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Lições antigas CPAD a familia cristã 2004
Lições antigas CPAD a familia cristã 2004

                                   Lições Bíblicas CPAD

                                      Jovens e Adultos 

                                  2º Trimestre de 2004 

       Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao

                 Senhor     Comentarista: Eliezer de Lira e Silva 

                       Lição 1: A família — Obra prima de Deus

                                    Data: 4 de Abril de 2004

 

TEXTO ÁUREO

 

E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a” (Gn 1.28).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A família é uma instituição divina. Cada um de seus membros deve fazer a sua parte a fim de promover a felicidade, a integridade e o fortalecimento da união familiar; e desempenhar sua missão bíblica para a glória de Deus.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Ef 5.31

O casamento dá origem à família

 

 

Terça - 1 Pe 3.1

Diretrizes bíblicas às mulheres

 

 

Quarta - Ef 5.33

Diretrizes bíblicas aos maridos

 

 

Quinta - Ef 6.1,2

Diretrizes bíblicas aos filhos

 

 

Sexta - Ef 6.4

Diretrizes bíblicas aos pais

 

 

Sábado - Js 24.15

A família servindo ao Senhor

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Gênesis 1.27,28; 2.7,18,22.

 

Gênesis 1

27 - E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.

28 - E Deus os abençoou e disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.

 

Gênesis 2

7 - E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.

18 - E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.

22 - E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.

 

PONTO DE CONTATO

 

A frase dita por Josué “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” talvez seja uma das mais conhecidas da Bíblia. Ele já decidira. Deus não estará aguardando um posicionamento nosso em relação a nossa família? Talvez estejamos passivos demais diante da situação em que nossos familiares se encontram. Josué fez a sua escolha. E você? Pense nisso.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Definir o conceito de família.
  • Enumerar as principais atribuições da família.
  • Citar algumas características de Deus como nosso Pai.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

A família foi a primeira instituição divina e possui atribuições como: vida íntima conjugal, propagação do gênero humano, subsistência, educação, proteção e afeto. Deus tinha um propósito específico ao estabelecê-la, portanto, conferiu responsabilidades a cada membro dela e um dia teremos de prestar-Lhe contas.

Para que ela alcance o ideal divino, cada componente deve exercer seu papel com fidelidade, diligência e amor. O maior modelo de paternidade em que podemos nos espelhar é o do Pai celestial, pois Ele consegue harmonizar amor com justiça e bondade com severidade (Rm 11.22). Entretanto, a Bíblia fornece alguns bons exemplos de pais que obtiveram grande sucesso em seu lar. Aprenda a ter o respeito de sua família como Noé, a ser um grande líder como Josué e a exercer o sacerdócio no lar como Filipe.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Neste trimestre, estaremos estudando sobre a família, faça algo bastante especial com sua turma. Separe um tempo durante a semana para refletir sobre que atividades você poderia realizar para incrementar suas aulas e torná-las ainda mais interessantes. Pense também como poderia ajudar a família de seus alunos a superar os seus problemas. Uma atividade muito simples é pedir-lhes que anotem num pedaço de papel quais as dificuldades encontradas no relacionamento familiar. Reserve cinco minutos para que eles façam uma análise crítica e sincera. Cada aluno deve guardar o seu papel e apresentar a Deus estas dificuldades durante todo o trimestre. Participe deste propósito com sua classe, pois, certamente, Deus fará grandes obras.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Com esta lição, damos início a uma série de ensinamentos bíblicos acerca das ameaças à integridade e ao bem-estar da família. Trataremos também de conceitos e padrões bíblicos estabelecidos por Deus para a bênção e felicidade de tal instituição. A família, em síntese, como estrutura social, deve identificar-se e relacionar-se intimamente com a igreja. Na tão conhecida e instrutiva passagem sobre a família (Ef 5.28-33; 6.1-4), a Palavra de Deus cita a igreja seis vezes.

 

  1. CONCEITO E ATRIBUIÇÕES DA FAMÍLIA

 

  1. Família é o sistema social básico, instituído no Éden por Deus, para a constituição da sociedade e prossecução da raça humana. Os primeiros capítulos de Gênesis revelam que a família foi a primeira das instituições divinas na terra.

Jesus utilizou-se da família para ilustrar certos atributos, atos, qualidades e dádivas de Deus, como o amor, o perdão, a longanimidade, a paternidade. Vários dos milagres de Jesus estão relacionados à família, suas necessidades, provações, encargos e responsabilidades (Mt 8.5-15; 9.18-26; Jo 2.1-11; 4.46-54; 11.1-45). Isto nos leva a imaginar o grande valor que Deus confere a esta sua primeira e vital instituição humana.

