LIÇÕES CPADLIVRO DE HEBREUS 3 TRIM-2001
Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes”
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 1: Cristo, o resplendor da glória de Deus
Data: 1 de Julho de 2001
“O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas”(Hb 1.3).
A revelação de Deus aos homens teve sua plena expressão através de seu Filho, Jesus Cristo, não restando mais qualquer revelação sobre a sua vontade para com a humanidade.
Segunda - Sl 96.6
Glória e majestade diante de Deus
Terça - Rm 11.36
Glória a Cristo eternamente
Quarta - 2 Co 4.4
Jesus, imagem e glória de Deus
Quinta - Ef 3.21
A Cristo, glória na igreja
Sexta - 1 Tm 3.16
Jesus, recebido em glória
Sábado - Ap 4.11
Jesus, digno de receber glória
Hebreus 1.1-6.
1 - Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho,
2 - a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
3 - O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou se à destra da Majestade, nas alturas;
4 - feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.
5 - Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?
6 - E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.
Neste trimestre estudaremos a Epístola aos Hebreus que, entre outros assuntos importantes, enfoca a pessoa de Cristo como “o resplendor da glória de Deus”. Sua superioridade é destacada de forma magistral: excede a Moisés, Arão, Melquisedeque, os profetas e os anjos. Ademais disso, o presente tratado, ao alertar os destinatários da carta quanto aos desvios e a apostasia, estabelece as bases da verdadeira adoração, da fé e da comunhão com Deus.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
A Epístola aos Hebreus compara Jesus Cristo com o Antigo Pacto, e o apresenta como o cumprimento de todas as promessas messiânicas. Tal comparação visa demonstrar a superioridade de Cristo sobre tudo quanto o Antigo Testamento tem a oferecer. O tema que percorre a carta do princípio ao fim é: “Jesus Cristo é superior a ...”. Ele é superior aos anjos, aos profetas, ao sacerdócio levítico e etc. É descrito como o Criador de todas as coisas, resplendor da glória e imagem de Deus; aquele que tudo sustém com o seu poder, que nos purificou de todo o pecado e está assentado à destra de Deus.
Utilizando o quadro abaixo, dê aos seus alunos as diferenças entre os três tipos de mensageiros citados nesta lição: os profetas, os anjos e o Senhor Jesus. O quadro o ajudará a demonstrar a superioridade de Jesus não apenas como portador da mensagem definitiva, mas também como o Senhor de todas as coisas.
introdução
A epístola aos Hebreus contém alguns enigmas. Não esclarece quem foi seu autor; a quem foi realmente destinada, nem a data em que foi escrita. No primeiro século, os chamados pais da Igreja não esclareceram tais detalhes. Clemente de Alexandria e Orígenes entenderam que Paulo escrevera Hebreus. No Século II, Tertuliano discordava da autoria paulina, e cria que Barnabé era o autor da epístola. Agostinho, de início, julgou que fosse Paulo mas, depois, afirmou que ela era anônima. Martinho Lutero sugeriu que a carta poderia ter sido escrita por Apolo (At 18.24). Quanto à data, os estudiosos situam-na entre 68 a 70 d.C. Com relação aos destinatários da carta, Hebreus deve ter sido inicialmente dirigida a judeus helenistas convertidos ao Cristianismo. O propósito deste comentário não é discutir tais pormenores, pois a resposta só teremos no céu, quando nos encontrarmos com o escritor. É fundamental que nestas lições sobre a Epístola aos Hebreus, vejamos a pessoa de Jesus Cristo como o resplendor da glória de Deus, o Salvador perfeito.
CONCLUSÃO
Alegremo-nos por não servirmos a um deus qualquer, produto da mente humana, ou da necessidade imanente de se acreditar em algo ou em alguém superior, como os indígenas e outros povos tidos como primitivos. O nosso Deus é o excelso Criador. O nosso Cristo é o Verbo Divino, o Salvador, que, cumprida sua missão, assentou-se “à direita da majestade nas alturas”.
Aterrorizador: Que aterroriza; pavoroso, aterrador, aterrorizante.
Imanente: Que existe sempre em um dado objeto e inseparável dele.
Indelével: Que não se dissipa, indestrutível.
Posteridade: Série de indivíduos procedentes da mesma origem.
Progressivo: Que se vai realizando gradualmente.
Purgar: Tornar puro; purificar, limpar.
Refutar: Dizer em contrário; desmentir; negar.
Transcendência: O conjunto de atributos do Criador que lhe ressaltam a superioridade em relação à criatura.
Usurpar: Apossar-se violentamente de, adquirir com fraude.
Subsídio Teológico
“‘Falou-nos... pelo Filho’ (Hb 1.1,2). Estes dois primeiros versículos estabelecem o tema principal deste livro. No passado, o instrumento principal de Deus para sua revelação foram os profetas, mas agora Ele tem falado, ou se revelado pelo seu Filho Jesus Cristo, que é supremo sobre todas as coisas. A Palavra de Deus falada mediante seu Filho é final: ela cumpre e transcende tudo o que foi anteriormente falado da parte de Deus. Absolutamente nada, nem os profetas (v.1) nem os anjos (v.4) têm maior autoridade do que Cristo. Ele é o único caminho para a salvação eterna e o único mediador entre Deus e o homem. O escritor de Hebreus confirma a supremacia de Cristo ao enumerar dEle sete grandes revelações (vv.2,3).
‘Assentou-se à destra’ (1.3). Depois de Cristo ter efetuado o perdão dos nossos pecados mediante a sua morte na cruz, assumiu o seu lugar de autoridade à destra de Deus. A atividade redentora de Cristo no céu envolve seu ministério de mediador divino (8.6; 13.15; 1 Jo 2.1,2), de sumo sacerdote (2.17,18; 4.14-16; 8.1-3) de intercessor (7.25) e de batizador no Espírito (At 2.33)” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, pág.1899).
Subsídio Bibliológico
“Por designação divina, herdeiro de todas as coisas (1.1,2). Deus, desde a eternidade, predestinou seu Filho para ser Possuidor e Soberano de todas as coisas. Mas foi pela encarnação que Cristo alcançou o senhorio messiânico. Como resultado da encarnação, Ele veio tomar posse de algo antes não necessariamente disponível por sua condição de Filho. Era o seu direito de primogenitura, mas foi de sua humanidade, morte e ressurreição que surgiu o tipo de soberania que se tornou sua somente em razão de seu triunfo sobre o pecado na carne (v.3), e como resultado de sua identificação com os homens numa condição de irmandade. O senhorio messiânico não lhe poderia pertencer enquanto estivesse no seu estado pré-encarnado, visto ser uma questão relativa à função e não a poder e majestade inerentes. Em essência, sempre foi o ‘Filho de Deus’, mas isto não o fazia Messias; era necessário que se tornasse o ‘Filho do Homem’” (Comentário Bíblico Hebreus, CPAD, págs.116,117).
Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes”
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 2: Cristo, superior aos anjos
Data: 8 de Julho de 2001
“Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles” (Hb 1.4).
Cristo encarnou-se para cumprir sua missão salvífica, isto é, fez-se homem, tendo, porém, sua natureza divina, sendo um com o Pai, e superior aos anjos.
Segunda - Mt 4.23
Jesus, o ensinador
Terça - Lc 4.18,19
Jesus, o libertador
Quarta - At 2.32
Jesus venceu a morte
Quinta - Sl 34.7
O anjo do Senhor
Sexta - Sl 148.2
Os Anjos louvam a Deus
Sábado - Hb 13.2
Hospedando anjos
Hebreus 1.4-14; 2.1-3.
Hebreus 1
4 - Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.
5 - Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?
6 - E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.
7 - E, quanto aos anjos, diz: O que de seus anjos faz ventos e de seus ministros, labareda de fogo.
8 - Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de eqüidade é o cetro do teu reino.
9 - Amaste a justiça e aborreceste a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo da alegria, mais do que a teus companheiros.
10 - E: Tu, Senhor, no princípio, fundaste a terra, e os céus são obras de tuas mãos;
11 - eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão,
12 - e, como um manto, os enrolarás, e, como uma veste, se mudarão; mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão.
13 - E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra, até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés?
14 - Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?
Hebreus 2
1 - Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas.
2 - Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição,
3 - como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram;
Esta lição fala acerca da superioridade de Jesus sobre os anjos. Os crentes hebreus, baseados nos relatos e ensinamentos do Antigo Testamento, tinham os seres angelicais em alta estima e respeito, uma vez que os mesmos ocupavam proeminente lugar na economia divina. Eles sabiam que caso suas mensagens fossem desprezadas, conseqüências terríveis haveriam de vir.
Era urgente e necessário para aqueles crentes entenderem que Jesus está acima dos anjos em todos os aspectos, pois sua mensagem e missão têm finalidade infinitamente mais sublime: a salvação de todos os homens em todas as épocas e lugares. Somente ao Senhor Jesus toda honra, glória e majestade.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Os anjos tiveram importantes momentos na história dos judeus, tanto no âmbito nacional como na vida de indivíduos. Em sua natureza, mesmo atuando em favor dos que hão de herdar a vida eterna, são criaturas com limitações se comparadas ao Senhor Jesus Cristo. Ele é declarado como Filho pelo próprio Deus, é o Messias. Criador e está à direita do Pai.
O escritor, ainda demonstrando a superioridade de Jesus sobre os anjos, lembra aos leitores que, se o que foi dito pelos anjos foi válido ao ponto de toda desobediência às palavras angelicais receber punição, maior pena receberá aqueles que desprezarem, em Jesus, “tão grande salvação”. Apenas Ele, como verdadeiro Sumo Sacerdote, pode se compadecer dos que são tentados e salvá-los.
Com o intuito de fixar o tema da lição e, especificamente, o ponto que fala da superioridade de Jesus sobre os anjos, reproduza no quadro de giz ou em uma cartolina o quadro comparativo abaixo.
Peça a seus alunos que examinem cuidadosamente todas as diferenças e coloque ao lado de cada item a referência bíblica correspondente.
introdução
Na Antiga Aliança, os anjos eram muito considerados. Na epístola aos Hebreus, o escritor ressalta, de modo enfático, a superioridade de Cristo em relação aos seres angelicais e, ao mesmo tempo, afirma que Ele, ao se encarnar, fez-se “um pouco menor que os anjos” (Hb 2.9). Nesta lição, estudaremos alguns aspectos importantes dessa superioridade, entendendo esse paradoxo numa análise exegética simples.
Outras referências demonstram claramente a ação dos anjos, não só em favor de Israel, mas de todos os servos de Deus, em todo o mundo (cf. Sl 34.7).
III. A GRANDE SALVAÇÃO EM JESUS
CONCLUSÃO
A superioridade de Cristo em relação aos anjos excede em muito a idéia distorcida, e difundida entre os incrédulos, de que os seres angelicais têm papel místico, ao ponto de serem venerados ou mesmo adorados pelos adeptos das falsas doutrinas.
Acossar: Correr ao encalço de, perseguir, afligir, atormentar.
Cetro: Bastão de apoio usado outrora pelos reis e generais.
Dedução: Ação de deduzir, o que resulta de um raciocínio lógico.
Martirizar: Afligir, atormentar, mortificar.
Místico: Misterioso e espiritualmente alegórico ou figurado.
Paradoxo: Conceito que é ou parece contrário ao comum; contra-senso, absurdo, disparate.
Reportar: Dar como causa, atribuir, referir.
Subsídio Teológico
O autor da carta aos Hebreus, iniciando seu escrito, fala acerca de três tipos de emissários que Deus enviou ao mundo para transmitir a sua revelação: os profetas, os anjos e o Filho.
