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Lição Betel adultos enfrentando problemas 2019
Lição Betel adultos enfrentando problemas 2019

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 2

 

 

Enfrentando o sentimento de solidão

13 de janeiro de 2019

 

Texto Áureo

“Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.", Jo 4.14

 

Verdade Aplicada

O ser humano por ter sido criado conforme a imagem e semelhança de Deus, é um ser relacional.

 

João 4:10,11,15-18

  1. Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
  2. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
  3. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.
  4. Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá.
  5. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido;
  6. Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.

 

INTRODUÇÃO

A história da mulher samaritana nos mostra que a solidão é um sentimento que foge ao nosso controle. Talvez ela tenha tentado fugir da solidão, mas percebe, ao conversar com Jesus, que não havia conseguido.

 

  1. ENTENDENDO A SOLIDÃO

A solidão não é apenas um estado de sentir-se só. Este sentimento vai além do desejo do indivíduo de querer experimentar a presença de uma companhia, ou até mesmo realizar atividades que possam entretê-lo. Estar só muitas vezes não é uma escolha pessoal.

 

1.1 Sozinho por escolha pessoal

Em certas situações, algumas pessoas, por escolha própria, buscam estar sozinhas, pois entendem que, de alguma forma, isto pode ser prazeroso e que pode também promover um estado de equilíbrio emocional. Entretanto, tal situação só poderá ser vista como positiva se estiver sob total controle do indivíduo, isto é, se o momento escolhido puder ser encerrado a hora que ele quiser. Neste caso o processo vivido não é de solidão, mas pode se encarado como solitude, um momento escolhido pelo indivíduo para desfrutar de privacidade. Em Seu momento de oração, o próprio Cristo buscou essa privacidade, sem, no entanto, passar pelo sofrimento que é produzido pela solidão (Lc 5.16; 6.12).

 

1.2 O perigo do distanciamento social

Ao nascer o ser humano dá início a um processo de independência necessário, para que possa ter uma existência saudável. Durante esse processo, ficar sozinho pode se tornar uma experiência extremamente enriquecedora. Entretanto, ao longo de sua caminhada, o homem passará por situações onde experimentará um estado de separação, que se iniciou com sua saída do útero materno, que poderá produzir sentimento de abandono, rejeição, insegurança e ressentimento. A continuidade desses sentimentos pode se transformar em enfermidades da alma e impedir o indivíduo de viver de maneira saudável, com relacionamentos fortes, podendo levá-lo a um distanciamento social.

 

1.3 Sozinho em meio à multidão

Por mais estranho que possa parecer, a solidão tem crescido em cidades com alto índice demográfico. Viver em locais muito povoados não garante a ninguém de estar livres desse sentimento. Muitos têm dificuldade de se relacionar pelo fato de não conseguirem se identificar com a comunidade na qual estão inseridos. Muitos são os casos em que, diante do grande número de pessoas, cidadãos se veem como célebres anônimos, sem nenhum tipo de relacionamento interpessoal. Em locais onde a população é menos densa  pode haver uma possibilidade maior das pessoas se sentirem solitárias, entretanto, em cidades grandes, onde os relacionamentos estão constantemente se tornando menos profundos, o sentimento de solidão vem crescendo.

 

  1. VAZIO EXISTENCIAL

Em um estudo mais criterioso do ponto de vista espiritual, podemos classificar a solidão como "vazio existencial".  Este vazio é provocado pela ausência de Deus na vida do indivíduo. O pecado afastou o homem do Criador, provocando uma "lacuna cósmica" no seu interior, que nada irá preencher a não ser o Espírito Santo.

 

2.1 Deus não quer nos ver sós

Quando criou o homem, Deus teve uma preocupação a mais em relação às Suas outras obras. Ao terminar, declarou: "Não é bom que o homem esteja só" (Gn 2.18); e criou para ele uma companheira. Este ato nos mostra o porquê da necessidade do ser humano em se relacionar. O próprio Deus identificou que não é bom para o homem viver só, por esse motivo mesmo após a queda do homem, Deus planejou um meio para que Sua criatura pudesse voltar a ter um relacionamento íntimo com Ele (2Co 5.18-20). Fica evidente na Palavra de Deus que Deus é um Ser relacional. Tanto antes como depois da entrada do pecado, o Criador se volta para o ser humano (Gn 2.18; 3.8-9).

 

2.2 O perigo da vulnerabilidade

Um dos maiores perigos enfrentados por quem sofre com a solidão é a vulnerabilidade. Quando alguém tem uma vida solitária, pode ficar vulnerável e, assim vir a ser uma alvo fácil de pessoas mal-intencionadas. A solidão diminui nossa capacidade de avaliação, nos levando a aceitar qualquer um como amigo ou parceiro. Muitos sofrem com agressões de todo tipo, são humilhados e explorados por entenderem que é melhor ter uma companhia, ainda que esta seja ruim, a ter que viver sem ninguém por perto. Pesquisas apontam que a solidão vem se tornando um fator de risco para a saúde, sendo avaliada como mais arriscada do que a obesidade e o fumo, se tornando um fator causador de morte prematura.

 

2.3 Preenchendo o "vazio cósmico"

Podemos, metaforicamente, comparar a solidão a um "vazio cósmico", mostrando o quanto pode se tornar profundo este sentimento, praticamente sem solução, pois se trata de uma condição emocional intangível , onde o indivíduo que sofre com a solidão se afasta cada vez mais, não permitindo que as pessoas possam ajudá-lo. Entretanto, ao perceber sua condição e buscar ajuda profissional, poderá identificar o motivo que o faz sentir-se só. O escritor aos Hebreus nos apresenta a Palavra de Deus como espada poderosa, capaz de penetrar o mais profundo no nosso ser (Hb 4.12). Sendo assim, o contato com a Palavra certamente funcionará como panaceia para a solidão.

 

  1. A SOLITÁRIA DE SAMARIA

A mulher samaritana nos dá muitos motivos para crermos que ela era alguém com um profundo sentimento de solidão, que iremos, depois do conhecimento adquirido sobre o assunto, identificá-los aqui.

3.1 O primeiro indício

Observamos o primeiro indício de solidão da mulher samaritana durante seu encontro com Jesus. Ela estava sozinha no poço para pegar água. Não tinha ninguém com quem conversar e nem para ajudá-la a puxar o balde. Uma mulher de tantos relacionamentos e ainda assim não tinha ninguém por ela.

3.2 Relacionamentos frustrados

Um fato intrigante na história desta mulher é a pluralidade de casamentos (Jo 4.18), fato este que ela desconhecia ser do conhecimento de Jesus, já que, como ela mesma disse, Ele nem samaritano era (Jo 4.9), mas profeta (Jo 4.19b). Assim, aquela mulher que tinha vivenciado tantos relacionamentos conjugais, parece que sofria de algum problema emocional, visto que nenhum de seus maridos conseguiu preencher seu "vazio existencial". A existência humana para ser feliz deverá sempre estar atrelada ao Criador, pois, para termos sucesso em todas as áreas de nossa vida, devemos desfrutar da presença de Cristo (Jo 15.5). Mudar relacionamentos conjugais não é garantia de cura para a solidão.

 

3.3 Não reconhecer o pecado

Depois de tanto se relacionar, a samaritana não conseguiu se ver livre de uma provável solidão. Então, contrai um relacionamento impuro, passando a viver com alguém que não era seu marido (Jo 4.18). Através da atitude desta mulher, vemos que quanto mais se tenta encontrar alívio para a solidão longe de Jesus, mais o homem se aproxima do pecado. A samaritana estava tão acostumada a trocar de parceiro que não tomou por repreensão as palavras do Mestre. É justamente este o perigo do pecado. Torna-se natural para quem não conhece a Jesus (Jo 4.25), e coloca na solidão a justificativa para pecar.

 

 

CONCLUSÃO

Não há dúvidas de que a propagação do Evangelho tem sido uma arma poderosa do Senhor Deus no resgate de muitas pessoas que sofrem com o sentimento de solidão, dando-lhes a oportunidade de viverem, na companhia de Jesus Cristo, como novas criaturas (2Co 5.17).

 

Questionário (as respostas serão publicadas posteriormente)

 

  1. O que o próprio Deus identificou?

 

  1. Como o escritor aos Hebreus nos apresenta a Palavra de Deus?

 

  1. Qual o resultado de desfrutar da presença de Cristo

 

  1. Quem contraiu um relacionamento impuro, passando a viver com alguém que não era seu marido?

 

  1. Qual o perigo do pecado?

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 3

 

 

Tratando de comportamentos persistentes de desobediência

20 de janeiro de 2019

 

 

Texto Áureo

“E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.", At 9.5

 

Verdade Aplicada

Sermos submissos à vontade de Deus é o caminho para uma vida bem sucedida.

 

Juízes 17.1,5-7,10

  1. E havia um homem da montanha de Efraim, cujo nome era Mica.
  2. E teve este homem, Mica, uma casa de deuses; e fez um éfode e terafins, e consagrou um de seus filhos, para que lhe fosse por sacerdote.
  3. Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos.
  4. E havia um moço de Belém de Judá, da tribo de Judá, que era levita, e peregrinava ali.
  5. Então lhe disse Mica: Fica comigo, e sê-me por pai e sacerdote; e cada ano te darei dez moedas de prata, e vestuário, e o sustento. E o levita entrou.

 

INTRODUÇÃO

Como pode alguém ter a intenção de desafiar o Criador? Embora pareça algo impensável, nesta lição falaremos sobre um transtorno de comportamento que pode levar o indivíduo a tomar este tipo de atitude.

 

  1. UMA VISÃO GERAL DO TOD

Não é raro vermos algumas personalidades da Bíblia tomando posição de confronto em relação ao Criador, como também não é difícil vermos, nos dias atuais, pessoas se posicionando de maneira contrária à Palavra de Deus. Este tipo de comportamento nos surpreende quando nos deparamos com cristãos agindo assim. Entretanto, não devemos ficar escandalizados, antes devemos averiguar se tal membro não é portador do Transtorno de Oposição Desafiante (TOD), para que, ao invés de julgá-lo. procuremos ajudá-lo.

