LIÇÕES CPAD JOVENS JUSTIÇA GRAÇA 4 TRIM-2016(1-13)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens 1º Trimestre de 2016
Título: Justiça e Graça —
Um estudo da Doutrina da Salvação
na carta aos Romanos
Comentarista: Natalino das Neves
Lição 1: Conhecendo a carta aos Romanos
Data: 03 de Janeiro de 2016
TEXTO DO DIA
“Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé” (Rm 1.17).
SÍNTESE
A epístola do apóstolo Paulo aos romanos é leitura indispensável para entendermos o plano de salvação gratuita de Deus, revelado no evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Rm 1.1,5
Paulo justifica suas credenciais de apóstolo
TERÇA — Rm 1.13
O apóstolo já havia tentado ir a Roma
QUARTA — At 18.1-3
Priscila e Áquila já conheciam Paulo
QUINTA — Rm 16.1-2
Febe, uma diaconisa da igreja de Cencreia
SEXTA — Rm 1.16
Paulo não tinha vergonha do evangelho de Cristo
SÁBADO — Rm 1.17
O Evangelho revela a justiça de Deus
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
CONHECER a autoria, data e local da escrita da Epístola aos Romanos;
MOSTRAR os destinatários e o propósito da Carta aos Romanos;
COMPREENDER a gratidão de Paulo em favor da comunidade cristã em Roma.
INTERAÇÃO
Caro(a) professor(a), vamos iniciar um novo trimestre com um dos escritos com maior profundidade teológica e, ao mesmo tempo, com o cuidado pastoral do apóstolo Paulo. Nesta epístola vamos perceber a paixão do apóstolo pela pregação do Evangelho, nunca satisfeito com os resultados, sabendo que podia oferecer sempre mais pelo Reino de Deus. Durante a caminhada deste trimestre, convido você a se colocar no lugar do autor e vivenciar cada momento ao estudar os textos bíblicos. Que este não seja simplesmente mais um trimestre, mas que faça a diferença em sua vida cristã e na de seus alunos. Aproveite cada aula, cada momento para se aproximar mais de Deus, reconhecer sua justiça e seu amor para com o ser humano. Caminharemos juntos por 13 lições, por isso, esperamos que seja agradável e produtivo para você.
O comentarista do trimestre é o pastor Natalino das Neves. Ele é mestre e doutorando em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná — PUC.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), sugerimos que você faça a leitura de toda a epístola aos Romanos e todas as lições desta revista. Na sequência estude a lição específica que vai lecionar, destacando os principais pontos. Se possível, consulte literaturas que falem sobre o assunto e prepare um esboço sobre a lição, destacando os pontos principais de cada tópico em forma de frases.
Durante a aula, não leia a revista com os(as) alunos(as), mas apresente os principais pontos e incentive a participação de todos. Estimule os(as) alunos(as) a estudarem previamente a lição em suas casas.
TEXTO BÍBLICO
Romanos 1.1-8,13,16,17.
1 — Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus,
2 — o qual antes havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras,
3 — acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,
4 — declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos — Jesus Cristo, nosso Senhor,
5 — pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome,
6 — entre as quais sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo.
7 — A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
8 — Primeiramente, dou graças ao meu Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé.
13 — Não quero, porém, irmãos, que ignoreis que muitas vezes propus ir ter convosco (mas até agora tenho sido impedido) para também ter entre vós algum fruto, como também entre os demais gentios.
16 — Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.
17 — Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Neste trimestre estudaremos a respeito da primeira epístola do cânon paulino, que apesar de ter um enfoque pastoral, é a mais longa e mais teológica de todas suas epístolas. Movido pela paixão que tinha pela evangelização dos gentios e o desejo de conhecê-los pessoalmente, o apóstolo escreveu, excepcionalmente, para uma igreja que ele não havia fundado. Paulo precisava auxiliar a comunidade, formada em sua maioria por gentios e uma minoria de judeus, que enfrentava conflitos com relação aos requisitos necessários para a justificação diante de Deus. Nesta epístola o apóstolo apresenta um espetacular tratado para demonstrar que a justificação se dá por meio da fé e não pelas obras.
Pense!
“A Epístola aos Romanos é o principal livro do Novo Testamento e o mais puro Evangelho, tão valioso que um cristão não só deveria saber de memória cada palavra dela, mas tê-la consigo diariamente, como o pão cotidiano de sua alma” (Martinho Lutero).
Ponto Importante
A comunidade judaica em Roma era forte e provocava conflitos na comunidade cristã por meio da influência sobre judeus convertidos ao cristianismo.
Pense!
O apóstolo Paulo depois de fazer um grande trabalho na Ásia e na Grécia, não se deu por satisfeito e começa novo projeto para alcançar almas para Cristo em regiões distantes como Roma e Espanha. Jovem, você está satisfeito com o que já fez pelo Evangelho? Você pode fazer mais e melhor?
Ponto Importante
A comunidade cristã em Roma não foi fundada por Paulo e na época da escrita não tinha nenhum dos principais líderes da igreja para orientá-los. Por isso, o apóstolo dedica uma epístola com profundidade doutrinária para orientar e defender a mensagem do Evangelho.
III. A GRATIDÃO DE PAULO E A JUSTIÇA DE DEUS REVELADA
Pense!
Um versículo da Epístola aos Romanos (Rm 1.17) foi a mola propulsora para transformar a realidade da humanidade, mudou a história ocidental por meio da Reforma Protestante.
Ponto Importante
O apóstolo Paulo deu um grande exemplo de quem valoriza o coletivo e não os interesses pessoais. Uma vida verdadeiramente transformada pela justiça de Deus revelada por meio da Epístola aos Romanos.
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos que a epístola foi escrita por Paulo, por volta de 57 a.C., na cidade de Corinto, durante a terceira viagem missionária de Paulo. A comunidade cristã de Roma não foi fundada por Paulo, mas ele se ocupou em reforçar para a comunidade a revelação da justiça de Deus por meio da fé, tema central da epístola e fundamento para o desencadeamento da Reforma Protestante do Século XVI.
ESTANTE DO PROFESSOR
CABRAL, Elienai. Romanos: O evangelho da justiça de Deus. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1986.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002.
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008.
HORA DA REVISÃO
A Epístola aos Romanos foi escrita pelo apóstolo Paulo, em 57 d.C., na cidade de Corinto, durante a sua terceira viagem missionária.
Entre os principais deuses romanos estão: Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco.
O imperador Cláudio baniu os judeus de Roma em 49 d.C., por meio de um decreto. Entre os judeus banidos estava Áquila e Priscila (At 18.1-3).
Não.
Romanos 1.17.
SUBSÍDIO
“O escrito que mais se aproxima de uma apresentação teológica sistemática é a epístola aos Romanos, a única epístola, entre as seis, escrita para uma igreja que Paulo não fundou. Todavia, o foco, mesmo no caso de Romanos, não é a teologia em geral, mas a apresentação da mensagem da salvação. Embora Paulo não tivesse visitado a igreja, ele esperava ser bem recebido como apóstolo de Deus e encontrar apoio para seus planos de plantar igrejas nas regiões ocidentes do Império Romano” (ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.271).
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net
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Jovens 1º Trimestre de 2016
Título: Justiça e Graça — Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos
Comentarista: Natalino das Neves
Lição 2: A necessidade dos gentios
Data: 10 de Janeiro de 2016
TEXTO DO DIA
“[...] os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem” (Rm 1.32).
SÍNTESE
A obra da criação revela o conhecimento natural e racional de Deus. Por isso, o ser humano não tem como alegar desconhecer a existência de Deus.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Rm 1.18
A ira de Deus
TERÇA — Rm 1.20
A criação revela as coisas invisíveis
QUARTA — Rm 1.21-22
É loucura não reconhecer a glória de Deus
QUINTA — Rm 1.23-27
A Bíblia condena a prática da relação sexual entre pessoas do mesmo sexo
SEXTA — Jo 16.8-11
O Espírito Santo é quem convence do pecado e da justiça de Deus
SÁBADO — Rm 1.32
O consentimento da injustiça
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
RECONHECER que o conhecimento natural e racional de Deus não é suficiente para a salvação;
CONSCIENTIZAR de que a idolatria (desprezo pela glória de Deus) induz o ser humano à perversão;
RECONHECER que somente o conhecimento experiencial de Deus liberta da ira do Todo-Poderoso.
INTERAÇÃO
Caro(a) professor(a), dentre os assuntos a serem abordados na lição de hoje, tem um polêmico. É o que trata da relação de pessoas do mesmo sexo (homoafetivas). Prática que tem sido incentivada pela mídia e pelos meios sociais, com vistas à tolerância e disseminação pela sociedade. Falar sobre esse assunto até nas igrejas que tem a Bíblia como regra de fé e conduta, tem sido rechaçada por algumas pessoas como uma prática discriminatória. Outras desejam tornar em lei a proibição de se falar do assunto nos púlpito. Portanto, o tema deve ser tratado com cuidado e, acima de tudo, alicerçado na Palavra de Deus e abordado com amor e bom senso.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em geral, os professores de Escola Dominical adotam o modelo tradicional de ensino. Os alunos ficam sentados uns atrás dos outros, em fila. O modelo mais moderno e eficiente para o processo de ensino—aprendizagem, em especial para um grupo de jovens, é a disposição das cadeiras em círculo ou semicírculo. Professor(a) que fica no mesmo nível e envolvido entre os alunos facilita a relação e o aprendizado. Se a estrutura da sala de aula permitir, experimente usar esta formação e dar oportunidades para que os jovens participem com suas considerações. Seja receptível às ideias, mesmo que sejam contrárias à sua opinião, pois os jovens precisam ser convencidos por argumentos e não por imposição. Certamente, se sentirão mais envolvidos e importantes. Com isso, serão os principais promotores da Escola Dominical.
