LIÇÕES BIBLICAS CPAD ADULTOS 2 TRIM-2016 A GRAÇA
LISTA DE ASSUNTOS
Lição 1- A Epístola aos Romanos
Lição 2- A Necessidade Universal da Salvação em Cristo
Lição 3- Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo
Lição 4- Os Benefícios da Justificação
Lição 5- A Maravilhosa Graça
Lição 6- A Lei, a Carne e o Espírito
Lição 7-A Vida Segundo o Espírito
Lição 8 - Israel no Plano da Redenção
Lição 9 - A Nova Vida em Cristo
Lição 10 - Deveres Civis, Morais e Espirituais
Lição 11- A Tolerância Cristã
Lição 12 - Cosmovisão Missionária
Lição 13 - O cultivo das relações interpessoais
Lições Bíblicas CPAD
Jovens2º Trimestre de 2016
Título: Eu e minha casa — Orientações da Palavra de Deus para a família do Século XXI
Lição 1: A instituição da Família
Data: 03 de Abril de 2016
TEXTO DO DIA
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24).
SÍNTESE
A instituição da família foi o primeiro projeto plural de Deus para a humanidade; com ela, o Senhor estabeleceu as bases da vida em sociedade.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Gn 2.18
Família é ideia de Deus
TERÇA — Gn 2.8
Família é lugar de proteção
QUARTA — Gn 6.18,21
Família é lugar de salvação
QUINTA — Gn 24.38
Família é lugar de bênção
SEXTA — 2Tm 1.5; 3.15
Família é lugar de aprendizado
SÁBADO — Lc 1.80
Família é lugar de crescimento
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
MOSTRAR que o propósito de Deus é que o homem viva em família, não sozinho;
EXPLICAR em que consiste a família;
VALORIZAR os ensinamentos recebidos no ambiente familiar.
INTERAÇÃO
Caro professor, neste trimestre estudaremos acerca da família, um dos pilares da sociedade, cujos valores têm sido relativizados. Você terá a oportunidade de discutir com os jovens assuntos como o surgimento da família, suas mudanças históricas, como se preparar para construir um novo lar, os papéis do marido e mulher, a importância da comunicação entre seus membros e os diversos conflitos nesse contexto, bem como a família de Jesus e a família no século XXI. O comentarista, Reynaldo Odilo Martins Soares, é evangelista, juiz de direito (atua em Vara de Família), graduado em Direito pela UFRN, pós-graduado em Direito Processual pela UnP, mestre e doutorando pela Universidade do País Basco — Espanha.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para a aula de hoje, sugerimos que você inicie falando a respeito de sua vida familiar (informações que seus alunos não saibam), depois solicite aos alunos que façam o mesmo (indague-os sobre o que você desconhece), dessa forma o tema do trimestre será contextualizado e vocês se conhecerão um pouco mais.
Tenha cuidado com o tempo e, caso haja muitos alunos, limite o número de participantes.
No tópico III, outros alunos poderão participar relatando algum aprendizado relevante que obtiveram no seio da família.
TEXTO BÍBLICO
Gênesis 2.18-25.
Provérbios 23
18 — E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
19 — Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
20 — E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 — Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 — E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 — E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
24 — Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
25 — E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Em toda narrativa bíblica, quando o Todo-Poderoso decidiu fazer algo significativo, Ele formou uma equipe. O próprio Jesus, sendo Deus, poderia realizar qualquer coisa sem a cooperação de outros, entretanto preferiu convocar doze indivíduos para, juntos, anunciarem as Boas-Novas de salvação. Aliás, o próprio Deus é Triúno (Pai, Filho e Espírito Santo). Assim, quando o Eterno pensou na vida na Terra, resolveu estabelecer um projeto plural para o homem, o qual não deveria estar só. Por isso, criou Eva, não objetivando que ela fosse igual a Adão, uma concorrente, mas que o auxiliasse e o complementasse. Com o homem e a mulher Deus instituiu a família — o centro de todo o desenvolvimento dos seres humanos (Gn 1.28). O objetivo de Deus era que a sua presença, por intermédio da primeira família, se expandisse, pois nesse ambiente de preparação para a vida em sociedade, eles conheceriam o Senhor e aprenderiam os fundamentos espirituais, morais e sociais para a plena realização humana.
Pense!
Como resolver o problema humano da necessidade de companhia? Vale à pena esperar pelo tempo de Deus?
Ponto Importante
Há momentos em que é preciso estar sozinho, mas Deus nunca projetou uma vida inteiramente sem companhia para ninguém. Afinal, não é bom que o homem esteja só.
Os conflitos familiares de José, por exemplo, foram indispensáveis para fazer dele um “sucesso” na casa de Potifar, na prisão e, por fim, no governo egípcio. A mesma coisa pode ser dita em relação a Isaque, Jacó, Davi, Paulo, eu e você. Que tal agradecer a Deus pela magnífica experiência de viver em família, mais especificamente, de viver na sua família?
Pense!
O que fazer quando não estamos gostando da vida em família? Ir embora ou permanecer sendo moldado por Deus?
Ponto Importante
A família é o campo de treinamento que Deus usa para nos preparar para a vida. É o microcosmo da vida social.
III. ENSINAMENTOS RECEBIDOS NA FAMÍLIA
Para existir crescimento, porém, é necessário admitir as tensões. Se nos lares houvesse apenas “paz e amor”, as pessoas entrariam em choque com a realidade da vida “exterior”. Por tal razão, nas famílias sempre existem conflitos interpessoais. Alguns crônicos, outros não, pois é na ambiência da tempestade que as árvores fincam mais fortemente suas raízes no solo.
Pense!
Até que ponto minha família tem cumprido o propósito de Deus?
Ponto Importante
Por intermédio de uma vida familiar equilibrada, o homem cresce saudável em todos os sentidos.
CONCLUSÃO
Viver em família é a mais emocionante aventura da vida. Conviver com pessoas diferentes e suportá-las em amor é, sem dúvida, um exercício extraordinário de fé e obediência.
HORA DA REVISÃO
Gênesis 2.18.
Criou Eva.
Jacó.
A família.
“Se quiser ir rápido, vá sozinho; Se quiser ir longe, vá com alguém”.
SUBSÍDIO I
“Várias palavras expressando a ideia de família aparecem na Bíblia. No Antigo Testamento, o heb. bayith (lit., ‘casa’) pode significar a família que vive na mesma casa (por exemplo, 1Cr 13.14) e é frequentemente traduzido por ‘casa’ (por exemplo, Gn 18.19; Êx 1.1; Js 7.18). Mais frequentemente encontrado, é o termo heb. mishpaha com o significado de ‘parentesco’ (por exemplo, Gn 24.38-41), ‘família’ ou ‘clã’, usualmente com uma conotação mais ampla do que a do termo ‘família’ que usamos (por exemplo, Gn 10.31,32). O Novo Testamento usa o gr. oikia (‘casa’, ‘lar’, ‘os da casa’, por exemplo, Lc 19.9; At 10.2; 16.31; 18.8; 1Co 1.16) e oikiakos (‘membros do grupo familiar de alguém’, Mt 10.25,36)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2012, p.772).
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net
Lições Bíblicas CPAD
Adultos 2º Trimestre de 2016
Título: Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos
Comentarista: José Gonçalves
Lição 2: A necessidade universal da Salvação em Cristo
Data: 10 de Abril de 2016
TEXTO ÁUREO
“Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer” (Rm 3.10).
VERDADE PRÁTICA
O pecado manchou toda a raça humana e somente o sangue de Cristo é suficiente para purificá-la.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Rm 3.9
Todos os homens, depois da Queda, estão debaixo do pecado
Terça — Rm 3.10
Não há um nenhum justo sob a face da Terra, judeu ou gentio
Quarta — Rm 3.23
Todos pecaram e foram afastados da presença de Deus
Quinta — Rm 3.20
Nenhum homem pode ser justificado diante de Deus pelas obras da lei
Sexta — Rm 6.23
O castigo ou o salário para o pecado é a morte
Sábado — Rm 3.24
Somos justificados somente pela graça e redenção de Jesus Cristo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 1.18-20,25-27; 2.1,17-21.
Romanos 1
18 — Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;
19 — porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20 — Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
25 — pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!
26 — Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.
27 — E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.
Romanos 2
1 — Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo.
17 — Eis que tu, que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus;
18 — e sabes a sua vontade, e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído por lei;
19 — e confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas,
20 — instruidor dos néscios, mestre de crianças, que tens a forma da ciência e da verdade na lei;
21 — tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?
HINOS SUGERIDOS
235, 291 e 294 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que o pecado manchou toda a raça humana, por isso, todos necessitam de salvação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Explicar a necessidade de salvação da humanidade.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Adão e Eva pecaram ao desobedecer a Deus. O pecado deles afetou toda a humanidade, por isso, as Escrituras afirmam que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). O castigo para o pecado é a morte, porém Deus por sua infinita graça, amor e misericórdia, enviou seu filhos Jesus Cristo ao mundo para morrer por nossos pecados. O Filho de Deus morreu pelos judeus e gentios, pois ambos necessitam de salvação. Somente Jesus Cristo pode salvar o homem libertando-o do pecado. A salvação não pode ser alcançada pelo cumprimento da Lei ou por qualquer tipo de esforço ou sacrifícios humanos. Somos libertos do poder do pecado unicamente pela graça de Jesus Cristo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje teremos a oportunidade de compreender que o pecado, em sua universalidade, atingiu os gentios, os judeus e toda a raça humana. Todos ficaram debaixo do impiedoso jugo do pecado. A necessidade de uma salvação universal, na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo é um tema bastante claro na argumentação do apóstolo Paulo em Romanos 1.18 a 3.20.
Paulo nos mostra em Romanos que tanto os pagãos, que estavam nas trevas do pecado, quanto os judeus, que se orgulhavam de possuir a Lei divina entregue a Moisés no Sinai, estão sob o domínio do pecado. Veremos nesta lição que somente a revelação da justiça de Deus em Cristo Jesus é suficiente para salvar tanto os judeus quanto os gentios.
PONTO CENTRAL
O pecado afetou toda a raça humana, por isso, todos precisam de salvação.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Os gentios necessitam de salvação, pois também foram afetados pela Queda.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Paulo retratou claramente a inevitável decadência em direção ao pecado. Primeiro, as pessoas rejeitaram a Deus; em seguida, elaboraram seu conceito de como Ele deveria ser; depois cedem a toda espécie de iniquidades: ganância, ódio, inveja, crimes, lutas, engano, malícia; finalmente, chegam a odiar a Deus e a encorajar os outros a fazerem o mesmo. Mas Ele não é o agente dessa progressão em direção ao mal. Quando as pessoas o rejeitam, Deus permite que elas vivam como desejam. Permite que experimentem as consequências naturais dos pecados que praticam. Uma vez preso nesse movimento descendente rumo ao pecado, ninguém poderá libertar-se por suas próprias forças. Os pecadores devem confiar somente em Cristo para libertá-los da destruição” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, p.1553).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Os judeus, embora fosse o povo escolhido de Deus, também necessitam de salvação.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“‘Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade’ (Rm 2.2). Que podemos entender nessa declaração? O julgamento de Deus é instituído aqui em razão dos pecados do paganismo e do falho moralismo dos judeus em condenar os gentios. A questão da condenação do pecado é uma só para todos. Uma vez que tenha pecado, qualquer um incorre na condenação de Deus. Paulo declara que os gentios pecaram (1.18-32) e os judeus também pecaram (2.17 — 3.8). Portanto, uma vez que, tanto judeus como gentios pecaram, todos carecem da justiça de Deus (3.9-20).
O judeu cria que possuía privilégio especial, e por isso poderia escapar do juízo já conhecido para os gentios, mas a realidade era que o juízo seria ‘segundo a verdade’. Esta expressão ‘segundo a verdade’ significa que o julgamento divino seria conforme a culpa de cada um, baseada nos pecados cometidos por cada um. O judeu interpretava erradamente a misericórdia, pois imaginava como um ato de tolerância divina com o pecado.
[...] Deus demonstrou aos judeus sua ‘bondade, tolerância e longanimidade’, a fim de que eles deixassem o pecado e se arrependessem. Mas não fizeram caso dessa ‘riqueza’ (2.4) e, por isso, por sua ‘dureza e impenitência’ (falta de arrependimento), e por julgarem negativamente o propósito divino, entesouraram para si ‘ira para o dia da ira’ (2.5). Qual é o dia da ira? É o dia do ajuste de contas. É o dia quando a balança julgadora de Deus vai pesar nossos atos e, mediante seu peso, serão julgados. É o dia da retribuição ao pecado e da sua inevitável punição” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição.ed. RJ: CPAD, 2005, pp.39-40).
III. A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO DA HUMANIDADE (Rm 3.9-20).
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Todos, judeus e gentios, pecaram e necessitam da salvação que só pode ser encontrada em Jesus Cristo.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Não há um justo, nem um sequer (3.9-18). Paulo havia argumentado que tanto os judeus quanto os gentios haviam pecado, e não alcançaram a glória de Deus. Agora ele prova essa observação citando vários Salmos. Seus leitores judeus poderiam rejeitar seu argumento, mas dificilmente rejeitariam o veredicto das palavras que eles sabem que são palavras de Deus.
‘Tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus’ (3.19,20). A palavra bupodikos foi usada no sentido legal de ‘passível de punição’. A lei moral, na qual esperam o judeu e o gentio de boa moral, provou não ser uma fonte de esperança, e sim o padrão pelo qual foi estabelecido o insucesso deles. Assim, a lei não é marco de estrada nos direcionando à recompensa divina, mas espelho que, quando usado corretamente, nos revela nossos pecados” (RICHARDS, Lawrence. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.292).
CONCLUSÃO
A universalidade do pecado, isto é, que todos os homens estão debaixo da condenação eterna, é uma doutrina claramente demonstrada na Epístola aos Romanos. Por outro lado, o universalismo, doutrina herética que afirma que todos os homens, independentemente se acreditam em Cristo ou não, no fim de tudo, serão salvos, é claramente rejeitada nessa mesma carta.
Cabe a nós, portanto, conhecedores desses fatos, viver essa bendita salvação e compartilhá-la com quem ainda não a possui.
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
Segundo a lição em que culmina a atitude de rebelião contra Deus?
Essa atitude de rebelião contra Deus culmina com a adoração idólatra que põe a criatura em lugar do Criador.
A ignorância espiritual conduz a quê?
A ignorância espiritual conduz à idolatria religiosa.
Os judeus moralistas estavam em melhor situação espiritual que os gentios?
Não. A argumentação de Paulo é que tanto os gentios como os judeus sem Cristo estão debaixo da condenação do pecado (Rm 3.9).
O que produziu o conhecimento da Lei, sem a devida interiorização das normas e preceitos?
Apenas o conhecimento da letra da Lei, sem a devida interiorização das suas normas e preceitos, conduziu o judaísmo a um moralismo estéril e farisaico.
Segundo Paulo, qual a vantagem de ser judeu?
“Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas” (Rm 3.1,2).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A necessidade universal da Salvação em Cristo
Caro professor, abordaremos a seção da Epístola aos Romanos que se inicia em Romanos 1.18 e se encerra em 3.9. Observando a estrutura da lição ora estudada: I. A necessidade da salvação dos gentios; II. A necessidade da salvação dos judeus; III. A necessidade da salvação da humanidade percebemos que o comentário segue a estrutura que o apóstolo Paulo estabeleceu nesta seção de Romanos, 1.18-3.9. E fundamental que a organização da estrutura da epístola esteja bem clara em sua mente.