Comparando-se os profetas e os anjos, deve-se deixar claro que os primeiros foram muito usados por Deus, falando com autoridade e convicção. Entretanto, seus oráculos, mesmo sendo da parte de Deus, nem sempre eram bem recebidos. A rebeldia dos ouvintes fez com que diversos profetas fossem assassinados, desprezados e passassem por adversidades. No caso dos anjos, não há relatos de terem sido desprezados ou apedrejados, pois eram tidos em grande temor por serem figuras sobrenaturais. (Note que as diversas aparições dos seres celestes causavam muito medo, motivo este que levava os anjos a começarem seus diálogos com a expressão “Não temas”). Comunicações que exigiam decisão de uma pessoa eram transmitidas por anjos (veja os exemplos de Abraão, Gideão e Ló).
Se o povo ouvia os anjos com certo grau de temor, mais temor deveriam ter diante do Filho de Deus, por ser este maior do que os anjos. Ele criou todas as coisas, inclusive os anjos. Se o povo reverenciava os mensageiros celestes, estes, por sua vez, reverenciavam o Filho. O mundo vindouro não foi deixado sob os cuidados dos anjos, mas de Jesus. Eles são “espíritos ministradores”, que labutam em prol dos que “hão de herdar a salvação”, enquanto o Filho é o próprio executor da salvação. Até na forma de tratamento, a designação “anjos” é inferior ao “Filho”, pois são eles servos, criaturas, e Jesus é Senhor e Criador. Partindo desses argumentos, o escritor anuncia a superioridade de Jesus tanto sobre os profetas como sobre os anjos.
O autor conclui que, se as palavras ditas pelos anjos foram firmes e, no caso de transgredidas, receberam punição, maior responsabilidade haverá para os que rejeitarem as palavras do Filho de Deus, sem o qual não há salvação.
Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes”
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 3: Cristo, superior a Moisés
Data: 15 de Julho de 2001
“Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou” (Hb 3.3).
Se conservarmos firmes nossa fé e confiança em Cristo Jesus, Ele será sempre o nosso fiel Sumo Sacerdote perante Deus.
Segunda - Sl 103.7
A revelação de Deus a Moisés
Terça - Sl 77.30
Moisés, o líder provido por Deus
Quarta - Êx 2.11,12
Moisés falhou ao agir segundo a carne
Quinta - Dt 32.1-43
O canto de Moisés
Sexta - Sl 105.26
Moisés, servo do Senhor
Sábado - Js 1.1-7
Moisés reconhecido
Hebreus 3.1-8,12,14.
1 - Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão,
2 - sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em toda a sua casa.
3 - Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou.
4 - Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus.
5 - E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar;
6 - Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.
7 - Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz,
8 - Não endureçais o vosso coração, como na provocação, no dia da tentação no deserto.
12 - Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mal e infiel, para se apartar do Deus vivo.
14 - Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até o fim.
Você já resistiu à voz do Espírito Santo alguma vez na em sua vida?
Resistir à voz de Deus tem sido a prática de muitos em nosso meio, que semelhantemente aos hebreus no deserto, tornaram-se insensíveis e desobedientes aos preceitos do Todo-Poderoso: habituaram-se com as bênçãos, sem contudo, reverenciar, obedecer e servir ao Doador e Provedor de todos os benefícios. Ouvir a voz de Deus e abster-se do mal são procedimentos de um coração bom e fiel. O Senhor está sempre pronto para agraciar seu povo com o suficiente “maná diário”, garantindo sobrevivência e crescimento espiritual.
Podemos estar certos de que não pereceremos no “deserto desta vida”; nossa jornada culminará na prometida Canaã celestial.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Os crentes destinatários da epístola, são chamados de “santos”, e devem, por serem participantes da “vocação celestial”, considerar Jesus não apenas como apóstolo (um enviado de Deus), mas também Sumo Sacerdote, ao qual devem confessar suas dificuldades. Se Moisés foi fiel em seu ministério, Jesus muito mais, pois foi o autor, não somente do ministério, mas também da família de Moisés. O Grande Libertador dos hebreus, por ser homem, não pôde ser perfeito. Entretanto, Jesus deu-nos o exemplo de irrefutável perfeição.
O sacro escritor relembra a seus leitores que o povo de Israel peregrinara no deserto por muitos anos, por não ter ouvido a voz de Deus através de Moisés, e roga-os que não ajam da mesma forma, endurecendo seus corações às ordens divinas.
Divida a turma em dois grupos. O primeiro, deverá listar as semelhanças entre Moisés e Cristo. O segundo relacionará as diferenças. Ao cabo desta parte da tarefa, solicite voluntários para destacarem os aspectos da superioridade de Cristo sobre Moisés. Dê a eles dez minutos para o cumprimento desta atividade.
Exemplos de semelhanças:
Exemplos de diferenças:
introdução
Nesta lição, somos exortados a considerar Jesus Cristo como “Sumo Sacerdote da nossa confissão”. Os israelitas tinham grande respeito aos profetas e sacerdotes da antiga aliança, destacando-se entre eles Moisés e Arão. Na Nova Aliança, Jesus é superior a todos eles, pois encarnou-se tomando a forma humana, ou seja, tornou-se o Emanuel, “Deus entre nós”, concedendo a gloriosa e eterna salvação para todos os que nEle crêem.
No Antigo Testamento, os sacerdotes intercediam pelo povo, tendo que oferecer, por todos os pecantes, sacrifícios com sangue de animais, que apenas encobriam o pecado. Na Nova Aliança, Jesus é o Sumo Sacerdote perfeito, pois ofereceu o seu próprio sangue para nos salvar e nos apresentar a Deus com a nossa confissão.
III. ADVERTÊNCIA QUANTO AO ENDURECIMENTO CONTRA DEUS
CONCLUSÃO
A superioridade de Cristo em relação a Moisés é incontestável. Moisés era homem imperfeito e falho, mesmo tendo de Deus uma missão tão grande. Jesus, nosso Salvador, mesmo na condição humana, em face de sua missão salvífica, “em tudo foi tentado, mas sem pecado”. Nós, cristãos, precisamos honrar a Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote da nossa confissão.
Âmbito: Contorno, periferia; circunferência, espaço delimitado.
Cauterizar: Aplicar cautério a, queimar.
Corroborar: Confirmar, comprovar.
Desincumbir-se: Dar cumprimento a uma incumbência.
Imperfeição: Qualidade de imperfeito; defeito, incorreção.
Ofício: Ocupação ou trabalho especializado.
Pecante: Que ou quem peca habitualmente; pecador.
Subsídio Teológico
“Havendo declarado o pensamento central do sacerdócio de Cristo, e antes de desenvolvê-lo nos capítulos 5 a 7, o autor interrompe o assunto, a fim de estabelecer, sob outro ponto de vista, a superioridade do Novo Concerto sobre o Antigo. Ele já demonstrou que Cristo é superior aos anjos, os mediadores espirituais da Lei; agora demonstra que também é superior a Moisés, o homem que promulgou a Lei.
O autor, ao abordar o assunto, emprega a expressão ‘o mundo futuro’, ou ‘o século que há de vir’ (2.5; 6.5) — que no grego écukoumenen (literalmente ‘o mundo vindouro habitado’). Ele se refere ao reino de Deus que será estabelecido entre os habitantes da Terra.
Isso leva, naturalmente, à comparação entre os fundadores da velha teocracia judaica, sob Moisés e Josué, e Jesus, do novo Reino. A posição de Moisés para com o sistema judaico torna necessário o argumento, porque os cristãos hebreus estavam confusos sobre esse ponto.
O ponto de comparação, no versículo 2, prende-se ao fato de que tantos Moisés como Cristo se ocuparam da administração de economia divina: aquele, sob a velha ordem da Lei; este, sob a nova ordem da graça de Deus, tendo ambos cumprido fielmente suas responsabilidades. Mas o autor apresenta em seguida uma série de contrastes que demonstram a glória muito superior de Jesus.” (Comentário Bíblico Hebreus, CPAD, págs. 129-131).
Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes”
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 4: Repouso para o povo de Deus
Data: 22 de Julho de 2001
“Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus” (Hb 4.9).
Nosso Sumo Sacerdote, Jesus, preparou-nos um repouso sublime, no qual só teremos acesso se ouvirmos a sua voz, não endurecendo o coração.
Segunda - Is 23.1
Deus deu repouso a Israel
Terça - Is 32.17
Repouso, fruto da justiça
Quarta - Rm 8.34
Jesus, nosso intercessor
Quinta - Mt 11.29
Jesus dá descanso à alma
Sexta - Êx 33.14
A presença de Deus dá descanso
Sábado - Ap 14.13
Os salvos descansarão
Hebreus 4.1-16.
1 - Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para trás.
2 - Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.
3 - Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.
4 - Porque, em certo lugar, disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia.
5 - E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso.
6 - Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas-novas não entraram por causa da desobediência,
7 - determina, outra vez, um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.
8 - Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia.
9 - Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.
10 - Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas.
11 - Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia naquele mesmo exemplo de desobediência.
12 - Porque a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
13 - E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.
14 - Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
15 - Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
16 - Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.
Você crê, realmente, que Deus fará o que prometeu na sua vida? A Palavra de Deus é digna de confiança? Deus fez uma promessa ao povo de Israel: Ele se responsabilizaria pela sua segurança ao entrar em Canaã. Israel respondeu com incredulidade: o povo duvidara da veracidade divina. No texto em estudo, o sacro escritor adverte aos crentes hebreus acerca do perigo da incredulidade e relembra-os que, dentre os que saíram do Egito, somente dois (Josué e Calebe) entraram no descanso prometido, na terra de Canaã. Mesmo tendo presenciado milagres portentosos, operados por Deus, o povo duvidou da capacidade do Altíssimo para expulsar os poderosos habitantes daquela terra.
Há também um descanso para os cristãos no campo espiritual, mas para tomar posse desse repouso é necessário ter fé, obediência e perseverança em Deus.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
A sorte daqueles que foram resgatados do Egito teve amplo e direto sentido para os destinatários da epístola em estudo. Foram libertados mas não entraram no “descanso de Deus”, e pereceram no deserto. Mesmo a segunda geração, que conseguiu entrar em Canaã, não alcançou a plenitude da promessa divina. Só pela vinda do Messias seria alcançada; e isto por apropriação, mediante a fé. Tanto Israel como esses primitivos cristãos ocupavam posição semelhante de ter recebido o evangelho e ter a oportunidade de apropriar-se do mesmo. Israel falhou. Agora, o perigo para esses primitivos cristãos judeus era que, por causa da incredulidade e falta de firmeza, deixassem de entrar no descanso espiritual de Deus, o qual não foi cumprido por Josué, mas que agora estava ao alcance de todos, em Cristo.
Nunca inicie a aula sem especificar seus objetivos e declará-los à turma. Sem objetivos não se pode esperar resultados.
Para despertar o interesse dos seus alunos sobre o tema desta lição, inicie a aula fazendo as seguintes interrogações: O texto sagrado diz que para os crentes resta ainda um repouso. De que modo pode ser interpretado o descanso prometido por Deus para os crentes do novo concerto? Nosso descanso é terrestre ou celestial? Temos algum repouso nesta vida? Este repouso é parcial ou total? E ao morrermos no Senhor?
De que modo o crente pode esforçar-se para alcançar o lar celestial? É necessário apegar-se a Palavra (v.12)? É necessário dedicar-se à oração (v.16)?
introdução
Em conseqüência da desobediência do povo de Israel durante sua peregrinação, os que pecaram, rebelando-se contra o Todo-Poderoso, morreram, e seus corpos caíram no deserto. De acordo com o juramento de Deus, os desobedientes não entraram no seu repouso. Que isto jamais venha a acontecer conosco!
Nesta lição, veremos em que consiste o repouso espiritual reservado aos crentes fiéis.
Hoje, em todo o mundo, é grande a provocação ao Senhor. Os ímpios estão em rebelião aberta e declarada contra Deus. Infelizmente, também há crentes que ouvem a Palavra nas igrejas, mas preferem continuar desobedecendo aos preceitos do Senhor.
