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A TRANSMISSÃO DA BÍBLIA
A TRANSMISSÃO DA BÍBLIA

                             A TRANSMISSÃO DA BÍBLIA

 

Como a Bíblia chegou até nós, na forma em que a conhecemos? Essa é a pergunta que não se cala entre crentes e descrentes. Em qualquer lugar do mundo é possível acessar a Bíblia na forma de livro. Ela á foi traduzida para mais de 1.600 idiomas e dialetos. Porém, há mais de 4.000 povos que ainda não podem ler as Escrituras em sua própria íngua. Eis aí um enorme desafio Dara a igreja do Senhor Jesus.

 

 A transmissão oral. Nos tempos mais remotos, conforme registros do Antigo Testamento, o Senhor comunicava-se com o homem verbalmente. Tanto é que lá no Éden, ele fora advertido pessoalmente pelo Eterno que não comesse do fruto da "árvore da ciência do bem e do mal" (Gn 2.17). Todavia, ordem divina não foi cumprida, acarretando o drástico fim da comunhão entre Deus e sua principal criatura.

 

  1. a) No período antediluviano. Antes do Dilúvio, a Palavra de Deus fora transmitida oralmente por 1.656 anos, aproximadamente. Esse período envolve os capítulos 1 a 5 de Gênesis, isto é, de Adão ao dilúvio. Época em que Deus criou os céus e a terra, o homem e os demais seres vivos; nesse período, deu-se o crescimento e o desenvolvimento do ser humano, e a corrupção geral do gênero humano, que culminou com o juízo divino sobre a humanidade.

 

  1. b) Do dilúvio a Abraão. Esse período compreende 1.427 anos, e envolve os capítulos 6 a 11 de Gênesis. Nesta época, Deus alertara Noé acerca do dilúvio, salvando a vida de oito pessoas: o patriarca, sua esposa, os três filhos (Sem, Cão e Jafé), e suas três noras. Se fizermos uma leitura cuidadosa das Escrituras verificaremos que Abraão transmitiu a Palavra de Deus oralmente a Isaque, e que essa mesma tradição perdurou até os dias de Moisés. Este, bem informado sobre os fatos transmitidos por seus pais, teve plena condição de ser o primeiro escritor humano da Bíblia Sagrada. "Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro e relata-o aos ouvidos de Josué..." (Êx 17.14).

 

  1. c) A Palavra de Deus transmitida por nove homens. Desde o dia em que Deus falara a Adão (Gn 1.28), até a época em que ordenara a Moisés escrever sua Mensagem (Êx 17.14), nove homens receberam o encargo da transmissão oral: Adão (930 anos) falou a Lameque (777 anos); este, a Noé (950 anos); este, a Abraão (175 anos); este, a Isaque (180 anos); este a Jacó (147 anos); este a Coate (133 anos); este a Anrão (137 anos); e este a Moisés (120 anos). A despeito da longevidade desses patriarcas, foi o próprio Deus que, milagrosamente, assegurou a fidelidade da transmissão de sua Palavra.

 

A transmissão escrita da Bíblia. Os chamados "livros canônicos" da Bíblia foram reunidos ao longo de 1600 anos; e isso se deu de forma especial e impressionantemente harmônica. Só a predominância da vontade de Deus sobre a mente humana pode explicar como cerca de 40 escritores puderam escrever os livros da Bíblia a partir de condições e circunstâncias tão diversas.

 

  1. a) Deus, o único autor da Bíblia. A despeito de Deus ser o único autor da Bíblia e de ter inspirado a todos os demais escritores, Ele mesmo se incumbiu dos primeiros registros das Escrituras: "E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte Sinai) as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus" (Êx 31.18; 32.16; Dt 4.13; 10.4). Trata-se, aqui, do Decálogo, um resumo eloquente e poderoso de toda ética bíblica.