Sobre os gentios
Na seção de Romanos 1.18-32, é demonstrada com muita clareza a situação dos gentios diante de Deus. Eles não reconheceram a Deus, que se manifestou por intermédio da criação, fazendo que o Pai Celestial os entregasse “aos desejos dos seus corações, à impureza”. Esta expressão é uma das mais importantes no desenvolvimento da explicação de Paulo em relação à situação dos gentios. Os principais estudiosos dessa epístola concordam que a expressão “Deus os entregou” não tem o sentido de uma condição “decretada” por Deus para que os gentios jamais se arrependessem, mas, pelo contrário, seria uma deliberação divina permitindo que o gentio seguisse o seu próprio caminho de futilidade de vida, aprofundando mais no pecado e na imundícia, pois na verdade esta seria uma consequência natural de escravidão do pecado. Como frisa C. E. B Cranfield, esta condição não seria um “privilégio” só dos gentios, mas de toda a humanidade, mostrando assim que a sessão 1.18-32 também engloba a realidade dos judeus, que, de maneira oculta, repetia o caminho dos gentios (2.1). Ou seja, ainda assim Deus não perderia de vista a possibilidade do mais vil pecador se arrepender, pois Ele quer que todos os homens sejam salvos (1Tm 2.4).
Sobre os judeus
Ora, a eleição dos judeus como povo de Deus deveria lhes trazer humildade, gratidão e quebrantamento. Mas aconteceu o contrário. A soberba, a ingratidão e a dura cerviz fizeram com que esse povo vivesse de maneira hipócrita perante Deus. Enquanto criticava os gentios, ele ocultamente vivia os caminhos do ser humano escravo do pecado. Por isso, o homem judeu não tinha a desculpa de ser filho de Abraão, pois na prática era filho do pecado: “Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós” (Rm 2.23,24 cf. vv.17-22).
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net
Lições Bíblicas CPAD Adultos
2º Trimestre de 2016
Título: Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos
Comentarista: José Gonçalves
Lição 3: Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo
Data: 17 de Abril de 2016
TEXTO ÁUREO
“E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus” (Rm 4.20).
VERDADE PRÁTICA
A justificação dos pecados diante de Deus ocorre somente pela fé.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Rm 4.2
Abraão foi justificado pela fé e não pelas obras da carne
Terça — Rm 4.3
Abraão creu em Deus e por isso Ele o aceitou e justificou
Quarta — Rm 4.6
Feliz é o homem a quem Deus imputa a sua justiça
Quinta — Rm 4.7
Felizes são aqueles a quem o Senhor perdoa as iniquidades
Sexta — Rm 4.9
A Palavra de Deus afirma que a fé foi imputada como justiça a Abraão
Sábado — Rm 4.16
Salvação somente pela fé, mediante a graça divina
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 4.17-22.
17 — (como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí), perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos e chama as coisas que não são como se já fossem.
18 — O qual, em esperança, creu contra a esperança que seria feito pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência.
19 — E não enfraqueceu na fé, nem atentou para o seu próprio corpo já amortecido (pois era já de quase cem anos), nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara.
20 — E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus;
21 — e estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.
22 — Pelo que isso lhe foi também imputado como justiça.
HINOS SUGERIDOS
27, 156 e 464 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Explicar que somos justificados diante de Deus somente pela fé e não pelas obras da carne.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Explicar como Paulo utilizou o exemplo de Abraão para tratar a respeito da justificação pela fé.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, a lição de hoje trata a respeito de uma das doutrinas mais importantes apresentadas por Paulo na Epístola de Romanos — a justificação pela fé. Ressalte, no decorrer de toda a lição, que ninguém pode ser justificado diante de Deus pela Lei ou pelas obras da carne. O caminho da justificação é somente pela fé na obra expiatória de Jesus Cristo. Paulo mostra que Cristo é o único caminho para que judeus e gentios sejam absolvidos da penalidade do pecado. O apóstolo, de maneira sábia, utiliza o exemplo do patriarca Abraão para desfazer a ideia errada que os judeus tinham de que a aceitação de Deus era obtida mediante as obras da Lei.
Glória a Deus, pois na Nova Aliança, tudo que recebemos da parte do Senhor, inclusive a salvação, é decorrente única e exclusivamente da graça de Deus.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos a doutrina bíblica da justificação pela fé, conforme a Carta aos Romanos nos capítulos 3.1- 4.25. Esses textos contêm uma das mais contundentes defesas de Paulo em favor da justificação pela fé, independente das obras. Para uma melhor compreensão deste tema tão relevante, a argumentação do apóstolo será dividida em três partes: a justificação manifestada, a justificação contestada e a justificação exemplificada. A chamada de Abraão, o grande patriarca de Israel, será a base da argumentação de Paulo para provar a doutrina da justificação somente pela fé. O argumento de Paulo é que todas as bênçãos de Deus e todas as suas promessas são frutos da sua graça para conosco.
PONTO CENTRAL
A justificação diante de Deus é somente pela fé.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Paulo nos mostra como Deus manifestou a sua justificação para alcançar os gentios e judeus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“A Doutrina da Justificação
A estudarmos a Doutrina do Pecado descobrimos que ninguém pode ser justificado pela justiça humana. Entretanto, é na doutrina da justificação, no texto de 3.1 a 5.21, que o pecador encontra o caminho da justificação, através da obra expiatória de Cristo. No primeiro estado, o pecador está perdido e sem possibilidade alguma de se justificar diante de Deus. No segundo estado, o pecador encontra Cristo que o justifica.
É a partir do capítulo 3.21 que o pecador, judeu ou gentio, encontra um novo caminho através dos méritos de Cristo Jesus. É aqui que ele pode ser perdoado e declarado livre da pena do seu pecado, perante Deus.
Justificação significa absolvição da culpa, cuja pena foi satisfeita. Significa ser declarado livre de toda culpa tendo cumprido todos os requisitos da lei.
Justificação é um termo forense que denota um ato judicial da administração da lei. Esse ato judicial legaliza a situação do transgressor perante a lei e o torna justo, isto é, livre de toda a condenação. Cristo assumiu a pena do pecador e foi sentenciado no lugar do pecador. Ele sofreu a pena contra o pecador. Cumprida a pena, o veredicto final da justiça divina é a justificação do pecador. Entende-se então que ser justificado não significa que a justiça tenha sido adiada, ou que ela não tenha sido cumprida” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.52).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A justificação anunciada por Paulo se opunha a ideia que os judeus tinham da salvação por méritos religiosos.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Professor, o subtópico três mostra que o antinomismo se opõe a justificação. Antes de discorrer a respeito do assunto faça a seguinte indagação: “O que é antinomismo?”. Ouça os alunos com atenção e explique que “literalmente significa contra a lei. Doutrina que assevera não haver mais necessidade de se pregar nem de se observar as leis morais do Antigo Testamento. Calibrando esta assertiva, alegam os antimonistas que, salvos pela fé em Cristo Jesus, já estamos livres da tutela de Moisés.
Ignoram porém, serem as ordenanças morais do Antigo Testamento pertencentes ao elenco do direito natural que o Criador incrustara na alma de Adão. Como podemos desprezar os Dez Mandamentos? Todo crente piedoso os observa, pois o Cristo não veio revogá-los; veio cumpri-los e sublimá-los. Além do mais, as legislações modernas estão alicerçadas justamente no Decálogo” (ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. 8ª Edição. RJ: CPAD, 1999, p.44).
III. A JUSTIFICAÇÃO EXEMPLIFICADA (Rm 4.1-25)
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Paulo se utiliza do exemplo do patriarca Abraão para mostrar que a justificação é somente pela fé.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Paulo diz que, se Abraão, o pai dos judeus segundo a carne, tivesse sido julgado por obras ou justiça própria, teria que gloriar-se diante de Deus. Porém o que aprendemos é que Abraão foi como qualquer outro homem, pecador e sem justiça nenhuma. Ele foi declarado justo por meio da fé (Rm 4.3). Os judeus vangloriavam-se em Abraão e criam que isto lhes garantiria a justificação, apenas por serem ‘filhos de Abraão segundo a carne’. Os versículos 4 e 5, apresentam dois modos de justificação: por méritos e por graça.
A justificação por méritos se baseia nas obras do homem para obter a sua salvação. A justificação por graça baseia-se sobre o princípio da fé. Deus justifica o pecador pela fé. Ele imputa justiça ao que crê, isto é pela graça de Deus” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.59).
CONCLUSÃO
Chegamos ao final de uma importante lição sobre a doutrina da justificação pela fé. Nesta lição aprendemos que Paulo recorreu a experiência do patriarca Abraão para argumentar contra a crença judaica que associava a aceitação das obras como garantia de justificação diante de Deus. Para Paulo isso não poderia ser verdade já que o velho patriarca não possuía mérito algum quando recebeu as promessas de Deus. As bênçãos recebidas por ele, assim como as da Nova Aliança, decorrem exclusivamente da graça de Deus em resposta a fé.
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
Segundo a lição, por que os gentios estavam debaixo da ira de Deus?
Os gentios estavam debaixo da ira de Deus, porque falharam em conhecê-lo.
Na pessoa de quem Deus tornou conhecido o seu grande amor para com os pecadores?
Na pessoa de Jesus Cristo.
Existem méritos humanos quando a graça de Deus se manifesta?
A doutrina da justificação pela fé diz que não há mérito humano quando a graça de Deus se manifesta.
A justificação pela fé torna a lei desprezível?
A resposta de Paulo é não! Porém, judeu nem tampouco gentio algum foi capaz de cumprir a Lei.
Qual era a função da lei?
A Lei tinha a função de servir de condutora até Cristo.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo
Para explicar a doutrina da Justificação pela Fé, o apóstolo Paulo usa dois tipos de linguagem na carta: a do judiciário e a do sistema de sacrifício levítico. Como o apóstolo pretende convencer o seu público leitor, os judeus, bem como os gentios, de que mais do que observar o sistema de Lei como requisito para a salvação, Deus havia manifestado a sua graça justificadora lá no tempo da Antiga Aliança por intermédio do pai da fé, Abraão, o apóstolo afirma com todas as letras: “Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós. [...] Pelo que isso lhe foi também imputado como justiça” (Rm 4.16,22). Dessa forma, o apóstolo argumentava ao judeu de que, mesmo o gentio não tendo a Lei, a condição do gentio em relação a Deus em nada é inferior ao do judeu. Em Jesus, pela fé mediante a Graça de Deus, o gentio é filho de Abraão por intermédio da fé, que é pai tanto do judeu quanto do gentio achado por Deus (Rm 4.9-13).
A linguagem judiciária da Justificação
Ser justificado por Deus é ser inocentado por Ele mesmo da condição de culpado pelos atos. Ou seja, o indivíduo não tem quaisquer condições de se auto- declarar inocente ou de aliviar a sua consciência, pois sabe que nada poderá apagar a sua culpa. Por isso, Deus, em Cristo, na cruz do Calvário, nos reconciliou para sempre (2Co 5.19). De modo que o apóstolo Paulo ratifica esse milagre: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8).
A linguagem sacrifical da Justificação
Trocar o culpado pelo inocente. O sangue de Jesus Cristo foi derramado no lugar do sangue da humanidade. Foi a substituição vicária de Cristo Jesus por nós. Éramos culpados, mas Cristo se tornou culpado por nós; éramos malditos, Cristo se tornou maldito por nós; éramos dignos de morte, Cristo morreu em nosso lugar e por nós (Rm 3.25).
A linguagem judiciária e sacrifical da justificação nos mostra um Deus amoroso e misericordioso, que não faz acepção de pessoas e que deixa clara a real condição do ser humano, seja ele judeu ou gentio: somos todos carentes da graça e da misericórdia do Pai.
Caro professor, esse trecho bíblico [3.1 — 4.25] é importante para o desenvolvimento do argumento do apóstolo em sua epístola. Estude-o com rigor.
fonte www.avivamentonosul.com
Lições Bíblicas CPAD
ADULTOS 1º Trimestre de 2016
Título: Justiça e Graça — Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos
Comentarista: Natalino das Neves
Lição 4: A necessidade universal de salvação
Data: 24 de Janeiro de 2016
TEXTO DO DIA
“Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus” (Rm 3.20).
SÍNTESE
Todo ser humano estava condenado pela Lei, que aponta o pecado humano. Somente Deus poderia apresentar um meio alternativo para a necessidade universal de salvação.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Rm 3.9
Judeus e gentios estão na mesma condição diante Deus
TERÇA — Rm 3.10
Sem a graça de Deus, não há nenhum justo
QUARTA — Rm 3.11-17
O pecador que não ouve o Espírito Santo
QUINTA — Rm 3.19
A Lei não justifica
SEXTA — Rm 3.24-25
A lei serve apenas para apontar a solução
SÁBADO — Rm 3.20
O ser humano não tem como se justificar por meio de suas obras
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
MOSTRAR que os judeus e gentios necessitam de um meio eficaz para salvação;
RECONHECER que a humanidade necessita encontrar o caminho da paz;
EXPLICAR que a humanidade necessita da solução para o pecado.
INTERAÇÃO
Caro(a) professor(a), precisamos caminhar lentamente junto com o apóstolo Paulo. Perceba a paciência e o cuidado de um bom mestre nas lições que estudamos até aqui, o que continuará também nas lições posteriores. O apóstolo começa com a saudação, apresentando suas credenciais, elogiando o que os membros da igreja de Roma tinham de positivo, incentivando-os a continuarem no Caminho. Ele demonstra seu carinho e a vontade de estar com eles. Testemunha o poder do Evangelho em sua vida e a importância de perseverar nele, de fé em fé. Em seguida, ele começa apresentar a condição de indesculpabilidade dos gentios e judeus até chegar ao momento desta lição atual. Neste estágio do comentário do apóstolo, por meio de forte argumentação, ele demonstra que todos nós, independente de raça, cor, gênero, classe social, entre outros, estamos na mesma situação (mesmo barco) e necessitamos de uma mesma solução para a justificação diante de Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para exemplificar a situação de igualdade entre judeus e gentios e da humanidade, sugerimos que utilize a figura de uma canoa com algumas pessoas dentro. As pessoas devem estar em lados opostos. Diga que as pessoas do lado oposto da canoa simbolizam os judeus. Os gentios estão em lados diferentes, mas ambos na mesma canoa. Diga que a canoa apresenta um furo em um dos lados e se a situação atual continuar é inevitável o naufrágio. No entanto, os personagens que estão do lado que não apresenta o furo se sentem protegidos, não correndo o risco de morrerem afogados. Estes são como cegos, por não querer ver que estão na mesma canoa, sujeitos a mesma sentença: morrerem afogados. Esta era a atitude dos judeus que se julgavam protegidos pela Lei e a circuncisão, mas que Paulo demonstra estarem na mesma condição dos gentios, injustificados e condenados à ira de Deus. Judeus e gentios no mesmo barco e em situação de risco fatal, pois o barco está furado.
TEXTO BÍBLICO
Romanos 3.9-20.
9 — Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado,
10 — como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.
11 — Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus.
12 — Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
13 — A sua garganta é um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;
14 — cuja boca está cheia de maldição e amargura.
15 — Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
16 — Em seus caminhos há destruição e miséria;
17 — e não conheceram o caminho da paz.
18 — Não há temor de Deus diante de seus olhos.
19 — Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.
20 — Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nas lições anteriores vimos que nem os gentios com seu conhecimento natural e racional, nem os judeus com a Lei e a circuncisão, foram justificados diante de Deus. Como o conceito de mundo judaico se divide entre judeus e gentios, o apóstolo apresenta a realidade de que todos são indesculpáveis e precisam de um meio eficaz de salvação. Para isso, ele primeiro reforçará o conceito de que tanto judeus como gentios eram indesculpáveis, em seguida demonstrará o estado pecaminoso do ser humano no sentido universal e esclarecerá que a Lei era insuficiente para justificação e salvação de qualquer ser humano, apontando para Cristo como a saída.
Pense!
Não adianta recorrer às filosofias humanas nem à religiosidade ou ao legalismo para alcançar a paz.
Ponto Importante
Não adianta ter pressa para apresentar a solução sem antes analisar o problema.
Pense!
Você tem vivido em paz? A paz que excede todo entendimento, que prevalece mesmo nas tempestades?
Ponto Importante
Os judeus davam muito valor aos escritos do Antigo Testamento, onde se apegavam para justificar suas crenças e atitudes.
III. A HUMANIDADE NECESSITA DA SOLUÇÃO PARA O PECADO (Rm 3.19,20).
Pense!
