tranqüilo quanto ao milagre operante de DEUS e quando o crente vai fazer algo para DEUS já enxerga a manifestação do poder do ESPÍRITO SANTO antes mesmo que aconteça.

At 3. 6 Disse Pedro: "Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, ande". 7 Segurando-o pela mão direita, ajudou-o a levantar-se, e imediatamente os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes.

 

  1. O fruto da fé (fidelidade).

 

Esta fé implica em ser fiel a DEUS ainda que nos custe a vida. É sempre ter em mente a fidelidade a DEUS acima de qualquer outra autoridade ou poder.

At 20.24 Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus.

 

  1. A fé como crença.

 

É iniciar uma nova vida com DEUS agora como centro. é ter agora alguém a quem consultar sempre nas horas que precisamos tomar decisões que podem mudar todo o nosso futuro.

Gl 2.20 Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo{4}, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.

 

  1. a) Fé intelectual: é a edificação da fé sobre informações recebidas conforme Rm 10.17: "Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo."
  2. b) Fé emocional: Na parábola do bom semeador (Mt 13.20-221), a semente que caiu nos lugares rochosos correspondem aos que parecem arrependidos, mas não se acham alicerçados na fé ocorre que "mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e sobrevindo a angústia e a perseguição por causa da palavra,

logo se escandaliza"

 

  1. c) Fé Volitiva: É a fé determinada pela vontade, é a que atinge o âmago da personalidade, a sede da vontade. Vai além da religiosidade, é a fé pela fé, envolvendo fidelidade, obediência e crer.

Podemos confiar plenamente em Deus tendo a fé genuína como base, ou seja tendo a fé em Deus. Ter fé em Deus é uma ordem do Senhor Jesus Cristo: "Respondeu-lhes Jesus: Tende fé em Deus" (Mc 11.22).

      Resumidamente podemos definir que fé é a certeza das coisas esperadas (Hb 11.1). É a convicção das coisas não vistas (Hb 11.1), sendo uma exigência de Deus (Mc 11.22; I Jo 3.230).

 

  1. OS SIGNIFICADOS DE FIDELIDADE

 

“E creu ele no Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça” (Gn 15.6).

PRIMEIRO CREU NAQUILO QUE NÃO VIA E ESPEROU RECEBER, ENTÃO OU POR CAUSA DISSO DEUS O JUSTIFICOU, OU SEJA DECLAROU QUE ERA JUSTO.

E CREU... E FOI-LHE IMPUTADO ISTO POR JUSTIÇA. Pela primeira vez nas Escrituras, a fé e a justiça são mencionadas juntas.

 

  1. No Antigo Testamento.

 

(A) No AT, a fé tinha um duplo aspecto:

(a) confiança em ou dependência de , e

(b) lealdade a ou fidelidade . O termo crer aqui, (hb. aman), significa perseverar confiando e crendo, evidenciando isso mediante uma fidelidade obediente. Era esse o tipo de fé que Abrão tinha. Era um homem dedicado a Deus, sempre confiante, obediente e submisso.

(B) Deus viu a fé sincera de Abrão expressa naquela atitude e lha imputou por justiça. O termo justiça significa estar num relacionamento correto com Deus e com sua vontade (6.9; Jó 12.14ss.). Além disso, Deus fez um concerto com Abrão, mediante o qual Deus tornou-se o seu escudo e galardão (v. 1), Abrão ia ter muitos descendentes (v. 5) e também a promessa da terra (v. 7)

Abraão também compartilhou de íntima comunhão com o Senhor. Pense na maneira pela qual o próprio Deus descreveu o relacionamento com esse homem: “Abraão, meu amigo” (Isaías 41:8). Igualmente, o Novo Testamento nos diz: “Abraão creu em Deus...e: foi chamado amigo de Deus” (Tiago 2:23).

Que incrível recomendação, ser chamado amigo de Deus. A maioria dos cristãos tem cantado o conhecido hino “Em Jesus Amigo Temos”. Estas passagens bíblicas nos trazem esta verdade com poder. Ter o Criador do universo chamando um homem de Seu amigo parece além da compreensão humana. Porém isso aconteceu com Abraão. É um sinal da grande intimidade deste homem com Deus.

Em hebraico a palavra aqui usada por Isaías para amigo quer dizer afeição e proximidade. E em grego, a palavra que Tiago usa para amigo quer dizer aliado querido e próximo. Ambas implicam em intimidade profunda.

 

O Resultado da Proximidade com Deus. Não É Só Uma Afeição Íntima pelo Senhor,Mas Também um Desapego Progressivo Por Este Mundo.

Quanto mais nos aproximamos de Cristo, maior se torna nosso desejo de viver inteiramente em Sua presença. E mais, começamos a ver mais claramente que Jesus é o nosso único fundamento real.

A Bíblia diz que Abraão “aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hebreus 11:10). Para Abraão, nada nesta vida era permanente. As escrituras dizem que o mundo era um “lugar estranho” para ele. Não era um lugar para se fincar raízes.

Contudo Abraão não era nenhum místico. Ele não era um ascético que adotava um aspecto beatificado e vivia confuso espiritualmente. Era um homem com vida terrena, profundamente envolvido em negócios. Afinal de contas, era o proprietário de milhares de cabeças de gado. E tinha servos em número suficiente para formar uma pequena milícia. Abraão devia ser um homem ocupado, dirigindo os servos e comprando e vendendo gado, ovelhas e bodes.

Porém ainda assim, a despeito de seus tantos negócios e responsabilidades, Abraão achava tempo para intimidade com o Senhor. E porque andava perto de Deus, ele ia ficando cada vez mais insatisfeito com esse mundo. Abraão era rico, próspero, com muitas coisas boas para mantê-lo ocupado. Porém, nada nesta vida conseguia desviar a atenção dele do anseio pela pátria celestial no porvir. Cada dia, ele mais e mais ansiava se aproximar deste lugar melhor.

A pátria celestial pela qual Abraão ansiava não é literalmente um lugar. Antes, trata-se de estar no recôndito do Pai. Veja, no original, a palavra para esta expressão “pátria celestial”, é Pater. Vem de uma raíz significando Pai. Então, a pátria celestial que Abraão buscava era, literalmente, um lugar com o Pai.

O que isso significa para nós hoje? Significa que mudar para esta pátria celestial não é só chegar ao céu um dia no futuro. Trata-se de, a cada dia, desejar ardentemente experimentar a presença do Pai agora mesmo.

Hebreus diz que Abraão - morreu na fé (v. Hebreus 11). Se desapegou do espírito do seu tempo. buscava uma nova pátria. O mundo simplesmente não era o seu lar.  Porém, isso não quer dizer que ele ficou esperando até chegar ao céu para desfrutar da proximidade com o Pai. Pelo contrário, como peregrino passando por essa vida, ele continuou buscando a presença de Deus. Nada no mundo conseguia fazê-lo parar de se mover à frente, buscando um caminhar mais profundo e íntimo com o Pai.

Através de seu fiel exemplo, este homens dizia: “Busco um lugar mais próximo do Pai. E este lugar está além do que este mundo tem a oferecer. Vejo com carinho as tantas e abençoadas dádivas que Deus tem me dado em meus familiares, e amigos piedosos; nada no mundo poderia substituir o amor que tenho por eles. Mas sei que há um amor ainda maior, a ser experimentado com o Pai”.

Hebreus 11 fala de muitos outros cujo caminhar íntimo de fé agradou ao Senhor. Pela fé, estes servos forjaram grandes milagres, e fizeram muitas coisas impressionantes. E ao examinarmos suas vidas, vemos que eles também compartilharam de um mesmo denominador comum: todos abandonaram este mundo e seus prazeres, para andar intimamente com Deus.

Será que você pode fazer a mesma reivindicação? Será que o seu coração anseia por andar mais próximo do Senhor? Será que está havendo uma insatisfação crescente em você com as coisas deste mundo? Ou, está o seu coração preso à coisas temporais?

 

  1. No Novo Testamento.

 

A palavra fé, no original do NT, significa plena persuasão ou certeza fundamentada no ouvir (Rm 10.17). Já em Mateus 23.23, está relacionada à confiança ou fidelidade.

É interessante observar que Jesus enfatizou ser a verdade e digno de toda confiança, ao introduzir suas declarações no Evangelho de João com a frase “na verdade, na verdade”, “em verdade, em verdade”, “digo-lhes a verdade” (Jo 1.51).

Assim, o fruto da fidelidade abrange as idéias básicas de integridade, fidelidade, lealdade, honestidade e sinceridade.

 

     No novo concerto, a bênção de Deus e o relacionamento certo com Ele também são concedidos mediante a fé. Aqui está uma verdade fundamental no NT (Rm 4.3; Gl 3.6; Tg 2.23;). Abrão é, pois, o pai de todos os que crêem (Rm 4.11)

 

III. A FIDELIDADE DE DEUS

 

Hb 11.6,8 Sem fé é impossível agradar a Deus

6 Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.

 

CREIA QUE ELE EXISTE. Este versículo descreve as convicções integrantes da fé salvífica.

(1) Devemos crer na existência de um Deus pessoal, infinito e santo, que tem cuidado de nós.

(2) Devemos crer que Ele nos galardoará quando o buscamos com sinceridade, sabendo que nosso maior galardão é a alegria e a presença do próprio Deus. Ele é nosso escudo e nossa grande recompensa (Gn 15.1; Dt 4.29; Mt 7.7,8; Jo 14.21).

(3) Devemos buscar a Deus com diligência e desejar ansiosamente a sua presença e graça.

A fé agrada a DEUS porque não é materialista e é preciso haver um profundo desejo de acreditar mesmo sem ver.

 

A fidelidade é um atributo da Trindade. Deus Pai é fiel (Dt 7.9; 1 Co 10.13); o Senhor Jesus é chamado “Fiel e Verdadeiro” (Ap 19.11); e o Espírito Santo tem o mesmo atributo (fidelidade) (Gl 5.22, ARA).

Consideremos alguns testemunhos mencionados pela Bíblia acerca da fidelidade de Deus.

  1. Deus se veste de fidelidade. A fidelidade faz parte da natureza pessoal de Deus (Is 11.5, ARA).

 

  1. Deus é fiel no cumprimento de suas promessas (Hb 10.23). A Bíblia está repleta de promessas que nos foram concedidas por Deus (2 Pe 1.4). Se Deus lhe prometeu algo, reivindique pela fé e oração, porquanto Ele é fiel. Ler 2 Tm 2.13b.

 

  1. Deus é fiel para perdoar. Temos esta palavra segura em 1 João 1.9. O perdão de Deus não se fundamenta no que sentimos, mas em nossa convicção de que Ele cumprirá sua Palavra (Ne 9.17).

 

  1. Deus é fiel em nos chamar. Deus nos chama para a salvação e serviço (Mt 4.18,19); a conhecer seu plano e vontade para nossa vida, como fez com Samuel (1 Sm 3.10,11); a sermos santos (1 Co 1.2). Breve vem o dia em que Ele nos arrebatará deste mundo para encontrá-lo nos ares, de acordo com sua promessa (1 Ts 4.13-17).

 

  1. OS PRINCÍPIOS DA FIDELIDADE

 

fi.de.li.da.de   sf   (lat fidelitate) 1 Qualidade de quem é fiel; lealdade. 2 Semelhança entre o original e a cópia. 3 Afeição constante: A fidelidade do cão. 4 Probidade. 5 Exatidão, pontualidade.

Unida a que e de que maneira nossa fé deve atuar em nosso viver?

  1. A fidelidade e o amor.

a.mor   sm   (lat amore) 1 Sentimento que impele as pessoas para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso. 2 Grande afeição de uma a outra pessoa de sexo contrário. 3 Afeição, grande amizade, ligação espiritual. 4 Objeto dessa afeição. 5 Benevolência, carinho, simpatia. 6 Tendência ou instinto que aproxima os animais para a reprodução. 7 Desejo sexual. 8 Ambição, cobiça: Amor do ganho. 9 Culto, veneração: Amor à legalidade, ao trabalho. 10 Caridade. 11 Coisa ou pessoa bonita, preciosa, bem apresentada. 12 Filos Tendência da alma para se apegar aos objetos. Antôn: aversão, ódio. sm pl 1 Namoro. 2 O objeto amado. 3 O tempo em que se ama.

Em Gálatas 5.6, lemos: “A fé que atua pelo amor” (ARA).

É pelo desabrochar do amor que a fé age, vencendo as artimanhas do Diabo e sendo fiel a DEUS. A fidelidade depende do amor a DEUS para seguir em frente.

 

  1. A fidelidade e o sofrimento.

 

so.fri.men.to   sm   (sofrer+mento2) 1 Ação ou efeito de sofrer; dor, padecimento. 2 Amargura. 3 Paciência, tolerância. 4 Desastre.

 

Quem quiser ser fiel a DEUS passará por sérios problemas com as pessoas que não desejam a salvação. A fidelidade a DEUS não é compreendida pelos que vivem materialmente, não discernindo nada espiritual.

1Co 2.14 Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente. 15 Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido; pois 16 "quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo?" Nós, porém, temos a mente de Cristo.

 

  1. A fidelidade e os votos (Ec 5.5).

 

vo.to 1   sm   (lat votu) 1 RelPromessa livre e deliberada feita a Deus de alguma coisa que lhe é agradável, à qual nos obrigamos por religião. 2 Promessa solene; juramento. 3 Desejo sincero. 4 Oferenda feita em cumprimento de promessa anterior ou em memória e por gratidão de graça recebida. 5 Obrigação contraída em razão de promessa ou juramento. 6 Súplica ou rogativa a Deus. 7 Modo de manifestar a vontade, num julgamento ou deliberação, em tribunal ou assembléia. 8 Ato ou meio de votar; sufrágio. 9 Opinião individual; juízo. V. absoluto, Ecles: aquele que permanece válido em qualquer circunstância.

 

Devemos votar e cumprir os votos, devemos comprar e pagar, devemos prometer e cumprir, devemos sonhar e realizar, devemos dar mais do que receber, devemos plantar e colher.

Sl 50.14 Ofereça a Deus em sacrifício a sua gratidão, cumpra os seus votos para com o Altíssimo, 15 e clame a mim no dia da angústia; eu o livrarei, e você me honrará."

Sl 76.1 Façam votos ao SENHOR, ao seu Deus, e não deixem de cumpri-los; que todas as nações vizinhas tragam presentes a quem todos devem temer.

 

  1. A fidelidade e a lealdade.

 

le.al.da.de   sf   ( leal+ dade) 1 Qualidade de leal; fidelidade. 2 Ação leal. Antôn: hipocrisia.

 

Ser leal é ser fiel a uma lei, é obedecer sem discutir a uma norma real. A fidelidade tem tudo a ver com a lealdade, pois sem lealdade não há fidelidade.Estes são dois conceitos que na verdade não consigo separar muito bem. Pra mim quem é fiel é leal, ou então é submisso. Logo fidelidade sincera depende de lealdade. E quem é leal é fiel, ou então é apenas um aproveitador. Logo, lealdade sincera depende de fidelidade.Seja como for lealdade e fidelidade são muito mal interpretados desde longa data. Muitos confundem lealdade e fidelidade com ser “puxa-saco” ou com submissão.

Nós devemos ser leais e fiéis primeiramente ao Deus de nossos corações e a nossa consciência. Devemos ser leais e fiéis aos nossos pais e ancestrais, pois a família é a “célula máter” da sociedade e honrá-la e respeitá-la é mostrar força de caráter e espírito de união. Todos nós possuímos uma crença ou religião própria e a esta também prestamos juramento de lealdade e fidelidade, geralmente porque nela encontramos valores e dogmas que são compatíveis com o que acreditamos, e por isso, este juramento antes de ser com o “Sacerdote” é com o  nosso “Deus”.

 

  1. A fidelidade e a consistência.

 

con.sis.tên.cia   sf   (lat consistentia) 1 Estado ou qualidade de consistente. 2 Densidade ou coesão entre as partículas da massa de um corpo. 3 Dureza, espessura, fortaleza, solidez. 4 Estado de uma coisa que promete durar ou não ter mudança. 5 Perseverança

 

Ser consistente é ter propósito, é ser fiel  sempre sem nunca esmorecer. A persistência é uma qualidade de quem nunca desiste de ser fiel a DEUS.

Muitas pessoas sentem o peso da culpa por sua inconstância; nunca conseguem terminar um projeto: realizar o Culto Doméstico, devocionais, ler toda a Bíblia durante o ano, pagar o dízimo do Senhor, etc. Tomar decisões acertadas, e não mantê-las, é um tipo de deslealdade. Um autêntico cristão é fiel na freqüência à igreja, no cumprimento de seus compromissos e em seus tratos, e isso inclui deveres, dívidas, empréstimos, prazos, etc

 

  1. A fidelidade na mordomia cristã. Devemos ser fiéis à execução da obra de DEUS, sempre contribuindo para que o sucesso da Igreja leve multidões a CRISTO.

O fruto do Espírito quanto à fidelidade é essencial no ministério evangélico (2 Tm 1.14; 1 Co 4.2). Nesta última passagem, o que significa o “bom depósito” confiado aos cuidados dos mordomos de Deus? Primeiro, é nossa responsabilidade partilhar o Evangelho de Jesus Cristo com os outros (Lc 12.42). Devemos ser fiéis aos ensinos da Bíblia (1Co 4.6). Este tipo de fidelidade inclui a administração do tempo, dos talentos e das posses, pois, tudo é do Senhor.

 

CONCLUSÃO

A fidelidade como parte do fruto do Espírito é imprescindível ao cristão em seu relacionamento com Deus, com os outros e consigo mesmo.

Através da fidelidade, tornamo-nos diferentes dos outros que não temem a Deus. O Senhor está procurando os fiéis para andarem com ele e servi-lo (Sl 101.6).

A fidelidade de DEUS é uma bênção perene para o crente fiel, mas ela é ineficaz para com aqueles que resistem à sua graça (ver 2.13, 2 Tm 2.13).

 

Subsídio Bibliológico

 

“Fé e paciência são dois ingredientes inseparáveis para se tomar posse das promessas de Deus. A fé nas promessas de Deus é o estímulo para as conquistas dos nossos sonhos, especialmente, quando esses sonhos estão de acordo com a vontade de Deus. Abrão já havia dado passos gigantescos na direção da vontade de Deus. Ele havia aprendido a importância do caminho da obediência para a verdadeira felicidade, mas não pôde evitar as circunstâncias desse caminho. Fragilidade e fé são termos opostos na nossa peregrinação espiritual. Por natureza somos frágeis e suscetíveis às intempéries da vida. A fé é o elemento espiritual que nos capacita a reagir nos momentos de fraquezas. Abrão já havia vencido grandes reveses e, agora, depois de haver chegado à Terra Prometida de leite e mel não poderia deixar-se ofuscar pelo desânimo. Porém, se depara com uma terra seca e vazia, onde a fome se espalhava entre os seus habitantes. Esse caos na terra de Canaã ia de encontro à promessa de uma terra de ‘leite e mel’; um tempo de provações que expôs toda a fragilidade emocional de Abrão. Na vida cristã, quando empreendemos andar no caminho da fé, não imaginamos encontrar as dificuldades e adversidades desse caminho” (CABRAL, Elienai. Abraão: as experiências de nosso pai na fé. RJ:CPAD, 2002, p. 27-8).