TEXTO BÍBLICO
Romanos 1.18-27.
18 — Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;
19 — porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20 — Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
21 — porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
22 — Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
23 — E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
24 — Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si;
25 — pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!
26 — Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.
27 — E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
A história da humanidade demonstra que o ser humano sempre buscou a Deus, mas falhou porque o busca da forma errada. A procura pelos interesses pessoais e atendimento aos desejos pecaminosos dominaram os povos. No texto a ser estudado o apóstolo argumenta que todo ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, tem consciência da existência divina, pois a própria natureza é a prova desta existência. Mesmo reconhecendo a existência, se faz necessário um relacionamento mais estreito com este Deus.
Pense!
Romanos demonstra que o Evangelho revela a justiça de Deus por meio da fé, porém também evidencia a ira de Deus sobre o pecado.
Ponto Importante
Quando a Bíblia menciona a necessidade do conhecimento de Deus, não é o conhecimento teórico, mas o conhecimento experiencial, isto é, conhecer sobre Deus com Ele.
Pense!
O ser humano que não se entrega à vontade de Deus, o Criador o entrega à sua própria vontade.
Ponto Importante
A idolatria ocorre quando colocamos outras prioridades antes de Deus.
III. O CONHECIMENTO EXPERIENCIAL DE DEUS QUE LIBERTA DO PODER DO PECADO (Rm 1.28-32)
Pense!
“O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons” (Martin Luther King Júnior).
Ponto Importante
Todas as pessoas estão sujeitas ao erro e ao pecado, mas aquelas que se submetem a Deus e se importam com a sua vontade, dão ouvidos ao Espírito Santo e não se comprazem na vida de pecado.
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos que a criação é uma prova evidente da existência de Deus, o ser soberano que se ira contra as práticas de injustiça. Para não ser consumido pela ira divina é preciso ter um conhecimento experiencial de Deus, pois o conhecimento natural e racional não é suficiente para salvação.
ESTANTE DO PROFESSOR
BALL, Charles Fergunson. A Vida e os Tempos do Apóstolo Paulo. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1998.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002.
HORA DA REVISÃO
As expressões “Deus é amor” e “Deus é justiça” não são contraditórias, pois um Deus de Amor deve proteger os injustiçados por meio da justiça.
O fato de não termos imagens de escultura em nossas igrejas não garante a ausência de idolatria, pois a idolatria é tudo aquilo que você coloca no lugar, ou antes, de Deus.
A base bíblica está na afirmação do apóstolo Paulo em Romanos 1.26,27: “Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro”.
A pessoa que se entrega à perversidade e não dá ouvidos ao Espírito Santo, o meio que Deus proveu para nos convencer do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11) se torna “irreconciliável”, pois rejeita o único meio de se religar com Deus.
Não. O apóstolo ensina que consentir com a injustiça também se constitui uma prática injusta.
SUBSÍDIO I
“Paulo já era cristão há mais de 24 anos. Durante esse tempo, passara por muitas experiências e grandes decepções. Sua mente, porém, abria-se para Jesus como uma flor se abre ao sol. Amadurecera na vida cristã, e o Evangelho de Cristo era-lhe, mas que nunca uma preciosa realidade. Em sua carta, Paulo decidiu proclamar o Evangelho em sua plenitude. Suas palavras, ditadas a Tércio, visavam convencer os romanos de que todos, gentios ou judeus, precisavam da salvação provida por Deus em seu Único Filho. Deus a oferecia como um dom; bastava ao homem recebê-la de graça. Homem algum pode, por esforço próprio, ser reto e aceitável a Deus” (BALL, Charles Fergunson. A Vida e os Tempos do Apóstolo Paulo. RJ: CPAD, 1998, p.150).
SUBSÍDIO II
“Todos fazem mais ou menos o que sabem que é mau e omitem o que sabem que é bom, de modo que ninguém se pode permitir alegar ignorância. O poder invisível de nosso Criador e a divindade estão tão claramente manifestados nas obras que têm feito de modo que até os idólatras e os gentios maus não têm desculpas. Eles seguiram de maneira néscia a idolatria, e as criaturas racionais trocaram a adoração do Criador glorioso por animais, répteis e imagens sem sentimento. Se apartariam de Deus até perderem todo o vestígio da verdadeira religião, se a revelação do Evangelho não os houvesse impedido. Os fatos são inavegáveis, quaisquer que sejam os pretextos estabelecidos quanto à suficiência da razão humana para descrever a verdade divina e a obrigação moral, ou para governar bem a conduta. Estas coisas mostram simplesmente que os homens desonram a Deus com as idolatrias e suas superstições mais absurdas, e que se degradaram a si mesmo com os mais vis afetos e obras mais abomináveis” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, p.925).
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net
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Jovens 1º Trimestre de 2016
Título: Justiça e Graça — Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos
Comentarista: Natalino das Neves
Lição 3: A necessidade espiritual dos judeus
Data: 17 de Janeiro de 2016
TEXTO DO DIA
“Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra, cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus” (Rm 2.29).
SÍNTESE
Os judeu-cristãos por terem recebido a revelação direta de Deus e se dizerem cumpridores da Lei desprezavam os gentios, mas Paulo demonstra que a Lei e a circuncisão não justificam o ser humano.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Rm 2.1
Quem julga e faz o mesmo condena a si mesmo
TERÇA — Rm 2.11
Deus não faz acepção de pessoas
QUARTA — Jr 31.33
Deus tem aliança com quem tem a Lei escrita no coração
QUINTA — Rm 2.28
O ritualismo não justifica ninguém
SEXTA — Gn 12.1-3
A promessa da bênção a Abraão
SÁBADO — Rm 2.21-24
Quem ensina a Palavra e não prática desonra o nome de Deus
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
DEFENDER a afirmação de que a Lei não foi suficiente para a justificação do ser humano;
MOSTRAR que quem ensina e não pratica o que ensina é um hipócrita e está debaixo da ira de Deus;
DEMONSTRAR que o ritual serve apenas como um sinal externo, como exemplo da circuncisão, e não justifica o ser humano diante de Deus.
INTERAÇÃO
Caro(a) professor(a), um tema que precisa de uma atenção especial é a hipocrisia. Não é possível, como diz um ditado popular, “tapar o sol com a peneira”. Infelizmente, existem, no meio cristão evangélico, pessoas com atitudes semelhantes as dos judeus citados por Paulo. Elas querem impor sobre as demais normas e regras que a Bíblia não exige, um jugo pesado e impraticável. Pessoas boas de discurso, que falam de forma bonita sobre o Evangelho, mas que não se comportam adequadamente na igreja, no lar, trabalho, escola e na sociedade em geral. Crentes que têm envergonhado o Evangelho e a Igreja. Um debate bem conduzido sobre o assunto poderá contribuir para uma sensibilização, para a necessidade de se viver uma vida íntegra e coerente diante das pessoas e de Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Sugerimos que você faça uma atividade em grupo para exemplificar o ensino do tópico II desta lição. Para isso, solicite dois voluntários ou duas voluntárias. Enquanto as demais pessoas assistem, coloque uma venda nos olhos de um(a) voluntário(a) e peça para o(a) outro(a) voluntário(a) para guiá-lo(a) numa caminhada pela sala ou pátio, não permitindo que retire a venda, como se fosse uma pessoa cega. Na sequência, coloque a venda nos olhos do(a) outro(a) voluntário(a) e peça para um guiar o outro, alternadamente. Após a atividade, peça para cada voluntário(a) expressar qual o sentimento que teve nas duas funções exercidas, bem como a opinião do público que presenciou a atividade. Depois de ouvir a todas as pessoas, explique que os judeu-cristãos se achavam perfeitos e queriam guiar os gentios por acharem que eram cegos, mas que Paulo esclarece que os judeus também eram cegos. Na realidade era um cego tentando guiar outro cego. Os judeus se achavam superiores, porém diante de Deus estavam condenados como os gentios que não reconheciam a Deus. Tanto judeus como gentios precisavam da misericórdia e graça de Deus para se justificarem diante dEle.
TEXTO BÍBLICO
Romanos 2.1-11.
1 — Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo.
2 — E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem.
3 — E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?
4 — Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?
5 — Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus,
6 — o qual recompensará cada um segundo as suas obras,
7 — a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra, e incorrupção;
8 — mas indignação e ira aos que são contenciosos e desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade;
9 — tribulação e angústia sobre toda alma do homem que faz o mal, primeiramente do judeu e também do grego;
10 — glória, porém, e honra e paz a qualquer que faz o bem, primeiramente ao judeu e também ao grego;
11 — porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Paulo se dirige aos judeu-cristãos de Roma, judeus que haviam se convertido ao cristianismo, mas que ainda estavam marcados pelo poder da Lei e não se sentiam à vontade (devido a opressão do jugo da Lei por longa data) com a mensagem da justificação por meio da fé. O comportamento dos judeu-cristãos colocava-os, da mesma forma que os gentios citados na lição passada, debaixo da ira divina, pois também desprezavam a salvação gratuita ofertada por Deus em Cristo.
Pense!
Jovem, como podemos ter a Palavra de Deus em nosso interior, escrita em nosso coração?
Ponto Importante
Deus não dá um tratamento diferenciado aos judeus, mas os julga da mesma maneira que julga os gentios, pelas suas atitudes.
Pense!