  1. Atribuições da família.Dentre as muitas atribuições da família, enumeramos algumas consideradas relevantes:
  2. a) Vida íntima conjugal.Só o casamento justifica e legitima a união sexual marido-mulher. Logo no primeiro capítulo da Bíblia está escrito a respeito do primeiro casal, “Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (v.28). E como se dá tal multiplicação? Pela união física do casal, que deve decorrer do amor e do consenso mútuo. No capítulo seguinte (Gn 2.24) está também registrado que, após o casamento, homem e mulher “serão ambos uma carne”.
  3. b) Propagação do gênero humano.Este foi um dos propósitos de Deus quando da instituição da família: a geração de filhos, para o povoamento da terra e a prossecução do gênero humano. Deus conferiu esta faculdade ao casal, o que constitui uma elevada responsabilidade (Gn 1.28).
  4. c) Subsistência.Basicamente, a motivação que está subentendida no desempenho diuturno e penoso do trabalho e igualmente do exercício das profissões é o sustento, o conforto, o bem-estar; enfim, o atendimento suficiente e sensato das necessidades dos membros da família.
  5. d) Educação.Os filhos são herança do Senhor (Sl 127.3) e não meros acidentes biológicos na vida do casal. Cada filho que nasce ou que é admitido na família importa em cinco principais responsabilidades para os pais: um corpinho para cuidar (vestuário, saúde, etc); um estômago para alimentar; uma personalidade para formar; uma mente para educar e uma pessoa completa para ser conduzida a Cristo, seu Salvador e Senhor.
  6. e) Proteção.É responsabilidade dos pais prover no lar paz, harmonia, sossego, união, proteção e amparo. Ver as lições espirituais de Deuteronômio 22.8.
  7. f) Afeto.As relações afetuosas, fraternas e cordiais iniciam-se na família. É nesse ambiente, propício e acolhedor, que a criança recebe afeto, cuidado amoroso dos pais e irmãos mais velhos, e aprende a praticá-lo.

 

  1. A FAMÍLIA DE DEUS

 

Deus valoriza tanto a família que a tomou como exemplo para ilustrar o seu relacionamento com a igreja, como já mostramos na introdução desta lição.

  1. Deus, nosso Pai.Deus é o nosso supremo exemplo quanto ao papel da paternidade. Vejamos algumas de suas características como nosso Pai celestial.
  2. a) Pai cuidadoso e provedor que jamais falha.Ele cuida de cada um de seus filhos (Mt 10.31) e de suas necessidades (Mt 6.8). Ele, que já nos deu a suprema dádiva do céu — Jesus, não nos daria também com Ele todas as coisas? (Rm 8.32).
  3. b) Pai amorável.Não há maior amor que o de Deus por nós (Jo 3.16; 15.13; 1 Jo 4.10,19; Rm 5.8). Ele é de igual modo compassivo e amoroso para com o filho que erra (Lc 15.20).
  4. c) Pai que disciplina.O filho sempre está sujeito à disciplina amorosa de seu pai. A disciplina é um sinal do amor de Deus para com seus filhos, visando seu benefício (Hb 12.5ss). Mediante a disciplina, Deus visa nos tornar melhores discípulos dEle. Os termos disciplina e discípulo têm sua origem no mesmo radical latino que significa aprender.
  5. d) Pai perdoador.Não há passagem que ilustre tão bem esta característica quanto a parábola do Filho Pródigo (Lc 15.11-32).
  6. e) Pai conciliador.Na mesma parábola do Filho Pródigo, Jesus nos mostra que, muitas vezes, os pais são os apropriados e idôneos mediadores de conflitos na família (Lc 15.31,32).
  7. O relacionamento entre os irmãos.Segundo a Bíblia, os filhos de Deus devem sempre se relacionar bem uns com os outros baseados no amor. O apóstolo João, em outras palavras, nos diz que Deus não habita naquele que não ama a seu irmão (1 Jo 4.11,20,21; 2.9-11; Jo 13.34), o que evidentemente não é filho de Deus! “Se amamos uns aos outros, Deus continua a habitar em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado” (Bíblia de Estudo Pentecostal).

Os crentes devem ser conhecidos pelo amor que demonstram uns aos outros, pois quando assim fazem, eles imitam a seu Senhor e Mestre (Jo 13.35).

O amor de Deus manifesto em nós é um distintivo do cristão que o leva a considerar seus semelhantes com estima, respeito, justiça e compaixão. O amor cristão é uma virtude inspirada e exemplificada por Cristo. Este amor permeia todo o evangelho (Jo 3.16; Mt 22.34-40; 1 Tm 1.5; Jo 15.12) e é, em resumo, a essência do cristianismo. Ele deve ser real no viver dos crentes para que sua vida espiritual na família de Deus — a Igreja (Ef 2.19) — seja abundante, abençoada e harmônica.

 

III. BONS EXEMPLOS DE FAMÍLIA

 

Da Bíblia podemos extrair bons exemplos de famílias, que devem ser imitados:

  1. Noé.Mesmo idoso, com filhos adultos, Noé ainda liderava sua família e tinha dela o respeito e a submissão sem qualquer dificuldade. Seus filhos deixaram suas atividades e atenderam o chamado do pai (Gn 7.1-7; Hb 11.7). Como se vê, eles eram casados, cada um com sua vida doméstica independente, ainda assim, não se recusaram a aceitar os conselhos do pai. O resultado é que esta obediência redundou na benção pessoal da preservação da vida de cada um deles e, mais do que isso, foram instrumentos exclusivos de Deus na preservação da espécie humana. Outrossim, Deus os abençoou na companhia de seu pai (Gn 9.1).
  2. Josué.Em seu último ato público, Josué, como chefe de família temente a Deus, lançou ao povo um desafio: “Escolhei hoje a quem sirvais” (Js 24.15). Ele já havia feito sua escolha, por si e por sua família. Certamente assim procedeu Josué pela fé no Senhor, pois era homem de fé como se vê em Hebreus 11.30. A afirmação pública de Josué autentica sua convicção de que, deixando este mundo, sua família sobreviveria estruturada nos princípios decorrentes dos valores que ele lhes havia passado durante toda a sua vida.
  3. Nas suas incessantes lides em prol da causa do Mestre, Paulo não iria se hospedar com pessoas cujas vidas não demonstrassem um elevado quilate e maturidade espiritual condizente (At 21.8,9). O relato de Atos espelha a boa estrutura espiritual existente na família de Filipe, resultante de um investimento espiritual demorado e contínuo. A princípio, como diácono da igreja em Jerusalém (At 6.5), e mais tarde, como evangelista (At 8.4-40). Filipe, apesar de sua intensa atividade ministerial, não se descuidou do exercício sacerdotal no lar. Por isso, teve a grande satisfação de contemplar suas quatro filhas servindo a Deus, sendo portadoras de dons espirituais.

 

CONCLUSÃO

 

A Bíblia é clara quando afirma que sem Cristo nada podemos fazer (Jo 15.15). Isto também é verdade no relacionamento familiar. O Senhor, sendo o centro do lar em tudo, concederá a sua bênção no sentido de que cada membro da família dê sua contribuição para que o relacionamento cristão ideal seja uma realidade no lar, a fim de honrar o nome do Senhor. A Palavra de Deus é um guia para tudo na nossa vida. É dela que vamos extrair o padrão de comportamento que cada membro da família deve ter, a partir da mais tenra infância. Procedendo assim, a vida de cada um de nós se aproximará bastante do ideal estabelecido por Deus.

 

VOCABULÁRIO

 

Atribuição: Função conferida a alguém.
Encargo: Responsabilidade, incumbência, obrigação.
Legitimar: Tornar legítimo (válido perante a lei) para todos os efeitos da lei.
Lides: luta, combate, contenda.
Mútuo: Ato ou influência que se realiza ou troca entre duas pessoas ou grupos.
Prossecução: Ato ou efeito de prosseguir; continuação.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

SOUZA, E. Â. E Fez Deus a Família. CPAD.
LIMA, E. R. A Família Cristã nos Dias Atuais. CPAD.

 

EXERCÍCIOS

 

  1. O que é família?
  2. É o sistema social básico instituído por Deus para a constituição da sociedade humana.

 

  1. Cite, pelo menos, duas atribuições da família.
  2. Relacionamento conjugal mediante o casamento, e propagação do gênero humano mediante os filhos.

 

  1. O que Deus tomou como exemplo de seu relacionamento com a igreja?
  2. A família.

 

  1. Quem é o supremo exemplo de paternidade?
  2. O próprio Deus.

 

  1. Cite dois pais descritos na Bíblia que podem ser tomados como exemplo.
  2. Noé e Josué.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Devocional

 

“O que é família? A família não é um grupo de pessoas rivais, alheias aos interesses uma das outras. Em termos de unidade, é o conjunto de todas as pessoas que vivem sob o mesmo teto, proteção ou dependência do dono da casa ou chefe, que visam ao bem-estar do lar; enfim, que se comunicam, se amam, se ajudam. Essa convivência exige o uso e a aplicação de toda a capacidade de viver em conjunto, a bem do perfeito e contínuo ajustamento entre seus membros e destes para com Deus. O convívio entre os familiares indica o grau e o nível da relação com o Pai e determina o curso do sucesso na família... A despeito da desobediência de Adão e Eva, Deus não mudou seu plano quanto à instituição da família, pois era o meio lícito e puro para perpetuar a raça humana em nível de elevada moral. Eles foram castigados por sua desobediência, mas antes de expulsá-los do Éden, Deus deu-lhes sinal da sua graça e a promessa de redenção: ‘E fez o Senhor Deus para Adão e para sua mulher túnicas de peles e os vestiu’ (Gn 3.21). Portanto, logo que o primeiro casal tombou diante do combate de Satanás, o Criador manifestou a sua bondade em prol da restauração da paz e da alegria de suas preciosas criaturas.

Deus se interessa pelo bem estar e pela salvação de sua família, Ele demonstrou que não deseja vê-la despida das qualidades morais, virtudes de uma sociedade digna do Criador, próspera e feliz. Cuide de sua família! Lucas, ao encerrar a genealogia de Jesus, identifica o Mestre com toda a raça humana, dizendo: ‘E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José de Eli’, e conclui com: ‘E Cainã, de Enos, e Enos, de Sete, e Sete, de Adão, e Adão, de Deus’ (Lc 3.23-38).

Concluindo, a família foi criada por Deus para cumprir a sua vontade e habitar com Ele na glória eterna: ‘Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa’ (At 16.31).” (...E Fez Deus a Família. CPAD, págs. 15,16 e 30).

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

2º Trimestre de 2004

 

Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor

Comentarista: Eliezer de Lira e Silva

 

 

Lição 2: A Família e a Igreja

Data: 11 de Abril de 2004

 

TEXTO ÁUREO

 

E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo” (At 5.42).