 

1.1 TOD nas crianças

O TOD geralmente tem uma atenção maior quando se apresenta em crianças. É sabido que toda criança passa por uma fase de rebeldia, onde tende a desafiar os pais e as regras que lhes são impostas. Atitudes de curiosidade, questionamento e irritabilidade podem ser normais. Entretanto, é necessário atenção maior quando este tipo de comportamento se tornar constante e começa a ser prejudicial à vida social da criança, resultando em dificuldade de relacionamento e de um bom desenvolvimento escolar.

 

1.2 Adolescentes indesejados

O Transtorno de Oposição Desafiante, se não for cuidado na infância, invadirá a adolescência, tornando este momento da criação e educação muito mais difícil. A adolescência é um período bastante delicado no desenvolvimento do indivíduo. Se porventura tal indivíduo não tenha sido diagnosticado com TOD e passado por um tratamento adequado, poderá até se tornar uma ameaça à sociedade. O mais grave, em se tratando do universo eclesiástico, é que este adolescente acabará por se tornar "persona non grata" e muitas vezes identificado como endemoninhado.

 

1.3. Adultos perigosos

É importante observar e tratar os sintomas do TOD durante a infância e a adolescência, pois, se não tratado nestas etapas, o indivíduo poderá se tornar um adulto que sofrerá com o mesmo distúrbio, que pode evoluir para um distúrbio de perturbação de conduta chamado também de TC (Transtorno de Conduta). Estudos apontam que cerca de 25% de TOD não tratados evoluem para TC, isto sim pode se tornar um complicador, uma vez que indivíduos com TC podem vir a roubar, praticar atos de vandalismo, incêndios, entre outras atitudes perigosas.

 

  1. VIDA ESPIRITUAL PREJUDICADA PELO TOD

O capítulo 17 de Juízes relata acerca de um homem chamado Mica. Em sua atitude de buscar uma maneira pessoal de se relacionar com o mundo espiritual, ele resolveu criar para si um objeto de culto. A atitude de Mica pode ser comparada com a de quem sofre com o TOD, que sempre escolhe andar na contramão das regras estabelecidas e da Palavra.

 

2.1 A escolha de Mica

Embora o autor do livro de Juízes declarasse que "cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos" (Jz 17.6), é bem possível que houvesse homens que se mantiveram fiéis à revelação de Moisés. No momento histórico no qual vivia Mica o povo de Israel vivenciava condições de baixo padrão moral, tendo as práticas religiosas corrompidas pelos seus atos e comportamento moral distorcido. Esse ambiente possivelmente facilitou a tomada de posição de Mica que, ao invés de escolher andar segundo os ensinamentos de Moisés, escolheu se levantar contra tudo o que havia aprendido acerca do Criador e mostrar que poderia seguir um caminho à margem da Palavra de Deus.

 

2.2 O TOD compromete a percepção

A insubmissão de Mica deixa claro sua falta de percepção em relação a tudo que determinava os ensinamentos de Moisés. Deuteronômio 11.18-25 mostra diretrizes que o povo deveria seguir para se manter sob a égide de Deus. Tal proteção está garantida para quem não se rebela contra a Palavra. O portador do TOD sempre enxerga os fatos segundo sua própria ótica, negando-se a aceitar que outros lhe digam o que fazer. Ao confeccionar um éfode e consagrar um de seus filhos para que fosse seu sacerdote (Jz 17.5), Mica está declarando que não se importava com o que havia aprendido com sues pais, uma atitude de rebeldia contra a autoridade, um sintoma claro de quem sofre com o TOD.

 

2.3 A perda de limites pelo TOD

Identificamos em Mica as duas características presentes neste transtorno:opositor e desfiador. Opositor quando ele se opõe aos ensinamentos da Palavra de Deus, escolhendo fazer o que parecia bem aos seus olhos, e desafiador, quando ele desafia Deus construindo uma casa de deuses (Jz 17.5-6) Mica não teve nenhuma dificuldade de roubar a sua mãe para alcançar seus objetivos (Jz 17.2). Os indivíduos que vivem com estes sintomas tendem a levar uma vida desenfreada,  causando problemas para si e para seus familiares, pois vivem uma realidade paralela, onde pensam estarem certos nas atitudes que tomam, mesmo que estas nãos sejam convencionais.

 

  1. IDENTIFICANDO O TOD

Devido ao avanço da ciência, tem sido cada vez mais fácil a identificação destes sintomas. Atualmente, temos percebido em muitos irmãos um tipo de comportamento que nos leva a crer que os mesmos sofrem com o TOD.

 

3.1 Esperando a aprovação de Deus

Uma atitude interessante na história de Mica é que ao se encontrar perdido nas suas atitudes resolve modificar o seu plano de ter um local de adoração familiar. Ao se encontrar com o levita vindo de Belém de Judá (Jz 17.8), Mica lhe propõe que seja seu sacerdote. Esperava com isto que Deus o abençoasse e aprovasse sua atitude (Jz 17.13).

 

3.2 Rebeldia ministerial ou TOD?

É natural que portadores do TOD se juntem a pessoas com o mesmo problema. Se observarmos a atitude do levita, veremos que o mesmo havia abandonado a sua cidade e saído em uma caminhada sem rumo, procurando um lugar onde achasse comodidade (Jz 17.8). Vemos aqui que talvez o levita também pudesse ter o mesmo tipo de transtorno, pois não se negou a ase associar com Mica em sua tentativa de criar uma maneira de adorar a Deus (Jz 17.10). Tal atitude tem se tornado cada vez mais comum. O que muitas vezes identificamos como rebeldia ministerial, na verdade, pode ser um sintoma deste transtorno. A insubmissão, a resistência à autoridade e a agressividade são sintomas identificados em indivíduos diagnosticados com esse mal.

 

3.3 Evitando o desenvolvimento do TOD

Infelizmente, muitos lares cristãos deixaram a prática do culto doméstico (Dt 11.18-22). Com isto a possibilidade de crescimento de casos de TOD pode aumentar, pois onde não existe um governo, como no tempo dos juízes em Israel, cada um vive segundo sua própria vontade. A falta desta prática entre as famílias pode ocasionar desastres futuros. Depois da morte de Moisés, o Senhor falou a Josué que ele deveria se esforçar para manter viva na mente do povo a Lei que Ele havia entregue a Seu servo (Js 1.7-8). Da mesma forma devemos nos esforçar  para manter viva em nossas casas a Palavra de Deus.

 

CONCLUSÃO

Muitos cristãos, por sofrerem com o TOD, não conseguem se firmar na Casa do Senhor. Cabe então a cada membro do Corpo de Cristo, com auxílio do Espírito Santo, da Palavra de Deus e desta lição, procurar identificá-los e ajudá-los para que possam ser benção para sua família e para a obra de Deus (1 Co 12.25).

 

Questionário (as respostas serão publicadas posteriormente)

 

  1. O que Deuteronômio 11.18-25 nos mostra?

 

  1. Quem roubou sua mãe para alcançar seus objetivos?

 

  1. Qual proposta Mica fez ao levita?

 

  1. Qual prática muitos lares cristãos deixaram?

 

  1. O que o Senhor falou a Josué?

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 4

 

 

Enfrentando o transtorno do sono

27 de janeiro de 2019

 

 

Texto Áureo

“Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.", Sl 4.8

 

Verdade Aplicada

É muito importante buscar ter uma boa noite de sono, pois é essencial para a saúde e melhoria da qualidade de vida.

 

Salmos 4.1,5-8

  1. Ouve-me quando eu clamo, ó Deus da minha justiça, na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.
  2. Oferecei sacrifícios de justiça, e confiai no Senhor.
  3. Muitos dizem: Quem nos mostrará o bem? Senhor, exalta sobre nós a luz do teu rosto.
  4. Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se lhes multiplicaram o trigo e o vinho.
  5. Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.

 

INTRODUÇÃO

Atualmente, temos visto uma grande perda de produtividade em muitos irmãos que antes eram tremendamente ativos na obra de Deus. Em alguns casos, isto ocorre porque eles desenvolveram o transtorno do sono.

 

  1. O SOFRIMENTO NÃO IDENTIFICADO

É normal nos depararmos com pessoas que estão passando por algumas dificuldades e não conseguem identificar qual o motivo delas. Essas dificuldades, muitas vezes, afetam negativamente a saúde do nosso corpo e mente. Para que as nossas funções biológicas funcionem bem enquanto estamos acordados, é necessário que tenhamos um período de sono adequado, pois é durante o sono que importantes funções do corpo são realizadas.

 

1.1 Coisas que nos fazem perder o sono

No Salmo 4.1, vemos o salmista se apresentando em um momento de grande angústia, talvez de desespero. Esta situação tem sido experimentada por muitos indivíduos na atualidade. A angústia provocada por situações de estresse tem sido apontada como uma das muitas causas que levam ao transtorno do sono. Davi foi um homem escolhido por Deus para realizar uma grande obra, mas isto não o livrou deste mal, pois sendo humano, estava sujeito a estas aflições.

 

 

1.2 Um perigo real

A insônia, identificada como uma insatisfação quanto a qualidade e quantidade de sono, também é classificada como um incômodo significativo, causador de prejuízos sociais. É importante dizer que a insônia só deve ser considerada se ocorrer pelo menos três vezes por semana e por não menos do que um período de três meses. A dificuldade de manter o sono e o despertar matinal precoce têm acometido cada vez mais servos fiéis que buscam fazer a obra de Deus com excelência. Muitos alegam estarem perdendo o sono por causa de uma carga excessiva de trabalho na obra de Deus.

No entanto, a Palavra de Deus nos orienta que não devemos ficar inquietos, mas, sim, a apresentarmos nossas petições a Deus pela oração e súplica, com ação de graças (Fp 4.6).