Jovem, você tem saído das quatro paredes para evangelizar outras pessoas ou, como os judeus, tem se comportado como se a salvação fosse exclusiva para você?
Ponto Importante
Os judeu-cristãos por se acharem superiores aos gentios os desprezavam, viviam uma vida hipócrita não praticando o que ensinavam e, por isso, Paulo afirma que os gentios blasfemavam de Deus.
III. OS JUDEUS PRECISAM SE LIBERTAR DO RITUALISMO (Rm 2.25—3.8)
Pense!
Algumas pessoas tentam manter as aparências, valoriza a exterioridade e o ritualismo. Deus valoriza o que está no mais íntimo dos corações.
Ponto Importante
A tradição é importante, mas não pode sobrepor ao poder da Palavra.
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos que os judeus que se achavam perfeitos e privilegiados por serem os receptores da revelação de Deus e portadores da Lei, diante de Deus estavam na mesma condição que os gentios que não reconheciam ao Senhor como deveriam. Portanto, ambos os grupos acabaram injustificados. Para alcançar a justificação os judeus precisavam abandonar a vida de hipocrisia, baseada em ritualismo e sinais externos, bem como os gentios precisavam se converter.
ESTANTE DO PROFESSOR
RENOVATO, Elinaldo. Deus e a Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008.
HORA DA REVISÃO
O apóstolo afirma que da mesma forma que os gentios provocaram a ira de Deus pela sua conduta pecaminosa, os judeus também estavam sob o julgamento da ira de Deus pelo legalismo.
Os gentios seriam julgados não pelo conhecimento da Lei, mas pela prática da Lei, sem mesmo a conhecer.
A evidência era o comportamento hipócrita dos judeu-cristãos, que ensinavam a Lei, mas não praticavam e não conseguiam ser exemplo.
A circuncisão é uma operação cirúrgica que remove o prepúcio, uma pele do órgão sexual masculino, um sinal externo que representa a fidelidade do judeu com sua fé e sua nação.
O exemplo dado é o relato de José. Quando ele, após ser vendido como escravo para os egípcios pelos próprios irmãos, Deus o acompanha e o transforma no segundo homem do Egito. No reencontro deste com seus irmãos, após a morte de seu pai, ele os tranquiliza, dizendo que o mal que intentaram contra ele, Deus havia transformado em bem (Gn 50.15-21).
SUBSÍDIO
“Por que haveria Deus de se preocupar com o homem perdido, incrédulo, ingrato e desobediente? Por que haveria de prover a expiação do pecado desse homem, que lhe deu as costas, preferindo ouvir a voz da antiga serpente, quando todos os meios para sua felicidade estavam à sua disposição? Somente pela Bíblia, a Palavra de Deus revelada e inspirada, é que podemos obter algumas respostas consistentes. A expiação foi necessária por dois grandes motivos: a santidade de Deus e a pecaminosidade do homem. O pecado do homem, face à santidade divina, provocava a ira de Deus. Alguns conceitos precisam ser identificados para entender-se melhor o significado da expiação. Diz a Bíblia: ‘Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a vexação não podes contemplar; por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?’ (Hc 1.13). O pecado causou tremenda perturbação à relação do homem com Deus, afrontando sua santidade, de tal modo que a ira de Deus exige sua condenação. A Bíblia diz que ‘sem derramamento de sangue não há remissão’ (Hb 9.22), ou o homem seria morto, derramando seu próprio sangue, ou alguém teria de morrer em seu lugar. No Antigo Testamento, os animais inocentes foram sacrificados aos milhões em lugar do homem pecador. Mas o sangue dos animais apenas ‘cobriam’ (expiavam de forma imperfeita) o pecado do homem” (RENOVATO, Elinaldo. Deus e a Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.56).
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net
Lições Bíblicas CPAD Jovens
1º Trimestre de 2016
Título: Justiça e Graça — Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos
Comentarista: Natalino das Neves
Lição 4: A necessidade universal de salvação
Data: 24 de Janeiro de 2016
TEXTO DO DIA
“Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus” (Rm 3.20).
SÍNTESE
Todo ser humano estava condenado pela Lei, que aponta o pecado humano. Somente Deus poderia apresentar um meio alternativo para a necessidade universal de salvação.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Rm 3.9
Judeus e gentios estão na mesma condição diante Deus
TERÇA — Rm 3.10
Sem a graça de Deus, não há nenhum justo
QUARTA — Rm 3.11-17
O pecador que não ouve o Espírito Santo
QUINTA — Rm 3.19
A Lei não justifica
SEXTA — Rm 3.24-25
A lei serve apenas para apontar a solução
SÁBADO — Rm 3.20
O ser humano não tem como se justificar por meio de suas obras
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
MOSTRAR que os judeus e gentios necessitam de um meio eficaz para salvação;
RECONHECER que a humanidade necessita encontrar o caminho da paz;
EXPLICAR que a humanidade necessita da solução para o pecado.
INTERAÇÃO
Caro(a) professor(a), precisamos caminhar lentamente junto com o apóstolo Paulo. Perceba a paciência e o cuidado de um bom mestre nas lições que estudamos até aqui, o que continuará também nas lições posteriores. O apóstolo começa com a saudação, apresentando suas credenciais, elogiando o que os membros da igreja de Roma tinham de positivo, incentivando-os a continuarem no Caminho. Ele demonstra seu carinho e a vontade de estar com eles. Testemunha o poder do Evangelho em sua vida e a importância de perseverar nele, de fé em fé. Em seguida, ele começa apresentar a condição de indesculpabilidade dos gentios e judeus até chegar ao momento desta lição atual. Neste estágio do comentário do apóstolo, por meio de forte argumentação, ele demonstra que todos nós, independente de raça, cor, gênero, classe social, entre outros, estamos na mesma situação (mesmo barco) e necessitamos de uma mesma solução para a justificação diante de Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para exemplificar a situação de igualdade entre judeus e gentios e da humanidade, sugerimos que utilize a figura de uma canoa com algumas pessoas dentro. As pessoas devem estar em lados opostos. Diga que as pessoas do lado oposto da canoa simbolizam os judeus. Os gentios estão em lados diferentes, mas ambos na mesma canoa. Diga que a canoa apresenta um furo em um dos lados e se a situação atual continuar é inevitável o naufrágio. No entanto, os personagens que estão do lado que não apresenta o furo se sentem protegidos, não correndo o risco de morrerem afogados. Estes são como cegos, por não querer ver que estão na mesma canoa, sujeitos a mesma sentença: morrerem afogados. Esta era a atitude dos judeus que se julgavam protegidos pela Lei e a circuncisão, mas que Paulo demonstra estarem na mesma condição dos gentios, injustificados e condenados à ira de Deus. Judeus e gentios no mesmo barco e em situação de risco fatal, pois o barco está furado.
TEXTO BÍBLICO
Romanos 3.9-20.
9 — Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado,
10 — como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.
11 — Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus.
12 — Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
13 — A sua garganta é um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;
14 — cuja boca está cheia de maldição e amargura.
15 — Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
16 — Em seus caminhos há destruição e miséria;
17 — e não conheceram o caminho da paz.
18 — Não há temor de Deus diante de seus olhos.
19 — Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.
20 — Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nas lições anteriores vimos que nem os gentios com seu conhecimento natural e racional, nem os judeus com a Lei e a circuncisão, foram justificados diante de Deus. Como o conceito de mundo judaico se divide entre judeus e gentios, o apóstolo apresenta a realidade de que todos são indesculpáveis e precisam de um meio eficaz de salvação. Para isso, ele primeiro reforçará o conceito de que tanto judeus como gentios eram indesculpáveis, em seguida demonstrará o estado pecaminoso do ser humano no sentido universal e esclarecerá que a Lei era insuficiente para justificação e salvação de qualquer ser humano, apontando para Cristo como a saída.
Pense!
Não adianta recorrer às filosofias humanas nem à religiosidade ou ao legalismo para alcançar a paz.
Ponto Importante
Não adianta ter pressa para apresentar a solução sem antes analisar o problema.
Pense!
Você tem vivido em paz? A paz que excede todo entendimento, que prevalece mesmo nas tempestades?
Ponto Importante
Os judeus davam muito valor aos escritos do Antigo Testamento, onde se apegavam para justificar suas crenças e atitudes.
III. A HUMANIDADE NECESSITA DA SOLUÇÃO PARA O PECADO (Rm 3.19,20)
Pense!
Jovem, se todas as pessoas são iguais perante Deus, com tendências a pecar e não tendo como se justificar pelas suas obras, porque existem tantas pessoas nas igrejas, dizendo-se discípulas de Cristo, que se vangloriam e agem como se fossem melhores e mais santas do que as outras?
Ponto Importante
O fato de a Lei não ser suficiente para justificar o ser humano, não quer dizer que ela não teve uma função específica. Segundo Paulo, ela serviu como “aio” para conduzir o pecador até Cristo.
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos que toda humanidade esta na mesma situação de culpabilidade diante de Deus, pois nem a Lei, circuncisão nem a filosofia puderam justificar o ser humano.
ESTANTE DO PROFESSOR
GILBERTO, Antônio. O Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vida do Crente. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004.
HORA DA REVISÃO
Estamos na mesma condição. Nós, como membros da igreja não somos melhores ou piores do que os gentios e judeus da época de Paulo, mas estamos na mesma condição, humanamente falando, indesculpáveis diante de Deus e dependentes da graça de Deus, por meio de Cristo Jesus.
Jesus, em diversas ocasiões, criticou a hipocrisia dos mestres da lei e fariseus.
