LIÇÕES CPAD ETICA CRISTÃ 3 TRIM-2002
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2002
Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 1: A ética cristã face a ética dos homens
Data: 7 de Julho de 2002
TEXTO ÁUREO
“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem”(Ec 12.13).
VERDADE PRÁTICA
O cristão, como sal da terra e luz do mundo, não só deve ser diferente, mas seu comportamento como cristão deve ser um referencial para a sociedade.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 5.20
O crente e a justiça
Terça - Mt 5.28
O crente e o pensamento
Quarta - Mt 5.37
O crente e o falar
Quinta - Mt 7.12
O crente e a lei áurea
Sexta - Mt 18.22
O crente e o perdão
Sábado - Mt 7.1
O crente e o julgamento
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 14.22,23; 1 Coríntios 10.1-12,23,31,32.
Romanos 14
22 - Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.
23 - Mas aquele que tem dúvidas, se come, está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado.
1 Coríntios 10
1 - Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar,
2 - e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,
3 - e todos comeram de um mesmo manjar espiritual,
4 - e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.
5 - Mas Deus não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto.
6 - E essas coisas foram-nos feitas em figura para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.
7 - Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber e levantou-se para folgar.
8 - E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram e caíram num só dia vinte e três mil.
9 - E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram e pereceram pelas serpentes.
10 - E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor.
11 - Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.
12 - Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe para que não caia.
23 - Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.
31 - Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.
32 - Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.
PONTO DE CONTATO
As lições desse trimestre colocam em pauta temas pertinentes tanto à sociedade em geral como aos cristãos de modo particular. Argua seus alunos informalmente sobre o significado de ética. O que entendem por comportamento ético? Como a ética pode ser aplicada ao cotidiano? Peça-lhes para descrever características do que consideram atitudes antiéticas. Não espere deles definições científicas. Explore todas as possibilidades expressadas em suas respostas. Não se preocupe em tratar o assunto como uma questão fechada. Conduzi-los à reflexão deve ser o ponto alto desta lição.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Como investigadora da conduta ideal, a ética propõe questões que avaliam os passos do homem apreciadas do ponto de vista do bem e do mal.
Sendo assim, seu estudo foge do âmbito estritamente humano e passa a ser motivo de aferição fundamentada na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada que não muda ao sabor das circunstâncias.
Ética é uma questão pessoal ou coletiva? Quais as implicações decorrentes do comportamento antiético para a igreja local, para a comunidade onde ela está inserida e para a comunidade cristã como um todo? É possível ser ético sem afastar-se do convívio com não crentes? Isolar-se seria uma solução? A não observação dos preceitos éticos é a mesma coisa que pecar?
Se fosse possível reduzir o conceito de ética, a máxima poderia ser: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós...” (Mateus 7.12).
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Prepare-se convenientemente para as próximas lições! Como você pode constatar, os temas deste trimestre não são fáceis. Portanto, não perca tempo, pesquise o máximo que puder. Visite uma boa biblioteca. Estude com afinco todos os dias da semana. Observe os seguintes princípios:
COMENTÁRIO
introdução
Entender o que é certo e o que é errado, num mundo em que estão invertidos os valores morais gravados por Deus na consciência do ser humano e ao mesmo tempo exarados no Livro do Senhor, não é tarefa fácil. Graças a Deus, temos o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu: a Palavra de Deus. Ela é lâmpada e luz divinas, tanto para nosso ser interior como para nosso viver exterior. Neste trimestre, apresentaremos uma visão panorâmica da Ética partindo do ponto de vista bíblico sobre o qual o cristianismo fundamenta seus valores. Esperamos contribuir para o entendimento do assunto, tecendo considerações sobre alguns casos éticos típicos, considerando o limitado espaço dos comentários que não permite uma abordagem mais ampla.
Para compreendermos melhor o sentido de Ética, vejamos, de forma sintética, em que se constituem os outros aspectos aos quais ela está agregada no contexto filosófico.
Dentre suas muitas acepções, filosofia é o saber a respeito das coisas, a direção ou orientação para o mundo e para a vida e, finalmente, consiste em especulações acerca da forma ideal de vida. Em suma, é a história das ideias. Tudo isto sob a ética humana. Precisamos aferir o pensamento humano com os ditames da Palavra de Deus que são terminantes, peremptórias, finais. O homem, seja ele quem for, é criatura, mas Deus é o Criador (Os 11.9; Nm 23.19; Rm 1.25; Jó 38.4).
Todos os campos de pensamento e de atividades têm suas respectivas filosofias. Há uma filosofia da biologia, da educação, da religião, da sociologia, da medicina, da história, da ciência etc. Consideremos entretanto, os seis sistemas acima mencionados que foram sistematizados por três antigos pensadores: Sócrates, Platão e Aristóteles.
Existem inúmeros argumentos e considerações acerca deste tema, que será tratado aqui do ponto de vista da ética bíblica a qual expõe Deus como fundamento e alvo da conduta ideal.
O termo ética, ethos, aparece várias vezes no Novo Testamento, significando conduta, comportamento, porte e compostura (habituais).
A ética cristã deve ser fundamentada no conhecimento de Deus como revelado na Bíblia, principalmente nos ensinos de Cristo, de modo que “...ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co 5.15; Ef 2.10).
Há outras modalidades, formas e expressões da ética secularista, como o situacionismo, o absolutismo e o hierarquismo, mas nada disso se coaduna ou se enquadra na ética bíblica, tanto a declarativa, como a tipológica e a ilustrativa. Estamos mencionando estas formas aqui porque o mundo fala muito nelas, mas não as cumpre.
O cristão ortodoxo na sua fé, e fiel ao seu Senhor, terá sempre no manancial da Palavra de Deus tudo o que carece sobre a ética, na sua expressão prática em forma de conduta, compostura, costumes, usos, hábitos e práticas diuturnas da nossa vida para agradar a Deus e dar bom testemunho dEle diante dos homens.
CONCLUSÃO
As abordagens éticas humanas são todas contraditórias. Como seus autores, humanos e falhos. Uma, como vimos, procura suprir as deficiências das outras. As abordagens éticas conflitam entre si, deixando um rastro de dúvida e confusão em sua aplicação. Por isso, devemos ficar com a Palavra de Deus, que não confunde o crente, nem pode ser deixada de lado ao sabor dos meios, dos fins ou das situações. A Palavra de Deus satisfaz plenamente.
VOCABULÁRIO
Absolutista: Dominador, tirânica, despótica.
Circunstância: Situação, estado ou condição de coisa(s) ou pessoa(s), em determinado momento.
Coadunar: Juntar, incorporar, reunir; conformar, combinar.
Estética: Tradicionalmente, estudo racional do belo, quer quanto à possibilidade da sua conceituação, quer quanto à diversidade de emoções e sentimentos que ele suscita no homem.
Gnosiologia: Conhecimento, sabedoria.
Induzir: Causar, inspirar, incutir; inferir, incitar, sugerir, persuadir.
Lógica: Conjunto de estudos que visam a determinar os processos intelectuais que são condição geral do conhecimento verdadeiro.
Metafísica: Filosofia, ou parte da filosofia, cujo objetivo é a investigação da realidade última das coisas. Seu ramo de estudo é a essência do ser. É o estudo do ser enquanto ser. A Metafísica é também conhecida como Filosofia Primeira.
Radicalista: Doutrina ou comportamento dos que visam a combater pela raiz as anomalias sociais mediante a implantação de reformas absolutas.
Subjetivista: Tendência a reduzir toda a existência à existência do pensamento em geral; idealismo subjetivo.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COUTO, G. A Transparência da Vida Cristã. CPAD.
CABRAL, E. A Síndrome do Canto do Galo: Consciência Cristã. Um Desafio à Ética dos Tempos Modernos. CPAD.
HOLMES, A. F. Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. CPAD.
PALMER, M. D. (ed.) Panorama do Pensamento Cristão. CPAD.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“Princípios morais, que são os mais abrangentes e importantes conceitos éticos, não se aplicam a algumas atividades, mas a todas.
São, portanto, princípios sem exceção, que não cedem a qualquer tipo de conveniência. ‘Que é o que o Senhor pede de ti... senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?’ (Mq 6.8). Nunca estamos dispensados de agir em justiça e amor.
Observe esses dois princípios neste contexto. Ambos se referem a pessoas, à maneira justa de tratá-las, e interesse em seu bem (bem mais elevado, e não apenas alegria ou sucesso na vida). ‘O Senhor faz... justiça a todos os oprimidos’ (Sl 103.6) e devemos fazê-lo também. Leis justas, governo justo, economia justa, preços justos, salários justos, relações equânimes entre marido e mulher fiéis um ao outro, relação pacífica equânime também entre as nações deste mundo. Devem ser esses os nossos conceitos, pois procedem de Deus (Is 9.2-7; 11.1-5). A justiça é um princípio distributivo que trata igualmente as pessoas” (Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. CPAD, pág.60).
“A relevância do sal e da luz pode ser notada pelos efeitos que exercem. Se o sal for insípido, perderá totalmente o seu valor. Se a luz estiver apagada ou escondida, nenhum benefício trará ao ambiente. Partindo desse pressuposto, há três aspectos em que se espera a valorização da relevância cristã.
O primeiro é pelo exemplo. Atitudes falam mais alto do que mil palavras. Quando o nosso comportamento não condiz com o que falamos, de nada adianta eloquência e verbosidade, porque o que fica é a marca do que fazemos. As palavras vão ao vento, mas os traços do nosso exemplo, bom ou ruim, permanecem. A falta de lisura e nitidez em nossas ações leva-nos à perda da credibilidade naquilo que propomos e à consequente ausência de relevância do ponto de vista da fé. Foi o testemunho de Eliseu que permitiu à sunamita identificá-lo como homem de Deus.
Nossos atos podem ser positivos ou negativos e sempre terão influência para o bem ou para o mal. Quanto mais a nossa vida é exposta ao público, os rastros de nossas ações terão número cada vez mais considerável de seguidores, que, em muitos casos, não questionarão o que fazemos, mas simplesmente copiarão o nosso modelo tal é a força do exemplo” (A Transparência da Vida Cristã. CPAD, pp.51,52).
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Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2002
Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 2: A ética cristã e os dez mandamentos
Data: 14 de Julho de 2002
TEXTO ÁUREO
“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido” (Mt 5.17,18).