 

1.3. O risco do trabalho excessivo

Uma vida de trabalho excessivo ao invés de trazer alegria produz tristeza. O louvor entoado pelo salmista no Salmo 4 nos mostra que tudo o que fazemos para o Senhor tem como recompensa a alegria em nosso coração (Sl 4.7). Se estamos angustiados ao ponto de perdermos o sono, certamente não estamos sintonizados com a vontade de Deus em nossas vidas. O salmista ainda nos mostra que o Senhor exalta sobre nós a luz do seu rosto, logo fica claro que Ele quer que tenhamos uma aparência resplandecente (Sl 4.6), diferente daquele que passou noites de sono mal dormidas. Na verdade, o que o nosso Senhor quer é nos dar a certeza de que ao fazermos a Sua obra diligentemente teremos paz para desfrutarmos de abençoadas noites de sono (Sl 4.8).

 

  1. VIVENDO NOITES MAL DORMIDAS

Este tema levanta uma série de discussões acerca de que se deve fazer quando não se consegue dormir. Já vimos que o transtorno do sono é um mal que tem sua origem em diversos fatores, dentre os quais se encontra o estresse.

 

 

2.1 Convivendo com este mal

Muitos servos de Deus tem vivido uma vida triste e angustiada, não sabendo o porque de não conseguir ter uma noite tranquila. Em seus momentos íntimos, chegam a ficar noites inteiras acordados. Segundo a Sociedade Brasileira do Sono, adormecer em horários impróprios ou ficar longas horas a mais na cama de maneira exagerada, sem estar associado a uma doença, pode ser um alerta grave para um problema crônico. Alterações de humor, diminuição da memória e da capacidade mental responsável pelo aprendizado, raciocínio e pensamento é um indício da manifestação dos distúrbios do sono, que, associados, levarão ao transtorno do sono.

 

2.2 Um medo noturno inexplicável

Algumas pessoas sofrem com um tipo de distúrbio conhecido como terror noturno. Este distúrbio se apresenta com maior incidência em crianças, mas é possível que se estenda até a idade adulta, causando sérias complicações. Durante a crise, o indivíduo se apresenta em estado súbito de alerta, demonstrando manifestações autônomas e comportamentais de medo durante o sono. Quando tais episódios ocorrem, a pessoa senta-se na cama assustada, com os olhos abertos e suando, e um olhar de medo intenso, sem motivação aparente, também é observado pelos presentes. Estar debaixo da proteção do Senhor é uma garantia de que não seremos abalados por temores noturnos (Sl 91.5-6). No entanto, uma investigação científica criteriosa é necessária para que se conheça a origem de tais episódios.

 

 

2.3 A perda do sono por causa do pecado

O texto de 1 Samuel 16.14-23 nos mostra um momento vivido por Saul após a unção de Davi. Percebemos que, quando o Espírito de Deus se afastou, o então rei de Israel entra em um processo de profundo desespero. Podemos aqui inferir que possivelmente Saul passou por momentos de noites turbadas, sem tranquilidade para desfrutar de um sono reparador. A condição do rei era clara aos olhos de todos, a ponto de seus criados interferirem, sugerindo que se buscasse alguém para acalmá-lo com louvores a Deus. A Bíblia relata as atitudes de Saul que levaram ao afastamento do Espírito Santo, por isso precisamos aprender, para não repetirmos o mesmo processo, onde o nosso pecado nos afastará de Deus, levando de nós a paz de Cristo (1 Sm 15.16-30).

  1. BUSCANDO O MELHOR TRATAMENTO

Nos tópicos anteriores vimos que o transtorno do sono tem diversas causas, externas e internas. Este aprendizado nos mostra que em cada situação a abordagem em busca de solução deverá ser de acordo com o caso.

 

3.1. Cérebro regenerado pelo sono

Diversos estudos já tem comprovado que o sono é crucial para o bom funcionamento do cérebro. Enquanto dormimos, o cérebro se auto limpa, eliminando subprodutos tóxicos absorvidos enquanto estamos acordados, desenvolvendo nossas atividades diárias.

 

3.2 Combatendo as causas externas

Quando somos levados a perda do sono por problemas que surgem no nosso dia a dia, que elevam abruptamente o nosso nível de estresse, devemos procurar atividades que nos afastem momentaneamente de tais problemas. Uma boa atitude é incluir no decorrer do dia atividades físicas, pois elas iram aumentar os níveis de serotonina, um neurotransmissor que exerce inúmeras funções importantes para a saúde e qualidade de vida. Alguns estudos atestam que uma boa maneira de reverter os ataques de insônia é a leitura. Ao perder o sono não insista em ficar na cama, levante-se e busque uma boa leitura  por pelo menos 45 minutos. Não utilize aparelhos eletrônicos, pois os mesmos podem inibir a produção de serotonina. A melhor sugestão é a leitura bíblica (Pv 3.24).

 

3.3 Lidando com o cansaço emocional

O cansaço emocional atinge uma parcela significativa da população entre 20 e 60 anos. A maneira como lidamos com as frustrações, problemas e obrigações poderá ser responsável pelo desencadeamento de um desgaste mental de origem metabólica incontrolável e que levará a um esgotamento. Esse período de esgotamento emocional gera o desejo de abandonar todos os tipos de atividades, até as que produzem prazer, como ir à igreja e fazer a obra de Deus, e é também responsável pela insônia, que é um dos distúrbios relacionados como transtorno do sono. Neste caso ajuda médica e terapêutica são indispensáveis.

 

CONCLUSÃO

Muitos são os fatores que levam um indivíduo a perder o sono. Entretanto, é importante que saibamos o que podemos fazer, quando devemos buscar ajuda profissional e a necessidade de continuarmos buscando e meditando na Palavra, para que não sejamos vítimas do transtorno do sono (Jr 31.25-26).

 

Questionário

 

  1. O que vemos no Salmo 4.1?

R: O salmista se apresenta em um momento de grande angústia, talvez de desespero (Sl 4.1).

 

  1. O que o louvor entoado pelo salmista no Salmo 4 nos mostra?

R: Que tudo que fazemos para o Senhor tem como recompensa a alegria em nosso coração (Sl 4.7).

 

  1. Qual é a garantia de que não seremos abalados por terrores noturnos?

R: Estar debaixo da proteção do Senhor (Sl 91.5-6).

 

  1. O que o texto de l Samuel 16.14-23 nos mostra?

R: Um momento vivido por Saul após a unção de Davi (l Sm 16.14-23).

 

  1. Qual é a melhor sugestão para a insônia?

R: A leitura bíblica (Pv 3.24).

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 5

 

 

Vencendo o Desespero e o Medo

3 de fevereiro de 2019

 

 

Texto Áureo

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. Jo 14:27

 

Verdade Aplicada

Enquanto estivermos neste mundo, estamos sujeitos a vivenciar varias situações difíceis, porém sempre poderemos contar com o socorro de Deus.

 

Sl 46.1,2,10

1 - Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem-presente na angústia.

2 - Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares.

10 - Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre as nações; serei exaltado sobre a terra.

Pv 1.33

3 - Mas o que me der ouvidos habitará seguramente e estará descansado do temor do mal.

Is 35.4

4 - Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos e não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus; ele virá, e vos salvará.

 

INTRODUÇÃO

A síndrome do pânico tem assombrado a muitos e destruído outros. No entanto, não podemos nos esconder atrás dos medos que vem sobre nós, nos aprisionando em suas grades invisíveis, geradas por angustia e sentimentos.

 

  1. ORIGEM DO PÂNICO

A palavra “pânico” pode ser definida como aquilo que assusta, amedronta. Alguns cientistas definem o pânico como sendo “o medo do medo”. A ideia de pânico tem sua origem na mitologia grega (no grego, TIAVIKÓG) oriunda do deus grego Pá, que tinha sua aparência assustadora, com chifres e pés de bode, cuja diversão era assustar os pastores e rebanhos da Grécia Antiga. Nesta lição, falaremos de uma grave enfermidade da alma: a Síndrome do Pânico.

 

1.1. O que é a Síndrome do Pânico?

A Síndrome do Pânico afeta o indivíduo em sua totalidade, ou seja, no físico, no mental e no emocional. Esta síndrome se apresenta como um transtorno de ansiedade, que se da através de crises graves, que duram aproximadamente vinte a quarenta minutos e que não possuem nenhum motivo À Síndrome do Pânico difere das chamadas situações de pânico, que são mecanismos de defesa que disparam quando se está em momento de medo, como, por exemplo, um assalto. A Palavra de Deus nos mostra um momento em que os discípulos de Jesus estavam em pânico, quando da Sua morte (Jo 20.19), e Jesus aparece a eles e diz: “Paz seja convosco”. Seja qual for a situação, a paz de Cristo preenche a vazio causado pela ansiedade.

 

1.2. Sintomas perigosos

Um número cada vez maior de pessoas tem chegado às emergências dos hospitais com sintomas diversos, que se assemelham a problemas cardíacos como taquicardia, respiração acelerada e falta de ar, que são relacionados como os sintomas mais comuns no ataque de pânico. No entanto, existem outros sintomas que assustam tanto o individuo que sofre com eles, como também amigos e familiares. Sintomas como visão embaralhada, tremores, mãos e pés frios também têm sido vistos nas emergências dos hospitais.

 

1.3. Um mal que atinge a alma

A crise de Síndrome do Pânico é assustadora porque o indivíduo vive um momento de sensação de morte, grande maioria dos médicos a identifica como um transtorno psiquiátrico, entretanto é mais conhecida como síndrome. Os sintomas são característicos e se apresentam da mesma maneira em quem sofre com o transtorno entanto, o que mais preocupa é como as crises ocorrem. Os sintomas aparecem de maneira muito rápida, sem que nada os tenha motivado, geralmente não se tem conhecimento do motivo exato que tenha desencadeado tais sintomas. Muitos de nossos irmãos, apesar da certeza da proteção divina (Sl 33.18-19; 2Co 4.8-9), têm sofrido com esta enfermidade, o que torna mais difícil, para alguns, entenderem o porquê de servos fieis estarem vivendo um momento de pavor

 

  1. O QUE LEVA À SÍNDROME DO PÂNICO?

Muito se pergunta acerca do que leva uma pessoa a desenvolver os sintomas da Síndrome do Pânico, mas a ciência ainda não tem respostas conclusivas para isto.