 

VERDADE PRÁTICA

 

É possível existir família sem igreja, isso precariamente e com graves prejuízos, mas igreja sem família, não.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Sl 122.1

A alegria de estar na casa do Senhor

 

 

Terça - Cl 4.15

A Igreja e a família

 

 

Quarta - Quarta - Sl 27.4

Aprendendo na casa do Senhor

 

 

Quinta - Hb 10.25

Não deixando a nossa congregação

 

 

Sexta - At 12.12

Uma congregação em casa

 

 

Sábado - Lc 2.41

Uma família na casa do Senhor

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Atos 2.41-47.

 

41 - De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.

42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

43 - Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.

44 - Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.

45 - Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.

46 - E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,

47 - louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

 

PONTO DE CONTATO

 

Reproduza o gráfico abaixo no quadro de giz ou numa cartolina e pergunte aos alunos o que a família pode fazer pela igreja e o que eles gostariam que a igreja fizesse por eles.

 

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Expressar a importância da família para a igreja.
  • Identificar o que a igreja pode fazer pela família.
  • Demonstrar de que maneira a família pode ajudar a igreja.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

Não há como apartar igreja e família porque esta constitui o Corpo de Cristo que é essencial para ela estar alicerçada nas Sagradas Escrituras, servir a Deus e desfrutar de todas as bênçãos divinas. É possível uma família viver sem a igreja, todavia ela será vencida por muitas dificuldades e fracassará inúmeras vezes pois não contará com o apoio daquela que é a “família de Deus”. Uma não consegue sobreviver sem a outra. A família deve cooperar para o crescimento saudável da Noiva de Cristo através do seu bom testemunho cristão, das suas contribuições e de sua frequência regular aos cultos, a outras atividades da igreja e principalmente a Escola Dominical. A Igreja pode ajudar a família por meio da oração, de palestras e eventos que abordem assuntos relacionados a esta instituição, de visitas periódicas e de aconselhamentos. Agindo desta maneira, estaremos colaborando em favor do grande projeto de Deus para a humanidade: a salvação.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Durante este trimestre, você poderá aproveitar este assunto e fazer uma grande campanha da família em sua Igreja. Confeccione convites e distribua para todos os alunos a fim de que eles tragam todos os seus familiares para a Escola Dominical, principalmente os que ainda não servem a Deus. Se possível, peça-lhes que toda a família procure se sentar junto na igreja. Converse com o pastor da Igreja para que ele esteja intercedendo especialmente pelas famílias todos os domingos no encerramento da Escola.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Conforme vimos na primeira lição deste trimestre, a família é a obra-prima de Deus. Ele a instituiu, visando a plena execução de seu plano redentor. Todas as instituições humanas foram criadas a partir da família que, historicamente, é definida como célula-mãe da sociedade. Aliás, até mesmo o povo de Deus, quer do Antigo, quer do Novo Testamento, foi estabelecido e formado a partir da família. A Igreja existiu primeiro no eterno plano e propósito de Deus (Ef 1.4), mas na história surgiu no Dia de Pentecostes. A Igreja aqui na terra é chamada na Bíblia de “família de Deus” (Ef 2.19). Nesta lição, estaremos vendo a relação entre a família e a igreja, como esta poderá auxiliar aquela e vice-versa. Constataremos que ambas, como projetos de Deus, requerem plenamente nossa atenção.

 

  1. JESUS E A FAMÍLIA

 

Muitas cenas do ministério de Cristo (pregação, ensino, milagres, refeições, descanso) ocorreram em lares, envolvendo a família inteira, isto é, seus membros em geral. Isto pode ser facilmente visto nos Evangelhos. Quando Ele, da destra do Pai, enviou o Espírito Santo para formar a Igreja no Dia de Pentecostes, seus discípulos estavam reunidos e assentados numa casa de família (At 1.13; 2.2).

  1. A família cristã.Na célebre e instrutiva passagem doutrinária sobre a família (Ef 5.22-33), vemos que num lar verdadeiramente cristão, o marido e a mulher, no seu modo de viver e de agir, figuram para a própria família, para a igreja e para o mundo, a união mística, perene e profunda entre Cristo e sua Igreja. A clássica passagem trata da família cristã, entretanto, o nome Igreja é mencionado seis vezes. Isto revela que a família e a igreja são entidades não apenas associadas, mas entretecidas e interdependentes.
  2. A importância da família nos planos divinos.Deus deu origem à raça humana mediante uma família: Adão e Eva. Ele fundou a nação escolhida utilizando uma família: Abraão e Sara. Trouxe o Salvador Jesus ao mundo através de uma família: José e Maria. O primeiro ato de Deus após criar a família foi abençoá-la: “E Deus os abençoou” (Gn 1.28). Deus continuou dispensando esta bênção à família, como é patente em Gênesis 5.2; 12.3; 28.14, e através de toda a Bíblia.
  3. A igreja do lar.Em termos humanos e terrenos, a igreja depende do lar, assim como o lar é dependente da igreja. Uma igreja não pode ser forte, viva e santa com famílias fracas na fé, amortecidas espiritualmente e sem santificação, por adotar o modo de viver do mundo.
  4. Cada lar cristão uma igreja.“Lar” vem do latim “lare” que significa parte da cozinha onde se acendia fogo para preparar os alimentos e aquecer o ambiente; daí vem o termo “lareira”. O lar, pois, é o ambiente onde vive a família; ele deve ser aquecido não só pelo “amor do Espírito”, mas também do coração humano — o “calor humano”, hoje tão raro, e que tanto ameaça a família. Cada lar cristão deve ser aqui e agora uma igreja do Senhor em miniatura, onde Deus seja conhecido, refletido, visto, obedecido e amado, a piedade seja cultivada e o cristianismo bíblico, praticado.