 

  1. b) Moisés, o primeiro escritor. Deus ordenou a Moisés que escrevesse num livro as orientações a seu sucessor, Josué: "Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro e relata-o aos ouvidos de Josué..." (Êx 17.14). Moisés tornou-se, desta forma, o primeiro escritor humano das Sagradas Escrituras. A Bíblia afirma que ele "escreveu todas as palavras do Senhor" (Êx 24.4); e que também, por ordem divina, guardou o livro da Lei "ao lado da arca do concerto do Senhor" (Dt 31.26).

    

 

 

 

                                O cânon bíblico

 

 A palavra "cânon", antigamente, referia-se a uma haste usada para medir (Ez 40.3). Mais tarde, passou a significar regra, norma, ou padrão de medida (Gl 6.16; Fp 3.16). Aplicada à Bíblia, "cânon" é o conjunto de livros inspirados por Deus que transmitem a vontade do Eterno para sua Igreja, regulamentando a vida e a conduta de fé dos cristãos. O cânon do Antigo Testamento foi plenamente concluído em 1.046 anos, aproximadamente; e o do Novo, por volta do ano 100 d.C.

 

 

.                O significado do cânon do Novo Testamento hoje

 

Na consideração do longo processo da formação do cânon surgem muitas perguntas: Por que a igreja de Jesus Cristo necessita de um cânon dos escritos autorizados? A igreja não está ligada diretamente ao seu Senhor por meio do Espírito Santo, que ainda hoje quer dirigir a igreja a toda a verdade?

Se o processo da formação do cânon levou tantos anos, por que deveria ter terminado com as decisões do século IV? Não seria necessário testar os 27 escritos novamente nos dias de hoje para verificar se são de fato canônicos?Será o cânon dos escritos do Novo Testamento uma real ajuda para evitar desvios nos ensinos da igreja cristã? O ponto crucial não está na interpretação desses escritos?

Em uma Introdução e Síntese como esta, essas perguntas só podem receber um tratamento muito breve.

Se a igreja de Jesus Cristo não tivesse um cânon dos escritos aceitos, os visionários e profetas não poderiam ser provados. Qualquer um pode fazer a reivindicação de que está falando em nome do Espírito Santo. Os 27 livros canônicos do Novo Testamento têm comprovado serem um padrão confiável de discernimento entre revelação de Deus e inspiração humana por quase 2.000 anos de história da igreja. O Espírito de Deus que fala hoje é o mesmo Espírito que dirigiu os autores desses livros e que cuidou de todo o processo de formação do cânon. Ele faz a ligação entre a nossa fé e vida e aquilo que Deus, de uma vez por todas, nos revelou por meio de Jesus Cristo.

  1. Maier4 se posicionou contra a tentativa de redefinir o cânon, na polêmica com E. Käsemann.5 Maier rejeita a tentativa de se redefinir os limites do cânon com os seguintes argumentos: “Em vista da situação descrita, exegetas e teólogos buscam há mais de 200 anos o cânon dentro do cânon, isto é, a palavra normativa de autoridade divina. Esse empreendimento de 200 anos foi a pique, já que ninguém está em condições de definir o cânon dentro do cânon com convicção e clareza. Visto que cada um define o cânon dentro do cânon de forma diferente e faz isso sem muita fundamentação (leia-se, por livre escolha), subjetividade desmesurada acabe se tornando autoridade sobre aquilo que deve possuir autoridade divina”.6 Por esses motivo, eu também considero desnecessária a discussão sobre os limites do cânon.

 

É verdade que muito depende da interpretação dos escritos canônicos. Por isso a hermenêutica merece atenção especial. Entretanto, ela seria impossível, se não estivesse definido antes pelo menos o que precisa ser interpretado. O cânon do Novo Testamento ajuda também a verificar se os métodos da hermenêutica são apropriados ou não.

Por isso só podemos agradecer a Deus porque mesmo nas igrejas cristãs tão divididas ainda temos hoje um cânon de 27 livros que servem de fundamento para a fé cristã. O objetivo dessa Síntese e Introdução é facilitar a compreensão desses livros. Por isso foi dada tanta atenção à questão da autoria, porque a originalidade, ou seja, a proximidade com a revelação, foi um critério decisivo para a confirmação dos livros como canonicos.

 mauricioberwald.comunidaes.net