Jovem, se todas as pessoas são iguais perante Deus, com tendências a pecar e não tendo como se justificar pelas suas obras, porque existem tantas pessoas nas igrejas, dizendo-se discípulas de Cristo, que se vangloriam e agem como se fossem melhores e mais santas do que as outras?
Ponto Importante
O fato de a Lei não ser suficiente para justificar o ser humano, não quer dizer que ela não teve uma função específica. Segundo Paulo, ela serviu como “aio” para conduzir o pecador até Cristo.
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos que toda humanidade esta na mesma situação de culpabilidade diante de Deus, pois nem a Lei, circuncisão nem a filosofia puderam justificar o ser humano.
HORA DA REVISÃO
Estamos na mesma condição. Nós, como membros da igreja não somos melhores ou piores do que os gentios e judeus da época de Paulo, mas estamos na mesma condição, humanamente falando, indesculpáveis diante de Deus e dependentes da graça de Deus, por meio de Cristo Jesus.
Jesus, em diversas ocasiões, criticou a hipocrisia dos mestres da lei e fariseus.
O autor cita os Salmos 5.10 e 140.4 para falar sobre o perigo da língua e das trapaças. Para discorrer sobre língua, Tiago 3.1-12 é uma leitura obrigatória.
O versículo 19: “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus” (Rm 3.19).
A função da Lei era dar consciência tanto a judeus como gentios de sua culpabilidade e conduzi-los à Cristo, a solução para o pecado da humanidade.
SUBSÍDIO
“[...] Falsos mestres dizendo-se cristãos ensinavam que depois do recebimento da salvação, o cristão tinha de obedecer a todas as normas e regulamentos da lei do Antigo Testamento. Paulo entrou em ação para corrigir este falso ensino. Ele mostrou que a salvação é um dom gratuito de Deus, recebido mediante a fé na obra expiatória de Jesus Cristo, dom esse gratuito, proveniente da graça de Deus. Para serem salvos os gálatas não dependiam das obras, e também não dependiam disso para continuarem salvos. A lei do Antigo Testamento não podia evitar que o ser humano, não importando quão bom fosse, praticasse o mal; entretanto, esta mesma lei o declarava culpado. A decisão para obedecer ou desobedecer à Lei era responsabilidade de cada pessoa que a recebia. Se alguém escolhesse desobedecer à Lei teria de arcar as inevitáveis consequências. Lendo a história da nação de Israel no Antigo Testamento, vemos que o povo escolhido de Deus desobedeceu à Lei muitas vezes e sofreu por causa da desobediência. Deus sabia que o homem por seu próprio esforço não podia cumprir a Lei. Eis por que Ele concedeu-lhe que oferecesse sacrifícios substitutos como expiação pelo pecado. Tais sacrifícios eram repetidos continuamente, por serem imperfeitos, mas quando veio o Senhor Jesus Cristo, o sacrifício perfeito, Ele ofereceu-se uma vez para sempre como nossa expiação e cumpriu todas as exigências da justa lei divina” (GILBERTO, Antônio. O Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vida do Crente. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, pp.147-148).
fonte www.avivamentonosul.com
Lições Bíblicas CPAD
Adultos
2º Trimestre de 2016
Título: Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos
Comentarista: José Gonçalves
Lição 5: A maravilhosa Graça
Data: 1º de Maio de 2016
TEXTO ÁUREO
“Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm 6.14).
VERDADE PRÁTICA
Cristo Jesus é a graça divina manifestada em forma humana.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Rm 3.24
A graça do Senhor Jesus Cristo provê a justificação
Terça — Cl 1.29
A graça nos capacita para o trabalho e o combate
Quarta — Ef 1.3
A graça nos concede bênçãos espirituais nos lugares celestiais
Quinta — Ef 2.13
A graça nos aproximou e nos reconciliou com Deus
Sexta — Ef 2.8
A graça é resultado da misericórdia do Todo-Poderoso
Sábado — Jo 3.16
A graça é resultado do amor de Deus pela humanidade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 6.1-12.
1 — Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante?
2 — De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?
3 — Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
4 — De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
5 — Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;
6 — sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado.
7 — Porque aquele que está morto está justificado do pecado.
8 — Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos;
9 — sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele.
10 — Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.
11 — Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor.
12 — Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;
HINOS SUGERIDOS
5, 400 e 577 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que Cristo Jesus é a graça divina manifestada em forma humana.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Relacionar os frutos da graça.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, dando continuidade ao estudo da Epístola aos Romanos, analisaremos nesta lição o capítulo seis. No capítulo cinco Paulo trata da nossa justificação pela fé no sacrifício de Jesus Cristo. No capítulo seis ele vai abordar a respeito da nova vida em Cristo. O apóstolo mostra que o nosso velho homem já foi crucificado com Cristo. Não somos mais escravos do pecado, pois este foi destruído na cruz. Pela fé morremos para o pecado e como novas criaturas precisamos viver para Deus, em obediência e santidade. Como novas criaturas não alcançamos a perfeição, somos tentados e vivemos em um mundo que jaz no maligno, mas desde o momento que tomamos a decisão de viver pela fé, para Cristo, somos livres do poder do pecado, pois agora o próprio Cristo habita em nós (Gl 2.20).
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
O capítulo cinco da Epístola aos Romanos mostra o triunfo da graça sobre o pecado. Paulo já havia falado a respeito da justificação, mas o que significava isso na prática? Que implicações teria na vida dos crentes? O apóstolo não procurou filosofar a respeito da origem do pecado e suas consequências. Ele buscou mostrar, de forma clara, como Deus resolveu essa questão. A graça de Deus nos justificou, abolindo o domínio do pecado e fazendo-nos viver livres em Cristo.
PONTO CENTRAL
Jesus Cristo é a revelação do amor e da graça de Deus.
Infelizmente, o antinomismo tem ganhado força em nossa sociedade, passando a ser socialmente aceito até mesmo dentro das igrejas evangélicas. Esta é uma doutrina venenosa, que erroneamente faz com que a graça de Deus pareça validar todo tipo de comportamento contrário à Palavra de Deus. Em geral, tal pensamento vem “vestido” de uma roupagem espiritual, porém o antinomista costuma ser relativista quando se utiliza da expressão “não tem nada a ver”.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O antinomismo e o legalismo são inimigos da graça.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“[...] É preciso compreender e comparar dois aspectos da salvação, que são: o aspecto legal e o aspecto ético e moral. No aspecto legal está a justificação, que trata da quitação da pena do pecado. Significa que a exigência da Lei foi cumprida. Porém, no aspecto moral, está a santificação que trata da vivência cotidiana após a justificação. Como compreender então a relação entre a justificação e a santificação?
Em primeiro lugar, a santificação trata do nosso estado, assim como a justificação trata da nossa posição em Cristo. Observe isto: Na justificação somos declarados justos. Na santificação nos tornamos justos. A justificação é a obra que Deus faz por nós como pecadores. A santificação diz respeito ao que Deus faz em nós. Pela justificação somos colocados numa correta e legal relação com Deus. Na santificação aparecem os frutos dessa relação com Deus. Pela justificação nos é outorgada a segurança. Pela santificação nos é outorgada a confiança na segurança. Em segundo lugar, a santificação envolve, também, o aspecto posicional. Na justificação o crente é visto em posição legal por causa do cumprimento da Lei, na santificação o crente é visto em posição moral e espiritual. Posicionalmente, o crente é visto nesses dois aspectos abordados que são: o legal e o moral. Legalmente, ele se torna justo pela obra justificadora de Jesus Cristo. Moralmente, ele se torna santo por obra do Espírito Santo” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, pp.73,74).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A graça destrói o domínio do pecado na vida daqueles que pela fé aceitam a Jesus Cristo.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
No segundo tópico estudamos a respeito de dois inimigos da graça: o antinomismo e o legalismo. Se desejar, leia para os alunos a seção "Conheça Mais" que apresenta uma definição para o termo. Quando ao legalismo, se desejar leia o subsídio abaixo a fim de que os alunos compreendam o termo.
“[Do lat. legale + ismo] Tendência a se reduzir a fé cristã aos aspectos puramente materiais e formais das observâncias, práticas e obrigações eclesiásticas.
No Novo Testamento, o legalismo foi introduzido na Igreja Cristã pelos crentes oriundos do judaísmo que, interpretando erroneamente o Evangelho de Cristo, forçavam os gentios a guardarem a Lei de Moisés.
Contra o legalismo, insurgiu-se Paulo. Em suas epístolas aos gálatas e aos romanos, o apóstolo deixou bem claro que o homem é salvo unicamente pela fé em Cristo Jesus, e não pelas obras da Lei” (ANDRADE, Claudionor Corrêa de Andrade. Dicionário Teológico. 17ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.251).
III. OS FRUTOS DA GRAÇA
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Dois são os frutos da graça, a liberdade em Jesus Cristo e a santificação.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Consagração do corpo mortal
‘Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões’ (Rm 6.1). Entendemos que o pecado opera por meio do corpo. Da mesma forma que o corpo pode ser consagrado a Deus (Rm 12.1), pode também ser dedicado ao pecado. É claro que o corpo, por si mesmo não pode fazer nada, pois é controlado pela mente. Entretanto, quando o pecado domina a mente do homem, ele controla as ações do corpo. A mente pertence ao domínio da alma humana, e quando a primeira alma inteligente (Adão — Rm 5.12) pecou, todo o seu corpo foi dominado pelo pecado. Quando Paulo exorta os que já haviam experimentado a regeneração dizendo: ‘Não reine o pecado em vosso corpo mortal’, ele estava mostrando aos crentes, romanos que, uma vez que foram justificados, resta-lhes agora viver como tais, na santificação do Espírito” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.77).
CONCLUSÃO
Vimos nesta lição quem são os inimigos da graça, conhecemos a vitória da graça e os seus frutos. Tudo que temos e tudo que somos só foram possíveis pela graça de Deus. Essa graça é que trouxe salvação. “Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens”. Que venhamos viver segundo a recomendação de Tito, renunciando à impiedade e vivendo neste presente século de forma sóbria, justa e piamente (Tt 2.11,12).
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
Segundo a lição, cite dois inimigos da graça.
Antinomismo e legalismo.
Em que os antinomistas acreditavam?
Os que erroneamente aceitavam tal pensamento acreditavam que quanto mais pecarmos mais graça receberemos. Em outras palavras, a graça não impõe limite algum.
Para o legalista qual era o único instrumento adequado para agradar a Deus?
Na mente do legalista, somente a lei de Moisés era o instrumento adequado para agradar a Deus.
Segundo a lição, o que a graça de Deus destrói?
A graça destrói o domínio do pecado.
Qual fruto a graça produz no crente?
Os frutos da liberdade e da santificação.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A maravilhosa Graça
O obstáculo à mensagem da Graça de Deus
Um dos maiores obstáculos sobre o ensino do apóstolo Paulo quanto à maravilhosa graça de Deus é a confusão feita com o Antinomismo. O prezado professor já deve ter se interado das implicações imorais que o Antinomismo traz às vidas das pessoas. A ideia do Antinomismo é promover a extinção de quaisquer espécies de preceitos morais em forma de lei a ser seguida. De modo que se qualquer cristão exigir o mínimo de um comportamento moral do outro, logo ele será denominado moralista, no sentido mais pejorativo do termo.
É claro que o apóstolo Paulo não estava ensinando no capítulo 6 a extinção de quaisquer aspectos de ordem moral. Quem criou essa confusão foram os intérpretes de Paulo, mais vinculados às doutrinas do Gnosticismo, ao ponto de defenderem a estapafúrdia ideia de que quanto mais “o crente pecar mais a graça o alcançará”, uma interpretação transloucada de Romanos 5.20b: “Mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça”.
A analogia entre Adão e Cristo
Ora, qualquer estudante sério das Escrituras sabe que o versículo acima é a culminação da analogia de que o apóstolo faz entre Cristo e Adão (de acordo com o que estudamos na lição 4). Bem como explicou o erudito John Murray, a entrada e a universalidade totalitária do pecado neste mundo, bem como o juízo e a morte, estão ambos vinculados à pessoa de Adão (onde o pecado superabundou). Entretanto, a entrada da justiça divina, o predomínio da graça, da justificação, retidão e da verdadeira vida estão ligadas a Jesus Cristo (onde superabundou a graça). Neste aspecto, o apóstolo quer mostrar que a história da humanidade gira em torno desses dois eixos, Adão e Jesus.
A doutrina da maravilhosa graça de Deus nos mostrará que o homem dominado pelo pecado só pode ser livre desse domínio pela graça divina. Neste sentido, ela é libertadora, pois livra o ser humano do senhorio do mal; ela é vida, pois destrói o reinado da morte; ela é eterna, pois faz o ser humano levantar-se da morte para a vida plena.
O ser humano nascido de novo tem gerado dentro dele uma nova consciência que, mesmo quem não conheceu a Lei de Moisés, manifesta a ética e o comportamento baseado no Amor de Deus de maneira consciente e sincera (Gl 5.22-24). Ou seja, o Espírito Santo é quem convenceu este ser humano do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11). Por isso, a graça é maravilhosa!
Lições Bíblicas CPAD
Adultos
2º Trimestre de 2016
Título: Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos
Comentarista: José Gonçalves
Lição 5: A maravilhosa Graça
Data: 1º de Maio de 2016
TEXTO ÁUREO
“Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm 6.14).
VERDADE PRÁTICA
Cristo Jesus é a graça divina manifestada em forma humana.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Rm 3.24
A graça do Senhor Jesus Cristo provê a justificação
Terça — Cl 1.29
A graça nos capacita para o trabalho e o combate
Quarta — Ef 1.3
A graça nos concede bênçãos espirituais nos lugares celestiais
Quinta — Ef 2.13
A graça nos aproximou e nos reconciliou com Deus
Sexta — Ef 2.8
A graça é resultado da misericórdia do Todo-Poderoso
Sábado — Jo 3.16
A graça é resultado do amor de Deus pela humanidade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 6.1-12.
1 — Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante?
2 — De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?
3 — Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
4 — De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
5 — Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;
6 — sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado.
7 — Porque aquele que está morto está justificado do pecado.
8 — Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos;
9 — sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele.
10 — Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.
11 — Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor.
12 — Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;
HINOS SUGERIDOS
5, 400 e 577 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que Cristo Jesus é a graça divina manifestada em forma humana.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Relacionar os frutos da graça.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, dando continuidade ao estudo da Epístola aos Romanos, analisaremos nesta lição o capítulo seis. No capítulo cinco Paulo trata da nossa justificação pela fé no sacrifício de Jesus Cristo. No capítulo seis ele vai abordar a respeito da nova vida em Cristo. O apóstolo mostra que o nosso velho homem já foi crucificado com Cristo. Não somos mais escravos do pecado, pois este foi destruído na cruz. Pela fé morremos para o pecado e como novas criaturas precisamos viver para Deus, em obediência e santidade. Como novas criaturas não alcançamos a perfeição, somos tentados e vivemos em um mundo que jaz no maligno, mas desde o momento que tomamos a decisão de viver pela fé, para Cristo, somos livres do poder do pecado, pois agora o próprio Cristo habita em nós (Gl 2.20).
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
O capítulo cinco da Epístola aos Romanos mostra o triunfo da graça sobre o pecado. Paulo já havia falado a respeito da justificação, mas o que significava isso na prática? Que implicações teria na vida dos crentes? O apóstolo não procurou filosofar a respeito da origem do pecado e suas consequências. Ele buscou mostrar, de forma clara, como Deus resolveu essa questão. A graça de Deus nos justificou, abolindo o domínio do pecado e fazendo-nos viver livres em Cristo.
PONTO CENTRAL
Jesus Cristo é a revelação do amor e da graça de Deus.
