LIÇÕES BIBLICAS CPAD ADULTOS 3 TRIMESTRE 2015
Lições Bíblicas CPAD
Título: A Igreja e o seu Testemunho — As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 1: Uma mensagem à Igreja Local e à Liderança
Data: 5 de Julho de 2015
“Ninguém despreze a tua mocidade; as sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza”(1Tm 4.12).
VERDADE PRÁTICA
As cartas pastorais reúnem orientações à liderança cristã e aos membros em geral para que vivam conforme a vontade de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 1Tm 1.2
O cuidado paternal pelo jovem obreiro
Terça — Ef 6.17
A Palavra de Deus é a “Espada do Espírito”
Quarta — Gl 4.9-11
O pastor deve ter cuidado com o legalismo
Quinta — At 15.19,20
De que os crentes gentios devem se abster
Sexta — 1Co 5.7a
Paulo alerta a respeito do cuidado com o “fermento velho”
Sábado — 2Tm 2.15
Preparado para manejar a Palavra da verdade
1 Timóteo 1.1,2; Tito 1.1-4.
1 Timóteo
1 — Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e do Senhor Jesus Cristo, esperança nossa,
2 — a Timóteo, meu verdadeiro filho na fé: graça, misericórdia e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e da de Cristo Jesus, nosso Senhor.
Tito 1
1 — Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade,
2 — em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos,
3 — mas, a seu tempo, manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador,
4 — a Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.
210, 225 e 515 da Harpa Cristã
Apresentar um panorama geral das epístolas paulinas de Timóteo e Tito
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
Prezado professor, neste terceiro trimestre do ano, estudaremos a respeito das epístolas de Timóteo e Tito. O autor destas cartas é o apóstolo Paulo. Ele as escreveu com o objetivo de orientar e confortar dois jovens pastores, Timóteo e Tito. A cada lição estudada, você verá que os conteúdos destas epístolas são repletos de bons conselhos que podem ajudar líderes e liderados a viverem conforme a vontade de Deus.
O comentarista é o pastor Elinaldo Renovato de Lima — autor de diversos livros, líder da Assembleia de Deus em Parnamirim, RN.
O enriquecimento espiritual que advirá do estudo de cada lição será sentido na liderança e em cada membro da Igreja de Cristo.
INTRODUÇÃO
Neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudar as Epístolas de 1 e 2 Timóteo e Tito. Estas cartas, em geral, são consideradas um conjunto, já que foram dirigidas a dois jovens pastores que cuidavam do rebanho do Senhor juntamente com Paulo. O conteúdo delas está repleto de conselhos úteis sobre a estrutura da vida na igreja. Estes conselhos fazem destas cartas verdadeiros manuais eclesiásticos para a liderança das Igrejas de hoje.
PONTO CENTRAL
As epístolas de Timóteo e Tito apresentam orientações aos líderes e membros quanto à vida pessoal e cristã.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
As epístolas pastorais receberam esta designação pelo fato de terem sido escritas e enviadas a dois pastores.
“O centro do ensino de Paulo a Timóteo concentra-se no modo de vida que é apropriado dentro da igreja. As suas lições falam de oração (2.1-8), mulheres (2.9-15), a escolha de ‘bispos’ (3.1-7) e ‘diáconos’ (3.8-13) e concluem com uma liturgia de louvor (3.14-16). Estas lições têm o objetivo de ajudar Timóteo a saber ‘como convém andar na igreja do Deus vivo’.
A seguir, Paulo passa a falar do próprio Timóteo. É aparente que, embora Paulo amasse muito Timóteo, e o enviasse em importantes missões. Timóteo, por natureza, era tímido e hesitante. Por isto as palavras de Paulo parecem, às vezes, ir além do incentivo e da exortação. Paulo lembra Timóteo de que ele pode esperar falsos ensinos infectando as igrejas, e que o seu dever é ‘propor’ a verdade aos irmãos (4.1-10). Mas Timóteo deve fazer ainda mais. Ele deve ‘mandar e ensinar’ a verdade, e não permitir que alguém ‘despreze’ sua ‘mocidade’. E as exortações prosseguem: Timóteo deve ‘meditar nestas coisas’, ‘ocupar-se nelas’ e ‘perseverar nelas’ (4.10-16)” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007, p. 467).
As cartas pastorais de 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito tinham em comum os seguintes propósitos:
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
As epístolas de Timóteo e Tito tinham como propósitos orientar os líderes quanto à vida pessoal e no combate as heresias.
“A responsabilidade imediata de Timóteo era esta: ‘Para advertires a alguns que não ensinem outra doutrina’. O apóstolo não nos informa a quem ele se referia quando emitiu esta ordem; Timóteo provavelmente já sabia muito bem quem eram os envolvidos. Paulo usa termos vagos para descrever a natureza destas heresias: Fábulas ou... genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé.
Mesmo que seja impossível concluir com plena certeza quais eram esses ensinos que o apóstolo percebia que estavam minando a fé dos cristãos efésios, não é forçar a interpretação sugerir que se tratava de um começo de gnosticismo. A heresia conhecida por gnosticismo, que no século II se tornou ameaça séria à integridade do ensino cristão, tinha raízes judaicas e gentias. Houve três fases sucessivas da influência judaica na igreja primitiva. A segunda era a fase judaizante que Paulo combateu com tanta eficácia na Epístola aos Gálatas. É sobre a terceira fase, em que havia ‘revelações fingidas sobre nomes e genealogias de anjos’, que o apóstolo procura avisar Timóteo” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007, p. 452).
III. UMA MENSAGEM PARA A IGREJA LOCAL E A LIDERANÇA DA ATUALIDADE
Estamos vivendo os tempos trabalhosos que Paulo falou em 1 Timóteo 4.1,2. Precisamos estar atentos, por isso, vamos estudar duas heresias da atualidade. Estas precisam ser confrontadas com a Palavra de Deus.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Embora tenha sido escrita em um tempo distinto do nosso, podemos encontrar nas cartas pastorais, ensinos preciosos para a liderança local e para a igreja dos dias atuais.
“O Espírito Santo revelou explicitamente que haverá, nos últimos tempos, uma rebeldia organizada contra a fé pessoal em Jesus Cristo. Aparecerão na igreja pastores de grande capacidade e poderosamente ungidos por Deus. Alguns realizarão grandes coisas por Deus, e pregarão a verdade do evangelho de modo eficaz, mas se afastarão da fé e paulatinamente se voltarão para espíritos enganadores e falsas doutrinas. Por causa da unção e zelo por Deus que tinham antes, desviarão muitas pessoas.
Muitos crentes se desviarão da fé porque deixarão de amar a verdade (2Ts 2.10) e de resistir às tendências pecaminosas dos últimos dias. Por isso, o evangelho liberal dos ministros e educadores modernistas encontrará pouca resistência em muitas igrejas” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p. 1870).
O líder cristão não é o que “manda”, mas o que serve. Não é o maior, e sim o menor (Mt 20.24-28).
SÍNTESE DO TÓPICO (IV)
As epístolas de Timóteo e Tito apresentam um conjunto de qualificações que aqueles que desejam a liderança devem ter.
“A liderança é essencial à vida e missão da igreja. Sem ela, a igreja tropeça e cai num curso incerto em sua peregrinação rumo a um lugar melhor. Sem liderança, a igreja não é capaz de cumprir seus propósitos de ministrar eficazmente aos de dentro e alcançar os de fora, nem pode render a Deus a glória que Ele merece.
O pastor é a pessoa chamada para prover a liderança final da igreja, não importando o sistema administrativo dela. O sucesso da igreja depende em grande parte de sua capacidade de liderança.
Liderança é bíblica. A ideia de alguém liderando outros está fundamentada nas Escrituras. Assumir papel de líder na igreja de Deus e esperar que outros sigam seu exemplo não é egoísmo, autoritarismo, condescendência nem pecado. Temos certeza disso porque as Escrituras deitam as bases e os princípios da liderança cristã” (MACARTHUR, John. Ministério Pastoral:Alcançando a excelência no ministério cristão. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.294-5).
CONCLUSÃO
As cartas pastorais contêm doutrinas e exortações quanto a assuntos práticos, mas também diretrizes gerais sobre liderança, designação de obreiros, suas qualificações, as responsabilidades espirituais e morais do ministério; do relacionamento com Deus, com os líderes e das relações interpessoais. São riquíssimas fontes de ensino para edificação das igrejas locais nos tempos presentes.
A respeito das Cartas Pastorais:
Quais as epístolas estudaremos neste trimestre?
1 e 2 Timóteo e Tito.
Quem escreveu as cartas a Timóteo e Tito?
Elas foram escritas por Paulo.
Em que data, aproximadamente, foi escrita a Primeira Epístola de Timóteo?
Foi escrita no ano de 64 d.C. (aproximadamente).
Quais eram os propósitos de 1 e 2 Timóteo e Tito?
Orientar os líderes quanto à vida pessoal e combater as heresias.
De acordo com a lição, o líder é quem manda ou quem serve?
O líder cristão não é o que “manda”, mas o que serve. Não é o maior, e sim o menor.
Uma mensagem à Igreja Local e à Liderança
Entre os anos 50 e 65 d.C., a Igreja era uma comunidade incipiente. Historicamente, há pouco havia acabado de nascer. Nesse período, as cidades de Éfeso e de Creta foram evangelizadas pelo apóstolo Paulo. Ali, numa região de domínio romano, mas também de predominância cultural grega, o Evangelho “explodiu”. Uma incipiente comunidade de cristãos em Éfeso e Creta não poderia ficar sem a referência apostólica, por isso, o apóstolo dos gentios viu-se obrigado a escrever três cartas, cujos estudiosos classificam como pastorais: 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito.
Basicamente, as cartas contêm conselhos práticos de encorajamento sobre a vida e o ministério dos jovens pastores Timóteo e Tito. O apóstolo os instruiu sobre as normas necessárias, o combate imperioso contra as heresias e fábulas da época, entretanto, colocando a eclesiologia das comunidades em destaque: a organização da igreja; o cuidado competente e encorajador do pastor aos grupos específicos da igreja local, tais como aos jovens, aos adultos, aos anciões e aos oficiais da igreja.
O apóstolo Paulo era um missionário atarefado e, por isso, não poderia estar frequentemente nas comunidades fundadas por ele. Todavia, as igrejas cristãs não poderiam ficar sem o ensino de Cristo. Assim, percebemos a preocupação e a urgência que Paulo demonstrou sobre o estabelecimento de diáconos e presbíteros, logo nos primeiros capítulos de 1 Timóteo e de Tito. Em linhas gerais, podemos dizer que o objetivo principal das cartas era instruir os jovens pastores sobre como separar e estabelecer bons obreiros para a seara do mestre. De antemão, a tarefa do oficial cristão não é nada fácil, pois o tempo é difícil e trabalhoso. Os obreiros do Senhor, em primeiro lugar, deveriam ser provados e aprovados por Deus (2Tm 2.15), como pessoas aptas ao ensino do Evangelho, manejando bem a palavra da verdade. Esta predisposição era essencial a todo o vocacionado pelo Senhor a administrar a obra de Deus.
A partir dessa orientação pastoral, segundo as cartas de Paulo, veremos a administração das primeiras comunidades cristãs locais, organizando-se em um conselho de presbíteros, que subdividiriam-se em administradores e ensinadores (1Tm 5.17), e o estabelecimento dos diáconos (At 6). Portanto, a igreja do primeiro século era organizada, observava a Palavra, assistia e acolhia pessoas. Esta obra não podia acabar!
Título: A Igreja e o seu Testemunho — As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 2: O Evangelho da Graça
Data: 12 de julho de 2015
VERDADE PRÁTICA
O evangelho da graça de Deus é por excelência o evangelho da libertação do homem através do sacrifício salvífico de Jesus Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 1Tm 1.7
Falsos doutores da lei que não compreendiam o que ensinavam
Terça — 1Tm 1.9,10
A Lei não foi feita para os justos, mas para os injustos
Quarta — 1Tm 1.17
A Deus honra e glória para sempre
Quinta — 1Tm 1.20
Entregues a Satanás para que aprendam a não blasfemar
Sexta — 2Tm 4.7
Combatendo o bom combate da fé cristã
Lições Bíblicas CPAD
Adultos 3º Trimestre de 2015
Título: A Igreja e o seu Testemunho — As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 5: Apostasia, fidelidade e diligência no Ministério
Data: 2 de Agosto de 2015
TEXTO ÁUREO
“Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1Tm 4.1).