 

2.1. Possíveis causas

Os fatores mais investigados em busca das causas que possam ser responsáveis pelo aparecimento da síndrome são as questões genéticas e traumas ocorridos na infância, e, também, a possibilidade de uma combinação dos dois. Embora os fatores genéticos sejam os mais prováveis, ainda existem outros que são apontados como possíveis causadores: uso de drogas, abuso infantil e, também, problemas ocorridos com a criança na hora do parto. Torna-se cada vez mais importante por parte dos líderes na igreja a observação de membros que apresentem tais sintomas, pois um acompanhamento espiritual certamente ira auxiliar no tratamento psicoterapêutico, ou até mesmo, caso necessário, psiquiátrico. O acompanhamento espiritual servirá para dar confiança nos piores momentos (Sl 27.1-5)

 

2.2. Doença não é sinônimo de pecado

É preciso cuidado ao lidar com a pessoa que está enfrentando uma doença da alma, para não associar automaticamente, a prática de peca do, pois isso só contribui para o agravamento do problema. Como servos de Deus, devemos fortalecer aquele que, por infelicidade, foi acometido pela doença, dando-lhe a certeza de que o nascido de Deus não anda na prática do pecado (1 Jo 5.18), e que e poderá sempre contar com a sua igreja e, principalmente, com Aquele que o criou e sempre o amou, colocando em seu coração a confiança no pleno acolhimento de Deus (SI 27.10),

 

2.3. O perigo da falta de tratamento

E natural no momento da crise o indivíduo sentir desejo de parar de fazer o que está fazendo, pois em sua maioria os que sofrem com a síndrome tendem a associarem a crise a atividade que estavam realizando na hora em que ela ocorreu. Na verdade, o que ocorre é exatamente o contrário, pois a crise coloca no individuo o desejo de parar: Deixar de trabalhar, de estudar e se afastar do convívio social é uma atitude presente, pois associam as crises a estes fatos. Muitos acabam, por falta de tratamento, desenvolvendo a chamada agorafobia, que é identificada como o medo de não poder fugir imediatamente para o espaço onde se sentem protegidos, que, no caso da maioria, é a sua própria casa. No entanto, para os que servem ao Senhor existe um alento a mais (SI. 91.1)

 

  1. TRATANDO A SÍNDROME DO PÂNICO

Quando se tem uma enfermidade, a maior dúvida é quanto ao melhor tratamento. No caso da Síndrome do Pânico, o tratamento conjugado é o mais eficaz. Medicamento e terapia associados alcançam um melhor resultado mais rapidamente.

 

3.1. A avaliação médica é necessária

O tratamento médico não será necessariamente longo. O médico é o profissional habilitado para avaliar melhor cada caso e adotar a conduta necessária para que se possa controlar os níveis de ansiedade que estão provocando os eventos de crise. E sempre bom lembrar que a leitura bíblica é o melhor componente nestas horas, nas quais precisamos de remédio (Sl 34.15,17)

 

3.2. A terapia é indispensável

Durante a busca pela cura, o tratamento terapêutico acaba por se tornar indispensável, visto ser de suma importância, pois pesquisas diversas já concluíram que, na maioria dos indivíduos que vivem com a Síndrome do Pânico, esta é apenas uma das questões a serem investigadas. Indivíduos que apresentam os sintomas relativos a síndrome geralmente sofrem com outras questões, que serão descobertas com o avanço do tratamento terapêutico. Este tratamento ira contribuir significativamente para a solução do problema, já que a síndrome, quando se apresenta, é vista apenas como a ponta de um iceberg. Quando busca respostas na terapia, o individuo toma conhecimento das suas enfermidades e pode apresentá-las. Aquele que sara todas as nossas enfermidades (SI 103.3).

 

3.3 A necessidade de uma conduta ideal

É importante ressaltar a necessidade de um procedimento de cuidado extensivo. Em um tratamento para a cura da Síndrome do Pânico é imprescindível que se avalie a conduta geral do individuo e eventos complicadores que podem estar presentes no cotidiano. Na medida do possível, os níveis de estresse devem ser controlados, a alimentação tem que ser a mais saudável possível, acompanhada de atividades físicas regulares, e principalmente, o controle para uma condução ideal da qualidade do sono. Tais atitudes irão favorecer e fazer uma grande diferença para que haja sucesso na recuperação e solução do problema. Durante o tratamento, a melhor experiência é desfrutar do amor de Deus, que lança fora todo o temor (1 Jo 4.18).

 

CONCLUSÃO

Infelizmente, os acontecimentos no mundo estão cada vez piores e têm levado muitos a uma condição de medo generalizado e outros a momentos de pânico incontrolável, mas o Senhor Deus nos dá a certeza de que n’Ele estamos seguros, pois Ele cuida de nós (Jo 16.33).

 

Questionário

 

  1. O que servirá para dar confiança nos piores momentos?

R: O acompanhamento espiritual (Sl 27.1-5).

 

  1. Quem não anda na prática do pecado?

R: Aquele que é nascido de Deus (1 Jo 5.18).

 

  1. O que existe para os que servem ao Senhor?

R: Um alento a mais (Sl 91.1).

 

  1. Quem sara todas as nossas enfermidades?

R: Deus (Sl 103.3).

 

  1. O que lança fora todo o temor?

R: O amor de Deus (1 Jo 4.18).

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 6

 

 

Enfrentando os traumas da vida

10 de fevereiro de 2019

 

 

Texto Áureo

"Invoquei o Senhor na angústia; o Senhor me ouviu, e me tirou para um lugar largo.", Sl 118.5

 

Verdade Aplicada

Após acontecimentos  intensamente traumáticos, precisamos permanecer confiando no amor e cuidado do Senhor para alcançarmos o necessário equilíbrio.

 

Sl 22.1,5,11,20-22

  1. Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?
  2. A ti clamaram e escaparam; em ti confiaram, e não foram confundidos.
  3. Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude.
  4. Livra a minha alma da espada, e a minha predileta da força do cão.
  5. Salva-me da boca do leão; sim, ouviste-me, das pontas dos bois selvagens.
  6. Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos um transtorno que, durante algum tempo, era visto como uma enfermidade que afetava apenas os veteranos de guerra:o Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT).

 

  1. VIVENDO COM O TEPT

Todos em algum momento da vida passam por uma situação de medo. Mas, em casos de TEPT, o medo toma conta da situação como se tivesse vida própria. Nessas circunstâncias, o medo dura mais tempo, atrapalhando a vida diariamente.

 

1.1. Como vive o portador do TEPT

A vida de quem sofre com o TEPT é muito difícil, pois são pessoas que vivem constantemente buscando adaptar suas rotinas. Os portadores desta enfermidade vivem a dúvida entre fugir ou lutar, é como se nunca pudessem se desligar. E isso é apenas o começo de uma trajetória triste, que irá durar bastante tempo, a qual a grande maioria das pessoas desconhece. Não é preciso ter participado de uma guerra para desenvolver o TEPT. Isto poderá acontecer após a pessoa viver ou testemunhar o acontecimento traumático de violência, agressão sexual ou morte de algum indivíduo. Estatísticas sugerem que 50% das mulheres e 60% dos homens irão vivenciar algum tipo de evento traumático ao longo de suas vidas.

 

1.2. O perigo do suicídio

O TEPT pode se manifestar como agudo, isto é, de curto tempo, ou como crônico, que poderá afligir o indivíduo por um longo prazo. O que deve ser observado e promover o aumento do cuidado com o portador desta enfermidade é o grande índice de tendência suicida que se apresenta durante a ação da doença. Caso exista na igreja ou em algum grupo do qual façamos parte, alguém que apresente os sintomas do TEPT, é imprescindível que se procure ajuda para que não haja risco de tentativa de suicídio. Ao escrever o Salmo 33, Davi louva a Deus pelo livramento milagroso de um grande problema. A certeza do cuidado de Deus em nossas vidas é a razão para não desistirmos (Sl 33.20-22).

 

1.3. TEPT, uma realidade comum

Por falta de conhecimento, muitos pensam que o TEPT não é um problema comum. Isto não é verdade, pois uma parcela significativa da população é atingida anualmente por esta síndrome. Dados estatísticos comprovam que pelo menos 8% da população será atingida pelo TEPT em algum momento de suas vidas. O aumento da violência contribui para que ocorra eventos traumatizantes, que podem elevar estes números. Por isso, é necessário estar atento e evitar se expor a eventos de risco. Porém, não só eventos violentos podem ser responsabilizados pelo aparecimento do TEPT. Problemas como doenças cardiovasculares e o sentimento de culpa podem funcionar como agravantes no aparecimento da síndrome pós-traumática (Sl 51.1).

 

  1. O TEPT NÃO É BRINCADEIRA

Infelizmente, pessoas agem de forma jocosa em relação ao TEPT. Este comportamento é bastante irresponsável, pois irá produzir uma percepção equivocada acerca de algo realmente sério.

 

2.1. Identificando o melhor Tratamento.

As doenças relacionadas com a mente nunca se apresentam da mesma maneira em todas as pessoas. Cada um reage de forma diferente a uma mesma enfermidade. Assim, cada um deve procurar os medicamentos e terapias necessários para que possa descobrir qual irá funcionar melhor. A mente transita pelo cérebro , um órgão muito importante do corpo, logo doenças relacionadas a ela devem ser tratadas com igual importância. Quando se fala de enfermidades que envolvem as emoções, muitos dizem: Não preciso de terapia, Deus cura tudo, mas isso não significa que não devemos pedir ajuda de um profissional da área.

 

 

2.2. A enfermidade não incapacita

É preciso ficar claro que uma pessoa que está sofrendo com a síndrome pós-traumática não é alguém incapaz de realizar as suas tarefas diariamente. Não devem ser medidas pelo trauma vivido e nem pelo momento difícil que estão vivendo. As atividades desenvolvidas na igreja devem ser mantidas, pois ajudam a manter o irmão ou irmã ocupados com a obra de Deus, o que servirá como apoio no tratamento, que não pode deixar de ser procurado. Muitos ainda associam as enfermidades da alma com atuação demoníaca e isto acaba por dificultar e muito a vida de quem sofre com algum mal deste tipo na igreja. A igreja deve se empenhar em promover meios de esclarecimento sobre o assunto (1Co 12.25).