 

  1. A FAMÍLIA NA IGREJA PRIMITIVA

 

  1. A Igreja nasceu em um lar.A igreja na sua expressão visível e local nasceu em um lar, como já vimos em Atos 1.13; 2.2 (o cenáculo era um compartimento amplo, acolhedor, mobiliado e arrumado para a ceia). Nos três primeiros séculos da era cristã, provavelmente por razões financeiras, já que era difícil comunidades pequenas e pobres — que normalmente compunham as igrejas locais — construírem templos, os irmãos reuniam-se nas casas particulares para partir o pão e comê-lo com alegria e singeleza de coração (At 2.46). Um exemplo disso era a Igreja em Roma: os crentes romanos congregavam-se em casas espalhadas pela cidade, por isso a expressão “a igreja que está em sua casa” (Rm 16.5; 1Co 16.19; Cl 4.15; Fm v.2).
  2. A família no Novo Testamento: quase sinônimo de Igreja.Havia uma perfeita integração entre a família e a igreja. Tão perfeita, que era difícil saber onde terminava a igreja e começava a família. Ambas achavam-se engajadas na expansão do Reino de Deus. E, assim, a igreja caía na graça do povo e crescia diariamente (At 2.47). Não fosse tal integração, a Igreja não teria chegado tão cedo à capital do Império Romano. Além do livro de Cantares de Salomão, que aborda o relacionamento conjugal, a Bíblia não contém mais livros completos sobre a família porque, como já vimos no Novo Testamento, tal instituição é quase sinônimo de igreja, e nos primeiros séculos, as igrejas não tinham templos; congregavam-se em casas de famílias abastadas. A doutrina da família não era apenas ouvida; era vista ao vivo, no lar.

Que este exemplo possa ser seguido rigorosamente! Só pode haver uma igreja forte espiritualmente se as famílias também estiverem fortes, e entre ambas houver perfeita harmonia. Se é verdade que a igreja local e visível procede do lar, logo, o que ocorre diuturnamente na família refletirá na igreja.

 

III. A FAMÍLIA COOPERANDO COM A IGREJA

 

  1. A família coopera eficazmente com a igreja:através do seu bom testemunho perante o mundo, de uma vida no santo temor de Deus, da obediência às doutrinas bíblicas e observância das normas da igreja local através do seu pastor, uma vez que tudo esteja “conforme a sã doutrina”.
  2. A frequência normal e regular da família aos cultos e a outras atividades da igreja.A família deve apoiar os projetos e trabalhos da igreja não só orando e jejuando, mas também de várias outras formas, de acordo com o que for estabelecido pelo pastor.
  3. A família contribuindo para a igreja.Os dízimos e ofertas da família devem ser entregues à igreja como expressão da sua adoração, do seu amor e gratidão a Deus.
  4. A frequência normal e regular à Escola Bíblica Dominical.A principal agência de ensino da igreja é fundamental para toda a família: da criança ao idoso.

 

  1. A IGREJA COOPERANDO COM A FAMÍLIA

 

No capítulo 16 de sua Epístola aos Romanos, Paulo cita diversas famílias que muito o ajudaram em seu ministério. O apóstolo deixa bem patente que sem elas o seu trabalho seria infrutífero. Aliás, a mesma preocupação é manifestada em suas outras epístolas. Por isto, deve a igreja ter um cuidado especial com as famílias, porque se estas forem bem constituídas, aquela também o será; se as segundas forem avivadas, a primeira haverá de experimentar um grande crescimento.

A igreja, por conseguinte, pode ajudar:

  1. Orando pelas famílias.A família sofre os mais impiedosos ataques de Satanás. Por isto devem as igrejas estabelecer cultos de oração e intercessão pelos lares, a fim de que estes sejam fortes e espiritualmente sadios.
  2. Aconselhando as famílias.É urgente que as igrejas, através de seu ministério, se dediquem ao aconselhamento das famílias. Desta forma, estaremos evitando conflitos e separações entre os cônjuges.
  3. Visitando as famílias.As famílias devem ser visitadas regularmente por seus pastores, para que elas se sintam inseridas e engajadas no Reino de Deus. Receber o anjo da igreja, em casa, é sempre uma bênção.
  4. Marcando reuniões específicas para as famílias.Nessas reuniões, o pastor da igreja terá oportunidade de dispensar um tratamento especial às famílias, ajudando-as a superar dificuldades e a solucionar problemas. Os temas serão específicos: conflitos conjugais, criação de filhos, finanças, etc.

 

CONCLUSÃO

 

Portanto, não podemos separar a igreja da família, nem esta daquela; ambas fazem parte do grande projeto de Deus para a humanidade. Estava tão consciente disso o apóstolo Paulo que, em sua Epístola aos Efésios, explica ele o mistério da Igreja, fazendo uma belíssima alegoria com o casamento (Ef 5.22-32).