VERDADE PRÁTICA
A apostasia e a infidelidade a Deus são características marcantes dos tempos do fim.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 7.15
O cuidado com os ensinos dos falsos profetas
Terça — Hb 3.12
Que não haja em nós um coração infiel
Quarta — 1Pe 2.2
Desejando o “leite racional, não falsificado”
Quinta — 1Pe 1.15
Santos em toda a nossa maneira de viver
Sexta — Jr 48.10
A maldição de se fazer a obra do Senhor relaxadamente
Sábado — Hb 12.14
O cultivo da santificação na nossa vida diária
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Timóteo 4.1,2,5-8,12,16.
1 — Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios,
2 — pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência,
5 — porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada.
6 — Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.
7 — Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas e exercita-te a ti mesmo em piedade.
8 — Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.
12 — Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.
16 — Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.
HINOS SUGERIDOS
210, 306 e 432 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar que a apostasia e a infidelidade a Deus são características do tempo do fim.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a respeito da apostasia, fidelidade e diligência no ministério cristão. O termo apostasia vem do grego apostásis e significa o abandono premeditado e consciente da fé cristã. Ao estudar a Palavra de Deus, vemos que no Antigo Testamento, Israel por várias vezes apostatou da fé. Em tempos de apostasia, os profetas eram levantados pelo Senhor para denunciar o pecado e conduzi-los novamente ao Senhor. O profeta tinha o dever de confrontar o povo, alertando contra o pecado. Mesmo sendo perseguidos, muitos profetas foram fiéis ao Senhor e ao seu ministério, não permitindo a apostasia do povo. Atualmente, o pastor, não pode se calar diante da apostasia do nosso tempo. É preciso confrontar as pessoas mediante o ensino das Escrituras Sagradas. Paulo foi incisivo ao orientar Timóteo para que ele doutrinasse a igreja a fim de que os membros não fossem seduzidos pelos falsos ensinos, apostando da fé. Atualmente, por falta de ensino, muitos estão abandonando a fé genuína em Jesus Cristo, caindo nas garras do Inimigo. Para combater a apostasia, a liderança precisa investir no ensino bíblico. Jesus certa vez, declarou: “Errais não conhecendo as Escrituras” (Mt 22.29)
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição vamos enfatizar o cuidado que os líderes devem ter com os falsos mestres a fim de que não destruam o rebanho do Senhor. Timóteo foi enviado à igreja de Éfeso para combater os falsos mestres e suas heresias e é exortado por Paulo para que realize a sua missão com excelência.
PONTO CENTRAL
Na atualidade, muitos estão apostatando da fé genuína em Jesus Cristo por falta de ensino das Sagradas Escrituras.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Paulo advertiu a Timóteo para que ele combatesse os falsos mestres e seus ensinos que levavam as ovelhas à apostasia.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“O Espírito Santo revelou explicitamente que haverá, nos últimos tempos, uma rebeldia organizada contra a fé pessoal em Jesus Cristo.
Muitos crentes se desviarão da fé porque deixarão de amar a verdade (2Ts 2.10) e de resistir às tendências pecaminosas dos últimos dias. Por isso, o evangelho liberal dos ministros e educadores modernistas encontrará pouca resistência em muitas igrejas.
A popularidade dos ensinos antibíblicos vem, sobretudo pela ação de Satanás, conduzindo suas hostes numa posição cerrada à obra de Deus. A segunda vinda de Cristo será precedida de uma maior atividade de satanismo, espiritismos, ocultismos, possessão e engano demoníacos, no mundo e na igreja.
A proteção do crente contra tais enganos e ilusões consiste na lealdade total a Deus e à sua Palavra inspirada, e a conscientização de que os homens de grandes dons e unção espirituais podem enganar-se, e enganar os outros com suas misturas de verdade e falsidade. Essa conscientização deve estar aliada a um desejo sincero do crente praticar a vontade de Deus (Jo 7.17) e de andar na justiça e no temor dEle.
Os crentes fiéis não devem pensar que pelo fato da apostasia predominar dentro do cristianismo nesses últimos dias, não poderá ocorrer reavivamento autêntico, nem que o evangelismo segundo o padrão do NT não será bem-sucedido. Deus prometeu que nos ‘últimos dias’ salvará todos quanto invocarem o seu nome e que se separarem dessa geração perversa, e que Ele derramará sobre eles o seu Espírito Santo” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1870).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A fidelidade do ministro no ensino da Palavra de Deus e no combate as heresias.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados. Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de Deus para a igreja, principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho, não estará ‘limpo do sangue de todos’. Deus o terá por culpado do sangue dos que se perderem, por ter deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1677).
III. A DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO
É importante também ressaltar que neste versículo o vocábulo “ensinar” tem o sentido de instruir doutrinariamente na verdade. Todavia, para “ensinar”, o líder precisa gostar de aprender.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O ministro de Deus deve ser diligente quanto ao aprendizado da Palavra de Deus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“‘Ninguém despreze a sua mocidade [...]’ (1Tm 4.12). A palavra grega é neotes, que indica uma pessoa que é adulta, mas abaixo dos 40 anos. No mundo antigo, não era esperado que uma pessoa com a idade de Timóteo, provavelmente nos seus 30 anos de idade, tivesse obtido o discernimento e a sabedoria requerida para os líderes.
Podemos entender, em virtude do ambiente social, no qual os pagãos e judeus igualmente esperavam que uma pessoa tivesse entre 40 e 60 anos para ser qualificado a compreender e aconselhar, por que Timóteo, com 30 anos de idade, pode ter estado hesitante em afirmar sua autoridade.
É significativa a apresentação de novos critérios pelos quais a igreja deve avaliar os seus líderes. O que qualifica uma pessoa para a responsabilidade de liderança na igreja de Deus não é a idade, mas sim o caráter. Timóteo e os líderes devem dar exemplo para os crentes no modo de falar, na vida, no amor, na fé e na pureza” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.471).
CONCLUSÃO
Temos que ter cuidado, pois atualmente muitos estão apostatando da fé e se deixando levar por doutrinas de homens e de demônios. Para combater os falsos ensinos, o pastor deve conhecer a Palavra de Deus e ensiná-la ao rebanho. O pastor e seus auxiliares precisam conhecer as doutrinas bíblicas a fim de que possam ensinar a sã doutrina.
Que o Senhor guarde os ministros e as igrejas dos ataques do maligno, da apostasia nesses últimos tempos que antecedem a vinda de Jesus.
PARA REFLETIR
A respeito das Cartas Pastorais:
Como Deus vê a apostasia?
Como um adultério espiritual.
Segundo a lição, qual doutrina maligna que vem se tornando comum nos dias atuais?
A desvalorização do casamento hetero.
Quem é o bom ministro?
O bom ministro é aquele que serve a igreja, exortando, ensinando e discipulando suas ovelhas.
De acordo com a lição, o que o bom ministro precisa fazer constantemente?
Ele precisa estudar a Palavra de Deus, ler bons livros e estar sempre aprendendo.
Qual o sentido da palavra “ensinar” no versículo 13?
O vocábulo ensinar tem o sentido de instruir doutrinariamente na verdade.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Apostasia, fidelidade e diligência no Ministério
Muitos confundem “apostasia” com o desvio de uma pessoa em relação a uma “instituição religiosa”. Não podemos insistir nesse tipo de dúvida, pois a apostasia está descrita na Bíblia como um acontecimento sério e pouco comum. Sim, não é comum quem teve um encontro pessoal com Deus, provando da sua boa Palavra, apostatar-se da fé, mas é biblicamente possível também não podemos confundir simples frequentadores de templos com lavados e remidos no sangue de Jesus.
A palavra “apostasia” vem do vocábulo do grego antigo apóstasis, que significa “estar longe de”, isto é, no sentido de “revolta”, “rebelião”, “afastamento doutrinário e religioso”, “apostasia da verdade”. Por isso, apostasia se refere, ao contrário da crença popular, uma decisão deliberada, consciente, aberta ou oculta, contra fé genuína do Evangelho.
Na “esteira” da apostasia precedem os ensinos falsos, malignos e fantasiosos. São as “doutrinas de demônio” que o apóstolo Paulo menciona na epístola. Uma das maneiras desses ensinos manifestarem-se na igreja é os seus propagadores elegerem um tema da Bíblia como ênfase doutrinária, como se o fiel que não conhecesse aquele assunto não teria acesso aos “mistérios de Deus”. Assim, no interior do homem que influência outras pessoas com esses falsos ensinos, nasce a egolatria e cresce a síndrome de autossuficiência.
O apóstata não se vê apóstata. Não reconhece nem considera a possibilidade de ele ter-se transformado deliberadamente num apóstata da fé. Por isso, o elemento fundamental para ele voltar atrás é quase impossível de ocorrer: o arrependimento. Para os ministros de Cristo defenderem a Igreja da apostasia, antes de tudo, eles precisam honrar a fé em Jesus Cristo, a simplicidade do Evangelho, servindo a igreja com amor e fidelidade. Sendo arautos de Deus para toda boa obra. Os ministros de Deus, os servidores da Igreja de Cristo, devem estar aptos a ensinar e a contradizer os falsos ensinadores. Rejeitando as “fábulas profanas”, ensinamentos que em nada edificam a Igreja de Cristo.
Portanto, aos ministros de Cristo cabe a diligência na fé, ensinando as Sagradas Escrituras e apresentando-se como modelos ideais que estimulem os fiéis a viver a fé. Persistirem na pesquisa, no estudo exaustivo e sistemático das Escrituras Sagradas. Que o Senhor nosso Deus guarde o seu povo da apostasia!
Que o Senhor guarde o seu povo!
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net
Lições Bíblicas CPAD
Adultos 3º Trimestre de 2015
Título: A Igreja e o seu Testemunho — As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 6: Conselhos gerais
Data: 9 de Agosto de 2015
TEXTO ÁUREO
“Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos [...]” (At 20.28).
VERDADE PRÁTICA
O pastor precisa cuidar das ovelhas do Sumo Pastor com o mesmo zelo com que cuida de sua família.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 26.41
O crente precisa orar e vigiar para não cair em tentação
Terça — Nm 14.18
“Deus não tem o culpado por inocente”
Quarta — Jo 7.24
Jamais devemos julgar pela a aparência
Quinta — Cl 3.23
Devemos trabalhar para o Senhor e não para os homens
Sexta — Lc 12.21
A insensatez do homem revelada na busca por riquezas
Sábado — Ef 2.10
Fomos criados em Jesus para as boas obras
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Timóteo 5.17-22; 6.9-10.
1 Timóteo 5
17 — Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina.
18 — Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário.
19 — Não aceites acusação contra presbítero, senão com duas ou três testemunhas.
20 — Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor.
21 — Conjuro-te, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que, sem prevenção, guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade.
22 — A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.
1 Timóteo 6
9 — Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
10 — Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
HINOS SUGERIDOS
62, 369, 577 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar que o zelo do pastor pelo rebanho de Cristo precisa ser semelhante ao zelo que tem por sua família.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje veremos o cuidado e a dedicação de Paulo para com sua missão pastoral. Ele estava atento aos assuntos de interesse da igreja. Ao ler as suas epístolas pastorais, podemos perceber que Paulo deu especial importância à manutenção dos obreiros, discorreu sobre a questão da disciplina dos líderes, especialmente dos presbíteros que viessem a falhar. De forma bem clara, doutrinou a respeito dos relacionamentos na igreja local.
Paulo recomenda que “os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina” (5.17). É importante ressaltar que neste texto, presbíteros significam pastores. Assim como os doze apóstolos de Jesus deixaram tudo para segui-lo, muitos homens, na igreja do primeiro século, deixaram tudo para se dedicar ao pastorado. Estes deveriam ser sustentados pela igreja. “Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário” (5.18). Aos coríntios, ele fez observações idênticas, revelando seu zelo pela manutenção dos obreiros (1Co 9.6-10).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos partes do capítulo cinco e seis da primeira Epístola de Timóteo. Neste capítulo Paulo dá a Timóteo instruções mais específicas quanto à liderança da igreja. Paulo deseja que o jovem pastor prossiga alegremente e de modo irrepreensível. Como pastor, Timóteo precisava aprender a lidar com os idosos e com todas as demais faixas etárias que compunham a igreja. O pastor precisa cuidar, apascentar o bebê, a criança, o adolescente, o jovem, o adulto e o ancião, pois todos fazem parte do rebanho do Senhor.