 

 

Lição 7 - O Fruto Do ESPÍRITO - Benignidade e Bondade: O Fruto Gêmeo

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º TRIMESTRE DE 2005

 

 

Texto Áureo: “Porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade, aprovando o que é agradável ao Senhor” (Ef 5.9,10).

Gálatas 5.22 Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.

 

Verdade Prática: A bondade e a benignidade são como duas colunas gêmeas da estrutura espiritual, moral e social do cristão.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE COLOSSENSES 3. 12-15

 

12 Portanto, como eleitos de Deus, santos, e amados, revesti-vos de compaixão, de  benignidade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. 13 Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa  contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós. 14 E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. 15E a paz de Deus, para a qual fostes chamados em um só corpo, domine em vossos corações. E sede agradecidos.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Pv 21.21 A bondade propicia vida, justiça e honra

 

Terça - Ef 4.32 A benignidade entre os irmãos — uma ordenança bíblica

Quarta - Rm 15.14 A plenitude da bondade no cristão

 

Quinta - Cl 3.12 O revestimento espiritual do crente

Sexta - Rm 13.10 O amor não pratica o mal

 

 

Sábado - 2 Sm 22.26 Deus retribui a benignidade de seus servos

 

 

OBJETIVOS: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:

1- Descrever a benignidade e a bondade como fruto do Espírito.

2- Relatar os princípios da benignidade e da bondade.

3- Exemplificar a benignidade e a bondade na vida de personagens bíblicos.

 

PONTO DE CONTATO: Professor, bondade e benignidade são o amor em exercício. Proponha à classe a possibilidade de praticar estas virtudes neste domingo. Sugira uma visita a um aluno da Escola Dominical ou a um parente necessitado dele. Procure saber qual a necessidade da pessoa ou da família e, se for preciso, recolha uma pequena contribuição dos alunos. Marque o horário da visita, reúna-se com o grupo na hora marcada, ore, leia Tiago 1.27 e faça a obra do Senhor. Lembre-se: as lições deste trimestre são mais práticas do que teóricas; mais interpessoais do que pessoais. Consistem na prática da vida cristã diária e não apenas em suas doutrinas principais.

 

SÍNTESE TEXTUAL: O fruto do Espírito, segundo o texto áureo, é a luz que se opõe às obras infrutuosas das trevas. Os filhos da luz produzem fruto de acordo com a sua natureza santa porque andam na luz, enquanto os filhos das trevas, obras infrutíferas porque trilham nas trevas (Ef 5.8-13). As obras das trevas são identificadas nos versículos três a seis do capítulo cinco: prostituição, impureza, avareza, torpezas, parvoíces e chocarrices. Estas ações são chamadas de ‘obras mortas’, ‘torpes’ e ‘condenadas pela luz’ (vv.11-13). No entanto, o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça e verdade. A palavra ‘aprovando’ (v.10) quer dizer, no original, ‘colocar a prova’ ou ‘testar’ e está relacionada ao termo ‘condenar’ do versículo treze. O que isto quer dizer? A chave está no versículo dezessete: ‘entendei qual seja a vontade do Senhor’. Para que saibamos se um ato agrada ao Senhor, devemos testá-lo pelo critério da ‘bondade’, da ‘justiça’ e da ‘verdade’. Além de sabermos que a vontade do Senhor é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2), precisamos perguntar se nossas atitudes são boas, justas e verdadeiras. Se elas forem reprovadas por esses três critérios, não poderemos ser considerados dignos da Luz do Mundo. Portanto, o texto de ouro atesta que o fruto do Espírito ‘está’, isto é, ‘acha-se, encontra-se’ em toda bondade, justiça e verdade — os princípios pelos quais devemos julgar, não as pessoas, mas suas atitudes.

 

COMENTÁRIO – INTRODUÇÃO

 

Am 5.12-14 “Porque sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e rejeitais os necessitados na porta. Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau. Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor,

o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis.”

 

A razão básica dos dons é ser uma bênção ao próximo. A bondade, ou generosidade, nos leva à preocupação com as pessoas de modo prático e dinâmico, onde quer que estas se encontrem. A Igreja Primitiva sabia praticar a mútua generosidade, sem medo de exagerar nos cuidados”. (LIM, David. Os dons espirituais. In HORTON, Stanley M. (ed.). Teologia sistemática: uma perspectiva Pentecostal. RJ:CPAD, 1996, p. 490.)

 

Lc 10.25 E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? 26 E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês? 27 E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo. 28 E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso e viverás. 29 Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo? 30 E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. 31 E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. 32 E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo. 33 Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão. 34 E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele; 35 E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que de mais gastares eu to pagarei, quando voltar. 36 Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? 37 E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai e faze da mesma maneira.

 

A parábola do Bom Samaritano destaca a verdade de que compaixão e cuidado são coisas intrínsecas à fé salvadora e à obediência a Cristo. Amar a Deus deve ser também amar ao próximo. (1) A vida e a graça que Cristo transmite aos que o aceitam produzem amor, misericórdia e compaixão pelos necessitados e aflitos. Esse amor é um dom da graça de Deus através de Cristo. O crente tem a responsabilidade de viver à altura do amor do Espírito Santo tendo, dentro dele, um coração não endurecido. (2) Quem afirma ser cristão, mas tem o coração insensível diante do sofrimento e da necessidade dos outros, demonstra cabalmente que não tem em si a vida eterna (vv. 25-28; 31-37; cf. Mt 25.41-46; 1 Jo 3.16-20)

 

  1. A DESCRIÇÃO DA BENIGNIDADE E DA BONDADE

 

  1. A benignidade fundamenta-se no amor.

Benignidade

“Benignidade” (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12; 1Pe 2.3).

A palavra grega chrestotes nos faz lembrar Cristo, o exemplo supremo da benignidade. Paciência e benignidade estão juntas na primeira linha da descrição do amor de Deus (1Co 13.4). "A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece,..."

Paulo nos conclama a seguir o exemplo de Cristo, a sermos benignos e compassivos, perdoando uns aos outros (Ef 4.32).

 "Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo".

A severidade não é o modo de agir do corpo de Cristo. A mútua estima e respeito, sim. A benignidade é o bálsamo que nos une, à medida que aprendemos a dar valor uns aos outros. Até mesmo os dons são resultados da benignidade de Deus para conosco.

 

  1. A bondade é o resultado da benignidade.

Bondade

 

“Bondade” (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13).

O significado essencial de agathosune, traduzido por ‘bondade’, é a generosidade que flui de uma santa retidão dada por Deus. Paulo recomenda: ‘comunicai [reparti] com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade’ (Rm 12.13), para ‘repartir com o que tiver necessidade’ (Ef 4.28).

Rm 12.13 comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade;

A bondade é traduzida do original, agathousune, e é encontrada apenas quatro vezes na Bíblia ( Rm 15.14; Gl 5.22; Ef 5.9; 2 Ts 1.11). Se compararmos com o original do termo benignidade, constataremos que aquela é a prática ou a expressão desta, ou seja, é fazer na prática o que é bom.

 

  1. OS FUNDAMENTOS DA BENIGNIDADE E DA BONDADE

 

  1. A Benignidade e a Bondade de Deus.

    Deus é bom (Sl 25.8; 106.1; Mc 10.18). Tudo quanto Deus criou originalmente era bom, era uma extensão da sua própria natureza (Gn

1.4,10,12,18,21,25,31). Ele continua sendo bom para sua criação, ao sustentá-la, para o bem de todas as suas criaturas (Sl 104.10-28; 145.9). Ele cuida até dos ímpios (Mt 5.45; At 14.17). Deus é bom, principalmente para os seus, que o invocam em verdade (Sl 145.18-20).

    Deus é Benígno e Compassivo (2Rs 13.23; Sl 86.15; 111.4). Ser compassivo significa sentir tristeza pelo sofrimento doutra pessoa, com desejo de ajudar. Deus, por sua compaixão pela humanidade, proveu-lhe perdão e salvação (cf. Sl 78.38). Semelhantemente, Jesus, o Filho de Deus, demonstrou compaixão pelas multidões ao pregar o evangelho aos pobres, proclamar libertação aos cativos, dar vista aos cegos e pôr em liberdade os oprimidos (Lc 4.18; cf. Mt 9.36; 14.14; 15.32; 20.34; Mc 1.41; ver Mc 6.34).

 

  1. Princípios da Benignidade e Bondade.
  2. a) Servir ao próximo.

O ZELO DE DEUS PELOS POBRES E NECESSITADOS. Deus tem expressado de várias maneiras seu grande zelo pelos pobres, necessitados e oprimidos.

(1) O Senhor Deus é o seu defensor. Ele mesmo revela ser deles o refúgio (Sl 14.6; Is 25.4), o socorro (Sl 40.17; 70.5; Is 41.14), o libertador (1Sm 2.8; Sl 12.5; 34.6; 113.7; 35.10; cf. Lc 1.52,53) e provedor (cf. Sl 10.14; 68.10; 132.15).

(2) Ao revelar a sua Lei aos israelitas, mostrou-lhes também várias maneiras de se eliminar a pobreza do meio do povo (ver Dt 15.7-11). Declarou-lhes, em seguida, o seu alvo global: “Somente para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR abundantemente te abençoará na terra que o SENHOR, teu Deus, te dará por herança, para a possuíres” (Dt 15.4). Por isso Deus, na sua Lei, proíbe a cobrança de juros nos empréstimos aos pobres (Êx 22.25; Lv 25.35,36). Se o pobre entregasse algo como “penhor”, ou garantia pelo empréstimo, o credor era obrigado a devolver-lhe o penhor (uma capa ou algo assim) antes do pôr-do-sol. Se o pobre era contratado a prestar serviços ao rico, este era obrigado a pagar-lhe diariamente, para que ele pudesse comprar alimentos a si mesmo e à sua família (Dt 24.14,15). Durante a estação da

colheita, os grãos que caíssem deviam ser deixados no chão para que os pobres os recolhessem (Lv 19.10; Dt 24.19-21); e mais: os cantos das searas de trigo, especificamente, deviam ser deixados aos pobres (Lv 19.9). Notável era o mandamento divino de se cancelar, a cada sete anos, todas as dívidas dos pobres (Dt 15.1-6). Além disso, o homem de posses não podia recusar-se a emprestar algo ao necessitado, simplesmente por estar próximo o sétimo ano (Dt 15.7-11). Deus, além de prover o ano para o cancelamento das dívidas, proveu ainda o ano para a devolução de propriedades — o Ano do Jubileu, que ocorria a cada cinqüenta anos. Todas as terras que tivessem mudado de dono desde o Ano do Jubileu anterior teriam de ser devolvidas à família originária (ver Lv 25.8-55). E, mais importante de tudo: a justiça haveria de ser imparcial. Nem os ricos nem os pobres poderiam receber qualquer favoritismo (Êx 23.2,3,6; Dt 1.17; cf. Pv 31.9). Desta maneira, Deus impedia que os pobres fossem explorados pelos ricos, e garantia um tratamento justo aos necessitados (ver Dt 24.14).

(3) Infelizmente, os israelitas nem sempre observavam tais leis. Muitos ricos tiravam vantagens dos pobres, aumentando-lhes a desgraça. Em conseqüência de tais ações, o Senhor proferiu, através dos profetas, palavras severas de juízo contra os ricos (ver Is 1.21-25; Jr 17.11; Am 4.1-3; 5.11-13; Mq 2.1-5; Hc 2.6-8; Zc 7.8-14).

 

  1. b) Generosidade.

 

A RESPONSABILIDADE DO CRENTE NEOTESTAMENTÁRIO DIANTE DOS POBRES E NECESSITADOS. No NT, Deus também ordena a seu povo que evidencie profunda solicitude pelos pobres e necessitados, especialmente pelos domésticos na fé.

(1) Boa parte do ministério de Jesus foi dedicado aos pobres e desprivilegiados na sociedade judaica. Dos oprimidos, necessitados, samaritanos, leprosos e viúvas, ninguém mais se importava a não ser Jesus (cf. Lc 4.18,19; 21.1-4; Lc 17.11-19; Jo 4.1-42; Mt 8.2-4; Lc 17.11-19; Lc 7.11-15; 20.45-47). Ele condenava duramente os que se apegavam às possessões terrenas, e desconsideravam os pobres (Mc 10.17-25; Lc 6.24,25; 12.16-20; 16.13-15,19-31).

(2) Jesus espera que seu povo contribua generosamente com os necessitados (ver Mt 6.1-4). Ele próprio praticava o que ensinava, pois levava uma bolsa da qual tirava dinheiro para dar aos pobres (ver Jo 12.5,6; 13.29). Em mais de uma ocasião, ensinou aos que o queriam seguir a se importarem com os marginalizados econômica e socialmente (Mt 19.21; Lc 12.33; 14.12-14,16-24; 18.22). As contribuições não eram consideradas opcionais. Uma das exigências de Cristo para se entrar no seu reino eterno é mostrar-se generoso para com os irmãos e irmãs que passam fome e sede, e acham-se nus (Mt 25.31-46).

(3) O apóstolo Paulo e a igreja primitiva demonstravam igualmente profunda solicitude pelos necessitados. Bem cedo, Paulo e Barnabé, representando a igreja em Antioquia da Síria, levaram a Jerusalém uma oferta aos irmãos carentes da Judéia (At 11.28-30). Quando o concílio reuniu-se em Jerusalém, os anciãos recusaram-se a declarar a circuncisão como necessária à salvação, mas sugeriram a Paulo e aos seus companheiros “que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência” (Gl 2.10). Um dos alvos de sua terceira viagem missionária foi coletar dinheiro “para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém” (Rm 15.26). Ensinava as igrejas na Galácia e em Corinto a contribuir para esta causa (1Co 16.1-4). Como a igreja em Corinto não contribuisse conforme se esperava, o apóstolo exortou demoradamente aos seus membros a respeito da ajuda aos pobres e necessitados (2Co 8;9). Elogiou as igrejas na Macedônia por lhe terem rogado urgentemente que lhes deixasse participar da coleta (2Co 8.1-4; 9.2). Paulo tinha em grande estima o ato de contribuir. Na epístola aos Romanos, ele arrola, como dom do Espírito Santo, a capacidade de se contribuir com generosidade às necessidades da obra de Deus e de seu povo (ver Rm 12.8; ver 1Tm 6.17-19).

 

  1. c) Bondade, justiça e verdade. A relação entre bondade, justiça e verdade revela-nos alguns princípios importantes. Em Efésios 5.9, lemos: “O fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade”. A bondade diz respeito à misericórdia, à justiça, à retidão; e a verdade, ao conhecimento.

A excelência da bondade é resumida na denominada Regra de Ouro: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12). Em outras palavras, devemos tratar os outros da mesma maneira que Deus nos trata — com misericórdia e graça.

Nossa prioridade máxima, no cuidado aos pobres e necessitados, são os irmãos em Cristo. Jesus equiparou as dádivas repassadas aos irmãos na fé como se fossem a Ele próprio (Mt 25.40, 45). A igreja primitiva estabeleceu uma comunidade que se importava com o próximo, que repartia suas posses a fim de suprir as necessidades uns dos outros (At 2.44,45; 4.34-37). Quando o crescimento da igreja tornou impossível aos apóstolos cuidar dos necessitados de modo justo e equânime, procedeu-se a escolha de sete homens, cheios do Espírito Santo, para executar a tarefa (At 6.1-6). Paulo declara explicitamente qual deve ser o princípio da comunidade cristã: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.10). Deus quer que os que têm em abundância compartilhem com os que nada têm para que haja igualdade entre o seu povo (2Co 8.14,15; cf. Ef 4.28; Tt 3.14). Resumindo, a Bíblia não nos oferece outra alternativa senão tomarmos consciência das necessidades materiais dos que se acham ao nosso redor, especialmente de nossos irmãos em Cristo.

 

Podemos também demonstrar a bondade e a benignidade através da ADMINISTRAÇÃO DO NOSSO DINHEIRO.

Os exemplos dos dízimos e ofertas no AT contêm princípios importantes a respeito da mordomia do dinheiro, que são válidos para os crentes do NT.

(1) Devemos lembrar-nos que tudo quanto possuímos pertence a Deus, de modo que aquilo que temos não é nosso: é algo que nos confiou aos cuidados. Não temos nenhum domínio sobre as nossas posses.

(2) Devemos decidir, pois, de todo o coração, servir a Deus, e não ao dinheiro (Mt 6.19-24; 2Co 8.5). A Bíblia deixa claro que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3.5).

(3) Nossas contribuições devem ser para a promoção do reino de Deus, especialmente para a obra da igreja local e a disseminação do evangelho pelo mundo (1Co 9.4-14; Fp 4.15-18; 1Tm 5.17,18), para ajudar aos necessitados (Pv 19.17; Gl 2.10; 2Co 8.14; 9.2), para acumular tesouros no céu (Mt 6.20; Lc 6.32-35) e para aprender a temer ao Senhor (Dt 14.22,23).

(4) Nossas contribuições devem ser proporcionais à nossa renda. No AT, o dízimo era calculado em uma décima parte. Dar menos que isto era desobediência a Deus. Aliás equivalia a roubá-lo (Ml 3.8-10). Semelhantemente, o NT requer que as nossas contribuições sejam proporcionais àquilo que Deus nos tem dado (1Co 16.2; 2Co 8.3,12; ver 2Co 8.2).

(5) Nossas contribuições devem ser voluntárias e generosas, pois assim é ensinado tanto no AT (ver Êx 25.1,2; 2Cr 24.8-11) quanto no NT (ver 2Co 8.1-5,11,12). Não devemos hesitar em contribuir de modo sacrificial (2Co 8:3), pois foi com tal espírito que o Senhor Jesus entregou-se por nós (ver 2Co 8.9). Para Deus, o sacrifício envolvido é muito mais importante do que o valor monetário da dádiva (ver Lc 21.1-4).

(6) Nossas contribuições devem ser dadas com alegria (2Co 9.7). Tanto o exemplo dos israelitas no AT (Êx 35.21-29; 2Cr 24.10) quanto o dos cristãos macedônios do NT (2Co 8.1-5) servem-nos de modelos.

(7) Deus tem prometido recompensar-nos de conformidade com o que lhe temos dado. (ver Dt 15.4; Ml 3.10-12; Mt 19.21; 1Tm 6.19; ver 2Co 9.6).

 

III. EXEMPLOS DE BENIGNIDADE E BONDADE

 

A Bíblia está cheia de exemplos de homens e mulheres que procederam com benignidade e bondade para com seu semelhante. A seguir, examinaremos alguns destes modelos a fim de aprendermos como este fruto espiritual pode ser manifestado em nossa vida.