VERDADE PRÁTICA
Jesus não cancelou os dez mandamentos. Em sua doutrina, Ele deu-lhes um caráter notadamente espiritual e abrangente, valorizando mais o interior do homem, sem desmerecer seu exterior.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dt 4.6
Sabedoria nos mandamentos
Terça - Ec 12.13
O dever de todo homem
Quarta - Dt 4.1
Cumprir a lei do Senhor para viver
Quinta - Rm 7.12
A lei é santa e boa
Sexta - Rm 13.9
Amar — o resumo da lei
Sábado - Tg 4.11
Juiz da lei. Julgando a lei sem cumpri-la
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 5.17-21.
17 - Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.
18 - Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.
19 - Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.
20 - Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.
21 - Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.
PONTO DE CONTATO
Interagir é sempre um bom começo para iniciar um bate-papo, uma conversa franca, uma aula. Discuta com seus alunos os conceitos de essência e aparência, interior e exterior, perecível e perenal, transitório e eterno. Relacione as características de cada termo e observe quais têm vida de curta, média e longa duração. Busque na Bíblia exemplos de pessoas que valorizaram o efêmero em detrimento do permanente e sofreram depois porque perderam a bênção de Deus. Exemplos: Ló, Sansão, Esaú, o jovem rico e Judas. Reflita com eles sobre a dificuldade que muitos enfrentam ainda hoje em permanecer fiéis aos votos, compromissos e vontade divina. Aos olhos de Deus todo erro é condenável. O orgulhoso é tão pecador quanto o assassino. Aliás, essa foi a razão da queda de Lúcifer.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Se o estudo da ética está subordinado à apreciação da conduta humana, ele é, acima de tudo, uma observação do exercício da vida diária, da prática do que é justo e reto movido pela obediência às Escrituras. Não pense que os dez mandamentos foram abolidos com a chegada do Evangelho. Ao contrário, a ética cristã está baseada no Decálogo, coroada pelo amor e graça de Deus. Jesus é a expressão máxima de inauguração deste novo procedimento ao lançar o foco de atenção para o interior do homem, buscando nele o que poderia haver de mais precioso, um coração puro. Quando isto não era possível, Ele mesmo operava o milagre da regeneração cumprindo a razão única de sua manifestação em carne: “Eu vim para que tenham vida...”.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Pontos importantes a serem considerados pelo professor: Cative a atenção do seu aluno! Faça-o agir!
Será que, ao ensinar, Jesus usou técnicas especiais para conseguir a atenção de seus ouvintes? A atenção não é o elemento principal da comunicação, mas é o veículo que transporta a mensagem da lição, dos celeiros do professor para a terra fértil da mente do aluno.
A lição pode ser ótima; o texto, muito bem escrito; os recursos visuais, variados; o conteúdo, centrado nas Escrituras; o objetivo pode estar bem definido de modo que todos vislumbrem o resultado. Entretanto, se a lição não sair do papel e penetrar no consciente do aluno, motivando-o a agir, pode-se dizer que quase nada foi feito em relação a educação cristã relevante.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Decálogo: Os Dez Mandamentos revelados por Deus, por meio de Moisés. Os primeiros cinco dizem respeito aos deveres do homem para com o Senhor; os outros cinco, do homem para com o semelhante.
Jesus declarou enfaticamente no Sermão do Monte que não veio descumprir a lei e, sim, cumpri-la, e o fez, de forma plena em relação ao que o povo de Israel praticava na antiga aliança. Assim, podemos ver que a ética cristã tem por base o decálogo, no que concerne a seu aspecto espiritual e moral, e posta em prática através do amor e da graça de Deus. A ética procedente dos dez mandamentos tem seu apogeu na ética cristã, no ensino e na vida de Cristo, como nos mostram os Evangelhos.
CONCLUSÃO
Nesta lição, vemos que os princípios espirituais e morais do Decálogo integram-se às leis do reino de Cristo, expostas no Sermão do Monte. Os antigos cumpriam os mandamentos e estatutos, em Israel, de modo formal e frio; se, para os homicidas havia condenação, os que odiavam ficavam impunes. Contudo, Jesus deu aos mandamentos um sentido muito mais elevado, aprofundando e ampliando o seu entendimento, tornando-os instrumentos da justiça, bondade e amor de Deus.
VOCABULÁRIO
Ab-rogar: Pôr em desuso; anular, suprimir, revogar, derrogar.
Categórico: Claro, explícito, positivo.
Escabelo: Banco pequeno para descanso dos pés.
Funesto: Que fere mortalmente; fatal, mortal; danoso, nocivo, ruinoso.
Incisivo: Decisivo, pronto, direto, sem rodeios.
Lisonjeiro: lisonjear servilmente, adulador, bajulador.
Revogar: Tornar nulo, sem efeito; anular, invalidar.
Sinédrio: Supremo tribunal dos judeus, formado por sacerdotes, anciãos e escribas — julgava os atos criminosos e administrativos, referentes às tribos ou a cidades, até a destruição de Jerusalém em 70 d.C. Ocupava-se, também, da religião prática: o cuidado com o Templo e a investigação dos direitos dos mestres religiosos.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COUTO, G. A Transparência da Vida Cristã. CPAD.
HOLMES, A. F. Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. CPAD.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“Assim, todas as normas cerimoniais, morais ou cívicas da lei mosaica, apesar do seu caráter local e transitório, não cabendo à igreja observá-las na realidade cultural contemporânea, foram embasadas nos princípios de caráter explicitamente moral e espiritual que aparecem na mesma lei, cuja universalidade está clara nas Escrituras. São válidas para ‘todas as pessoas, em todas as épocas e em todos os lugares’. São esses princípios que o Senhor reitera no Sermão do Monte e declara de maneira contundente a sua importância como marco distintivo do Reino de Deus. São referenciais permanentes e imutáveis que se aplicam em qualquer cultura e expressam não só o padrão de santidade exigido por Deus, mas também o tipo de reação que se espera do crente diante das diferentes circunstâncias da vida” (A Transparência da Vida Cristã. CPAD, p.71).
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3º Trimestre de 2002
Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 3: O cristão e a guerra
Data: 21 de Julho de 2002
TEXTO ÁUREO
“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Ele” (Rm 13.1).
VERDADE PRÁTICA
O cristão tem dupla cidadania: a terrena e a celestial. Assim, deve cumprir os deveres do Estado dando a César o que é de César, e cumprir os preceitos de Deus dando-lhe o que é devido.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Sm 16.1b
Um rei provido por Deus
Terça - Dn 2.47
Deus domina os reinos
Quarta - Mt 22.21
A Deus o que é de Deus
Quinta - Jo 19.11
De Deus vem a autoridade
Sexta - 1 Tm 2.2
Orando pelas autoridades
Sábado - Êx 20.13
“Não matarás”
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 15.3; Números 31.3; Romanos 13.1-5.
Êxodo 15
3 - O Senhor é varão de guerra; o Senhor é o seu nome.
Números 31
3 - Falou, pois, Moisés ao povo, dizendo: Armem-se alguns de vós para a guerra e saiam contra os midianitas, para fazer a vingança do Senhor nos midianitas.
Romanos 13
1 - Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.
2 - Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
3 - Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.
4 - Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
5 - Portanto,é necessário que lhe estejais sujeitos, nãosomentepelocastigo,mas também pela consciência.
PONTO DE CONTATO
Conceitue, com a colaboração de seus alunos, a palavra orgulho. Anote, se possível em um quadro, descrições que sugiram um indivíduo orgulhoso. Em seguida, peça que cada um faça breve relato de como ele se imagina. Compare com as descrições. Todos ficarão surpresos. “Nós somos a soma do que pensamos ser, mais aquilo que os outros pensam de nós”.
Qual a origem das guerras? Orgulho ferido ou exacerbado talvez. O que desencadeia uma guerra senão o sentimento de altivez e o conceito exagerado que alguém possui de si mesmo? Discuta este tema com seus alunos adaptando-o a todos os níveis de relações, desde o familiar até às grandes guerras mundiais. Converse francamente com eles sobre o assunto. Nós somos muito mais orgulhosos do que imaginamos (Tiago 4.1).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Embora se busque todo tipo de razões para justificar as guerras, a Bíblia continua sendo categórica: Não matarás. O espírito belicoso do homem, alimentado por seu estado pecaminoso de desobediência e separação de Deus, é o responsável por toda sorte de hostilidades existentes no mundo, que permeiam todos os núcleos sociais. Como justificar as guerras? O instinto de sobrevivência faz com que o homem reaja e resista aos ataques promovidos pelo adversário, seja ele quem for. Por outro lado, a soberba levada às últimas consequências induz o ser humano a prevalecer contra seu próximo. Apesar de tudo isso, o princípio divino continua o mesmo. “Amarás ao Senhor teu Deus sobre todas as coisas e o teu próximo como a ti mesmo”.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Para tornar sua aula dinâmica, tendo em vista a natureza deste tema, a melhor opção é estabelecer um painel de debate. Como funciona? Escolha seis alunos dentre os mais desinibidos da classe. Estes alunos constituirão dois grupos de painelistas, que estarão frente a frente, discutindo diferentes pontos de vista acerca do tema. É imprescindível que haja um moderador para controlar e manter o ritmo da discussão. Vejamos:
Tema proposto para o debate: O crente pode participar de uma guerra sem contrariar o sexto mandamento que diz “não matarás”?
COMENTÁRIO
introdução
Hoje, na Dispensação da Graça, Cristo nos ordena a amar os próprios inimigos (Mt 5.44). O cristão na condição de autoridade (inclusive como militar) e, nessa condição, seus deveres e missões legais, inclusive na guerra, suscitam da parte dos que não conhecem a Palavra de Deus, discussões e opiniões divergentes, pró e contra. No campo secular, humano e temporal, a mídia e a literatura comuns e irmanadas não devem ser o guia do cristão, e sim a Palavra de Deus quando corretamente interpretada. Uma simples lição de Escola Dominical não cobre o assunto, mas sua abordagem mesmo sucinta, será proveitosa. As dúvidas em relação a esse ponto passam pela seguinte questão: A participação na guerra, levará o cristão a contrariar o sexto mandamento que diz “Não matarás”? (Êx 20.13).
CONCLUSÃO
Em nosso país, por vezes, atendendo compromissos com organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), veem-se contingentes militares brasileiros embarcarem para o exterior, em missão de paz, podendo até empreender campanhas contra milícias estrangeiras e rivais. Na guerra contra o tráfico de drogas, ou contra o “crime organizado”, que se alastra e grassa em nossa pátria, os militares crentes e autoridades civis são convocados e devem participar. Assim, em termos bíblicos, não há argumento que proíba a participação numa guerra, considerada justa e regular.