No capítulo seis Paulo vai dar prosseguimento as suas recomendações quanto ao relacionamento de Timóteo com as ovelhas.
PONTO CENTRAL
O pastor deve cuidar do rebanho com zelo e dedicação.
Paulo também dá a Timóteo algumas orientações para que ele pudesse resolver as questões das viúvas na igreja (5.3-8). No mundo antigo, as viúvas enfrentavam uma situação difícil. Não havia o serviço de previdência social e quando o marido morria, se os filhos e parentes não cuidassem delas, elas passavam por sérias dificuldades financeiras. Não havia espaço para a mulher viúva no mercado de trabalho, por isso, a igreja deveria sustentar aquelas que não tinham nenhum parente.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O pastor precisa se relacionar bem com todos e cuidar dos membros com amor.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Nos tempos da Bíblia, as viúvas geralmente não tinham meio de ganhar a vida. Aquelas que não tinham filhos nem netos que as sustentassem eram literalmente necessitadas. Os judeus e os primeiros cristãos mostraram grande preocupação por estas mulheres, e eram cuidadosos em prover para elas. Esta carta a Timóteo sugere que as viúvas cristãs não se limitavam a receber ajuda. Aquelas que tivessem demonstrado um caráter cristão recebiam papéis quase oficiais na igreja (5.9,10), e um ministério ativo junto a jovens casadas (Tt 2.3-5).
Paulo, no entanto, limita ainda mais os membros neste papel oficial, embora sem limitar os direitos das viúvas que não tinham famílias que as sustentassem. Ele incentiva as viúvas jovens a se casarem novamente. E adverte que ‘a viúva que vive em deleites, vivendo, está morta’. A expressão ‘que vive em deleites’ é uma única palavra em grego, spatalao, que significa viver auto indulgentemente ou em luxúria. Paulo não está acusando estas viúvas de uma conduta sexual errada, mas sim de materialismo, de uma perspectiva voltada a si mesmas, que contrasta com a de uma viúva que ‘espera em Deus e persevera de noite e de dia em rogos e orações’.
Uma mulher assim está ‘morta’ no sentido de que ela é insensível às realidades que marcam os outros como sendo particularmente vitais e vivos” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.471-72).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Nenhum obreiro é infalível, por isso, a Palavra de Deus apresenta a maneira correta de disciplinar aqueles que erram.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Presbíteros (5.17-20). Paulo observa que os presbíteros ‘dirigem os interesses da Igreja’. O vocábulo grego proestotes quer dizer presidir, supervisionar a vida da congregação. A expressão ‘merecedores de dobrados’, no contexto, parece querer se referir aos os aspectos financeiros e de respeito.
A mensagem de Deuteronômio 19.15 insiste que até mesmo os comuns do povo devem ser protegidos contra as acusações de terceiros. O cargo público faz com que seus ocupantes sejam mais vulneráveis à hostilidade e falsas acusações do que as outras pessoas. Se acreditarem nessa acusação, estariam obstruindo a liderança.
Na igreja, não há quem esteja isento de responsabilidades. Com efeito, a projeção do cargo de presbítero implica em censura pública caso venha a cometer alguma falta. Ao protegermos nossos líderes da responsabilidade de seus atos pecaminosos, corrompemos a igreja, pois seus membros não levarão a sério quando forem admoestados” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.837).
III. CONSELHOS GERAIS
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Paulo apresenta a Timóteo, e à Igreja do Senhor, vários conselhos úteis quanto ao ensino e o trato para com o rebanho do Senhor.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Foge destas coisas (1Tm 6.11-19). ‘Fugir’ no sentido figurativo significa evitar ou abster-se. Voltemos às costas para o desejo de tudo o que este mundo tem a oferecer e optemos pela justiça, piedade, fé, amor, tolerância e gentileza. Se estas qualidades são verdadeiras em nós, também é o nosso tesouro. Assim, estaremos a salvo das tentações que arrastam e lançam muitos à ruína.
Aos ricos, Paulo recomenda que não sejam arrogantes nem depositem sua esperança na riqueza. Mudem todo o foco de sua expectativa para o futuro com Deus. Usem o dinheiro para as boas obras. Sejam generosos e repartam. Estejam seguros de que o fundamental seja ampliado a cada dia, não na terra, mas nos céus” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.838).
CONCLUSÃO
Paulo era cuidadoso em sua missão pastoral. Ele se preocupava com diversos assuntos de interesse da igreja, de sua liderança e de seus membros. Deu especial importância à manutenção dos obreiros, discorreu sobre a questão da disciplina dos líderes, especialmente dos presbíteros que vierem a falhar. De forma bem clara, doutrinou igualmente sobre o relacionamento humano, na igreja local, entre servos e senhores.
PARA REFLETIR
A respeito das Cartas Pastorais:
Como Paulo aconselha Timóteo a tratar as mulheres idosas?
Ele aconselha a tratá-las como a mães.
Qual era a situação das mulheres viúvas nos tempos bíblicos?
A situação era difícil, não havia espaço para as mulheres viúvas no mercado de trabalho.
Como deveria ser a repreensão aos presbíteros?
Deveriam ser repreendidos na presença de todos.
Segundo a lição, como deve ser a disciplina?
Ela deve ser feita de maneira criteriosa, com sabedoria e amor.
Qual o conselho de Paulo aos ricos?
Que não sejam arrogantes e não depositem sua esperança na riqueza.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Conselhos Gerais
O texto que estudaremos na presente lição são partes dos capítulos cinco e seis da primeira epístola de Timóteo. É a ultima lição que abordará a primeira epístola de Paulo a Timóteo. Um ponto muito importante para a liderança cristã é a exposição de Paulo a partir do versículo 17. Ali, aparecem algumas responsabilidades dos líderes e da própria igreja em reconhecê-los como tais: “os presbíteros que governem bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina” (v.17). Ou seja, se o presbítero for servidor e competente, segundo consta em 1 Timóteo 3.1-7, naturalmente ele terá da comunidade local respeito e tratamento digno. Neste aspecto, a orientação do apóstolo é que o jovem pastor não recebesse nenhuma denúncia de incompetência ministerial, ou prática pastoral soberba e autoritária, que fosse um “blefe”. Por isso, a orientação de Paulo para que façam a denúncia com o mínimo de duas ou três testemunhas.
O contrário do que pensam muitos, a orientação do apóstolo Paulo não se dá pelo viés do “corporativismo ministerial”, mas o da prudência e o do senso de justiça para não sermos injustos no julgamento de um líder cristão (como igualmente não se deve ser injusto no julgamento de um membro local). Entretanto, no caso de uma denúncia autenticamente comprovada contra um oficial da igreja, a orientação apostólica é clara: “aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor” (1Tm 5.20). A liderança cristã deve honrar sua vocação, principalmente na disciplina.
Entretanto, temos de ter o cuidado de não fazermos uma “caça às bruxas”, pois há uma grande diferença entre a pessoa arrependida de seu pecado e outra impenitente, de dura cerviz. Para a pessoa impenitente, a mensagem das Escrituras é clara, a fim de causar impacto em seu coração e ser salva no dia do juízo: “o que tal ato praticou, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus” (1Co 5.1-5). Mas para a pessoa arrependida de coração, a mensagem de Jesus Cristo é a mesma dada à mulher adúltera: “E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais” (Jo 8.10). O sumo pastor é um só, e o seu nome é Jesus Cristo.
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net
Lições Bíblicas CPAD
Adultos 3º Trimestre de 2015
Título: A Igreja e o seu Testemunho — As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 7: Eu sei em quem tenho crido
Data: 16 de Agosto de 2015
TEXTO ÁUREO
“[...] porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia” (2Tm 1.12).
VERDADE PRÁTICA
O crente, assim como o líder, precisa ter convicção de sua chamada e de sua condição de salvo em Jesus Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Pv 25.13
O mensageiro fiel para com os que o enviam
Terça — At 24.14
Crendo em tudo quanto está escrito na Lei e nos Profetas
Quarta — Jo 6.69
Crendo em Jesus Cristo, Filho de Deus
Quinta — 1Co 4.2
Os despenseiros devem ser achados em fidelidade
Sexta — 1Tm 1.12
Para que o nome do Senhor Jesus Cristo seja glorificado
Sábado — Hb 10.22
Crendo com inteira certeza de fé e tendo o coração purificado
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 1.3-8; 2.1-4.
2 Timóteo 1
3 — Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma consciência pura, porque sem cessar faço memória de ti nas minhas orações, noite e dia;
4 — desejando muito ver-te, lembrando-me das tuas lágrimas, para me encher de gozo;
5 — trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Loide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti.
6 — Por este motivo, te lembro que despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas mãos.
7 — Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.
8 — Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes, participa das aflições do evangelho, segundo o poder de Deus,
2 Timóteo 2
1 — Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus.
2 — E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.
3 — Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo.
4 — Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.
HINOS SUGERIDOS
62, 369 e 577 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Evidenciar que, uma das provas de que o líder é chamado por Deus, refere-se a sua capacidade de suportar o sofrimento por amor a Cristo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, a partir desta lição estaremos estudando a respeito da Segunda Epístola de Timóteo. É importante ressaltar que esta foi a última carta de Paulo. Esta epístola foi escrita em uma época em que os crentes estavam enfrentando uma forte oposição por parte do imperador Nero. Paulo estava sob a custódia do governo romano, sendo tratado como um criminoso comum e abandonado por alguns amigos (1.15). O apóstolo tinha consciência de que sua carreira estava chegando ao fim, porém diante de todas as adversidades e sofrimentos, ele não perdeu a esperança. Paulo se despede do amigo Timóteo, exortando-o a perseverar na fé cristã como um bom soldado cristão.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Com a lição de hoje estaremos dando início ao estudo da Segunda Epístola de Timóteo. Esta segunda carta foi escrita enquanto Paulo se encontrava preso. A prisão é lugar que destrói a fé e a esperança de muitos, levando-os ao desespero e à descrença. No entanto, Paulo comprova que podia estar preso fisicamente, confinado a uma cela romana, mas seu espírito e sua fé estavam perfeitamente livres para continuar servindo a Deus e que “a palavra de Deus não está presa” (2Tm 2.9). Esta foi a última vez que ele esteve na prisão, pois veio a perder nela a sua vida. Nesta epístola, ele faz um balanço de sua trajetória. Também aproveita para se despedir de Timóteo e dar suas últimas exortações e advertências.
PONTO CENTRAL
O líder precisa ter segurança de sua salvação em Jesus Cristo.
Paulo sabia das necessidades e lutas que Timóteo enfrentava como líder, por isso, orava constantemente em favor de seu amigo (v.3). Será que atualmente oramos em favor daqueles que fazem a obra de Deus? Precisamos orar sempre por todos os que estão empenhados na obra do Senhor.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Paulo ora e agradece a Deus pela vida de Timóteo, seu filho na fé.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Desejando muito ver-te (1.4). Paulo agora está encarcerado em Roma, aguardando a morte, abandonado por muito dos seus amigos e desejando ver Timóteo mais uma vez. Roga a este seu fiel cooperador que permaneça fiel à verdade do evangelho e que se apresse a ir até ele, nos seus últimos dias aqui na terra (2Tm 4.21).
Despertes o dom de Deus (1.6). O ‘dom’ (gr. charisma) concedido a Timóteo é comparado a uma fogueira (cf. 1Ts 5.19) que ele precisa manter acesa. O ‘dom’ era, provavelmente, o poder específico do Espírito Santo sobre ele para realizar o seu ministério. Note aqui que os dons e o poder que o Espírito Santo nos concede não permanecem automaticamente fortes e vitais. Precisam ser alimentados pela graça de Deus, mediante nossa oração, fé, obediência e diligência” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1877).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O pastor, assim como os crentes, necessita ter convicção de sua salvação em Jesus Cristo.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação (1.7). A palavra deilia significa ‘covardia’. Em contexto com outras passagens destas duas cartas, ela indica a natureza tímida e hesitante de Timóteo. Mas Timóteo não está limitado por sua fraqueza, da mesma forma como nem você nem eu estamos limitados pela nossa. Deus nos deu seu próprio Espírito — um Espírito que transmite poder, amor e autodisciplina à vida do crente” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.475).