Infelizmente, o antinomismo tem ganhado força em nossa sociedade, passando a ser socialmente aceito até mesmo dentro das igrejas evangélicas. Esta é uma doutrina venenosa, que erroneamente faz com que a graça de Deus pareça validar todo tipo de comportamento contrário à Palavra de Deus. Em geral, tal pensamento vem “vestido” de uma roupagem espiritual, porém o antinomista costuma ser relativista quando se utiliza da expressão “não tem nada a ver”.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O antinomismo e o legalismo são inimigos da graça.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“[...] É preciso compreender e comparar dois aspectos da salvação, que são: o aspecto legal e o aspecto ético e moral. No aspecto legal está a justificação, que trata da quitação da pena do pecado. Significa que a exigência da Lei foi cumprida. Porém, no aspecto moral, está a santificação que trata da vivência cotidiana após a justificação. Como compreender então a relação entre a justificação e a santificação?
Em primeiro lugar, a santificação trata do nosso estado, assim como a justificação trata da nossa posição em Cristo. Observe isto: Na justificação somos declarados justos. Na santificação nos tornamos justos. A justificação é a obra que Deus faz por nós como pecadores. A santificação diz respeito ao que Deus faz em nós. Pela justificação somos colocados numa correta e legal relação com Deus. Na santificação aparecem os frutos dessa relação com Deus. Pela justificação nos é outorgada a segurança. Pela santificação nos é outorgada a confiança na segurança. Em segundo lugar, a santificação envolve, também, o aspecto posicional. Na justificação o crente é visto em posição legal por causa do cumprimento da Lei, na santificação o crente é visto em posição moral e espiritual. Posicionalmente, o crente é visto nesses dois aspectos abordados que são: o legal e o moral. Legalmente, ele se torna justo pela obra justificadora de Jesus Cristo. Moralmente, ele se torna santo por obra do Espírito Santo” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, pp.73,74).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A graça destrói o domínio do pecado na vida daqueles que pela fé aceitam a Jesus Cristo.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
No segundo tópico estudamos a respeito de dois inimigos da graça: o antinomismo e o legalismo. Se desejar, leia para os alunos a seção "Conheça Mais" que apresenta uma definição para o termo. Quando ao legalismo, se desejar leia o subsídio abaixo a fim de que os alunos compreendam o termo.
“[Do lat. legale + ismo] Tendência a se reduzir a fé cristã aos aspectos puramente materiais e formais das observâncias, práticas e obrigações eclesiásticas.
No Novo Testamento, o legalismo foi introduzido na Igreja Cristã pelos crentes oriundos do judaísmo que, interpretando erroneamente o Evangelho de Cristo, forçavam os gentios a guardarem a Lei de Moisés.
Contra o legalismo, insurgiu-se Paulo. Em suas epístolas aos gálatas e aos romanos, o apóstolo deixou bem claro que o homem é salvo unicamente pela fé em Cristo Jesus, e não pelas obras da Lei” (ANDRADE, Claudionor Corrêa de Andrade. Dicionário Teológico. 17ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.251).
III. OS FRUTOS DA GRAÇA
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Dois são os frutos da graça, a liberdade em Jesus Cristo e a santificação.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Consagração do corpo mortal
‘Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões’ (Rm 6.1). Entendemos que o pecado opera por meio do corpo. Da mesma forma que o corpo pode ser consagrado a Deus (Rm 12.1), pode também ser dedicado ao pecado. É claro que o corpo, por si mesmo não pode fazer nada, pois é controlado pela mente. Entretanto, quando o pecado domina a mente do homem, ele controla as ações do corpo. A mente pertence ao domínio da alma humana, e quando a primeira alma inteligente (Adão — Rm 5.12) pecou, todo o seu corpo foi dominado pelo pecado. Quando Paulo exorta os que já haviam experimentado a regeneração dizendo: ‘Não reine o pecado em vosso corpo mortal’, ele estava mostrando aos crentes, romanos que, uma vez que foram justificados, resta-lhes agora viver como tais, na santificação do Espírito” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.77).
CONCLUSÃO
Vimos nesta lição quem são os inimigos da graça, conhecemos a vitória da graça e os seus frutos. Tudo que temos e tudo que somos só foram possíveis pela graça de Deus. Essa graça é que trouxe salvação. “Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens”. Que venhamos viver segundo a recomendação de Tito, renunciando à impiedade e vivendo neste presente século de forma sóbria, justa e piamente (Tt 2.11,12).
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
Segundo a lição, cite dois inimigos da graça.
Antinomismo e legalismo.
Em que os antinomistas acreditavam?
Os que erroneamente aceitavam tal pensamento acreditavam que quanto mais pecarmos mais graça receberemos. Em outras palavras, a graça não impõe limite algum.
Para o legalista qual era o único instrumento adequado para agradar a Deus?
Na mente do legalista, somente a lei de Moisés era o instrumento adequado para agradar a Deus.
Segundo a lição, o que a graça de Deus destrói?
A graça destrói o domínio do pecado.
Qual fruto a graça produz no crente?
Os frutos da liberdade e da santificação.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A maravilhosa Graça
O obstáculo à mensagem da Graça de Deus
Um dos maiores obstáculos sobre o ensino do apóstolo Paulo quanto à maravilhosa graça de Deus é a confusão feita com o Antinomismo. O prezado professor já deve ter se interado das implicações imorais que o Antinomismo traz às vidas das pessoas. A ideia do Antinomismo é promover a extinção de quaisquer espécies de preceitos morais em forma de lei a ser seguida. De modo que se qualquer cristão exigir o mínimo de um comportamento moral do outro, logo ele será denominado moralista, no sentido mais pejorativo do termo.
É claro que o apóstolo Paulo não estava ensinando no capítulo 6 a extinção de quaisquer aspectos de ordem moral. Quem criou essa confusão foram os intérpretes de Paulo, mais vinculados às doutrinas do Gnosticismo, ao ponto de defenderem a estapafúrdia ideia de que quanto mais “o crente pecar mais a graça o alcançará”, uma interpretação transloucada de Romanos 5.20b: “Mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça”.
A analogia entre Adão e Cristo
Ora, qualquer estudante sério das Escrituras sabe que o versículo acima é a culminação da analogia de que o apóstolo faz entre Cristo e Adão (de acordo com o que estudamos na lição 4). Bem como explicou o erudito John Murray, a entrada e a universalidade totalitária do pecado neste mundo, bem como o juízo e a morte, estão ambos vinculados à pessoa de Adão (onde o pecado superabundou). Entretanto, a entrada da justiça divina, o predomínio da graça, da justificação, retidão e da verdadeira vida estão ligadas a Jesus Cristo (onde superabundou a graça). Neste aspecto, o apóstolo quer mostrar que a história da humanidade gira em torno desses dois eixos, Adão e Jesus.
A doutrina da maravilhosa graça de Deus nos mostrará que o homem dominado pelo pecado só pode ser livre desse domínio pela graça divina. Neste sentido, ela é libertadora, pois livra o ser humano do senhorio do mal; ela é vida, pois destrói o reinado da morte; ela é eterna, pois faz o ser humano levantar-se da morte para a vida plena.
O ser humano nascido de novo tem gerado dentro dele uma nova consciência que, mesmo quem não conheceu a Lei de Moisés, manifesta a ética e o comportamento baseado no Amor de Deus de maneira consciente e sincera (Gl 5.22-24). Ou seja, o Espírito Santo é quem convenceu este ser humano do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11). Por isso, a graça é maravilhosa!
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
Lições Bíblicas CPAD
Adultos
2º Trimestre de 2016
Título: Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos
Comentarista: José Gonçalves
Lição 7: A vida segundo o Espírito
Data: 15 de Maio de 2016
TEXTO ÁUREO
“O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16).
VERDADE PRÁTICA
Viver segundo o Espírito Santo significa estar sob o seu domínio e seguir suas orientações.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 1Co 6.19
Nosso corpo é morada do Espírito Santo
Terça — 1Co 6.20
Fomos comprados por bom preço, vivamos então para Deus
Quarta — Rm 8.14
Os filhos de Deus são guiados pelo Espírito de Deus
Quinta — Jo 16.13
O Espírito Santo nos guia em toda a verdade
Sexta — 1Co 2.10
O Espírito examina todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus
Sábado — 1Co 2.11
“Ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus”
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 8.1-17.
1 — Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.
2 — Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
3 — Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne,
4 — para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
5 — Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.
6 — Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
7 — Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.
8 — Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
9 — Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
10 — E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.
11 — E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita.
12 — De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne,
13 — porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.
14 — Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
15 — Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
16 — O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
17 — E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.
HINOS SUGERIDOS
75, 155 e 551 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que aqueles que pela fé em Jesus Cristo foram salvos pela graça, precisam viver segundo o Espírito Santo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Explicar que a vida no Espírito pressupõe oposição entre a nova ordem e a antiga.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, na lição de hoje estudaremos o capítulo oito da Epístola aos Romanos. Neste capítulo, o apóstolo Paulo apresenta um princípio que deve reger a vida de todos os que foram alcançados pela graça divina: viver segundo o Espírito Santo. A graça de Jesus é maravilhosa, pois transforma o homem pecador em santo. Como novas criaturas, o Consolador passa a morar em nós concedendo-nos recursos para vivermos neste mundo de maneira santa e justa. Aqueles que já experimentaram o novo nascimento já não vivem mais na prática do pecado. Nosso corpo se torna seu templo. Sem o Espírito Santo não poderemos viver de modo a agradar ao Pai. Que possamos nos entregar totalmente a Deus, permitindo que o seu Espírito nos guie.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
No capítulo sete da Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo apresenta um pequeno esboço do que ele iria tratar no capítulo seguinte. Por todo o capítulo oito, o apóstolo faz um contraste entre a velha vida, marcada pelo pecado e sem condições de se libertar, com a nova vida no poder do Espírito Santo, que Cristo nos proporcionou. O que fora impossível à antiga aliança, regida pela Lei, agora se tornou possível graças a uma nova lei — a lei do Espírito de Vida em Cristo Jesus. Por intermédio do Espírito Santo já temos uma visão prévia da alegria que, um dia, viveremos ao lado do Senhor no céu. Temos também a garantia de que, no futuro, desfrutaremos da plenitude da salvação.
PONTO CENTRAL
Como novas criaturas precisamos viver sob o domínio do Espírito Santo.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Como novas criaturas a lei do pecado foi revogada em nossas vidas e agora podemos viver segundo o Espírito Santo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O capítulo 8 é o ponto alto, o clímax, a conquista da vitória pelo Espírito Santo. O ápice espiritual deste capítulo, portanto, está na vitória do Espírito.
‘Portanto, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus’ (v.1). A palavra portanto no início da declaração vitoriosa refere-se ao capítulo 7, na qual, Paulo argumentou a batalha entre a carne e o espírito. Uma luta que parece infindável, se depara com a conquista da vitória no Espírito. A palavra portanto levanta a bandeira do Espírito para o início da nova vida. A declaração de que ‘nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus’ indica que a Lei (toda ela), que condenava os pecados, foi cumprida por Jesus. Ele tomou sobre si essa condenação justificando-nos perante Deus Pai (Rm 5.1) e nos colocando sob a lei do Espírito. Portanto, o pecador justificado está debaixo de uma nova lei espiritual que domina e rege a nova vida em Cristo.
‘Porque a lei do espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte’ (8.2). Paulo fala nesta Carta de várias leis e as trata como: ‘lei do pecado’, ‘lei do entendimento’, ‘lei de Moisés’, ‘lei de Deus’. Porém, no capítulo 8, ele fala da ‘lei do espírito de vida’ que opera no interior do crente e o liberta do domínio da lei do pecado, da carne e da morte. Há uma ligação profunda entre o Espírito Santo e Jesus, pois a nova lei é chamada ‘lei do espírito de vida em Cristo Jesus’. É a lei da vida de Jesus que opera no íntimo do crente e o habilita a ter comunhão com Ele” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.88).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O Espírito Santo ajuda destronar a natureza adâmica em nossas vidas.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“‘Para que a justiça da Lei se cumprisse em nós’ (8.4). Quando Cristo se fez o representante do homem pecador, o poder condenatório do pecado foi desfeito, e, então a justiça foi cumprida por Cristo. Agora, uma vez libertos da lei do pecado, e vivendo segundo o Espírito, a carne não tem mais direitos sobre nós. Ainda que a inclinação da carne é para as coisas da carne, se vivemos em Espírito, a carne estará sob domínio.
No versículo 4, temos a descrição daqueles que vivem segundo a carne ou segundo o Espírito. No versículo 5, Paulo mostra os que são conforme a carne e conforme o Espírito. De um lado temos aqueles que se ocupam na prática do pecado. Por outro lado, temos aqueles que se ocupam em fazer a vontade do Espírito e estar sob sua direção.
A vitória do Espírito (8.6-13)
Nestes versículos é destacada a operação do Espírito Santo na vida do crente. É a obra santificadora do Espírito Santo, na mente, no espírito e no corpo do crente (1Ts 5.23,24). O crente anda e vive no Espírito, pois não está mais sob o domínio da carne. Sua vida é regida e regulada pelo Espírito Santo, que mora nele e governa o seu interior” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.89).
III. A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE OPOSIÇÃO ENTRE A NOVA ORDEM E A ANTIGA (Rm 8.18-39)
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Já fomos redimidos em Jesus Cristo do jugo do pecado, por isso, não vivamos mais debaixo do jugo da antiga aliança.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“A trindade divina na obra da santificação (8.26-34)
Nestes versículos, Paulo apresenta a Trindade divina empenhada em ajudar o crente na sua esperança. O capítulo 8 conduz o crente no caminho da santificação pela operação do Espírito Santo. Apresenta todos os obstáculos que se deparam com o crente. Coloca o crente no campo de luta espiritual e dá-lhe as armas espirituais para lutar, e finalmente, apresentar-lhe a razão dessa luta, aconselhando e orientando-o em toda a sua jornada cristã.
O Espírito intercede em nós (8.26,27). Esses dois versículos mostram a missão do Espírito dentro do crente, trabalhando a seu favor. Ele ‘ajuda as nossas fraquezas’ (v.26). A que se referem as ‘nossas fraquezas’? Referem-se às nossas limitações temporais neste corpo mortal, sujeito à natureza pecaminosa. Enquanto estivermos enclausurados dentro deste ‘tabernáculo’ (corpo) terrenal, somos sujeitos às fraquezas da carne. Por isso, o Espírito Santo habita dentro do crente para ajudá-lo nas suas fraquezas. A ajuda do Espírito dentro de nós é representada pela sua intercessão. A quem Ele intercede? A Deus Pai, e a seu Filho Jesus Cristo” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.94).
CONCLUSÃO
A lição de hoje ajuda-nos a compreender que a graça de Deus é realmente surpreendente. Ela transformou ímpios em santos e nos colocou em um nível de relacionamento com Deus jamais imaginado pelo seu antigo povo, e a graça de ter o Espírito Santo habitando em nosso interior e o privilégio de ser guiado por Ele. Mas não é só isso, agora também somos herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo. Isso tudo se chama graça.
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
Todos os homens, gentios e judeus estão debaixo do jugo do pecado?
Sim. Todos os homens, quer gentios quer gregos, estavam debaixo da condenação do pecado.
A lei do pecado e da morte foi revogada por qual lei?
A lei do pecado e da morte, que havia neutralizado ou tornado ineficaz a lei, agora foram revogadas pela lei do Espírito da vida.
A lei do Espírito opera baseada em quê?
No sacrifício de Jesus, o imaculado Cordeiro de Deus.
O que acontece quando o crente cede à inclinação da carne?
Ele passa a viver segundo a carne e quando a carne assume o controle o Espírito fica de fora.
Como é denominada a velha natureza adâmica?
Velho homem.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A vida segundo o Espírito
O tema do capítulo oito
Caro professor, a lição sete abordará o último capítulo da primeira seção da Carta aos Romanos. Lembra de que a epístola está estruturada em três grandes seções: 1—8; 9—11; 12—16? Na presente lição, analisaremos o capítulo 8, que conclui o argumento da justificação, apresentado pelo apóstolo Paulo ao longo dos sete capítulos anteriores: a vida no Espírito.
Ora, se ao longo dos sete capítulos o apóstolo argumenta que Cristo nos justificou e nos libertou, arrancando-nos das garras do império do pecado, agora ele pretende mostrar como é a vida no Espírito de quem foi justificado por Cristo. Para isso, é importante o professor voltar-se para algumas referências dos capítulos anteriores: Romanos 5.1-5; 7.4-6.
