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Sobre a gestão da Escola Dominical
O superintendente não é um mero dirigente da Escola Dominical: é o gestor do departamento mais importante da igreja. Seu trabalho não se restringe aos domingos, mas se estende de segunda a sábado. Ele sabe que, se não for eficiente durante a semana, será ineficaz no domingo.
Como gestores da Escola Dominical, temos de levá-la a atuar plenamente como educandário bíblico-teológico, agência evangelístico-missionária, departamento de integração do novo crente e suporte didático-pedagógico da igreja local.
Henrieta C. Mears (1891 – 1963), educadora norte-americana, afirmou mui acertadamente: “A Escola Dominical perpetua-se pelos seus próprios produtos”. Cabe-nos, pois, fazer com que esses produtos não venham a perecer.
Quando Robert Rakes ajuntou aqueles meninos de rua na cidade de Gloucester, em 1783, com certeza não tinha em mente a Escola Dominical. Mas o seu trabalho estendia-se de segunda a domingo. Como este dia era santificado, na tradição cristã, à adoração, passou o domingo a marcar as reuniões de Rakes.
A escola era dominical, mas o seu amor era semanal e não morria no domingo; na segunda, renascia.
Com o seu trabalho, Rakes arrancou muitos daqueles garotos à delinqüência. A eficácia da Escola Dominical seria comprovada pelo diretor do FBI J. Edgard Hoover (1895-1972): “Em cerca de oito mil adolescentes delinqüentes, apenas 42 deles haviam freqüentado com regularidade a Escola Dominical”.
Qual o segredo da excelência da missão de Robert Rakes? Ele atuou em sua escola como superintendente, gestor e administrador. Era um dirigente completo.
O superintendente da Escola Dominical não deve se contentar a não ser com a excelência de seu trabalho. Mas, como alcançá-la? O filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C) deixa-nos esta reflexão: “Somos o que repetidamente fazemos, portanto a excelência não é um feito, mas um hábito”. O superintendente que busca a excelência destacar-se-á também como gestor e administrador.
Frente à Escola Dominical, o superintendente envidará todos os esforços e recursos, a fim de mantê-la funcionando com a demanda que ela requer.
Alvin Toffler é categórico: “Gerenciar não é mais a direção da coisa, mas o aperfeiçoamento das pessoas”. Neemias foi um exemplo de gestor. Ele soube como manter a unidade e a motivação de sua equipe.
III. A ESCOLA DOMINICAL COMO EDUCANDÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Como gestor da Escola Dominical, o superintendente tem como obrigação levá-la a funcionar como um perfeito educandário bíblico-teológico:
É na Escola Dominical que somos envolvidos no serviço cristão. O superintendente precisa manter a ED como essa agência ganhadora de almas. É justamente aí que aprendemos a evangelizar e a fazer missões:
Através da Escola Dominical, deve o superintendente, como seu principal gestor, levá-la a agir como o departamento encarregado de integrar o novo convertido à comunidade dos fiéis. Embora o crente novel seja de imediato integrado espiritualmente no corpo de Cristo, socialmente não encontra a mesma facilidade. Por isso, cabe ao gestor da Escola Dominical:
Recomendo o excelente Manual de Integração do Novo Convertido lançado pela CPAD. Escrito por Marli Doreto, dá-nos importantes conselhos acerca desse tão imprescindível ministério para o crescimento da igreja.
Que o superintendente da Escola Dominical saiba que, como seu gestor, tem de aparelhá-la, a fim de que ela dê à igreja todo o suporte didático-pedagógico de que esta reclama.
Através da Escola Dominical, a igreja local será reconhecida também como uma agência educadora. Mas, para que isto ocorra, é imprescindível a ação de seu superintendente como gestor e agente educacional.
Em nossos livros Manual da Escola Dominical e a Teologia da Educação Cristã damos mais informações acerca da gestão da ED e de como lidar com a Educação Cristã relevante.
CONCLUSÃO
Por conseguinte, o superintendente não deve limitar-se a supervisionar a Escola Dominical. Sua função é fazer com que ela funcione perfeitamente. Busque a excelência, persiga o aperfeiçoamento contínuo.
O professor japonês Masaaki Imai é claro e irretorquível. Sua lição deveria ser apreendida por todo superintendente de Escola Dominical que busca realizar-se como gestor: “Se você aprender apenas uma palavra em japonês que seja kaizen. A estratégia kaizen é um conceito simples e o mais importante em administração japonesa – a chave para o êxito competitivo japonês. Kaizen significa aperfeiçoamento. Kaizen significa aperfeiçoamento contínuo envolvendo todos: a administração de cúpula, gerentes e operários”.
FONTE CPADNEWS /WWW.MAURICIOBERWALD.COMUNIDADES.NET