III. UM CONVITE AO SOFRIMENTO POR CRISTO (2.1-13)
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
A nossa fé em Jesus não nos isenta de enfrentar perseguições e sofrimentos.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Seja bom soldado de Jesus Cristo (2.3,40). ‘De que forma o líder cristão pode se condicionar para esta tarefa?’. A resposta de Paulo está nestes versículos: ‘Sofre, pois, comigo (suporta comigo, NVI), as aflições, como bom soldado de Cristo’. Aqui e nos versículos seguintes, o apóstolo se serve de três analogias: o soldado, o atleta e o agricultor. A analogia militar é a favorita de Paulo, não porque ele fosse de mente militar, mas porque no império romano era comum as pessoas verem soldados, e, ainda, porque a vida de soldado era uma analogia esplêndida para a vida cristã. Felizmente, nós também estamos familiarizados com as exigências impostas ao soldado. Servir nesta atividade rigorosa requerer um extensivo condicionamento físico. Todos que passam pelo campo de treinamento de recrutas sabem como é difícil fortalecer o corpo ao ponto em que a força seja igual às exigências requeridas. Mas é necessário algo comparável a isso para o cristão sobretudo para o ministro. ‘Sofre... as aflições’, diz Paulo. Aceita as dificuldades, privações e perigos com um espírito submisso como parte da tarefa de soldado no exército de Cristo.
Quando o indivíduo se torna soldado, ele é separado da sociedade, com a qual esteve familiarizado por toda a vida, e apresentado a uma comunidade nova e altamente especializada. Ele é despido de roupas próprias com um equipamento fornecido pelo governo. Suas idas e vindas são feitas unicamente sob ordens ou com permissão expressa. Dorme onde lhe dizem para dormir e come o que lhe for dado. Na verdade, sua vida está à disposição do governo” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 9. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.518).
CONCLUSÃO
Mesmo sabendo que em breve iria morrer, Paulo não perdeu sua esperança e fé. Até em seus últimos momentos procurou incentivar e orientar seu filho amado e companheiro de ministério, Timóteo. Seja você também um intercessor e incentivador daqueles que estão labutando na obra do Mestre.
PARA REFLETIR
A respeito das Cartas Pastorais:
Como Paulo chama Timóteo na Segunda Carta?
“Amado filho”.
De acordo com a lição, qual o significado da palavra “agapatos” no original?
A palavra no original significa “muito amado”.
O que as lágrimas de Paulo por Timóteo revelam?
Revelam uma profunda afeição e cuidado.
Quando teve início o discipulado de Timóteo?
Ainda na sua infância.
A educação familiar de Timóteo deve servir de exemplo para quem?
Deve servir de exemplo para os líderes e para os pais.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Eu sei em quem tenho crido
Caro professor, esta lição iniciará a abordagem da segunda Epístola de Paulo a Timóteo. Nesta oportunidade, o apóstolo encontrava-se preso. É a última vez que ele falara da sua prisão, pois de onde estava o apóstolo, este iria para o “matadouro”, isto é, o martírio.
Uma das características mais tocantes nesta carta é a comprovação da fé inabalável do apóstolo Paulo. Numa prisão, e do ponto de vista humano, perder a esperança é explicável. Na história da Igreja de Cristo, ao longo das perseguições do império romano, muitos cristãos negaram oficialmente a sua fé, pelos menos apenas de lábios, para não perderem as suas vidas e protegerem a integridade da sua família. Mas a vida do apóstolo, ainda que “presa” em sua dimensão física, confinada pela prisão romana, tinha liberdade plena e confiança em Deus para propagar livremente a palavra divina.
O apóstolo dos gentios tinha uma convicção internalizada na alma de que estava cumprindo sua missão, mesmo preso numa prisão abjeta. Toda a sua vida se dava em torno da dimensão proclamatória do Evangelho a todos os povos. Isso fazia Paulo compreender que tudo o que acontecia com ele, direta ou indiretamente, levaria prosperar o Evangelho nas regiões habitadas por povos gentílicos. Paulo cria firmemente que Deus, segundo a sua maravilhosa graça, estava conduzindo a sua vida e a expansão do Evangelho como um tapeceiro que, por intermédio de movimentos ondulado, tece o tapete. Então, como o “tapeceiro da vida”, Deus “tecia” a existência do apóstolo. Por isso, é possível vermos na epístola expressões como “dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma consciência pura, porque sem cessar faço memória de ti nas minhas orações, noite e dia” (v.3). Diante de todas as circunstâncias que o apóstolo estava imerso, ele dava “graças a Deus”, o servia “com uma consciência pura”, e fazia “memória de ti [Timóteo] nas minhas orações, noite e dia”. Ou seja, o jovem pastor de Éfeso constantemente era objeto das orações do apóstolo Paulo, mesmo este preso.
Ao longo dos capítulos 1 e 2, o apóstolo expõe uma série de conselhos que perpassa pelo despertamento da vocação de Timóteo (v.6), de sentir-se valorizado por testemunhar o Senhor pela mensagem que o apóstolo pregava (v.8), da conservação do modelo das sãs palavras aplicadas pelo apóstolo (v.13), do fortalecimento na graça que há em Cristo Jesus (2.1), um convite a sofrer as aflições como um bom soldado de Cristo (2.3) etc. Eis os convites de um preso do Senhor!
3º Trimestre de 2015 lições adultos
Título: Novos Tempos, Novos Desafios — Conhecendo os desafios do Século XXI
Comentarista: César Moisés Carvalho
Lição 8: As mudanças dos valores morais
Data: 23 de Agosto de 2015
TEXTO DO DIA
“Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra” (Sl 2.10).
SÍNTESE
Acima das leis humanas, está a Lei de Deus. Quando as primeiras atropelam a segunda, a Igreja precisa sempre obedecer ao Senhor, e não aos homens.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Gn 18.25
O Juiz de toda a Terra
TERÇA — Êx 18.13
O primeiro legislador do povo de Deus
QUARTA — Dt 16.18
O estabelecimento dos juízes
QUINTA — Lv 19.15
Julgar o povo com justiça
SEXTA — Pv 21.3
O julgamento justo vale mais que sacrifícios
SÁBADO — At 4.19
A Deus devemos toda a nossa obediência
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
INTERAÇÃO
Professor, a lição de hoje tem como objetivo discutir acerca do futuro da igreja em relação às mudanças das Leis e dos valores morais em nosso tempo. Qual deve ser a posição da igreja quando as Leis dos homens atropelam as Leis divinas? Sabemos que para o cristão as leis de Deus devem estar acima das Leis dos homens. Porém, diante dos muitos projetos de leis que contrariam as Escrituras, e que atualmente tramitam no Congresso Nacional à espera de aprovação, não podemos deixar de fazer a seguinte indagação: “Como servos do Senhor, estamos dispostos até mesmo sofrer prisões e outros tipos de crueldade por amor a Cristo?”. Esta é uma questão relevante do nosso tempo que precisa, com urgência, ser debatida, à luz da Palavra de Deus, pela Igreja do Senhor.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Divida a classe em três grupos. Depois que já estiverem formados, entregue a cada grupo uma das questões abaixo. Cada grupo terá, no máximo, três minutos para discutir seu tema e outros dois minutos para expor sua opinião à classe. Conclua o debate explicando que embora vivamos em uma sociedade que tem procurado erradicar os princípios morais e éticos do cristianismo, não podemos ser complacentes com o pecado, pois sua prática é fatal para a igreja e para a sociedade em que estamos inseridos. A lei de Deus deve estar acima das leis dos homens.
TEXTO BÍBLICO
Romanos 13.1-7.
1 — Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.
2 — Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
3 — Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.
4 — Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
5 — Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
6 — Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
7 — Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
As leis que visam regulamentar a prostituição como atividade profissional e tornar a “união civil entre pessoas do mesmo sexo” reconhecida pelo Estado não pretendem outra coisa senão uma mudança na concepção dos valores morais.
O proselitismo homossexual, inclusive com o patrocínio do Estado, já é uma realidade. O que será das novas gerações? Quais valores morais orientarão a vida das futuras famílias? A lição de hoje tem como objetivo discutir o papel da igreja em relação a esse contexto.
Adão e Eva não foram deixados à mercê da sorte ou de suas vontades próprias, mas receberam, da parte do Senhor, as necessárias normas para o seu viver e agir (Gn 2.15-17).
Inclinados naturalmente ao mal, todas as nossas tentivas de livrarmo-nos, por nós mesmos e com mecanismos e exercícios puramente humanos, da maldição do pecado, é como tentar fugir da própria sombra. Precisamos do auxílio do Espírito Santo de Deus que nos ajuda e acompanha-nos em nossas fraquezas (Rm 8.26; 2Co 12.9). Na realidade, as práticas religiosas que têm como objetivo “proteger” as pessoas do pecado, redundam em fracasso e, invariavelmente, transformam muitos em orgulhosos que vivem a contar vantagem, pois acreditam ser eles mesmos a causa de seu próprio processo de santificação.
Pense!
Sendo o homem perfeito, como se explica o fato de Deus ter concedido um breve código legislativo a ele, mesmo antes da Queda?
Ponto Importante
Inclinados ao mal, precisamos da graça de Deus que, através do sacrifício de Jesus Cristo e da companhia do Espírito Santo, nos capacita a viver em santidade.
Para a aceitação popular da ideia, os programas, seriados e folhetins televisivos, sob o patrocínio do próprio Estado, fazem uma ampla divulgação, transformando-se em um verdadeiro proselitismo homossexual. Tal perversão é condenada na Bíblia do Antigo ao Novo Testamento (Gn 18.17-19.29; Lv 18.22; 1Co 6.10).
A aprovação do casamento homossexual visa institucionalizar o pecado, como se a legalidade pudesse fazer dessa atitude algo admirável. Nesse caso, a Palavra de Deus não apenas reprova quem pratica tais atos, mas inclui nessa mesma reprovação, os que os aprovam (Rm 1.32).
A ilusória promessa de que o uso de drogas e a prática do aborto darão liberdade às pessoas, não leva em conta a questão do pecado e muito menos os efeitos físicos e psicológicos que tais abominações produzem. São muitos os prejuízos decorrentes desses crimes.
Pense!
É possível ser combativo em relação ao pecado sem incorrer na chamada homofobia?
Ponto Importante
As novas leis que tramitam no Congresso soam, a muitos desavisados, como um avanço social, mas na verdade subjugam o ser humano ao levá-lo a cometer crimes que, mesmo dentro da legalidade humana, continuarão sendo pecados graves.
III. A IGREJA PREPARADA PARA ENFRENTAR UM MUNDO DE VALORES INVERTIDOS
É nessa perspectiva que o apóstolo dos gentios instrui-nos a sermos obedientes às autoridades, até mesmo na questão tributária (Rm 13.6,7). Em outras palavras, Paulo fala de representantes do poder público que têm compromisso com o bem-estar social, com a manutenção da ordem, e servem para correção divina na terra (Rm 13.1,2).
Não obstante, fica a dúvida: E quando a “lei” humana contraria a vontade de Deus? Nesse caso específico, a nossa atitude deve ser a mesma dos apóstolos diante das autoridades religiosas, pois não se acovardaram quando lhes proibiram de pregar, antes responderam: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29b). Assim agiram também em relação às autoridades políticas (At 24.1—26.32). Aliás, o fato de padecerem perseguições era motivo de alegria para os primeiros crentes (At 5.40,41).
Infelizmente esse é o cenário que temos diante de nós ainda nesse início de século. O que será das gerações futuras? Qual referência de família elas terão? Como podemos ajudá-las?
Tal raciocínio está não apenas correto, mas também é bíblico, pois o próprio Cristo disse: “bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mt 5.11,12). Tal constatação leva-nos a refletir acerca da verdade de que, mesmo lutando contra o pecado, não poderemos deter a marcha insana do mal no mundo (Sl 11.3). O que podemos fazer?
Para enfrentarmos os tempos trabalhosos prenunciados pelo apóstolo dos gentios (2Tm 3.1-5; 4.1-5), uma das medidas mais eficazes consiste em solidificar nossos valores cristãos, através de um vigoroso e qualitativo programa de educação cristã na igreja local (At 2.42; 5.42; 15.35; 16.4,5: Ef 4.11-16; 6.4; 2Tm 2.2; 3.14-17).