Trata-se do bendito estado da alma e do espírito, em que os crentes, obedientes e santos, que ouvem a Palavra e a obedecem, terão direito à paz e a tranqüilidade perene, na comunhão com o Senhor. Lembremo-nos de que o descanso espiritual só se obtém através da nova vida em Cristo (ver Mt 11.28,29). É preciso ouvir e obedecer a Palavra de Deus. “Procuremos pois entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência” (v.11).
III. O PODER PENETRANTE DA PALAVRA DE DEUS
No v.13 o escritor adverte que diante do poder penetrante da palavra de Deus, “não há criatura alguma encoberta diante dele”, e todas as coisas estão “nuas e patentes aos seus olhos”, ou seja, não há nada velado diante do Todo-Poderoso.
Os sumo sacerdotes do Antigo Testamento só adentravam uma vez por ano, no lugar Santíssimo, onde era manifestada a glória de Deus. Eles não podiam permanecer lá. Mas Jesus, nosso Sumo Sacerdote por excelência, “penetrou nos céus”, “está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.34b).
Não perecemos unicamente em razão de sua infinita misericórdia.
CONCLUSÃO
Três das grandes mensagens da lição estudada são: a) Deus tem preparado um verdadeiro descanso espiritual em Cristo para os que a Ele vêm; b) Deus tem um prometido lugar de descanso celestial para seu povo, em sua presença, na eternidade. Para chegarmos lá, só precisamos ser fiéis, obedientes e santos e c) Jesus é o nosso Sumo Sacerdote perfeito, que, como homem, “em tudo foi tentado, mas sem pecado”. Que o Senhor nos ajude a servi-lo conforme a sua vontade; e que jamais venhamos a dar lugar à desobediência.
Asseverar: Afirmar com certeza, segurança, assegurar.
Junta: Ponto de junção e reunião, juntura, articulação.
Medula: A parte mais íntima, o interior, âmago, essência.
Mirífico: Maravilhoso, admirável, extraordinário, excelente.
Orgânico: Relativo a, ou próprio de organismo.
Perene: Que dura muitos anos, não acaba, perpétuo.
Prostrar: Lançar por terra, abater, derribar, prosternar.
Sensorial: Pertencente ou relativo à sensação.
Tâmara: Fruto da tamareira.
Subsídio Bibliológico
“‘Pareça que algum de vós fique para trás’ (4.1). Deixar de perseverar na fé e na obediência a Jesus resulta em deixar de alcançar o prometido repouso eterno no céu (cf. 11.16; 12.22-24). (1) A expressão ‘pareça que algum de vós’ é falada à luz dessa possibilidade terrível e do juízo de Deus. (2) A perseverança na fé exige que continuemos a nos aproximar de Deus, por meio de Cristo, com sincera resolução (v.16; 7.25).
‘Entramos no repouso’ (4.3). Somente nós, que temos crido na mensagem salvadora de Cristo, entramos no repouso espiritual de Deus. Isto é, Cristo carrega nossos fardos e nossos pecados, e nos dá o ‘repouso’ do seu perdão, da sua salvação e do Espírito Santo (Mt 11.28) Mesmo assim, nesta vida, o nosso repouso é apenas parcial, porque somos como peregrinos que caminham com dificuldade na penosa estrada deste mundo. Ao morrermos no Senhor, entramos no seu repouso perfeito no céu.
‘Resta... um repouso’ (4.9). O repouso prometido por Deus não é somente o terrestre, mas também o celestial (vv.7,8 cf. 13.14). Para os crentes, resta ainda o repouso eterno no céu (Jo 14.1-3; cf. Hb 11.10,16). Entrar nesse repouso final significa cessar do labor, dos sofrimento e das perseguições, tão comuns em nossa vida nesta terra (cf. Ap 14.13); significa participar do repouso do próprio Deus e experimentar eterna alegria. Deleite, amor e comunhão com Deus e com os santos redimidos. Será um descanso sem fim (Ap 21,22). (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, págs. 1902,1905)
Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes”
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 5: Cristo, Sumo Sacerdote superior a Arão
Data: 29 de Julho de 2001
“Como também diz noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 5.6).
O sacerdócio de Cristo é infinitamente superior ao de Arão, por ser divino, eterno e por todos os salvos.
Segunda - Êx 4.14
Arão, irmão de Moisés
Terça - Êx 17.12
Arão, ajudador de Moisés
Quarta - Êx 32
Arão e sua falha
Quinta - Hb 7.1-4
Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus
Sexta - Hb 6.20
Jesus, nosso eterno sumo sacerdote
Sábado - Ap 19.16
Jesus, Rei dos reis e Senhor dos senhores
Hebreus 5.1-10.
1 - Porque todo sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados,
2 - e possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados, pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza.
3 - E, por esta causa, deve ele, tanto pelo povo como também por si mesmo, fazer oferta pelos pecados.
4 - E ninguém toma para si essa honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão.
5 - Assim, também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei.
6 - Como também diz noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque.
7 - O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia.
8 - Ainda que era filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.
9 - E, sendo Ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem.
10 - chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.
Ainda utilizando o método de comparação, com a finalidade de exaltar o Filho de Deus, o escritor destaca no presente texto a superioridade do sacerdócio de Cristo. O trabalho sacerdotal no Antigo Testamento não era puramente humano, mas um ministério de intercessão instituído por Deus em favor dos homens. O Eterno determinara, de antemão, que os sacerdotes viessem da família de Arão, prefigurando o surgimento de Cristo como o verdadeiro Sumo Sacerdote; aquele que se ofereceria como oferta pelos pecados de toda a humanidade.
Dentre outros, sua superioridade é aqui destacada no fato de Ele não se exaltar, mas glorificar aquele que disse: “Tu és meu Filho, hoje te gerei”. O Filho de Deus viveu entre nós sem pecado, aprendeu pela obediência e trouxe-nos eterna salvação.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Por não conhecerem a Cristo sob a figura de Sumo Sacerdote e por não ser Ele da linhagem de Arão, os cristãos hebreus não compreendiam a aplicação deste título e ofício à sua pessoa e, conseqüentemente, tinham dificuldades em aceitá-lo e honrá-lo nessa função. Daí, a necessidade do escritor resumidamente apresentar as características e atribuições do sumo sacerdote, demonstrando que as mesmas são perfeitamente satisfeitas em Cristo.
O texto mostra a superioridade de Cristo sobre os demais sumo sacerdotes, destacando que Ele não apenas satisfez as exigências do sistema levítico para a vocação sacerdotal, mas distinguiu-se pelo fato de, sem pecado, entregar-se a si mesmo por nossos pecados.
Segundo o sistema levítico, todo sumo sacerdote é escolhido entre os homens e constituído a favor deles. Ele traz ao altar sacrifícios sem sangue e de sangue (v.1). É exigido dele que possa “condoer-se” ou “ter compaixão” do povo, ou seja, em seu julgamento, não deve ser severo demais e nem tolerante ao ponto de transigir com o mal (vv.2,3).
De acordo com o enunciado acima, peça a seus alunos que procurem na Bíblia referências que demonstrem essas qualificações da vocação sacerdotal em Jesus.
introdução
Os sumos sacerdotes do Antigo Testamento, apesar de serem santos, eram limitados e imperfeitos. Arão, por exemplo, ainda que grandemente honrado ao ser separado para o ofício de sumo sacerdote, cometeu uma falha indecorosa: levantou um ídolo em forma de bezerro de ouro e levou o povo a pecar.
Mas Cristo, nosso Sumo Sacerdote, é superior a Arão, não somente por sua infalibilidade e perfeição, mas porque cumpriu cabalmente o plano divino de redenção de toda a humanidade.
III. A MISSÃO TERRENA DE JESUS
Os gnósticos ensinavam que o corpo é intrinsecamente mau. Mas Jesus, o Verbo divino, provou o contrário. Ele se fez carne, “e habitou entre nós”, tornando-se homem completo, pleno, perfeito. E não apenas se fez carne, mas tomou a “forma de servo” (Fp 2.7); na semelhança da “carne do pecado” (Rm 8.3), suportou a “paixão da morte” (Hb 2.9).
Jesus como ser humano teve um desenvolvimento humano normal: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2.52). Como Filho de Deus, Ele obedeceu ao Pai.
Nesse aspecto, é oportuno lembrar que alguns teólogos, baseados no versículo em foco e em outras referências, pregam a doutrina da predestinação absoluta, resumida na sentença “uma vez salvo, para sempre salvo”. Entretanto, o versículo mostra inequivocamente que a salvação não é eterna a priori, mas sim condicional. Ela é eterna para “todos os que lhe obedecem”. Desse modo, exclusivamente é salvo quem crê e segue a Cristo em obediência.
CONCLUSÃO
Como podemos constatar no capítulo cinco de Hebreus, o texto revela com clareza meridiana a superioridade do sacerdócio de Cristo em relação ao de Arão. Outro ponto importante diz respeito a humanidade de Cristo: o escritor assevera que Jesus foi humano o suficiente para buscar a Deus, o Pai, em oração, súplicas e lágrimas, sendo obediente como Filho. Trata-se de um exemplo inigualável e uma lição incomparável para nós, mortais, que, às vezes somos relapsos em fazer a vontade do Senhor, em obediência irrestrita.
Condicional: Dependente de condição, que envolve condição.
Distinção: Ato ou efeito de distinguir(-se); diferença, separação.
Dom: Donativo, dádiva, presente.
Indecoroso: indecente, indigno, vergonhoso.
Investidura: Ato de investir ou dar posse.
Mediador: Que ou aquele que medeia ou intervém, medianeiro.
Oferente: Oferecedor.
Relapso: Aquele que reincide em erro, obstinado, contumaz, que ou aquele que falta a seus deveres.
Simpatia: Sentimento caloroso e espontâneo que alguém experimenta em relação a outrem.
Subsídio Bibliológico
“‘Todo sumo sacerdote’ (Hb 5.1). Duas qualificações são necessárias para um verdadeiro sacerdócio. (1) O sacerdote deve ser compassivo, manso e paciente com aqueles que se desviam por ignorância, por pecado involuntário e por fraqueza (v.2; 4.15; cf. Lv 4; Nm 15.27-29). (2) Deve ser designado por Deus (vv.4-6). Cristo satisfaz ambos os requisitos.
A origem de Melquisedeque (5.6). Melquisedeque é uma personagem misteriosa do Antigo Testamento, que aparece em Gn 14 como o sacerdote de Deus em Salém (que é Jerusalém, Gn 14.18; Js 18.28; Sl 110.1-4; Hb 7.1), antes dos tempos do sacerdócio levítico. O sacerdócio de Cristo é do mesmo tipo que o de Melquisedeque” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, págs. 1905, 1906).
“Em relação a Cristo, os cristãos hebreus não o reconheciam sob a figura de Sumo Sacerdote. Por isso, não compreendiam a aplicação desse título e ofício à sua pessoa. Não sendo Ele da linhagem de Arão, naturalmente não o contemplariam como sacerdote. Seu ministério também não lhes despertara tal pensamento, uma vez que não reivindicou nenhum privilégio de acesso ao templo, nem executou nenhuma função sacerdotal, e sempre criticou o concerto judaico do sacerdócio (Vicent).
O autor resumidamente apresenta as características e atribuições do sumo sacerdote (5.1-4), demonstrando que são perfeitamente satisfeitas em Cristo (5.5-10).
Segundo o sistema levítico, todo sumo sacerdote é escolhido entre os homens e constituído a favor dos homens. Ele traz ao altar tanto sacrifícios cruentos como sem sangue (5.1). Exige-se dele que possa condoer-se ou ter compaixão do povo. A expressão significa ser ‘moderado’ ou ‘tenro’ em seu julgamento, nem severo demais nem tolerante demais. Não deve ser homem que se irrita diante do pecado e da ignorância, nem transigente com o mal (vv.2,3) Ele deve ser chamado por Deus (v.4)” (Comentário Bíblico Hebreus, CPAD, pág. 135).
Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes”
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 6: O perigo da apostasia
Data: 5 de Agosto de 2001
“Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos” (Hb 6.9).
Há um grande perigo para aqueles que, uma vez conhecendo a verdade de Deus, dela se afastam, negando sua eficácia e poder.
Segunda - Hb 12.16
Fornicação espiritual
Terça - Hb 12.17
Arrependimento tardio
Quarta - Pv 24.16
O justo cai e se levanta
Quinta - Hb 3.16
Deus contra os desobedientes
Sexta - Hb 3.17,18
Mortos por desobediência
Sábado - Fp 2.11
Jesus é o Senhor
Hebreus 5.11-14; 6.1,2,4-6,10,13,16-20.
Hebreus 5
11 - Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação, porquanto vos fizestes negligentes para ouvir.
12 - Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos da palavra de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido mantimento.
13 - Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino.
14 - Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.
Hebreus 6
1 - Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus,
2 - e da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno.
4 - Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo,
5 - e provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro,
6 - e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério.
10 - Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho da caridade que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis.
13 - Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo.
16 - Porque os homens certamente juram por alguém superior a eles, e o juramento para confirmação é, para eles, o fim de toda contenda.
17 - Pelo que, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs como juramento,
18 - para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta;
19 - a qual temos como âncora da alma segura e firme e que penetra até o interior do véu,
20 - onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.
Comece a aula perguntando a seus alunos se eles se consideram crentes espiritualmente maduros. Depois fale um pouco sobre a urgência da maturidade cristã. Os cristãos hebreus, destinatários da epístola em apreço, eram ainda “criancinhas” quando, pelo tempo de crentes, deveriam ter alcançado certa maturidade. Já era tempo para eles serem mestres dos outros, enquanto na realidade, careciam de instrução elementar. Eram inexperientes, imaturos e mal preparados para participarem das discussões dos problemas de grande vulto do pensamento cristão. O escritor pretendia deixar claro que não se consegue a maturidade cristã pelo retorno aos padrões dos primeiros estágios da instrução cristã. Para que o edifício espiritual seja concluído, é necessário ir além do lançamento dos alicerces, isto é, o arrependimento de obras mortas e fé em Deus.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Os cristãos hebreus haviam sido uma vez iluminados através da revelação de Deus em Cristo. Haviam experimentado o dom celestial, o Espírito Santo, e a boa Palavra de Deus, o evangelho de Cristo, pregado entre eles com toda manifestação de poder e milagres. Para essas pessoas, caso se desviassem, seria impossível serem renovadas outra vez para arrependimento, uma vez que deliberadamente rejeitaram a Cristo, declarando que a sua crucificação não possuía mais o sentido que antes lhe atribuíam.
O escritor aos hebreus sentiu bem de perto o perigo que aqueles crentes nessas circunstâncias enfrentavam, por isso os advertiu.
Peça a seus alunos para relacionarem no quadro de giz os passos que normalmente conduzem os crentes inadivertidos à apostasia. Depois, compare-os com os exemplos abaixo:
introdução
Quando o cristão estaciona na fé e não se aprofunda no conhecimento das coisas de Deus, corre o risco de ser levado por ventos de doutrinas (Ef 4.14) e apostatar, vindo a perder-se eternamente por não se arrepender. O tema desta lição, por seu expressivo conteúdo doutrinário, merece cuidadosa análise à luz da Palavra de Deus.
Essa gente precisa, se quer mesmo crescer e ser adulto na fé, do leite puro da Palavra de Deus para crescimento, fortalecimento e imunização espiritual.
O escritor fala de “arrependimento de obras mortas”. Sendo eles judeus convertidos ao cristianismo, provavelmente ainda queriam reviver os velhos conceitos da lei, tais como a guarda do sábado, a implementação dos sacrifícios, a observância das luas novas, etc, esquecendo-se da salvação somente pela graça, mediante a fé.
III. O GRAVE PERIGO DA APOSTASIA
É uma situação tão difícil que a pessoa acaba blasfemando contra o Espírito de Deus, não tendo mais condições de obter o perdão do Pai (cf. Mt 12.31). Este é o “pecado para a morte” de que trata o apóstolo João em sua epístola (1 Jo 5.16b).
CONCLUSÃO
Aqueles que têm a experiência gloriosa da salvação precisam cuidar-se para não caírem no engano do Diabo. É indescritível o prejuízo de quem apostata da fé, negando a eficácia do sangue de Cristo para a salvação dos pecadores. Tais desafortunados podem chegar à situação de arrependimento impossível, e se perderem eternamente.
Apostatar: Desertar (da fé), mudar de religião ou de partido.
Blasfemar: Proferir palavras blasfemas e ultrajantes.
Carecer: Não ter, não possuir.
Embusteiro: Quem ou aquele que usa de embustes; mentiroso, intrujão, impostor.
Empedernido: Que se tornou duro como pedra; petrificado; endurecido, insensível, duro.
Estultícia: Qualidade ou procedimento de estulto; estultice.
Implementar: Dar, executar a (um plano, programa ou projeto).
Premeditar: Resolver com antecipação e refletidamente; planejar.
Propiciar: Tornar propício, favorável.
Rudimentar: Que tem o caráter de rudimento; elementar.
Vitupério: Insulto, injúria, ato vergonhoso, infame ou criminoso.
Subsídio Bibliológico
“Neste ponto, o autor poderia ter procedido a comparação de Cristo com Melquisedeque. Mas, temendo que o leitor não alcançasse o seu significado, uma vez que seria contrária às opiniões correntes judaicas, ele formula um aviso e só retoma o argumento a partir do capítulo 7.
Nos versículos 11-14 (Cap. 5), o autor alerta quanto aos perigos de estacionar na vida espiritual e menciona as possíveis consequências. A vida espiritual é semelhante à natural: em todos os seus estágios depende de fatores sem os quais não poderá ser mantida. Um crescimento sadio dá ao cristão condições de se apropriar do que seria impossível num estágio anterior e inferior. Contudo, essa constatação traz sérias responsabilidades:
Os hebreus eram ainda ‘criancinhas’ quando, pelo tempo de convertidos, deveriam ter alcançado certa maturidade. Já era tempo de serem mestres e não de estarem buscando instrução elementar. Eram inexperientes, imaturos e despreparados para participar das discussões sobre problemas de grande vulto do pensamento cristão.
Segue-se uma exortação para avançarem na busca de um conhecimento mais elevado a que o autor os conduz, convicto de que o acompanharão (6.1-3): ‘Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição’. Os crentes hebreus precisarão de maior percepção espiritual, uma vez que o autor irá demonstrar que o sacerdócio de Cristo significa a abolição da Antiga Aliança.
Não se consegue a maturidade cristã retornando aos padrões dos primeiros estágios da instrução cristã. Para que o edifício espiritual seja concluído, é mister ir além dos alicerces — o arrependimento das obras mortas pela fé em Deus” (Comentário Bíblico Hebreus. CPAD, págs. 136,137).
Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes”
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 7: Cristo, Sacerdote eterno e perfeito
Data: 12 de Agosto de 2001
“Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus” (Hb 7.26).
Jesus Cristo no céu é o nosso eterno Sumo Sacerdote, sempre intercedendo por nós perante a face de Deus.
Segunda - At 2.32
Jesus venceu a morte
Terça - At 10.38
Jesus, o ungido de Deus
Quarta - At 16.31
Jesus, nosso Salvador
Quinta - 1 Co 3.11
Jesus, nosso fundamento
Sexta - 1 Tm 2.5
Jesus, único mediador
Sábado - Hb 2.9
Jesus, coroado de glória
Hebreus 7.1-3,11,12,24-27.
1 - Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou;
2 - a quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça e depois também rei de Salém, que é rei de paz;
3 - sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas, sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.
11 - De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei) que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?
12 - Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.
24 - mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.
25 - Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.
26 - Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus,
27 - que não necessitasse, como sumos sacerdotes, de oferecer a cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados, e depois, pelos do povo; porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.
Melquisedeque é descrito, em poucas palavras, como uma figura singular na história do Antigo Testamento. Sua genealogia é desconhecida, como também não é registrado nada depois do seu aparecimento até Abraão. O que se sabe de Melquisedeque é que era sacerdote do Deus Altíssimo, rei de justiça e que recebeu os dízimos de Abraão. Se esse sacerdote foi honrado pelo patriarca, maior honra deve ter o Senhor Jesus, que é infinitamente superior a Melquisedeque. O autor da epístola aos hebreus demonstra a insuficiência da lei, que não podia salvar nem aperfeiçoar os homens em Deus. Jesus Cristo por sua vez, como sacerdote perfeito e definitivo, proveu-nos mediante a nossa fé a eterna salvação.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
O autor da epístola agora reverte ao argumento deixado no capítulo 5, versículo 10, no qual se referia a Cristo como Sumo Sacerdote de um serviço divino, de ordem mais elevada do que aquela estabelecida sob a lei mosaica. Esta ordem sacerdotal é de origem divina e segundo a ordem de Melquisedeque. A descrição histórica desse personagem singular, encontra-se em Gênesis 14.17-20. Ele surge nas páginas sagradas qual estrela nova, no firmamento. Logo desaparece para só o encontrarmos na epístola aos hebreus.
O fato de as Escrituras não apresentarem o registro genealógico do nascimento de Melquisedeque ou sua morte, já o torna tipo perfeito do sacerdócio eterno de Cristo.
Divida a turma em quatro grupos. Depois distribua entre os grupos as tarefas discriminadas abaixo. Tais atividades deverão ser realizadas no máximo em 10 minutos. Cada grupo deverá apresentar no quadro de giz um esboço ou resumo de suas conclusões.
Grupo A: Listar as características de Melquisedeque (vv.1-8).
Grupo B: Responder qual a relação entre Melquisedeque e o sacerdócio levítico (vv.4-10).
Grupo C: Comparar o sacerdócio levítico com o de Cristo (vv.11-25).
Grupo D: Demonstrar a qualidade superior do sacerdócio de Cristo (vv.26-28).
introdução
São poucas, mas profundas as informações da Epístola sobre Melquisedeque, as quais fazem deste uma personagem enigmática, de difícil compreensão quanto à sua origem, desenvolvimento e consumação de sua obra. Cristo Jesus, ao contrário, sendo Deus, revelou-se de tal forma à humanidade, que dEle se pode conhecer o que Deus quis revelar, tornando-se nosso sacerdote eterno, perfeito e imaculado.
A Bíblia não provê detalhes sobre a pessoa de Melquisedeque; daí haver muitas especulações a seu respeito.
O primeiro sacerdócio, com suas imperfeições, não era capaz de salvar, mas Cristo como Sumo Sacerdote, mediante o seu próprio sangue deu-nos acesso a Deus, garantindo-nos a salvação plena.
III. O SACERDÓCIO PERPÉTUO E PERFEITO DE CRISTO
CONCLUSÃO
Nesta lição verificamos que, em todos os aspectos o sacerdócio de Cristo, proveniente da ordem de Melquisedeque, é superior ao sacerdócio arônico. Com isto, devemos ser gratos a Deus por fazermos parte de sua linhagem espiritual.
Dignidade: Autoridade moral, honestidade, honra.
Hipotético: Fundado em hipótese, duvidoso, incerto.
Imaculado: Que não tem mácula ou mancha de pecado, puro, inocente.
Linhagem: Genealogia, geração.
Monoteísta: Que ou quem admite um só Deus.
Reputar: Considerar, julgar, achar.
Sacro: Sagrado, venerável, respeitável.
Subsídio Teológico
“Melquisedeque (Hb 7.1). Melquisedeque, contemporâneo de Abraão, foi rei de Salém e sacerdote de Deus (Gn 14.18). Abraão lhe pagou dízimos e foi por ele abençoado (vv.2-7). Aqui, a Bíblia o tem como uma prefiguração de Jesus Cristo, que é tanto sacerdote como rei (v.3) O sacerdócio de Cristo é ‘segundo a ordem de Melquisedeque’ (6.20), o que significa que Cristo é anterior a Abraão, a Levi e aos sacerdotes levítico, e maior que todos eles.