O autor cita os Salmos 5.10 e 140.4 para falar sobre o perigo da língua e das trapaças. Para discorrer sobre língua, Tiago 3.1-12 é uma leitura obrigatória.
O versículo 19: “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus” (Rm 3.19).
A função da Lei era dar consciência tanto a judeus como gentios de sua culpabilidade e conduzi-los à Cristo, a solução para o pecado da humanidade.
SUBSÍDIO
“[...] Falsos mestres dizendo-se cristãos ensinavam que depois do recebimento da salvação, o cristão tinha de obedecer a todas as normas e regulamentos da lei do Antigo Testamento. Paulo entrou em ação para corrigir este falso ensino. Ele mostrou que a salvação é um dom gratuito de Deus, recebido mediante a fé na obra expiatória de Jesus Cristo, dom esse gratuito, proveniente da graça de Deus. Para serem salvos os gálatas não dependiam das obras, e também não dependiam disso para continuarem salvos. A lei do Antigo Testamento não podia evitar que o ser humano, não importando quão bom fosse, praticasse o mal; entretanto, esta mesma lei o declarava culpado. A decisão para obedecer ou desobedecer à Lei era responsabilidade de cada pessoa que a recebia. Se alguém escolhesse desobedecer à Lei teria de arcar as inevitáveis consequências. Lendo a história da nação de Israel no Antigo Testamento, vemos que o povo escolhido de Deus desobedeceu à Lei muitas vezes e sofreu por causa da desobediência. Deus sabia que o homem por seu próprio esforço não podia cumprir a Lei. Eis por que Ele concedeu-lhe que oferecesse sacrifícios substitutos como expiação pelo pecado. Tais sacrifícios eram repetidos continuamente, por serem imperfeitos, mas quando veio o Senhor Jesus Cristo, o sacrifício perfeito, Ele ofereceu-se uma vez para sempre como nossa expiação e cumpriu todas as exigências da justa lei divina” (GILBERTO, Antônio. O Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vida do Crente. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, pp.147-148).
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net
Lições Bíblicas CPAD Jovens
1º Trimestre de 2016
Título: Justiça e Graça — Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos
Comentarista: Natalino das Neves
Lição 5: A justificação pela fé
Data: 31 de Janeiro de 2016
TEXTO DO DIA
“[...] isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença” (Rm 3.22).
SÍNTESE
Abraão foi a figura didática adequada para a explicação paulina da justificação pela fé, pois foi justificado antes da circuncisão e da lei, sem obras meritórias, mas somente pela fé.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Rm 3.21
Somos justificados pela fé
TERÇA — Gl 1.6,9
Alguns dos gálatas depois de justificados, foram tentados a retroceder
QUARTA — Rm 4.1-8
A justificação de Abraão foi um presente de Deus
QUINTA — Rm 4.9-16
Abraão foi justificado antes da circuncisão e da lei
SEXTA — Hb 11.18
Abraão acreditava que Deus poderia ressuscitar Isaque
SÁBADO — Gn 12.1-9
A justificação de Abraão foi um protótipo da fé cristã
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
APRESENTAR a doutrina da justificação pela fé;
CONSCIENTIZAR da insuficiência da lei para a justificação;
EXPLICAR porquê Paulo utilizou a figura de Abraão para esclarecer a doutrina da justificação pela fé.
INTERAÇÃO
Chegamos ao ponto central da Epístola aos Romanos, o momento em que Paulo cuidadosamente preparou para apresentar a grande novidade, a revelação da verdadeira justiça de Deus, que se constitui na doutrina da justificação pela fé, já indicada em Romanos 1.17. Até este momento, Paulo teve o cuidado para demonstrar que o judeu e o gentio estavam em situação de igualdade, que todos pecaram e destituídos estavam da glória de Deus. Ele conscientizou seus destinatários da dependência de uma alternativa para salvação, de outra forma, estariam condenados. No auge da expectativa, apresenta a solução, a salvação somente é possível por meio do sacrifício de Cristo, pois os sacrifícios do Antigo Testamento foram transitórios e somente encobriam os pecados. Qual o preço então? Paulo afirma que o ser humano precisa apenas ter fé e aceitar o pagamento de sua dívida por Cristo. Para comprovar aos judeu-cristãos ou cristãos judaizantes, utiliza o maior argumento deles, a figura de Abraão. Ele era utilizado pelos judeus como modelo da justificação pelas obras, mas, com base em Gênesis 15.6, Paulo demonstra que Abraão não foi justificado pelas obras, mas pela fé, antes da circuncisão e da lei. Com isso, o apresenta como pai de todo aquele que crê como ele, no Deus do impossível e com poder para ressuscitar (Hb 11.18). O capítulo 4 é uma obra prima do apóstolo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Sugerimos a simulação de um júri. Para isso, você precisará dedicar pelo menos uns 25 minutos de sua aula. Os alunos devem ler a parábola do fariseu e do publicano que se encontra em Lucas 18.9-14. Divida a turma em dois grupos, um grupo para defender os argumentos do fariseu e o outro para defender os argumentos do publicano. Dê uns 5 minutos para os grupos se organizarem e definirem um representante de cada grupo para defender (advogado) seu personagem escolhido (fariseu ou publicano) diante do juiz, que será você professor(a). Dê oportunidade para que cada um argumentar e depois contra-argumentar. No final, dê o veredito final, conforme registrado em Lucas 18.9-14. Aproveite para explorar os conceitos da doutrina da justificação pela fé.
TEXTO BÍBLICO
Romanos 3.21-31.
21 — Mas, agora, se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da Lei e dos Profetas,
22 — isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença.
23 — Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus,
24 — sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus,
25 — ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;
26 — para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.
27 — Onde está, logo, a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não! Mas pela lei da fé.
28 — Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei.
29 — É, porventura, Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente.
30 — Se Deus é um só, que justifica, pela fé, a circuncisão e, por meio da fé, a incircuncisão,
31 — anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, iremos estudar a doutrina da justificação pela fé, que foi o grande fundamento teológico utilizado por Lutero na Reforma Protestante. Paulo vai esclarecer o que ele já havia indicado no primeiro capítulo (Rm 1.17).
Pense!
A doutrina da justificação pela fé foi o princípio fundamental da Reforma.
Ponto Importante
Apesar de Jesus não falar especificamente ou de forma sistematizada sobre a doutrina da justificação pela fé, seus conceitos permeiam seus ensinos e modo de vida.
Pense!
Jovem, já pensou em quão grandiosa é a misericórdia de Deus e quão infinito é seu amor, a ponto de dar seu único filho para morrer e pagar o preço pela dívida que era sua?
Ponto Importante
Não se pode confundir justificação com santificação.
III. ABRAÃO COMO EXEMPLO DA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ (Rm 4.1-25)
Pense!
Abraão demonstrou uma fé ainda maior, pois creu na ressurreição de seu filho (Hb 11.18), mesmo antes de haver qualquer menção de ressureição na Bíblia.
Ponto Importante
Se tivesse alguém que pudesse ser justificado por obras, Abraão o seria, com toda certeza. Mas o apóstolo contrapõe a justificação pelas obras citando o livro de Gênesis 15.6 que afirma ter sido Abraão justificado pela fé, e não pelas obras.
CONCLUSÃO
Aprendemos que a justificação pela fé é uma doutrina bíblica que acertadamente exclui a necessidade de obras meritórias para a salvação do ser humano, porém não abre possibilidade para o antinomismo e precede a santificação.
ESTANTE DO PROFESSOR
GILBERTO, Antônio. O Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vida do crente. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004.
HORA DA REVISÃO
A doutrina da justificação pela fé é o cerne da teologia paulina, utilizada especialmente quando em confronto direto com o ensino judaico ou dos judeu-cristãos, que defendiam que o homem encontra a graça de Deus quando cumpre a vontade divina por meio da lei judaica.
Aquele(a) que inicialmente estava condenado(a) pela ira de Deus, com a justificação é retirada a sentença divina (declarado justo), reconciliado com Deus gratuitamente, em Cristo.
A parábola do fariseu e do samaritano (Lc 18.9-14).
A justificação se dá mediante a fé e acontece instantaneamente na conversão (ato estático), enquanto a santificação que vai sendo desenvolvida após a conversão (processo contínuo).
Porque o exemplo de Abraão demonstra que ele foi justificado antes da circuncisão e da lei, e sua fé constitui um protótipo da fé cristã, por crer incondicionalmente em Deus e no seu poder de ressuscitar.
SUBSÍDIO I
Caro professor, “Deus nos ordena que ensinemos os jovens. Os jovens de hoje são os líderes de amanhã. Eles estabelecem metas, fazem escolhas e vivem a vida levando em conta suas decisões. O ministério de ensino de jovens deve ser excelente.
Os jovens encontram-se numa encruzilhada. As pessoas que estão em contato com as crianças de hoje têm a sensação agourenta de uma crise acelerada e problemática. Algo deve ser feito. Há uma urgência sobre o ministério da mocidade, e aqueles que a consideram de baixa prioridade.
Ensinar os jovens é importante para a nossa igreja, por causa do período em que se encontram na vida. Decisões cruciais são tomadas à medida que passam para a maioridade. Nós os ensinamos, não apenas para ampará-los como jovens, mas também para ajudá-los a se tornar líderes adultos.
Procuramos formar neles as qualidades e características da maioridade cristã. Nosso mais profundo desejo é que o andar cristão dos jovens torne-se um estilo de vida, no conhecimento da Palavra de Deus e de Jesus Cristo, nosso Salvador.
Os jovens procuram respostas, e, na maioria das vezes, seguem seus líderes” (GANGEL, Kenneth O; HENDRICKS, Howard, G. Manual de Ensino para o Educador Cristão. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1999, p.149).