VOCABULÁRIO
Analogia: Identidade de relação entre dois termos; semelhança, similitude.
Bélico: Relativo ou pertencente, ou próprio da guerra.
Capitalista: Sistema social fundado na influência ou predomínio do capital; regime social em que os meios de produção constituem propriedade privada e pertencem aos capitalistas.
Comunismo: Sistema baseado na propriedade coletiva; sistema social, político e econômico desenvolvido teoricamente por Karl Marx, e proposto pelos partidos comunistas como etapa posterior ao socialismo.
Morte Física: É o término das atividades vitais do ser humano sobre a terra. É vista, nas Sagradas Escrituras, como a consequência primordial do pecado (Rm 6.23).
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“Matar na guerra justa para se defender do agressor (Gn 14.14-15) e o caso de homicídio acidental (Dt 19.4-5) podem até não ser considerados como assassinato, e como tal não se enquadram no sexto mandamento do Decálogo. Do contrário, Deus estaria proibindo e permitindo uma mesma coisa na lei (Êx 17.8-16). Já vimos que o verbo hebraico usado para ‘não matarás’ nunca é usado na guerra. Um dos nomes de Deus é ‘Senhor’ ou ‘Jeová dos Exércitos’ (1 Sm 17.5) e ‘Varão de Guerra’ (Êx 15.3 e Is 42.13). O Senhor liderava essas guerras e dava vitória a seu povo (2 Cr 13.12; 20.17,22).
É verdade que estamos na Dispensação da Graça e o cristianismo é pacifista. Jesus disse: ‘Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus’, Mt 5.9. Mas, como cristãos, somos cidadãos do céu (Fp 3.20) e também da Terra (Mt 22.21). Temos compromisso com o governo (Rm 13.1-7; 1 Tm 2.2; Tt 3.1 e 1 Pe 2.13-14). Os direitos de César terminam onde começam os de Deus. Quando as normas bancadas pelo Estado se confrontarem com os princípios cristãos, nesse caso, a Palavra de Deus prevalece. Ela está acima de qualquer constituição (Dt 17.18-20 e At 4.19-20). Há guerras justas e injustas, e todo o mundo tem o direito de defender o que é seu. Nesse caso, o cristão não está pecando. Da mesma forma, também não peca se recusar ir a uma guerra injusta”.
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Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2002
Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 4: O cristão e o aborto
Data: 28 de Julho de 2002
TEXTO ÁUREO
“Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem” (Sl 139.13,14).
VERDADE PRÁTICA
Diante do valor da vida humana, concedida por Deus, no ventre materno, o aborto provocado é um crime praticado contra uma vida inocente e indefesa.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 2.7
Deus soprou o fôlego da vida
Terça - Gn 9.5
Deus requer a vida do homem
Quarta - Jó 33.4
Deus dá a vida
Quinta - Êx 20.13
Não matarás
Sexta - Dt 32.39
Deus mata e faz viver
Sábado - Mt 2.16
A matança dos inocentes
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 21.22,23; Jó 3.16; Salmos 139.13,14.
Êxodo 21
22 - Se alguns homens pelejarem, e ferirem uma mulher grávida, e forem causa de que aborte, porém se não houver morte, certamente aquele que feriu será multado conforme o que lhe impuser o marido da mulher e pagará diante dos juízes.
23 - Mas, se houver morte, então, darás vida por vida.
Jó 3
16 - ou, como aborto oculto, não existiria; como as crianças que nunca viram a luz.
Salmos 139
13 - Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe.
14 - Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
PONTO DE CONTATO
Inicie a aula conversando com a turma sobre a responsabilidade de se ter filhos hoje em dia. Embora existam os casos excepcionais em que a vida da mãe é considerada prioridade, o alvo da discussão deve ser a concepção responsável, pois o fato de viver por impulso é, muitas vezes, a causa de agruras irreparáveis. Não há motivo justificável, à luz da Bíblia, para a aceitação do aborto premeditado. O aborto provocado é um crime e uma covardia, pois a vítima não pode defender-se.
É difícil conceber a ideia de que uma vida onde habita o Espírito Santo, habite também a concepção de homicídio. A consciência cristã iluminada pelo Evangelho de Cristo, não permitiria tal situação.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
A vida foi criada por Deus. Ela foi dada por Deus. Por isso, somente o Todo-Poderoso pode tirá-la. A concepção de um ser humano é algo “terrível e maravilhoso”. A Bíblia diz que Deus escolhe pessoas desde o ventre. Se uma mãe comete aborto, como fica o plano de Deus?
O feto é um ser vivo indiscutivelmente. Apesar de as estatísticas mostrarem um alto índice de pessoas favoráveis ao aborto, este, com certeza, não é o pensamento da maioria, incluindo a comunidade cristã. O movimento feminista impinge a ideia de que a mulher tem o direito de usar seu corpo como bem entender. Isto, porém, não justifica o ato de matar. Nas poucas referências existentes na Bíblia, relacionadas a este assunto, o infrator deveria pagar multa caso fosse considerado culpado por causar dano a uma mulher grávida. O que dizer daquele que assassinar deliberadamente?
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Leve para a sala de aula materiais de pesquisa, tais como livros, revistas, jornais e qualquer material impresso que aborde o tema com ilustrações, estatísticas, dados atuais e outras informações pertinentes.
O sucesso do ensino depende muito da maneira como o professor organiza sua classe. Para as turmas constituídas por grupos heterogêneos, uma boa organização é ainda mais importante do que para os grupos homogêneos.
Um planejamento adequado e uma boa organização didática contribuem para que os alunos desenvolvam comportamento orientado à execução de tarefas.
Espera-se do professor que:
COMENTÁRIO
introdução
O índice de abortos no século passado foi revoltante e virulento. Só no Brasil, a Organização Mundial de Saúde calcula que houve 5 milhões de abortos. O Instituto Gallup concluiu que 58% dos brasileiros são favoráveis a ele. Em Tiago 2.13, a Bíblia diz que “o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia”. O movimento feminista, antibíblico e anticristão, alardeia o direito de a mulher usar seu corpo como ela quiser, sem levar em conta a vida do feto indefeso. E o cristão? Como deve se posicionar? Ora, nós não somos donos de nada; Deus é que é. É o que procuraremos demonstrar nesta lição.
III. TIPOS DE ABORTO E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS PARA O CRISTÃO
CONCLUSÃO
Há ainda outros casos em que a sociedade alega razões para a prática do aborto, mas sem qualquer respaldo bíblico. O cristão tem a ver com Cristo e a Bíblia, e não com o mundo e o seu modo de viver e agir. Com exceção do caso em que a vida não totalmente desenvolvida do bebê constituísse uma ameaça de morte para a vida plenamente desenvolvida da mãe, não há motivo justificável à luz da Bíblia para a realização do abortamento. Todavia, lembremo-nos de uma coisa: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (2 Coríntios 5.10). Por isto, devemos agir de acordo com a ética cristã, levando-se em consideração, sempre, a santidade da vida.
VOCABULÁRIO
Espermatozóide: Célula móvel sexual masculina, produzida nos testículos.
Óvulo: Célula sexual feminina, formada no ovário.
Septuaginta: Primeira tradução completa do Antigo Testamento, no século III a.C, do hebraico para o grego. O termo septuaginta veio do latim e quer dizer setenta, em referência aos 72 eruditos escolhidos para esse fim.
Pentateuco: Cinco primeiros livros do Antigo Testamento, os cinco livros de Moisés. Na Torah, formam um só pergaminho contínuo, sem divisão. Na Septuaginta, Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio aparecem separadamente, como conhecemos atualmente.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Desafios da Nossa Época. Abraão de Almeida, CPAD.
E Agora, Como Viveremos? Colson & Pearcey, CPAD.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Histórico
“A guerra à vida no ventre materno provoca aproximadamente 40 milhões de abortos a cada ano, número deveras impressionante, comparável mesmo ao total dos que tombaram durante toda a Segunda Guerra. Mas há, contudo, diferenças fundamentais: enquanto nos campos de batalha os soldados abrigam-se e lutam por ideal, no aborto as vítimas inocentes não têm a mínima chance de se defenderem e são assassinadas por quem deveria dedicar-lhes o mais perfeito amor conhecido entre os humanos — o amor de mãe!(...)
Em 1977, de cada 100 nascimentos na Alemanha Ocidental, ocorria 10 abortos. No Uruguai, em 1978, verificaram-se 150 mil abortos, reforçando a luta pró-legalização dessa prática naquele país, por sinal o primeiro da América do Sul a legalizar o divórcio.
Na Finlândia, país com menos de cinco milhões de habitantes, o número de abortos já chegava, em 1971, a perto de 20 mil por ano. Em protesto realizado em fins daquele ano, 150 evangélicos desfilaram pelas ruas de Helsinque carregando nos braços pequenos caixões brancos, ao som de uma marcha fúnebre. Em frente ao Parlamento, onde terminou a manifestação, um dos caixões foi colocado na escadaria de acesso ao mesmo, com uma coroa de flores e os seguintes dizeres: ‘A esperança da Finlândia. Cidadão de luto!’.
Na Itália, sede do Papado, o Parlamento aprovou, em 19 de maio de 1978, um texto legislativo que facultava a qualquer mulher maior de dezoito anos o direito de submeter-se ao aborto intencionalmente provocado, até o final dos primeiros noventa dias de gravidez. A mesma lei instituiu consultórios mantidos pelo Estado, onde também as menores de dezoito anos podem, sem prévia autorização paterna, requerer o direito de abortar, passando a decisão sobre o assunto a foro judicial.
De acordo com essa lei, o aborto é feito gratuitamente nos hospitais do governo ou por clínicas privadas que mantenham convênios com órgãos assistenciais do Estado (...).
Na França, segundo o Instituto Nacional de Estudos Demográficos, ocorrem anualmente de 250 a 300 mil abortos, dos quais apenas 140 mil são recenseados pelo Ministério da Saúde. A diferença entre as duas cifras corresponde às intervenções ‘ilegais’. O arcebispo de Strasburgo, Monsenhor Eichinger, afirmou que somente na Alsácia o aborto fazia um número anual de vítimas equivalente as cidadezinhas que os alemães destruíram em 1870 e nas duas últimas guerras mundiais” (Desafios da Nossa Época. CPAD, pp.186,187).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2002
Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 5: O cristão e o planejamento familiar
Data: 5 de Agosto de 2002
TEXTO ÁUREO
“Examinai tudo. Retende o bem” (1 Ts 5.21).