“Sem pai, sem mãe (Hb 7.3). Isso não significa que Melquisedeque, literalmente, não tivesse pais nem parentes, nem que era anjo. Significa tão somente que as Escrituras não registram a sua genealogia e que nada diz a respeito do seu começo e fim. Por isso, serve como tipo de Cristo eterno, cujo sacerdócio nunca terminará.
Vivendo sempre para interceder (Hb 7.25). Cristo vive no céu, na presença do Pai (8.1), intercedendo por todos os seus seguidores, individualmente, de acordo com a vontade do Pai (cf. Rm 8.33,34; 1 Tm 2.5; 1 Jo 2.1). (1) Pelo ministério da intercessão de Cristo, experimentamos o amor e a presença de Deus e achamos misericórdia e graça para sermos ajudados em qualquer tipo de necessidade (4.15; 5.2), tentação (Lc 22.32), fraqueza (4.15; 5.2), pecado (1 Jo 1.9; 2.1) e provação (Rm 8.31-39). (2) A oração de Cristo como sumo sacerdote em favor do seu povo (Jo 17), bem como sua vontade de derramar o Espírito Santo sobre todos os crentes (At 2.33) nos ajudam a compreender o alcance do seu ministério de intercessão (ver Jo 17.1). (3) Mediante a intercessão de Cristo, aqueles que se chegam a Deus (i.e., se chega continuamente a Deus, pois o particípio no grego está no tempo presente e salienta a ação contínua) podem receber graça para ser salvo ‘perfeitamente’. A intercessão de Cristo como nosso sumo sacerdote é essencial para a nossa salvação. Sem ela, e sem sua graça e misericórdia e ajuda que nos são outorgadas através daquela intercessão, nos afastaríamos de Deus, voltando a ser escravos do pecado e ao domínio de satanás, e incorrendo em justa condenação. Nossa esperança é aproximar-nos de Deus por meio de Cristo, pela fé (ver 1 Pe 1.5)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, págs. 1907-1909).
Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes”
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 8: Cristo, mediador de uma melhor aliança
Data: 19 de Agosto de 2001
“Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo!” (Hb 8.10).
O Antigo Pacto cumpriu o seu objetivo e foi substituído por outro superior, sendo Cristo o seu mediador.
Segunda - 1 Tm 2.5
Cristo, mediador entre Deus e os homens
Terça - Hb 8.6
Mediador de melhor concerto
Quarta - Hb 9.15
Mediador da Nova Aliança
Quinta - Is 54.10
Aliança da paz
Sexta - Is 55.3
Aliança perpétua
Sábado - Jr 31.31
Nova Aliança
Hebreus 8.1-4,6-13.
1 - Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade,
2 - ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
3 - Porque todo sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; pelo que era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer.
4 - Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei.
6 - Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas.
7 - Porque, se aquele primeiro fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para o segundo.
8 - Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei um novo concerto,
9 - não segundo o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; como não permaneceram naquele meu concerto, eu para eles não atentei, diz o Senhor.
10 - Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel diz o Senhor, porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo.
11 - E não ensinará cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.
12 - Porque serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.
13 - Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece perto está de acabar.
Jesus Cristo é o Mediador da Nova Aliança. Que significa isso? Qual a importância desse fato? A aliança dada por Moisés deveria ser desprezada? Se todos os rituais e cerimônias do judaísmo haviam perdido o seu valor, o que existia para tomar o seu lugar? Qual seria a base para alguém se comunicar com Deus? Estas eram as interrogações daqueles crentes hebreus. O presente estudo declara-nos a resposta: a base agora deveria ser Jesus Cristo. Ele é o Ministro do “verdadeiro tabernáculo” (v.2); o Mediador de superior aliança (v.6). O tabernáculo é a morada de Deus. Sendo Ministro, Jesus Cristo nos leva à própria presença de Deus, onde temos plena comunhão com Ele. Por ser de uma superior aliança, Cristo nos prepara e equipa para entrarmos e morarmos no Lugar Santíssimo. Aleluia!
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Nós, os crentes do Novo Concerto, possuímos um Sumo Sacerdote de classe única e proeminente: Alguém que em si mesmo é a realidade, que corresponde e cumpre o padrão estabelecido por Deus para o sacerdócio; Alguém cujo ministério, por conseguinte, é cumprido na esfera celestial, e não na terrena; Alguém cuja obra foi consumada pela entronização à mão direita de Deus; e Alguém que, por isso mesmo, é apto para cumprir um mais excelente ministério na qualidade de mediador de um novo e melhor Concerto: Cristo, nosso amado Salvador, tornou-se ministro do verdadeiro tabernáculo, tendo entrado em nosso lugar não em algum santuário terreno, mas na própria presença de Deus, efetuou eterna redenção.
Divida a turma em dois grupos (A e B). O grupo A deverá ler Hebreus 8.1-5 e contrastar o ministério sacerdotal de Cristo com o levítico. O grupo B deverá ler Hebreus 8.7-13 e contrastar a Antiga Aliança com a Nova. Dê a eles pelo menos 10 minutos para a execução desta tarefa. Utilize o esquema abaixo para orientar esta atividade.
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introdução
A Antiga Aliança implicava mandamentos, estatutos e juízos, os quais não foram observados pelo povo escolhido. Era um concerto transitório, como indica o escritor: “Porque se aquele primeiro fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para o segundo” (v.7). Diante disso, Jesus trouxe uma Nova Aliança, que se estabeleceu, não em atos exteriores, rituais, mas no interior do homem, no entendimento e no coração. Por isso, é um melhor concerto. Que o Senhor nos faça entender esse tema, e que o valorizemos em nossa vida cristã!
Em relação a nós, diz a Bíblia, que “ele está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.34b). Há milhões de crentes, orando todos os dias, em todos os lugares, em todas as mais de 6.000 línguas conhecidas, e Jesus está ouvindo essas orações, e intercedendo por nós. Glória a Deus! Jesus contempla todos os seus servos e trabalha em favor deles. (Leia Is 64.4).
III. UM NOVO CONCERTO
No Antigo Pacto, o culto era mais exterior: havia os sacrifícios de animais, os rituais, a guarda dos sábados, das luas novas, etc. O Novo Concerto trazido por Cristo, em tudo é superior. A lei de Cristo é colocada no coração do homem. Em lugar de todos os sacrifícios do Antigo Pacto, Cristo, entregando-se na cruz, efetuou um único e suficiente sacrifício, expiador e redentor. Glória a Deus!
CONCLUSÃO
Não devemos ter nenhuma dúvida quanto à validade da Nova Aliança, perpetrada por Cristo. O apóstolo Paulo escrevendo aos Coríntios, asseverou: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17). Isso se refere a quem aceitou a Cristo, deixando os velhos pecados e costumes, e que deve valorizar a cada dia a salvação em Cristo Jesus, não voltando às velhas práticas. É preciso ter firmeza na fé.
Deficiente: Falto, falho, carente, incompleto.
Exuberante: Superabundante, cheio, repleto.
Holocausto: sacrifício em que a vítima era queimada inteira.
Implicar: Tornar confuso, enredar, embaraçar, enlear.
Transitório: De pouca duração, que passa; passageiro, efêmero, transitivo.
Subsídio Bibliológico
“O novo santuário e a nova aliança (Cap. 8). Antes de considerar detalhadamente a obra sacerdotal de Cristo (cap. 9; 10.1-18), o autor apresenta um panorama geral, quanto à natureza, da relação entre o novo santuário (8.1-6) e a Nova Aliança (8.7-13).
O autor inicia o argumento dizendo: ‘Quanto ao assunto em discussão, este ponto é principal (a essência do que temos dito) porque agora possuímos um Sumo Sacerdote, e Ele já está exercendo a obra sacerdotal condigna à sua posição no santuário celeste’. Este santuário foi divinamente estabelecido sobre o trono da majestade nas alturas (vv.1,2).
A obra de Cristo como Sumo Sacerdote, nas regiões celestiais, de maneira nenhuma poderia cumprir-se na terra, pois no tempo que foi escrita a epístola ainda havia uma ordem sacerdotal (ultrapassada, contudo ainda funcionando) estabelecida pela lei mosaica. Uma vez que Cristo não pertencia à tribo de Levi (7.13,14), naturalmente não podia atuar com eles (vv.5,6).
O sistema levítico baseava-se numa aliança que até os profetas reconheceram imperfeita e transitória, pois falavam do propósito divino de estabelecer uma nova. Se a primeira fosse perfeita, não haveria procura por uma segunda aliança (v.7). Daí entendemos que havia no coração do povo santo que viveu no Antigo Testamento um senso de satisfação. Procuravam algo superior. E essa aliança melhor já fora prometida, como provam as Escrituras (Jr 31.31-34; Ez 36.25-29; vv.8-12).
Características da Nova Aliança:
(Comentário Bíblico — Hebreus. CPAD, págs.145-147)
Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes”
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 9: Cristo trouxe maior glória na adoração a Deus
Data: 26 de Agosto de 2001
“Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas” (Hb 8.6).
Com Cristo, o culto a Deus passou a ter uma glória maior do que no antigo pacto, pois Ele substituiu os símbolos rituais pela realidade da verdadeira adoração.
Segunda - Êx 2.24
Um concerto com Abraão, Isaque e Jacó
Terça - Dt 4.13
Um concerto em tábuas de pedra
Quarta - Jr 31.32
Um concerto invalidado
Quinta - Jr 31.31
Um Novo Concerto com Israel
Sexta - Jr 31.33
Um Novo Concerto no coração
Sábado - Rm 8.1
Um Concerto sem condenação
Hebreus 9.1,2,11,12,15,22-28.
1 - Ora, também o primeiro tinha ordenanças de culto divino e um santuário terrestre.
2 - Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o Santuário.
11 - Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
12 - nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
15 - E, por isso, é mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.
22 - E quase todas as coisas segundo a lei, se purificam com sangue, e sem derramamento de sangue não há remissão de pecado.
23 - De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios melhores do que estes.
24 - Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus;
25 - nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio.
26 - Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
27 - E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo,
28 - assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação.
Antes de falar sobre as glórias do sacerdócio de Cristo, o escritor apresenta em retrospecto o ministério levítico, descrevendo o Tabernáculo com seus dois compartimentos, o Lugar Santo e o Santo dos Santos. Havia algo de belo e majestoso nessa antiga administração do culto e serviço sacerdotal, o qual, pelo contraste, enaltece a glória da nova ordem cristã.
Deus ordenou ao povo de Israel que construísse um santuário, e orientou-o em cada detalhe desta construção. Em razão de ser a habitação de Deus no deserto, o povo o venerava. Entretanto, o tabernáculo e seus elementos eram passageiros e inferiores a Cristo.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Sob a ordem mosaica entendia-se que não havia livre acesso à presença de Deus. Somente uma vez por ano, e isso por meio dum representante. Somente mediante sacrifício cruento podia o povo aproximar-se de Deus. A lição que aprendemos é que devido ao pecado, o propósito do homem de acercar-se diretamente de Deus era frustrado. Toda a economia levítica era provisória, não passando de sombra ou tipo da realidade celestial. Os sacrifícios anuais jamais poderiam resolver o problema da consciência. Por serem provisórios, eles aguardavam um tempo de “reforma”, uma ocasião melhor.
Se possível, amplie no quadro de giz a figura abaixo. Em seguida convide sete dos seus alunos para colocarem o nome das peças do tabernáculo no lugar correspondente.
introdução
Nas lições referentes aos capítulos de 8 a 10 da epístola em estudo, vemos a diferença marcante entre o ministério sacerdotal, no antigo pacto, e o de Cristo, como Sumo Sacerdote no Novo Concerto. Nesta lição, que dá sequência ao tema da anterior, veremos, mais uma vez, que, em todos os aspectos, o Novo Concerto é melhor e mais glorioso que o primeiro.