SUBSÍDIO II
“Por Jesus Cristo, somos libertos da antiga lei, para andarmos ‘em novidade de vida’ (Rm 6.4; veja também Jr 31.31-34). O que quer isso dizer? Que por estarmos livres da Lei, podemos viver como bem quisermos? Certamente que não! Significa que agora o Espírito de Cristo em nós habita e que a nossa nova natureza da parte de Deus está no controle. Esta nova natureza nada tem a ver com a satisfação de desejos maus ou egoístas; seu propósito e prazer é obedecer e agradar a Deus. A nova natureza possibilita ao crente obedecer a Deus e viver uma vida que agrada ao Senhor. [...]. Quanto mais o crente viver e andar segundo o Espírito, e tendo a Palavra de Deus como a sua regra de fé e modo de proceder, ele viverá vitoriosamente neste mundo, vitória esta sobre os adversários de nossa alma, a saber: o pecado, o mundo, nós mesmos (a carne) e o Diabo e seus poderes (veja Gl 5.16-18,25; Rm 8.1-16). [...] Resumamos o que isto significa: 1) A pessoa que é salva pela fé em Jesus Cristo e assim permanece já não está sob o jugo da lei do Antigo Testamento; 2) A partir de sua conversão a Cristo, o Espírito Santo passa a habitar no crente e lhe comunica uma nova natureza espiritual; 3) Enquanto o crente entrega incondicionalmente o controle de sua vida ao Espírito Santo, ele vive uma vida cristã vitoriosa sobre o pecado, o mundo, o Diabo e o ‘eu’; 4) O que determina a conduta do crente doravante é o controle do Espírito sobre sua vida, à medida que ele o permite. Em Cristo, o crente, como nova criatura espiritual, não está mais sob o domínio da Lei, nem da velha natureza e suas inclinações” (GILBERTO, Antônio. O Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vida do crente. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.148).
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net
Lições Bíblicas CPAD
Jovens 1º Trimestre de 2016
Título: Justiça e Graça — Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos
Comentarista: Natalino das Neves
Lição 9: Mortos para o pecado
Data: 28 de Fevereiro de 2016
TEXTO DO DIA
“De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida” (Rm 6.4).
SÍNTESE
O crente uma vez justificado, morre para o pecado e passa a ter a mente de Cristo, que conduz sua emoção, sua vontade e seus membros para a prática da justiça de Deus.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Rm 6.1,2
O crente não pode abusar da graça de Deus
TERÇA — Rm 6.7
O crente morre para o pecado na justificação
QUARTA — Cl 2.12
O crente é sepultado no batismo nas águas
QUINTA — Fp 3.27
O crente é batizado em Cristo
SEXTA — 1Co 15.54; 1Ts 4.16-18
A glorificação de Cristo com sua ressurreição é a garantia que o crente salvo terá um corpo glorificado
SÁBADO — Cl 3.1-3; Ef 2.6
O crente é ressuscitado com Cristo
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
CONSCIENTIZAR de que após a justificação o crente deve manter uma vida de santificação;
SABER que após a justificação o crente assume uma nova posição diante de Deus;
RECONHECER que após a justificação o crente deve viver em novidade de vida.
INTERAÇÃO
Paulo inicia esta perícope com um questionamento: “Que diremos, pois?”. Este questionamento parece ser uma forma de pressentimento de objeções que pairavam no ar sobre a doutrina da justificação pela fé. Às vezes, ao ler a epístola, tem-se a impressão que Paulo está sendo muito repetitivo, mas se olharmos atentamente chegaremos a conclusão de que ele está solidificando pontos que são importantes e que não podem ficar com dúvidas, pois se não for assim, os prejuízos poderiam ser grandes.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), para comentar sobre a luta constante que o ser humano tem entre mortificar o desejo da carne de pecar e fortalecer o espírito fazendo a vontade de Deus, sugerimos que utilize a ilustração abaixo, bem conhecida e disponível nas redes sociais:
Uma noite, um velho índio falou ao seu neto sobre o combate que acontece dentro das pessoas. Ele disse:
— Há uma batalha entre dois lobos que vivem dentro de todos nós. Um é Mau — É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, orgulho falso, superioridade e ego. O outro é Bom — É alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.
O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô:
— Qual lobo vence?
O velho índio respondeu:
— Aquele que você alimenta.
Aproveite a ilustração para aplicar o tema desta lição, enfatizando que o cristão somente conseguirá morrer para o pecado se deixar de alimentar as obras da carne em sua vida e alimentar sua alma, fazendo a vontade de Deus, como fez Jesus.
TEXTO BÍBLICO
Romanos 6.1-8.
1 — Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante?
2 — De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?
3 — Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
4 — De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
5 — Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;
6 — sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado.
7 — Porque aquele que está morto está justificado do pecado.
8 — Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos;
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
No texto a ser estudado, Paulo apresenta um problema que pode surgir dependendo da interpretação da nova posição diante de Deus, perdoado gratuitamente e livre em Cristo. Nesta lição vamos refletir a respeito das mudanças que ocorrem com o crente após a justificação. Veremos que após a justificação, o salvo: deve morrer para o pecado e ocupar uma nova posição diante de Deus, andando em novidade de vida.
Pense!
O fato de estarmos justificados pela graça de Cristo, não nos dá o direito de abusarmos da liberdade em Cristo, mas sim seguirmos o exemplo de vida de Jesus.
Ponto Importante
O apóstolo Paulo parece ser repetitivo no ensino sobre a doutrina da justificação pela fé, entretanto, o que pode ser percebido é a dedicação do apóstolo para não deixar brecha para más interpretações ou abusos dos crentes.
Pense!
Você tem sido grato pela sua nova posição diante de Deus?
Ponto Importante
O batismo é a formalização pública que simboliza o sepultamento do crente, que já morreu para o pecado em sua justificação.
III. MORTO PARA O PECADO E EM NOVIDADE DE VIDA (vv.12-14)
Pense!
Quem está reinando em sua vida? Ao analisar as características de quem vive uma vida vitoriosa debaixo da graça, você consegue se incluir nesta forma de vida?
Ponto Importante
A mente do crente justificado é renovada e dirigida pela intuição do Espírito, que passa a conduzir a emoção, a vontade e os membros do seu corpo físico para a prática da justiça.
CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos que o apóstolo tinha uma preocupação que o incomodava: a possibilidade de má interpretação da doutrina da justificação pela fé e a prática da libertinagem. Por isso, reforça a necessidade da santidade.
ESTANTE DO PROFESSOR
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002.
HORA DA REVISÃO
A preocupação do apóstolo é que as pessoas, em especial os judeu-cristãos, pudessem entender que a “facilidade” da justificação pela fé, sem obras, liberasse o crente para pecar, confiante no perdão gratuito de Deus.
A nova posição do crente justificado diante de Deus não significa que o crente nunca mais irá pecar, mas que não viverá na prática do pecado, como seu escravo.
Paulo afirma que somos embaixadores de Cristo em 2 Coríntios 5.20: “isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus”.
A pessoa que tem a mente de Cristo, permite que o Espírito Santo conduza sua emoção, sua vontade e os membros do corpo físico. A pessoa discerne as coisas espirituais, mesmo no mundo material e usa os membros do corpo a serviço da justiça (2Co 2.14-15).
Quem quer viver uma vida vitoriosa debaixo da graça de Cristo precisa aprender a primar por um bom testemunho (Cl 4.5), seguir a paz com todos, santificação e sem raiz de amargura (Hb 12.14,15), perdoar (Ef 4.32), amar com amor fraternal e dar honra aos outros (Rm 12.10), dentre outras atitudes incentivadas pela Bíblia.
SUBSÍDIO
Romanos 6
“Vv.1,2. O apóstolo é muito completo ao enfatizar a necessidade da santidade. Não a elimina ao expor a livre graça do Evangelho, mas mostra que a conexão entre justificação e a santidade é inseparável. O pensamento de continuar em pecado para que a graça abunde, deve ser aborrecido. Os crentes verdadeiros são mortos para o pecado, portanto, não devem segui-lo. Ninguém pode estar vivo e morto ao mesmo tempo. Néscio é quem, desejando estar morto para o pecado pensa que pode viver nele.
Vv.3-10. O batismo ensina a necessidade de morrer para o pecado, e viver em relação a toda a obra ímpia e iníqua como se tivesse sido sepultado, e ressuscitar para andar com Deus em uma nova vida. Os professos ímpios podem ter o sinal exterior de uma morte para o pecado e de um novo nascimento para a justiça, mas nunca saíram da família de Satanás para a família de Deus.
A natureza corrupta, chamada velho homem, porque derivou de Adão, o nosso primeiro pai, em todo crente verdadeiro esta crucificada com Cristo, pela graça derivada da cruz. Está enfraquecida e em estado moribundo, mesmo que ainda lute pela vida, e até pela vitória. Porém, todo o corpo do pecado, seja o que for que não concorde com a santa lei de Deus, deve ser abandonado para que o crente não seja mais escravo do pecado, mas viva para Deus e encontre alegria em seu serviço” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, p.931).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens 1º Trimestre de 2016
Título: Justiça e Graça — Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos
Comentarista: Natalino das Neves
Lição 10: O jovem e a consagração
Data: 6 de Março de 2016
TEXTO DO DIA
“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1).