A nova vida no Espírito
“Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito” (8.1). É significativo que este primeiro versículo seja uma consequência natural e prolongada de Romanos 7.6: “Mas, agora, estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra”. Portanto, nenhuma condenação há para quem está em Cristo!
O apóstolo passa a demonstrar o fato de que a libertação do pecado produzida pelo Espírito resultou em nosso livramento da culpa e da morte, fruto da obra expiatória de Cristo no Calvário. Se no capítulo cinco esta nova realidade de vida traz a esperança, pois é uma nova realidade como produto do derramamento do amor de Deus por intermédio do seu Espírito (v.5), no oitavo o apóstolo trata o crente como que vivendo e estando imerso nesta esperança, isto é, a vida plena no Espírito Santo (8.1,6b).
A realidade de quem “anda” no Espírito vislumbra no apóstolo uma perspectiva escatológica — “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (8.18) — arraigada na realidade da existência: “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (v.26).
Convide a sua classe a viver no Espírito. Nossa esperança deve estar no céu, mas não podemos perder de vista a realidade das coisas. Precisamos reproduzir o vislumbre da gloriosa esperança onde habitamos.
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
Lições Bíblicas CPAD
Adultos
2º Trimestre de 2016
Título: Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos
Comentarista: José Gonçalves
Lição 8: Israel no Plano da Redenção
Data: 22 de Maio de 2016
TEXTO ÁUREO
“Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” (Rm 11.36).
VERDADE PRÁTICA
A eleição da graça é formada no presente por gentios e judeus nascidos de novo, bem como, no futuro, pela conversão da nação de Israel.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Rm 9.1-3
Paulo estava disposto a se sacrificar em favor da conversão dos judeus
Terça — Rm 9.4
Os israelitas não mereciam a salvação, mas Deus os adotou como filhos
Quarta — Rm 9.6,7
Todos os que confiam no sacrifício de Cristo são descendentes de Abraão
Quinta — Rm 2.29
A verdadeira circuncisão ocorre no interior, isto é, no coração e espírito
Sexta — Gl 3.7
Todos os que creem em Jesus Cristo são filhos de Abraão
Sábado — Gl 3.8
Todas as nações da Terra seriam abençoadas por intermédio de Abraão
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 9.1-5; 10.1-8; 11.1-5.
Romanos 9
1 — Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):
2 — tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração.
3 — Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;
4 — que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas;
5 — dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!
Romanos 10
1 — Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação.
2 — Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.
3 — Porquanto,não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus.
4 — Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.
5 — Ora, Moisés descreve a justiça que é pela lei, dizendo: O homem que fizer estas coisas viverá por elas.
6 — Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu (isto é, a trazer do alto a Cristo)?
7 — Ou: Quem descerá ao abismo (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo)?
8 — Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos,
Romanos 11
1 — Digo, pois: porventura, rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum! Porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim.
2 — Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo:
3 — Senhor, mataram os teus profetas e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma?
4 — Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil varões, que não dobraram os joelhos diante de Baal.
5 — Assim, pois, também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça.
HINOS SUGERIDOS
1, 290 e 310 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Compreender a “sorte” de Israel no plano da salvação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Explicar a restauração de Israel dentro do plano da redenção.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, no decorrer da lição ressalte a soberania de Deus na história da redenção. Mostre que os israelitas foram escolhidos pelo Senhor para receberem o Messias, independente das obras dos patriarcas. Contudo, Deus não queria trazer somente favores e privilégios para os judeus, mas Ele desejava, por intermédio deles, abençoar todas as famílias da terra. Israel não compreendeu essa verdade, nem o plano da redenção de Deus, rejeitando o Salvador. Os judeus acreditavam que por serem descendentes de Abraão e ser também o “povo escolhido de Deus”, não necessitavam de salvação. Eles rejeitaram o Messias, porém, Deus não os rejeitou e por sua misericórdia fez com que nós, “zambujeiros”, fossemos enxertados na oliveira (Rm 11.17).
O Israel de hoje, segundo Lawrence Richards, “a comunidade da aliança escolhida por Deus, é composta de gentios bem como de Judeus que creem nas promessas de Deus sobre Jesus”.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
Paulo discorreu a respeito da Doutrina da Salvação nos capítulos 1 a 8 da Epístola aos Romanos. Veremos nesta lição que nos capítulos 9, 10 e 11, ele abre um parêntese para tratar a respeito da “sorte de Israel” no plano da salvação. Aprendemos com estes capítulos que Deus tem um plano especial para com Israel e que a rejeição deles é apenas temporária até se cumprir a plenitude dos gentios, quando todo o Israel será salvo.
PONTO CENTRAL
Deus tem um plano especial para com Israel.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Deus em sua justiça e soberania escolheu a Israel para fazer parte do seu plano redentivo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A Tristeza de Paulo (9.1-3)
Nestes versículos o apóstolo Paulo declara seu amor por sua gente, os judeus. Ele começa declarando: ‘Em Cristo digo a verdade, não minto’. Visto que era conhecido como judeu zeloso, sua conversão a Cristo o torna antipático para os judeus, que o viam como ‘um traidor de sua gente’. Entretanto, Paulo garante que seus sentimentos são sinceros e que sua consciência tinha o testemunho do Espírito Santo (v.1). Esse texto mostra que sua consciência agia sob a orientação iluminada do Espírito Santo.
No versículo 2, Paulo ainda declara dizendo: ‘Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração’. É uma expressão de profundo sentimento de amor e respeito pela sua gente, e não de traição. A despeito da hostilidade dos judeus contra a pregação do Evangelho e contra a sua pessoa, Paulo diz que, se fosse possível ele mesmo ser separado de Cristo, para salvar ‘seus parentes segundo a carne’, ele o faria por amor a eles. Essa linguagem é bem típica de quem ama profundamente e é capaz de dar a sua vida para salvar outras.
Por que essa tristeza de Paulo para com seus irmãos de sangue? A resposta é simples e objetiva: o repúdio do povo judeu para com Jesus Cristo. Sua tristeza tem duas razões específicas: Primeira, Paulo declara que os judeus são seus ‘parentes’ segundo a carne, mas não querem ser seus irmãos segundo o espírito. Segunda, pelo fato de que os judeus, possuindo privilégios especiais como nação, rejeitaram o ‘privilégio maior’, que é a salvação em Cristo” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.104).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O tropeço de Israel não invalidou o plano de redenção de Deus para com o seu povo.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“A rejeição judaica da justiça pela fé em Deus abriu espaço para um número muito grande de gentios a serem enxertados na árvore enraizada na antiga aliança de Deus com Abraão. Esta não deveria ser objeto de orgulho gentio, mas de advertência. Nunca abandone o princípio de salvação pela graça através da fé” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.747).
III. A RESTAURAÇÃO DE ISRAEL DENTRO DO PLANO DA REDENÇÃO (Rm 11.1-32)
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Deus não rejeitou Israel, e todos que creem na graça de Jesus Cristo serão restaurados.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Gentios e judeus (11.11-21)
A rejeição judaica da justiça pela fé em Deus abriu espaço para um número muito grande de gentios a serem enxertados na árvore enraizada na antiga aliança de Deus com Abraão. Esta não deveria ser objeto de orgulho gentio, mas de advertência. Nunca abandone o princípio de salvação pela graça através da fé.
Todo o Israel será salvo (11.25,26)
Paulo lança seus olhos ao passado para as promessas feitas a Israel por Isaías (59.20; cf. Jr 31). A conversão em massa de gentios a Cristo não significa que Deus repudiara as palavras dos profetas do Antigo Testamento. Somente quando todos os gentios forem convertidos é que o foco da história voltará a se concentrar em Israel (11.29)” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.747).
CONCLUSÃO
Como vimos, os capítulos 9 a 11 de Romanos demonstram a soberania de Deus na história da redenção. Revela que o propósito de Deus concernente à eleição jamais poderá ser frustrado. Diante disso, a atitude deve ser de temor, não de jactância. A história de Israel, seu antigo povo, bem como a inclusão dos gentios no plano da salvação, mostra que Deus respeita as escolhas, mesmo que estas se revelem danosas para aquele que as fez. Em todo caso, o arrependimento e a fé são os caminhos que darão acesso ao portão da graça de Deus.
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
Os patriarcas e o Cristo descendiam de que povo?
Os patriarcas e o próprio Cristo descendiam dos judeus.
As promessas de Deus em relação a Israel falharam com a rejeição deles?
As promessas de Deus relativas à nação de Israel não falharam, mesmo que a maioria deles as tenha rejeitado.
Segundo a lição, por que Israel foi endurecido?
Israel foi endurecido porque não aceitou a justificação que lhe foi dada através de Jesus Cristo.
Paulo se considerava um dos remanescentes?
Sim, ele se considerava um dos remanescentes.
Como os gentios passaram a fazer parte do plano da salvação?
Como os judeus tropeçaram ao não aceitarem a justiça de Deus manifestada em Jesus Cristo, os gentios entraram como um “enxerto” no plano da salvação.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Israel no Plano da Redenção
“E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti” (Rm 11.17,18). Infelizmente, não são poucos dentro da igreja evangélica que esquecem essa advertência e reverberam a ideia equivocada da Teologia da Substituição. Penso ser importante usar este espaço para falar um pouco da origem dessa teologia, pois pode haver alguém da sua classe que desconhece esse tema e lhe faça algumas perguntas.
A questão do papel do povo judeu hoje no plano de Deus tem despertado sentimentos variados nos cristãos do mundo atual em relação ao Israel contemporâneo. Tais sentimentos atrelam-se ao método adotado na interpretação bíblica ao longo da história eclesiástica. Assim, o método alegórico foi importantíssimo para o surgimento da Teologia da Substituição.
A destruição de Jerusalém, a Cidade de Deus, no ano 70 d.C, foi um acontecimento crucial para a eficácia desse método. No século IV, o clero cristão era constituído por bispos ocidentais e orientais influenciados pelo método alegórico — ele uniu-se ao império romano, mediante Constantino, o imperador de Roma. Esses clérigos consideraram a destruição de Jerusalém um sinal de que Deus havia rejeitado o povo judeu.
Neste contexto, a Teologia da Substituição ganhou força dentro do Cristianismo. A igreja romana advogou para si o título de o “Novo Israel de Deus”. E, a exemplo de outras tradições cristãs, passou a julgar os judeus como “O povo rebelde que matou Jesus” e para sempre fora rejeitado por Deus. Por isso, o estudioso Arnold Fruchtenkbaum conceitua a Teologia da Substituição como corrente que rejeita o moderno Estado de Israel como cumprimento da profecia bíblica. Neste caso, todas as profecias sobre o povo judeu já foram cumpridas e, por isso, não se deve esperar nenhuma restauração futura de Israel (cf. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. CPAD, 2008, p.372). Ora, algumas respostas sobre a profecia bíblica deveriam responder a estas questões: Qual o público alvo da profecia bíblica? Cumpriu-se toda? A quem Deus prometeu uma terra localizada no Oriente Médio? À Igreja ou a Israel? Tal promessa se cumpriu plenamente? Então, o estudioso sério das Escrituras pensará muito antes de afirmar que a Igreja substituiu Israel.
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
Lições Bíblicas CPAD
Adultos 2º Trimestre de 2016
Título: Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos
Comentarista: José Gonçalves
Lição 9: A Nova Vida em Cristo
Data: 29 de Maio de 2016
TEXTO ÁUREO
“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1).
VERDADE PRÁTICA
A nova vida em Cristo consiste em viver fervorosamente a vitória da cruz.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Jo 3.16
O Reino de Deus é para todos aqueles que creem, não somente para o judeu
Terça — Jo 3.3
Para fazer parte do Reino é necessário nascer de novo
Quarta — 2Co 5.17
Se alguém está em Cristo é uma nova criatura e tudo se fez novo
Quinta — Jo 3.5,6
A regeneração pela água e pelo Espírito nos torna novas criaturas
Sexta — Cl 2.6,7
Receber a Jesus como salvador é o início da vida cristã
Sábado — Cl 2.11
Como novas criaturas fomos circuncidados em Jesus Cristo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 12.1-12.
1 — Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 — E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
3 — Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
4 — Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,
5 — assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
6 — De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
7 — se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
8 — ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.
9 — O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.
10 — Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
11 — Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;
12 — alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;
HINOS SUGERIDOS
3, 115 e 600 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a nova vida em Cristo consiste em viver em santidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Compreender que como novas criaturas precisamos exercitar o amor, o serviço cristão e resistir a todo o mal.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, desejamos que o estudo da Epístola aos Romanos contribua para o seu crescimento e de seus alunos. Esta é a mais importante Carta de Paulo. Segundo Lawrence Richards, Romanos é “a pedra angular da teologia do Novo Testamento”.
Na lição de hoje estudaremos o capítulo doze. A partir desse capítulo o apóstolo Paulo passa a tratar de questões mais práticas. Como novas criaturas precisamos evidenciar a nossa fé mediante as nossas ações. Paulo mostra que depois de experimentar da graça divina não é mais possível viver segundo as normas ou a maneira de pensar deste mundo pecaminoso (Rm 12.1,2). O apóstolo também mostra que como novas criaturas, pertencemos a um corpo, o “Corpo de Cristo”. Cada membro desse Corpo recebeu dons e talentos e estes precisam ser usados com humildade, amor, sabedoria, contribuindo para o bem-estar de todos.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
A conexão entre tudo o que Paulo escreveu anteriormente (capítulos 1 a 11) e o capítulo 12 de Romanos é feita por intermédio do uso da partícula grega oun, traduzida em português como portanto, pois. Nesse contexto, o uso dessa partícula pode se referir a tudo aquilo que o apóstolo havia escrito anteriormente ou pode também se referir àquilo que ele escreveu na seção que compreende somente os capítulos 9 a 11. O fato é que esse texto não está fora de lugar. Paulo havia tratado em detalhes sobre a justificação pela fé e como Deus, em sua soberania, tratou com os gentios e judeus nesse processo. Agora ele quer que os crentes tomem consciência de que tudo isso tem implicações práticas na nova vida em Cristo.
PONTO CENTRAL
A nova vida em Cristo deve ser evidenciada mediante as nossas ações.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Deus deseja que vivamos cada dia da nova vida para Ele.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Até o capítulo 11, Paulo desenvolveu uma argumentação teológica acerca de algumas doutrinas pertinentes à Soteriologia Bíblica. A partir do capítulo 12, ele disseca essas doutrinas sobre a salvação em uma realidade prática. É o Cristianismo vivido e experimentado. É a vida cristã demonstrada através das relações pessoais com Deus, com os irmãos na fé, com as pessoas de fora, com as autoridades constituídas e com as responsabilidades para com a igreja. Não basta conhecer a Teologia do Pecado, da Justificação, da Santificação, teoricamente. É preciso ter experimentado isso tudo, para poder viver vitoriosamente no Espírito. Nos capítulos anteriores, Paulo apresenta o pecado e suas consequências, bem como, o plano de salvação. Já, a partir do capítulo 12, temos o plano da salvação na prática. O Evangelho não é apenas poder para salvar o homem dos seus pecados, mas é também, poder para viver diariamente uma vida vitoriosa e poderosa contra o pecado, contra o mundo e contra o Diabo. Uma vez justificado pela fé, o crente é também capacitado para tornar-se na prática, um vitorioso contra o pecado” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.133).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Os dons são resultado da graça divina e devem ser usados com amor e humildade, beneficiando todo o Corpo de Cristo.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Paulo usou o exemplo do corpo humano para ensinar como os cristãos devem viver e trabalhar juntos. Assim como os membros do corpo funcionam sob o comando do cérebro, também os cristãos devem trabalhar juntos sob o comando e a autoridade de Jesus Cristo.
Deus nos dá muitas habilidades e dons para que possamos edificar a sua igreja. Para usá-los eficientemente, devemos: (1) entender que todas as nossas habilidades e todos os nossos dons vêm de Deus; (2) entender que nem todos são dotados das mesmas habilidades e dos mesmos dons; (3) saber quem somos e o que fazemos melhor; (4) dedicar nossas habilidades e nossos dons ao serviço de Deus, não para alcançar sucesso pessoal; (5) estar dispostos a empregar as habilidades e os dons que temos com todo o nosso coração, colocando tudo à disposição da obra de Deus, sem reter coisa alguma.