Pense!
Enquanto cristãos, como proceder caso tais leis sejam aprovadas?
Ponto Importante
A conclusão de que, cedo ou tarde, tais leis serão aprovadas, leva-nos a pensar em formas de, ainda que não aceitando, conviver com tais práticas pecaminosas.
CONCLUSÃO
Precisamos, independentemente das circunstâncias, estar preparados até mesmo a sofrer prisões e outros tipos de crueldade por amor a Cristo (Jo 16.2; Fp 1.29). Demonstremos amor pelas pessoas que não servem a Deus, mas sejamos rigorosos com os atos imorais, pois para isso nos chamou o Senhor (Ef 5.11).
ESTANTE DO PROFESSOR
COLSON, Charles; PEARCEY. Nancy. E agora, como viveremos? 2ª Edição. RJ: CPAD, 2000.
PIPER, John; TAYLOR, Justin. A Supremacia de Cristo em um mundo Pós-Moderno. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
HORA DA REVISÃO
O período dos juízes.
Deveres, Direitos, Restrições/Proibições, Punições.
Casamento homossexual, crime de homofobía, a legalização da maconha e do aborto.
Devem ter compromisso com o bem-estar social e com a manutenção da ordem.
Ensinar a igreja a lidar com tais leis de acordo com a Palavra de Deus.
SUBSÍDIO 1
“A defesa da liberdade
A Bíblia não é um documento político, mas tem implicações políticas profundas que são importantes para o bem-estar geral de todos os cidadãos. Aqueles que dizem que Jesus e os apóstolos ignoravam a política deixam de ver as implicações políticas da máxima: ‘Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus’ (Mt 22.21). Os cristãos do século I sabiam exatamente o que significavam essas palavras de Jesus — e foi por causa de um ato político (eles não iriam dizer ‘César é o Senhor’) que eles foram crucificados, torturados e atirados aos leões.
Qual o ensinamento escritural fundamental no Estado? Por um lado, devemos viver submissos ao Estado. Para o nosso bem, Deus apontou reis e governantes para executar as tarefas do Estado: restringir o mal, preservar a ordem e promover a justiça. Assim, devemos ‘honrar o rei’ e submetermos ‘às autoridades superiores; porque... as autoridades que há foram ordenadas por Deus’. Algumas pessoas interpretam estas passagens como uma outorga absoluta de autoridade, significando que o governo deve ser obedecido em todas as épocas e em todas as circunstâncias. Mas a ordem para obedecer é condicionada pela suposição de que oficiais e magistrados estão realizando os objetivos para os quais Deus ordenou o governo (em Romanos 13.4, o governo é chamado de ‘ministro de Deus’). Assim, se os governantes agirem de modo contrário à sua delegação de autoridade, se não agirem como servos de Deus, então os cristãos não são obrigados a obedecer-lhes” (COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. O Cristão na Cultura de Hoje: Desenvolvendo uma visão de mundo autenticamente cristã. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, pp.212,213).
SUBSÍDIO 2
“Tomás de Aquino fala sobre a Lei e a Justiça
O Tratado sobre a Lei de Tomás de Aquino, começa com uma discussão na Questão 90 da Suma Teológica que trata das qualidades que todas as leis devem ter. Tomás de Aquino argumenta primeiramente que todas as Leis devem ser determinadas pela razão. Quer dizer, as leis não podem ser insensatamente arbitrárias. As leis são feitas para alcançar um fim, e só usando a razão podemos determinar como alcançar esses fins. Assim, a razão tem de entrar na elaboração de todas as leis.
Tomás de Aquino sustenta que todas as leis devem ser projetadas para alcançar o bem da sociedade inteira. Fazemos leis para assegurar nossa felicidade, mas só podemos fazer isso se a sociedade como um todo passar a funcionar bem. É evidente então que se devemos alcançar a felicidade, temos de projetar nossas leis de forma a beneficiar toda a sociedade. Tomás de Aquino assevera que só o povo como um todo — ou alguém que esteja preocupado com o bem da sociedade inteira — tem o direito de fazer leis. As leis devem ser projetadas para obter o bem de toda a sociedade, portanto devem ser feitas por alguém que tenha este bem em mente. Mas só o povo como um todo ou um representante agindo em seu benefício se lembrará do bem de toda sociedade” (MCNUTT, Dennis. Panorama do Pensamento Cristão: Política para Cristãos (e Outros Pecadores). 1ª Edição. RJ: CPAD, 2001, p.456).
Lições Bíblicas CPAD
Adultos
3º Trimestre de 2015
Título: A Igreja e o seu Testemunho — As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 9: A corrupção dos últimos dias
Data: 30 de Agosto de 2015
TEXTO ÁUREO
“Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção” (2Pe 2.12).
VERDADE PRÁTICA
O ensino da Palavra de Deus, de modo cuidadoso, pode evitar que a corrupção domine os corações dos salvos.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 1Co 13.5
Quem tem amor “não busca seus interesses”
Terça — Rm 1.31
Homens sem Deus, sem afeto natural
Quarta — 1Jo 3.15
Qualquer que odeia ao seu irmão é homicida
Quinta — Mt 23.23-28
Quem ensina e não dá exemplo é hipócrita
Sexta — 1Pe 3.15
O ensino bíblico dá segurança quanto à fé
Sábado — Fp 4.8
O crente precisa ter cuidado com aquilo que pensa
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 3.1-4,14-16.
1 — Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;
2 — porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3 — sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
4 — traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
14 — Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.
15 — E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16 — Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.
HINOS SUGERIDOS
5, 550 e 547 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Descrever a corrupção dos últimos dias.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, os dias não são fáceis para quem deseja servir a Jesus com humildade, sinceridade e fidelidade ao Senhor. São tempos que requer dos líderes, sobriedade, temperança, firmeza. A lição desta semana visa munir os alunos de conhecimento sólido do Evangelho de Cristo a fim de que eles, autonomamente, discirnam a corrupção desses últimos dias. Tal corrupção deve ser combatida por aqueles que têm a vocação ministerial para servir a Igreja de Cristo Jesus na terra. Incentive os alunos a desenvolverem uma consciência crítica em relação a tudo o quanto se mostra claramente contra o princípio do Evangelho de Cristo: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Deus criou o homem bom e perfeito, mas ele pecou. Como resultado da Queda veio a morte e toda a sorte de corrupção. Na lição de hoje estudaremos a respeito dos pecados dos últimos dias. Sabemos que, infelizmente, a humanidade afastada de Deus, vem a cada dia se tornando mais e mais corrupta.
PONTO CENTRAL
Nesses tempos trabalhosos, o valor do ensino das Escrituras deve ser reconhecido e aplicado pelos verdadeiros obreiros do Senhor.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O apóstolo Paulo descreveu as características malévolas dos dias trabalhosos.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Caro professor, nesta oportunidade, você pode usar o artigo do subsídio para Lições Bíblicas da Escola Dominical, daRevista Ensinador Cristão (p.40) deste trimestre. O prezado professor poderá usá-lo para uma leitura reflexiva após a exposição do tópico primeiro ou pode igualmente usá-lo como introdução ao tópico para iniciar a lição. A ideia para a exposição deste tópico é que fique bem claro para os alunos a descrição que o apóstolo Paulo fez acerca dos falsos mestres. Por isso, abra esse tópico de maneira a aguçar a curiosidade dos alunos com questões como: “Dê exemplos de uma pessoa amante de si mesma”; “O que é uma pessoa avarenta?”.
Ser longânimo é ter paciência para suportar os fracos, os defeituosos, os problemáticos (Gl 5.22). O líder precisa cultivar esse dom, especialmente o amor. Paulo não só falou e ensinou, mas deu exemplo do que é ter amor. Na sua epístola de 1 Coríntios, ele dedica o capítulo 13 inteiro para falar a respeito da suprema excelência do amor.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
O apóstolo Paulo é um exemplo de vida piedosa exemplar para vivermos esses dias trabalhosos.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Outro exemplo que pode auxiliá-lo a mostrar o quanto um homem de Deus pode ser um modelo para o povo escolhido do Senhor, com o objetivo de estimular ao povo a viver na presença de Deus, é apresentarmos o contexto do profeta Malaquias. Igualmente ao do apóstolo Paulo, o profeta Malaquias vivia num contexto hostil aos valores do Eterno. Mas a vida do profeta foi capaz de demonstrar “que Deus sempre amou seu povo, dizia Malaquias, mas este nunca havia assimilado a profundidade deste amor, e na verdade retribuía-o com desonra e desobediência (Ml 1.6-14). Tudo isto pode ser visto na própria indiferença do povo para com as ofertas, pois enquanto se empenhavam em importar o melhor para suas próprias casas, os sacrifícios eram da pior espécie, com animais cegos e doentes. Os próprios sacerdotes se voltavam contra Deus, violando abertamente o compromisso de levitas (Ml 2.8). Além disso, muitos judeus tinham se divorciado de suas mulheres, sinalizando assim seu descaso para com os ensinamentos das Escrituras (Ml 2.10). Como resultado, o Senhor enviaria seu mensageiro messiânico para purgar o mal enraizado no coração do povo e purificar um remanescente que andaria diante da presença do Senhor em verdade” (MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6ª Edição. RJ: CPAD, 2007, pp.548,49). Lembre aos alunos que o nosso Deus conta com as nossas vidas para sermos sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-16) numa geração hostil à vontade do Senhor.
III. O ENSINO DA PALAVRA DE DEUS EM TEMPOS DIFÍCEIS
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O ensino da Palavra de Deus tem o valor de combater o “espírito do Anticristo” e promover os referenciais éticos do Reino de Deus.
SUBSÍDIO DE TEOLOGIA PASTORAL
“Conservando a sã doutrina e Manifestação do Espírito Santo
O que acho alarmante é o número crescente de pastores e igrejas que estão caindo vítimas desta mentalidade de ‘especialidades’. Muitas igrejas parecem só se envolverem em determinadas áreas ministeriais nas quais ou têm prazer ou acham particularmente fáceis. Temos igrejas da ‘Palavra’, igrejas do ‘louvor’, igrejas do ‘fogo e enxofre’, igrejas da ‘família’, igrejas do ‘discipulado’, e a lista prossegue sem fim. Em resposta a muitas pessoas feridas, cujas necessidades ou problemas não se ajustam em uma especialidade em particular, muitas igrejas teriam a dizer: ‘Desculpe, não fazemos esse tipo de serviço aqui’. Nestes últimos dias, a igreja precisa ser lugar de cura e refúgio para todo aquele que precisar — pouco importando qual seja a necessidade. Temos de insistir em ser uma igreja equilibrada. Podemos e devemos redescobrir que temos a imutável sã doutrina da Palavra de Deus e que ainda fluímos com o vento e a espontaneidade do Espírito” (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E.; TRIPLETT, Loren (et al). Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1999, pp.633-34).
CONCLUSÃO
Vivemos tempos difíceis, por isso, precisamos nos voltar para a Palavra de Deus. Ela é um guia seguro para conduzir o crente neste mundo de trevas morais e espirituais. A Igreja do Senhor Jesus é formada de pessoas que são “sal da terra” e “luz do mundo”. Portanto, sejamos exemplo para esta sociedade pós-moderna.
PARA REFLETIR
A respeito das Cartas Pastorais:
Paulo inicia o capítulo três falando a respeito de qual assunto?
Paulo inicia falando a respeito da extrema corrupção dos últimos dias.
O termo “últimos dias” se refere somente aos tempos escatológicos?
O termo “últimos dias” não se refere somente ao fim dos tempos escatológicos, mas faz referência ao ataque gnóstico sobre a Igreja.
Quais as características principais dos falsos mestres?
Amantes de si mesmos; avarentos; presunçosos, soberbos; blasfemos, etc.
Segundo a lição, qual era o verdadeiro propósito de Paulo?
Promover o Evangelho de Cristo.
Quais são os “instrumentos” utilizados por Satanás nesses últimos dias?
O relativismo e Leis infames.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A corrupção dos últimos dias
“Amantes de si mesmos”; “avarentos”; “presunçosos, soberbos”; “blasfemos”; “desobedientes a pais e mães e ingratos”; “profanos sem afeto natural”; “irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes e cruéis”; “sem amor para com os bons”; “traidores”; “obstinados”; “orgulhosos”; “mais amigos dos deleites do que amigos de Deus”; “tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela”: esta é a lista que o apóstolo Paulo deu a Timóteo para que o jovem pastor soubesse discernir os falsos líderes dos verdadeiros.