SÍNTESE
O culto que agrada a Deus não é mecânico e rotineiro, mas o culto espiritual, que é oferecido no dia a dia da vida do crente.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Rm 12.1
O culto a Deus não pode ser uma simples rotina
TERÇA — Rm 12.2
O jovem não pode ser moldado pelo mundo
QUARTA — Hb 10.3
O sacrifício do Antigo Testamento era limitado
QUINTA — 1Jo 5.19
O mundo jaz no maligno
SEXTA — Pv 23.7
A maneira como vemos o mundo
SÁBADO — Rm 12.1,2
Uma mente renovada
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
EXPLICAR a necessidade do cuidado com o corpo para a consagração a Deus;
DESCREVER a importância da renovação da mente para o crente não ser moldado pelo padrão do mundo.
INTERAÇÃO
Caro(a) professor(a), de forma geral em nossas igrejas, quando se ouve algum comentário a respeito do texto bíblico de Romanos 12.1,2, a ênfase é dada para a liturgia do culto, destacando o culto onde há bastante movimento com o culto mais racional e intelectual. Nesta lição iremos perceber que o ensino de Paulo vai além, desmistificando a cultura do Antigo Testamento de que o único local para oferecer o culto a Deus é no Templo. Paulo esclarece que o culto deve ser espiritual e oferecido em todo momento e envolve todas as áreas do ser humano. Portanto, o nosso culto de domingo começa logo após o seu encerramento, ou seja, não tem fim. Devemos estar constantemente oferecendo-nos como culto espiritual a Deus, assim poderemos verdadeiramente experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), a lição de hoje abre espaço para que você trabalhe algumas questões pouco comentadas e ensinadas em nosso meio, mas que são fundamentais para a vida cristã bem-sucedida. O primeiro tema é a respeito da mordomia do corpo (primeiro tópico), subtópico 3, a consagração do corpo a Deus. Em geral os crentes não recebem orientações a respeito da necessidade de termos uma alimentação saudável e dos cuidados que devemos ter com a nossa saúde. Infelizmente, nas cantinas e comemorações de nossas igrejas, geralmente não há muitas opções saudáveis, como por exemplo, frutas e sucos naturais. A falta de cuidado com o corpo tem consequências terríveis. Os problemas de saúde impedem que as pessoas trabalhem em prol do Reino de Deus. Outro tema importante e com respeito a identificação da vontade de Deus. Muita vezes, o fazer a vontade divina está cercado de misticismo, prejudicando muitos crentes.
TEXTO BÍBLICO
Romanos 12.1,2.
1 — Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 — E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos refletir a respeito de como você pode consagrar um culto racional a Deus, como pode ter uma mente renovada e como pode experimentar qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.
Esta lição é um bom momento para refletirmos sobre a mordomia do corpo, para que possamos consagrá-lo a Deus de forma agradável. Dentre vários cuidados, pode ser citada a alimentação saudável (Pv 23.2; Gl 5.22,23). Alguns crentes levam uma vida desregrada e quando as consequências deflagram no corpo eles correm para Deus, como se Ele tivesse obrigação de curar. No entanto, devemos oferecer o melhor ao nosso corpo para que estejamos prontos para o serviço do Mestre. Isso é agradável a Deus.
Pense!
“Cristianismo não é apenas ir à igreja aos domingos. É viver 24 horas por dia com Jesus Cristo” (Billy Graham).
Ponto Importante
O crente na nova aliança não precisa mais oferecer sacrifícios de animais, mas deve apresentar seu corpo como sacrifício vivo, seguindo o exemplo de Cristo.
Pense!
“O que mais precisamos hoje em dia não é de mais Cristianismo, e sim de mais cristãos verdadeiros” (Billy Graham).
Ponto Importante
O crente não deve amoldar-se ao mundo.
CONCLUSÃO
Nesta lição nos aprendemos que atualmente muitas pessoas ainda têm o templo como o local mais importante de adoração (cultura do AT), mas Paulo derruba esse conceito e diz que o culto espiritual que agrada a Deus é contínuo na vida do crente. A renovação da mente vem com a conversão, mas como um processo, uma luta constante contra a natureza decaída do ser humano. O crente precisa fazer uma entrega completa para ser trabalhado pelo Espírito Santo (Rm 8.1-4).
ESTANTE DO PROFESSOR
GABY, Wagner Tadeu dos Santos. As doenças do Século. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008.
TRASK, Thomas E.; GOODALL, Waide I. Um retorno à Vida Santificada. In: De volta para a Palavra: Um chamado à autoridade da Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2001, p.187-205.
HORA DA REVISÃO
Não. Os justificados passam a ter acesso ao sacrifício único e perfeito realizado por meio de Cristo, porém isso não elimina a liturgia e a consagração a Deus, pelo contrário, exige-se uma consagração autêntica e não simplesmente algo mecânico e repetitivo.
Os sacrifícios do AT serviram para apontar para Cristo e encobrir os pecados, mas não eram eficazes para removê-los (Hb 10.3-4).
O que se espera de uma pessoa que teve um encontro com Cristo é que viva de maneira digna, para não ser oprimido pela sua própria consciência, ser irrepreensível.
Só o Espírito Santo por meio da Palavra é capaz de renovar a nossa mente, mas esse processo não acontece de forma passiva. O Espírito Santo nos auxilia, mas nós temos que querer e buscar ter uma mente renovada permanentemente.
Sim. A Bíblia nos exorta a aprender como discernir o que é agradável a Deus em Efésios 5.10.
SUBSÍDIO I
“Uma coisa é crer na mensagem do Cristianismo; outra coisa é ser um cristão. Uma coisa é crer que Jesus é o Filho de Deus, que morreu e ressuscitou ao terceiro dia; outra coisa é fazer dEle o Senhor da sua vida. Uma coisa é citar passagens bíblicas; outra coisa é viver de acordo com a Palavra de Deus. [...] Jesus espera que os seus seguidores dêem muito fruto. Para darem frutos, os ramos (cristãos) devem estar ligados à videira (Jesus).
[...] Para vivermos uma vida justa e consistente, precisamos examinar de contínuo os nossos corações. Quando o nosso coração ou a nossa mente estão envolvidos com pensamentos pecaminosos, estes podem facilmente transformar-se em desejo ardente. Uma vez que estamos emocionalmente envolvidos, em geral agimos de acordo com os nossos pensamentos. É em nosso coração ou mente que a batalha é travada. Precisamos buscar a Deus de todo o nosso coração. Quando agimos dessa forma, o Espírito Santo nos lembra do que precisamos fazer para vivermos uma vida que seja agradável ao Senhor” (TRASK, Thomas E.; GOODALL, Waide I. Um retorno à Vida Santificada: De volta para a Palavra: Um chamado à autoridade da Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2001, pp.187-205).
SUBSÍDIO II
“‘Rogo-vos, pois, irmãos’ é um apelo sentido e desejoso de alguma coisa. Depois de Paulo haver apresentado os pontos doutrinários acerca da salvação para gentios e judeus, agora se preocupa em exortar a igreja quanto aos deveres cristãos. A expressão ‘rogo-vos, pois irmãos’ é um convite especial, em vista de tudo o que Deus é capaz de fazer por seu povo.
‘...pela paixão de Deus’. Este trecho é, em outras versões, traduzidos por ‘misericórdia’. A salvação é baseada nessa misericórdia de um Deus grandioso e justo, cuja ação mediadora, na vida do crente, possibilitou a nossa salvação. É, por ela e por causa dela, que Paulo apela: ‘...que apresenteis vossos corpos’.
12.1 ‘... que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus’. Que podemos entender por ‘apresentar vossos corpos’? É através do corpo e dos seus membros que a nossa natureza interior se manifesta. O apelo de Paulo é um apelo à consagração. O ato de consagrar alguma coisa implica em dedicar e separar essa coisa.
Oferecer os nossos corpos em sacrifício vivo implica em reconhecer que Deus está pronto a abençoar. Porém, quando o apelo vem com ‘apresenteis’ indica o que o crente pode fazer para cumprir e fazer o que Deus quer que faça. A consagração envolve dois atos: o de Deus e o nosso. O nosso ato é apresentar-nos; o de Deus é tornar-nos aptos para pôr em prática a sua vontade” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça. 8ª Edição. RJ: CPAD, 2005, pp.134,135).
SUBSÍDIO III
“12.1 ... ‘sacrifício vivo’. Não significa um sacrifício físico literal, mas espiritual. No AT os sacrifícios eram literais. No NT, a ordem dos sacrifícios cotinua, mas dentro de uma pespectiva espiritual.
12.1 ... ‘que é o vosso culto racional’. Isto é nossos atos e serviços a Deus devem ser feitos conscientemente. A palavra culto aparece no original grego latreio que significa serviço. O termo ‘racional’ é o mesmo que razoável, inteligente, isto é, que saiba o que está fazendo, para que e como fazer esse culto. Não significa que devamos cultuar a Deus dirigidos pela nossa mente, mas devemos dispor a nossa mente para que o Espírito Santo dirija e oriente o nosso culto a Deus.
12.2 ... ‘e não vos conformeis com este mundo’. A que se refere? A palavra mundo no grego é kosmos, que significa: ordem de coisas; sistema. A palavra século no grego é aion e significa ‘o pensamento predominante da época’. Os dois termos ‘mundo’ e ‘século’ estão interligados nos significados. Porém, o conselho de Paulo: ‘É não vos conformeis com este mundo’ significa não entrar na forma do mundo, mas na forma de Deus. A forma do mundo é o sistema espiritual satânico que domina o mundo das criaturas humanas” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça. 8ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.135).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens 1º Trimestre de 2016
Título: Justiça e Graça — Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos
Comentarista: Natalino das Neves
Lição 11: O jovem e a comunidade
Data: 13 de Março de 2016
TEXTO DO DIA
“Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Rm 12.10).