Os dons de Deus diferem quanto à sua natureza, poder e eficiência, de acordo com sua sabedoria e bondade, não conforme a nossa fé (12.6). Deus deseja conceder-nos o poder espiritual necessário para desempenharmos cada uma de nossas responsabilidades. Mas não podemos obter mais habilidades e dons mediante nosso esforço e nossa determinação para nos tornarmos servos ou mestres mais eficientes. Deus concede os dons à sua igreja, distribui a fé e o seu poder conforme a sua vontade. Nossa tarefa é sermos fiéis e procurarmos formas de servir aos outros com aquilo que Cristo nos dá” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, p.1572).
III. EM RELAÇÃO À MORDOMIA DA PRÁTICA DAS VIRTUDES CRISTÃS (Rm 12.9-21)
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Como novas criaturas, o amor precisa moldar nosso comportamento e ser a razão do nosso serviço.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“O serviço cristão em relação aos nossos irmãos na fé (12.9-21)
Nestes versículos está a base do serviço cristão que é o amor. Os deveres mencionados e todas as exortações devem estar debaixo do princípio do amor.
12.9 — ‘O amor seja não fingido’. A palavra ‘fingimento’ fica melhor traduzida por hipocrisia, que no grego é anupokritos. Na Versão Inglesa do Rei Tiago a expressão é: ‘sem dissimulação’. Portanto, o sentido real é que, a demonstração de qualquer sentimento para com as pessoas seja puro e ‘com toda a sinceridade’.
12.9 — ‘Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem’. Aborrecer o mal é negar tudo que possa prejudicar a outrem.
Podemos servir aos nossos irmãos na fé tendo uma atitude, não só de amor (v.9), mas pelo espírito fraterno desenvolvido entre todos (v.10), pelo favor do espírito e serviço a Deus (v.11), pela esperança e paciência (v.12), pela hospitalidade e a generosidade entre os domésticos da fé (v.13), pela participação sincera dos sentimentos dos outros (v.15), pelo perdão aos inimigos (v.16), pela retribuição do mal com o bem (v.17) e por viver em paz com todos (v.18).
12.9 — ‘Não vos vingueis a vós mesmos’. Em outras palavras, a vingança pertence a Deus, por isso, devemos deixar com Deus a vingança para com aqueles que nos maltratam. Somos frágeis e incapazes de fazer vingança com justiça. A expressão ‘daí lugar à ira’ não deve ser entendida como o dar razão à manifestação da ira, mas sim com o sentido de dar tempo à ira para que ela se extinga, isto é, deixá-la passar. Também tem o sentido de ‘dar lugar à ira de Deus’, à vingança divina, uma vez que a ‘vingança pertence a Deus’” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.137).
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos que o capítulo 12 de Romanos forma um conjunto de exortações a respeito do viver a nova vida em Cristo. Como observamos, essas exortações estão relacionadas a vários aspectos do viver cristão e envolvem a mordomia da adoração cristã, onde é mostrado o valor do corpo e da mente no serviço de Deus. Atenção é dada à mordomia dos dons espirituais, onde Paulo combate a apatia e o individualismo. A Igreja é o corpo de Cristo e como corpo ela deve viver. Por último o apóstolo exorta a respeito do exercício das virtudes cristãs, destacando a prática do viver cristão vitorioso.
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
Qual o sentido original da palavra “rogo-vos”?
Essa palavra tem no original o sentido de admoestar, encorajar e exortar.
O que são as palavras introdutórias de Paulo?
As palavras introdutórias de Paulo são um apelo exortativo.
Segundo a lição, o que é necessário para que a adoração seja verdadeira?
Para que a adoração seja verdadeira ela precisa ser realizada por pessoas com a mente transformada.
Segundo Paulo, o que é indispensável no uso dos dons?
A moderação e a humildade são indispensáveis no exercício dos dons.
Segundo a lição, o que significa ser fervoroso?
Ser fervoroso significa ser alcançado pela graça e andar segundo ela.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A Nova Vida em Cristo
Aplicando a mensagem
Chegamos à seção bíblica em que o apóstolo Paulo passa a tratar sobre a aplicabilidade da doutrina. Os capítulos 12 a 16 de Romanos é a aplicação da mensagem que o apóstolo desenvolveu ao longo de toda a epístola (Rm 1 — 11).
Vivemos num tempo em que tudo o que se conhece o ser humano deseja aplicar na vida prática sem fazer uma reflexão sobre as implicações da aplicabilidade desse conhecimento. O tema das doutrinas bíblicas não foge desta ordem. É natural, após de havermos estudado, que se pergunte: qual o efeito prático que a doutrina da justificação pela fé tem para a vida?
O apóstolo começa a responder a pergunta a partir do assunto da santificação: “Mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Rm 12.2). Ora, a base da santificação do crente é a sua união com Cristo, pois a partir dessa união foi que o crente rompeu com o pecado e andou em novidade de vida conforme a eficácia da ressurreição do nosso Senhor (Rm 6.4,10-11). Como o Espírito Santo é aquele com quem nós andamos; por intermédio dEle, somos instados a viver somente para Deus segundo a sua imperiosa vontade. Aqui, ocorre a vocação e o chamado para vivermos uma vida de santidade.
No culto racional e nas virtudes cristãs
Deste modo, o crente nascido de novo tem uma ética fundamentada na obra da redenção. A partir desta, somos chamados a cultuar o nosso Deus com entendimento e sabedoria (Rm 12.1), sendo instrumento disponível de Deus para abençoar a vida dos nossos irmãos por intermédio do uso dos dons (Rm 12.6-8). De modo que o amor suplanta e se torna a grande medida dessa instrumentalidade. Ou seja, fomos separados para amar sem fingimento; amar cordialmente uns aos outros; sermos intensos no cuidado com o outro e fervorosos no espírito; alegrando-se na esperança, sendo paciente na tribulação e perseverando em oração; comunicando a nossa necessidade ao outro; sendo unânime naquilo que importa; não ambicionando as coisas altas; não desejando o mal do outro; dando de comer e de beber ao inimigo; não devolvendo o mal com o mal, mas com o bem (Rm 12.9-21).
Viver esta santidade do amor não é fácil. Isto requer anular o nosso orgulho, soberba e prepotência. Fomos justificados gratuitamente pela fé em Jesus Cristo. Deus nos amou, apesar de nós. Então, não podemos pagar o mal na mesma moeda.
Em Cristo, somos chamados e convocados a ser amorosamente santos!
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Lições Bíblicas CPAD
Adultos
2º Trimestre de 2016
Título: Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos
Comentarista: José Gonçalves
Lição 10: Deveres civis, morais e espirituais
Data: 5 de Junho de 2016
TEXTO ÁUREO
“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1).
VERDADE PRÁTICA
Diante da sociedade, o crente tem deveres civis, morais e espirituais.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Rm 13.1
É Deus que constitui as autoridades para que governem com justiça
Terça — Rm 13.2
Resistir às autoridades é resistir à ordenação de Deus
Quarta — Rm 13.3
As autoridades são constituídas para punir os que fazem o mal
Quinta — Rm 13.5
Os crentes devem respeitar as autoridades
Sexta — Rm 13.7,8
Pagando os tributos e não devendo nada a ninguém, a não ser o amor
Sábado — At 5.29
A obediência a Deus deve vir sempre em primeiro lugar
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 13.1-8.
1 — Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.
2 — Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
3 — Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.
4 — Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
5 — Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
6 — Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
7 — Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
8 — A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
HINOS SUGERIDOS
10, 185 e 436 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Conscientizar que o crente tem deveres civis, morais e espirituais para com a sociedade na qual está inserido.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Relacionar os deveres espirituais dos crentes.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Dando prosseguimento ao estudo da Epístola aos Romanos, estudaremos o capítulo 13. Neste capítulo Paulo mostra que a nossa vida de fé em Jesus Cristo precisa ser revelada em nossos relacionamentos interpessoais e com as autoridades constituídas. O crente deve respeitar e se submeter às autoridades legitimamente constituídas. Porém, isso não significa que ele deva concordar com o pecado daqueles que estão em uma posição de liderança, como por exemplo, a corrupção, o roubo e leis que são contrárias a Palavra de Deus, como por exemplo, a legalização do aborto. Somos cidadãos dos céus, mas enquanto vivermos neste mundo, precisamos pagar nossos impostos e seguir as leis estabelecidas (13.1-5). Nosso respeito e submissão as autoridades revelam o quanto amamos e respeitamos o Todo-Poderoso e as suas Leis.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos o capítulo 13 da Epístola aos Romanos. Paulo trata neste capítulo a respeito da relação dos crentes com as autoridades. Viver pela fé na justiça de Deus implica obedecer às leis, as autoridades governamentais, pagar impostos e seguir as regras e normas estabelecidas, demonstrando então que somos uma nova criatura. A submissão do crente às autoridades revela seu amor e sua obediência às leis de Deus.
PONTO CENTRAL
O crente tem deveres civis, morais e espirituais para com a sociedade.
O princípio bíblico em relação às autoridades é que o cristão as respeite e as honre (Rm 13.7). A desobediência civil só se justifica no caso de conflito entre a lei humana e a divina (At 5.29). No caso de governos que decretam leis injustas e estados totalitários que privam o exercício da fé, o cristão, em razão da sua consciência para com Deus, deve moldar-se pela Palavra de Deus, para isso, estando disposto a assumir todas as consequências de seus atos.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O crente tem deveres civis a cumprir.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Submissão as autoridades (13.1)
‘Toda alma esteja sujeita às potestades superiores’. O apóstolo recomenda a submissão à autoridade constituída. A seguir, o texto declara a razão por que devemos nos submeter às autoridades: ‘Porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus’. A palavra ‘potestade’ refere-se a ‘autoridade ou poder delegado’. Neste parte do versículo, Paulo declara que toda a autoridade vem de Deus.
13.2. Neste versículo, o resistir às autoridades significa resistir a Deus, por isso estamos legalmente obrigados a reconhecer e a obedecer às autoridades constituídas. Resistir à autoridade é opor-se à lei divina, pois Deus mesmo reconhece a lei civil. Quebrar a lei ou transgredi-la implica em consequências negativas, isto é, em condenação, não só da parte das autoridades civis, mas também da parte de Deus.
13.3,5. ‘Porque os magistrados não são terror para as boas obras’. Quando alguém pratica o bem não tem o que temer. Note que Paulo declara que a autoridade civil é ministro de Deus (v.4), por isso, o crente deve orar a Deus pela autoridades constituídas e submeter-se a elas (v.5). Devemos nos submeter às autoridades por dever de consciência. O crente obedece, não por medo de ser punido, mas porque sua consciência lhe mostra o que deve fazer” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.139).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O crente precisa obedecer princípios morais estabelecidos por Deus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Deveres Morais (13.11-14)
Neste texto, encontramos um imperativo moral para um viver cristão autêntico. É um apelo à vigilância cristã e à conscientização da urgência do tempo.
13.11. ‘E isto digo, conhecendo o tempo’. Que há dentro desse tempo? São os sinais predeterminados da vinda de Cristo. Por isso, a continuação do versículo 11 é uma exortação ao despertamento espiritual contra toda a indiferença e frieza. Estar despertado implica em estar de prontidão espiritual.
13.12. ‘As obras das trevas’ se contrapõem às obras da luz, pois são originadas pelo príncipe das trevas, e suas obras são más e traiçoeiras. Entretanto, o Senhor nos oferece as ‘armas da luz’ que são a graça, a bondade e a verdade do reino de Cristo.
13.13,14. ‘Andemos honestamente’ (v.13). Diz respeito ao comportamento moral do crente, ‘não em glutonaria, nem em bebedeiras, nem em desonestidade, nem em dissoluções, nem em contendas e invejas’. Ora, o padrão neotestamentário rejeita as obras da carne. Deus abomina a licenciosidade e a intemperança. Porém, no versículo 14, Paulo convida: ‘Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo’. Significa recebê-lo no coração e deixá-lo dominar inteiramente a nossa vida. Não há vitória moral fora de Cristo. Estar revestido de Cristo é ter a presença pessoal do Espírito Santo dentro de nós, limpando e purificando o nosso interior” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.140).
III. DEVERES ESPIRITUAIS (Rm 13.11-14)
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O crente precisa obedecer princípios espirituais estabelecidos por Deus.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“Romanos 14.10-12
Cada um de nós dará contas do que faz a Cristo, não aos demais irmãos. Embora a Igreja procure ser inflexível em sua posição contra certas atividades ou comportamentos expressamente proibidos pelas Escrituras (adultério, homossexualidade, assassinato e roubo), ninguém deve criar regras e regulamentos adicionais, concedendo-lhes uma condição semelhante à lei de Deus. Muitas vezes, os cristãos baseiam seus critérios morais em opiniões, particularidades pessoais ou preceitos culturais, em vez de na Palavra de Deus. Quando o fazem, mostram como sua fé é fraca e não imaginam como Deus é suficientemente poderoso para guiar seus filhos. Quando nos colocamos perante Deus e prestamos contas de nossa vida, não nos preocuparemos com o que nosso vizinho cristão fez (2Co 5.10)” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, p.1575).
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos as responsabilidades que o cristão deve assumir, tanto no convívio social como espiritual. Como ser social, temos deveres para com o Estado. Devemos respeitar a ordem estabelecida. Todavia, como ser moral e espiritual temos deveres para com o outro. Não somos apenas cidadão do céu (Fp 3.20), somos também cidadãos da Terra. Devemos investir nos relacionamentos horizontais, mantendo sempre em mente que o salvo em Cristo não é uma ilha. Precisamos uns dos outros.
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
Quem constitui as autoridades?
Deus. As autoridades são ministros a serviço de Deus, mesmo que sejam governantes pagãos, como, por exemplo, os imperadores Ciro e Nabucodonosor.
Qual a razão do crente se submeter às autoridades?
Paulo mostra que a sujeição por parte dos cristãos às autoridades deve-se primeiramente por razões de obediência.
O que pode acontecer quando a sociedade deixa de obedecer às autoridades?
Caos e desordem.
Qual o princípio bíblico em relação às autoridades?
O princípio bíblico em relação às autoridades é que o cristão as respeite e as honre (Rm 13.7).
O que significa “a ninguém devais coisa alguma” (Rm 13.8)?
Em palavras atuais, significa que o crente deve ter o “nome limpo na praça”. Por outro lado, Paulo reconhece outra natureza de dívida, esta não negativa, mas positiva para o crente. A dívida do amor. Não podemos dever nada a ninguém, exceto “o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Deveres civis, morais e espirituais
A história da humanidade pode ser contada a partir das sucessivas tentativas de derrubadas e soerguimentos de governos humanos. Ora, o Antigo Testamento mostra com clareza as derrubadas de impérios e reinos, e o levantamento de outros reinos no lugar daqueles abatidos. A história da humanidade também é uma história da busca e de conquista do poder.
Na época do apóstolo Paulo, o sistema de governo vigente no mundo era a Monarquia Absolutista. O poder era centralizado na pessoa do imperador de Roma. Quando o apóstolo se refere sobre a devida obediência às “Autoridades superiores”, ele se referia a autoridade civil exercida pelo governo de Roma, bem como a referência direta aos administradores do governo romano.
Um ponto que é claro na epístola, e no capítulo 13, é que as obrigações que incidem em nossa sujeição às autoridades civis, mediante ao ensino apostólico, significam fazer a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). Neste sentido, devemos obediência ao governo civil porque, em primeiro lugar, toda autoridade provém da parte de Deus. Neste caso, o governo e os magistrados são responsáveis para punir o malfeitor e assegurar o bem estar das pessoas de bem (Rm 13.2-5). Outro ponto: a obediência à autoridade não pode ser apenas pelo medo de ser punido, mas pela consciência de que é uma instituição divina (13.5). Entretanto, quando lemos a carta de Paulo aos Romanos, mais especificamente o trecho sobre as autoridades civis, nós devemos levar em conta algumas questões importantes:
Portanto, hoje o que caracteriza a desobediência civil é o descumprimento da Constituição e do sistema de Leis vigente em nossa nação.