VERDADE PRÁTICA
Para o cristão, ter ou não ter filhos, não é apenas uma questão biológica, mas uma decisão que envolve fé, amor e obediência aos princípios de Deus para a família.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 17.6
Coroa dos velhos são os filhos
Terça - Gn 15.2
Um pai, pedindo filhos
Quarta - Gn 17.15,16
Promessa de filhos
Quinta - 1 Sm 1.7
O choro da mulher estéril
Sexta - 1 Sm 1.10,11
Um filho dado a Deus
Sábado - Lc 1.31
Um filho especial
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 1.27,28; 30.1,22,23 e 1 Coríntios 7.5.
Gênesis 1
27 - E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
28 - E Deus os abençoou e Deus lhes disse:Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a;
Gênesis 30
1 - Vendo, pois, que não dava filhos a Jacó, teve Raquel inveja de sua irmã e disse a Jacó: Dá-me filhos, senão morro.
22 - E lembrou-se Deus de Raquel, e Deus a ouviu, e abriu a sua madre.
23 - E ela concebeu, e teve um filho, e disse: Tirou-me Deus a minha vergonha.
1 Coríntios 7
5 - Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e, depois, ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência.
PONTO DE CONTATO
Imagine um mundo sem a presença de crianças! Comece a aula conversando com sua turma sobre a alegria que a presença de um bebê traz à família. Fale também sobre as responsabilidades que estão implícitas nesta chegada. Educação, saúde, boa alimentação, desprendimento para dar atenção, carinho e todo cuidado que o bom desenvolvimento de um ser humano exige. Os pais não podem ser egoístas, pois criar filhos implica em estar pronto para mais dar do que receber.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Controle de natalidade tem sido assunto polêmico ao longo dos últimos anos. Em alguns casos, as divergências envolvem até mesmo o Estado, tornando-se um problema de governo. Países populosos como China e Índia utilizam medidas restritivas com relação à concepção por motivos óbvios: O desenvolvimento socioeconômico é pequeno em relação ao crescimento populacional. Há um grande contingente de pessoas e pouco alimento. Quando Deus disse crescei e multiplicai, não determinou quantidade. O que gera maior constrangimento? Viver dignamente com poucos filhos, ou tê-los em grande quantidade e não poder sustentar? As responsabilidades pertinentes ao casamento incluem o planejamento familiar.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Promova um debate com toda a classe ou divida-a em grupos sob a orientação do mestre. Ao professor cabe orientar e supervisionar o debate de tal maneira que permita a participação de todos e que não haja nenhuma forma de agressividade nas palavras. A participação de cada aluno deverá ter sempre o objetivo de contribuir com a classe e jamais o de sobrepor-se às ideias dos outros.
O debate se divide em:
COMENTÁRIO
introdução
Há opiniões radicais dos que se opõem tenazmente a qualquer método ou tipo de limitação de filhos por um casal crente. De outro lado, há os liberalistas temerários, que não veem qualquer restrição ética concernente ao dito assunto. Os moderados procuram com humildade e temor de Deus aprender a discernir o certo e o errado sobre o assunto pela Bíblia e a busca da vontade específica do Senhor. Com muito respeito, santo temor e sinceridade, desejamos abordar o tema, esperando contribuir para o alargamento da visão sobre esse tão necessário e pouco estudado tema da ética cristã.
III. UMA ABORDAGEM ÉTICA DA LIMITAÇÃO DE FILHOS
Orientação quanto à natalidade. Aspectos a serem considerados:
CONCLUSÃO
Os filhos são bênçãos do Senhor (Sl 127.3-5; 128.3,4) e não devem ser evitados por razões egoísticas e utilitaristas. A limitação de filhos por vaidade é pecado, mas por necessidade, como no caso de doença da mãe, e que lhe cause risco de vida, cremos ser moralmente justificável; mas isso depende da consciência de cada um diante de Deus, pois, como já foi dito, o que não é de fé é pecado (Rm 14.23).
VOCABULÁRIO
Abstenção: Ação ou efeito de abster-se; privação, abstinência; recusa voluntária de participar de qualquer ato.
Anticoncepcional: Que, ou substância que evita conceber ou gerar o feto, no útero.
Método: Caminho pelo qual se atinge um objetivo; modo de proceder, maneira de agir.
Restrição: Ato ou efeito de restringir-se; condicionante.
Tenazmente: Ação firme, obstinada, persistente, implacável, pertinaz, inflexível.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Ética: As Decisões Morais a Luz da Bíblia. Arthur F. Holmes, CPAD.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“O potencial reprodutivo natural da sexualidade humana não se opõe à contracepção responsável, uma vez que, por natureza, nem todo ato sexual é reprodutivo. Ele significa que, primeiro, só num contexto marital a relação sexual é lícita, e, segundo, que a finalidade primordial do casamento é a geração de filhos. Esse potencial de paternidade deve ser exercido de modo responsável. Uma família grande demais, em um mundo superpovoado, seria irresponsabilidade, assim como seria irresponsável evitar espontaneamente constituir uma família sem ter em mente o propósito de Deus para o casamento. E em alguns casos, a finalidade primordial pode ser suplantada por outras responsabilidades morais” (Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. CPAD, p.132).
“Número de filhos. Este assunto parece não ser de muita importância para quem é apenas noivo, mas já tem causado seríssimos problemas na vida dos casados. Muitas vezes, este pormenor não é ventilado no noivado, e cada um tem dentro de si uma opinião formada. De repente, a moça imagina ter, quando casada, apenas um casal de filhos, e o rapaz pensa poder ter seis casais. E agora como fica?
Esta questão, quando analisada, poderá sofrer mudança, e esta deve acontecer durante o noivado.
Época de ter filhos. Quando, realmente, ele(a) desejará ter um filho? No primeiro ano? Após três anos? Quando? É muito importante ao jovem, que está próximo ao casamento, observar estas respostas nesta época. Esse assunto, que parece ser tão simples, se não for tratado com seriedade no noivado, poderá causar sérias complicações no relacionamento matrimonial” (Juventude em Crise. CPAD, p.71).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2002
Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 6: O cristão e a sexualidade
Data: 12 de Agosto de 2002
TEXTO ÁUREO
“E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27).
VERDADE PRÁTICA
Ao criar o ser humano, Deus dotou-o de sexualidade plena e diferenciada, macho e fêmea, segundo seus propósitos. Essa sexualidade era normal no princípio.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 18.25
Deus é o Juiz de toda a terra
Terça - Is 1.4,5
O profeta Isaías denuncia a rebelião de seu povo
Quarta - Na 1.3
Deus não tem o culpado por inocente
Quinta - Mt 24.7,29
O Senhor Jesus falou de desajustes na natureza e da convulsão social
Sexta - Rm 8.22
Toda a criação está gemendo
Sábado - Gl 6.7
Tudo que o homem semear isso também ceifará
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 1.27; 2.24; 1 Coríntios 7.2,3,5; Provérbios 5.18; Eclesiastes 9.9.
Gênesis 1
27 - E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
Gênesis 2
24 - Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
1 Coríntios 7
2 - mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido.
3 - O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido.
5 - Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e, depois, ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência.
Provérbios 5
18 - Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade.
Eclesiastes 9
9 - Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de vida da tua vaidade; os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida e do teu trabalho que tu fizeste debaixo do sol.
PONTO DE CONTATO
Sabemos que ao nascer, o ser humano foi dotado, por Deus, de instintos específicos sem os quais sua sobrevivência seria impossível.
Quem ensinou o bebê a sugar o leite materno? (instinto de sobrevivência). Por que as pessoas sentem medo? (instinto de preservação da vida). Por que são agressivas? (instinto de defesa de seu território). O que faz com que elas construam amizades? (instinto gregário, o homem vive em grupos). Neste conjunto está inserido o impulso sexual que caracteriza o instinto de preservação da espécie.
O homem pecador deturpou este impulso divino, gerando as muitas aberrações que sabemos existir hoje, mas isso não invalida a intenção de Deus de perpetuar a espécie humana através da sexualidade sadia.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Se precisássemos de uma razão para explicar porque Deus uniu as primeiras pessoas no Éden, poderíamos declarar sem medo de errar: a preservação da família.
Ao contemplarmos o mundo de hoje, com uma proporção cada vez maior de indivíduos que abandonam o lar, com tudo o que ele representa, em busca de seus próprios interesses, vamos constatar quanto este mundo está distanciado do propósito de Deus. A sexualidade desenfreada, a tão mencionada nas Escrituras concupiscência da carne, é a grande responsável pelos desvios de conduta que levam o homem e a mulher de hoje a pecarem. O sexo não deve ser concebido como algo imoral, feio e vulgar. Também não deve ser concebido como instrumento de prazeres egoísticos e de desventura infligida ao próximo. Deve, antes, ser compreendido à luz da Bíblia como algo criado por Deus no ser humano para sua satisfação pessoal e preservação da espécie acompanhadas de vidas santas, puras e virtuosas.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Você já considerou o método de ensino de Jesus? Ele falava a respeito de coisas que as pessoas podiam ver: um semeador, um casamento, um templo, uma criancinha, uma moeda, as aves, os lírios, o vento, a moedinha da viúva, uvas, pescadores, bois, portões e a ceifa. Cada situação de ensino sugere alguma coisa que você pode usar para ilustrar a verdade. Planeje o uso de quadros, de gráficos, de mapas, de modelos, do quadro de giz, de pôsteres e de objetos de todos os tipos para ressaltar sua apresentação. Você deve usar materiais audiovisuais, se estiverem em disponibilidade. Você pode imaginar quão eficaz uma lição fica quando o aluno pode ouvir, ver e tocar coisas que ensinam uma única verdade?
COMENTÁRIO
introdução
Quando Deus formou o primeiro casal, dotou-o de estrutura físico-emocional e instinto sexual que o capacitam para a reprodução e preservação da espécie humana. O propósito de Deus é que os filhos procedam do casamento e não de outra maneira. A quebra dessa lei resulta em frutos amargos para a família. Deus assim dotou o homem para propósitos específicos, puros e elevados. Portanto, a sexualidade é parte natural e integrante do ser humano. No casamento, a sexualidade exerce papel fundamental e indispensável para o bom relacionamento entre os cônjuges e, como já foi dito, para a perpetuação do gênero humano, circunscrita ao plano de Deus para o matrimônio. Vamos refletir um pouco nesta lição sobre esse importante assunto.