SÍNTESE
A comunidade cristã é constituída de diversidade, tanto de pessoas como de dons, e para conviver e valorizar as diferenças é preciso priorizar o amor fraternal.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Rm 12.3
O jovem deve saber o que convém
TERÇA — Rm 12.10
O jovem deve honrar aos demais
QUARTA — Rm 12.15
O jovem deve se alegrar com os que se alegram
QUINTA — Rm 12.5
Em Cristo, somos muitos
SEXTA — Rm 12.4
Nem todos os membros do corpo tem a mesma função
SÁBADO — Rm 12.18
No que depender de você, tenha paz com todas as pessoas
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
MOSTRAR que em Cristo somos um só corpo;
SABER conviver na comunidade cristã, sendo conduzido pelo amor fraterno.
INTERAÇÃO
Caro(a) professor(a), a comunidade da igreja de Roma era constituída por pessoas que pertenciam à classe rica, como altos oficiais, bem como pessoas da classe mais pobre da sociedade, os escravos. Aliado a isso, ainda temos a distinção entre judeus e gentios, entre outras diferenças, como a diversidade de dons e funções distribuídas entre a comunidade cristã de Roma. A recomendação do apóstolo não foi sem pretensão ou como que sem destinatários específicos. Mesmo sendo uma comunidade cristã, seus membros tinham dificuldade de lidar com a diversidade. A advertência de Paulo para que os membros se considerassem como um único corpo, que se amassem fraternalmente, que não devolvessem mal por mal, mas que tratassem uns aos outros com honra e humildade.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para exemplificar a obtenção de melhores resultados quando o trabalho é realizado em grupo e não individualizado, sugerimos a utilização da dinâmica das varinhas, pois é simples e objetiva.
Material: Um feixe com aproximadamente 15 varinhas (pode ser de churrasco ou outra varinha improvisada).
Atividade: Solicite 4 voluntários(as) entre os alunos;
Solicite que um(a) dos voluntários(as) quebre uma das varinhas (atividade fácil). Solicite que o(a) segundo(a) voluntário(a) quebre os dois pedaços das varinhas que foram quebradas pelo(a) voluntário(a) anterior, um de cada vez (tarefa fácil para demonstrar que mesmo com tamanho diferentes, a varinha sozinha da mesma forma pode ser quebrada facilmente);
Solicite que o(a) terceiro(a) voluntario(a) quebre 3 varinhas ao mesmo tempo (tarefa possível, porém com mais dificuldade);
Solicite que quarto(a) voluntário(a) quebre 10 varinhas ao mesmo tempo (tarefa praticamente impossível de ser realizada).
Após as atividades colher as percepções dos alunos e alunas da sala sobre as lições que podem ser extraídas da dinâmica, considerando o tema da lição. Ao final, você como professor(a) faça as considerações finais, enfatizando a importância do trabalho em conjunto, mesmo na diversidade (tamanho da varinha), para obtenção de maiores resultados, bem como para fortalecimento e proteção da comunidade.
TEXTO BÍBLICO
Romanos 12.3-11.
3 — Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
4 — Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,
5 — assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
6 — De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
7 — se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
8 — ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.
9 — O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.
10 — Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
11 — Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição vamos refletir a respeito dos seguintes assuntos: a formação da comunidade em um só corpo; o compartilhamento do sofrimento, a alegria em comunidade e a necessidade de uma atitude pacífica, tolerante e benevolente na comunidade cristã.
Pense!
Se quiser chegar rapidamente a seu objetivo pessoal, vá sozinho. Mas, se quiser ir longe, chegar com segurança e obter melhores resultados, caminhe junto com seus irmãos e irmãs na fé (comunidade cristã). Melhor é chegar mais longe, com segurança e contribuir para a coletividade.
Ponto Importante
Por mais que nas igrejas tenhamos pessoas de variadas classes sociais, talentos e dons, Paulo afirma que em Cristo todas as pessoas fazem parte de um único corpo.
Pense!
Como acontecia na igreja de Roma, uma das qualidades que têm feito falta nas igrejas de hoje é a capacidade de trabalhar com a diversidade e manter o amor fraternal entre a comunidade.
Ponto Importante
Quando os membros da comunidade fazem dos dons um fim em si mesmo, ela deixa de ser um corpo.
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos que as pessoas devem respeitar os limites nos relacionamentos interpessoais e fazer uso do dom recebido em benefício da coletividade, pois unidos, com certeza, os resultados são mais positivos.
ESTANTE DO PROFESSOR
CABRAL, Elienai. Mordomia Cristã: Aprenda como Servir Melhor a Deus. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2003.
HORA DA REVISÃO
Deus imprime sua marca especial na comunidade cristã por meio da diversidade.
Paulo utiliza a figura do corpo humano.
Para algumas pessoas é mais difícil alegrar com os que se alegram devido à inveja que os domina. Pessoas que não conseguem se alegrar com a felicidade do irmão, principalmente se for considerado, de alguma forma um concorrente em qualquer área da vida.
Sim. A igreja passava por várias dificuldades.
Significa entregar-se pacientemente e suportar a ira de quem cometeu o erro, assim, Deus o vingador, entrará com seu socorro.
SUBSÍDIO I
“Diversidade (1Co 12.14-20). Toda essa escritura mostra com nitidez que o corpo, sendo um, tem muitos membros. A Igreja é uma diversidade na unidade. O apóstolo Paulo, preocupado com as dissensões que surgiam no seio da igreja em Corinto, exortou-a com estas palavras: ‘Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer’ (1Co 1.10). A diversidade no corpo não rouba a unidade que deve existir nele. Todos os membros funcionam obedecendo à mesma cabeça, e nenhum membro faz qualquer coisa independente ou isoladamente. Outrossim, a variedade de igrejas cristãs, independente dos pontos de vista, são o Corpo de Cristo. Cada igreja local em sentido particular é o corpo de Cristo; não uma parte de Cristo em toda a terra, independente de seus costumes regionais, e sim uma pluralidade (diversidade), uma unidade. Na volta do Senhor entenderemos melhor esse mistério. As lideranças na igreja local devem conscientizar os crentes do papel importante e indispensável que cada qual tem no corpo, para que o mesmo não sofra atrofia espiritual.
Mutualidade (1Co 12.21,25,26). O que significa mutualidade? Nada mais que permutação, troca, reciprocidade. Esta escritura de Paulo destaca o papel de cada membro do corpo que deve funcionar, mas precisa dos demais membros para um funcionamento eficiente” (CABRAL, Elienai. Mordomia Cristã: Aprenda como Servir Melhor a Deus. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2003, p.156).
SUBSÍDIO II
A vida em comunidade exige conduta pacífica, tolerante (Rm 12.14,17-21)
A ninguém pagueis mal por mal (vv.14,17-18). As palavras de Jesus em Mateus 5.44 são repetidas por Paulo: “Bendizei os que vos maldizem”. Será que alguém, além de Jesus, já conseguiu cumprir integralmente esta recomendação? Mesmo no meio cristão existe uma grande dificuldade para bendizer (falar bem) das pessoas que falam mal a seu respeito ou fazer o bem aos que lhes fazem mal. Imagine o impacto para as pessoas que convivem com você, se presenciar você falando bem de alguém que tem procurado te prejudicar. Isso é cristianismo genuíno. Pelo contrário, qual seria o impacto negativo presenciar uma maldade contra alguém que lhe fez o bem? Devemos procurar a paz com todas as pessoas, ainda que em muitas situações não seja possível, como deixa transparecer o próprio apóstolo quando diz: “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.18).
SUBSÍDIO III
Os que se vingam são vencidos pelo seu sentimento (v.19). Paulo afirma que a vingança pertence a Deus e que não devemos vingar a nós mesmos (v.19; Dt 32.35). Outra recomendação difícil e semelhante a anterior, pois a fonte da dificuldade é a mesma, o amor desordenado a si mesmo e a intolerância com os erros alheios. Isso é comum acontecer em ambientes de disputa acirrada por cargos, posição ou privilégios. Neste contexto, geralmente, as pessoas não medem as consequências para atingir seus objetivos. A Bíblia recomenda “não deis lugar ao diabo” (Ef 4.27). Paulo ordena, mas dai lugar a ira (v.19), que neste contexto significa entregar-se pacientemente e suportar a ira de quem cometeu o erro, assim, Deus o vingador, entrará com seu socorro. De outra forma, mesmo sendo ofendido, se tomar a vingança para si não deixará lugar ao socorro divino, e trará juízo sobre si. Jovem, não se vingue, mas dê lugar ao socorro divino!
Vença o mal com o bem (vv.20-21). Provérbios 25.21 nos ensina que “se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer; e, se tiver sede, dá-lhe água para beber”. A orientação é para tratar o inimigo (aquele que nutre inimizade por você) com bondade, pois isso poderá envergonhá-lo a ponto de se arrepender do que fez e buscar a reconciliação. Este gesto faz lembrar a figura materna, filhos que são ingratos e desobedientes à mãe, esta retribui com carinho e cuidado aos filhos, que se sentem constrangidos e pedem perdão à sua mãe.
Lições Bíblicas CPAD
Jovens
1º Trimestre de 2016
Título: Justiça e Graça — Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos
Comentarista: Natalino das Neves
Lição 13: O jovem e a Lei do Amor
Data: 27 de Março de 2016
TEXTO DO DIA
“A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8).