 

  1. Jó. Este servo de Deus não foi apenas paciente, mas também um exemplo significativo de benignidade e bondade: “Eu era o olho do cego e os pés do coxo; dos necessitados era pai e as causas de que não tinha conhecimento inquiria com diligência; e quebrava os queixais do perverso e dos seus dentes tirava a presa... O estrangeiro não passava a noite na rua; as minhas portas abria ao viandante” (Jó 29.15,17; 31.32).
  2. É comovente a benignidade imparcial de Davi em favor da casa de seu inimigo, Saul. O salmista demonstrou o mais sublime grau desta virtude, considerando-a como “beneficência de Deus” (2 Sm 9.1-3). Também aprendemos a agir desta forma através da instrução de Paulo a Timóteo: “E ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser manso (benigno) para com todos” (2 Tm 2.24).
  3. O Mestre demonstrou benignidade até ao final, na cruz. Enquanto estava pendurado na cruz, providenciou alguém para cuidar de sua mãe (Jo 19.26,27), suplicou perdão em favor de seus inimigos (Lc 23.34), e demonstrou, em sua forma mais sublime, o sentido real de ser benigno e misericordioso com os outros ao entregar-se por nós.
  4. Antes de sua conversão, era conhecido por sua inclemência para com os cristãos, segundo ele mesmo testemunhou. Contudo, ao tornar-se uma nova criatura em Cristo, declarou: “Fomos brandos (benignos) entre vós, como a ama que cria seus filhos” (1 Ts 2.7).
  5. Estevão. Ele foi um exemplo de benignidade. Ao invés de desejar a morte de seus opressores, orou por eles enquanto estava sendo apedrejado até morrer (At 7.59,60).

 

CONCLUSÃO

 

A benignidade é a intenção de fazer o bem, sempre, e a bondade é a prática do bem sempre.

A salvação é adquirida mediante a fé no sacrifício vicário do Filho de Deus, e não por causa de nossa bondade e santidade. Contudo, como cristãos, devemos refletir o caráter de Cristo através da manifestação do fruto do Espírito produzido em nós. Não somos salvos por meio das boas obras, mas, para praticá-las.

 

 

Lição 6 - O Fruto do ESPÍRITO -Paciência: O Fruto Da Perseverança

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º TRIMESTRE DE 2005 

 

TEXTO ÁUREO: “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração” (Rm 12.12).

1 Timóteo 6.11 Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão.

 

VERDADE PRÁTICA: Paciência e perseverança são virtudes cristãs imprescindíveis aos que aguardam a volta de Cristo.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 2 Ts 1.4 A paciência dos crentes de Tessalônica

 

Terça - Rm 8.24,25 Aguardando com paciência sua completa salvação

 

Quarta - Tg 5.11  A paciência move a bondade e a piedade divinas

Quinta - 2 Co 1.6 A paciência capacita o crente a suportar a tribulação

 

Sexta - Hb 6.13-15 A promessa de Deus é alcançada por meio da paciência

 

Sábado - Rm 15.4  A paciência é fortalecida com a leitura das Escrituras

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: TIAGO 5.7-11 = 7 Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Vede que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até receber as primeiras e as últimas chuvas. 8 Sede vós também pacientes, e fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. 9 Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. O juiz está à porta. 10 Irmãos, tomai como exemplo de sofrimento e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. 11 Como sabeis, temos por bem-aventurados os que perseveraram. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu. O Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.

 

    O texto da Leitura Bíblica é atribuído a Tiago, irmão de Jesus. Este discípulo de Cristo é conhecido pela tradição da comunidade cristã como “Tiago, o Justo”. Para Tiago, as tentações que provam a fé produzem ‘paciência’ (1.3) e ‘maturidade espiritual’ (1.4). Esta paciência é demonstrada no domínio da língua e da ira (1.25), na mansidão, no compromisso com a palavra (1.21), na fraternidade cristã (1.27), na prática da fé (2.14s), na santidade (4.8), na submissão a Deus (4.8); e por fim, na expectativa da vinda de Cristo (5.7). Tiago concordaria plenamente com Eclesiastes 7.8: ‘Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas; melhor é o longânimo do que o altivo de coração’. O sofrimento dos ‘irmãos’ não perdurará; teve um início, contudo, o fim será muito melhor (5.8), tal qual a paciência e a perseverança de Jó (v.11). Portanto, é necessário ser paciente. No original, é possuir ‘ânimo longo’(Tg 5.7, 8 e 10) ou ser ‘perseverante’ ou ‘resistente’ (Tg 5.11). De acordo com o original, o termo aflição (v.10) significa ‘suportar o mal pacientemente’ é a mesma palavra traduzida em 2 Timóteo 4.5 por ‘sofre as aflições’, isto é, ‘suporte o mal’.

 

OBJETIVOS: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:

1- Definir o termo paciência segundo o original.

2- Relacionar a paciência aos aspectos da vida cristã.

3- Descrever o tríplice aspecto da paciência.

 

COMENTÁRIO – INTRODUÇÃO

 

O exercício da paciência é uma qualidade bastante difícil nos dias em que vivemos, principalmente devido ao corre-corre de nosso dia a dia, mas é de imprescindível importância para o crente que deseja ir morar no céu.

É nos momentos de maior tensão que somos testados nessa qualidade do fruto do ESPÍRITO que está implantada em nós.

É notado e louvado o cristão que consegue ser paciente diante das adversidades que surgem em seu viver terreno.

Somente com a ajuda do ESPÍRITO SANTO é que conseguimos exercer paciência e ajudar aos que estão a nossa volta, a passar pelas tribulações do cotidiano.

 

  1. A PACIÊNCIA E OS ASPECTOS DA VIDA CRISTÃ

 

“Paciência. hypomone, literalmente, ‘permanência em baixo de’ (formado de hypo, ‘em baixo de’, e meno, ‘ficar’), ‘paciência’. ‘A paciência, que só desenvolve nas provas (Tg 1.2), pode ser passiva, ou seja, igual a ‘tolerância, resignação’, como: (a) nas provas em geral (Lc 21.19; Mt 24.13; Rm 12.12); (b) nas provas que sobrevêm ao serviço no Evangelho (2 Co 6.4 ; 12.12; 2 Tm 3.10); (c) sob castigo, que é a prova considerada a vir da mão de Deus, nosso Pai (Hb 12.7); (d) sob aflições imerecidas (1 Pe 2.20); ou ativa, ou seja, igual a ‘persistência, perseverança’, como: (e) ao fazer o bem (Rm 2.7); (f) na produção de frutos (Lc 8.15); (g) no correr a corrida proposta (Hb 12.1).

A paciência aperfeiçoa o caráter cristão (Tg 1.4), e a participação na paciência de Jesus é, portanto, a condição na qual os crentes virão a ser admitidos a reinar com Ele (2 Tm 2.12; Ap 1.9). Para esta paciência, os crentes são ‘corroborados em toda a fortaleza’ (Cl 1.11), ‘pelo Seu Espírito no homem interior’ (Ef 3.16)”. (VINE, E.W. (et al). Dicionário Vine: o significado exegético das palavras do Antigo e do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2002, p.842.)

 

O maior exemplo conhecido biblicamente como o homem de maior paciência é com certeza Jó. (Tg 5.11 Como sabeis, temos por bem-aventurados os que perseveraram. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu. O Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.)

 

Sl 37.7 Descanse no SENHOR e aguarde por ele com paciência; não se aborreça com o sucesso dos outros, nem com aqueles que maquinam o mal.

Aquele que desenvolve a paciência em seu caráter descansa em DEUS e não inveja aos ímpios.

 

Pv 19.11 A sabedoria do homem lhe dá paciência; sua glória é ignorar as ofensas.

Mostremos nossa sabedoria mesmo diante de ofensas.

 

Pv 25.15 Com muita paciência pode-se convencer a autoridade, e a língua branda quebra até ossos.

Não temos medo das autoridades, mas as respeitamos e sabemos como falar-lhes com paciência.

 

Jr 15.15b Que, pela tua paciência para com eles, eu não seja eliminado. Sabes que sofro afronta por tua causa.

Rm 2.4 Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?

2Pe 3.15 Tenham em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação, como também o nosso amado irmão Paulo lhes escreveu, com a sabedoria que Deus lhe deu.

Respeitemos, oremos e aceitemos a paciência de DEUS para com os ímpios. pois Ele tem em vista a salvação dos mesmos.

 

2Co 1.6 Se somos atribulados, é para consolação e salvação de vocês; se somos consolados, é para consolação de vocês, a qual lhes dá paciência para suportarem os mesmos sofrimentos que nós estamos padecendo.

Em nossa paciência ajudamos os outros a serem pacientes também em suas tribulações.

 

Tg 5. 7 Portanto, irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Vejam como o agricultor aguarda que a terra produza a preciosa colheita e como espera com paciência até virem as chuvas do outono e da primavera. 8 Sejam também pacientes e fortaleçam o seu coração, pois a vinda do Senhor está próxima. 9 Irmãos, não se queixem uns dos outros, para que não sejam julgados.

Esperemos com paciência a volta de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO.

 

**Do Latin patientia

 

Resignação; conformidade em suportar os males ou os incômodos sem se queixar; perseverança tranqüila; calma na continuação de qualquer tarefa ainda que esta seja difícil ou muito demorada; tranqüilidade com que se espera aquilo que tarda.

 

Há forte relação entre a paciência e os outros aspectos da vida cristã. A seguir, consideraremos algumas delas à luz das Escrituras.

 

  1. Paciência e sofrimento. O sofrimento pode ser causado por diversos fatores, perseguição religiosa, inveja, discussões, inimizades, perca de emprego, morte de alguém da família, etc..; até mesmo por sofrimento alheio podemos sofrer, porém, uma coisa é certa, ninguém passa por esta vida sem ter momentos de sofrimento. Sabemos que o sofrimento faz com que analisemos o modo de vida que estamos levando e tomemos rumos novos e mais seguros para não sofrermos mais, funciona como estimulador à prevenção.

As provações podem ser comparadas ao trabalho de cães guardadores de ovelhas: mantê-las perto do pastor. As provações funcionam como disciplina do Pai divino e amoroso em prol de nossa santidade (Hb 12.7-11). Observemos as ilustrações seguintes:

  1. a) O exemplo da planta. Uma planta nova, submetida a intensos ventos, desenvolve raízes fortes e profundas. Assim como carregar peso, faz com que os nossos ossos fiquem fortes e não tenhamos osteoporose, assim também o sofrimento nos treina para sermos fortes.
  2. b) O exemplo da cruz. Muitos textos bíblicos nos revelam que o caminho rumo ao céu inclui uma cruz. Mt 10.38 e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. JESUS chama-nos a atenção para a cruz que certamente virá para aqueles que o querem seguir, portanto, esforcemo-nos por tornar este trabalho o menos sofrível possível, mas sabendo que teremos que passar por aflições.
  3. Paciência e perseverança. Para se alcançar uma meta ou objetivo, devemos buscar com todas as nossas forças e ainda pedirmos auxílio a DEUS para nos fortalecer nesta jornada, porém nunca conquistaremos o triunfo sem sabermos esperar a hora certa para então louvarmos a DEUS por mais uma batalha ganha!
  4. Paciência, alegria e esperança. Em Romanos 5.3,4, constatamos a relação entre os seguintes termos: sofrimento, alegria, paciência e esperança.

Como uma rosa a desabrochar, cada etapa é descrita por Paulo, talvez analisando sua vida cristã e seu crescimento espiritual. Não devemos nos conformar diante de situações difíceis, mas buscar a solução em DEUS para tais situações; o cristão foi chamado para guerrear contra o reino das treva e não existe paz sem haver guerra; o crente que vive em paz é aquele que guerreia constantemente contra Satanás e suas hostes.

  1. Paciência e sabedoria. As palavras de Provérbios 14.29 declaram: “O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura”. Devemos escolher entre "Sofrer para aprender", ou "Ver os outros sofrerem e aprender com seu sofrimento". Aquele que é paciente analisa o motivo do sofrimento alheio e antes que passe pelo mesmo sofrimento, muda seu proceder; é o famoso "Prevenir para não remediar"
  2. Paciência e paz. A paciência é característica natural de quem vive em paz tanto consigo mesmo, quanto com os que o cercam. A paz é conquistada na perspectiva de um futuro que muitas vezes está distante, por isso, é necessário a paciência para que se possa esperar o resultado de nosso plantio, ou semeadura.
  3. Paciência e força. A força física só é benéfica se for controlada pelo ESPÍRITO SANTO, assim a hora de se usar a força deve ser a hora ditada pela paciência, pela análise da potência a ser usada e como deve ser usada. é melhor e superior a força espiritual do que a física. Com sabedoria se vence uma guerra, porém nem sempre vence o mais forte, mas sempre vence o mais sábio.
  4. Paciência e perdão. Dizem que o tempo sara as feridas, realmente a paciência tem mostrado que o adiamento da discussão traz benefícios ao futuro bom relacionamento. Cada pessoa tem o direito de pensar diferente de nós e de julgar diferente de nós, devemos esperar que o ESPÍRITO SANTO convença a outra pessoa da verdade e assim a união e a paz sejam restabelecidas.
  5. Fé acrescida de paciência. A fé nos impulsiona, a paciência nos controla para fazermos certo. A fé é um poder transformador enquanto a paciência é um controlador dessa força, dosando de acordo com a necessidade, cada aplicação dessa fé. A fé, a paciência e as promessas de Deus estão relacionadas na bela passagem de Hebreus 6.11,12 (11 Queremos que cada um de vocês mostre essa mesma prontidão até o fim, para que tenham a plena certeza da esperança, 12 de modo que vocês não se tornem negligentes, mas imitem aqueles que, por meio da fé e da paciência, recebem a herança prometida).

 

  1. O TRÍPLICE ASPECTO DA PACIÊNCIA

 

  1. A Paciência de Deus.

 

A paciência de Deus: um aspecto importante do seu amor

Sabemos que Deus é amor (1 João 4:8) e que o amor é paciente (1 Coríntios 13:4). Sem dúvida alguma, a paciência ou longanimidade é um aspecto importante do amor de Deus. É uma qualidade divina mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Êxodo 34:6-7 descreve Deus nestes termos: "SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração!" Em Naum 1:3, encontramos este comentário sobre a paciência e a justiça de Deus: "O SENHOR é tardio em irar_se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés."

 

Passagens como essas esclarecem o sentido da paciência de Deus. Quando a Bíblia afirma que Deus é longânimo, está dizendo que ele demora em se irar. A longanimidade não sugere injustiça. Deus ainda exige o castigo merecido pelo pecado, mas nem sempre castiga na hora da transgressão. Vamos examinar esse assunto mais profundamente.

 

O que a Bíblia diz sobre a paciência de Deus?

 

Deus demorou em castigar o povo desobediente de Israel para manter a honra do seu próprio nome: "Por amor do meu nome, retardarei a minha ira e por causa da minha honra me conterei para contigo, para que te não venha a exterminar" (Isaías 48:9). Se Deus tivesse praticado a justiça na hora, a primeira vez que Israel pecou, ele nunca teria cumprido a promessa de oferecer salvação para todos nós através do descendente de Abraão (Gênesis 12:3). No Novo Testamento, Paulo usa a palavra longanimidade para descrever essa demora em castigar. Ele diz em Romanos 9:22-24: "Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?"A justiça aplicada sem longanimidade teria resultado na condenação de todos, até de nós! Deus temporariamente poupou um povo para salvar muitos outros.

 

O apóstolo Paulo serve como outro exemplo bom. Pela longanimidade de Deus ele deixou de ser perseguidor e passou a ser pregador das boas novas (1 Timóteo 1:16). Jesus usou a palavra "paciente" para descrever a atitude da pessoa que espera para receber o que lhe é devido (Mateus 18:26,29).

 

É fácil perder um aspecto importante da longanimidade do Senhor. Às vezes, pessoas acham que Deus simplesmente decidiu perdoar pecados, e que a dívida não foi paga. Mas as Escrituras deixam bem claro que não foi assim. Deus adiou a cobrança, mas jamais deixou de ser justo e exigente em relação à dívida do pecado. Um texto que ajuda a entender esse fato é Romanos 3:25-26: "...a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus." Esses versículos estão entre os mais ricos do Novo Testamento. Deus tolerava pecado durante algum tempo, sabendo que a justiça seria satisfeita pelo sacrifício de Jesus. Assim, ele é justo (exigindo o pagamento pelo pecado) e o justificador (oferecendo seu próprio Filho para pagar a dívida dos outros; compare Efésios 1:7).

 

Deus é longânimo quando ele dá tempo para o pecador se arrepender

 

Deus seria perfeitamente justo se ele castigasse o pecador na hora, mas ele escolhe ser paciente. A longanimidade de Deus é vista nos dias de Noé, dando tempo para os homens se arrependerem (1 Pedro 3:20). Na época de Neemias, o povo reconheceu que Deus tinha sido muito paciente com seus antepassados (Neemias 9:29-30). Podemos ver esta mesma longanimidade em nossas vidas. Se Deus castigasse cada pessoa no momento do seu primeiro pecado, o que teria acontecido conosco. Eu não estaria vivo para escrever este artigo, e quem estaria aqui na terra para lê-lo?

 

A longanimidade não adianta se não houver arrependimento

 

O propósito de Deus em mostrar a paciência é de nos conduzir ao arrependimento. "Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?" (Romanos 2:4).  No intervalo entre o pecado e a cobrança, precisa haver arrependimento. Se o pecador não aproveitar sua oportunidade para se converter, a paciência de Deus não tem valor nenhum. As pessoas que continuam no pecado, não se arrependendo enquanto há esperança, se conduzem à perdição. Salmo 7:12-13 diz: "Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto; para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas."

 

Devemos usar a oportunidade que Deus nos oferece

 

A paciência de Deus nos oferece a oportunidade de nos arrepender e  fazer a vontade dele. Não devemos deixar esta oportunidade escapar,   e jamais devemos achar que a longanimidade de Deus dá permissão para pecar mais. Jesus não voltou ainda por causa do desejo de Deus de que todos se arrependam (2 Pedro 3:9). "Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis, e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor..." (2 Pedro 3:14-15).

 

A paciência de Deus pede a volta do pecador. Isaías ensinou este princípio há 2.700 anos, quando falou ao povo de Judá: "Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar" (Isaías 55:6-7).  Deus está disposto a perdoar, mas ele não força ninguém a se arrepender.

 

A paciência de Deus tem limite

 

Embora muitas pessoas agem como se a paciência de Deus não tivesse limites, a Bíblia mostra que haverá um ponto final na longanimidade do Senhor. Deus colocou um ponto final nos dias de Noé: "...o SENHOR fechou a porta" (Gênesis 7:16). Na vida de cada pessoa, a morte marca o fim da oportunidade de se arrepender e receber o benefício da misericórdia de Deus. A pessoa que morre despreparada não terá outra chance (Lucas 12:20-21; 16:24). Hebreus 9:27 nos assegura que o julgamento vem depois da morte. Seremos julgados pelas coisas feitas no nosso único corpo (2 Coríntios 5:10). Doutrinas de purgatório e reencarnação, que oferecem uma outra oportunidade para se arrepender ou se aperfeiçoar após a morte são doutrinas falsas que contradizem as Escrituras.

 

Devemos ouvir a voz de Deus hoje

 

Cada vez que seu coração bate, você está chegando um pouco mais perto do fim da sua vida na terra. Ou a sua morte ou a volta de Cristo vai pôr um ponto final na sua oportunidade de se preparar para o julgamento. Deus tem sido muito longânimo conosco, mas a longanimidade dele não é eterna! Ou aceitamos o preço do resgate pago por Jesus, ou ficamos com uma eterna dívida que nunca será possível pagar. O livro de Hebreus, capítulos 3 e 4, cita o exemplo dos israelitas para ensinar uma lição importante aos servos de Cristo. Uma geração rebelde perdeu sua oportunidade e não entrou na terra prometida. Repetidamente, o autor nos convida a ouvir a voz de Deus hoje (3:7,15; 4:7). A longanimidade de Deus nos deu todos os minutos da nossa vida até o presente momento, mas não dá garantia de mais nenhum. Se deixarmos nossa oportunidade passar, pode ser tarde demais. No mesmo trecho onde Paulo nos relembra que todos seremos julgados por Cristo, ele diz: "E por isso que também nos esforçamos... para lhe sermos agradáveis" (2 Coríntios 5:9).