Quando oramos, não devemos ficar “no Pátio” (oração monótona). Precisamos passar ao “Lugar Santo” (oração objetiva) e chegar ao “Santo dos Santos” (oração no Espírito).
III. O SACRIFÍCIO PERFEITO DE CRISTO
CONCLUSÃO
O Novo Concerto trazido por Cristo realizou-se através de um sacrifício perfeito e único, que não precisa repetir-se, em substituição aos sacrifícios imperfeitos do antigo concerto. Assim, sejamos gratos a Deus pela morte de Cristo na cruz do Calvário, o qual por nós efetuou uma eterna redenção.
Negligência: Desleixo, descuido, desatenção.
Outorga: Ato ou efeito de outorgar; consentimento, concessão.
Redenção: Resgate, libertação. Livramento proporcionado por Cristo ao oferecer-se para morrer em nosso lugar.
Remissão: Compensação, paga, satisfação.
Testador: Que ou aquele que testa ou faz testamento.
Subsídio Teológico
“A expiação da Nova Aliança (9.11-22). O tema de reforma introduz um santuário melhor, um sacrifício eficiente e uma salvação mais completa. O serviço do sumo sacerdote judaico no Dia da Expiação representava o clímax do sistema levítico. Nesse dia, todo ano, ele entrava na presença divina, num tabernáculo terreno, levando o sangue expiatório de animais. Sob a Nova Aliança, Cristo, ‘o sumo sacerdote dos bens futuros’, entrou uma vez para sempre no próprio tabernáculo, levando o seu próprio sangue como expiação.
O sangue de touros e de cabras efetuava apenas purificação ritualística e simbólica, de alcance limitado, mas o sangue de Cristo, oferecido como sacrifício espiritual e vivo, executa a purificação interior, que traz comunhão com o Deus vivo (vv.13,14).
O bispo Westcott observa os seguintes itens pelos quais o sangue de Cristo é superior, partindo da análise de seu sacrifício, que foi:
Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes”
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 10: A eficácia do sacrifício de Cristo
Data: 2 de Setembro de 2001
“Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam” (Hb 10.1).
Os sacrifícios diários do Antigo Concerto não foram eficazes para a salvação dos pecadores. O sacrifício de Cristo, oferecido uma só vez, garante-nos a certeza da eterna salvação, pela fé em seu nome.
Segunda - Cl 2.17
Sombra das coisas futuras
Terça - Lv 16.21
Pecados sobre um animal
Quarta - Mq 6.6,7
Dúvidas quanto ao sacrifício
Quinta - Sl 40.6
Sacrifício rejeitado
Sexta - Jo 17.19
Jesus santificou-se por nós
Sábado - Hb 9.12
Uma eterna redenção
Hebreus 10.1,3,4,9-12,14,19,22-25.
1 - Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.
3 - Nesses sacrifícios, porém, cada ano, se faz comemoração dos pecados,
4 - porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados.
9 - Então, disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro para estabelecer o segundo.
10 - Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez.
11 - E assim todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados;
12 - mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus,
14 - Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados.
19 - Tendo pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus,
22 - Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa,
23 - retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu.
24 - E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras,
25 - não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.
Os profetas anunciaram uma Nova Aliança. Em que ela se baseia? Qual a sua precípua finalidade? Ela indica o único caminho que conduz o homem a Deus. A Nova Aliança propicia a entrada ao trono divino, mediante o perdão e o esquecimento de todos os pecados. Cristo inaugurou-a com o sacrifício de si mesmo. Agora já não precisamos continuar fazendo os sacrifícios levíticos. O que aqueles sacrifícios não podiam fazer, foi feito pelo sacrifício de Cristo sobre a cruz.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Instituído por Deus, os sacrifícios de animais eram a única forma de se aplacar a ira divina contra o pecado e aproximar o homem do seu Criador. Entretanto, tais sacrifícios demonstraram ser ineficazes porque apenas aplacavam temporariamente a ira de Deus, mas não removiam o pecado. Desta forma, havia a necessidade de um sacrifício único e perfeito, que propiciasse aos homens a certeza da reconciliação com Deus.
O autor da epístola em estudo não apenas apresenta Cristo como o último Sumo Sacerdote, mas como o sacrifício perfeito diante de Deus; sacrifício que tira definitivamente os pecados.
O preparo da lição faz parte dos deveres do professor, e deve ser feito tendo em vista a necessidade do aluno, e não a do professor. O que interessa a um aluno adulto, não interessa a um jovem ou a uma criança.
Preparar uma lição sem pensar nisso é ficar diante da classe pregando no deserto. O professor deve preparar a lição tendo em mira três propósitos para com o aluno: 1) O que desejo que meus alunos aprendam? 2) O que desejo que meus alunos sintam? 3) O que desejo que meus alunos façam? (A Escola Dominical, CPAD).
Para esta lição, peça a seus alunos que tentem identificar, no texto em estudo, quais as quatro fraquezas do sacrifício levítico. Observe o esquema abaixo:
Os sacrifícios levíticos...
1) Não podem tornar perfeitos os ofertantes (v.1);
2) Não podem satisfazer a consciência quanto ao pecado (v.2);
3) Não podem apagar a memória dos pecados (v.3);
4) Não podem tirar os pecados (v.4).
introdução
No Antigo Testamento, os sacrifícios eram repetidos todos os dias por sacerdotes comuns. O sumo sacerdote entrava todos os anos no lugar santíssimo para oferecer sacrifícios por si mesmo e pelo povo. Mas, como tudo isso era “sombra dos bens futuros”, tais sacrifícios não aperfeiçoavam ninguém. Com Cristo, nosso Sumo Sacerdote, temos a certeza da plena salvação que nos aperfeiçoa, até que um dia cheguemos “a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13). E isso só ocorrerá no céu.
III. UM SACRIFÍCIO PERFEITO
Se de um lado, Cristo ofereceu seu próprio sangue como holocausto em nosso favor, por outro, Ele foi aceito como oferta de cheiro suave a Deus, “feita uma vez”, de modo que, em Cristo, somos aceitos por Deus.
CONCLUSÃO
Diante do que estudamos nesta lição, cremos que não há lugar para qualquer dúvida quanto à superioridade do Novo Concerto, baseado no perfeito e único sacrifício de Cristo em relação ao antigo, realizado na base de sacrifícios de animais, que apenas cobriam provisoriamente os pecados do povo.
Advento: Vinda, chegada, aparecimento.
Delito: Fato que a lei declara punível, crime.
Desígnio: Intento, plano, projeto.
Inconteste: Que não é conteste, afirmativo.
Incruento: Em que não houve derramamento de sangue, que não custou sangue.
Oblação: Ação pela qual se oferece qualquer coisa a Deus.
Resignação: Renúncia espontânea de uma graça ou de um cargo.
Vicário: Que toma o lugar de outrem ou de outra coisa.
Subsidio Teológico
“O sangue dos touros (Hb 10.4). O sangue de animais era apenas uma provisão ou expiação temporária pelos pecados do povo; em última análise, era necessário um homem para servir como substituto da humanidade. Por isso, Cristo veio à terra e nasceu como homem a fim de que pudesse oferecer-se a si mesmo em nosso lugar (2.9,14). Além disso, somente um homem isento de pecado poderia tomar sobre si nosso castigo pelo pecado (2.14-18; 4.15) e, assim, de modo suficiente e perfeito, satisfazer as exigências da santidade de Deus (cf. Rm 3.25,26).
Aperfeiçoou para sempre os... santificados (Hb 10.14). A oferenda única de Cristo na cruz e seu resultado (i.e., a salvação perfeita) são eternamente eficazes todos quantos estão santificados ao se chegarem a Deus por meio de Cristo (v.22; 7.25) Note que a palavra no grego ‘santificar’, aqui e no versículo 10, são particípios presentes que enfatizam a ação contínua no tempo presente.
Quando vedes que se vai aproximando aquele dia (Hb 10.25). O dia da volta de Cristo para buscar os seus fiéis está se aproximando. Até chegar esse dia, enfrentaremos muitas provações espirituais e muitas falsificações na doutrina. Devemos congregar-nos regularmente para encorajarmos mutuamente e nos firmarmos em Cristo e na fé apostólica do novo concerto.” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, págs. 1914, 1915).
Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes”
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 11: O pecado imperdoável
Data: 9 de Setembro de 2001
“Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados” (Hb 10.26).
Há situações específicas em que o pecador se coloca deliberadamente contra Cristo, num estado tão tenebroso de iniquidade que se torna impossível sua restauração.
Segunda - Nm 15.30
A alma extirpada do meio do povo
Terça - 2 Pe 2.20
O último estado pior do que o primeiro
Quarta - 2 Pe 2.21
Desvio perigoso
Quinta - Ez 36.5
Menosprezando a Deus
Sexta - Dt 17.2
Traspassando o concerto
Sábado - Mt 12.31,32
Pecado que não será perdoado
Hebreus 10.26-31,38,39.
26 - Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados,
27 - mas uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários.
28 - Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas.
29 - De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?
30 - Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.
31 - Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.
38 - Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.
39 - Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que creem para a conservação da alma.
Os homens precisam aceitar o sacrifício de Cristo, senão sofrerão o juízo eterno. Não há alternativa. O escritor aos hebreus apresenta a salvação como presente para os que esperam a Cristo; mas para os que rejeitam o seu sacrifício, há apenas uma expectação terrível de juízo “prestes a consumir os adversários”. O apóstolo Pedro diria a essas pessoas: “Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado”.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
O sacrifício de Cristo nos faculta o acesso a Deus. Entretanto, Deus exige de nós responsabilidade no uso de seus dons, mas deseja principalmente de nós uma vida de santidade. Pode haver na igreja pessoas que, mesmo tendo experimentado os presentes de Deus — a salvação, o perdão dos pecados, a inclusão na igreja — queiram pecar voluntariamente, não havendo para os pecados de tais pessoas qualquer sacrifício. Pelo fato de retornarem à vida de pecados e pisarem o Filho de Deus, resta-lhes a expectação de algo ruim, pois cairão nas mãos do Deus Vivo.
Divida sua turma em pequenos grupos de 2 a 4 alunos cada. Os grupos deverão discutir por 5 minutos sobre a parte “b” do versículo 26, que diz: “...já não resta mais sacrifício pelos pecados”.
Perguntas para o início da discussão: Qual o significado dessa expressão? Qual a sua abrangência?
Ao término do tempo estipulado para esta atividade, reúna os grupos e anote suas conclusões no quadro de giz. Observe se as respostas concordam com a afirmativa abaixo.
Essas palavras devem ser entendidas em dois sentidos a saber: 1) Não pode haver outro sacrifício, além daquele que já foi feito — o de Cristo —, que possa conferir perdão de pecados. Os sacrifícios levíticos foram abolidos; não têm valor para fazer expiação e não pode haver um novo sacrifício expiatório. 2) Mas além disso, o escritor sagrado indica que o pecado da apostasia é fatal; está fora do alcance do perdão divino.
introdução
Nesta lição estudaremos sobre o pecado da apostasia, para o qual “não resta mais sacrifício”. Esse tipo de pecado era conhecido entre os rabinos do Antigo Testamento. Naquela ocasião, somente os pecados de ignorância podiam ser expiados; se um homem pecasse deliberadamente, com pleno conhecimento de sua maldade, não haveria mais sacrifício em seu favor; simplesmente seria excluído do seu povo. Sua iniquidade permaneceria sobre ele e não teria direito ao perdão. Este assunto tem sido motivo de muitos questionamentos.