 

2.3. Olhando o TEPT com Seriedade.

Como na maioria das doenças da alma, o TEPT também tem sua origem em situações alheias a nossa vontade. Não podemos viver afastados dos acontecimentos, numa tentativa de nos protegermos de possíveis situações que poderão ocasionar o trauma. Muitas pessoas que sofrem com o stresse pós-traumático se tornaram vulneráveis por causa de acontecimentos e traumas que sofreram na infância e adolescência. Violência doméstica, bullying ou dificuldade de aprendizado, muitas vezes provocado pelo TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) se tornam complicadores para o desenvolvimento do TEPT. Mais uma vez a igreja pode e deve funcionar como agente de equilíbrio para monitorar na tentativa de evitar ou, pelo menos, diminuir a incidência destes casos.

 

 

  1. NEM TODO TRAUMA LEVA AO TEPT

A identificação de um evento traumático que tenha ocorrido, causando ameaça ao indivíduo ou a uma pessoa querida, onde o mesmo se viu impotente em esboçar uma reação, pode ser visto como um alerta do quadro do transtorno pós-traumático. Entretanto, é bom que fique claro que nem todos que passam por um momento traumático irão desenvolver o TEPT.

 

3.1. Confirmando o TEPT.

Para que se possa afirmar que alguém está vivendo com o TEPT, alguns pontos importantes devem ser observados. É preciso ter certeza se algum evento traumático que pudesse causar algum dano à integridade física, própria ou de outrem, que provoque medo ou angústia, tenha sido experimentado, como, comportamento de insensibilidade afetiva, hipervigilância e a experiência persistente de reviver o evento. Também é preciso verificar se estes acontecimentos estão causando danos ao convívio social e ocupacional do indivíduo. A certeza do amor de Cristo ameniza qualquer sentimento de medo (Rm 8.35, 37).

 

3.2. Alterações provocadas pelo TEPT.

O surgimento do TEPT também irá provocar alterações nos marcadores biológicos e a observação desses marcadores poderá auxiliar no diagnóstico de TEPT. As dosagens de cortisol, conhecido como hormônio do estresse, bem como o da hipófise, da tireoide e os hormônios sexuais, devem ser verificadas, pois em portadores podem estar alteradas. Com acompanhamento médico, outros exames poderão ser solicitados, entre eles a polissonografia, que poderá revelar as possíveis consequências do estresse pós-traumático no sono. É sempre bom a presentar ao indivíduo opções de lazer e atividades alternativas às diárias desenvolvidas por ele. A contribuição da igreja é uma boa opção para alterar a rotina do indivíduo, pois Deus nunca desamparou aos que clamaram por Ele em momentos de aflição (Sl 107.28).

 

3.3. Práticas para diminuir os Sintomas.

Outras práticas podem ser adotadas visando a diminuição dos efeitos causados pelo TEPT na vida pessoal. Podemos ressaltar uma busca pela melhoria da qualidade de vida, que inclui: prática de exercícios físicos, psicoterapia, dieta saudável e equilibrada. Não se deve esquecer o fortalecimento da comunhão com Deus, através da meditação diária na sua Palavra (SI 9.10; 119.10), que funciona como contraponto ao materialismo excessivo vivido atualmente.

 

 

CONCLUSÃO

Cada membro do Corpo de Cristo precisa ter consciência da importância de assumir a responsabilidade de amar, estar atento e cuidar do outro. O Espírito Santo nos concede a capacitação necessária para sermos fonte de bênçãos na vida do próximo (Rm 15.1; Gl 6.2).

 

Questionário

 

  1. Qual é a razão para não desistirmos?

R: A certeza do cuidado de Deus em nossas vidas (Sl 33.20-22).

 

  1. Quais problemas podem funcionar como agravantes no aparecimento do TEPT?

R: Doenças cardiovasculares e o sentimento de culpa (Sl 51.1).

 

  1. O que a certeza do amor de Cristo ameniza?

R: Qualquer sentimento de medo (Rm 8.35,37).

 

  1. A Quem devemos clamar em momentos de aflição?

R: A Deus (Sl 107.28).

 

  1. Como podemos fortalecer a comunhão com Deus?

R: Através da medicação diária na Sua Palavra (Sl 9.10; 119.10).

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 7

 

 

Reconhecer e Lidar com Casos de Bipolaridade

17 de fevereiro de 2019

 

 

Texto Áureo

"Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e acho a ciência dos conselhos.” Pv 8.12

 

Verdade Aplicada

A perseverante prática da comunhão entre os discípulos de Cristo é um importante auxílio no cuidado de quem sofre com a bipolaridade.

 

Salmo 42.1,2,5,6

 

 

1 – Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus !

2 – A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus ?

5 – Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim ? Espera em Deus, pois ainda o louvarei na salvação da sua presença.6 – Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; portanto, lembro-me a ti desde a terra do Jordão, e desde os hermonitas, desde o pequeno monte.

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos acerca de um transtorno de humor que tem causado muita confusão na cabeça das pessoas, devido à dificuldade de convivência com indivíduos que sofrem com o Transtorno Bipolar.

 

  1. CONHECENDO O QUE É A BIPOLARIDADEO Transtorno Bipolar, conhecido como transtorno maníaco-depressivo, também é chamado de transtorno de humor. O bipolar apresenta um comportamento no qual as variações de humor ocorrem com episódios de bom humor, tristeza e irritabilidade. Na fase maníaca, o indivíduo está muito feliz e com ânimo elevado. Na depressiva, muito triste.

1.1. Como se apresenta a bipolaridade.

Em alguns casos, as fases maníacas ou hipomaníaca podem se sobrepor à depressiva, provocando o que chamamos de estado misto... Quando o indivíduo apresenta um quadro de inquietação, que é associado à mania ou hipomania, e de falta de interesse ou de prazer associado à depressão, ele desenvolve um quadro de angústia, que é um sintoma do estado misto. Porém, nem sempre o surgimento destes sintomas é um sinal de bipolaridade. Somente o profissional adequado pode fazer um diagnóstico correto. Em momentos de angústia devemos buscar paz em Deus, que é bom e uma fortaleza no dia da angústia (Na 1.7).

 

1.2. Tipo de Bipolaridade.

As oscilações do humor são a principal característica da bipolaridade. Ela ocorre através de fases que vão da euforia excessiva, que são manifestações de alegria intensa, a estados de melancolia e forte depressão, que podem produzir pensamentos destrutivos. A bipolaridade ainda pode ser classificada como: Tipo 1. - quando o indivíduo sofre com episódios maníacos e períodos de depressão profunda;

Tipo 2 - quando as fases depressivas se intercalam com episódios maníacos menos intensos, ou seja, hipomania. Há ainda a ciclotimia, uma forma disfarçada de transtorno bipolar, já que as oscilações ocorrem entre a hipomania e uma forma de depressão leve. A ciclotimia, às vezes, é confundida com depressão.

 

1.3. Ajudando nossos Irmãos.As oscilações de humor próprias dos sintomas da bipolaridade também estão presentes em membros da igreja. Há irmãos que sofrem sem saber a causa, que pode ser algum desvio de conduta cristã ou enfermidade. Um acompanhamento correto (eclesiástico e médico) será de grande valia na avaliação do caso, o que irá salvar o servo de Deus da angústia produzida pela falta de conhecimento do problema. É preciso estar alerta quando o discípulo de Cristo não desfruta da alegria de servir a Deus (SI 42.1-6).

 

 

  1. IDENTIFICANDO CARACTERÍSTICAS

Algumas características são observadas e devem ser investigadas, para que não haja maiores complicações no desenvolvimento da enfermidade. Veremos neste tópico algumas delas e como devemos agir para controlar a bipolaridade, sem causar uma grande perda para o portador deste mal.

 

2.1. Dificuldade de se Concentrar.

Durante o aparecimento da enfermidade, o indivíduo tem uma grande dificuldade de se concentrar na realização de atividades normais, como também tomar decisões. A dificuldade de memorização passa a ser um complicador a mais para que ele possa ser útil em algumas situações. A observação destes eventos deve servir como um alerta para uma investigação apropriada, com o intuito de confirmar o diagnóstico da bipolaridade. A palavra de Deus nos orienta a sermos simples e prudentes (Mt 10.16). Logo, devemos investigar, para que a enfermidade não evolua, aumentando assim as dificuldades.

 

2.2. Niveis de Energias Alterados.

As alterações do nível de energia no portador da bipolaridade são muito severas e isto torna muito fácil a identificação do problema. Quem sofre com o transtorno bipolar poderá apresentar em um dia no qual estiver na fase maníaca ou hipomaníaca um nível elevadíssimo de energia, apresentando disposição para realização de diversas tarefas. No entanto, quando estiver em um dia de fase depressiva, o nível de desânimo será impressionantemente excessivo para o desenvolvimento de qualquer atividade. Temos que ficar atentos ao perigo existente na fase depressiva, na qual o indivíduo apresenta pensamentos destrutivos, considerando, inclusive, o suicídio como uma opção. Esta possibilidade torna imprescindível o acompanhamento profissional adequado e constante deste indivíduo.

 

 

2.3. Apetite Irregular.

Outra característica da bipolaridade é a alteração do apetite.

Na fase maníaca, alguns indivíduos podem desenvolver um comportamento compulsivo por alimentos, ou ainda por bebidas alcoólicas e outras drogas. Na fase depressiva, o comportamento muda para queda no apetite, ocasionando uma perda excessiva de peso. Entretanto, esta regra não se aplica a todos portadores do transtorno, pois o sintomas podem aparecer invertidos em outros indivíduos, nos quais a perda de apetite ocorre na fase depressiva, por conta do desenvolvimento da compulsão alimentar. Por isso, a relevância de buscarmos na Palavra de Deus e no Espírito Santo a sabedoria e a prudência necessária para a observação dos comportamentos dos indivíduos, bem como motivar e conduzir ao tratamento médico necessário (Pv 8.12);

 

  1. Similaridade de Sintomas

Uma das grandes dificuldades de se diagnosticar precisamente uma enfermidade da alma é exatamente a similaridade encontrada nos sintomas. Quase sempre se apresentam de forma parecida em mais de uma enfermidade.