  1. O Cristão e a Paciência.

O PODER DA PACIÊNCIA

 

“O amor é paciente” (1 Co. 13.4).

 

Introdução

 

 Quando você se relaciona com as pessoas na busca de grandes, saudáveis e crescentes relacionamentos, a primeira coisa que você precisa é ser paciente. Como Deus sabia disso? Bem, Ele possui milhares de anos de experiência em lidar com as pessoas. Ele precisou ter paciência. A palavra no grego, literalmente significa: “levar muito tempo até ferver”. Falamos sobre uma pessoa que tem pavio curto; isto significa a necessidade de se Ter uma pavio comprido. Esta palavra é usada na Bíblia exclusivamente para pessoas. Você precisa levar um longo tempo para ferver quando se relaciona com as pessoas.

 

O Amor é paciente. Significa que é amável ser paciente. É grosseiro ser impaciente. Quando sou paciente com minhas filhas, sou amável. Quando sou paciente com a minha esposa, sou amável. Quando sou impaciente, sou grosseiro.

 

POR QUE A PACIÊNCIA É TÃO VITAL NOS RELACIONAMENTOS?

Por que Deus começou falando de paciência, dentre muitas outras virtudes,  quando deu as primeiras instruções sobre grandes relacionamentos? Qual é a sua importância?

 

 

Porque toda pessoa é diferente

1 Co. 12.6 diz: “Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos”. Ele diz que cada pessoa é original. Se você é pai de três filhas como eu, você sabe muito bem disso. É incrível como os seus filhos são diferentes uns dos outros. Da mesma família, filhos diferentes. Deus criou você com um molde especial.

 

Há cinco fatores que fazem você ser diferente de outras pessoas. Eles identificam como Deus moldou você:

 

Seus Dons Espirituais – As habilidades, as habilidades especiais que Deus lhe deu para servi-lo e estabelecer relações com Ele;

Seu Coração – Nós somos motivados de forma diferente. Temos interesses diversos. Coisas que motivam você não me motivam e vice-versa. Temos batimentos cardíacos diferentes;

Habilidades – Temos diferentes habilidades, talentos naturais, capacidades;

Personalidade – Todos nós temos personalidades diferentes. Diferentes percepções e valores. Pessoas tímidas e outras salientes, as que gostam de rotina e as que gostam de variar, as que  são introvertidas e as que são extrovertidas;

Experiências -  Todos temos diferentes origens, diferentes necessidades.

Todos nós somos diferentes. Porque somos diferentes, precisamos ser pacientes... Porque somos diferentes e nenhum de nós é igual, isso cria mal-entendidos. Muitas vezes não conseguimos entender um ao outro. Não sabemos de onde as pessoas estão vindo.

1 Co. 2.11 diz: “...quem conhece os pensamentos do homem, a não ser o espírito do homem que nele está?”. Circule “quem”. Ninguém pode entender seu cônjuge ou seu chefe. Você ouviu ou falou algumas das seguintes frases nesses últimos trinta dias?

    

 

Eu não entendo o jeito dele agir, porque ele faz coisas assim!

Ela não me entende!

Ele vive noutro mundo!

Ela não faz qualquer sentido.

Como você pode pensar essas coisas?

Meus pais são de outro planeta!

Por que preciso repetir 48 vezes a mesma coisa para você fazer certo?

Por que você não falou comigo?

Por que você fica tão sensível?

 

1 Ts. 5.14 diz: “Sejam pacientes para com todos”. Como posso ser paciente com todos? A razão de sermos impacientes com as pessoas vem de mal-entendidos e mal-entendidos de nossas falsas suposições.   

 

Como eu faço isso? Deus manda. Ele não diz: “Eu sugiro que você seja paciente para com todos”. Ele diz: “Faça assim. Seja paciente com todos”. Deus nunca nos manda fazer algo sem nos mostrar como fazê-lo.

 

COMO SER MAIS PACIENTE COM AS PESSOAS?

 

 

  1. Lembre-se o quanto Deus tem sido paciente com você.

“Mas por isso mesmo alcancei misericórdia, para que em mim, o pior dos pecadores, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza da sua paciência, usando-me como um exemplo para aqueles que nele haveriam de crer para a vida eterna” (1 Tm. 1.16).

 

“Aceitem-se uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a Deus” (Rm. 15.7).

 

  1. Aprenda por ouvir

“A sabedoria do homem lhe dá paciência” (Pv. 19.11).

 

“O homem paciente dá prova de grande entendimento” (Pv. 14.29).

 

Se você não procura entender as pessoas, não terá paciência com elas. Se você não entende as pessoas, não haverá relacionamento, porque relacionamentos são baseados em entendimento. Se eu não entender você e você não me entender, que tipo de relacionamento poderemos ter? Este é um ponto fundamental. Sem entendimento não há relacionamento. Entendimento é o alicerce para relacionamentos. Mal-entendidos destroem relacionamentos.

 

Como ouvir as pessoas? A Bíblia diz: “Quem  responde antes de ouvir comete insensatez e passa vergonha” (Pv. 18.13). Isto é bem claro!  Não avalie o que as pessoas fazem ou o que você ouve até ouvir tudo. Deus nos deu dois ouvidos e uma boca – o que significa que você deve ouvir duas vezes mais do que falar.

 

Qual tem sido seu índice de ouvir?  Numa escala de 0 –10,  que nota você se daria como ouvinte? A maioria de nós pensa que é bom ouvinte. Podemos escutar bem sem sermos bons ouvintes.

 

As pesquisas mostram que apenas 7% do que realmente você diz é comunicado em palavras. 43% do que você quer dizer se dá através do como você diz - tom de voz, emissão, volume, dicção. Os restantes 50% aparecem nas expressões não-verbais – expressão facial, gestos manuais, linguagem corporal. É por isso que quando você está telefonando você é apenas 50% efetivo. Você não pode ver o que a outra pessoa está comunicando através do corpo.

 

Isto significa que nossos olhos são tão importantes no ouvir como nossos ouvidos. Marido, sua esposa já lhe disse: “Por que você não olha para mim enquanto eu falo com você? Saia de trás desse jornal.” Ela acertou em cheio! Seus olhos são tão importantes quanto seus ouvidos na comunicação, porque apenas 7% da comunicação está em suas palavras. Você precisa aprender a ouvir.

 

  1. Façam concessões com os outros

 

Todas as pessoas têm dias maus. De vez em quando ficamos desequilibrados, numa hora do dia, da semana, do mês. A Bíblia diz que devemos fazer concessões aos outros. “Sejam completamente humildes e dóceis, sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor” (Ef. 4.2). A Bíblia diz em Provérbios 12.16: “O homem prudente ignora o insulto”. Todos passamos dias ruins e ficamos um pouco desequilibrados.

 

  1. Trate os outros do jeito que você quer ser tratado

 

Isso não é novidade. Esta é a Regra Áurea. “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam” (Mt. 7.12). Este único versículo pode salvar muitos casamentos. É fácil de entender, mas difícil de praticar. Se pudéssemos praticar preveniríamos a maioria dos divórcios.

 

Filipenses 2.4-5 diz: “Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus”. Preste atenção nas necessidades dos outros. Olhe. Ouça. Descubra em que estão interessados. Você pode descrever quais são os 4 ou 5  principais interesses de cada membro de sua família? Algumas vezes ficamos tão preocupados conosco mesmos e prisioneiros em nosso próprio mundo. A Bíblia recomenda que olhemos os interesses dos outros. A palavra grega é scopos - como telescópio – estar atento para. Se você se preocupa, você fica atento. Tenha consideração pelos outros.

 

“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus”. Este é o segredo real da paciência. Não é natural para você ser paciente com todos. É preciso o poder de Deus em sua vida. Esta semana, seja no trabalho, escola, supermercado, você vai se defrontar com situações de confronto. Deus diz seja paciente com todos. Como você pode ser paciente com todos? Tendo a mesma atitude de Jesus Cristo. Somente com Jesus Cristo em sua vida você pode tratar as pessoas do modo como Ele tratou. Este é o segredo da paciência.

 

 Este é o poder da paciência! Diga: “Deus, em vez de mudar aquelas pessoas que me irritam, comece trabalhando as minhas atitudes”. Uma vez que Deus lhe alcance, Ele começa a alcançar outras pessoas.

 

  1. O Ministério e a Paciência. Este fruto é inestimável na vida e no trabalho do ministro do evangelho.

No capítulo 16 do livro de Atos, temos um grande exemplo de portas fechadas:

Paulo e Timóteo foram para a Ásia fazer a Obra de Deus no meio de um povo que precisava de Deus, tendo sendo impedidos pelo Espírito Santo, então seguiram para Bitínia, porém o Espírito Santo também não os permitiu...uma porta foi fechada. Eles, apesar da porta fechada, esperaram e confiaram em Deus. Ao dormir, Paulo tem uma visão: estava ali em pé um homem da Macedônia, que lhe rogava: Passa à Macedônia e ajuda-nos. Porém tão somente entenderam que uma grande porta foi aberta, onde igrejas foram edificadas e a cada dia cresciam em número.

 

Temos aí um grande exemplo onde foi depositada em Deus a confiança de que uma porta, ainda maior, seria aberta.

Se uma porta se fechou, existe uma razão para isso. É só confiar!

Três pontos para esperar a porta se abrir:

 

 

1- Entender que Deus é soberano. A responsabilidade e a Autoridade é Dele!

2- Se é Ele quem está no controle, eu posso confiar!

3- Se uma porta se fechou, é por que por esses dias vai se abrir uma ainda maior!

 

CONCLUSÃO

 

Normalmente ensinamos sobre “a paciência de Jó”. Este personagem bíblico sofreu por muito tempo, e esperou no Senhor, pacientemente, antes de serem restituídos sua saúde, família e bens. Moisés esteve quarenta anos aperfeiçoando este fruto a fim de desenvolver seu potencial para a obra do Senhor. Paulo esteve pacientemente no deserto por três anos, para entre outras coisas, desaprender o muito que ele sabia de errado, como ele mesmo confessa. Em Tiago 5.8, recebemos o seguinte conselho: “Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima”. O desenvolvimento da paciência no interior do crente é essencial para o seu amadurecimento espiritual (2 Pe 1.5-8). 

 

 

Lição 5 - O Fruto Do ESPÍRITO - Paz - O Fruto Da Harmonia

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º TRIMESTRE DE 2005

 

TEXTO ÁUREO: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

 

SEGUI... A SANTIFICAÇÃO: Primeiro devemos seguir, ou seja, buscar a todo o custo a Paz com todos, sabendo de antemão que não conseguiremos esta tão almejada Paz com todos, pois seria necessário sair do mundo, porém devemos tentar de todas as formas mantermos a paz com o máximo de pessoas possível, como fez nosso Senhor e mestre JESUS CRISTO.  Ser santo é estar separado do pecado e consagrado a DEUS. É ficar perto de DEUS, ser semelhante a Ele, e, de todo o coração, buscar sua presença, sua justiça e a sua comunhão. Acima de todas as coisas, a santidade é a prioridade de DEUS para os seus seguidores (Ef 4.21-24). (1) A santidade foi o propósito de DEUS para seu povo quando Ele planejou sua salvação em CRISTO (Ef 1.4). (2) A santidade foi o propósito de CRISTO para seu povo quando Ele veio a esta terra (Mt 1.21; 1 Co 1.2,30). (3) A santidade foi o propósito de CRISTO para seu povo quando Ele se entregou por eles na cruz (Ef 5.25-27). (4) A santidade é o propósito de DEUS, ao fazer de nós novas criaturas e nos conceder o ESPÍRITO SANTO (Rm 8.2-15; Gl 5.16-25, Ef 2.10). (5) Sem santidade, ninguém poderá ser útil a DEUS (2 Tm 2.20,21). (6) Sem santidade, ninguém terá intimidade nem comunhão com DEUS (Sl 15.1,2). (7) Sem santidade, ninguém verá o Senhor (v. 14; Mt 5.8)

 

VERDADE PRÁTICA: CRISTO oferece-nos a paz em vez de angústia, conforto no lugar de tribulação, fruto de paz ao invés de obras de dissensões.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda – Rm 8.6 O fruto da paz é o efeito da união com o Espírito  - 

 

Terça – Rm 14.17 A paz é o fruto do Reino de Deus

Quarta – 2 Co 13.11

.

 

Quinta – Ef 2.14-17 CRISTO é a paz, pregou a paz

 

Sexta – Ef 4.1-3 A paz e a unidade do ESPÍRITO

Sábado – Tg 3.18 A justiça semeia-se na paz

 

OS PACIFICADORES. Os pacificadores são aqueles que se reconciliaram com DEUS. Têm paz com Ele mediante a cruz (Rm 5.1;

Ef 2.14-16). E agora se esforçam, mediante seu testemunho e sua vida, para levarem outras pessoas, inclusive seus inimigos, à paz

com DEUS.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:  ROMANOS 14.17-19; EFÉSIOS 4.1-3.

ROMANOS 14.17-19 = 17 Pois o reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no ESPÍRITO SANTO, 18 porque quem nisto serve a CRISTO, agradável é a DEUS e aprovado pelos homens. 19 Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.

 

EFÉSIOS 4.1-3 = 1 Portanto, como prisioneiro do Senhor, rogo-vos que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, 2 com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos  outros em amor, 3 procurando guardar a unidade do ESPÍRITO no vínculo da paz.

 

 

COMENTÁRIO: INTRODUÇÃO

 

A palavra "Paz" é usada na Bíblia em três dimensões. Primeiro, há a paz espiritual. Trata- se da paz entre o homem e Deus. Segundo, há a paz psicológica, ou a paz íntima; a que experimentamos conosco mesmo. Terceiro, há a paz relacional, a paz entre as pessoas. A Bíblia diz que o pecado destruiu, ou degenerou seriamente, todas as três dimensões da paz. Quando o homem foi criado, estava em paz com Deus, em paz consigo mesmo e em paz com todos as demais coisas criadas. Todavia, ao rebelar-se contra Deus, destruiu sua comunhão com Ele. O homem passou a não ter mais paz consigo mesmo, e estava incapacitado para gozar paz com os outros.

 

Embora vivamos num país onde "impera a paz", não nos esqueçamos da violência vivida nas grandes cidades, nas possessões ilegais de terra, na insegurança residencial em qualquer parte do país e na guerra em que muitas famílias estão vivendo de filhos contra pais e de maridos contra esposas e vice-versa; e até a guerra entre membros de denominações religiosas e ainda, por incrível que pareça, na guerra entre os membros de uma mesma denominação que se diz evangélica.

Somente com uma disposição muito grande de amar com o amor ágape de DEUS poderemos encontrar a paz em meio a esta guerra.

 

  1. OS FRUTOS DA PAZ

 

  1. O fruto da paz produz vida espiritual. Para que o ESPÍRITO SANTO possa desenvolver o fruto espiritual da paz Ele une o amor à paz e se entrelaça às suas outras qualidades:
  2. a) Graça e paz. “Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir” (Ap 1.4). Graça é favor imerecido.

No A.T. significa favor, especialmente na frase ‘achar graça’ (Gn 6.8, etc.). No N.T. é aquele favor que o homem não merece, mas que Deus livremente lhe concede - algumas vezes é posta em contraste com a lei (Rm 6.14) - e também exprime a corrente de misericórdia divina, pela qual o homem é chamado, é salvo, é justificado, e habilitado para viver bem e achar isso suficiente para ele (Gl 1.15 - Ef 2.8 - Rm 3.24 - 1 Co 15.10 - 2 Co 12.9).

É viver sob o favor de DEUS, é se submeter à vontade de DEUS mesmo que arriscando a própria vida.

 

  1. b) Amor e paz. “Sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o DEUS de amor e de paz será convosco” (2 Co 13.11). Mesmo parecer não é pensar do mesmo modo, pois cada um tem sua personalidade própria, porém todos devem procurar saber qual a vontade de DEUS e seguí-la obedecendo de todo o coração, de toda mente, com toda boa vontade e alegria. Somente a igreja que vive sob a direção de DEUS pode viver unida com um só propósito, a salvação do mundo.

 

  1. c) Vida e paz. “A inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz” (Rm 8.6). A lei foi dada para mostrar o pecado ao homem, com o fim de que este homem, sabendo que é pecador, clamasse por um salvador, portanto a lei foi colocada como ponte para conduzir o pecador arrependido a DEUS, através de JESUS CRISTO que morreu para pagar esse mesmo pecado, portanto aquele que se inclina para a carne está debaixo desta lei que condena, mas aquele que está no ESPÍRITO, está debaixo da lei espiritual que salva, liberta, tira o fardo pesado do pecado e conduz à vida com abundância, a vida eterna com DEUS.

 

  1. O fruto da paz produz vida moral.

 

  1. a) Santidade e paz. A santidade é a capacidade do ESPÍRITO SANTO nos separar de tudo o que não condiz com a presença de DEUS. Somente através da paz que CRISTO nos deu ao nos reconciliar com o PAI é que alcançamos esta separação do mundo e conseqüentemente conquistamos a paz em nosso interior, o que é mais importante, pois a paz externa, dificilmente a teremos, enquanto estivermos no exército de CRISTO, na terra. “O mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO” (1 Ts 5.23; Hb 12.14). Devemos abrir nossa vida para que o ESPÍRITO SANTO nos guie a esta paz.

 

  1. b) Justiça e paz. “O fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz” (Tg 3.18). É num momento de paz que paramos para meditarmos sobre nossa situação perante nosso criador e então tomamos a decisão de seguí-lo. Na paz com as pessoas à nossa volta é que podemos compartilhar o evangelho e levá-las à salvação em JESUS. Na paz é que aprendemos e ensinamos a Palavra de DEUS.

 

  1. c) Justiça, alegria e paz. “O Reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no ESPÍRITO SANTO” (Rm 14.17). Nas festas mundanas onde a comida e a bebida são fartas, não se encontra a paz de DEUS, a verdadeira paz, porém nas festas ágapes, ou festas de DEUS, onde Seu povo se reúne para louvar, adorar a DEUS e aprender sobre o Mesmo a paz sobresai como a pétala de uma rosa a desabrochar para a luz da aurora.

 

  1. d) Confiança e paz. “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti” (Is 26.3). Uma boa consciência é imprescindível a quem quer servir e conhecer a DEUS. Nossa mente deve ser conservada e presa na Palavra de DEUS.

2 Co 10.5 Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;

A confiança tem a ver com a fé depositada naquele que pode tudo e que cuida de nós em todas as adversidades de nossa vida, DEUS.

 

  1. AS TRÊS DIMENSÕES DA PAZ

 

  1. Paz com DEUS. A paz com DEUS só é possível mediante a justificação pela fé.

Is 59.2 Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.

Rm 8.7 Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.

Vimos acima que nossos pecados nos separaram de DEUS e criaram uma inimizade com DEUS.

Rm 5.1 TENDO sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;

A fé em que JESUS morreu por nós e levou sobre si nossos pecados, nossas ofensas, deu-nos a reconciliação com DEUS e consequentemente a Paz com DEUS.