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Lições Bíblicas CPAD
Adultos
2º Trimestre de 2016
Título: Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos
Comentarista: José GonçalvesLição 11: A tolerância cristã
Data: 12 de Junho de 2016
TEXTO ÁUREO
“Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17).
VERDADE PRÁTICA
Os crentes mais maduros não devem agir egoisticamente, mas precisam atuar como modelo para os mais fracos.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mc 12.33
Amar o próximo é melhor que qualquer sacrifício
Terça — 1Co 13.7
O amor tudo sofre, tudo crê e tudo suporta
Quarta — Rm 14.4
Aquele que ama não julga o seu irmão
Quinta — Rm 14.10
Não desprezemos os nossos irmãos
Sexta — Rm 14.12
Cada um dará conta de si mesmo perante Deus, o Criador
Sábado — Rm 14.13
Deixemos de lado todo julgamento alheio
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 14.1-6.
1 — Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas.
2 — Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.
3 — O que come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.
4 — Quem és tu que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.
5 — Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em seu próprio ânimo.
6 — Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. O que come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come para o Senhor não come e dá graças a Deus.
HINOS SUGERIDOS
79, 315 e 464 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que o crente maduro precisa atuar como modelo para os mais fracos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Compreender que assim como a igreja em Roma, a igreja atual precisa ser acolhedora.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, não se esqueça de incentivar os alunos a lerem toda a Epístola de Romanos para que tenham uma compreensão melhor do texto. Na lição de hoje estudaremos os capítulos 14 e 15 da Epístola aos Romanos. Nestes capítulos vemos que Paulo volta a tratar de questões práticas da fé. O apóstolo mostra que a igreja em Roma era bem heterogênea, por isso, os crentes não deviam entrar em discussões a respeito de convicções religiosas. Ele também mostra que era necessário tratar uns aos outros com respeito e amor. Paulo mostra que não temos o direito de julgar ninguém. Ele pergunta: “Quem és tu que julgas o servo alheio?” (v.4). Somente Deus conhece as verdadeiras intenções do coração. Como crentes, alcançados pela graça, precisamos amar, respeitar e tolerar os fracos na fé. A Igreja precisa ser um local de acolhimento, amor e paz, e não um tribunal.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo foi informado de que havia alguns conflitos na igreja de Roma, os quais giravam em torno da liberdade cristã. Alguns crentes, ainda imaturos, se escandalizavam com determinadas atitudes dos crentes, cuja a fé achava-se amadurecida. Esses conflitos, como acredita a maioria dos comentaristas, surgiram com o retorno de alguns judeus cristãos que haviam sido expulsos pelo imperador Cláudio. Estes, ao se juntarem à igreja formada em sua maioria por gentios, se escandalizaram com determinadas práticas. Paulo busca um ponto de equilíbrio a fim de que a obra de Cristo não sofresse nenhum dano. Este é o tema que vamos estudar.
PONTO CENTRAL
O crente precisa tolerar e amar os mais fracos na fé.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A Igreja é una, porém é formada por pessoas diferentes.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Juízo de valor (14.1)
Significa determinar, com base em nossas próprias crenças e convicções, que certa pessoa está em pecado. Quando uma pessoa se envolve num ato que a Bíblia tipifica como pecaminoso, não estamos fazendo juízo de valor ao classificar esse ato de pecado, mas, sim, estamos em concordância com Deus. É importante ter clara, na mente, essa distinção. A igreja deve disciplinar os crentes que pecam, mas ninguém, nem mesmo a congregação, tem o direito de emitir juízo de valor.
Forte e fraco (14.2). Para surpresa de muitos, é o fraco na fé (aetheneia: fraco, incapacitado) que tem problemas com a liberdade de outros, que desfrutam de uma fé mais forte! O forte na fé leva em conta que a espiritualidade não é uma questão de fazer ou não fazer, mas de amar e servir a Deus enquanto usufrui suas boas dádivas.
Desprezar (14.3). O problema de julgar os outros é que isso distorce relacionamentos, nos impede o entendimento e de compartilharmos a ajuda uns dos outros. Deus se agrada de nós, pelos nossos relacionamentos, não se comemos carne ou somos vegetariano” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.750).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O crente, alcançado pela graça, precisa ser tolerante com os fracos na fé.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
”Romanos 14.13
Alguns cristãos usam um invisível irmão mais fraco, para apoiar suas opiniões, seus preconceitos e padrões de comportamento. Dizem: ‘Você deve viver de acordo com esses padrões ou ofenderá um irmão mais fraco’. Na verdade, muitas vezes a pessoa ofenderia somente a quem lhe fez a recomendação. Embora Paulo estivesse nos conclamando a sermos sensíveis com aqueles cuja fé poderia ser prejudicada por nossos atos, não devemos sacrificar nossa liberdade em Cristo apenas para satisfazer as razões egoístas daqueles que tentam impor-nos suas opiniões. Não tema nem os critique, apenas siga a Cristo o mais próximo que puder.
14.14. No Concílio de Jerusalém (At 15), a igreja local, formada por judeus, pediu à igreja gentílica de Antioquia que recomendasse aos cristãos que não comessem carne sacrificada aos ídolos. Paulo estava no Concílio de Jerusalém e aceitou essa solicitação, não por pensar que comer essa carne seria um pecado, mas porque essa prática ofenderia profundamente muitos judeus. Paulo não considerava a questão tão séria, a ponto de dividir a Igreja: o desejo ao aceitar a recomendação da Igreja em Jerusalém foi promover a unidade entre os cristãos” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2005, p.1576).
III. UMA IGREJA ACOLHEDORA (Rm 15.1-13)
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
A igreja precisa ser um lugar de acolhimento e não um tribunal.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“No exemplo de Cristo 15.1-13
De certo modo, Paulo dá continuidade ao assunto do capítulo 14, porém, com uma visão especial.
vv.1,2 — Nestes dois versículos a exortação continua quanto às relações entre os crentes denominados ‘fortes’ e os ‘fracos’. Os fortes devem suportar os ‘fracos’ nas suas fraquezas. Não apenas suportá-los, mas ajudá-los. O propósito do crente forte não deve ser o de agradar a si mesmo, mas o de ajudar os que necessitam do seu auxílio (15.2). Paulo exemplifica com Jesus, dizendo: ‘Porque também Cristo não agradou a si mesmo’ (15.3).
[...] O grande problema estava no fato das diferenças de costumes entre os judeus e os gentios. Paulo não desmerece a importância dos pertencentes à ‘circuncisão’, mas reafirma que Cristo é Senhor e Salvador, tanto dos judeus como dos gentios. Para que os crentes gentios não se orgulhassem sobre os crentes vindos do judaísmo, Paulo mostra que o Evangelho é superior aos sistemas de vida. Gentios e judeus, fortes e fracos, todos são um só povo em Cristo, pois este foi feito ministro para confirmar as promessas (15.8)” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.144).
CONCLUSÃO
Aprendemos como o apóstolo Paulo procurou pacificar a tensão entre os crentes forte e fracos na igreja de Roma. Esse conflito estava gerando um ponto de tensão que poderia, a curto prazo, pôr em risco a obra de Cristo ali.
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
O que significa ser uma Igreja una?
Significa que embora seja formada por pessoas de raças diferentes, ela constitui o Corpo de Cristo. Para ser Igreja, ela precisa atender o critério da unidade. Não há judeus nem gentios, mas a Igreja de Deus. Ela é, portanto, indivisível.
Segundo a lição, quem são os fracos na fé?
Os crentes fracos eram principalmente cristãos judeus que se abstinham de certos tipos de alimentos, e observavam determinados dias em razão de sua contínua lealdade à Lei de Moisés (Rm 14.6,14).
Segundo a lição, quem são os fortes na fé?
Os fortes eram formados tanto por judeus como por gentios que haviam alcançado um entendimento correto das implicações da Nova Aliança.
O que a lei da liberdade mostrava aos crentes?
A lei da liberdade mostrava aos crentes maduros que eles estavam livres dos rudimentos da Lei de Moisés.
Como deveriam agir os crentes fortes em relação aos fracos?
Paulo respondeu esta questão em Romanos 15.1,2: “Mas nós que somos fortes devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos. Portanto, cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação”.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A tolerância cristã
O livro dos Atos dos Apóstolos, no capítulo 15, narra o primeiro grande conflito que poderia levar grandes prejuízos à comunhão da novata igreja. O problema teve de ser tratado no que se chamou de o primeiro concílio da igreja. Ora, por intermédio do ministério de Paulo e de outros companheiros, muitos gentios chegaram à fé. Mas havia grandes questões: o que era preciso para ser um seguidor de Jesus? Era necessário o gentio guardar toda a lei de Moisés? Conhecer e compreender a mensagem do Evangelho não seria suficiente?
O concílio da igreja chegou à conclusão de que os gentios não precisariam guardar a Lei de Moisés, senão, apenas considerar as seguintes resoluções:
Estas resoluções foram recebidas de maneira amorosa pelos gentios. Mas temas dessa natureza retornaram agora no capítulo 14 de Romanos. Pois o apóstolo Paulo volta-se novamente perante o problema que já havia sido superado. Entretanto, a questão maior é que na igreja de Roma, judeus e gentios estavam convivendo mutuamente, de modo que os judeus se escandalizavam com a liberdade dos gentios. Mas que nos chama atenção neste capítulo 14 é o ensino de tolerância que o apóstolo passa a expor:
O apóstolo conclui o argumento da tolerância entre irmãos da seguinte maneira: “Se você faz com que um irmão fique triste por causa do que você come, então você não está agindo com amor. Não deixe que a pessoa por quem Cristo morreu se perca por causa da comida que você come. Não deem motivo para os outros falarem mal daquilo que vocês acham bom” (vv.15,16). Pois na verdade o Reino de Deus não é comida e nem bebida, mas vida correta, em paz e com alegria no Espírito Santo (v.17).
Portanto, em nome da paz e da alegria, vale a pena respeitar o diferente e aquele que não pensa da mesma forma que você. Pensar diferente faz parte da grande diversidade que há na Igreja, o Corpo de Cristo. Por isso, viva em paz! Viva com alegria!
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
Lições Bíblicas CPAD
Adultos
2º Trimestre de 2016
Título: Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos
Comentarista: José Gonçalves
Lição 12: Cosmovisão missionária
Data: 19 de Junho de 2016
TEXTO ÁUREO
“E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio” (Rm 15.20).
VERDADE PRÁTICA
Os crentes que foram alcançados pela graça e vivem pela fé, em Jesus Cristo, precisam ter uma visão missionária amorosa e abrangente.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 28.19
Anunciar o Evangelho é uma ordenança de Jesus Cristo para a Igreja
Terça — Mt 28.20
A Igreja tem como missão primordial educar e evangelizar
Quarta — At 1.8
A Igreja deve alcançar os confins da Terra
Quinta — Jo 3.16
O amor de Deus pela humanidade é incomensurável
Sexta — Rm 10.14
Como as pessoas ouvirão o Evangelho se não há quem pregue?
Sábado — Rm 10.15
Como os anunciadores pregarão se não forem enviados?
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 15.20-29.
20 — E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio;
21 — antes, como está escrito: Aqueles a quem não foi anunciado o verão, e os que não ouviram o entenderão.
22 — Pelo que também muitas vezes tenho sido impedido de ir ter convosco.
23 — Mas, agora, que não tenho mais demora nestes sítios, e tendo já há muitos anos grande desejo de ir ter convosco,
24 — quando partir para a Espanha, irei ter convosco; pois espero que, de passagem, vos verei e que para lá seja encaminhado por vós, depois de ter gozado um pouco da vossa companhia.
25 — Mas, agora, vou a Jerusalém para ministrar aos santos.
26 — Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém.
27 — Isto lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais.
28 — Assim que, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto, de lá, passando por vós, irei à Espanha.
29 — E bem sei que, indo ter convosco, chegarei com a plenitude da bênção do evangelho de Cristo.
HINOS SUGERIDOS
65, 167 e 395 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que os crentes que foram alcançados pela graça precisam ter visão missionária.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Relacionar as necessidades espirituais da obra missionária.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Estamos quase concluindo o estudo da Epístola aos Romanos. Na lição de hoje estudaremos o penúltimo capítulo como continuação do texto anterior, Paulo prossegue tratando a respeito do amor e do respeito que devemos ter para com todos os irmãos. Assim, como fomos acolhidos pela misericórdia de Jesus Cristo, precisamos acolher o próximo. Acolher não somente aqueles que fazem parte do Corpo de Cristo, mas também os que ainda estão fora e precisam ouvir a mensagem do Evangelho. Paulo dedicou toda a sua vida à pregação do Evangelho. Ele procurou anunciar o nome de Cristo e sua graça aos que ainda não tinham ouvido nada a respeito do Filho de Deus. O apóstolo pede que a igreja em Roma ore por ele e o ajude na obra missionária, pois, sem a ajuda dos irmãos, ele não teria como continuar anunciando a Cristo aos que estavam perdidos.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
Paulo já estava chegando ao final da epístola à igreja de Roma. Um dos últimos assuntos tratados por ele havia sido acerca da tolerância que os crentes maduros devem demonstrar para com os imaturos. A solução do problema estava em saber equilibrar a liberdade com o amor cristão. Agora, o apóstolo deseja expor o que estava em seu coração — o desejo de levar o evangelho da graça de Deus a terras ainda não alcançadas. Os crentes de Roma, membros de uma igreja que fez o mundo inteiro ouvir os ecos de sua fé (Rm 1.8), deveriam apoiá-lo nesse empreendimento missionário. Todavia, para que seu intento fosse alcançado, ele sente a necessidade de explicar com maiores detalhes o seu projeto missionário. É o que vamos estudar nesta lição.
PONTO CENTRAL
O crente precisa ter uma cosmovisão missionária.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A igreja precisa ter uma cosmovisão missionária abrangente.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Os planos missionários de Paulo (15.22-33)
15.22,23 — Nestes versículos Paulo fala do seu grande desejo de ir a Roma, e diz que tem sido impedido por circunstâncias várias. Entretanto, ele sente que suas atividades missionárias nas regiões da Grécia, Macedônia e Ásia Menor, já foram completadas. Ele dera início à tarefa evangelística e já podia confiar a obra a outros obreiros, a fim de cumprir o desígnio de seu ministério apostólico.
15.24 — ‘Quando parti para a Espanha’. Está expressa aqui a visão expansionista missionária do grande apóstolo. A Espanha agora era a sua meta, e, para tal, passaria antes por Roma.
15.25,26 — Nestes versículos Paulo diz à igreja em Roma que antes terá de ir a Jerusalém, acompanhado por vários irmãos na fé, das igrejas gentílicas. A viagem tinha um cunho filantrópico, pois levariam as ofertas das igrejas da Macedônia e Acaia para os crentes que passavam privações em Jerusalém” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.146).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Para que a obra missionária seja realizada com excelência é necessário que haja planejamento.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Paulo enfatiza que as igrejas gentílicas são devedoras para com a igreja em Jerusalém, visto que a bênção do Evangelho de Cristo partiu de Jerusalém. Era justo que, nesses momentos de perseguições e privações aqueles crentes judeus fossem ajudados. Conforme declara o apóstolo: ‘Se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais’ (v.27).
Terminada a sua missão em Jerusalém, não lhe resta outro plano, senão ir a Roma e depois à Espanha.
Paulo sabia que havia grande perseguição contra a igreja de Jerusalém, e que seu trabalho missionário entre os gentios ainda sofria resistência de alguns judeus. Mas ele esperava que na sua ida a Jerusalém, juntamente com irmãos representantes das igrejas gentílicas, levando ofertas para os santos de Jerusalém, fossem bem recebidos. Paulo sabia que havia perigo de vida, pois os judeus mais fanáticos queriam a sua morte (v.31). Por isso, solicita à igreja que ore por esta missão em Jerusalém. Entende Paulo que acima de tudo está a soberana vontade de Deus (v.32)” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.146).