 

3.1 Perda de horas de Sono.

Na bipolaridade, o indivíduo na fase maníaca passa a sofrer com a perda de horas de sono, desenvolvendo um quadro de insônia. Tal acontecimento ocorre provocado pelos constantes episódios de euforia e agitação, comuns ao aparecimento da bipolaridade, o que pode formar uma impressão errada sobre a enfermidade. Isso é mais um motivo para se procurar um profissional qualificado para o diagnóstico preciso. É preciso estar atento, pois na fase maníaca o indivíduo resiste ao tratamento, alegando não estar doente.

 

3.2 Episódio depressivo.

A bipolaridade é conhecida pela alternância do humor. Já vimos que na fase maníaca há uma perda de horas de sono. Logo é importante observar que no período depressivo o portador da bipolaridade vai experimentar uma sensação de esgotamento e desânimo profundos, passando a dormir mais do que o normal.

A sensação de falência física e mental surge mais acentuada, pois são próprias do quadro de depressão. O profeta Elias, após experimentar uma grande vitória (1 Rs 18.37-40), viveu esta experiência de falência física e mental e prostrou-se embaixo de um zímbro (1 Rs 19.4-6).

 

3.3 Doença não é desvio Caráter.

A bipolaridade também é responsável por alterações severas na libido.

Caso isso ocorra em sua fase maníaca, o indivíduo irá apresentar um desejo demasiado em ter relações sexuais. Mudança na maneira de se vestir e de se maquiar devem ser observadas, pois acontecem com o objetivo de se fazer mais sensual.

Nesta fase o indivíduo pode desejar buscar diversos parceiros. Já na fase depressiva o comportamento pode ser oposto, apresentando total falta de prazer e interesse em ter relações sexuais.

A enfermidade não pode ser usada como pretexto para desvio de caráter, pois tal comportamento é condenado pela Palavra e punido como pecado (Ap 22.15).

 

CONCLUSÃO

A igreja de Cristo não pode agir como se tivesse medo de pessoas com Transtorno Bipolar ou maníaco-depressivo, mas deve aprender a lidar com estes irmãos, enfatizando a importância do amor de Deus em cada discípulo de Cristo, expresso em comunhão, cuidado e atenção de uns para com os outros, promovendo, assim, um ambiente de inclusão e acolhimento, que muito contribuirá no tratamento médico-terapêutico.

 

Questionário

 

  1. Por que em momentos de angústia devemos buscar paz em Deus?R. Porque Ele é bom e uma fortaleza no dia da angústia (Na 1.7)

 

  1. Quando é preciso estar alerta?R. Quando o discípulo de Cristo não desfruta da alegria de servir a Deus (Sl 42.1-6)

 

  1. O que a Palavra de Deus nos orienta?R. A sermos simples e prudentes (Mt 10.16)

 

  1. Qual profeta viveu a experiência de falência física e mental?R. Elias (1 Rs 19.4-6).

 

  1. O que não pode ser usada como pretexto para desvio de caráter?R.

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 8

 

 

Lidando com a instabilidade e hipersensibilidade generalizada

24 de fevereiro de 2019

 

 

Texto Áureo

"Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei.

E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração.", Jr 29.12,13

 

Verdade Aplicada

Um ambiente repleto de oração, adoração e amor fraternal muito contribui para produzir equilíbrio na vida do discípulo de Cristo.

 

1 Samuel 25.10-11, 37-38

  1. E Nabal respondeu aos criados de Davi, e disse: Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos servos há hoje, que fogem ao seu senhor.
  2. Tomaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores, e o daria a homens que eu não sei donde vêm?
  3. Sucedeu, pois, que pela manhã, estando Nabal já livre do vinho, sua mulher lhe deu a entender aquelas coisas; e se amorteceu o seu coração, e ficou ele como pedra.
  4. E aconteceu que, passados quase dez dias, feriu o Senhor a Nabal, e este morreu.

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos o transtorno de personalidade Borderline (BDL). Assim como a bipolaridade, o BDL apresenta alterações que confundem as pessoas e os indivíduos que sofrem com essa enfermidade.

 

  1. BORDERLINE E BIPOLARIDADE

Como vimos a bipolaridade é um transtorno de humor, já o BDL é um transtorno de personalidade. Os dois distúrbios apresentam alterações de humor e muita dificuldade com o controle dos impulsos. A semelhança dos sintomas torna o diagnóstico inicial muito complexo, podendo confundir até mesmo especialistas. Em algumas situações, pode ser ainda pior, pois o indivíduo pode apresentar os dois transtornos.

 

1.1. As semelhanças entre Borderline e Bipolaridade

No estudo do BDL, temos que apresentar as semelhanças de sintomas com a bipolaridade. Na bipolaridade o humor se alterna em um período de dias, semanas ou meses, já no Borderline a variação de humor ocorre em espaços curtos de tempo: segundos, minutos ou no máximo algumas horas. Quem sofre com episódios de imprevisibilidade de humor ou tem alguém próximo que apresente este comportamento deve buscar motivar a pessoa a não abrir mão do recurso de uma consulta com um profissional de saúde, além de apresentar a Deus em oração. Quando o indivíduo possui dificuldades em lidar com as enfermidades da alma, deve se lembrar das promessas do Senhor, pois elas consolam e dão vida (Sl 119.49-50)

 

1.2. As dificuldades de gerenciar a autoimagem

Portadores do BDL sofrem com um padrão de personalidade e comportamento alterado, que envolve relacionamentos e dificuldade de gerenciar  a autoimagem. O transtorno é identificado pela instabilidade em vários aspectos e não apenas no humor. O BDL apresenta traços permanentes na personalidade, os quais se mostram como um padrão de comportamento contínuo, onde os altos e baixos se apresentam em níveis extremos e incontroláveis. A falta de um acompanhamento pode acarretar num afastamento da comunhão com Deus, dificultando ainda mais a busca por equilíbrio. A comunhão fortalece a confiança no Criador, o que corrobora para o bom resultado do tratamento (Jr 17.7).

 

1.3. Lidando com os portadores do BDL

Lidar com portadores do BDL não é uma tarefa muito fácil. A observação do comportamento deve ser feita de maneira cautelosa, para que não cause constrangimento. A primeira atitude deve ser o cuidado para não se tomar um posição preconceituosa. A função da Igreja é adotar sempre uma posição agregadora, nunca excludente, lembrando que Deus não faz acepção de pessoas (Rm 2.11). O fato de um indivíduo sofrer com uma enfermidade da alma não irá afastá-lo da salvação de Deus. Sendo assim, cabe à Igreja pregar o Evangelho, discipular, mostrar meios de tratamentos para que o indivíduo se mantenha equilibrado, pois assim poderá entender a mensagem de Cristo e desfrutar da vida abundante em Cristo (Jo 10.10).

 

  1. IMPRUDÊNCIA CAUSADA PELO BORDERLINE

Pessoas com BDL têm dificuldades em controlar os pensamentos e administrar os sentimentos. O seu comportamento impulsivo é gerado por diversos sintomas, que as tornam imprudentes.

 

2.1. Gerenciamento de sentimentos

A baixa autoestima é uma característica do BDL. Em sua busca de estabelecer relacionamentos, se utilizam de esforços exagerados na tentativa de não se sentirem abandonados. O histórico desses indivíduos quase sempre é acompanhado por episódios de relacionamentos intensos, mas, na maioria das vezes, instáveis. Quando estivermos próximos de portadores de Borderline, devemos mostrar a disponibilidade de Deus em atender aos que investem em um relacionamento íntimo com Ele. Isaías 65.24 nos dá a nítida noção de como o Senhor trata os Seus, atendendo-os mesmo antes de clamarem. Esta segurança produzida pela comunhão com Deus fortalece e auxilia no gerenciamento dos sentimentos

 

2.2. Borderline: uma batalha diária

O portador de BDL vive em constante batalha. O seu dia é permeado por momentos de alteração de humor, envolvendo raiva e depressão.Tais alterações quase sempre ocorrem em decorrência de relacionamentos e eventos estressantes. O apóstolo Paulo orienta que, sempre que for possível, devemos buscar viver em paz com todos (Rm 12.18). Entretanto para quem sofre com esta enfermidade, isso passa a ser uma dificuldade maior do que para quem consegue gerenciar seus sentimentos. O sentimento de vazio produzido pelo transtorno é angustiante e potencializa outro sintoma, o medo do abandono. Quando conhece a Cristo, mesmo sofrendo com o BDL, o indivíduo se sente valorizado pelo fato de saber que é morada de Deus (Ef 2.22).

 

2.3. A paranoia agravada

O comportamento imprudente e compulsivo é comum ao portador de BDL. Problemas que geram raiva e emoções desagradáveis são acompanhados por eventos de paranoia, que se apresenta na forma de ciúmes e mania de perseguição. O componente espiritual presente nas igrejas pode acelerar processos de crise, já que o indivíduo, devido à enfermidade, começa a espiritualizar os eventos, culpando, de maneira desequilibrada, outros de serem instrumentos do inimigo que querem destruí-lo. A igreja tem que se posicionar e mostrar ao que se sente perseguido que, através da fé, ele está protegido das ações de Satanás (Ef 6.16) Também deve mostrar a necessidade do tratamento médico terapêutico, que irá ajudá-lo a ter equilíbrio e uma boa qualidade de vida. 

 

  1. Conhecendo a enfermidade

 

 

Apesar das semelhanças com a bipolaridade, no borderline a influência do componente genético para o desenvolvimento do transtorno é menos observada. Os eventos do cotidiano que servem de gatilho para a bipolaridade serão mais efetivos pela fragilidade genética.