 

A justificação

A justificação acha-se ligada a importantíssima questão de se saber ‘como pode o homem ser justo para com Deus?’ Por três vezes se faz uma tal pergunta no Livro de Jó (4.17 - 9.2 - 25.4 - cp com 15.14). Sinceros israelitas sentiram a opressão da idéia (Sl 143.2 - Mq 6.6). Em todo o ritual mosaico esse sentimento se manifesta, bem como no ritual e cerimonial do paganismo. o primeiro lugar da Bíblia, onde se sugere a verdadeira solução do problema, encontra-se em Gn 15.1 a 6, pois aí, pela primeira vez, se fala da ‘justiça’ e da ‘crença’. A palavra de Deus, se diz no vers. 1, veio a Abraão, porque foi grande a confiança deste na revelação divina, sendo a justiça a conseqüência. Esta passagem é, em alguns casos a chave para as diversas referências que em outros lugares da Bíblia as encontram com respeito à justiça e fé. A mesma idéia da justificação pela confiança em Deus se apresenta em Sl 32.1,2 e Hc 2.4 - mas de um modo mais claro se acha a doutrina da justificação nas páginas do Novo Testamento. A justificação diz particularmente respeito à nossa verdadeira relação com Deus, não se tendo em vista a condição espiritual, mas a situação judicial. Esta verdadeira comunhão com Deus foi comprometida pelo pecado, de que resultou a culpa, a condenação e a separação. A justificação compreende o ressurgimento dessa comunhão, sendo removida a condenação pelo perdão, a culpa pela justiça, e a separação pela boa vontade. A justificação significa realmente a reintegração do homem, na sua verdadeira relação com Deus. É, então, considerado como justo, aceito perante Deus como reto com respeito à lei divina, sendo, portanto, restaurada a sua primitiva posição. E deste modo a justificação é muito mais do que o perdão, embora o perdão seja, necessariamente, uma parte da justificação. As duas idéias se acham distintas em At 13.38,39. o perdão é apenas negativo, sendo dado para ser removida a condenação, ao passo que a justificação é também positiva, trazendo a remoção da culpa e a concessão das boas relações com Deus. o perdão é apenas um ato de misericórdia divina, repetindo-se esse ato sucessivamente por toda a nossa vida cristã. A justificação é completa, nunca é repetida, e abrange o passado, presente e futuro da nossa vida. ‘Quem já se banhou (justificação), não necessita de lavar senão os pés (perdão)’ (Jo 13.10). Também a justificação se deve distinguir da santificação, que geralmente se compreende na significação ‘de ser feito santo’. Ainda que justificação e santificação sejam estados inseparáveis na experiência da vida, devem, contudo, claramente distinguir-se no pensamento. A justificação diz respeito à nossa situação espiritual - e a santificação à nossa espiritual condição. Aquela está em conexão com o nosso estado para com Deus, e esta com o amor que Lhe devemos: uma trata da nossa aceitação, a outra da nossa qualidade de aceitáveis - uma é o fundamento da paz, Cristo por nós - a outra é o fundamento da nossa pureza, Cristo em nós. A base da nossa justificação é a obra redentora de nosso Senhor Jesus Cristo. ‘Àquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus’ (2 Co 5.21). ‘Por meio dele todo o que crê é justificado’ (At 13.39). Por conseqüência, é pela obra de Cristo, e não pelas nossa próprias obras ou méritos, que nós somos justificados. o homem tem sempre procurado estabelecer a sua própria justiça, mas o mau êxito tem sido o resultado, em todos os tempos, pois é manifesta a sua incapacidade, tanto para apagar o passado, como para garantir o futuro. ‘Pela graça sois salvos,... e isto não vem ... de obras, para que ninguém se glorie’ (Ef 2.8,9). A justificação é alcançada pela fé. ‘Todo o que crê é justificado’ (At 13.39) - ‘Justificados, pois, mediante a fé’ (Rm 5.1). A confiança faz sempre supor que dependemos de alguém que nos está superior - é o reconhecimento da nossa própria incapacidade, e do poder de algum outro ser. A fé une-nos a Cristo, e essa união é a única resposta que se pode dar à revelação de Deus. É a renúncia de nós próprios, e a crença no Salvador. Descansamos em Jesus os nossos corações e aceitamos a Sua perfeita justiça. A grande verdade da justificação, pela fé em Cristo, é de supremo valor para a vida espiritual e serviço de Deus. Ela é a base da paz espiritual (Rm 5.1). É o fundamento da liberdade espiritual, ficando nós livres da escravidão do pecado, e sendo assim levados à própria presença de Deus. É a garantia da santidade, porque traz aos nossos corações o poder do Espírito Santo. É, também, a inspiração de toda a obra boa, visto como a alma, livre de toda a ansiedade a respeito da sua salvação, fica livre para trabalhar na salvação dos outros. Não há contradição entre S. Paulo e S. Tiago sobre esta doutrina da justificação, embora ambas as epístolas se refiram a Abraão para exemplo. Paulo, em Rm 4, trata de Abraão a respeito do que está descrito em Gn 15 - Tiago trata do mesmo patriarca, em relação ao fato narrado no cap. 22 do mesmo livro, o que aconteceu vinte e cinco anos depois. Mas durante este espaço de tempo foi Abraão um homem justificado pela fé (Gn 15.6), e quando chegou o tempo da grande prova (Gn 22), manifestou, então, a sua fé pelas obras. Quando Paulo escreveu teve em vista os não-cristãos, e faz uso do cap. 15 de Gn para provar a necessidade da fé, e mostrar que obras são as que vêm da fé. Tiago, porém, dirige-se aos cristãos, e usa o cap. 22 de Gn para provar as necessidades das obras, e fazer ver que a fé deve ser provada pelas obras. Paulo está tratando o assunto do ponto de vista legalístico, e contra todo o mérito humano - Tiago discorre com espirito antinômico e contra a simples ortodoxia intelectual. Um faz realçar a base da justificação, o outro a prova. Como diz Arnot, Paulo e Tiago não são dois soldados de exércitos diferentes, combatendo um contra o outro, mas sim dois combatentes do mesmo exército, lutando, costa com costa, contra inimigos que vêm de direções opostas.

 

  1. Paz de DEUS. “E a paz de DEUS, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações” (Cl 3.15).

A paz interior só é conseguida pela certeza de salvação, que é transmitida a nós pelo ESPÍRITO SANTO, residente em cada cristão verdadeiramente fiel. O corpo é a Igreja, formada pelos crentes em JESUS e tendo recebido o ESPÍRITO SANTO vivem em união e paz.

 

  1. Paz com os Homens. “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.18).

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." (João 14:27).

"Aparta-te do mal e pratica o que é bom; procura a paz e empenha-te por alcançá-la" Salmo 34:14

"Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um, e, tendo derribado a parede de separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz" (Efésios 2:13-15).

 

III. A PAZ ILUSTRADA

 

  1. Exemplos do Antigo Testamento.
  2. a) Abraão era um homem que amava a paz.

Abraão primeiro conquistou pela sua fé, a paz com DEUS, depois com sua fé conquistou a paz com os homens. Abraão amava tanto a paz que  usou de engano quando desceu ao Egito, quase provocando sua morte e de sua esposa, por causa desta tão buscada paz;

Abraão desobedeceu a DEUS em sua chamada para obter a paz com seu pai e família;

Abraão perdeu materialmente muito para alcançar a paz com seu sobrinho (Terras Boas);

Abraão tolerou seu sobrinho Ló que lhe deu muito trabalho e até participou de uma guerra por causa do mesmo, sendo homem de paz;

Abraão doou o despojo de guerra para os reis para que houvesse paz entre eles;

Abraão deu o dízimo de tudo ao representante de DEUS, Melquizedeque para que houvesse paz entre ele e DEUS.

Abraão conquistou definitivamente a paz com DEUS quando ofereceu a DEUS o que ele tinha de mais importante, seu filho amado.

 

  1. b) Isaque é mais um exemplo de alguém que se empenhou pela paz. O capítulo 26 de Gênesis narra que depois da morte de Abraão, Isaque reabriu os poços que seu pai cavara, os quais seus inimigos fecharam enchendo-os de terra. Os servos de Isaque abriram outro poço, mas seus adversários contestaram. Abriram um segundo poço, e os opositores reclamaram novamente. Então Isaque simplesmente saiu dali e cavou um terceiro poço. Desta vez, os inimigos não se opuseram, mas o deixaram em paz. Pouco depois, DEUS apareceu a Isaque e renovou suas promessas com ele. Isaque aprendeu que ter paz e viver em paz é mais importante do que fazer as coisas do modo que queremos. (Mantendo o mesmo ensino da revista)

 

  1. c) Daniel, o profeta, foi lançado na cova dos leões, mas pôde dormir profundamente a noite toda, sem medo, porque confiou em DEUS.

 

  1. Exemplos do Novo Testamento.

 

  1. a) Nosso Senhor JESUS é chamado o “Príncipe da Paz” (Is 9.6) e o “Cordeiro de DEUS” (Jo 1.29). O cordeiro nos fala de humildade e mansidão que leva à paz, pois onde existe o amor de DEUS não há disputas e a paz reina.

 

  1. b) A igreja primitiva ilustra que o crescimento é um dos resultados da paz.

 

No tempo dos primeiros cristãos reinava o império romano, mas sem a violência das conquistas, milhares de turistas e adeptos do judaísmo entravam pelas portas de Jerusalém em tempos de festas, a língua mais conhecida por toda a parte era uma só, o grego, as perseguições eram ainda pequenas devido à falta de comunicação rápida.

Neste tempo de paz o evangelho cresceu rapidamente e vemos que nas primeiras duas pregações a Igreja já contava com 7 mil cristãos.

 

  1. c) As sete igrejas na Ásia foram saudadas com a expressão “Graça e paz” dirigida a todos os fiéis dessas igrejas (Ap 1.4).

Que união perfeita, graça e paz, tudo resumido em uma frase de significação eterna.

 

CONCLUSÃO

 

 A paz que o mundo não nos dá, JESUS nos dá.

A verdadeira paz nasce em DEUS e toma de conta do coração do crente.

 

 

Lição 4 - O Fruto Do ESPÍRITO - A Alegria Da Graça

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º TRIMESTRE DE 2005

Tema Central: O Fruto Do Espírito

  

Texto Áureo: "Regozijai-vos, sempre, no Senhor, outra vez digo regozijai-vos" (Fp 4.4)

REGOZIJAI-VOS... NO SENHOR. O crente deve regozijar-se e fortalecer-se, meditando na graça do Senhor, sua presença e

promessas

 

Verdade Prática: O Fruto da Alegria é manifestado mediante a ação do ESPÍRITO no interior do crente e independe das circunstâncias.

 

Leitura Diária:

Segunda: Rm 14.17 - O Fruto a Alegria procede do ESPÍRITO SANTO

 

Terça: 2Co 8.2 - Alegria na Tribulação

 

 

Quarta: Hb 1.9 - O Fruto da Alegria na vida de CRISTO

 

Quinta: Cl 1.11 - O Fruto da Alegria opera junto à paciência e à longanimidade

 

Sexta: Rm 12.8 - O Fruto da Alegria coopera com o dom da misericórdia

 

Sábado: 1Pe 1.6-8 - O Fruto da Alegria supera as tristezas da tentação

Leitura Bíblica Em Classe: Jo 16.20-24

 

20 Na verdade, na verdade vos digo que vós chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá em alegria. 21 A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já se não lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo. 22 Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará. 23 E, naquele dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar. 24 Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria se cumpra.

LAMENTAREIS: Com a partida de CRISTO os discípulos e nós que não o vimos pessoalmente nos sentimos tristes por não gozar de sua companhia pessoal, porém temos o consolador, que nos alegra espiritualmente, o ESPÍRITO SANTO conosco para nos revelar Sua presença constante em nós até que ELE volte para nos buscar.

MUNDO SE ALEGRARÁ: O mundo, ou seja, aqueles que não desejam o salvador, se alegra por não ter alguém para acusá-los e repreendê-los pelos seus atos pecaminosos; eles servem ao seu próprio deus, Satanás.

A MULHER SENTE TRISTEZA: A tristeza de se lembrar do sofrimento do parto é transformada em alegria muito superior quando vê o resultado de sua dor se manifestar em uma vida gerada em seu interior.

 

Comentários:

Introdução (resumo)

 

 

Tópico I - A ALEGRIA SEGUNDO A BÍBLIA

 

A Alegria ao ouvir a Palavra de DEUS:

 

***porém o que foi semeado em pedregais é o que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; (Mateus 13:20)

A Alegria ao pregar a ressurreição:

***E, saindo elas pressurosamente do sepulcro, com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos seus discípulos. (Mateus 28:8)

A Alegria do recém-nascido salvador:

***E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, (Lucas 1:14)

A Alegria de sentir a presença de JESUS bem pertinho:

***Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre. (Lucas 1:44)

A Alegria pelas notícias de que o Anjo trazia:

***E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, (Lucas 2:10)

A Alegria em fazer a obra de DEUS:

***E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam. (Lucas 10:17)

A Alegria por uma alma que se converte:

***Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. (Lucas 15:7)

A alegria de ouvir JESUS:

***Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que lhe assiste e o ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim, pois, já essa minha alegria está cumprida. (João 3:29)

A alegria que JESUS nos deseja deve ser completa:

***Tenho-vos dito isso para que a minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa. (João 15:11)

A Alegria em rever um amado irmão:

***Por isso, fomos consolados pela vossa consolação e muito mais nos alegramos pela alegria de Tito, porque o seu espírito foi recreado por vós todos. (2 Coríntios 7:13)

A Alegria na oração de intercessão:

***fazendo, sempre com alegria, oração por vós em todas as minhas súplicas, (Filipenses 1:4)

A Alegria de ser ovelha :

***Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. (Hebreus 13:17)

 

Ninguém pode ao mesmo tempo ser cheio do ESPÍRITO e ser triste, ou ficar triste, pois a alegria faz parte da essência do ESPÍRITO SANTO; é naturalmente alegre aquele que está cheio do ESPÍRITO SANTO, é espiritualmente alegre o verdadeiro cristão.

 

1- Definição: “Algumas versões da Bíblia traduzem gozo por alegria sendo esta a felicidade que o crente desfruta no Espírito Santo. O termo grego aqui é chara. O termo charis, traduzido em português por graça, vem da mesma raiz. Charis, a partir de Homero, passou a significar aquilo que promove bem-estar entre os homens. Como atributo do Espírito Santo, a alegria é uma qualidade implantada na alma que teve um encontro com o Deus de toda graça, e visa uma vida de regozijo e de agradecimento ao Senhor. Paulo recomenda aos cristãos filipenses que sejam agradecidos e cheios de regozijo: Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos (Fp 4.4). Está alguém contente? Cante louvores (Tg 5.13). O desejo de Deus é ver seus filhos cantando com graça no coração (Cl 3.16). Nas Escrituras, a alegria trazia força e até saúde ao povo de Deus (Ne 8.10; Pv 17.22). A alegria cristã, portanto, não é uma emoção artificial. Antes, é uma ação do Espírito Santo no coração humano, para que este venha a conhecer que o Senhor Deus está no seu trono, e que tudo neste mundo submete-se ao seu controle, até mesmo onde a experiência pessoal está envolvida”. (SILVA, Severino Pedro da. A existência e a pessoa do Espírito Santo. RJ:CPAD, 1996, p.136-7.)

 

2- O fundamento da Alegria: CRISTO é o fundamento deste tipo de Alegria, não importa as adversidades, estamos tranqüilos, pois somos mais do que vencedores, em CRISTO JESUS, nosso Senhor.

A Alegria verdadeira vem de DEUS

***contudo, não se deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria o vosso coração. (Atos dos Apóstolos 14:17)

 

3- Melhor Que Felicidade: Alegria chamada pelo ESPÍRITO SANTO, através de Pedro em 1Pe 1.8 de "Gozo Inefável"

1Pe 1.8 ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso.

Rm 15.13 Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo.

Esta Alegria é tão maravilhosa que não podemos descrevê-la com palavras, porém podemos transmiti-la em nossa maneira de amar as pessoas que nos rodeiam.

 

Tópico II - AS FONTES DA ALEGRIA ESPIRITUAL

 

Aqui veremos alguns tipos da manifestações da alegria no crente, que fazem transparecer a presença de DEUS em  nós:

1- A Salvação: A salvação ocorre quando alguém decide que chegou o momento de se arrepender de seus pecados, aceitando que JESUS morreu e ressuscitou para que a sua salvação fosse realizada; neste momento a Alegria de DEUS entra nesta vida provocando um bem-estar completo e a sensação de alívio pelo fardo pesado do pecado que antes carregava.

A Alegria que JESUS quer mostrar ao PAI, estampada em cada um de nós:

***Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, (Judas 1:24)

 

2- Os Atos Poderosos De DEUS: Através de seus espetaculares milagres DEUS nos alegra, fazendo com que estejamos confiantes e despreocupados quanto à solução de nossos problemas; isto traz Alegria e felicidade à nossa alma.

A alegria pelo livramento:

***E, conhecendo a voz de Pedro, de alegria não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava à porta. (Atos dos Apóstolos 12:14)

At 16.26 FORAM SOLTAS AS PRISÕES DE TODOS. Por todo o livro de Atos, Lucas enfatiza que nada pode impedir o avanço do

evangelho de Cristo quando propagado por crentes fiéis. Em Filipos, Deus interveio, e Paulo e Silas foram libertos por um terremoto

enviado por Ele. O resultado foi um maior progresso do evangelho, destacando-se a salvação do carcereiro e de todos os seus familiares

(vv. 31-33).

 

3- O ESPÍRITO SANTO: Este maravilhoso e terno amigo está sempre nos dando consciência de que DEUS está não só conosco, mas também em nós, isso nos traz alegria em ser filhos de DEUS.

A Alegria em harmonia com o ESPÍRITO SANTO:

***E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo. (Atos dos Apóstolos 13:52)

O verbo grego traduzido cheios está no pretérito imperfeito, indicando ação contínua num tempo passado. Os discípulos recebiam continuamente, dia após dia, a plenitude e o revestimento de poder do Espírito Santo. A plenitude do Espírito não é meramente uma experiência inicial que ocorre uma só vez, mas, sim, uma vida de repetidos enchimentos para as necessidades e tarefas da parte de Deus (cf. Ef 5.18).

 

4- A Presença De DEUS: Quando sentimos a presença de DEUS choramos o choro da Alegria, o choro da felicidade, o choro do amor de DEUS fluindo em nosso ser.

A Alegria de estar com JESUS:

***E, não o crendo eles ainda por causa da alegria e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer? (Lucas 24:41)

 

5- A Bênção De DEUS: Ficamos alegres ao receber e ao ver alguém receber as bênçãos de DEUS, é a alegria de saber que DEUS nos ouve e está atento às nossas necessidades.