III. A NECESSIDADE ESPIRITUAL NA OBRA MISSIONÁRIA (Rm 15.30-33)
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Existem inúmeras necessidades espirituais na obra missionária.
SUBSÍDIO SOCIOLÓGICO
Professor, procure enfatizar o quanto Paulo amava a obra missionária e se dedicou a ela. Ele procurou levar o Evangelho às áreas mais carentes, onde as pessoas não tinham ouvido nada ou quase nada a respeito de Cristo. Aproveite a oportunidade e fale com seus alunos a respeito da janela 10x40. Diga que nesta “janela” estão os países menos alcançados com o Evangelho. Países onde a perseguição aos cristãos é bem grande. Ore, juntamente com seus alunos, por estes países. Peça que Deus envie pessoas para irem como missionários. Rogue também ao Senhor para que pessoas possam ofertar e sustentar os que já estão no campo missionário. Se desejar, reproduza o quadro abaixo para os alunos.
CONCLUSÃO
Nessa lição, vimos uma das razões que levou o apóstolo a visitar a igreja de Roma. Não era apenas uma visita fortuita, mas algo planejado. O seu alvo era o estabelecimento de um ponto de apoio para seu empreendimento missionário. Para isso, Paulo usa esse espaço de sua Epístola para informar aos crentes em Roma das diretrizes tomadas para essa viagem. A igreja de Roma, que não tinha Paulo como seu fundador, teria a oportunidade de ver como trabalhava e apoiar aquele que foi, sem dúvida, o maior missionário da história.
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
O que Paulo tinha em mente quando reservou um espaço em sua Epístola para tratar a respeito do seu projeto missionário?
Paulo desejava que os crentes romanos compartilhassem do propósito da sua chamada — a conversão do mundo gentílico ao Evangelho (Rm 15.16).
O ministério de evangelismo de Paulo era instrumentalizado por quem?
O apóstolo diz que o seu ministério de evangelismo era instrumentalizado pelo Espírito Santo.
Quem é que traz o poder de convencimento ao mundo perdido e prova que Jesus Cristo continua vivo?
O Espírito Santo.
Quem é a mais poderosa força geradora de missões?
O Movimento Pentecostal é uma prova viva de que o Espírito Santo é a mais poderosa força geradora de missões.
Segundo a lição, cite duas necessidades da obra missionária.
A necessidade da cobertura espiritual e a necessidade do refrigério espiritual.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Cosmovisão missionária
Se há uma característica que podemos confirmar na carta do apóstolo Paulo aos Romanos é o sentimento missionário do apóstolo. Paulo era um homem de coração voltado para as missões. O Espírito Santo usou a instrumentalidade de Paulo para o Evangelho atingir a civilização ocidental. Por isso, podemos notar características muito profundas na visão missionária de Paulo.
A visão missionária de Paulo
O capítulo 15 de Romanos mostra a primeira predisposição de o apóstolo anunciar o Evangelho a quem nunca ouviu falar sobre ele. Neste sentido, veja a fala do apóstolo: “E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio” (v.20). A partir deste texto, uma característica essencial que brota naturalmente de Paulo é a sua forma honesta de fazer Missões em que ele jamais anunciaria Cristo onde Ele já fora anunciado. Imagine o impacto que essa visão paulina traria em nossa prática missionária nos tempos modernos!
A visão missionária que esteja voltada para as pessoas é a mais fiel em relação ao Evangelho, pois ela não está voltada para um projeto de extensão de instituições religiosas, mas simplesmente em alcançar corações e mentes que ainda não conhecem a Deus e a justiça do seu Reino.
Outra característica que encontramos na visão missionária de Paulo é a esperança. Note o versículo 24: “Quando partir para a Espanha, irei ter convosco; pois espero que, de passagem, vos verei e que para lá seja encaminhado por vós, depois de ter gozado um pouco da vossa companhia”. De acordo com alguns estudiosos, é problemática a questão se o apóstolo Paulo chegou ou não à Espanha. Entretanto, a Epístola de Clemente à Igreja de Corinto e o fragmento muratoriano (uma cópia da lista mais antiga que se tem dos livros do Novo Testamento) são considerados argumentos fortes em relação à ida do apóstolo à Espanha. Apesar do tempo, dos obstáculos do ministério e de tantas outras questões que afligiam o apóstolo, ele não deixou de ter esperança e novos planos. Mas antes, ele planejara ir à Jerusalém para ministrar aos santos (v.25).
Predisposição para anunciar Cristo onde Ele não fora anunciado e esperança renovada na missão de Deus são características que brotam naturalmente da leitura da epístola paulina: “Assim que, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto, de lá, passando por vós, irei à Espanha” (v.28).
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
Lições Bíblicas CPAD
Adultos
2º Trimestre de 2016
Título: Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos
Comentarista: José Gonçalves
Lição 13: O cultivo das relações interpessoais
Data: 26 de Junho de 2016
TEXTO ÁUREO
“Ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém!” (Rm 16.27).
VERDADE PRÁTICA
Deus deseja que os crentes, alcançados pela graça, cultivem relacionamentos saudáveis.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Rm 16.1,2
Febe, cooperadora do apóstolo Paulo e da obra do Senhor
Terça — Rm 16.3
Priscila e Áquila cooperadores do apóstolo em Jesus Cristo
Quarta — Rm 16.5
Paulo sabia cultivar boas relações interpessoais
Quinta — Rm 16.17
Paulo recomenda evitar os que promovem dissensões
Sexta — Rm 16.21
Paulo cultiva um bom relacionamento com seus parentes
Sábado — 1Co 3.9
Sejamos bons cooperadores de Deus para cuidarmos da “lavoura”
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 16.1-16.
1 — Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencreia,
2 — para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo.
3 — Saudai a Priscila e a Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus,
4 — os quais pela minha vida expuseram a sua cabeça; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios.
5 — Saudai também a igreja que está em sua casa. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as primícias da Ásia em Cristo.
6 — Saudai a Maria, que trabalhou muito por nós.
7 — Saudai a Andrônico e a Júnia, meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo.
8 — Saudai a Amplíato, meu amado no Senhor.
9 — Saudai a Urbano, nosso cooperador em Cristo, e a Estáquis, meu amado.
10 — Saudai a Apeles, aprovado em Cristo. Saudai aos da família de Aristóbulo.
11 — Saudai a Herodião, meu parente. Saudai aos da família de Narciso, os que estão no Senhor.
12 — Saudai a Trifena e a Trifosa, as quais trabalham no Senhor. Saudai à amada Pérside, a qual muito trabalhou no Senhor.
13 — Saudai a Rufo, eleito no Senhor, e a sua mãe e minha.
14 — Saudai a Asíncrito, a Flegonte, a Hermas, a Pátrobas, a Hermes, e aos irmãos que estão com eles.
15 — Saudai a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas, e a todos os santos que com eles estão.
16 — Saudai-vos uns aos outros com santo ósculo. As igrejas de Cristo vos saúdam.
HINOS SUGERIDOS
10, 185 e 454 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Compreender que os crentes precisam cultivar relacionamentos saudáveis.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
III. Apontar a fonte das relações interpessoais.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Com graça de Deus, chegamos ao final do estudo da Epístola aos Romanos. Paulo conclui a carta saudando alguns irmãos e irmãs em Cristo. A lista de saudações é bem extensa. Ele cita judeus e gentios, gente simples e autoridades. Isso mostra que o líder precisa da ajuda de cooperadores. Paulo tinha vários cooperadores e não deixou de fazer menção do nome deles. O apóstolo demonstra seu amor por todos os irmãos que cooperavam com a obra de Deus. Na conclusão da Epístola de Romanos, percebemos que o apóstolo Paulo não somente fundou igrejas e pregou o Evangelho de Cristo aos gentios. Ele construiu comunidades de amor, de remidos em Cristo pela graça, que amavam ao Senhor e a sua obra.
COMENTÁRIO INTRODUÇÃO
Os vinte e sete versículos do capítulo dezesseis da Epístola aos Romanos encerram a monumental obra literária de Paulo. Por toda a obra, o apóstolo discorreu a respeito dos principais temas da fé cristã e deixou-nos princípios fundamentais que são úteis para a construção de relacionamentos interpessoais. De uma maneira informal, mas com o seu estilo literário característico, Paulo traz à lembrança nomes de pessoas que, de uma forma ou de outra, o ajudaram a construir a identidade cristã do primeiro século. Ele não deixou que esses nomes caíssem no esquecimento, e, no final de sua carta envia-lhes saudações, numa demonstração de gratidão a Deus por tudo o que essas significaram para ele.
PONTO CENTRAL
O crente precisa cultivar relações interpessoais saudáveis.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Precisamos valorizar pessoas e não coisas, estabelecendo relacionamentos interpessoais saudáveis.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Paulo recomenda Febe (16.1)
A palavra que a descreve como serva é diakonia, diácono. Exceção feita pelo seu final feminino, é a mesma palavra em todas as versões em inglês para ‘diácono’ nas epístolas pastorais. É usada também para indicar cargo de liderança na igreja. Aparentemente, Paulo não era tão negativo em relação à liderança feminina quanto muita gente é hoje.
Priscila e Áquila (16.3). O casal apresentado em Atos 18 era bem próximo do apóstolo Paulo e estava profundamente envolvido em seu ministério. É significativo notar que, exceção feita ao versículo em que os dois são apresentados, o nome da esposa precede o do marido. Tudo indica que os dons de Priscila eram maiores do que os dons do cônjuge e a Escritura é testemunha do respeito que ela gozava na igreja primitiva” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.752).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O individualismo, o sensualismo e antimonismo são ameaças às relações interpessoais.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Professor, mostre aos alunos os princípios cristãos estabelecidos por Paulo que nos ajudam desenvolver relacionamentos saudáveis: “Não devemos julgar ou desprezar outras pessoas cujas convicções diferem das nossas. Devemos reconhecer o senhorio de Jesus Cristo como realidade prática. Isso significa que devemos proteger a liberdade que os cristãos têm, individualmente, de tomarem suas próprias decisões quanto às ‘contendas sobre dúvidas’. Jesus, não a minha consciência, é o Senhor do meu irmão. As ‘contendas sobre dúvidas’, nas quais divergimos, não são erradas nem certas em si mesmas. Mas, qualquer ato que viole a consciência é errado para as pessoas. No exercício de nossa liberdade, devemos permanecer sensíveis às convicções dos outros. Escolher agir de maneira a beneficiar nossos irmãos é liberdade de fazer algo que viole a consciência dos outros. Estaremos em situação bem melhor se, todos nós, concordarmos em manter para nós mesmos nossas convicções sobre questões duvidosas, e tratarmos de assuntos relacionados a amar e servir uns aos outros. Lembremo-nos sempre do exemplo de Cristo. Como Jesus aceitou a você e a mim? Ele nos recebeu em nossa imperfeição. Ele nos recebeu em nossa ignorância. Ele nos recebeu enquanto velhas práticas ainda estavam ligadas a nós, como as faixas de linho na sepultura ligavam o Lázaro que o Senhor ressuscitou (Jo 11.44). Jesus nos recebeu para uma experiência transformadora de amor, confiante de que o poder do perdão de Deus nos limparia e nos purificaria” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2000, p.323).
III. A FONTE DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
A sabedoria, a soberania e a graça de Deus são as fontes das relações interpessoais.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Ele é poderoso (16.25-27)
Como é possível levar pecadores, motivados pelo egoísmo e paixões pecaminosos, separados por preconceitos raciais e enormes diferenças sociais, a crerem numa comunidade unida pelo amor desprendido? Somente Deus pode fazer isso no mundo do século primeiro. Somente Deus pode assim proceder em nossos dias. A mensagem de Romanos é de que ele o fará, através da justiça imputada a nós pela fé, construída verdadeiramente pela confiança contínua em nosso Deus vivo” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.752).
CONCLUSÃO
Nada mais apropriado do que encerrar uma carta incentivando as relações interpessoais saudáveis. É isso o que Paulo faz no final da carta aos Romanos. Primeiramente vemos o quanto ele valorizou o relacionamento interpessoal saudável, doutrinando a igreja a respeito dos perigos das contendas e divisões. O individualismo, o sensualismo e as heresias deveriam ser resistidos energicamente. Muitos dos nomes que Paulo citou haviam labutado ombro a ombro com ele na edificação do Corpo de Cristo. Não eram lembranças nostálgicas, mas recordações que ajudavam a refrigerar a alma. Por último, não deveriam esquecer de que a fonte e a origem de toda harmonia é Deus. Ele é a fonte de toda a graça dispensada.
PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
Paulo finaliza sua carta primeiramente recomendando a qual membro da igreja de Cencreia?
Paulo finaliza sua carta primeiramente recomendando a irmã Febe.
Cite o nome de algumas irmãs que cooperaram com Paulo.
Febe, Priscila, Áquila, Maria.
Qual era a recomendação de Paulo em relação àqueles que causavam dissensões e escândalos?
A igreja deve observá-lo e afastar-se dele.
Segundo a lição o que era o movimento herético do primeiro século conhecido como gnosticismo?
Era um movimento sectário, que tinha como prática o sensualismo e o antinomismo. Em outras palavras, como viam a matéria como algo ruim, não tinham apreço pelo corpo, já que este era material.
Como Paulo encerra a sua carta?
Paulo encerra a sua Epístola com uma expressão de louvor e adoração.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O cultivo das relações interpessoais
O último capítulo de Romanos, o 16, é uma descrição de uma lista de pessoas que o apóstolo Paulo conhecia, embora ele ainda não tivesse chegado à igreja de Roma: Febe, a portadora da carta do apóstolo (v.1); Priscila e Àquila, casal que cuidou de Paulo em Corinto (v.3); Epêneto, Amplíato e Pérside eram pessoas queridas do apóstolo, onde demonstra um vínculo de comunhão do apóstolo devido a expressão “querido” (vv.5,8,9,12); Maria, uma trabalhadora que por certo fora uma das fundadoras da igreja, pois a expressão “muito trabalhou” evoca essa ideia (v.6); Andrônico e Júnias, segundo os estudiosos do Novo Testamento, eram parentes do apóstolo, bem como judeus (v.7); Amplíato, o “dileto amigo no Senhor” (v.8); Urbano, o cooperador, e Estáquis como “meu amado” (v.9); Apeles, um homem “aprovado em Cristo”, a família de Aristóbulo (v.10); Herodião, de acordo com o nome e o contexto mencionado sugerem que ele pertencia à casa ou à família de Herodes (v.11); Trifena e Trifosa, supõem-se que eram irmãs, e Pérside também era uma mulher (v.12); Rufo, o “eleito do Senhor” e a mãe de Rufo que Paulo a respeitava devido o seu acolhimento (v.13); Asíncrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas e a todos os irmãos que estão com eles (v.14); Filólogo e Júlia, Nereu e sua irmã, ao irmão Olimpas e todo o povo que está com ele (v.15); por final: “Saudai-vos uns aos outros com santo ósculo” (v.16).
Note a lista de pessoas que o apóstolo Paulo conhecia sem ainda ter ido à igreja de Roma. Expressões como “queridos no Senhor”, “a igreja que está em sua casa”, “dileto amigo”, “meu amado” mostram o carinho e o relacionamento de ternura que o apóstolo cultivava com as pessoas, mesmo de longe. Imagine a necessidade que temos de cultivar o relacionamento de carinho e ternura com as pessoas que estão pertos: a nossa família, a igreja onde congregamos e pessoas próximas de nós.
A importância da relação interpessoal
A vida na igreja local é uma grande oportunidade para termos um relacionamento de respeito e de muita alegria com aqueles que chamamos de irmãos. Na igreja local, nos relacionamentos com pessoas de diversas características: criança, adolescente, jovem, adulto, terceira idade, pessoas portadoras de alguma deficiência. Ou seja, é o nosso universo de relacionamento interpessoal. Neste aspecto, o último capítulo de Romanos é um estímulo a doar-nos ao próximo em nome de Jesus.
FONTE www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com