 

3.1 A necessidade de uma família sadia

A convivência com portadores de BDL é extremamente complicada. Na maioria das vezes, o tratamento terapêutico deve atingir também os familiares. A terapia conjugal e familiar é uma opção a ser avaliada com cuidado e atenção, pois os familiares tem uma grande dificuldade de entender nos sintomas. A instabilidade constante do portador gera bastante conflitos.

 

3.2 A eficácia de uma Igreja preparada

A Igreja de Cristo ao longo dos anos tem se adequado e aprendido a lidar com as enfermidades da alma. A cada dia que passa muitos irmãos têm buscado conhecimento e formação em psicologia, psicanálise e terapia ocupacional, facilitando o entendimento de casos existentes dentro da comunidade da qual fazem parte. O número de profissionais médicos também tem crescido entre os evangélicos, facilitando assim o tratamento médico terapêutico fornecido por quem tem a mesma confissão religiosa.

 

 

3.3 Cuidando para evitar tragédias

O maior perigo encontrado em indivíduos que sofrem com o BDL é o risco de automutilação e a tendência suicida. Em casos nos quais estas possibilidades sejam reais, é necessário a procura de um profissional o mais rápido possível. Em casos de Bordeline, o tratamento inicial se dá através de psicoterapia, pois a avaliação médica é imprescindível. A instabilidade causada pelo transtorno gera uma grande angústia, tirando a paz. Nesse momento a Igreja pode contribuir ao apresentar a paz de Cristo como remédio que promove o equilíbrio (Jo 14.27).

 

CONCLUSÃO

É muito importante que, no local onde o Corpo de Cristo se reúne, as pessoas tenham consciência de que podem participar do culto ativamente, independente dos diversos males que nos acometem enquanto estamos neste mundo, pois, por intermédio de Cristo, temos acesso a Deus e podemos, com segurança, falar de nossas dores, sofrimentos e aflições, pois Ele cuida de nós (Fp 4.6-7; 1 Pe 5.7).

 

Questionário

 

  1. Quando o indivíduo possui dificuldades em lidar com as enfermidades da alma, o que deve fazer?
  2. Deve se lembrar das promessas do Senhor, pois elas consolam e dão vida (Sl 119.49-50)

 

  1. O que fortalece a confiança no Criador?
  2. A comunhão (Jr 17.7)

 

  1. Quem não faz acepção de pessoas?
  2. Deus (Rm 2.11)

 

  1. O que o apóstolo Paulo nos orienta?
  2. Que sempre que for possível, devemos buscar viver em paz com todos (Rm 12.18).

 

  1. Qual é o remédio que promove o equilíbrio?
  2. A paz com Cristo (Jo 14.27).

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 9

 

 

Conhecendo a distimia para ajudar os que estão sofrendo

03 de março de 2019

 

 

Texto Áureo

"Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera.", Efésios 3:20

 

Verdade Aplicada

A oração, a Palavra de Deus e a comunhão cristã são ferramentas poderosas para enfrentar as enfermidades da alma.

 

Romanos 12:9-15

  1. O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.
  2. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
  3. Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;
  4. Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;
  5. Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade;
  6. Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram;

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, falaremos sobre a distimia, também conhecida como Transtorno Depressivo Persistente (TDP), que se apresenta como uma depressão leve, mas de longa duração.

 

  1. IDENTIFICANDO A DISTIMIA

Nesta lição, identificaremos algumas características da distimia ou Transtorno Depressivo Persistente (TDP). Quando existe reclamação por parte do indivíduo, ou observação feita por outras pessoas, acerca de uma condição de humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias ou em um período de pelo menos dois anos pode significar que o mesmo está sofrendo com a distimia. Entretanto, isso só pode ser afirmado se for observado por um profissional qualificado.

 

1.1. O que confunde o diagnóstico

Alguns indivíduos que são identificados como pessoas tristes podem na verdade estar sofrendo com a distimia. Existem alguns sintomas que podem levar a este tipo de confusão geralmente feita por leigos. Tais observações ocorrem pelo fato de não serem diagnosticadas por profissionais qualificados. Sintomas como falta de concentração, perda de apetite, falta de esperança, abaixamento de energia, entre outros, passam a serem encarados como um traço da personalidade do indivíduo. Embora na igreja a grande maioria seja leiga quanto ao assunto é preciso que estejamos atentos aos irmãos que sejam identificados com este comportamento persistente. Se colocarmos em prática a Palavra de Deus, certamente ajudaremos na identificação e no tratamento (Rm 12.9-10, 13, 15).

 

1.2. O que pode levar ao TDP?

Existem vários fatores que podem levar alguém a entrar em um processo depressivo. O trauma provocado por uma enfermidade na família pode ocasionar mudanças de comportamento que às vezes não são percebidos. Pessoas com depressão persistente podem agir de maneira surpreendente. A Bíblia relata a história de uma mulher que agiu de forma extravagante. O seu desespero ao ver a condição irreversível de sua filha a levou a confrontar o Mestre. A mulher siro-fenícia estava vivendo há muito com um sentimento de tristeza profundo, que pode sugerir um episódio de distimia. Em um rompante, correu até Jesus, a solução para o problema que assolava sua filha (Mc 7.24-30).

 

1.3. A importância do conhecimento

O fato de a distimia provocar uma condição de humor deprimido persistente, muitas vezes leva o individuo e quem está próximo a entender que se trata de um traço negativo da personalidade. Esse entendimento às vezes, irá acarretar na falta de tratamento. E preciso compreender que comportamentos inadequados devem sempre ser investigados. A Igreja tem o dever de sempre buscar informação para saber agir com diligência em todas as situações. Como discípulos de Cristo, é importante buscarmos continuamente informações e esclarecimentos acerca de todas as áreas da vida, pois contribuirá na ajuda mútua.

 

  1. TRAÇOS DA DEPRESSÃO PERSISTENTE LEVE

A distimia tem uma grande semelhança com outros tipos de depressão. No entanto, embora o distímico sofra com sintomas que dificultem a realização de suas tarefas diárias, ele não perde a sua funcionalidade como ocorre na depressão maior. A maior dificuldade enfrentada é o absentismo escolar e laboral. Muitos distímicos se esforçam para cumprirem suas tarefas e não viverem na dependência dos outros (II Ts 3.10-12).

 

2.1. A dificuldade de convivência

A característica mais observada em quem sofre com a distimia é o negativismo, que é uma tendência para negação sistemática de ideias e solicitações. A convivência com o distímico acaba se tornando difícil pelo fato de o mesmo ver tudo pelo lado ruim. O seu comportamento quase sempre e irritadiço, vive reclamando de tudo e de todos; é o mal-humorado "persistente”. O tratamento médico terapêutico é indispensável para melhora, mas a Igreja pode ajudar na evolução da mudança do comportamento do individuo, apresentando-lhe o melhor de Deus para sua vida, pois só Ele é capaz de fazer além do que necessitamos, segundo o poder que em nós opera (Ef. 3.20).

 

2.2. Confundindo distímico com profeta

Os portadores do TDP tendem a ter uma visão distorcida da realidade. Eles acreditam que são capazes de saber o que os outros pensam e de saber os acontecimentos subjacentes de uma dinâmica social ou ainda antever o futuro. No meio da igreja, isto pode levar alguns a vê-los como profetas ou portadores dos dons de curar. O que leva muitos a segui-los é o fato de acharem que os distímicos conseguem perceber situações de hostilidade, ou seja, se existe alguém que os está perseguindo. Atualmente, muitas igrejas têm sofrido com tais situações, pois muitos enfrentam a quebra de boas relações causadas pelos seus julgamentos distorcidos contínuos, que nada mais são do que resultados de seus sentimentos anormais. Devemos observar tais situações com cuidado, pois a dissensão é obra da carne (Gl 5.20), bem como lembrar da importância do discernimento espiritual (1Co 12.10; Hb 5.14).

 

2.3. Distimia na criança e no adolescente

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM5, a distimia também ocorre em crianças e adolescentes. Nestes indivíduos, “o humor pode ser irritável, com duração mínima de um ano". O período de prevalência dos sintomas, na maioria dos casos, é de doze meses, não chega a dois anos. Pesquisas apontam que o TDP atinge cerca de três vezes mais as mulheres, com o surgimento dos primeiros sintomas ainda na adolescência, podendo ocorrer na infância. Em algumas situações os primeiros sintomas podem aparecer na fase adulta ou até na terceira idade.

 

  1. CONVIVENDO COM O TDP

Conviver com a distimia é extremamente difícil. O mau humor contínuo, a falta de vontade de viver e os pensamentos negativos constantes tornam o dia a dia insuportável. Porém, com um tratamento adequado, a melhora será alcançada.

 

3,1. Posicionando-se no tratamento

O posicionamento que o distímico irá tomar durante o tratamento é de suma importância. Agregar novas atividades e, sobretudo, procurar aumentar a sua frequência nos cultos com alegria (Sl 122. 1), servirá para melhora das emoções, pois a vida em sociedade ajuda muito nos episódios depressivos. Na igreja local é importante que cada membro tenha consciência da responsabilidade de cuidar e servir uns aos outros, demonstrando vívido interesse, ajudando na busca pelo equilíbrio e tratamento (Rm 15.1-2),

 

3.2. A importância da saúde física

O portador de TDP precisa de tratamento para a saúde mental, mas é importante também valorizar o corpo e a saúde física. Muitas pessoas com distimia tiveram os seus primeiros sintomas causados por um gatilho disparado quando da descoberta de alguma doença. E necessário ter o hábito de realizar exercícios, como também uma boa alimentação. Indivíduos portadores deste transtorno certamente farão uso de medicamentos durante o tratamento, logo o uso de álcool é terminantemente proibido.