No capítulo 3 de Hebreus, está escrito: “Vede irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo” (v.12). “O termo gr. aphistemi, traduzido ‘apartar’ é definido como decaída, deserção, rebelião, abandono, retirada ou afastar-se daquilo a que antes se estava ligado” (Bíblia de Estudo Pentecostal). Trata-se de apostasia. “Esse pecado consiste na rejeição consciente, maliciosa e voluntária da evidência e convicção do testemunho do Espírito Santo, com respeito à graça de Deus manifesta em Jesus Cristo” (Oliveira). É nesse contexto que devemos entender o presente tema.
A verdade divina liberta (Jo 8.32) quando o pecador a recebe de coração. No entanto, quando a verdade é desprezada de modo deliberado, consciente, doloso, reincidente e ofensivo, por quem a conhece bastante, torna-se impossível o perdão porque tal pessoa repudia e repele para longe de si a graça de Deus, que pode levá-la ao arrependimento. No contexto iníquo já descrito, tal pessoa peca não somente contra o Filho, mas também contra o Pai, que o enviou, e contra o Espírito Santo, que nos convence do pecado. Quem então convencerá tal pessoa do seu pecado?
III. O JUÍZO DE DEUS É SEVERO E TOTAL
CONCLUSÃO
A apostasia, o abandono deliberado da fé em Cristo, é algo de indescritível gravidade espiritual. Se rejeitarmos o sacrifício de Cristo como paga pelos nossos pecados, nenhuma outra provisão haverá para a nossa salvação (v.26). O relativismo religioso e o secularismo que debilitam a igreja, afrouxando as regras e os limites entre o santo e o profano, constituem um sinal de alerta a todos nós. Não rejeitemos a Cristo!
Agravo: Ofensa, injúria, afronta, dano.
Apelação: Ato ou efeito de apelar, recurso.
Oráculo: Resposta de um deus a quem o consultava.
Profano: Não pertencente à religião, contrário ao respeito devido a coisas sagradas.
Rudimentar: Que tem o caráter de rudimento, elementar.
Sacrílego: Que cometeu sacrilégio.
Tenebroso: Cheio ou coberto de trevas, caliginoso, escuro.
Vitupério: Vituperação, insulto, injúria, ato vergonhoso.
Subsídio Bibliológico
“Aviso contra a apostasia. O pecado voluntário que ameaçava os hebreus consistia em abandonar o Cristianismo e voltar ao judaísmo. Não há nenhum sacrifício em favor dos que apostatam da fé em Cristo - pela alma do homem só existe um único sacrifício, o de Cristo (v.26). Ora, se o sacrifício de Cristo é definitivo, também é o último. Rejeitá-lo voluntariamente implica ‘uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo’ (v.27). O autor não limita a eficácia da obra de Cristo em favor do penitente. Essa passagem deve ser estudada em conjunto com o capítulo 6.4-8.
Sob a Antiga Aliança, quem desprezasse a Lei de Moisés era punido com a morte (v.28). O mesmo princípio está em vigência, e com maior rigor ainda para quem apostatar da fé, pois constitui afronta a Cristo, à eficácia do seu sangue e um insulto ao Espírito Santo, através de quem a graça de Deus se manifesta. Sobre os tais pesa o juízo de Deus, do qual ninguém pode escapar (vv.29-31)” (Comentário Bíblico - Hebreus, CPAD, pág. 156).
Subsídio Teológico
“Se pecarmos voluntariamente (Hb 10.26). O escritor de Hebreus volta a advertir seus leitores sobre o caso de abandonar a Cristo, como fizeram em 6.4-8.
Pisar o Filho de Deus (Hb 10.29). Continuar a pecar deliberadamente depois de termos recebido o conhecimento da verdade (v.26) é: (1) tornar-se culpado de pisar Jesus Cristo, tratá-lo com desprezo e menosprezar sua vida e morte; (2) ter o sangue de Cristo como indigno da nossa lealdade; e (3) insultar o Espírito Santo e rebelar-se contra Ele, o qual comunica a graça de Deus ao nosso coração.
O justo viverá da fé (Hb 10.38). Este princípio fundamental, afirmado quatro vezes nas Escrituras (Hc 2.4; Rm 1.7; Gl 3.11; Hb 10.38), governa o nosso relacionamento com Deus e a nossa participação na salvação provida por Jesus Cristo. (1) Esta verdade fundamental afirma que os justos obterão a vida eterna por se aproximarem fielmente de Deus com um coração sincero e crente (ver 10.22). (2) Quanto aquele que abandona a Cristo e deliberadamente continua pecando, Deus ‘não tem prazer nele’ e incorrerá na condenação eterna (vv.38,39)” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, pág. 1915).
Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes”
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 12: Elementos essenciais da fé
Data: 16 de Setembro de 2001
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1).
A fé dá ao crente a certeza daquilo que ele espera, segundo a Palavra de Deus, fazendo-o ver o invisível, contrariar a lógica, e superar os limites das fraquezas humanas.
Segunda - Rm 8.25
Esperando o que não vê
Terça - Hc 2.4
O justo viverá da fé
Quarta - Mt 6.30
Pequena fé
Quinta - Mt 9.22
Fé que salva
Sexta - Mt 15.28
Grande fé
Sábado - Mt 21.21
Fé que remove montanhas
HEBREUS 11.1-6.
1 - Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.
2 - Porque, por ela, os antigos alcançaram testemunho.
3 - Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
4 - Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala.
5 - Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte e não foi achado, porque Deus o trasladara, visto como, antes da sua trasladação, alcançou testemunho de que agradara a Deus.
6 - Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.
Na lição passada, vimos o perigo da apostasia e suas consequências. Nesta lição, estudaremos a base da vida cristã: a fé. Querendo apresentar uma parte da história antiga para demonstrar a eficiência da fé, o escritor aos hebreus principia seu relato dizendo que a própria criação do universo é uma ilustração da fé. “Pela fé entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados” (v.3). A fé se baseia na Palavra de Deus. Esta palavra consiste num poder invisível que produziu do invisível o universo, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
A fé, conforme a Palavra de Deus, é a condição básica para ser salvo e receber de Deus auxílio em todos os aspectos. É a base — “firme fundamento” — , a esperança — “das coisas que se esperam” — e a convicção — “prova das coisas que não se veem”. O escritor, recorrendo à história judaica, mostra diversas personagens que, pela fé, e não por seus próprios méritos, puderam obter da parte de Deus vitórias marcantes. Tais personagens viram de longe as promessas de Deus, e morreram crendo no cumprimento delas. Deus considera esses heróis como pessoas “dos quais o mundo não era digno”, exemplos de fé a serem seguidos por todos nós.
Trace uma linha no quadro de giz, dividindo seu espaço em duas partes. De um lado relacione as principais características dos heróis da fé descritas no cap. 11 da epístola em estudo (sem citar o nome do personagem). Do outro relacione os nomes das personagens, porém, fora da ordem especificada no texto.
Esta atividade consiste em fazer os alunos identificarem as personagens tendo em vista suas características relacionadas à fé.
Observe o quadro abaixo.
introdução
Nesta lição, estudaremos um dos assuntos mais palpitantes da Bíblia: a Fé. Esta palavra tão pequena encerra em si grande conteúdo para os que de Deus se aproximam. Sem ela não existiria a Igreja, não haveria salvos, esperança de vida futura, não poderíamos esperar um mundo melhor nem creríamos na Segunda Vinda de Cristo. É por meio da fé que recebemos as bênçãos de Deus. Esta preciosa e santíssima fé vem-nos através de Cristo, para que ninguém tenha de que se gloriar (Hb 12.2).
O escritor sacro não pretendeu simplesmente definir a fé, mas sim descrevê-la como elemento fundamental da vida cristã.
A ideia de que a oferta de Abel foi aceita por tratar-se de oferta com sangue (apontava para o sacrifício de Cristo) apesar de correta, é parcial, uma vez que a oblação de Caim, mesmo sendo de vegetais, também seria aceita por ser produto do seu trabalho como lavrador (Gn 4.3; ver v.7).
Caim tinha má índole; era iracundo e “suas obras eram más” (1 Jo 3.12), por essas razões suas ofertas não foram aceitas pelo Senhor.
III. VIRAM AS PROMESSAS DE LONGE
Na última parte do texto em estudo, a Palavra de Deus fala de forma comovente sobre dois tipos de heróis da fé. São eles:
Os homens dos quais o mundo não era digno viram de longe as promessas, mas não as alcançaram, “provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados” (vv.39,40).
CONCLUSÃO
Hoje para muitos, principalmente crianças e adolescentes que não conhecem a Deus, os heróis são os ídolos humanos ou virtuais da TV e do cinema. Esses não passam de falsos ídolos e heróis que desencaminham seus admiradores para o mal. Contudo, a Bíblia nos inspira fé e perseverança, necessárias para que confiemos nas promessas de Deus. Ela nos mostra em suas páginas a vida de homens e mulheres, crianças e adolescentes, jovens e adultos, que nos legaram exemplos extraordinários da verdadeira fé em Deus.
Asseverar: Afirmar com certeza, segurança, assegurar.
Circunstancial: Relativo a, ou resultante de circunstância.
Consubstanciar: Unir para formar uma substância; ligar, unificar, consolidar.
Índole: Propensão natural, tendência característica, temperamento.
Inquirição: Inquérito, sindicância, inquisição.
Translação: Ato ou efeito de transladar, transporte, transladação.
Subsídio Bibliológico
“Encorajamento palas vitórias da fé (Cap.11). O autor, neste capítulo, destaca a fé como sendo a grande característica e o denominador comum do verdadeiro povo de Deus em todos os tempos (cf. 10.38,39). Ele menciona detalhadamente os heróis da fé que viviam sob a antiga aliança e cujos exemplos nos incentivam a sermos leais a Deus, hoje.
O versículo 1 é muitas vezes citado como uma definição de fé, porém, na realidade é mais uma explicação das características da fé. Em poucas palavras, a fé é simplesmente confiança em Deus e sua palavra (cf. Rm 10.17). Parafraseando o versículo, poderíamos dizer: ‘A fé significa que somos confiantes; temos a certeza (algo que serve de base ou apoio a qualquer coisa, como um alicerce, um fundamento, uma promessa ou um contrato) daquilo quer esperamos receber, a convicção da realidade das coisas invisíveis’.
Foi com essa atitude de fé que, naquele tempo, os heróis enfrentaram o futuro e aprenderam as coisas invisíveis. Os antigos alcançaram testemunho e o próprio Deus também testificou da fé que possuíam, a qual superou todos os obstáculos, sendo seus feitos registrados na Bíblia como homens de fé (v.2).
A crença em Deus como Criador de todas as coisas do universo é imprescindível para a vida de fé, qualquer que seja sua manifestação (v.3). ‘Por isso, em primeiro lugar, o autor declara essa ação primária da fé, pela qual chegamos à plena certeza de que o mundo - a História e as eras - não resultou do acaso; é uma resposta à expressão da vontade de Deus’ (Westcott)” (Comentário Bíblico - Hebreus, CPAD, pág.158).
“Creia que ele existe (Hb 11.6). Este versículo descreve as convicções integrantes da fé salvífica. (1) devemos crer na existência de um Deus pessoal, infinito e santo, que tem cuidado de nós. (2) Devemos crer que Ele nos galardoará quando o buscarmos com sinceridade, sabendo que nosso maior galardão é a alegria e a presença do próprio Deus. Ele é nosso escudo e nossa grande recompensa (Gn 15.1; Dt 4.29; Mt 7.7,8 nota; Jo 14.21 nota). (3) Devemos buscar a Deus com diligência e desejar ansiosamente a sua presença e graça” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, pág.1916.).
Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes”
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 13: Perseverança na fé e santidade
Data: 23 de Setembro de 2001
“Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta” (Hb 12.1).
A vitória na vida cristã é para os que correm com paciência rumo ao encontro final com Cristo nos céus.
Segunda - Mt 10.22
Perseverando até o fim
Terça - Gl 4.2
Perseverando na oração
Quarta - Rm 12.13
Ajudando aos santos
Quinta - 1 Co 7.14
Santificação conjugal
Sexta - Jo 15.9
Permanecendo no amor
Sábado - 2 Co 13.13
A graça, o amor e a comunhão
Hebreus 12.1,2,6-8,12,13.