As características dos falsos ensinadores revelam pessoas que são capazes de fingir uma “capa de piedade”, mas ao mesmo tempo, internalizar um coração duro, sem qualquer respeito com a dignidade humana e com as pessoas que fazem parte do Corpo de Cristo. Seu olhar só se desvia em direção de quem lhe possa beneficiar. Por isso, tal pessoa procura cercar-se de pessoas importantes, com um status quo vantajoso, pronto para beneficiá-la em tudo o que for possível.
Caro professor, você percebeu que tais características, descritas pelo apóstolo, parecem ser notícias do jornal do dia? Não são poucos os exemplos de desrespeito com as coisas de Deus e com as “ovelhas” que fazem parte do rebanho do Senhor. Diante disso, você pode se perguntar: O que fazer? A resposta do apóstolo para essa pergunta está no versículo 5: “destes afasta-te”.
Se lermos o Evangelho e atentarmos para o conselho de Jesus Cristo: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis [...]” (Mt 7.15,16a); bem como o do apóstolo Pedro: “por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas” (2Pe 2.3); perceberemos que, implicitamente, o conselho evangélico e apostólico nos adverte a discernir o “falso profeta” do verdadeiro para nos afastarmos daquele. Ora, quem ler e compreende as mensagens de Jesus para guardar a sua alma desses “absurdos” realizados em nome da fé, não tem alternativa, senão, a de declarar enfática, curta e objetivamente o que o apóstolo Paulo afirmou: “afasta-se”. Afasta-se desses falsários para guardar a sua alma da incredulidade. Afasta-se desses que usam o Evangelho para se autobeneficiar, a fim de beneficiar-se da graça de Deus. Não empreste os seus ouvidos e nem o seu coração para quem só tem a avareza e a soberba como suas companheiras. Afasta-se, para salvar a sua alma disso tudo!
fonte avivamentonosul21.comunidades.net
Lições Bíblicas CPAD
Adultos 3º Trimestre de 2015
Título: A Igreja e o seu Testemunho — As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 10: O líder diante da chegada da morte
Data: 6 de Setembro de 2015
TEXTO ÁUREO
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2Tm 4.7).
VERDADE PRÁTICA
A morte do crente não é o fim, mas a passagem para a glória eterna, na presença de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — At 9.15,16
Paulo, um vaso escolhido por Deus para pregar aos gentios
Terça — Jd 3
Batalhando pela fé que uma vez nos foi dada
Quarta — Cl 1.29
Combatendo com eficácia o bom combate
Quinta — Fp 3.13,14
Esquecendo as coisas que já passaram
Sexta — Ap 3.11
Guardando o que Deus concede para que ninguém tome
Sábado — Êx 33.14
A presença de Deus traz tranquilidade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 4.6-17.
6 — Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo.
7 — Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
8 — Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
9 — Procura vir ter comigo depressa.
10 — Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica; Crescente, para a Galácia, Tito, para a Dalmácia.
11 — Só Lucas está comigo. Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.
12 — Também enviei Tíquico a Éfeso.
13 — Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos.
14 — Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras.
15 — Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras.
16 — Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado.
17 — Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que, por mim, fosse cumprida a pregação e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão.
HINOS SUGERIDOS
141, 500 e 614 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Desenvolver uma consciência bíblica a respeito da chegada da morte.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Segundo as Escrituras, a morte se manifesta numa consciência de vitória na hora de uma aparente derrota: “Alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis” (1Pe 4.13). Para o crente, a morte não é o fim, mas o início de uma vida nova, onde a certeza de que “o aguilhão” da morte já foi retirado e que agora é um passaporte oficial para a vida eterna com Jesus Cristo (1Co 15.55). Claro que a experiência da separação traz dor, angústia e tristeza a qualquer ser humano. O luto chega de forma inesperada na vida de qualquer pessoa que sofre a perda de um ente querido. Mas devemos viver as promessas do Mestre na área da perda humana, conforme Ele nos ensinou: “Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11.25). Um dia nosso corpo será completamente arrebatado do poder da morte (Rm 8.11; 1Ts 4.16,17).
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Paulo tem consciência de que seu ministério está chegando ao fim. A segunda Epístola a Timóteo, na verdade é uma forma, comovente, de dizer adeus ao seu “amado filho” e à Igreja do Senhor. Paulo exorta Timóteo a respeito da responsabilidade que é estar na liderança de uma igreja e faz uma revisão do caminho que havia percorrido em sua jornada com o Salvador: “Combati o bom combate” (2Tm 4.7). Paulo não estava pesaroso com a partida, pois suas dores e sofrimentos, com certeza, foram esquecidos, diante da certeza de que fez um bom trabalho e que cumpriu a missão para qual fora designado pelo Senhor.
A morte é inevitável. Um dia líderes e liderados terão que enfrentá-la, porém, o que faz a diferença é a maneira como a encaramos.
PONTO CENTRAL
Embora a morte traga abatimento para os crentes, os discípulos de Jesus não se desesperam diante dela, pois têm uma certeza em Cristo: de que para sempre estaremos com o Senhor.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A vida do apóstolo Paulo é um exemplo de seriedade cristã diante da morte e uma certeza da missão cumprida.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, em muitas das suas cartas, o apóstolo Paulo afirmava que estava morto para o mundo e vivo no serviço de Cristo (Fp 1.21-23; 2Co 5.2). Entretanto, o tom presente nesta segunda carta a Timóteo parece mais grave e mais sério. Neste trecho da epístola, há algumas formas literárias que ajuda-nos a descrever a gravidade desse tom na epístola, bem como em outras semelhantes: 1) o reconhecimento de que a morte está próxima; 2) advertências sobre a vinda dos falsos doutores; 3) a designação de sucessores para continuar a tradição apostólica; 4) a correta interpretação de pontos controversos. Assim, é possível perceber a típica forma de Paulo se comunicar neste momento de sofrimento: “oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé” (Fp 2.17); “Combati o bom combate e terminei a carreira” (2Tm 4.7). Então, a sua última realização foi: “guardei a fé”. O apóstolo sabia que restava pouco tempo de vida.
Sugerimos que você repasse essa explicação aos alunos, logo depois de expor o primeiro tópico da lição.
O seu julgamento, perante a justiça de Roma, poderia demorar alguns dias ou meses. De qualquer forma, é um eloquente testemunho de que o homem de Deus, quando está seguro com o Senhor, não teme a morte ou qualquer outra adversidade.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
No final do seu ministério, estando preso, o apóstolo Paulo sentiu-se sozinho, abandonado pelos seus pares.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
“Bem sabes isto: que os que estão na Ásia todos se apartaram de mim; entre os quais foram Fígelo e Hermógenes. O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes me recreou e não se envergonhou das minhas cadeias; antes, vindo ele a Roma, com muito cuidado me procurou e me achou. O Senhor lhe conceda que, naquele Dia, ache misericórdia diante do Senhor. E, quanto me ajudou em Éfeso, melhor o sabes tu” (2Tm 1.15-18). Este texto, mostra com clareza, que o apóstolo Paulo já havia se queixado da solidão. Esta é uma informação importante que você, prezado professor, deve repassar à classe. O texto de Paulo expresso no capítulo 4 de 2 Timóteo é de caráter bem pessoal, demonstrando o sentimento, a pessoalidade e a dor do apóstolo em ser abandonado por quem deveria apoiá-lo em seu árduo ministério. Enfatize que 2 Timóteo 4 narra os últimos momentos da vida do apóstolo. Podemos afirmar que temos o privilégio de conhecer os últimos momentos da vida de um grande homem de Deus, apóstolo Paulo.
III. A CERTEZA DA PRESENÇA DE CRISTO
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Sozinho, Paulo se dirigiu ao tribunal para ser julgado, mas com a plena convicção de que a presença de Cristo estava com Ele.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A graça seja convosco. Estas são as últimas palavras de Paulo nas Escrituras registradas enquanto ele aguardava o martírio num cárcere romano. Do ponto de vista do mundo, a vida do apóstolo estava para terminar num trágico fracasso.
Durante trinta anos, largara tudo por amor a Cristo; pouca coisa ganhara com isso, a não ser perseguição e inimizade dos seus próprios patrícios. Sua missão e sua pregação aos gentios resultaram no estabelecimento de um bom número de igrejas, mas muitas dessas igrejas estavam decaindo em lealdade a ele e à fé apostólica (2Tm 1.15). E agora, no cárcere, depois de todos os seus leais amigos o deixarem, a não ser Lucas (vv.11,16), ele aguarda a morte” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995, p.1885).
CONCLUSÃO
Os últimos trechos da Segunda Carta de Paulo a Timóteo nos ensinam que o servo de Deus que tem certeza da sua salvação, mediante a obra redentora de Cristo, não teme a morte. Paulo sabia que a morte física aniquilaria apenas o seu corpo, mas seu espírito e sua alma (o homem interior — 2Co 4.16) estavam guardados em Cristo Jesus.
PARA REFLETIR
A respeito das Cartas Pastorais:
Qual era o caráter da oferta de libação?
De caráter voluntário.
O que era a oferta de libação?
Segundo a Bíblia de Aplicação Pessoal, “libação era uma oferta líquida e consistia em derramar vinho sobre o altar como um sacrifício a Deus”. Não era uma oferta pelos pecados, mas uma oferta de gratidão ao Senhor.
O que Paulo queria dizer com a expressão “guardei a fé”?
Que ele manteve-se fiel a Cristo e a seus ensinamentos.
Segundo a lição, o que significa “guardar a fé”?
Manter-se firme em Cristo e em seus ensinamentos.
Quem era Demas?
Demas era um dos cooperadores de Paulo (Cl 4.14; Fm 24).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O líder diante da chegada da morte
A morte é a consequência do pecado (Rm 6.23). Deus não criou o homem e a mulher para a morte. Esta é a separação entre a alma e o corpo. A base bíblica para este entendimento encontra-se em Gênesis 35.18 a respeito da morte de Raquel: “E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu)”. E Tiago, o irmão do Senhor, corrobora com este fato quando ensina: “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obra é morta” (Tg 2.26). Podemos, então, afirmar: quando a alma deixa o corpo estabelece-se o evento no qual denominamos morte.
A pergunta de Jó, “morrendo o homem, porventura, tornará a viver?”, é de interesse perene a todos os seres humanos. Quem nunca se perguntou: “Há vida após a morte?”; “Há consciência após a morte?”. As Sagradas Escrituras têm respostas afirmativas para estas indagações:
Lições Bíblicas CPAD
Adultos 3º Trimestre de 2015
Título: A Igreja e o seu Testemunho — As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 11: A organização de uma Igreja local
Data: 13 de Setembro de 2015
TEXTO ÁUREO
“Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei” (Tt 1.5).
VERDADE PRÁTICA
A igreja local deve subordinar-se à orientação de Deus, através de sua Palavra, que é o “Manual de Administração Eclesiástica” por excelência.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — At 18.11
Um ano e meio ensinando a poderosa Palavra de Deus
Terça — At 18.23
Indo de um lugar para o outro animando os irmãos
Quarta — Ef 5.19
Animando os irmãos com salmos, hinos e canções espirituais
Quinta — Mt 28.19,20
A ordenança do Senhor Jesus para que a Igreja ensine a todos
Sexta — 1Co 4.1,2
A fidelidade dos servidores de Cristo Jesus
Sábado — Rm 16.5; 1Co 16.19
Saudação aos crentes que se reuniam nas casas dos irmãos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tito 1.4-14.
4 — a Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.
5 — Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei:
6 — aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes.
7 — Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;
8 — mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante,
9 — retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes.
10 — Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão,
11 — aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância.
12 — Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos.
13 — Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé,
14 — não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade.