A Alegria em ouvir os testemunhos:

***E eles, sendo acompanhados pela igreja, passaram pela Fenícia e por Samaria, contando a conversão dos gentios, e davam grande alegria a todos os irmãos. (Atos dos Apóstolos 15:3)

 

Tópico III - O SOFRIMENTO E A ALEGRIA ESPIRITUAL

 

1- A relação entre o sofrimento e a alegria:

A Alegria em cumprir o ministério, mesmo arriscando a vida:

***Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.  (Atos dos Apóstolos 20:24)

 

2- O sofrimento e a alegria nos primórdios da Igreja:

A alegria da união:

***E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, (Atos dos Apóstolos 2:46)

A Alegria, mesmo estando presos e surrados

***Perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam. (Atos dos Apóstolos 16:25)

ORAVAM E CANTAVAM HINOS. Paulo e Silas estavam sofrendo a humilhação do encarceramento, tendo seus pés presos ao

tronco e as costas laceradas por açoites. No meio desse sofrimento, no entanto, oravam e cantavam hinos de louvor a Deus (cf. Mt

5.10-12). Aprendemos da experiência missionária deles: (1) que a alegria do crente vem do interior e independe das circunstâncias

externas; a perseguição não pode destruir nossa paz e nossa alegria (Tg 1.2-4); (2) que os inimigos de Cristo não poderão destruir a fé

em Deus e o amor por Ele que o crente tem (Rm 8.35-39); (3) que mesmo no meio das piores circunstâncias, Deus dá graça suficiente

àqueles que estão na sua vontade e que sofrem por amor ao seu nome (Mt 5.10-12; 2 Co 12.9,10); (4) que sobre aqueles que sofrem por

amor ao nome de Cristo, repousa o Espírito da glória de Deus (1 Pe 4.14).

 

3- A alegria de JESUS no sofrimento:

A Alegria em dar a vida, se preciso for

***Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. (João 15:13)

 

Tópico IV - OS OBSTÁCULOS À ALEGRIA ESPIRITUAL:

 

1- Desânimo e Dúvidas

A falta de fé produz medo, derrota espiritual, desânimo e muitas dúvidas.

Lc 24.18 E, respondendo um, cujo nome era Cleopas, disse-lhe: És tu só peregrino em Jerusalém e não sabes as coisas que nela têm sucedido nestes dias? 19 E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; 20 e como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o entregaram à condenação de morte e o crucificaram. 21 E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas, agora, com tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram. (Já haviam desanimado e perdido suas esperanças)

 

Jo 21.3Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Disseram-lhe eles: Também nós vamos contigo. Foram, e subiram logo para o barco, e naquela noite nada apanharam.  (O desânimo e a dúvida traz o insucesso e a derrota espiritual)

 

 

2- Tudo que impede nosso relacionamento com DEUS:

 

O que mais impede nosso relacionamento com DEUS é nossa consciência acusadora e cruel. Quando não estamos lendo diariamente a bíblia, quando não estamos jejuando, quando não estamos levantando pela madrugada para orar, quando não estamos ganhando almas para o Senhor; tudo isto remói dentro de nós e perdemos a confiança em nós mesmos e na comunhão de DEUS conosco. O que mais pode impedir nosso relacionamento com DEUS é o pecado, porém para tudo isto existe solução:

Hb 12.12 Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas me os joelhos 23desconjuntados,13 e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado. 14 Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, 15 tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.

1Jo 1.9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.

CONFISSÃO DE PECADO. Devemos reconhecer os nossos pecados e buscar em Deus o perdão e a purificação deles. Os dois

resultados disso são (1) o perdão divino e a reconciliação com Deus, e (2) a purificação (i.e., remoção) da culpa e a destruição do poder do pecado, a fim de vivermos uma vida de santidade (Sl 32.1-5; Pv 28.13; Jr 31.34; Lc 15.18; Rm 6.2-14).

 

 

Tópico V - OS RESULTADOS DA ALEGRIA ESPIRITUAL:

 

1- Rosto Radiante: E aconteceu que, descendo Moisés do monte Sinai (e Moisés trazia as duas tábuas do Testemunho em sua mão, quando desceu do monte), Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois que o SENHOR falara com ele.(Êxodo 34:29)

Já observou aqueles crentes cujo rosto resplandece de alegria? Não nos sentimos felizes por estar perto deles? A face e o comportamento das pessoas refletem seus sentimentos internos, o que existe no profundo de seu coração. O cristão cheio de alegria do Espírito consegue transmiti-la facilmente em sua aparência exterior (Pv 15.13).

  1. Cântico de alegria. Uma das maneiras que temos de expressar nossa alegria é com louvores, embora a adoração seja a mais perfeita maneira de expressarmos nossa gratidão a DEUS. O louvor é a expressão externa da alegria da alma, sendo a adoração a expressão interna do espírito recriado.

Um coração grato e alegre expressa-se com cânticos e louvores ao Senhor (Sl 149; At 16.25). Assim como Paulo ensinou à igreja primitiva, o crente cheio do Espírito expressa sua alegria através dos hinos espirituais (Ef 5.18b-20).

  1. Força divina. Em meio às adversidades recebemos coragem e intrepidez para pregar o evangelho e fazer a obra de DEUS, nada nos detém se estivermos alegres no ESPÍRITO SANTO. A alegria do Senhor converteu-se em força na vida de Neemias, e deu-lhe coragem para reconstruir Jerusalém (Ne 8.10). Esta virtude encoraja o povo de Deus hoje a prosseguir em sua difícil jornada, porquanto resulta em força divina.

 

CONCLUSÃO:

 

Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. (Atos dos Apóstolos 20:24)

ALEGRIA. A alegria é parte integrante da nossa salvação em Cristo. É paz e prazer interiores em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e

na bênção que flui de nosso relacionamento com Eles (cf. 2 Co 13.14). Os ensinos bíblicos a respeito da alegria incluem: (1) A alegria está associada à salvação que Deus concede em Cristo (1 Pe 1.3-6; cf. Sl 5.11; 9.2; Is 35.10) e com a Palavra de Deus (Jr 15.16; cf. Sl 119.14). (2) A alegria flui de Deus como um dos aspectos do fruto do Espírito (Sl 16.11; Rm 15.13; Gl 5.22). Logo, ela não nos vem automaticamente. Nós a experimentamos somente à medida que permanecemos em Cristo (Jo 15.1-11). Nossa alegria se torna maior quando o Espírito Santo nos transmite um profundo senso da presença e do contato com Deus em nossa vida (cf. Jo 14.15-21; ver 16.14 ). Jesus ensinou que a plenitude da alegria está intimamente ligada à nossa permanência na sua Palavra, à obediência aos seus mandamentos (Jo 15.7,10,11) e à separação do mundo (Jo 17.13-17). (3) A alegria, como deleite na presença de Deus e nas bênçãos da redenção, não pode ser destruída pela dor, pelo sofrimento, pela fraqueza nem por circunstâncias difíceis (Mt 5.12; At 16.23-25; 2 Co 12.9). 

 

 

LIÇÃO 3 - O FRUTO DO ESPÍRITO - AMOR: O FRUTO EXCELENTE

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º TRIMESTRE DE 2005

Tema Central: O Fruto Do Espírito

A Plenitude De Cristo Na Vida Do Crente

 

 

 

Texto Áureo: "Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus." (1Jo 4.7)

 

Verdade Prática: O amor é a essência de todas as virtudes morais de CRISTO originadas pelo ESPÍRITO SANTO, e implantadas no crente

 

Leitura Diária:

Segunda: Cl 3.14 O Amor é o vínculo da perfeição

 

Terça: 1Jo 4.7 O Amor confirma a filiação divina

 

Quarta: 1Co 13.13 O Amor é a essência das virtudes cristãs

 

Quinta: Rm 12.9 O Amor combate a hipocrisia

Sexta: Rm 5.5 O Amor é resultado da ação do ESPÍRITO SANTO no crente

 

Sábado: 1Jo 4.16 DEUS é a fonte e a causa do Amor

 

Leitura Bíblica Em Classe: João 13.34-35; Lucas 6.27-35

 

João 13.34-35 =   34"Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. 35 Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros".

13.34 AMEIS UNS AOS OUTROS. O cristão é exortado a amar de um modo especial a todos os outros cristãos verdadeiros, quer sejam membros da sua igreja e da sua persuasão teológica, quer não. (1) Isso significa que o crente deve saber distinguir os cristãos verdadeiros daqueles cuja confissão de fé é falsa, observando a sua obediência a Jesus Cristo e sua lealdade às Sagradas Escrituras (5.24; 8.31; 10.27; Mt 7.21; Gl 1.9 nota). (2) Isso significa que quem possui uma fé viva em Jesus Cristo e é leal à Palavra inspirada e inerrante de Deus, conforme tal pessoa a compreende, e que resiste ao espírito modernista e mundano predominante em nossos tempos, é meu irmão em Cristo e merece meu amor, consideração e apoio especiais. (3) Amar a todos os cristãos verdadeiros, inclusive os que não pertencem à minha igreja, não significa transigir ou acomodar minhas crenças bíblicas específicas nos casos de diferenças doutrinárias. Também não significa querer promover união denominacional. (4) O cristão nunca deverá transigir quanto à santidade de Deus. É essencial que o amor a Deus e à sua vontade, conforme revelados na sua Palavra, controlem e orientem nosso amor ao próximo. O amor a Deus deve sempre ocupar o primeiro lugar em nossa vida (ver a próxima nota; Mt 22.37,39).

 

13.35 CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS. O amor (gr. ágape) deve ser a marca distintiva dos seguidores de Cristo (1 Jo 3.23; 4.7-21). Este amor é, em suma, um amor abnegado e sacrificial, que visa ao bem do próximo (1 Jo 4.9,10). Por isso, o relacionamento entre os crentes deve ser caracterizado por uma solicitude dedicada e firme, que vise altruisticamente a promover o sumo bem uns dos outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas provações, evitar ferir os sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se a si mesmos para promover o mútuo bem-estar (cf 1 Jo 3.23; 1 Co 13; 1 Ts 4.9; 1 Pe 1.22; 2 Ts 1.3; Gl 6.2; 2 Pe 1.7).

 

Lucas 6.27-35 =  27 "Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, 28 abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam. 29 Se alguém lhe bater numa face, ofereça-lhe também a outra. Se alguém lhe tirar a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica. 30 Dê a todo aquele que lhe pedir, e se alguém tirar o que pertence a você, não lhe exija que o devolva. 31 Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles. 32 "Que mérito vocês terão, se amarem aos que os amam? Até os 'pecadores' amam aos que os amam. 33 E que mérito terão, se fizerem o bem àqueles que são bons para com vocês? Até os 'pecadores' agem assim. 34 E que mérito terão, se emprestarem a pessoas de quem esperam devolução? Até os 'pecadores' emprestam a 'pecadores', esperando receber devolução integral. 35 Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus.

 

6.27 AMAI A VOSSOS INIMIGOS. Nos versículos 27-42, Jesus nos ensina como devemos conviver com outras pessoas. Como membros da nova aliança, temos a obrigação de cumprir as exigências que Ele expõe aqui. (1) Amar os nossos inimigos não significa um amor emotivo, i.e., de ter afeto por eles, mas, sim, uma genuína solicitude pelo seu bem e pela sua salvação eterna. Uma vez que sabemos da terrível ruína que aguarda os que são hostis a Deus e ao seu povo, devemos orar por eles e procurar pagar-lhes o mal com o bem, levá-los a Cristo e à fé do evangelho (ver Pv 20.22; 24.29; Mt 5.39-45; Rm 12.17; 1 Ts 5.15; 1 Pe 3.9). (2) Amar nossos inimigos não quer dizer ficarmos indiferentes enquanto os malfeitores continuam nas suas atividades iníquas. Quando necessário for, pela honra de Deus, pelo bem ou segurança do próximo, ou proveito maior dos pecadores, deve-se tomar providências rigorosas para deter a iniqüidade (ver Mc 11.15; Jo 2.13-17).

 

Introdução:

 

DINÂMICA:  Eu utilizo uma rosa fechada, quase botão. Chamo a rosa de Fruto do Espírito Amor, aí vou abrindo cada pétala que sai do amor de DEUS, e vou nomeando cada pétala, como qualidades ou resultados deste amor. ***Para ensinar sobre o Fruto do Espírito utilizo uma laranja com nove gomos, se não achar com nove abra-a em gomos e depois de contar nove gomos retire os gomos que estão sobrando e dê para algum aluno chupar. Chame a laranja de Fruto do Espírito e os gomos de qualidades do Fruto. Depois diga aos alunos que se cada um aproveitar de cada gomo como o aluno chupou aquele gomo que você lhe deu, será perfeito discípulo de CRISTO. Se o aluno não chupar de algum gomo ficará com deficiência em seu caráter cristão, se chupar um mais do que o outro também ficará com deficiência , o importante é que durante nossa peregrinação por aqui (na Terra), estejamos todo o tempo, chupando a laranja o mais possível, afinal, vitamina "C" é ótimo!!!!!! "C" de Caráter e "C" de CRISTO.

 

Quatro termos que estruturam os quatro tipos de Amor:

 

GREGO

DESCRIÇÃO

CONTEXTO

FONTE

Ágape

Amor abnegado

Divino

DEUS

Philia

Amor Fraterno

Amizade

Homem

Eros

Amor Físico

Erótico

Sentidos

Storge

Amor Familiar

Familiar

Família

 

Tópico I - Os Três Tipos De Amor: (incluindo o quarto, O Storge)

Amor:- A palavra 'amor' neste trecho das Escrituras é a tradução da palavra grega 'agape'. Este é amor que flui diretamente de Deus. 'O amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado'(Rm 5.5). É um amor de tamanha profundidade que levou Deus a dar seu único Filho como sacrifício pelos nossos pecados (Jo 3.16). É o amor de Jesus por nós: 'conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a nossa pelos irmãos (leia Jo 3.16; 15.2-13). É muito fácil amar os seus entes queridos, como os pais, filhos esposos, parentes, amigos, esposas, etc. Mas, somente pelo Espírito Santo, você é capaz de dedicar o amor aos seus inimigos, de tal forma que lhes deseje o bem e perdoe as suas ofensas, de todo o coração, para jamais se lembrar delas.

 

1- O Amor Divino:

O amor é a essência da natureza de Deus.

 

DEUS age sempre , em tudo, com Amor e conosco não é diferente, DEUS nos ama de uma tal forma que foi capaz de nos dar o que ELE tinha de maior valor para que reconhecêssemos esse imenso amor, seu único amado Filho, JESUS CRISTO.

Ágape Ou Agapê (Amor De Deus, O Importante E Necessário, O Principal)

DEUS ME AMA, e a prova que ele deu deste amor, foi enviando o seu Filho para morrer por mim quando eu era ainda seu inimigo (Rm. 5.8-10). Estava morto espiritualmente, mas Ele bondosamente me deu vida. Achava-me perdido, sem a menor chance de escapar da condenação eterna, porém, Ele graciosamente me salvou. Jesus veio para me dar vida, e vida com abundância

O ágape cristão, sentimento que nos liga mesmo aos que nos são indiferentes, mesmo aos nossos inimigos, e tem como horizonte virtual a humanidade inteira.

 

2- O Amor Fraterno:

 

Phileo (Fraternal, De Irmãos, Necessário Mas Não O Principal)  

“Aquele que ama a Deus [ ou que julga amá-lo], ame também seu irmão” (4:21).

Mas, seria o amor um atributo exclusivo daqueles que são da luz e da justiça? Uma análise sincera do texto somada a outras passagens parece indicar-nos que “não”.Enquanto sentimento inerente ao ser humano, o amor pode pertencer a todos os homens, quer sejam aliados do Cristo ou do Anticristo. Notemos que a teologia joanina possibilita a este amor-sentimento objetos que não coadunam com a permanência em Deus: pode-se amar ao mundo (2:15), as trevas (João 3:19) ou até mesmo as glórias mundanas (João 12:43). E confiando na historicidade do relato de Mateus 5:47, podemos imaginar João entre aqueles que ouviram Jesus dizer: “Se amais apenas os que vos amam, que fazeis de extraordinário? Não fazem os pagãos a mesma coisa?”. Em outras palavras, até mesmo os falsos profetas e os anticristos poderiam amar aos seus irmãos ou adeptos. A busca joanina pela diferença básica entre os de Deus e os do mundo não se vê, pois, satisfeita num único discurso sobre o “amar ao irmão”. Não que ele abandone o tema ou passe a considerá-lo de somenos importância, mas que desligado dos outros temas da justiça e da fé ele se torna incompleto. Embora nem todos os que amam procedam da luz, todos os que procedem da luz necessariamente amam. E não somente isto, mas praticam a justiça e mantêm a fé.

O amor ao próximo se demonstra com ações.

De que valeria a nosso semelhante um amor de indicações? Será que estamos encaminhando aos serviços sociais todos aqueles que vêem a nós em busca do amor de DEUS? Como DEUS poderia operar os dons do ESPÍRITO SANTO para ajudar às pessoas se todas as oportunidades que temos de servir a DEUS, enviamos a outrem o necessitado e o aflito?

Is 56.6 Acaso não é este o jejum que escolhi? que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que deixes ir livres os oprimidos, e despedaces todo jugo?7 Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desamparados? que vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?8 Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará. e a tua justiça irá adiante de ti; e a glória do Senhor será a tua retaguarda.9 Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente;10 e se abrires a tua alma ao faminto, e fartares o aflito; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio dia.11 O Senhor te guiará continuamente, e te fartará até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca falham.

 

3- O Amor Físico

 

Eros (Atração Física, Necessário Mas Não O Principal) 

As múltiplas faces de Eros

A concepção do erótico abrange um espectro extremamente amplo de experiências, práticas culturais e relações. Embora não se identifique com os impulsos sexuais e libidinais, eros os contém indiscutivelmente.

O amor humano para com Deus é da natureza de eros, pois inclui 'elevação do inferior para o superior, dos bens inferiores para o summum bonum'[5]. Além disso, o amor governa o ciclo de separação e reunião que estrutura todas as dimensões da realidade humana e cósmica. Nesse ciclo, sempre está presente uma dimensão de eros. Eros não é apenas a energia que impulsiona todas as realizações culturais e todas as formas de experiência mística, mas é simplesmente a força que anima cada movimento no mundo. Está presente nos 'poderes originários da existência', nas forças elementares da origem que são o sangue, o solo, o grupo social[6], energias que estão na base da sexualidade, da economia, da política e da religião e não podem ser controladas pela racionalidade analítica. Eros aparece assim como essencialmente ambíguo e demônico, criador e destruidor ao mesmo tempo.

 

4- O Amor Familiar

Storge (Afetivo, Amor Romântico, Necessário Mas Não O Principal)

A família moderna estrutura-se basicamente em torno do casamento, e nesse sentido, é uma família conjugal – sei que há a “família pós-moderna” e seus novos arranjos sociais, aos quais não vou tecer considerações nesse momento. A relação familiar é algo extremamente complexa e dinâmica. Daí o amor se constituir em um desafio de escolha à cada dia: escolher amar o outro apesar das diferenças e do desgaste que muitas vezes a relação apresenta diante do fator tempo. Você pode estar pensando que isso não é fácil, mas com a sua escolha adicionada à graça de Deus torna-se possível. Porque família é projeto de Deus em primeiro lugar; Ele é o maior interessado. Mas família também tem que ser projeto de homens e mulheres; ou seja, é preciso implicação de cada membro familiar.

 

Tópico II - Amor a DEUS - A Dimensão Vertical

1- Amar a DEUS acima de tudo

 

EU AMO A DEUS, devo toda a minha vida a Ele, e a Ele entrego-me com alegria para o seu serviço. Dedicar-me-ei a este curso, participando com empenho e com prazer, esforçando-me para aprender, de maneira que eu possa crescer espiritualmente, fortalecendo-me na graça e no conhecimento do meu Senhor, Jesus Cristo.