SÍNTESE
Paulo, a exemplo de Jesus, resume o cumprimento da lei na prática da lei do amor.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Rm 13.8a
O cristão e as dívidas
TERÇA — Rm 13.8b
A única dívida recomendada é o amor
QUARTA — Êx 22.25; Dt 23.19
O judeu e seu próximo
QUINTA — Dt 15.1-8; 23.20
O judeu não considerava o estrangeiro como seu próximo
SEXTA — Lc 10.27-37
O ensino de Jesus a respeito do próximo
SÁBADO — Rm 13.9-10
Toda a lei se resume em amar ao próximo
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
MOSTRAR como realizar um planejamento econômico-financeiro para evitar a contração de dívidas;
CONSCIENTIZAR da necessidade de exercitar o amor incondicional.
INTERAÇÃO
A leitura do Sermão do Monte (Mt 5—7) irá contribuir de forma significativa para o entendimento da lição. O conteúdo deste sermão, provavelmente, era muito popular no meio cristão, ainda que pudesse provocar sentimentos de aversão pela profundidade de seu ensinamento para a vida cristã verdadeira. Dentro de um contexto em que a lei continuava sendo exigida pelos judeus e influenciava os judeu-cristãos, bem como do conflito que gerava na comunidade cristã formada por judeus e gentios, a mensagem de que toda a lei se resumia em uma frase: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”, causava certo incômodo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Sugerimos a utilização da dinâmica conhecida como “desejar ao próximo o que deseja a si mesmo”. Divida a turma em grupo. Solicite que cada grupo elabore algum tipo de atividade que gostaria que o outro grupo realizasse. A atividade terá melhor resultado se ela for primeiro escrita em um papel e, depois de solicitado pelo(a) professor(a), ser lida em voz alta para que todos possam ouvir. A próxima etapa é você dizer para as pessoas o nome da dinâmica, sugerimos a seguinte frase: “Neste momento, antes de vocês executarem a atividade, quero lhes informar qual é o nome desta dinâmica: Desejar ao próximo o que deseja a si mesmo”.
Não é necessário executar a atividade sugerida pelos participantes, pois a simples citação é o suficiente para uma reflexão. O resultado desta dinâmica, geralmente, é que se não todos, um dos grupos, irá sugerir uma atividade complexa ou que exponha o outro grupo ou pessoa. Porém, se as pessoas forem coerentes e amorosas, facilitando a atividade para o próximo, o grupo deverá ser parabenizado pela atitude. Entretanto, independente do resultado esta dinâmica proporcionará algumas reflexões para o grupo. Como sugestões, nós destacamos os seguintes questionamentos:
TEXTO BÍBLICO
Romanos 13.8-10.
8 — A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
9 — Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás, e, se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
10 — O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos refletir a respeito dos seguintes assuntos: o problema da dívida e sua relação com a lei do amor, a dívida do amor com base no exemplo de Jesus e o cumprimento da lei por meio do amor.
Pense!
Jesus, utiliza várias vezes a figura da dívida para expressar a condição do ser humano, o devedor sem condições de quitar a dívida, diante de Deus, o credor compassivo.
Ponto Importante
O entendimento do contexto socioeconômico da época de Paulo, que foi construído ao longo da história do povo de Israel, auxilia no entendimento da mensagem do apóstolo, bem como do Evangelho.
Quem é servido deve amor a quem serve. Paulo foi servido pelos judeu-cristãos de Jerusalém, a quem ele era grato e ao escrever a Epístola aos Romanos demonstra a retribuição do amor para com a igreja em Jerusalém, levando donativos para socorrê-los no momento da dificuldade (Rm 15.26,27). O apóstolo não se sentia devedor somente aos de Jerusalém de quem recebera o Evangelho, mas de todas as pessoas, conhecidas ou desconhecidas, independente da origem: “Eu sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes” (Rm 1.14). A dívida que Paulo reconhecia deve ser a mesma a ser reconhecida por todo cristão justificado gratuitamente pela fé no amor de Deus, retribuindo ao Senhor por meio do serviço ao próximo para que alcancem os mesmos privilégios recebidos, a salvação e a vida eterna com Deus.
Pense!
Você tem servido da mesma forma que as pessoas o servem?
Ponto Importante
Deus ama as pessoas de tal maneira, que as perdoa graciosamente e as justifica, mas exige de quem recebeu esta graça a mesma atitude de perdão para com o próximo.
Quem ama não deseja o mal a outra pessoa (v.10). Viver o evangelho do amor proposto pelo cristianismo é gerar no coração das pessoas, que antes apenas enxergavam afronta, miséria e morte, a compaixão pelo próximo. A transformação da vida dos romanos pelo evangelho os conduziu para a ajuda mútua, amizade e a cumplicidade de orar uns pelos outros. Eles receberam a esperança de uma nova realidade permeada pelo amor divino impregnado nas pessoas, diferente da antiga fé imprecatória que buscava a morte dos inimigos. A dívida contraída pelo amor é uma dívida que nunca poderá ser liquidada, portanto, a ação de amar e fazer o bem para as pessoas nunca poderá cessar. A prática do amor une as pessoas na mesma esperança de construir um mundo mais justo, cada vez melhor para se viver. Esta é a “verdadeira religião” (o que religa com Deus) defendida por Cristo, a do amor, que não deseja o mal para o próximo.
CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos que o cristão deve ter um cuidado especial com sua vida econômica e financeira, evitando contrair dívidas. A única dívida recomendada por Paulo é a dívida do amor, contraída por todas as pessoas que foram justificadas mediante a fé em Cristo, pois o amor de Deus nos constrange a amar o próximo.
ESTANTE DO PROFESSOR
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002.
HORA DA REVISÃO
Em não havendo garantia, não sendo pago a dívida, o devedor era vendido como escravo (Ex 22.3; 2Rs 4.1; Am 2.6; 8.6), uma das condições mais humilhantes e desumanas.
O conhecimento da relação devedor e credor (dívidas), além de demonstrar as relações entre devedor e credor, ajuda a entender a condição do ser humano pecador/devedor que fora liberto em Jesus, gratuitamente (Rm 6.18-22; 1Co 6.20; 7.23; Tt 2.14).
O ser humano teve Jesus como fiador de sua dívida, conforme Hebreus 7.22 “de tanto melhor concerto Jesus foi feito fiador”.
O perdão ao próximo (na horizontal), após a justificação, é colocado como uma condicional para o perdão de novas dívidas na vertical (Mt 6.12).
Quem ama o próximo cumpre a lei em sua plenitude (Rm 13.8c).
SUBSÍDIO I
“Os cristãos devem evitar os gastos inúteis e ter o cuidado de não contrair dívida que não podem pagar. Também devem se afastar de toda a especulação aventureira e dos compromissos precipitados, e de tudo o que possa expô-los ao perigo de não dar a cada um o que é devido. Não devais nada a ninguém. Dai a cada um o que lhe for devido. Não gasteis convosco aquilo que deveis ao próximo. Contudo, muitos dos que são muitos sensíveis aos problemas pensam pouco sobre o pecado de endividar-se.
O amor ao próximo inclui todos os deveres da segunda tábua (dos mandamentos). Os últimos cinco mandamentos se resumem nesta lei real: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’; com a mesma sinceridade com que te amas a ti mesmo, ainda que não na mesma medida e grau. O que ama o seu próximo como a si mesmo desejará o bem estar de seu próximo. Sobre este se edifica a regra de ouro; fazer o que queremos que nos façam. O amor é um princípio ativo de obediência a toda a lei. Não somente devemos evitar o dano às pessoas, aos relacionamentos, à propriedade e ao caráter dos homens, mas também não devemos fazer nenhuma classe nem grau de mal a ninguém, e devemos nos ocupar em ser úteis em cada situação da vida” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, p.943).
SUBSÍDIO II
Quem ama como Jesus amou cumpre a lei (v.8c). A mensagem do amor incondicional de Jesus é reforçada pelo apóstolo Paulo, um verdadeiro consolo aos cristãos em Roma, diante de uma realidade marcada pelo desafio de viver a sua fé em meio ao imperialismo romano, uma sociedade norteada pela guerra, pela ambição e pela disputa de poder. A mensagem do evangelho aproxima ricos e pobres, senhores e escravos. Do amor dependem toda a lei e os profetas (Mt 22.40). Jesus ensinou qual abrangência do amor ao próximo com a parábola do bom samaritano (Lc 10.27-37): um amor não limitado às pessoas da própria nação, da mesma religião, da liderança, mas também as pessoas distantes, inclusive inimigas. Diferente do conceito que o judeu tinha de “próximo” (Lv 19.18,34; Mt 5.43). Os judeus buscavam atender o aspecto externo e jurídico da Lei e, por isso, nunca conseguiram cumpri-la. Quem ama o próximo cumpria a lei em sua plenitude (Rm 13.8c-10).
O resumo dos Mandamentos é “amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (v.9). Jesus foi questionado sobre qual seria o maior ou principal dos mandamentos e Ele apresenta dois, o primeiro relacionado ao amor a Deus e o segundo foi “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 7.36-40; Mc 12.28-34), uma citação de Levítico 19.18. Jesus utilizando a mesma fonte utilizada pelos judeus para justificar a aplicação do aspecto externo e jurídico da Lei, destaca o sentido moral da Lei, harmonizando o Antigo e o Novo Testamento (Mt 5.17-48). Paulo parece ter tido acesso ao conteúdo do Sermão do Monte proferido por Jesus, implícito em sua afirmação em Romanos 13.9, deixando claro que quem ama não tira o que é do outro ou o prejudica de alguma forma. Da mesma forma, Paulo resume o cumprimento da lei para os cristãos da Galácia (Gl 5.14).
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