Esforcemo-nos, pois, a fim de que o nosso lar seja realmente uma perfeita simbologia da Igreja. Somente assim, haveremos de glorificar a Deus através de nossa piedosa atitude.

 

VOCABULÁRIO

 

Abastado: Rico, endinheirado, opulento.
Alegoria: Exposição de um pensamento sob forma de uma sequência de metáforas.
Célebre: Notável, famoso, insigne, muito distinto.
Célula-mãe: Célula de origem.
Engajar: Empenhar-se em dada atividade ou empreendimento.
Entidade: Sociedade ou grupo que dirige as atividades de uma classe.
Entretecido: Entrelaçado, entrançado.
Integração: Harmonia, adaptação.
Interdependentes: Que depende um do outro.
Místico: Relativo à vida espiritual.
Singeleza: simplicidade, pureza, sinceridade.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.

 

EXERCÍCIOS

 

  1. Que relação podemos estabelecer entre a igreja e a família?
  2. O relacionamento entre o homem e a mulher simboliza a união entre Cristo e a Igreja.

 

  1. Qual a importância da família nos projetos divinos?
  2. Através dela, Deus originou a raça humana, fundou a nação de Israel e trouxe o Salvador Jesus ao mundo.

 

  1. Como era a igreja primitiva?
  2. Era composta normalmente de comunidades pequenas e pobres que se reuniam nas casas particulares para comer o pão com alegria e singeleza de coração.

 

  1. O que a igreja pode fazer pela família?
  2. Orar, aconselhar, visitar e marcar reuniões específicas para as famílias.

 

  1. O que a família pode fazer pela igreja?
  2. Dar um bom testemunho diante da sociedade, frequentar regularmente os cultos e a Escola Dominical e contribuir com os dízimos e as ofertas.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Bibliológico

 

“Alguns casais sabem como tirar maior proveito da vida. Complementam um ao outro, fortalecem-se e tiram proveito dos pontos fortes de cada um, formando uma dupla imbatível. Seus esforços unidos afetam aqueles que estão ao seu redor. Áquila e Priscila eram um casal assim. Eles nunca foram mencionados separadamente na Bíblia. No casamento e no ministério cristão, trabalharam como uma só pessoa.

Priscila e Áquila conheceram Paulo em Corinto durante a segunda viagem missionária do apóstolo. Tinham acabado de ser expulsos de Roma por um decreto do imperador Cláudio contra os judeus. A casa em que viviam era tão móvel quanto as tendas que faziam para se sustentar. Abriram-na para Paulo, e este se uniu a eles na fabricação de tendas, para obter o sustento. Paulo compartilhou com o casal sua rica sabedoria espiritual.

Priscila e Áquila tiraram o maior proveito possível de sua educação espiritual. Ouviram cuidadosamente os sermões de Paulo e avaliaram o que ouviram. O resultado foi que, quando Apolo falou, Priscila e Áquila ficaram impressionados com a habilidade dele, mas perceberam que suas informações não estavam completas. Em vez de confronto aberto, o casal levou Apolo para sua casa e compartilhou com ele o que era necessário conhecer. Até então, Apolo conhecia apenas a mensagem de João Batista a respeito de Cristo. Priscila e Áquila lhe falaram sobre a vida, a morte e a ressurreição de Jesus, e também da realidade de que o Espírito de Deus habita o interior de cada um de nós. Apolo continuou a pregar poderosamente, mas agora conhecia a história completa.

Quanto a Priscila e Áquila, continuaram usando sua casa como um lugar terno para o ensino dos cristãos e para a adoração a Deus. De volta a Roma, anos mais tarde, foram os anfitriões de uma das igrejas que se desenvolveu em casa.

Em uma época em que o foco estava principalmente no que acontece entre o marido e a esposa, Áquila e Priscila são um exemplo do que pode acontecer por intermédio de um marido e sua esposa. A efetividade que apresentaram para trabalharem juntos é o resultado de um bom relacionamento conjugal. A hospitalidade deles abriu a porta da salvação para muitas pessoas. O lar cristão ainda é uma das melhores ferramentas para a divulgação do evangelho. Seus convidados encontram Cristo em sua casa?”(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD, pág.1525).

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

2º Trimestre de 2004

 

Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor

Comentarista: Eliezer de Lira e Silva

 

 

Lição 3: Namoro, noivado e casamento

Data: 18 de Abril de 2004

 

TEXTO ÁUREO

 

Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” (2Co 6.14).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Como novas criaturas em Cristo, fomos chamados a uma vida santa e separada para Ele, sem qualquer comunhão com as trevas, o que inclui o jugo desigual no casamento.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Rm 12.1,2

Evitemos o modelo do mundo

 

 

Terça - 1Pe 1.15,16

Deus nos chamou para a santidade

 

 

Quarta - Dt 7.3,4

Deus já disse: Não!

 

 

Quinta - Sl 1.1,2

Aviso contra as más companhias

 

 

Sexta - 1Co 15.33

Más companhias corrompem

 

 

Sábado - 1Co 3.16

O crente: habitação do Espírito Santo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Êxodo 34.14-16; 2 Coríntios 6.14-18.