III. O SEXO FORA DO CASAMENTO É PECADO
Sexo premarital é pecado e, igualmente o extramarital.
CONCLUSÃO
Os preceitos bíblicos que dão conta da sexualidade se identificam com o que Jesus chamou de “caminho estreito”, o qual poucos se dispõem a palmilhar. No mundo hodierno, onde os meios de comunicação em massa aprovam, promovem, incentivam e exaltam o erotismo, sensualidade, a prostituição e o sexo fora do casamento, de modo irresponsável e pecaminoso é necessário que o cristão tome posição firme e consciente. Ele deve orientar-se pelos princípios morais e éticos, para a sexualidade, à luz da Palavra de Deus.
VOCABULÁRIO
Aberração: Ato ou efeito de aberrar; desviar-se das regras naturais; esquisito; anomalia, anormalidade, irregularidade.
Abstinência: Abstenção; qualidade daquele que se abstém e se priva de algo; privação voluntária.
Inequívoco: Que não tem mais de um sentido ou se presta a mais de uma interpretação; não ambíguo; que não dá margem a suspeita.
Monogamia: Casamento do homem com uma só mulher.
Procriação: Ato ou efeito de procriar; dar origem, nascimento, existência, a; crescer em número, pela procriação; multiplicar-se, reproduzir-se.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
A Juventude Cristã e o Sexo. Elienai Cabral, CPAD.
E Agora, Como Viveremos? Colson & Pearcey, CPAD.
Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. Arthur F. Holmes, CPAD.
Pureza Sexual: Como Vencer Sua Guerra Interior. Robert Daniels, CPAD.
Responda-me, Por Favor!: Sexo & Namoro. Marta D. de Andrade e Claudionor C. de Andrade, CPAD.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Doutrinário
“Um relacionamento sexual não está confinado a apenas duas pessoas. Envolve também Deus, Criador e Senhor de todos nós, que pelos propósitos que tinha em mente, fez-nos criaturas sexuais. O Cristianismo não está só quando coloca implicações religiosas no sexo. No mundo antigo, a prostituição religiosa celebrava a fertilidade da natureza. No outro extremo, o celibato ainda é adotado como vocação religiosa. Mais pertinente ao sexo é o rito da circuncisão no Antigo Testamento, adotado como sinal de que a aliança de Deus estava sobre os filhos de Abraão, de geração em geração. Os próprios órgãos genitais deviam ser uma lembrança permanente de que a sexualidade é concedida pelo Senhor, e que somos responsáveis perante Ele pelo uso do sexo.
A união sexual e a reprodução fazem parte da criação e foi ordenada por Deus desde o princípio, pela instituição do casamento. O sexo não pode ser retirado desse contexto e tratado de forma meramente biológica ou psicológica, como ocorre na sociedade contemporânea. Seu principal significado não deve ser encontrado em si mesmo, no ato, na experiência ou mesmo em suas consequências sociais. Como em qualquer coisa vista teisticamente, seu significado principal deve ser encontrado em relação a Deus e seus propósitos” (Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. CPAD, p.129).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2002
Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 8: O cristão e a pena de morte
Data: 25 de agosto de 2002
TEXTO ÁUREO
“E, ouvindo-o Rúben, livrou-o das suas mãos e disse: Não lhe tiremos a vida” (Gn 37.21).
VERDADE PRÁTICA
A vida é um dom de Deus. Só a Ele, cabe concedê-la ou suprimi-la, direta ou indiretamente, sem que se configure um crime.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 21.23
Vida por vida
Terça - Nm 35.31
A pena de morte
Quarta - 1 Sm 2.6
Deus dá e tira a vida
Quinta - Jó 7.16
Abominando a vida
Sexta - Sl 30.5
A vida é favor de Deus
Sábado - Êx 20.13
Não matarás
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 20.13; Êxodo 21.12,15,16; Mateus 5.17-22; Romanos 13.1,2,4.
Gênesis 20
13 - Não matarás.
Êxodo 21
12 - Quem ferir alguém, que morra, ele também certamente morrerá;
15 - O que ferir a seu pai ou a sua mãe certamente morrerá.
16 - E quem furtar algum homem e o vender, ou for achado na sua mão, certamente morrerá.
Mateus 8
17 - Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.
18 - Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.
19 - Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.
20 - Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.
21 - Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.
22 - Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo.
Romanos 13
1 - Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.
2 - Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
4 - Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
PONTO DE CONTATO
Permita que seus alunos emitam opiniões a respeito do tema proposto. Tenha em mente que a pena de morte é bíblica, e de que a ideia de amenizá-la surgiu com o advento do humanismo iluminista, por volta do século dezoito. Ela foi instituída, na Bíblia, para correção de quem praticasse crime doloso, isto é, intencional, premeditado, valendo-se de má fé. Para os outros casos havia os recursos cabíveis, também prescritos na Lei. Muitos países modernos adotam-na e outros estão estudando a possibilidade de implantá-la em função da progressão da violência existente. Embora haja respaldo bíblico para a pena de morte, nós cristãos continuamos a crer que a verdadeira transformação é aquela operada pela regeneração em Jesus Cristo e atuação do Espírito Santo no homem interior.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
A pena de morte tem sua origem perdida na história da humanidade. No tempo de Noé, ela é vista possivelmente como forma de frear a violência que propagava-se naquela civilização. Entretanto, na lei de Moisés é que ela foi regulamentada e ampliada, tendo como base o Decálogo, normatizando-se a penalidade para os diversos delitos. Nos Evangelhos, não houve suavização para a pena de morte, tanto que Jesus submeteu-se a ela cumprindo assim toda a lei. Paulo recomendou que todos os crentes da época fossem obedientes às autoridades para que não se tornassem réus de juízo. Em nossos dias, existe uma grande discussão sobre o assunto, embora não haja consenso.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Motivo X Incentivo
De que modo você tem despertado a motivação de seus alunos para o estudo destas lições? As aulas meramente expositivas costumam causar desinteresse e apatia. Seus alunos precisam estar motivados para aprender.
Aprender é adquirir novas atitudes. Tudo o que fazemos tem um objetivo ou um motivo. E o que é motivo? Motivo é tudo o que nos move para determinado fim, ou seja, é a força interior que leva o homem a agir. Motivação é a soma do motivo com o incentivo. E o que é incentivo? Incentivo é o processo externo que vai despertar o “motivo” do indivíduo. Incentivo é ação de fora para dentro. Motivo é reação, neste caso, de dentro para fora.
O planejamento e a motivação das aulas, utilizando recursos materiais e humanos, métodos e técnicas adequados, bem como a fixação e a avaliação, tornam a aprendizagem eficaz.
COMENTÁRIO
introdução
Secularmente, a pena capital é tema de abordagem complexa, polêmica e controversa. Entretanto, desejamos refletir sobre a mesma, partindo de um embasamento bíblico-teológico, à luz da ética cristã. No primeiro versículo da leitura bíblica em classe, a frase “não matarás” no original tem a ver com morte premeditada, deliberada, proposital, dolosa.
CONCLUSÃO
Há respaldo bíblico para a pena de morte, não como regra, mas como exceção. Devido às suas falhas, erros, fraquezas e também leniência (por opção, por decisão nacional, por consenso, etc.), o sistema judicial de várias nações evita a pena capital e, arbitra então pela perda da liberdade do delinquente — a prisão temporária, ou mesmo a prisão perpétua. “Visto como não se executa logo juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal” (Eclesiastes 8.11). Confira ainda, Isaías 26.9,10.
VOCABULÁRIO
Anátema: Amaldiçoado, condenado, destruição, maldição.
Civilização: Conjunto de caracteres próprios da vida social, política, econômica e cultural de um país ou de uma região; cultura, progresso.
Decurso: Ato de decorrer; passagem do tempo; sucessão, sequencia, extensão.
Dissuadir: Tirar de um propósito; despersuadir; desaconselhar.
Égide: Escudo; defesa, proteção; abrigo, amparo.
Emanar: Provir, proceder, sair, originar-se.
Encolerizar: Causar cólera a; irar; irritar, enfurecer; zangar-se, irar-se.
Hediondo: Repelente, repulsivo; horrendo, sinistro, pavoroso, medonho.
Ilegítima: Que não é conforme a lei, fundado no direito, na razão ou na justiça; não autêntico, genuíno; improcedente.
Magistrado: Indivíduo investido de função pública; delegatário de poderes da nação ou do poder central, para governar ou distribuir justiça.
Parcialidade: Qualidade de parcial, que faz parte de um todo; que não é total; que não julga ou não opina com isenção; injusto, partidário; sectário.
Perpetrar: Cometer, praticar; perfazer, realizar.
Prevaricar: Faltar ao dever; faltar, por interesse ou por má fé, aos deveres do seu cargo, do seu ministério; torcer a justiça; agir ou proceder mal.
Raca: Termo popular e injurioso, significando “vil”, “desprezível”, “tolo”.
Pacto: Acordo firmado entre Deus e os homens, visando abençoar aos que o obedecem e guardam os Seus mandamentos. A base dos pactos, conhecidos também como alianças, é o amor divino. É um compromisso gracioso da parte do Senhor, pelo qual nos concede favores imerecidos.
Homicídio Doloso: Crime em que o homicida age premeditada, intencional e voluntariamente. O criminoso assume o propósito deliberado de destruir a vida alheia, infringindo o sexto mandamento (Êx 20.13) e as leis temporais.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. Arthur F. Holmes, CPAD.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“Em princípio não existe argumento bíblico contra a pena de morte, pois a ‘espada’ foi confiada ao governante, e o sistema mosaico adotava a pena capital em pelo menos dez tipos de crimes”. Crimes violentos, sexuais e barbárie. Mas, ao aplicar-se o mesmo princípio, não se encontra precedente bíblico em favor da pena capital como hoje se adota, pois o precedente bíblico condenava à morte não só o homicida, mas também o adúltero e o que amaldiçoasse pai e mãe. Lembremo-nos de como Jesus tratou a mulher apanhada em adultério (Jo 8.3-11). Não se pode argumentar que na antiguidade não existiam as penas alternativas. Além da verdadeira restituição, o código mosaico previa o açoite e o exílio (...).