 

2- O Exemplo de JESUS

 

À esta altura percebemos que o “amor ao próximo”, conforme apresentado na primeira epístola de João, embora não negue um peculiar caráter “opcional”, ultrapassa a dimensão da escolha racional para tornar-se, principalmente, um resultado da graça divina. Sua fonte transfere-se da alma (antropologia hebraica) para o ser de Deus. A adesão (sent. próprio do hebraico 'ahabh), segundo esta teologia joanina, não é uma mera filiação partidária ou paixão por uma causa (coisa que os “do mundo” também podem ter); ela é, antes, uma aliança ou pacto com o próprio Deus. É aderir não a algo, mas a alguém. A partir deste ponto, podemos interpretar João com os olhos de Santo Agostinho que entendia o Ágape joanino como sendo uma pessoa. Aliás, note-se que, desde o evangelho e o Apocalipse, é comum para João personificar em Deus, os títulos que lhe atribuímos. E assim como o Logos e a Luz procederam do Pai, encarnando-se na figura histórica de Jesus Cristo, do mesmo modo o Amor manifestado entre os homens (4:9) é outra “figuração personificada” para falar do mistério da encarnação. Portanto, o dizer que o Amor procede de Deus (h agaph ek tou qeou estin[ 4:7]) é uma explícita referência à procedência de Cristo do Pai(para tou Patera [ João 6:46; 7:29; 8:14; 8:42; 11:27, 16:28]) e quando se diz “Deus é amor”(o Qeos agaph estin) paralelamente se deve lembrar do dito “e o Verbo era Deus”(kai Qeos hn o logos).

O amor/ágape é, enfim, o Filho de Deus vindo ao mundo e o “permanecer” neste amor equivale a “andar como ele andou” (amando ao próximo, cumprindo a justiça, obedecendo à lei) e confessar o que ele é de fato (1:6 e 4:2). Fazendo isto, trazemos para o presente uma encarnação salvadora fazendo com que ela deixe de ser mero evento de um longínquo passado com o qual não temos relação.

 

3-  O Teste do Amor ágape

 

Como sabermos se amamos com o amor de DEUS?

Se somos capazes de amar como DEUS ama, então sentimos este amor fluir de cada um de nós.

Jo 3.16 "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.

Somos capazes de amar a ponto de darmos tudo o que temos de mais precioso, por amor aos outros?

Rm 5.8 Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.

Veja que DEUS não nos amou porque éramos bons; somos capazes de amar aos pecadores e por eles darmos nossas vidas?

Mt 5.44 Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem,

Somos capazes de amar nossos inimigos e orar por eles?

Jo 13.35 A marca distintiva do crente

35 Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

 

CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS. O amor (gr. agape) deve ser a marca distintiva dos seguidores de Cristo (1 Jo 3.23; 4.7-21). Este amor é, em suma, um amor abnegado e sacrificial, que visa ao bem do próximo (1 Jo 4.9,10). Por isso, o relacionamento entre os crentes deve ser caracterizado por uma solicitude dedicada e firme, que vise altruisticamente a promover o sumo bem uns dos outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas provações, evitar ferir os sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se a si mesmos para promover o mútuo bem-estar (cf 1 Jo 3.23; 1 Co 13; 1 Ts 4.9; 1 Pe 1.22; 2 Ts 1.3; Gl 6.2; 2 Pe 1.7).

 

Tópico III - Amor Ao Próximo - A Dimensão Horizontal

 

A questão do relacionamento humano, se torna ajustada, encaminhada e equilibrada quando há o diferencial Deus, que nos tornou, pela salvação em Cristo Jesus, Seus filhos, e criou a família de fé na qual somos irmãos que devem aprender a se amar. Afinal, "Aquele que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas; não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos" e, "Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão" (1Jo 2.11; 3.10).Entendamos: para o Antigo Testamento, para a cultura hebréia, o próximo, o semelhante era o igual. Os termos de Levítico 19.18 deixam claro esse fato: "Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor" (cf. Pv 3.28; Jr 22.13). Amar o próximo tinha como contrapartida odiar o inimigo. Assim o refletem Êxodo 15.6 e Levítico 26.8: "A tua destra, ó Senhor, é gloriosa em poder; a tua destra, ó Senhor, despedaça o inimigo"; "Cinco de vós perseguirão a cem, e cem de vós perseguirão a dez mil, e os vossos inimigos cairão à espada diante de vós". Jesus e os apóstolos, porém, estendem o significado: "Amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios", disse um escriba ao Mestre, que aprovou a sua exclamação (cf. Mc 12.33). "Cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação", enunciou Paulo (Rm 15.2), precisamente na linha de João que deixou a exortação, "Aquele que não ama a seu irmão a quem viu, como pode amar a Deus a quem não viu?" (1Jo 4.20b).

 

4.7 AMEMO-NOS UNS AOS OUTROS. Embora o amor seja um aspecto do fruto do Espírito (Gl 5.22,23) e uma evidência do novo nascimento (2.29; 3.9,10; 5.1), é também algo que temos a responsabilidade de desenvolver. Por essa razão, João nos exorta a amar uns aos outros, a termos solicitude por eles e procurar o bem-estar deles. João não está falando apenas em sentimento de boa-vontade, mas em disposição decisiva e prática, de ajudar as pessoas nas suas necessidades (3.16-18; cf. Lc 6.31). João nos admoesta a demonstrar amor, por três razões: (1) O amor é a própria natureza de Deus (vv. 7-9), e Ele o demonstrou ao dar seu próprio Filho por nós (vv. 9,10). Compartilhamos da sua natureza porque nascemos dEle (v. 7). (2) Porque Deus nos amou, nós, que temos experimentado o seu amor, perdão e ajuda, temos a obrigação de ajudar o próximo, mesmo com grande custo pessoal. (3) Se amamos uns aos outros, Deus continua a habitar em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado (v. 12).

 

Tópico IV - Amor A Si Mesmo - A Dimensão Interior

1- O Amor a si mesmo reflete o amor de DEUS por nós

 

É importante ser ensinável, se submeter à sã doutrina. Mas há algumas coisas que nenhum ser humano pode ensinar. Há algumas crises que só o Espírito Santo pode levar à uma saída. Às vezes inexistem respostas em lugar algum da mente humana, e então o Espírito Santo precisa nos ensinar como sair da crise! Necessitamos voltar-nos para o nosso interior, e bloquear todas as vozes e as falas exteriores. Eis a prova:

  • “...a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine...” (I João 2:27).
  • “...a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (I Coríntios 1:25).

As coisas que Deus deseja fazer por nós ainda nem sequer chegaram à mente dos conselheiros sábios do mundo.

  • “...nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (I Coríntios 2:9).

Elas são reveladas pelo Espírito em nós!

  • “...Deus no-lo revelou pelo Espírito...”

Se aquilo que Deus preparou para nós ainda “nem penetrou na mente humana”, como alguém poderá me dizer algo que não sabe?

  • “Porque qual dos homens sabe as cousas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as cousas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus” (I Coríntios 2:11).

Não estou contra o cristão buscar bom aconselhamento. Não estou contra a psicologia cristã. Mas nenhuma delas vale sequer mencionar, a menos que leve a pessoa à esta verdade absoluta: nenhum outro ser humano pode ser a sua fonte de felicidade e paz!

Os que se apóiam nos braços da carne cavam poços que não agüentam um teste. Estão sempre precisando de alguém para lhes derramar um conselho, mas não o retém. São cisternas rotas.

  • “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Coríntios 3:16).
  • “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio...” (Gal. 5:22).
  • “é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe (em nós) e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).
  • “em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa, o qual é o penhor da nossa herança, até o resgate da sua propriedade...” (Efésios 1:13,14).

 

Você está pronto para receber essa verdade e agir baseado nela? O que foi que acabamos de ler? Ele está em você: para consolar, para guiar, para guiar à toda a verdade; para lhe mostrar as coisas que virão; para lhe vivificar; para lhe ajudar em suas enfermidades; para lhe ajudar a entender todas as coisas que Deus graciosamente lhe concedeu; para lhe trazer alegria, amor, paz, paciência, bondade, domínio próprio; para lhe dar tudo que foi prometido a um filho de Deus; para lhe recompensar por sua diligência; para lhe assegurar liberdade; para lhe prover acesso ao Pai; para lhe levar a um lugar de repouso suave e de verdade.

 

2- O Pecado impede que a pessoa ame a si mesma

 

O pecado faz divisão entre nós e DEUS, causa o efeito "Falta de confiança para falar com DEUS ou ouvir DEUS falando conosco". A fé fraqueja no momento mais difícil e de precisão da alma que anseia pela comunhão, mas sucumbe na dúvida.

 

3- Relação entre as três dimensões do amor ágape

 

Há uma distinção entre ágape e as outras qualidades do amor, sempre integradas uma à outra e presentes em toda experiência do amor. Pelo seu caráter transcendente, ágape não pode ser experimentada como força vital, senão através das outras e especialmente do eros. Contudo, em todas as decisões morais, ágape deve ser o elemento determinante, pois é ligado à justiça e transcende a finitude do amor humano. Sozinha, ágape se tornaria moralista e legalista. Mas sem ágape, o amor perderia a sua seriedade. Contudo, não vimos uma ordem hierárquica entre as qualidades do amor, a não ser em relação à ágape.

 

O fruto do Espírito é como uma linda flor que se abre com uma chave chamada AMOR; é só apartir do Amor que conhecemos as outras qualidades do fruto do ESPÍRITO em nós implantado, no instante em que aceitamos a CRISTO como nosso Senhor e Salvador.

 

Conclusão

 

Como vimos, o amor não pode por um lado ser um tema abandonado, nem por outro, um discurso isolado. Se somos cristãos de fato, a mais autêntica cristologia bíblica deverá acompanhar este amor e a importância dada aos demais mandamentos da lei de Deus deverá testemunhar de nossa fidelidade (ou adesão) ao Bem Maior, que é Cristo Jesus. Não amamos porque somos naturalmente bons, mas porque nascemos da graça. Não cumpriremos a lei para fazer-nos “justos”, mas porque ele nos justificou com sua justiça. Não brilharemos porque temos luz própria, mas porque refletimos o sol da justiça.

 

 

  Lição 2 - O Fruto Do ESPÍRITO - Uma Colheita Abundante

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º TRIMESTRE DE 2005

 

 

Texto Áureo: "Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de DEUS" (Cl 1.10)

Devemos orar para que: (1) compreendam a vontade de Deus; (2) obtenham sabedoria espiritual; (3) vivam uma vida santa, agradável ao Senhor; (4) frutifiquem para Cristo; (5) sejam espiritualmente fortalecidos pelo Espírito Santo; (6) perseverem na fé e na justiça; (7) sejam gratos ao Pai; (8) continuem na esperança de habitar no céu; (9) experimentem a presença de Cristo; (10) conheçam o amor de Cristo; (11) sejam cheios da plenitude de Deus; (12) demonstrem bondade e amor ao próximo; (13) discirnam o mal; (14) sejam sinceros e inculpáveis; e (15) esperem ansiosamente a volta do Senhor.

 

Verdade Prática: A qualidade e a quantidade do fruto espiritual produzido pelo crente é proporcional à sua plena dependência do ESPÍRITO SANTO.

 

Leitura Diária:

Segunda: Jo 15.1-5 - Os crentes são os ramos da Videira Verdadeira

 

Terça: Mt 7.16-20 - O Fruto Do ESPÍRITO revela o caráter do crente

 

Quarta: Rm 8.5-9 - A inclinação do ESPÍRITO é vida

Quinta: Rm 7.4 - O Fruto Do ESPÍRITO é direcionado a DEUS

 

Sexta: Hb 12.11 - A disciplina cristã produz fruto

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Sábado: Lc 3.8 - Frutos que seguem a conversão

Objetivos: Após esta aula, se aluno deverá estar apto a:

1- Descrever as condições necessárias para produzir fruto para DEUS

2- Explicar como é o relacionamento entre a Videira Verdadeira (JESUS) e os ramos (Crentes)

3- Narrar os fatores indispensáveis para uma colheita abundante

 

Leitura Bíblica Em Classe: Jo 15.1-17

 

 1 "Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2 Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda{1}, para que dê mais fruto ainda. 3 Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado. 4 Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim. 5 "Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. 6 Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados. 7 Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido. 8 Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos. 9 "Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor. 10 Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. 11 Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa. 12 O meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os amei. 13 Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. 14 Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. 15 Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido. 16 Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome. 17 Este é o meu mandamento: Amem-se uns aos outros.

 

Introdução

 

Tópico I - A Videira e seus ramos

1- Os ramos que não produzem fruto são arrancados

Devemos ser produtivos, fomos chamados para produzir almas, que só são ganhas à medida que permitimos maior ação do ESPÍRITO SANTO em nossas vidas.

 

2- Os ramos que não permanecem ligados à videira são lançados no fogo (Jo 15.6)

Os que são chamados, porém não correspondem ao chamado, desprezando a presença do ESPÍRITO SANTO em suas vidas acabam por sucumbir e aceitarem o "modus vivente" maligno; só servindo então para serem pisados.

 

3- Os ramos que dão fruto são podados (Jo 15.2)

Quanto mais produzimos, mais recebemos de DEUS para produzirmos mais. É a lei da sementeira; quanto mais se planta mais se colhe.

 

Tópico II - A Condições para a Frutificação Espiritual

 

O primeiro modo pelo qual nós agradamos a Deus é FRUTIFICANDO EM TODA BOA OBRA. O irmào de Nosso Senhor relembra-nos de que a fé sem as obras é morta (Tiago 2:17). Nós, evangélicos, damos tanta ênfase ao fato de que as obras de maneira nenhuma contribuem para a nossa salvacäo que temos a tendência de desprezar o fato de que somos salvos para fazer boas obras (Ef. 2:10). O apóstolo transfere a vós e a mim o privilégio de fazer "toda boa obra". O que é uma "boa obra"? O Novo Testamento está cheio de exemplos.1 Não apenas boas acões mas também motivos justos são exigidos por Ele (Mat. 6:1-18). Nosso problema geralmente não é aquilo que não sabemos, mas sim viver de acordo com aquilo que já sabemos.

"Frutificando em toda a boa obra" sugere-nos de novo aquela grande verdade de que, uma macieira ou uma videira são plantadas unicamente para dar frutos; sendo assim, então o grande propósito de nossa redenção é que Deus nos tenha para seu serviço que frutifica. Foi bem dito que "o fim do homem é um acto e não um pensamento, mesmo sendo um pensamento dos mais nobres". É na obra e no trabalho que a nobreza da natureza do homem é comprovada como medida para o mundo se salvar. É para as boas obras que somos criados de novo em Cristo Jesus. É quando os homens vêem nossas boas obras que nosso Pai nos céus será glorificado e obterá a honra que a ele é devida pela sua obra. Na parábola da vinha, nosso Senhor insistiu nesta parte "Quem permanece em mim e eu nele, esse dará muito fruto", João 15.5. "Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto", v.8. Poucas coisas dão mais honra a um fazendeiro que uma plantação farta; muitos frutos significam glória para Deus.

A grande necessidade é que cada crente seja encorajado, ajudado e mesmo treinado para andar em direcção a produzir muitos frutos. Um pequeno morangueiro pode, apesar do seu tamanho insignificante, frutificar mais que uma macieira. O chamamento para sermos frutíferos em cada boa obra é sem excepção, válido para todos os cristãos. A graça que é necessária para isto está ao alcance de todos. Um ramo frutífero para cada boa obra – esta é parte essencial da Palavra de Deus.

 

1- A poda feita pelo Pai

Muitas vezes somos repreendidos pelo pai dos pais, porém esta repreensão é para edificação, para nosso crescimento espiritual, nunca devemos desanimar de nossa caminhada, pois à medida que tropeçamos, nos levantamos com maior vigor para as próximas lutas.

 

2- A permanência em CRISTO

 

Em CRISTO, eis aí o mistério, somente nós os salvos podemos e sentimos esta presença em nós; as demais religiões podem até falar de CRISTO, ter o nome de CRISTO, porém não estão em CRISTO. Estamos N'Ele e ELE em nós. Somos um mesmo Espírito com ELE. (1 Co 6.17 Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele.)

 

3- A permanência de CRISTO em nós

 

Todo aquele que entrega sua vida a Cristo assume o compromisso de seguir o Seu exemplo. Como nosso Salvador, temos a certeza de que desfrutaremos com Ele a vida eterna (1 Jo 2.25). Como Senhor, devemos imitá-lO sempre, posto que o velho homem se foi, já não vivemos mais para nós mesmos, mas Cristo vive em nós (Gl 2.20). A seguir veremos alguns dos aspectos em que devemos imitá-lO:

 

I – IMITANDO A CRISTO COMO FILHOS AMADOS

“Sede pois imitadores de Deus, como filhos amados”

II – IMITANDO A CRISTO COMO FILHOS OBEDIENTES

Através do amor – “...e andai em amor, como também Cristo vos amou...”Através do sacrifício – “... e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus...”

 

III - IMITANDO A CRISTO COMO FILHOS DA LUZ

“Pois outrora éreis trevas, porém agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz”

 

  1. a) O lavrador (O PAI, em JESUS, através do ESPÍRITO SANTO)

Nos encontrou como terra improdutiva, somente própria para espinheiros; mas DEUS não enxerga derrota, ELE enxerga o que pode ser feito através de nós, ELE enxerga o que temos de bom para ser aproveitado em sua obra; basta um pouco de unção do ESPÍRITO SANTO (água) neste terreno e tudo está resolvido.

 

  1. b) O fruto (Capacitação para Nossas Obras)

Nos é dado a capacitação, o fruto, como uma laranja com nove gomos, o resto é com cada um de nós, se chuparmos mais gomos, aproveitamos mais, se chuparmos poucos gomos, aproveitamos menos, se alguns gomos ficam sem serem experimentados nossa obra fica imperfeita, porém devemos viver nos esforçando para experimentarmos o mais possível da graça de DEUS em nós e abençoarmos o máximo de pessoas possível.

 

  1. c) A seiva (A unção do ESPÍRITO SANTO na Palavra)

É o alimento, é a Palavra de DEUS, se nos mantermos nela e estudando-a diariamente, seremos mais do que vencedores. Ninguém vive por muito tempo sem alimento, assim o crente sem a Palavra de DEUS não suporta as tentações do mundo e cai.

 

Tópico III - Os Fatores Indispensáveis Para Uma Colheita Abundante

1- Cultivar a comunhão com DEUS

Carne e Espírito se opõe. Travam um combate contínuo entre si. Se o cristão está andando no poder de um deles, não pode estar no controle do outro. Por trás da resistência do Espírito à carne está o propósito de que os crentes devem ser guardados de praticarem as coisas que os desejos da carne pedem. Nesta lição abordaremos os efeitos na vida do homem dominado pelos prazeres carnais, e o efeito milagroso do fruto do Espírito exercido sobre os que temem o Senhor.

Cultivar é trabalhar pacientemente esperando com fé o resultado. A comunhão quer dizer ter tudo em comum, os mesmos desejos e o mesmo amor.

 

2- Cultivar a comunhão com os outros cristãos

Cultivar é trabalhar pacientemente esperando com fé o resultado. A comunhão com os irmãos só é conseguida com muito esforço, mediante o exercício da longanimidade e da paciência, junto de muito amor para com o próximo.