1 - Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta,
2 - olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
6 - porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho.
7 - Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho há a quem o pai não corrija?
8 - Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos.
12 - Portanto, tornai a levantar mãos cansadas e os joelhos desconjuntados,
13 - e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes seja sarado.
Depois de apresentar os homens de fé e a vitória que eles alcançaram, o escritor aos hebreus volta e dirigi-se aos seus leitores para estimulá-los a percorrer o mesmo caminho. Tanto os antigos crentes como nós somos aperfeiçoados em Cristo. Eles alcançaram esta posição por sua fé apesar de sofrerem tantas provações. Nós, igualmente, devemos ter uma fé ativa, despojando-nos de todo o embaraço e do pecado que nos assedia, para corrermos com perseverança a carreira que nos foi proposta.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Os cristãos hebreus tinham à sua disposição muito mais vantagens que as permitidas aos heróis que os antecederam. O autor se compara, juntamente com seus irmãos em Cristo, a atletas disputando uma corrida, ao redor dos quais está aquela numerosa plateia enfileirada, como nas arquibancadas de um grande estádio. As testemunhas da grande prova são justamente os heróis da fé, cujos feitos estão registrados no capítulo 11 da epístola em estudo. Tomando o exemplo desses homens das gerações anteriores, o escritor procura nos encorajar a correr a boa corrida da fé e ganhar, pela resistência e coragem, o prêmio que nos é oferecido.
Introduza sua aula com a seguinte pergunta: Que tipo de corredor deve ter maior resistência: o de uma corrida de cem metros ou o de uma maratona? Aguarde, por algum tempo, a resposta. Certamente responderão que o corredor de maior resistência é o que se dispõe a correr uma maratona. Informe-lhes que tais corredores, para chegarem ao final, precisam de muita resistência e paciência durante o percurso. Da mesma forma é a carreira cristã. Ela não é feita de rápidas corridas, mas de uma longa corrida de fé, paciência e persistência para não perder o rumo do “prêmio”. Não esqueça de dizer-lhes que os vencedores em Deus são os que completam a corrida, e não apenas os que chegam em primeiro lugar.
introdução
Os dois últimos capítulos de Hebreus encerram a epístola com exortações e orientações aos crentes sobre como perseverar na fé e na doutrina, com disciplina, amor e santidade. Estes temas atualmente são desprezados em muitos lugares, por causa do “vírus” do relativismo. Mas a Palavra de Deus é como um “martelo que esmiúça a penha” (Jr 23.29), e dissipa os “ventos” contrários a sã doutrina, fortalecendo e edificando os que hão de concluir a carreira cristã.
No v.6, o autor diz que se alguém está sem disciplina não é filho, mas bastardo, ou filho ilegítimo (vv.7,8). E conclui falando do valor da correção: “porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que o recebe por filho” (vv.10,11). Trata-se da correção com amor.
CONCLUSÃO
Temos uma carreira a percorrer pacientemente, mas esta deve ser livre de embaraços, pois eles, mesmo não sendo o pecado, podem conduzir-nos a ele. Que possamos concluir esta carreira como santos filhos de Deus, e receber do nosso Pai o galardão reservado a cada um de nós.
Embaraço: Impedimento, obstáculo, atrapalhação.
Esmiuçar: Dividir em partes miúdas, esmigalhar, reduzir a pó, pulverizar.
Maratona: Corrida a pé, de longo percurso.
Vírus: Diminuto agente infeccioso, invisível e de reprodução apenas no interior de células hospedeiras vivas.
Subsídio Teológico
“‘A carreira que nos está proposta’. Esta corrida é o teste neste mundo, que dura a vida inteira (10.23,38; 12.25; 13.13).
(1) A corrida deve ser efetuada com ‘paciência’ (gr. hupomone), ou seja, com perseverança e constância (cf. 10.36; Fp 3.12-14). O caminho da vitória é o mesmo que o dos santos no capítulo 11 - esforçando-se para chegar até ao fim (cf. 6.11,12; 12.1-4; Lc 21.19; 1 Co 9.24,25; Fp 3.11-14; Ap 3.21).
(2) Na corrida, devemos deixar de lado os pecados que nos atrapalham ou que nos fazem ficar para trás (v.1) e fixarmos os olhos, nossas vidas e nossos corações em Jesus e no exemplo que Ele nos legou na terra, de obediência perseverante (vv.1-4).
(3) Na corrida, devemos estar conscientes de que o maior perigo que nos confronta é a tentação de ceder ao pecado (vv.1,4), de voltar àquela pátria de onde haviam saído (11.15; Tg 1.12), e de nos tornar, de novo, cidadãos do mundo (Mc 11.13; Tg 4.4; 1 Jo 2.15; ver Hb 11.10)” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, pág.1918).
“Portanto, tal como a Cristo, há uma carreira proposta ao povo de Deus, um alvo as ser alcançado, um caminho a ser percorrido. Jesus Cristo é o príncipe, o Líder e o Aperfeiçoador da fé. AquEle que não se embaraçou com as coisas materiais desta vida, pois contemplava a eternidade, sabendo discernir o valor das coisas que não se viam. Tal deve ser a nossa paciência. A luta de Cristo foi até a morte, e Ele a venceu. Animados por seu exemplo, podemos fazer o mesmo” (Comentário Bíblico Hebreus, CPAD, p.167).
Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes”
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 14: Evidências da vida cristã
Data: 30 de Setembro de 2001
“E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada” (Hb 13.16).
A vida cristã não será completa se não for vivida com obediência, amor e submissão.
Segunda - Hb 13.3
Lembrando dos presos
Terça - Hb 13.7
Lembrando dos pastores
Quarta - Hb 13.4
O casamento na ótica de Deus
Quinta - Hb 13.8
O Deus que não muda
Sexta - Hb 13.8
Firmeza na Palavra
Sábado - Hb 13.17
Obedecendo aos pastores
Hebreus 13.1-4,7,17,20-22.
1 - Permaneça a caridade fraternal.
2 - Não vos esqueçais da hospitalidade, porque, por ela, alguns, não o sabendo, hospedaram anjos.
3 - Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo.
4 - Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará.
7 - Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.
17 - Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.
20 - Ora, o Deus de paz, que pelo sangue do concerto eterno tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande Pastor das ovelhas,
21 - vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém!
22 - Rogo-vos, porém, irmãos, que suporteis a palavra desta exortação; porque abreviadamente vos escrevi.
Certas virtudes são consideradas essenciais à vida cristã, tais como, amor, hospitalidade, pureza, compaixão, submissão, obediência, etc. O escritor da Epístola aos Hebreus admoestou seus leitores a observá-las. Devemos buscar com diligência tais qualidades, se pretendemos genuinamente servir a Deus. Com certeza foi extremamente difícil para aqueles crentes hebreus, que passaram por severa pressão diária aplicar essas admoestações em suas vidas. Ora, se eles deviam obedecer a essas admoestações, quanto mais nós, que conhecemos tão pouco de perseguição e oposição.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
O escritor sagrado adiciona no texto em estudo uma variedade de breves declarações que contêm agudas exortações práticas para que o crente viva a vida cristã de modo digno. Ele sabia que seus leitores se tinham mostrado ativos no passado, em simpatia e bondade para com seus irmãos na fé (6.10). Por esta razão, exorta-os aqui sobre a importância de manter tal amor prático entre os membros da fraternidade cristã: eles deveriam lembra-se particularmente dos encarcerados, dos que estivessem sofrendo enfermidades ou maus tratos, pois os crentes deveriam compartilhar das mútuas provações.
Para tornar a aula mais dinâmica e participativa, peça a seus alunos que tentem fazer um esboço do conteúdo da lição, diferente do apresentado na revista. Esse exercício é extremamente importante por ampliar-lhes a capacidade de síntese e compreensão do tema. O esquema facilita a assimilação do conteúdo e permite ao aluno refletir melhor sobre o texto em estudo. Observe o exemplo abaixo:
Evidências ou características da vida cristã:
III. Nossa obediência (13.17-25)
introdução
Nesta última lição, veremos que a vida cristã tem características importantes que precisam ser evidenciadas em nosso cotidiano, principalmente no que diz respeito às relações interpessoais.
Na época em que foi escrita a Epístola aos Hebreus, muitos cristãos haviam perdido todos os seus bens em consequência da perseguição que lhes movia as autoridades constituídas. Neste aspecto, a hospitalidade trazia alento a esses servos de Deus, e demonstrava que outros crentes poderiam servir ao Senhor abrindo suas casas para lhes servirem de abrigo. Entretanto, essa simpática atitude, principalmente em nossos dias, não deve ser confundida com a de hospedar qualquer pessoa sem conhecê-la ou saber de suas reais intenções.
Os pastores são modelos que precisam ser imitados, pois homens de fé servem de exemplo e impulsionam outros homens a terem fé.
“A obediência e a fidelidade aos líderes cristãos, aos pastores e mestres, deve basear-se numa superior lealdade a Deus” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD).
Hoje em dia, muitos obreiros são desrespeitados. E essa é a estratégia de Satanás para enfraquecer a liderança eclesiástica. Que possamos ter em alta estima aqueles a quem Deus escolheu para zelar por nós.
CONCLUSÃO
O escritor conclui sua Epístola, desejando que o Senhor Jesus Cristo, “o grande pastor das ovelhas” aperfeiçoe os crentes em toda a boa obra, operando o que lhe é agradável, e roga que aqueles crentes suportem a exortação“ (vv.20-25). Que o Senhor nos ajude a entender e guardar os preciosos e santos ensinos que estudamos durante este trimestre.
Descomprometido: Que deixou de estar comprometido; cujo compromisso cessou ou se desfez.
Hospitalidade: Ato de hospedar.
Ilibar: Tornar puro, sem mancha, purificar, depurar, reabilitar, justificar.
Subsídio Bibliológico
“O amor entre os irmãos pode ser comparado à ‘vara’ que segurava as tábuas recobertas de ouro do antigo Tabernáculo, servindo para dar unidade ao recinto em que se manifestava a divina presença. O amor do cristão para com o seu próximo é universal. Que esse amor continue sempre entre nós (v.1).
Nesse tempo era uma necessidade que houvesse hospitalidade particular, devido à falta de hotéis. A hospitalidade não é necessariamente uma virtude cristã, mas de qualquer maneira, a sociedade cristã deve provê-la (v.2).
De modo prático, o cristão deve procurar socorrer quem precisa dele, seja tal necessidade resultado de perseguição ou decorrente das circunstâncias adversas da vida (v.3).
Os avisos sobre o caráter sagrado do matrimônio eram especialmente oportunos, devido à facilidade do divórcio entre os judeus, uma vez sancionados pelos mestres da escola do grande rabino Hillel (Westcott). Deus julgará e condenará as violações dos laços matrimoniais, quer dos solteiros que vivem em fornicação, quer dos casados que praticam o adultério, independente de qual seja a opinião tolerante da sociedade da época. Como é necessária essa mesma exortação para os dias atuais (v.4).
Esta seção inicia com uma referência aos líderes da igreja (v.7) e assim também se encerra (v.17). Da primeira vez, o autor ordenara aos crentes reconhecerem com gratidão os seus pais na fé, os fundadores da igreja, que possivelmente já haviam falecido, procurando seguir-lhes o exemplo. Agora ele manda que obedeçam àqueles que estão atualmente na direção, seus pastores. Tais homens não eram aventureiros inescrupulosos, mas homens de Deus, cônscios de sua responsabilidade pastoral perante Deus e a igreja. Portanto, que não lhes causassem tristeza, comportando-se como ovelhas desgarradas, pois isso não lhes seria proveitoso” (Comentário Bíblico — Hebreus, CPAD, págs.170-174).
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com.br