A lei, os profetas e o Evangelho trabalham juntos para vencer o mal e fazer brotar a fome e sede de justiça, que o reino de Cristo saciará.
Assim também acontece em relação à pena capital. Em casos extremos ela pode ser moralmente permitida — mas não é um ideal. A lei de talião permite castigo proporcional ao crime de tirar a vida de alguém. Mas é possível perder-se o direito de viver, sem receber a pena de morte, e o amor sempre buscará um castigo remidor. De igual modo, no atual sistema de leis onde existem tantas injustiças com as minorias e os pobres, o acesso aos recursos legais, por exemplo, ainda é negado a muitos. Reflitamos, portanto, se a pena de morte é justa. Devemos sempre buscar justiça, sim, mas uma justiça temperada de amor” (Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. CPAD, pp.114,115).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2002
Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 9: O cristão, a eutanásia e o suicídio
Data: 1 de Setembro de 2002
TEXTO ÁUREO
“O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela” (1 Sm 2.6).
VERDADE PRÁTICA
O término da vida provocado pelo homem, sua abordagem pelo crente não deve basear-se em raciocínio, filosofias e justificativas puramente humanas, mas nas Escrituras respeitante ao vasto assunto da vida.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 2.7
Deus, o Autor da vida
Terça - Gn 7.22
A vida exterminada
Quarta - Gn 9.5
Deus requer a vida
Quinta - Ex 1.17
Temeram tirar a vida
Sexta - Jó 33.4
A inspiração do Todo Poderoso
Sábado - Jn 4.3
Pedindo a morte
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Samuel 2.6; Jó 2.7,9,10; Provérbios 31.6.
1 Samuel 2
6 - O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela.
Jó 2
7 - Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça.
9 - Então, sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus e morre.
10 - Mas ele lhe disse: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.
Provérbios 31
6 - Dai bebida forte aos que perecem, e o vinho, aos amargosos de espírito.
PONTO DE CONTATO
Inicie a aula refletindo com seus alunos sobre a importância da vida. Leve-os a ver que cada dia que nasce é uma oportunidade de Deus para que vivamos melhor. Se transgredimos é uma chance para corrigirmos o erro, se não, é uma ocasião favorável para reafirmarmos a confiança na providência divina. Peça-lhes para descrever o que considerariam uma situação limite. Conscientize-os de que também nos momentos extremos da vida temos oportunidade de reafirmar a fé e a crença nas promessas registradas na Palavra de Deus. Não transforme sua aula em momentos de morbidez. Celebre a vida (Salmo 118.24).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
A vida é dom de Deus concedido ao homem. Toda concessão continua sendo de domínio do seu proprietário. Assim, não é da competência deste homem decidir o momento em que sua vida, ou de quem quer que seja deva ser extinta. O conceito de misericórdia aplicado à eutanásia é equivocado, pois o exercício daquela implica em prestar socorro até às últimas consequências, e isto não inclui tirar a vida com a pretensa justificativa de estar aliviando o sofrimento de alguém. Quanto ao suicídio, é um ato de extrema covardia. O ser humano sentindo-se incapaz de lidar com suas próprias limitações busca refúgio na morte. Não seria mais fácil permanecer vivo e admitir que fracassou? Qualquer forma de morte induzida é a legitimação de desistência da vida e, por extensão, da fé e da crença nos valores eternos.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Divida sua classe em pequenos grupos de três ou quatro alunos. Estes grupos deverão discutir por 5 minutos sobre o tema “eutanásia”. Que relação tem a eutanásia com o suicídio? Há fundamento bíblico para a prática da eutanásia? Cada grupo, após a discussão deverá apresentar ao professor as conclusões a que chegaram.
Este método denomina-se Pequenos Grupos de Estudos e normalmente é usado quando:
Eis algumas vantagens na utilização deste método:
COMENTÁRIO
introdução
Um crente em Jesus está na UTI, e os médicos concluem que não há mais solução para sua doença. Todos os esforços serão inúteis. O que fazer? Continuar com o tratamento custoso? Desligar os aparelhos? Muitos têm recorrido ao suicídio, como se fosse uma porta de emergência para escapar da dor. O que podemos dizer como cristãos acerca disso?
O argumento em favor da eutanásia, alegando que deixar alguém sofrendo sem a mínima perspectiva de sobrevivência é menos moral do que acelerar a morte para tal pessoa, é humano e não tem base bíblica. “Matar por misericórdia”, mesmo com consentimento de quem está sofrendo, não é moralmente correto, e tal pedido equivale ao suicídio. Assim, quem pratica esse tipo de eutanásia é cúmplice de suicídio. A vida é santa em si e em sua finalidade. Somente Deus pode e tem o direito de dar a vida e de tornar a tirá-la. O nosso dever é aliviar o sofrimento das pessoas por outros métodos e não tirando-lhes a vida.
Ao contrário, devemos envidar todo esforço na tentativa de sua cura, seja por medicamentos, seja pela oração da fé “...e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5.15,16).
Há quem cite o caso de Sansão (Jz 16.30) como exemplo de suicídio aprovado por Deus. Quem pensa assim desconhece toda a história de Sansão e sua era teocrática. Há casos em que uma pessoa morre, sacrificando-se por outra ou por outras. Um bombeiro entra no fogo e salva várias pessoas, mas ele morre; um soldado lança-se sobre uma granada, impedindo que muitos companheiros pereçam. Isso não é suicídio. É sacrifício. Ver o caso da rainha Ester (Ef 4.11-15).
As Sagradas Escrituras condenam o suicídio pelos seguintes motivos:
O ser humano deve respeitar seu corpo como propriedade de Deus. Por isso, não compete ao homem tirar a sua vida. Ao contrário, tudo ele deverá fazer para protegê-la.
CONCLUSÃO
Esperamos que estes subsídios contribuam para uma reflexão mais aprofundada dos assuntos estudados, na busca de respostas mais consistentes em relação aos problemas éticos que são verdadeiros desafios à igreja do Senhor, principalmente no início de um novo milênio, quando os mais diversos e inusitados questionamentos inquietam os servos de Deus.
VOCABULÁRIO
Acatar: Aceitar, seguir; obedecer, cumprir; olhar atentamente.
Compactuar: Pactuar juntamente com outrem; transigir.
Compassivo: Que tem ou revela compaixão; condolente.
Compatível: Que pode coexistir; conciliável, harmonizável.
Custoso: Que custa muito dinheiro; árduo, difícil, trabalhoso.
Deliberada: Decida, assentada; examinada.
Irreversível: Não reversível, que não pode voltar ao estado anterior.
Letal: Que produz a morte; mortal, mortífero, fatal; lúgubre.
Médium: Segundo o Espiritismo, suposto intermediário entre os vivos e a alma dos mortos.
Patológico: Relativo à patologia, ramo da medicina que se ocupa da natureza e das modificações estruturais e/ou funcionais produzidas pela doença no organismo.
Protagonista: Figurativamente, pessoa que desempenha ou ocupa o primeiro lugar num acontecimento.
Resignado: Que sofre com resignação; que não lamenta a sua sorte.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
E Agora, Como Viveremos? Colson & Pearcey, CPAD.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“O compromisso cristão com a vida não pode ser tratado como um ‘caso amoroso com o feto’, segundo a acusação de alguns críticos, ou como um desejo de impor a moralidade repressiva vitoriana. Ao invés disso, o crente é dirigido por uma convicção, baseada na revelação bíblica, sobre a natureza das origens do homem e o valor da vida humana. Por isso, diante de um soldado mutilado brigando pela vida, o Dr. Kenneth Swan não consultou nenhum livro de ética ou discussão de princípios abstratos. Tendo sido criado numa cultura saturada pela tradição judaico-cristã de que a vida humana tem valor intrínseco, porque foi criada à imagem e semelhança de Deus, ele simplesmente fez o que naturalmente lhe ocorreu. O médico salvou a vida do soldado.
Porém, o que antes fora a cultura de vida, está sendo hoje tomado pelo que um grande líder cristão chamou de ‘cultura de morte’ construída sobre a ética naturalista que está afetando grandemente toda a sociedade, desde o não nascido ao velho e enfermo, desde o deformado e incapacitado ao fraco e indefeso. De forma insensata buscando sua própria lógica, essa cultura de morte nega que a espécie humana é superior a todas as outras espécies biológicas, e termina com a ameaça à vida em cada estágio. Tal conceito tanto progrediu que a eutanásia é hoje um direito protegido pela constituição de um estado americano, financiada pelo programa de assistência médica, e o infanticídio está sendo defendido por respeitados acadêmicos e cientistas, tudo sem quase nenhum murmúrio de indignação pública ou discordância” (E Agora, Como Viveremos? CPAD, p.152).
“Os direitos pertencem somente às pessoas; assim, se alguém pode ser reduzido a uma não pessoa, então não tem direito nenhum. Peter Singer, recentemente indicado como professor de Bioética, em Princenton, defende de forma aberta a permissão dos pais matarem bebês deficientes, com base de que estes não são ‘pessoas’ até que sejam racionais e autoconscientes. Como não pessoas, diz ele, são ‘substituíveis’, à semelhança de galinhas ou de outra criação. Singer não para por aí. Ele continua a defender a morte de pessoas incapazes, de qualquer idade, se seus familiares decidirem que suas vidas ‘não valem a pena ser vividas’ — Este é o tipo indizivelmente desumano de ética que alunos em algumas das mais privilegiadas escolas dos EUA estão aprendendo hoje. E o que acontecerá quando essa elite de estudantes chegar a posição de poder?” (E Agora, Como Viveremos? CPAD, p.157).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2002
Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 11: O cristão e as finanças
Data: 15 de setembro de 2002
TEXTO ÁUREO
“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1Tm 6.10).
VERDADE PRÁTICA
O cristão, como filho de Deus, dEle recebe todas as coisas, incluindo o dinheiro, que deve ser utilizado de maneira correta, sensata e temente a Deus, para glória de Seu Nome.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1Tm 6.17
A incerteza das riquezas
Terça - Ef 4.28
Trabalho generoso
Quarta - 1Co 10.31
Tudo para a glória de Deus
Quinta - Pv 6.9-11
Exortação ao preguiçoso
Sexta - 1Tm 6.10
A raiz de todos os males
Sábado - 1Cr 29.14
Tudo recebemos de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Crônicas 29.12,14; 1 Timóteo 6.9,10.
1 Crônicas 29
12 - E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e dar força a tudo.