 

Êxodo 34

14 - Porque te não inclinarás diante de outro deus; pois o nome do Senhor é Zeloso; Deus zeloso é ele;

15 - para que não faças concerto com os moradores da terra, e não se prostituam após os seus deuses, nem sacrifiquem aos seus deuses, e tu, convidado deles, comas dos seus sacrifícios.

16 - e tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se após os seus deuses, façam que também teus filhos se prostituam após os seus deuses.

 

2 Coríntios 6

14 - Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?

15 - E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?

16 - E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

17 - Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei;

18 - e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso.

 

PONTO DE CONTATO

 

Se você já teve a oportunidade de ir à zona rural e observar os animais puxarem o arado ou o carro de boi entenderá perfeitamente a alegoria bíblica. É muito interessante analisar como é importante eles pertencerem à mesma espécie e possuírem as mesmas características físicas. Quanto maior for a semelhança entre eles, melhor fluirá o trabalho no arado. Assim é no casamento, quanto maior compatibilidade houver entre o casal, mais fácil e feliz serão o processo de adaptação ao casamento e a convivência entre os cônjuges.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Explicar a importância da escolha do futuro cônjuge.
  • Enumerar os vários tipos de jugos desiguais existentes na vida.
  • Identificar o propósito do namoro, noivado e casamento.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

Há muitas coisas na vida nas quais você não pode exercer seu direito de escolha, como por exemplo a família, ninguém escolhe em que lar irá nascer. Todavia, Deus é tão maravilhoso que nos permite decidir com quem formaremos uma nova família. Isto é um presente concedido pelo nosso criador e como todo presente, podemos fazer com ele o que desejarmos. Rejeitá-lo ou aceitá-lo, aproveitá-lo o máximo possível, ou ainda dá-lo para outra pessoa. Esta é a segunda decisão mais importante da nossa vida — a primeira é aceitar a Jesus como Salvador — e, portanto, deve ser feita com muito cuidado, e obedecer a alguns critérios: A pessoa possui um compromisso firme com Deus? As diferenças socioeconômicas são perfeitamente conciliáveis? Feito isso, os propósitos traçados por Deus para o casamento, que é um processo contínuo e dinâmico de adaptação e aperfeiçoamento conjugal, como a felicidade do casal, o companheirismo, a intimidade, a origem de novos lares, a vitaliciedade e o testemunhar de Cristo serão plenamente atingidos.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Leve uma corda para a sala de aula. Solicite a colaboração de dois voluntários. Pegue a corda, amarre uma ponta na cintura de um aluno e a outra ponta na do outro. Depois peça que eles permaneçam lado a lado. Ao seu sinal, eles deverão andar para direções opostas. Todos observarão que é impossível saírem do lugar desta maneira. Depois escreva no quadro de giz a seguinte sentença: “Os opostos se atraem”. Agora discuta com sua turma.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

A família é a unidade básica do gênero humano, instituída por Deus no Éden, a partir do marido e da mulher (Adão e Eva), como meio de propagação da raça humana. Em resumo, é o conjunto de pessoas unidas por laços de parentesco, partindo do casamento. Quando Deus estabeleceu a família, também designou um local apropriado para que o primeiro casal constituísse o seu lar, que é o ambiente onde mora a família. A comunidade, desde a menor até à metrópole, depende do lar para a sua existência; por isso, quando o lar fracassa e se desmorona, a comunidade torna-se um caos.

 

  1. NAMORO

 

  1. Definição do termo.Namorar é literalmente “despertar amor em alguém”. O termo é uma redução ortográfica do verbo enamorar. Namoro, no sentido sério, é uma fase de conhecimento social e amoroso entre um homem e uma mulher que pretendem se casar.
  2. Namoro de verdade.É evidente que estamos a tratar de namoro responsável, de compromisso, de duas pessoas que estão com o propósito de casar e estabelecer uma família. Não estamos a falar aqui de duas pessoas irresponsáveis, imaturas e compulsivas, que encaram o namoro como um passatempo sem propósito; uma aventura passional, fruto de compulsão, de uma febre, de imitação.
  3. O namoro hoje.O namoro hoje está ocorrendo quase todo fora do lar e infelizmente deixou de ser romântico e doméstico. Por isso, quase não há mais namoro realmente afetivo, e sim de motivação instintiva; logo, há tanto envolvimento sexual no namoro hoje.

 

  1. O JUGO DESIGUAL NO NAMORO, NOIVADO E CASAMENTO (2Co 6.14)

 

Não está dito “o jugo”, como se fosse um só, mas “um jugo”. Jugo é um implemento de trabalho, tipo canga, que se unem os bois para puxarem o arado ou o carro. O “jugo desigual” do qual fala o texto bíblico, ocorre quando se coloca no mesmo jugo animais de espécies diferentes, o que é proibido na lei de Deus (Dt 22.10; Lv 19.19). Esses animais são também diferentes no tamanho, na altura, no passo, na força, na alimentação etc. Em 2 Coríntios 6.14-17, a Bíblia, usando o termo jugo figuradamente, apresenta lições práticas preventivas para a vida do crente, a fim de que este evite a antibíblica e pecaminosa comunhão com o descrente. Este pode tornar-se “bonzinho” e até mesmo “quase crente” para conquistar o pretendente ao namoro, mas jamais mudará de vida, como está escrito em João 3.3,5 e 2 Coríntios 5.17.