 

3.3. Ajudando o portador de distimia

E muito triste descobrir que alguém que amamos está sofrendo com este transtorno. Ficamos como que atordoados, comum profundo sentimento de impotência, principalmente quando a pessoa que está doente se recusa a reconhecer e que precisa de ajuda profissional. Neste momento, devemos incentivá-la a procurar tratamento inspirá-la a ter posicionamentos positivos, ajudá-la nas suas recaídas e, principalmente, mantê-la ativa. Lembre-se que o servo fiel nunca será impotente, sempre poderá ajudar, pois tem em Cristo a força necessária para realização de todas as coisas (Fp 4.1:3)

 

CONCLUSÃO

A distimia é um tipo comum de depressão leve e persistente, e como enfermidade precisa ser tratada com medicamentos e auxílio psicoterapêuticos. Mas, a Igreja possui meios para fortalecer o ânimo necessário. A oração e o contato contínuo com a Palavra irão cooperar para manter o distímico equilibrado.

 

Questionário

 

  1. Como podemos ajudar na identificação e no tratamento do TDP?
  2. Colocando em prática a Palavra de Deus (Rm 12.9-10, 13,15).

 

  1. Por que a mulher siro-fenícia correu até Jesus?
  2. Porque ela creu que Jesus era a solução para o problema que assolava a sua filha (Mc 7.24-30)

 

  1. Quem é capaz de fazer além do que necessitamos?
  2. Deus (Ef 3.20)

 

  1. Segundo a lição, o que é dissensão?
  2. Obra da carne (Gl 5.20).

 

  1. Em quem temos a força necessária para realização de todas as coisas?
  2. Em Cristo (Fp 4.13).

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 10

 

 

Como ajudar os que sofrem com o narcisismo

10 de março de 2019

 

 

Texto Áureo

"Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.", Fp 2.3

 

Verdade Aplicada

No enfrentamento da tendência egocentrista do ser humano, é importante conhecermos o que a Palavra de Deus revela sobre a origem do ser humano, sua condição e o plano divino de redenção.

 

2 Tm 3.1-5

  1. Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
  2. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
  3. Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
  4. Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
  5. Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

 

INTRODUÇÃO

O transtorno de personalidade Narcisista é caracterizado por um padrão difuso de grandiosidade, uma necessidade extrema de admiração e falta de empatia. O TPN está presente em vários ambientes e contextos.

 

  1. TPN E SEUS SINTOMAS

Atualmente, temos visto muitos irmãos com sintomas do TPN. Nesta lição, vamos listá-los para que possamos saber quais atitudes tomar com objetivo de ajudá-los a se cuidarem e melhorarem o seu comportamento.

 

1.1. Fatores que levam ao TPN

A primeira observação a ser feita no TPN é que este transtorno é mais comum em homens. A sua origem é desconhecida, mas pesquisadores entendem que uma combinação de fatores ambientais, associados a componentes genéticos, sejam os principais causadores do aparecimento da enfermidade. A Bíblia nos fala da existência de homens amantes de si mesmos e do infortúnio causado por tais características (2Tm 3.2), que geralmente surgem no começo da vida adulta.

 

1.2. Humildade, uma arma contra o TPN

Portadores de TPN buscam para si adoração. Exageram ao apresentarem suas conquistas e talentos. Esperam serem admirados e reconhecidos, mesmo que tais conquistas e talentos não sejam tão importantes. Uma característica observada com frequência é a fantasia com o poder e a visibilidade aumentada pela ideia de beleza e amor ideal. Quando olhamos para a Palavra de Deus, descobrimos que o homem deve ter uma postura de humildade, consciência de suas fraquezas e sempre atribuir ao Senhor Deus toda a sua capacidade. O próprio Senhor Jesus Cristo, em Seu ministério terreno, reconheceu que sozinho não pode fazer nada e que todos os Seus feitos só eram possíveis pela capacitação de Seu Pai (Jo 5.19).

 

1.3. O Engano do Orgulho.

A falta de empatia existente naquele que apresenta os sintomas de TPN é extremamente grave, pois tal indivíduo não consegue se identificar com outro e nem aceitar que a sua posição seja igual à deste. Ao se sentir único, o narcisista torna-se alguém com comportamento de difícil relacionamento, pois sempre diminui e ofende os que estão próximos, principalmente se forem dependentes ou subalternos. Tal posicionamento ocorre na tentativa de provar que é superior, mas na verdade está sofrendo com uma enfermidade da alma. O orgulho talvez seja a maior forma de expressão deste transtorno, mas, se olharmos para a Palavra, descobriremos que em nada podemos ser orgulhosos e se assim pensamos estamos nos enganando (Gl 6.3).

 

  1. CONVIVENDO COM O TPN

A convivência com o transtorno dificulta o indivíduo de enxergar que é uma simples criatura de Deus e que por isso deve exercer a humildade, pois somos possuidores de uma natureza pecaminosa e só em Jesus Cristo conseguimos vencê-la.

 

2.1. Uma atitude a ser evitada

Em Lucas 18, vemos um clássico exemplo de narcisismo: um fariseu exaltado em seus feitos dentro do templo (Lc 18.11-12). Ele estava se portando de forma que o publicano que ali estava se sentisse mal e o pior dos adoradores. Porém o publicano, em sua atitude humilde, agradou ao Senhor, enquanto o fariseu foi usado pelo Mestre como exemplo a ser evitado. O sentimento de superioridade, frequentemente apresentado pelos narcisistas, não desagrada só a homens, mas também a Deus. A verdadeira justificação ocorre quando a pessoa reconhece que, por si próprio, é incapaz de ser merecedor da aceitação diante de Deus e, por isso, depende totalmente da misericórdia do Senhor (Lc 18.14).

 

2.2. A Arrogância comum ao narcisismo.

Um dos comportamentos comuns observados no narcisista é a arrogância. Quando se refere a alguém ou a algo feito por outro, sempre o faz com desprezo e pouco caso. Vê o outro como inferior, esquecendo-se da graça de Deus. Em contrapartida, os que andam em humildade estarão sempre acompanhados pelo Senhor (Is 57.15), pois Ele espera do homem que ande humildemente na sua presença (Mq 6.8). Ao exaltar as suas capacidades e talentos e buscar focar a atenção em si, como se fosse detentor de toda verdade, o portador de TPN esquece que Deus resiste ao soberbo e a Sua graça entrega aos humildes (Tg 4.6).

 

2.3. Um Explorador de Relações Interpessoais.

O narcisista é um explorador de relações interpessoais, buscando tirar proveito dos outro para atingir os seus fins. Quando quer alguma coisa de alguém, lhe chama de amigo. Quando consegue, despreza o outro, e, se possível, lhe humilha, para demonstrar que não existe amizade entre eles. É invejoso, acredita que os outros o invejam e se apresenta com atitudes insolentes, não respeitando regras sociais e morais. O comportamento egocêntrico do portador de TPN leva o esfriamento das relações. A presunção de vaidade provocadas pelo transtorno promovem a descrença naqueles com os quais convivem. A igreja deve promover  atividades que esclareçam acerca destes comportamentos, evitando assim o aumento da iniquidade entre os seus membros (Mt 24.12), bem como conscientizar acerca da existência desse tipo de transtorno e a necessidade de buscar tratamento.

 

  1. OBSERVANDO TRAÇOS DE NARCISISMO

O Transtorno de Personalidade Narcisista pode ser observado já na adolescência, mas o diagnóstico preciso só será confirmado quando se apresentar na vida adulta.

 

3,1. O Perigo da Síndrome do Herói.

Na adolescência, alguns traços do transtorno podem ser observados, no entanto, isto não quer dizer que o indivíduo irá desenvolvê-lo na idade adulta. Dificuldades especiais de adaptação são notadas, principalmente porque pode se apresentar como a síndrome do super-herói, que leva o adolescente a se enxergar como indestrutível, aumentando o risco de vida nesta faixa etária.

 

3.2. Tratando o Narcisismo.

Geralmente os transtornos de personalidade não têm cura. Entretanto, o TPN, assim como os outros, pode ser trado com psicoterapia. Neste tipo de transtorno o uso de medicamentos, na maioria dos casos, não é utilizado, mas uma consulta com o psiquiatra é a melhor opção para que seja definida a melhor conduta para cada indivíduo. Pessoas que são identificadas com enfermidades da alma, na maioria dos casos, sofrem preconceitos. Para evitarem este constrangimento, optam como primeira opção pela negação. Evitam qualquer tipo de consulta, principalmente se lhes for apresentado a necessidade de uma visita ao psiquiatra. No caso das igrejas, podemos fazer uso da Palavra de Deus como auxílio no tratamento, pois ela alivia as dores emocionais (Sl 86.7) e sustenta o aflito, mesmo em momentos de grande sofrimento, onde desistir aparece como a única solução (Sl 23.4).

 

3.3. Apresentando a manifestação do caráter de Deus

Quando uma pessoa usa o seu corpo a fim de obter satisfação sexual, é uma prova de que o narcisismo invadiu e absorveu totalmente a sua vida sexual. O Criador fez o homem e a mulher para que se completassem e para tanto designou o corpo do marido para a esposa e da esposa para o marido (ICo 7.4). Cabe à igreja orientar os seus membros sobre

tais comportamentos, para que as suas famílias não sofram com relacionamentos distorcidos.

 

CONCLUSÃO

O transtorno de Personalidade Narcisista é mais presente do que imaginamos.Devemos pedir a Deus que abra nossos olhos, para que possamos identificá-lo.É quase impossível um narcisista enxergar-se como doente, mas, através da Palavra, da oração e da comunhão, poderemos chegar ao objetivo de levá-lo ao tratamento (Tg 5.16).

 

Questionário

 

  1. Se olharmos para a Palavra, o que descobriremos?R.: Que em nada podemos ser orgulhosos e se assim pensamos estamos nos enganando (Gl 6.3).

 

2 . O que vemos em Lucas 18?R.: Um clássico exemplo de narcisismo (Lc 18.11-12).

 

  1. Quem sempre estará acompanhado pelo Senhor?R.: Os que andam em humildade (Is 57.15).

 

  1. Quem resiste ao soberbo e a Sua graça entrega aos humildes?R.: Deus (Tg 4.6).
  2. O que alivia as dores emocionais e sustenta o aflito?R.: A Palavra de Deus (SI 86.7).