HINOS SUGERIDOS
53, 442 e 448 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Apresentar os requisitos bíblicos para formar um ministro do Evangelho.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Caro professor, é importante que você compreenda e ressalte para os alunos o objetivo da epístola de Tito: Aconselhar o jovem pastor sobre a tarefa de “pôr em ordem” o que Paulo havia deixado inacabado nas igrejas de Creta. Outro ponto importante é saber que essa epístola tem algumas características especiais: (1) Ela possui dois resumos sobre a natureza da salvação em Jesus Cristo (2.11-14; 3.4-7); (2) A igreja e o ministério de Tito deveriam estar edificados sobre firmes alicerces espirituais e éticos (2.11-15); (3) Contém uma das duas listas do Novo Testamento sobre as qualificações necessárias ao ministério de uma igreja (1.5-9; cf. 1Tm 3.1-13). Além dessas informações, para aprofundá-las, pesquise em bons comentários bíblicos sobre o panorama dessa epístola.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Com esta lição estaremos iniciando o estudo da Epístola de Tito. Timóteo recebeu a incumbência de exortar uma igreja que estava sofrendo com os ataques dos falsos mestres. A missão de Tito era semelhante a de Timóteo, mas com um encargo a mais, que foi o de estabelecer presbíteros, “em cada cidade”, pondo “em ordem” a Igreja. Paulo mostra, na Carta a Tito, que não era apenas pregador, ensinador e “doutor dos gentios”, mas também um administrador eclesiástico.
PONTO CENTRAL
A epístola de Paulo a Tito demonstra com vigor as qualificações honestas para quem se pretende pastor.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A epístola objetivava dar instruções ao jovem pastor Tito a respeito da responsabilidade que ele havia recebido de Paulo. A carta foi escrita aproximadamente em 64 d.C..
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Tito, como 1 e 2 Timóteo, é uma carta pessoal de Paulo a um dos seus auxiliares mais jovens. É chamada de ‘epístola pastoral’ porque trata de assuntos relacionados com ordem e o ministério na igreja. Tito, um gentio convertido (Gl 2.3), tornou-se íntimo companheiro de Paulo no ministério apostólico. Embora não mencionado nominalmente em Atos (por ser, talvez, irmão de Lucas), o grande relacionamento entre Tito e o apóstolo Paulo vê-se (1) nas treze referências a Tito nas epístolas de Paulo, (2) no fato de ele ser um dos convertidos e fruto do ministério de Paulo (1.4; como Timóteo), e um cooperador de confiança (2Co 8.23), (3) pela sua missão de representante de Paulo em pelo menos uma missão importante a Corinto durante a terceira viagem missionária do apóstolo (2Co 2.12,13; 7.6-15; 8.6,16-24), e (4) pelo seu trabalho como cooperador de Paulo em Creta (1.5)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995, pp.1886-87).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A qualificação dos pastores, segundo a epístola, é fundamental ser observada para que sejam competentes no relacionamento com os crentes problemáticos.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“As qualificações dos presbíteros (1.6-9)
As qualificações no verso 6, de acordo com o idioma original, são condições ou questões indiretas relativas aos candidatos que estão sendo considerados para o ministério. O grego traduz literalmente: ‘Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução [desperdício de dinheiro] nem são desobedientes’ — este pode ser considerado como um candidato ao presbitério.
Paulo parece estar usando as palavras ‘ancião/presbítero’ (presbyteros, v.5) e ‘líder/bispo’ (episkopos, v.7) de modo intercambiável. Neste primeiro período da história da Igreja, os ofícios ministeriais eram variáveis e indistintos.
Paulo chama os bispos de ‘despenseiros da casa de Deus’. Os despenseiros (pessoas encarregadas de administrar os negócios de uma casa) eram bem conhecidos daqueles que viveram no primeiro século. Uma vez que tais pessoas tinham perante o dono da casa a responsabilidade de cuidar desta, era necessário que fossem irrepreensíveis. Note também que os bispos não são simplesmente responsáveis perante Deus como seus servos, cuidando das coisas de Deus” (Comentário Bíblico Pentecostal:Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1509).
III. A PERCEPÇÃO DA PUREZA PARA OS PUROS E PARA OS IMPUROS
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O apóstolo admoesta que para os puros, tudo é puro; para os impuros, nada é puro. Há quem diga que conhece a Deus, mas o nega com suas atitudes: isso é perfeitamente possível.
CONCLUSÃO
A administração de uma igreja requer a observância de preceitos e diretrizes, emanadas da Palavra de Deus, o maior e melhor “manual de administração eclesiástica”. Por isso, Paulo escreveu três cartas pastorais, visando o estabelecimento, a organização e o crescimento sadio da Igreja do Senhor Jesus.
PARA REFLETIR
A respeito das Cartas Pastorais:
Qual era o propósito da Epístola de Tito?
Dar conselhos ao jovem pastor Tito a respeito da responsabilidade que ele havia recebido.
Qual era a incumbência de Tito?
Supervisionar e organizar as igrejas na ilha de Creta.
Em que ano a Epístola de Tito foi escrita?
Aproximadamente no ano 64 d.C.
Por que para os puros tudo é puro?
Pois estes procuram viver segundo a Palavra de Deus.
Por que nada é puro para os impuros?
Porque “confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda boa obra” (v.16).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A organização de uma igreja local
Segundo os estudiosos, a epístola do apóstolo Paulo a Tito foi escrita aproximadamente no 64 d.C., e provavelmente, foi redigida na Macedônia, uma província que fazia fronteira com a Grécia. Por certo, a carta foi escrita no tempo em que Paulo estava sob a custódia dos soldados romanos.
Nesta epístola, podemos dizer que há pelo menos quatro assuntos principais ensinado pelo apóstolo Paulo: (1) O ensino sobre o caráter e as qualificações espirituais necessárias a todos os que são separados para o ministério na igreja — isto é, “homens piedosos”, “de caráter cristão comprovado” e “bem sucedidos na direção da sua família” (1.5-9); (2) estímulo a Tito para ensinar a “sã doutrina”, repreender e silenciar os falsos mestres (1.10—2.1); (3) descrição de Paulo para Tito do devido papel dos anciões (2.1,2), das mulheres idosas (2.3,4), das mulheres jovens (2.4,5), dos homens jovens (2.6-8) e dos servos (2.9,10) na comunidade cristã em Creta; (4) por último, o apóstolo enfatiza que as boas obras e uma vida de santidade a Deus são o devido fruto da fé genuína (1.16; 2.7,14).
Mediante essa lista de requisitos, notamos o quanto é importante que, em primeiro lugar, quem se sente vocacionado para um chamado ministerial, acima de tudo, seja reconhecido pela Igreja de Cristo. O ministério na vida de uma pessoa não é algo oculto, ou de conhecimento apenas para quem o deseja, mas é manifesto, reconhecido pela comunidade local a quem ele serve. O ministério de Deus na vida de um vocacionado também não é confirmado por uma só pessoa, mas confirmado e aprovado pela Igreja de Cristo reunida naquela comunidade local. O ministério vocacional de um escolhido por Deus, que ama o Senhor acima de todas as coisas, tem de ser reconhecido pelo Corpo de Cristo, a igreja local.
Mas é preciso a igreja local saber discernir quem é de quem não é vocacionado para o ministério. Para isso, o nosso Deus manifestou a sua vontade nas Escrituras por intermédio do apóstolo Paulo sobre as características de como deve ser uma pessoa vocacionada para o santo ministério. A Igreja de Cristo não pode se furtar dessa responsabilidade, pois segundo a herança da tradição da Reforma Protestante: não há um sacerdote como representante de Deus para o povo; muito pelo contrário, em Cristo, todos somos sacerdotes, a nação santa e o povo adquirido para propagar o Evangelho.
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net
3º Trimestre de 2015
Título: Novos Tempos, Novos Desafios — Conhecendo os desafios do Século XXI
Comentarista: César Moisés Carvalho
Lição 12: A secularização mais presente
Data: 20 de Setembro de 2015
TEXTO DO DIA
“Na verdade, que já os fundamentos se transtornam: que pode fazer o justo?” (Sl 11.3).
SÍNTESE
O avanço do secularismo alerta-nos para a necessidade de uma maior atuação de todos nós, Igreja de Cristo, como luz do mundo e sal da terra.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Jr 8.5
A apostasia de Israel
TERÇA — 1Sm 8.1-8
A rejeição do governo divino
QUARTA — Jz 21.25
A anarquia em Israel
QUINTA — Mt 9.36
Ovelhas sem pastor
SEXTA — Sl 11.3
Fundamentos transtornados
SÁBADO — 2Tm 3.1-5
Tempos trabalhosos
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
INTERAÇÃO
Prezado professor, nesta lição estudaremos acerca da secularização, um perigo que ronda a Igreja de Cristo. Veremos que o avanço do secularismo, já anunciado por Jesus nas Escrituras Sagradas, aponta para a necessidade de uma maior vigilância e atuação da igreja. Muitos cristãos estão se deixando levar pelas sutilezas malignas da secularização. Como consequência a fé de muitos tem sido destruída. Que jamais venhamos ser seduzidos pelas coisas deste mundo, pois quem ama e se deixa amoldar pela filosofia deste século, não pode desfrutar do amor divino. Sigamos a recomendação bíblica: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há” (1Jo 2.15).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o quadro abaixo em folhas de papel pardo. Divida a turma em três grupos. Em seguida dê uma folha para cada grupo e canetas hidrocores. Explique que cada grupo terá cinco minutos para preencherem os quadros. Depois, reúna os grupos novamente e peça que cada grupo exponha o seu quadro, explicando seus apontamentos. Conclua enfatizando que é urgente que reconheçamos a necessidade de buscarmos mais a Deus, sua Palavra e o conhecimento do que ocorre à nossa volta para levarmos adiante a obra do Senhor.
TEXTO BÍBLICO
2Timóteo 3.1-5.
1 — Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;
2 — porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3 — sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
4 — traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5 — tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje aprenderemos que em nenhum outro lugar o reflexo da secularização é tão evidente quanto na igreja. Apesar de serem as artes e a ciência (e a filosofia por trás delas) os grandes propulsores da chamada modernidade tardia, no campo religioso suas influências se revelam ainda mais presentes. A flexibilização dos valores do Evangelho, visando amoldá-los às mudanças da pós-modernidade, é um dos perigos mais sutis deste tempo para a Igreja.
O que seria, de fato, a “secularização”? A inserção de pensamentos puramente materiais na esfera religiosa ou a atribuição de uma dimensão religiosa às coisas puramente temporais? Tais indagações precisam ser devidamente esclarecidas a fim de que possamos saber a melhor forma de levar adiante a nossa missão.
Pense!
Cientes de que a advertência paulina é circunstancial, mas também profética, podemos dizer que estamos vivendo nos “tempos trabalhosos” referidos por Paulo?
Ponto Importante
Em cada período da história, o povo de Deus sempre enfrentou desafios difíceis de superar, portanto, é preciso evitar qualquer especulação escatológica.
Por isso, quando se fala em secularização e imediatamente a relacionamos à fé, tem-se a impressão de que tal postura afeta unicamente a igreja. Não é bem assim, mas pelo fato de o Ocidente ser o que é por causa da cultura judaico-cristã e pelo longo período do predomínio da igreja na Idade Média, é fato que a comunidade de fé acaba sentindo — muito mais que qualquer outro setor da sociedade —, de forma mais sensível e agressiva, os reflexos da secularização (Mt 7.21-23; 2Tm 2.14-21,23-26).
Pense!
De acordo com as características elencadas da hipermodemidade, você considera o seu país, culturalmente, pós-modemo?
Ponto Importante
Todos os períodos históricos possuem aspectos positivos e negativos, por isso, é preciso saber a melhor maneira de viver em cada momento.
III. NÃO SE AMOLDEM AO MUNDO
Pense!
É possível conterá marcha evolutiva — ou involutiva — do mundo?
Ponto Importante
O conhecimento da realidade é fundamental, não apenas para quem quer preservar a cultura, mas, sobretudo, para quem pensa em transformá-la.
Como se sabe, o mundo antigo fora marcado pela tentativa humana de se explicar a realidade através dos mitos. Tal atitude corresponde com o surgimento da religião, ou do sentimento religioso, entre a humanidade. O mundo era “encantado” e todas as coisas se explicavam através do mito. A filosofia foi uma tentativa de racionalizar a fala a respeito dos mitos, procurando questionar respostas simplistas e oferecendo “explicações” mais elaboradas e menos transcendentais. Falando-se em ocidente, tal postura perdurou até a Idade Média.
Pense!
Em qual momento do ciclo histórico você acha que a sociedade encontra-se?
Ponto Importante
A teoria dos ciclos históricos demonstra que é possível experimentar tais momentos de forma concomitante.