14 - Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas? Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos.
1 Timóteo 6
9 - Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
10 - Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
PONTO DE CONTATO
Cartões de crédito, cheques pré-datados, prazos a perder de vista... Quanta facilidade! Isto é o que podemos realmente chamar de mundo de ilusões. Esclareça seus alunos que as supostas facilidades oferecidas pelo mercado financeiro são, na verdade, um golpe para ludibriar o consumidor incauto. O apelo começa com produtos de higiene pessoal, passa pela alimentação da família, e chega ao carro do último modelo. Preste atenção nos comerciais de televisão e veja como eles trabalham a indução.
“Vá”, “Compre”, “Faça”, “Vem”. Notou que as ações estão sempre no imperativo? É assim que o marketing trabalha, utilizando voz de comando para induzi-lo a gastar mesmo que você não possua recursos. Vigie! A extravagância é tão perigosa quanto a avareza.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
A vida cristã deve ser pautada pelo equilíbrio. O que somos, a forma como vivemos, o tratamento que dispensamos ao próximo e a nós mesmos, nada escapa às regras estabelecidas por Deus em sua Palavra para nosso bem-estar. Neste conjunto de normas, está incluída a forma como gastamos nosso dinheiro. Devemos ganhá-lo com trabalho honesto e fugindo das práticas ilícitas. Somos filhos de Deus e dEle recebemos todas as boas dádivas, inclusive bens materiais. É lícito desfrutarmos dos benefícios que o dinheiro traz. Não é lícito nos apegarmos a ele transformando-o em objeto de cobiça e tentando consegui-lo a qualquer custo. Deus recomendou ao homem, no Éden, que buscasse sustento, sacrificando o suor de seu rosto, não a sua dignidade.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Para que servem as técnicas de grupo? Esta pergunta parece desnecessária, entretanto, muitos professores utilizam tais técnicas sem ter consciência de sua finalidade. Tais técnicas não têm outros objetivos senão os de facilitar o processo de comunicação, promover a participação dos alunos e ajudar na tomada de decisões. As técnicas são simples artifícios para o grupo realizar seus fins. Elas não são absolutas, mas meras ferramentas que o professor pode modificar, adaptar ou combinar quando bem entender. Aliás, o ideal é que o mestre sempre esteja criando novas técnicas mais adequadas ao ensino de sua própria classe e condições físicas e estruturais de sua Escola Dominical. Existe uma infinidade de técnicas grupais, tais como: Phillips 66, Díade, Grupos de cochicho, Grupos pequenos, Grupos de verbalização e observação, Tempestade cerebral, Pergunta circular, Painel, Simpósio, Debate, Estudos de casos, Seminários, Dramatização etc. Que tal realizar uma dessas técnicas na lição desta semana?
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O dinheiro pode ser bênção ou maldição, dependendo do uso que dele fazemos. Se o fizermos de modo judicioso e para glória de Deus e expansão do seu reino, com gratidão pelos bens adquiridos, seremos recompensados pelo Senhor. Que possamos utilizar nossos recursos financeiros de modo honesto, como verdadeiros mordomos de nosso Senhor Jesus Cristo. Saiba-se que a avareza é uma forma de idolatria (Cl 3.5).
III. COMO O CRISTÃO DEVE UTILIZAR O DINHEIRO
CONCLUSÃO
O dinheiro é um meio de troca importante para as transações entre pessoas e empresas. O que a Bíblia condena não é o dinheiro em si, mas o amor ao dinheiro (avareza). Isso equivale a idolatrar o dinheiro, a riqueza. Esta, também não é condenada por Deus, desde que obtida por meios lícitos e trabalho honesto. Que o Senhor nos ensine a usar da melhor maneira possível os recursos financeiros ao nosso dispor, como bênçãos de sua parte.
VOCABULÁRIO
Avareza: Excessivo e sórdido apego ao dinheiro; esganação; falta de generosidade; mesquinhez.
Cobiça: Desejo sôfrego, veemente, de possuir bens materiais; avidez, cupidez; ambição desmedida de riquezas.
Concupiscência: Apetite carnal exagerado e insaciável.
Detrimento: Dano, perda, prejuízo.
Ética Bíblica: Estudo sistemático dos deveres e obrigações do ser humano com base nos escritos do Antigo e do Novo Testamento. A ética bíblica influenciou toda a ética ocidental, dando a esta um caráter humanitário e beneficente.
Fiador: Aquele que fia ou abona alguém, responsabilizando-se pelo cumprimento de obrigações do abonado; aquele que presta fiança.
Filiação: Vínculo que a geração biológica cria entre os filhos e seus genitores. No campo espiritual, a filiação do homem em relação a Deus se dá quando o pecador arrependido recebe a Cristo Jesus como Salvador. O homem passa a desfrutar plenamente da natureza. Este é o milagre operado pelo novo nascimento.
Gratificar: Brindarem prova de reconhecimento; pagar, remunerar, premiar; mostrar reconhecimento.
Irracional: Não racional; onde a razão não intervém; que não raciocina; contrário à razão.
Sonegação: Ocultar, deixando de descrever ou de mencionar nos casos em que a lei exige a descrição ou a menção; furtar, deixar de pagar.
Submergir: Cobrir de água; inundar, alagar; afundar, desaparecer.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
A Chave de Tudo. Jack Hayford, CPAD.
As Chaves do Sucesso Financeiro: A Prosperidade à Luz da Bíblia. Benjamin de Souza, CPAD.
...E Deus Fez a Família. Estevão Ângelo de Souza, CPAD.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“Mt 23.23. A oferta financeira deve ser ligada a um compromisso com o amor, a vida e os valores divinos; caso contrario, a vida murcha quando se trata de doar. Quando a alegria e o amor estão ausentes no ato da entrega, o poder se evapora.
Não são poucos os cristãos que pensam estar isentos das outras obrigações com relação a Deus e ao próximo por darem o dízimo. Pagam o dízimo na igreja, mas demonstram ódio em casa. É como se alguém dissesse a Deus: ‘Já cumpri com o meu dever na igreja, e não julgo necessário andar no Espírito no lar, no escritório ou em qualquer outro lugar’.
Formalismo desse tipo, como a desculpa ‘já dei o dízimo’, pode sutilmente impedir Deus de continuar a purificar e a aperfeiçoar a pessoa na prática do amor. Pode igualmente bloquear a sua disponibilidade para uma contribuição financeira maior! Veja como isso parece ter acontecido com os fariseus.
É interessante notar que, embora Jesus tivesse elogiado os dízimos dos fariseus, não fez menção de suas ofertas. Existe algo a ser aprendido aqui? Estamos olhando para pessoas que aderiram religiosamente ao ‘dever’ de dar o dízimo, mas só obedeciam por uma imposição legal. E as ofertas, que revelam amor e generosidade ampliados, não eram praticadas?” (A Chave de Tudo. CPAD, pp.73,74).
“A economia doméstica deve ser considerada antes do casamento e posta em prática no seio da família, através das gerações. Os conflitos oriundos da situação financeira, com frequência, envolvem o casamento e podem arruiná-lo; por isso, convém que seja estudada a maneira correta de usar o dinheiro.
Não há liberdade moral e espiritual sem responsabilidade; por isso, a ciência das finanças é importante para os lares que desejam ter êxito e alcançar vitória. E por falar sobre a maneira correta usar o dinheiro, diz um sábio americano:
Um dólar gasto para adquirir feijão, batatas, pão, saladas, queijos, maçãs, cebolas, ameixas, cereais e café maltado compra não uma refeição, mas três — sendo ainda possível que o alimento seja mais puro que o do restaurante. Comemos estilo, luxo ou alimento?
Trata-se, portanto, de um quadro simples que demonstra como a refeição pode tornar-se três vezes mais cara, podendo resultar em a família viver sempre endividada, envolta em problemas que podem quebrar a harmonia do lar. Porém, quando a economia funciona adequadamente, além da tranquilidade possível, resultará em os filhos adquirirem fartos sentimentos de integridade e honestidade. Isso convém à família e agrada a Deus. Aprenda essa lição!” (...E Fez Deus a Família. CPAD, p.87).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2003
Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 12: O cristão, os vícios e os jogos
Data: 22 de Setembro de 2002
TEXTO ÁUREO
“Como a perdiz que ajunta ovos que não choca, assim é aquele que ajunta riquezas, mas não retamente; no meio de seus dias as deixará e no seu fim se fará um insensato” (Jr 17.11).
VERDADE PRÁTICA
Com a lassidão dos costumes e o relaxamento constante dos padrões de conduta da sociedade sem Deus, os jogos, os vícios e as diversões e práticas imorais estão sendo legalizados e considerados como coisas normais e naturais.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 9.21
A primeira embriaguez
Terça - Gn 19.32
Incesto sob o vinho
Quarta - Lv 10.9
O vinho proibido
Quinta - Jó 1.13
O vinho em família
Sexta - Pv 13.11
A riqueza efêmera
Sábado - 1Co 10.7
Folga para pecar
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Provérbios 23.31,32; Isaías 5.11,12; 28.1,7.
Provérbios 23
31 - Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.
32 - No seu fim, morderá como a cobra e, como o basilisco, picará.
Isaías 5
11 - Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice! E se demoram até à noite, até que o vinho os esquenta!
12 - Harpas, e alaúdes, e tamboris e pífanos, e vinho há nos seus banquetes; e não olham para a obra do SENHOR, nem consideram as obras das suas mãos.
Isaías 28
1 - Ai da coroa de soberba dos bêbados de Efraim, cujo glorioso ornamento é como a flor que cai, que está sobre a cabeça do fértil vale dos vencidos do vinho!
7 - Mas também estes erram por causa do vinho e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos do vinho.
PONTO DE CONTATO
Defina a palavra compulsão e discuta com a turma o seu significado em termos práticos. O que caracteriza a compulsão? O crente está sujeito a ela? A compulsão é pecado? O que significa vício? É possível um crente adquirir vícios? Deixe claro que o desejo descontrolado de jogar começa como todos os outros vícios: basta dar o primeiro passo. A recomendação expressa do apóstolo Paulo é: “fugi de toda aparência do mal”. Qualquer trânsito nessas veredas, seja qual for a justificativa, é apenas pretexto para pecar.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Não existe argumento que justifique o envolvimento do crente com nenhuma espécie de vício. O corpo do salvo é o templo do Espírito Santo. Se levarmos em conta que um abismo chama outro abismo, podemos perfeitamente supor que, ao envolver-se em um tipo de vício, o homem estará perigosamente abrindo uma brecha para que toda espécie de pecados ocupe espaço em sua vida e o domine completamente contaminando assim o templo de Deus. A Bíblia diz: “Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não terá prazer nele” (Hb 10.38). A fé que move o cristão deve estar depositada unicamente nas promessas divinas, nunca nas práticas perigosas, mundanas e carnais que levam à ruína espiritual.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Para esta aula utilize a técnica “Grupos de integração horizontal-vertical”. Como funciona? Divida a turma em 4 grupos de 4 elementos. Observe o modelo abaixo.