A Bíblia nos diz que: “Não há um justo, nem um sequer” (Rm 3.10). Em conseqüência disto, estaremos mais propensos a relacionarmos com pessoas que enfrentam conflitos espirituais. Desta forma, o nosso maior desafio é mantermos um relacionamento prudente.

 

  1. Agindo com mansidão

A preocupação do apóstolo Paulo para com os gálatas, era que eles deixassem de ser severos com o que fraquejou (v.1; Jo 8.1-11). É óbvio que não podemos justificar o que pecou, mas também não podemos negar que muitos deles foram fortemente feridos pela falta de espiritualidade de pretensos cristãos; que ao invés de se proporem a ajuda-los, agiram com discriminação e dureza (II Co 2.7,8; Hb 12.12,13).

A expressão: “... vós, que sois espirituais...” é um desafio a um relacionamento prudente até mesmo com os que pecaram. Mostrando que ao invés de discrimina-los, devemos corrigi-los com mansidão (Rm 14.1; Tg 5.19,20); pois “o que é espiritual discerne bem tudo” (I Co 2.15).

 

  1. Agindo com santidade

“... olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado” (v. 1 a).

Vemos nestas palavras, que Paulo não estava preocupado apenas com o ofensor, mas também com o conselheiro, pois ao relacionar-se com o ofensor, ele corria o risco de também ser tentado pelo seu pecado.

Todo aquele que tem Cristo no coração é um conselheiro em potencial. Mas por não evitarem familiaridade com a ofensa do aconselhado, muitos têm se envolvido com o pecado que tanto combatiam; resultando daí, a falta de santidade e a perca da autoridade por Deus estabelecida.

A Bíblia nos diz que: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia” (I Co 10.12). Sendo assim, para que tenhamos um relacionamento prudente, o indispensável é agirmos com santidade.

 

  1. Agindo com amor

Quando Paulo fala “Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo”; ele se refere a tudo aquilo que oprime e é uma carga difícil de se suportar (Nm 11.10-15; I Rs 19.1-10; I Sm 24:5; Sl 42.5). Uma das soluções é a lançarmos sobre O Senhor (Sl 55.22; I Pe 5.7).

Por derivarem da fraqueza espiritual e principalmente do pecado, a falta de amor faz com que muitos desprezem aos portadores destas cargas. Porem, o que elas precisam é de alguém que seja prudente em seu relacionamento, que ao invés de dar margem ao preconceito, se disponha a ouvi-las com atenção.

É claro que nem sempre teremos a solução, mas para estas pessoas, o simples fato de encontrarem alguém que chorem com elas (Rm 12.15), já lhes é o suficiente para o alivio da carga.

 

Por mais difícil que seja o relacionamento com o nosso próximo, fica-nos o desafio de o amarmos como a nós mesmos. Pois: “Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (I Jo 4.20). Além do mais, se o que nos une (Cristo) é maior que as nossas divergências, façamos dEle o nosso ponto de referência.

  1. Você tem sido prudente no relacionamento com o seu próximo?
  2. Tem permitido que o equilíbrio governe seus atos?
  3. E a benignidade, ela está presente em seu relacionamento interpessoal?

 

 

3- Aceite o ministérios de líderes piedosos

Não devemos generalizar os ministérios, cada um foi chamado para um tipo de trabalho, porém todos estão trabalhando na obra de DEUS. Alguns voam mais alto, porém todos voam na mesma direção. Temos ainda hoje vários homens de DEUS, é só olhar com olhos de amor.

 

4- Exercite a vigilância e a defesa

Vigiar é preciso para não cair, pois o tropeço de muitos deve ser o nosso farol de luz alumiando nosso amanhã, no mais escuro do dia. Nossa defesa está na armadura dada por DEUS a cada um de nós ( Ef 6), porém sem fé é impossível agradar a DEUS e sem amor é impossível chegar à fé.

“A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz” (Rm. 13.12).

A carne milita contra o Espírito (Gl. 5.17), militar aqui é lutar contra. É se opor a atuação do Espírito. Quando aceitamos a Cristo o Espírito passa a habitar em nós com o seu fruto, más a velha natureza ainda persiste em nosso corpo carnal. “E os que são de Cristo crucificaram a carne com suas opiniões e concupiscências” (Gl. 5.24).

 

Conclusão

 

A FONTE DOS FRUTOS DO CRISTÃO

 

Os crentes, as vezes, perguntam-se o porquê eles permanecem lutando contra a carne nesta vida. Não é Deus Quem nos ensina que todos o bens espirituais são dEle? Nossa velha natureza não produz nada além de espinhos e roseiras bravas. Tudo o que agrada a Deus em um Cristão deve ser chamado de "fruto do Espírito."

O Cristão pode produzir bons frutos somente em submissão ao Espírito Santo. Enquanto nós nos rendemos a Ele estas características são produzidas em nossa vida. Esta verdade é ilustrada pelo Salvador em João 15:4-5, pois Ele fala de Sua Pessoa como a "videira" e a dos cristãos como as "varas". Sem uma união espiritual com Cristo através do Espírito não haveria fluxo de vida para os filhos de Deus. 

 

 

 

Lições CPAD O FRUTO DO ESPIRITO SANTO LIÇÃO N.1

1º Trimestre de 2005 

Título: O Fruto do Espírito — A plenitude de Cristo na vida do crente 

Lição 1: O Fruto do Espírito e o caráter cristão

Data: 2 de Janeiro de 2005

 

TEXTO ÁUREO

 

“Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo” (Mt 7.18,19).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O fruto do Espírito é a expressão do caráter de Cristo, produzido em nós, para que o mundo veja isso e glorifique a Deus.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda — Gl 5.22

Fruto do Espírito — a identidade do crente

 

 

 

Terça — 2Pe 1.4-7

O crente como participante da natureza divina

 

 

 

Quarta — Ef 5.9

As três faces do fruto

 

 

 

Quinta — Jo 15.1,5

A necessidade de o crente produzir fruto

 

 

 

Sexta — Lc 6.43

O fruto do Espírito revela a qualidade da árvore

 

 

 

Sábado — Rm 6.22

O objetivo do fruto do Espírito é a santificação

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Mateus 7.16-20; Lucas 6.43-45.

 

Mateus 7

16 — Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?

17 — Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus.

18 — Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons.

19 — Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.

20 — Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

 

Lucas 6

43 — Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto.

44 — Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos.

45 — O homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.

 

PONTO DE CONTATO

 

Professor, pela graça de nosso Deus, iniciamos um novo ano e mais um trimestre. No ano de 2004, estudamos dois temas da Teologia Sistemática (Espírito Santo e Escatologia), um de Teologia Prática (Família Cristã) e um de Bíblia (Colossenses).

Neste trimestre, meditaremos no estudo temático do Fruto do Espírito, o qual refere-se à habitação e obra do Espírito no interior do crente visando formar o caráter de Cristo em sua vida. Portanto, é necessário que estejamos na presença de Deus a fim de que Ele nos use como instrumentos para a edificação de nossos alunos.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Definir o princípio da frutificação espiritual.

Explicar o sentido de “vida frutífera”.

Descrever os propósitos da frutificação espiritual.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

O termo fruto no Novo Testamento é a tradução do original karpos, que tanto pode significar “o fruto”, quanto “dar fruto”, “frutificar” ou ser “frutífero” (Mt 12.33; 13.23; At 14.17). Na Bíblia, também é empregado em sentido figurado para indicar o resultado de algo, por exemplo: o produto do ventre e dos animais (Dt 28.11); o caráter do justo (Sl 1.30; Pv 11.30); a índole do ímpio e as atitudes dos homens (Pv 1.29-32; Jr 32.19); a mentira (Os 10.13); a santificação (Rm 6.22); a justiça (Fp 1.11), o arrependimento (Lc 3.8) etc.

No texto de João 15, Jesus se apresenta como a Videira Verdadeira e utiliza-se de uma simbologia já existente no Antigo Testamento, onde a árvore representa o homem (Jz 9.7-15; Sl 1.3), e a vinha, Israel (Is 5.1-7; Jr 2.21; Os 10.1). A árvore produz fruto segundo a sua espécie (Gn 1.11). Espécie, no original, mim, designa “especificação” ou “ordem”, portanto, a qualidade do fruto aponta para o caráter de sua árvore (Gn 1.12; Mt 7.17,18). Logo, o crente regenerado pelo Espírito Santo deve originar fruto que dignifique e reflita o caráter moral de Cristo.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Professor, para esta atividade, você precisará de uma cartolina ou papel camurça verde, vermelho e marrom. O verde será usado para fazer a copa da árvore; o marrom, o tronco (opcional); e o vermelho, o fruto. Com este material, construa uma árvore proporcional à sala e ao mural de que sua classe dispõe. Com a folha vermelha, confeccione nove frutos que corresponderão às virtudes de Gálatas 5.22. Todos os domingos, cada aluno deverá escrever num fruto seu nome e a virtude referente à lição que for ensinada, e fixá-lo na árvore. Mediante esta atitude, os alunos estarão demonstrando o fruto em sua vida ou o desejo de produzi-lo. A tendência natural é o papel descolorir durante o trimestre, no entanto, o aluno deverá trocar, cuidar ou fazer a manutenção deste para que isto não ocorra. Assim, o fruto deve ser cultivado em nossas vidas.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Num de seus últimos ensinamentos aos discípulos, Jesus discorreu sobre a importância da frutificação espiritual (Jo 15.1-5). O Mestre fez uma analogia da videira e seus ramos com Ele e o crente, para ensinar que este precisa daquEle, a fim de tornar-se semelhante a Cristo. É o Espírito Santo que produz o fruto em nós à proporção que lhe entregamos a vida.

Para que o fruto seja gerado, é necessário que haja uma relação de interdependência entre o tronco e seus ramos. Jesus declarou aos discípulos que viera ao mundo com a missão de revelar-lhes o Pai. E que, ao partir, enviaria o Espírito Santo para estar com eles, ajudando-os em todas as coisas. Assim como Jesus fez-se homem para revelar o Pai à humanidade, o Espírito habita no crente a fim de que Cristo seja conhecido (1Co 6.19).

Nesta lição, estudaremos o fruto do Espírito, o caráter de Cristo no crente, e como é produzido em nossa vida através do Espírito Santo, objetivando a glorificação do nome de Deus.

 

  1. O PRINCÍPIO DO FRUTO DO ESPÍRITO

 

O princípio da frutificação encontra-se em Gênesis 1.11. Note que cada planta e árvore devia produzir fruto segundo a sua espécie.

A frutificação espiritual segue a mesma regra. João Batista exigiu de seus discípulos: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8). Em João 15.1-16, Jesus enfatizou este princípio esclarecendo aos seus seguidores que, a fim de se desenvolverem espiritualmente, precisavam apresentar abundante fruto para Deus.

De que tipo de fruto Jesus estava falando? A resposta encontra-se em Gálatas 5.22. Por conseguinte, o fruto do Espírito desenvolve no crente um caráter semelhante ao de Cristo, que reflete a imagem de sua pessoa e a natureza santa de Deus.

 

  1. A VIDA CONTROLADA PELO ESPÍRITO

 

  1. Vida frutífera. Quando o crente não se submete ao Espírito, cede aos desejos da natureza pecaminosa. Mas, ao permitir que Ele controle sua vida, torna-se um solo fértil, onde o fruto é produzido. Mediante o Espírito, conseguimos vencer os desejos da carne e viver uma vida frutífera.
  2. a) Segredo da batalha espiritual. Para ser vencedor nesta batalha, o segredo é andar no Espírito (Gl 5.24,25). Como fazemos isto? Ouvindo a sua voz, seguindo a sua liderança, obedecendo às suas ordens, confiando nEle e dependendo dEle.
  3. b) Fruto e obras. Para mostrar o quanto é acentuado o contraste entre as obras da carne e o fruto do Espírito, o escritor aos Gálatas alistou-os no mesmo capítulo (Gl 5). Desde que o Espírito Santo dirija e influencie o crente, o fruto se manifestará naturalmente nele (Rm 8.5-10). Da mesma maneira acontece ao ímpio, cuja natureza pecaminosa é quem o governa.
  4. c) Fruto conforme a espécie. Cada um produz fruto segundo a sua espécie. Em João 14.16, lemos as palavras de Jesus aos discípulos: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre”. A palavra outro, no original, denota “outro da mesma espécie”. O Espírito Santo é da mesma espécie que Jesus. Logo, é de sua natureza produzir um caráter semelhante ao de Cristo no crente. É da natureza da carne pecaminosa produzir maldade.

A Palavra de Deus é absoluta ao declarar que “os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus” (Gl 5.21b). Estas obras da carne são características dos que vivem em pecado (Rm 7.20).

  1. Maturidade e equilíbrio cristãos. A Palavra de Deus afirma que o crente é recompensado ao dar toda a liberdade ao Espírito Santo para produzir, em seu interior, as qualidades de Cristo. O capítulo 1 de 2 Pedro trata da necessidade de o crente desenvolver as dimensões espirituais da vida cristã. Com este crescimento, vem a maturidade e a estabilidade fundamentais para uma vida vitoriosa sobre a natureza velha e pecaminosa do homem (2Pe 1.10b.11).

 

III. A SINGULARIDADE DO CARÁTER CRISTÃO

 

  1. A pessoa é identificada pelo seu fruto. Em Mateus 7.15-23, deparamo-nos com declarações notáveis, proferidas pelo Mestre, acerca da importância do caráter. Assim como nós, os falsos profetas são reconhecidos pelo tipo de fruto que produzem (Mt 7.16-19).
  2. Os sinais contestados pelo fruto. Jesus acrescentou que algumas pessoas fariam muitas maravilhas, expulsariam demônios em seu nome, porém, Ele jamais as conheceria (Mt 7.22,23). Como é possível? A resposta é encontrada em 2 Tessalonicenses 2.9. Este trecho bíblico comprova ser possível Satanás imitar milagres e dons do Espírito. Contudo, o fruto do Espírito é a marca daqueles que possuem comunhão com o Senhor (Mt 7.17,18; 1Jo 4.8), e jamais poderá ser imitado.

 

  1. OS PROPÓSITOS DA FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL

 

Ao considerarmos os propósitos da frutificação espiritual, constataremos quatro palavras relacionadas ao fruto do Espírito: expressão, discipulado, bênção e glória.

  1. Expressar o caráter de Cristo. Todo fruto revela sua árvore de origem. Da mesma maneira, como membros do corpo de Cristo, devemos refletir naturalmente o seu caráter para que o mundo o veja em nós. Quando as pessoas tomam conhecimento de nossa confissão cristã, podemos vir a ser a única bíblia que muitas delas “lerão”.
  2. Evidenciar o discipulado. Jesus ensinou que devemos dar “muito fruto” a fim de confirmarmos que somos seus discípulos (Jo 15.8). Ele ressaltou que todo discípulo bem instruído será como o seu mestre (Lc 6.40). Isto significa que não é o bastante aceitar Jesus para afirmar: “Veja, sou crente!” Ele deseja que produzamos muito fruto. Se assim fizermos, estaremos demonstrando que verdadeiramente somos seus discípulos.
  3. Abençoar outras pessoas. A manifestação do fruto abençoa os ímpios que nos cercam e também os crentes que veem a evidência do fruto espiritual em nós.
  4. Glorificar a Deus (Jo 15.8). O fruto do Espírito é o resultado de uma vida abundante em Cristo. Quando permitimos que a imagem dEle seja refletida em nós, as pessoas glorificam a Deus (Mt 5.16).

 

CONCLUSÃO

 

Se entregarmos todo o controle de nossa vida ao Espírito Santo, Ele, infalivelmente, vai produzir o seu fruto em nós através de uma ação contínua e abundante. Como cristão, tudo que concerne ao caráter santificado, ou seja, a nossa semelhança com Cristo, é obra do Santo Espírito “até que Cristo seja formado em vós” (Gl 4.19).

 

VOCABULÁRIO

 

Analogia: Comparação; semelhança entre duas coisas.

Andar no Espírito: No original, é andar em linha reta e adequadamente.

Carne: Termo que descreve a natureza pecaminosa da alma.

Interdependência: Dependência entre dois elementos.

Maturidade: Perfeição; idade madura; sensatez.

Por conseguinte: Consequentemente; logo.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. CPAD, 2003.

 

EXERCÍCIOS

 

  1. Qual é o princípio da frutificação?
  2. Cada planta e árvore deve produzir fruto segundo a sua espécie.

 

  1. Qual é o segredo para vencer a batalha contra a carne?
  2. Andar no Espírito.

 

  1. Como os falsos profetas são reconhecidos?
  2. Pelo tipo de fruto que produzem.

 

  1. Faça uma lista do fruto do Espírito conforme Gálatas 5.22.
  2. Caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança.

 

  1. Quais os propósitos da frutificação espiritual?
  2. Expressar o caráter de Cristo, evidenciar o discipulado, abençoar outras pessoas e glorificar a Deus.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Teológico

 

“A vida na carne e a vida sob a lei são ambas sujeitas à stoicheia, ou “princípios básicos” da vida (Gl 4.3,9). Estar debaixo da lei é estar sujeito a um pedagogo severo (3.24). Deste modo, aqueles que são guiados pela carne e são sujeitos à lei continuarão a experimentar o fracasso moral e um medo terrível do juízo.

Nada disso se aplica àqueles que são guiados pelo Espírito Santo, porque a natureza e a função do Espírito são opostas à lei e à natureza pecaminosa [...]. O Espírito não ministra opressão e escravidão, mas liberdade e poder. O Espírito unge para libertar os cativos e para adotar os fiéis na liberdade gloriosa dos filhos de Deus (Lc 4.18; Rm 8.15,16,21). Em contraste com a impotência da lei, o Espírito nos capacita a realizar o reino na terra (At 2.4; 1Co 2.4; 12.1-31; 14). Embora a lei tenha sido enfraquecida devido à natureza pecaminosa, o Espírito mortifica as ações daquela natureza (Rm 8.3,13). A lei acentua nossas fraquezas (7.8-10), mas o Espírito administra força em lugar destas (8.26). Portanto, o crente cheio do Espírito não está debaixo da lei, e consequentemente não é guiado pela natureza pecaminosa (Gl 5.18).

Os judaizantes não só minaram a sã doutrina na Galácia, mas também destruíram a atmosfera espiritual das igrejas (5.15). Toda a sua pauta era baseada na natureza pecaminosa, não no Espírito (4.8-10,17). Por estas razões, Paulo começa a contrastar as obras da natureza pecaminosa com o fruto do Espírito em 5.19-23. Tais listas de virtudes e vícios são encontradas ao longo de todo o Novo Testamento (Rm 1.24-31; 1Co 5.9-13; 6.9-11; 2Co 12.20,21; 1Ts 4.3-6). Estas também eram comuns no mundo antigo, especialmente entre os filósofos estóicos. Paulo reconhece que até mesmo os gentios podem discernir entre o certo e o errado. Neste sentido, tornam-se parte da lei (Rm 2.26,27).

[...] Paulo continua a contrastar ‘o fruto do Espírito’ com as obras da natureza pecaminosa. Assim como a natureza pecaminosa se manifesta de diferentes modos, o fruto do Espírito tem uma variedade de expressões. O termo ‘fruto’ (karpos) está no singular e mostra a unidade essencial do fruto do Espírito. Em outras palavras, o crente cheio do Espírito deve demonstrar todas as características do Espírito, não apenas esta ou naquela virtude” (ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. RJ: CPAD, 2003, pp.1180-2.)