CONCLUSÃO
É urgente, para dizer o mínimo, que reconheçamos a necessidade de buscarmos mais a Deus, sua Palavra e o conhecimento do que ocorre à nossa volta para levarmos adiante a obra do Senhor. Em todas as épocas, a Igreja sempre enfrentou dificuldades e jamais desistiu. Que possamos cumprir a nossa parte, pois talvez sejamos a geração da última hora da Igreja na face da terra (Lc 18.8; 1Jo 2.18).
ESTANTE DO PROFESSOR
BERGSTÉN, Euríco. Teologia Sistemática. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2005.
LEBAR, Lois E. Educação que é Cristã. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009.
HORA DA REVISÃO
Anulação dos valores cristãos e a perversão religiosa através de um ascetismo que se parece com piedade.
Iluminismo, Renascença e Reforma Protestante.
Não. Porque a secularização e o pensamento pós-modernista tornaram possível ao mundo saltar de uma época em que era praticamente impossível ser ateu, para outra em que se pode não apenas ser ateu, mas agnóstico, cético, crente, místico, panteísta etc.
Significa não aceitar acriticamente o que nos é imposto pelo sistema pecaminoso da sociedade.
Interpretar o tempo e não tomar a forma do sistema pecaminoso em vigência no mundo.
SUBSÍDIO
“Da Cosmovisão Centrada em Deus para a Cosmovisão Centrada no Homem
Duzentos anos depois da Reforma do século XVI, a Europa conheceu o iluminismo. O iluminismo não era contra a religião; apenas declarava que nosso conhecimento de Deus não deveria vir da Bíblia, mas pela luz universal da natureza. Como tais, todas as religiões do mundo eram essencialmente iguais, fundamentadas como estavam na observação natural e na experiência. A Bíblia foi vista como um livro proveitoso, mas não considerada a revelação de um Deus pessoal. A razão humana foi elevada acima da revelação.
O iluminismo foi uma bênção mesclada. Por um lado, enfatizou a liberdade religiosa e a tolerância no melhor sentido da palavra. Dois séculos antes, a Reforma tinha inspirado nova vida espiritual em religiões da Europa. Esta luz. porém, era frequentemente oculta, senão extinta, pelas controvérsias religiosas que se seguiram anos mais tarde. Podemos entender por que as pessoas foram alimentadas com a intolerância da era. Ele deu ênfase muito necessária na liberdade de aprendizagem e na liberdade da consciência.
Infelizmente, o iluminismo também introduziu densas trevas” (LUTZER, Erwin E. Cristo Entre Outros Deuses: Uma defesa da fé cristã numa era de tolerância. 1ª Edição. RJ: CPAD. 2000, pp. 34-35).
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net
Lições Bíblicas CPAD
Adultos 3º Trimestre de 2015
Título: A Igreja e o seu Testemunho — As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 13: A manifestação da Graça da Salvação
Data: 27 de Setembro de 2015
TEXTO ÁUREO
“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11).
VERDADE PRÁTICA
A graça de Deus emanou do seu coração amoroso para salvar o homem perdido, por meio do sacrifício vicário de Cristo Jesus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Ef 2.8
O homem é salvo pela graça, por meio da fé
Terça — Jo 5.24
Aquele que ouve e crê tem a vida eterna e não entrará em condenação
Quarta — At 20.24
Dando testemunho do “evangelho da graça de Deus”
Quinta — Mc 1.15
É necessário que o pecador se arrependa e pela fé creia em Jesus Cristo
Sexta — 2Co 5.17
Todos os que estão em Jesus Cristo são novas criaturas
Sábado — Hb 12.14
Sem santificação ninguém verá o Senhor
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Tito 2.11-14; 3.4-6.
Tito 2
11 — Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,
12 — ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente,
13 — aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo,
14 — o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.
Tito 3
4 — Mas, quando apareceu a benignidade e o amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens,
5 — não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,
6 — que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador.
HINOS SUGERIDOS
35, 205 e 396 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Ensinar que a Graça de Deus é a mais extraordinária e maravilhosa manifestação do seu amor pela humanidade, por intermédio de Jesus Cristo, o seu Filho..
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, chegamos ao final de mais um trimestre. Este momento deve ser uma oportunidade para analisar os passos educativos dados até aqui. Avalie o seu método. Ele alcançou os objetivos das aulas? Permitiu a você alcançar o objetivo do trimestre? Seus alunos cresceram espiritual e culturalmente? São perguntas que só você pode fazer e buscar as respostas com muita humildade. A tarefa do professor da Escola Dominical sempre será uma tarefa inacabada, pois sabemos que poderíamos dar mais, ensinar melhor e prover conhecimentos que fazem sentido à vida dos nossos alunos. Aproveite esse tempo para refletir mais conscientemente a sua prática educativa.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta última lição do trimestre estudaremos a respeito da graça divina. A graça de Deus é a mais extraordinária manifestação do seu amor para com a humanidade. Mas esta só pode usufruir os benefícios desse recurso divino, se reconhecer o seu estado miserável, em termos espirituais, e converter-se mediante a aceitação de Cristo como Salvador.
PONTO CENTRAL
A graça de Deus alcançou-nos por intermédio do sacrifício vicário de Jesus.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Nas Escrituras, a graça de Deus se manifesta como “graça comum”, “graça salvadora”, “graça justificadora e regeneradora” e “graça santificadora”.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, explique aos alunos o conceito de “graça comum”, dizendo que se trata de uma abordagem eminentemente da teologia reformada. É uma tentativa de se responder uma questão angustiante observada na existência dos santos, bem como observou o salmista Asafe (Salmo 73). Se o salário do pecado é a morte, por que as pessoas que pecam não morrem imediatamente e não vão definitivamente para o inferno, mas desfrutam de bênçãos incontáveis na terra? Ainda, como pode Deus dispensar bênçãos a pecadores que merecem apenas, e somente, a morte, mesmo as pessoas que serão condenadas para sempre ao inferno? Neste contexto é que a doutrina da “graça comum” traz uma resposta bíblica acerca da questão. É uma graça pela qual Deus dá aos seres humanos bênçãos ou dádivas inumeráveis que não fazem parte da salvação. Ou seja, não significa que quem as recebe já é salvo. A base bíblica para esse entendimento é a graça manifestada por Deus na esfera física da vida (Gn 3.18; Mt 5.44,45; At 14.16,17); na esfera intelectual (Jo 1.9; Rm 1.21; At 17.22,23); na esfera da criatividade (Gn 4.17,22); na esfera da sociedade (Gn 4.17,19,26; Rm 13.3,4); na esfera religiosa (1Tm 2.2; Mt 7.22; Lc 6.35,36). Ou seja, não é porque o mal reinante no ser humano é fruto do pecado original que ele fará somente obras más. Não, a Graça de Deus opera em todos os homens e faz com que eles façam coisas boas também.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A conduta do salvo em Cristo deve mostrar sujeição às autoridades legalmente estabelecidas.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
A Natureza da Política
“A essência da política é a luta por poder e influência. Todos os grupos e instituições sociais precisam de métodos para tomar decisões para seus membros. A política nos ajuda a fazer isso. A palavra grega da qual política é derivada é polis, que significa ‘cidade’. Política no sentido clássico envolve a arte de fazer uma cidade funcionar bem. Também ajuda a administrar nossas organizações e governos. Quando nosso sistema político é saudável, mantemos a ordem, provemos a segurança e obtemos a capacidade de fazer coisas como comunidade que não poderíamos fazer bem individualmente. Votamos as leis, fazemos a polícia impô-las, arrecadamos impostos para estradas, sistemas de esgoto, escolas públicas e apoio nas pesquisas de câncer. Em nossas organizações particulares, um sistema político sadio nos ajuda a adotar orçamentos, avaliar pessoal, estabelecer e cumprir políticas e regras e escolher líderes. No melhor dos casos, a política melhora a vida de um grupo ou comunidade. A política toma uma variedade de formas, como eleições, debates, subornos, contribuições de campanha, revoltas ou telefonemas para legisladores. Como vê, alistei maneiras nobres e ignóbeis de influenciar as decisões de um sistema político. Algumas delas são formais, como as eleições, ao passo que outras são informais, como telefonar para vereadores, deputados e senadores e pressioná-los a votar do nosso modo” (PALMER, Michael D. Panorama do Pensamento Cristão. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2001, p.447).
III. AS BOAS OBRAS E O TRATO COM OS HEREGES
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Dos versículos 8 a 10, o apóstolo expõe sobre a prática das boas obras e como se deve tratar os “falsos mestres”.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A segunda proibição que Paulo faz é contra os facciosos, aqueles que causam divisões por meio de discordâncias. ‘Depois de uma e outra admoestação, evita-o’, ou seja, tente ajudá-lo corrigindo o seu erro através de advertências ou aconselhamento. Tais inimigos só devem ter duas chances e então devem ser evitados.
A razão pela qual o ‘herege’ deve ser rejeitado é justamente esta; em sua divisão, ‘tal’ homem demonstra que ‘está pervertido e peca, estando já em si mesmo condenado’. Ao persistir em seu comportamento divisor, o ‘falso mestre’ tornou-se pervertido ou ‘continua em seu pecado’, deste modo ‘se autocondenando’. Isto é, por sua própria persistência no comportamento pecaminoso, condenou a si mesmo, colocando-se de fora, sendo consequentemente rejeitado por Tito e pela igreja” (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1515).
CONCLUSÃO
A graça de Deus é a fonte da salvação do homem. É favor jamais merecido por qualquer pessoa, e manifesta o seu amor e sua benignidade para com o pecador. Essa graça é manifestada “a todos os homens”, mas só é eficaz, na vida de quem aceita a Cristo como Salvador pessoal.
PARA REFLETIR
A respeito das Cartas Pastorais:
O que é graça?
É o favor imerecido que Deus concede ao homem, por seu amor, bondade e misericórdia.
Como podemos alcançar a graça salvadora?
Crendo em Deus e aceitando Jesus como o nosso único e suficiente Salvador.
Qual é a fonte da justificação do homem?
A graça de Deus.
Quem é considerado homicida no evangelho da graça?
Qualquer que aborrece o seu irmão.
De acordo com a lição, como devemos tratar os hereges?
Devemos evitá-los, não nos envolvendo em discussões tolas.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A manifestação da Graça da Salvação
Um dia, estávamos mortos em nossos delitos e pecados; separados de Deus, em completa iniquidade, aguardando o justo julgamento de juízo de Deus para nós (Ef 2.2,3). Andávamos segundo o curso deste mundo, um mundo sem Deus, onde os seus valores e pensamentos opõem-se frontalmente aos valores e os pensamentos de Deus. Éramos filhos da desobediência, esta, por sua vez, operava em nós as obras da carne, segundo as astúcias do príncipe das potestades do ar.
Quem guiava a nossa mente e coração não era o Espírito de Deus, mas os desejos da nossa carne. Fazíamos o que bem entendêssemos. Buscávamos somente preencher as pulsões da carne, o vazio da alma e o desejo do coração com as coisas materiais e ilusórias. Éramos integralmente hedonistas! Para nós, a felicidade resumia-se na saciedade do prazer.
Éramos, por natureza, filhos da ira, igualmente como tantos outros o são hoje. “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus” (Ef 2.4-7).
Hoje, a nossa situação mudou radicalmente. O Deus rico em misericórdia e de um infinito amor por nós, os pecadores deliberados, mortos em ofensas, graciosamente nos “vivificou”, fez-nos reviver para a vida: tudo isso foi pela graça. Não foi por mérito nosso, pois se fosse por mérito, pelo mérito merecíamos o inferno. Mas pela graça Ele mudou o quadro da nossa situação. Graça não tem o porquê?! Graça é aceitar livremente e espontaneamente a bondade, a misericórdia e a infinitude do amor de Deus, “porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.10).
Deus, o nosso Pai, por intermédio de Jesus Cristo, o seu Filho, é o autor da salvação. Por isso, a graça da Salvação é obra somente de Deus. É Graça de Deus! Ser humano nenhum, que se intitule representante de Deus, tem o direito de dizer quem vai e quem não vai para o inferno. Ele não tem esse poder. Só quem conhece o coração do homem é Deus e sua própria consciência. Sejamos livres na plena Graça de Deus! A nós, é o que basta!
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