No exemplo abaixo, vemos que as unidades podem ser agrupadas seja de forma horizontal: AAAA, BBBB, CCCC, DDDD, seja de forma vertical: ABCD, ABCD etc.
Na primeira etapa, ou integração horizontal, os alunos se agrupam conforme o modelo AAAA. Na segunda, ou integração vertical, os alunos se agrupam conforme o modelo ABCD.
Dê a cada grupo uma situação-problema para ser debatida e concluída dentro de 10 minutos. Exemplos: 1) O alcoolismo é doença ou pecado? 2) É lícito ao cristão “beber socialmente”? 3) Por que fumar é pecado? 4) De que modo pode os filhos de pais crentes livrarem-se da influência das drogas?
Depois formam-se novos grupos, desta vez compostos de um elemento de cada grupo anterior. Nestes novos grupos cada participante explica a situação-problema debatida no seu grupo inicial e a conclusão a que se chegou.
COMENTÁRIO
introdução
Os vícios, inclusive os morais, destroem vidas e famílias. Eles também prejudicam lares cristãos. Na época em que vivemos, há uma onda de liberalismo que não vê pecado em quase nada, e favorece práticas perigosas, que podem levar à destruição espiritual, disfarçadas de “coisas que não têm nada a ver”. O verdadeiro cristão não se deixa levar por esta degeneração do mundo. O crente precisa saber que tais coisas vêm do Príncipe deste mundo — o Diabo.
III. O CRISTÃO E O FUMO
A Bíblia tem razão quando afirma: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados” (2Tm 3.13).
CONCLUSÃO
Os jogos de azar, oficializados ou não, são instrumentos prejudiciais à vida moral e social, pois levam as pessoas a confiarem na sorte, em lugar de se dedicarem com mais afinco ao trabalho honesto. Os vícios são meios destrutivos que o Diabo usa para ceifar vidas preciosas, principalmente entre os jovens, e empobrecer as famílias. Que Deus guarde a Igreja, e de modo especial a juventude para que não enverede pelos tortuosos caminhos dos jogos e dos vícios. Até o futebol de clubes e campos, que no passado era primeiro esporte e depois jogo, hoje é apenas jogo e não mais esporte como arte. Além de jogo, o futebol é, hoje, também campo de batalha entre torcidas fanáticas e a força policial.
VOCABULÁRIO
Afinco: Perseverança, persistência, constância.
Hipertensão: Elevação, acima do normal, da pressão, no interior de um órgão ou de um sistema.
Incauto: Não acautelado; imprudente.
Liberalismo: Conjunto de ideias e doutrinas que visam a assegurar a liberdade individual no campo da política, da moral, da religião, etc, dentro da sociedade.
Síndrome: Estado mórbido caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas, e que pode ser produzido por mais de uma causa.
Suscetível: Passível de receber impressões, modificações ou adquirir qualidades; capaz.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Ação Social da Igreja, Maria José Resende, CPAD.
Da Escravidão Alcoólica à Liberdade Cristã, José Messias de Melo, CPAD.
Drogas: Os Jovens Desafiam o Império do Mal, Gruner & Norbeg, CPAD.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“O primeiro pecado registrado após a inundação está ligado à nudez, e a causa disso foi a bebedeira. Este é o único evento negativo registrado nas Escrituras sobre Noé, um momento de fraqueza em que ele decidiu beber vinho e deitar-se nu em sua tenda.
Perante toda a honestidade de Noé, não sabemos com certeza se ele imaginava que ficaria bêbado, tomando o fruto da vide. Após a inundação, a terra tornou-se um lugar diferente do que era antes, e é possível, acreditam alguns sábios, que esta foi a primeira fermentação do vinho. Também não sabemos exatamente que pecado Cam cometeu. O texto mostra, porém, que ambos os outros irmãos tomaram cuidado para não olhar a nudez de Noé, até mesmo andaram de costas para evitar vê-lo. Onde estava a esposa de Noé durante este episódio da embriaguez? Ela também estava nua com ele? Muitas perguntas não podem ser respondidas totalmente” (Pureza Sexual: Como Vencer Sua Guerra Interior, CPAD, pp.207-8).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2003
Título: Ética Cristã — Confrontando as questões morais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 13: O cristão e a política
Data: 29 de Setembro de 2002
TEXTO ÁUREO
“Quando os justos triunfam, há grande alegria; mas, quando os ímpios sobem, os homens escondem-se” (Pv 28.12).
VERDADE PRÁTICA
Como cidadãos do céu, os cristãos já têm seu representante legítimo, que é o Espírito Santo de Deus. Como cidadãos da terra, precisamos influir nos destinos da nação.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Fp 4.3b
Nomes no livro da vida
Terça - Jo 1.12
Somos filhos de Deus
Quarta - Rm 8.17
Co-herdeiros de Cristo
Quinta - Fp 3.20
Nossa cidade está nos céus
Sexta - Gl 6.10
Fazer bem aos domésticos da fé
Sábado - Pv 28.12
Alegria com os justos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 8.17; Hebreus 11.13; Provérbios 28.12,28.
Romanos 8
17 - E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos para que também com ele sejamos glorificados.
Hebreus 11
13 - Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.
Provérbios 28
12 - Quando os justos triunfam, há grande alegria; mas, quando os ímpios sobem, os homens escondem-se.
28 - Quando os ímpios sobem, os homens se escondem, mas, quando eles perecem, os justos se multiplicam.
PONTO DE CONTATO
Converse com a turma sobre o conceito de política e suas implicações no dia-a-dia. Até que ponto somos afetados por ela? O que o desempenho do Presidente da República tem a ver com a minha saúde? Com a educação de meus filhos? Com o meu salário? Como a política se desdobra afetando, ou beneficiando, o cidadão tanto individual como coletivamente? De que forma a política pode atingir ou influenciar a comunidade cristã?
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
É importante saber que a política exerce influência em todas as áreas da vida, portanto, não faz sentido o crente dizer que não quer envolver-se com ela. Ainda que não seja militante nesta área, ele deve procurar estar informado sobre o desempenho de seus governantes, orar por eles, e saber que eles são eleitos para trabalhar a seu favor. Para exercer cidadania é necessário estar consciente de seus direitos e deveres, e isto demanda uma compreensão do que vem a ser o verdadeiro exercício político.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
O método de discussão, sem dúvida alguma, é o mais indicado para o estudo de temas mais complexos como a ética cristã estudada durante este trimestre. Este método oferece oportunidade para troca de ideias e opiniões entre os membros do grupo. Se usado com seriedade todos tomarão parte dele. O curioso é que ninguém pode imaginar o que virá em seguida, quando todo o grupo está pensando no que vai falar. Para que este método tenha êxito devemos levar em conta os seguintes pontos:
COMENTÁRIO
introdução
De todas as áreas da vida do cidadão, a política tem sido uma em que muitos cristãos não têm sido bem sucedidos, por não se conduzirem de modo digno diante de Deus, diante da pátria, da consciência e de seus pares, como o fizeram Daniel e seus companheiros no reino babilônico. Na realidade, porém, a política é atividade necessária ao bom ordenamento e desenvolvimento da vida de uma nação, na qual a Igreja está inserida.
III. O CRISTÃO COMO CIDADÃO NA TERRA
CONCLUSÃO
O cristão não pode ser contrário a uma atividade que busca a “conduta ideal do Estado”. Como cidadãos da terra, precisamos viver num determinado local físico e social, que faz parte de um Estado, que faz parte de um País. Esses precisam ser administrados por homens de bem. Melhor seria que fossem cristãos. Que Deus nos dé sabedoria e visão.
VOCABULÁRIO
Alvitre: Lembrança, sugestão, opinião, arbítrio, proposta, parecer.
Aspirar: Desejar ardentemente; pretender.
Distorção: Mudar o sentido, a intenção, a substância de; desvirtuar; torcer; mudar a direção, ou a posição normal de.
Ímpios: Que não tem fé; incrédulo, herege; que denota ou envolve impiedade.
Ingenuidade: Simplicidade, singeleza; ação em que não há malícia.
Irreparável: Que não se pode reparar, recuperar ou suprir.
Peregrino: Aquele que viaja para terras distantes; estranho, estrangeiro.
Pêsames: Expressão de condolência pela morte de alguém ou por alguma desgraça; condolências, sentimentos.
Requisito: Exigência legal necessária para certos efeitos; quesito.
Sufragar: Apoiar, aprovar, favorecer, com sufrágio ou voto.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Israel, Gogue e o Anticristo. Abraão de Almeida, CPAD.
O Calendário da Profecia. Antonio Gilberto, CPAD.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“A vida social envolve, por um lado, harmonia e cooperação e, por outro, conflito e colisão de interesses. O modo como trabalhamos por harmonia e resolvemos os conflitos políticos implica em política. No centro da política está o poder (...).
Os cristãos hesitam em admitir que usam o poder, mas todas as relações humanas envolvem questões de poder. Os cristãos podem se sentir mais à vontade falando sobre virtude e justiça, mas mesmo que evitemos discutir sobre o poder, não podemos fugir dele. Nem devemos, porque o poder é usado para o mal ou para o bem. O poder é a capacidade de usar ou influenciar outros a comportarem-se como você deseja (...). Precisamos de poder defensivo para nos proteger daqueles que nos fariam mal. Usamos o poder interveniente até para proteger alguém do prejuízo ou da injustiça. Necessitamos de poder econômico para cuidar de nossas famílias e nos preparar para a velhice. As nações têm necessidade de poder militar para se protegerem de agressores. Todos nadamos num mar de poder. Não chamar poder por seu verdadeiro nome e não reconhecer sua importância nas relações humanas é estar cego à realidade do poder usado contra nós e como o usamos nos outros” (Panorama do Pensamento Cristão. CPAD, pp.443,444).
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com.br