  1. Jugos desiguais na vida.Alguns desses casos podem não parecer jugos desiguais agora, mas se não forem evitados hoje no namoro e no noivado, eles levarão a um casamento problemático, indesejável e infeliz.
  2. a) O jugo desigual da fé, da religião e da igreja.A ordem divina contrária é bem clara em textos como Deuteronômio 7.3,4; Esdras 9.2,12; Neemias 13.25. A doutrina bíblica é esclarecedora: “Casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor” (1Co 7.39). O namorado incrédulo não tem compromisso com a doutrina bíblica, com a vontade de Deus, com a santidade, com a pureza de atitudes.
  3. b) O jugo desigual do caráter.Quando lemos Mateus 5.13,14 e Filipenses 2.15; 4.8, temos a certeza de que o caráter cristão não se coaduna com o caráter tortuoso de quem não teme a Deus.
  4. c) O jugo desigual da idade.Se a diferença de idade é descabida, absurda e inadmissível, num curto prazo isso se transformará num jugo entre os dois. A idade, no seu devido tempo, afeta na pessoa as suas emoções, a cosmovisão da vida, o comportamento social, a vitalidade, a mentalidade, etc.
  5. d) O jugo desigual socioeconômico.Não parece, mas se isso não for amplamente abordado no devido tempo, pode tornar-se um jugo, como a disparidade na escolaridade, feitio da personalidade,statussocial, doença crônica ou preexistente, estado civil pré-matrimonial, etc.
  6. e) O jugo desigual e suas consequências nos filhos amanhã.Em Neemias 13.23-26, vemos os males resultantes do casamento de crente com incrédulo recaírem sobre os filhos. Eles perderam a sua identidade como povo do Senhor.

 

III. NOIVADO

 

É a fase de preparação para o casamento. Nos tempos bíblicos, o noivado já era a primeira fase do casamento, e portanto não podia ser desfeito banalmente como hoje. Enquanto noivos, antes das bodas, o rapaz e a moça residiam normalmente com os seus pais, sem qualquer envolvimento sexual.

  1. A escolha do futuro cônjuge.A primeira escolha mais importante de toda nossa vida é a de aceitar a Jesus como nosso Salvador e Senhor. A segunda é a de um cônjuge, para juntos compartilharmos a jornada da vida. Isso dá uma ideia da inestimável importância do casamento para quem o leva a sério. Uma escolha malfeita terá más consequências pelo resto da vida, a menos que o casal recorra a Deus.
  2. O lado espiritual da escolha.“Do Senhor vem a mulher prudente” (Pv 19.14). Para uma acertada escolha é preciso depender de Deus, que conhece todas as coisas e pessoas. Isso é válido para o homem e para a mulher (Ver Gênesis 24, todo o capítulo). Buscar a Deus, de coração e sem reservas, é o primeiro passo nesse sentido.
  3. O lado humano e pessoal da escolha.“O que acha uma mulher acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do Senhor” (Pv 18.22). Achar é resultado de uma procura; é a parte humana neste assunto.
  4. O noivado em si.Os noivos deverão a todo custo buscar aconselhamento pré-marital na igreja, sob a forma de curso ou reuniões específicas para isso, e também conversar com o pastor da igreja sobre o assunto. Isso feito com oração e propósito dos noivos de viverem nos caminhos do Senhor, conforme Efésios 5.21-33; 6.1-4 muito ajuda na estabilidade e felicidade do casamento.

 

  1. CASAMENTO

 

O casamento é uma instituição social de origem divina, fundada no princípio da raça humana, para dar origem e sustentação à família (Gn 2.22-24; Mt 19.4-6). Quanto ao ato, o casamento é um concerto, ou aliança, feito entre pessoas de sexos opostos — diante de Deus, da família, da igreja — de serem marido e mulher enquanto viverem (Ml 2.14).

  1. O casamento — a fase de união.É a fase da união dos noivos. O bom casamento é mais do que uma união de corpos; é uma comunhão plena de duas pessoas por amor. “Unir-se-á à sua mulher” (Gn 2.24; Mt 19.5). Um bom casamento deve ser também a união de duas famílias.
  2. O casamento — um estado digno e honroso (Hb 13.4).Isto acha-se também em Salmos 107.41; Efésios 5.31. O fato de Jesus comparecer a uma festa de casamento em Caná da Galileia, e ali realizar o seu primeiro milagre, muito dignifica o casamento.
  3. O casamento — uma mudança de vida.O casamento como Deus o instituiu não muda nunca.
  4. a) Gênesis 2.24.O casamento na sua gênese. “Deixará o homem seu pai e sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão os dois uma só carne”. Casar é passar a viver independente dos pais.
  5. b) Mateus 19.5.O casamento nos dias de Cristo. O texto bíblico inicial não mudou nada. Casar é viver a dois indissoluvelmente.
  6. c) Efésios 5.31.O casamento nos dias da Igreja. O texto bíblico inicial de Gênesis 2.24 em nada mudou, no sentido de tornar-se, vir a ser. Casar é um processo contínuo e dinâmico de adaptação e aperfeiçoamento conjugal. Quando da criação do ser humano, de um só (Adão), Deus criou os dois (Adão e Eva); no casamento, Deus, dos dois quer fazer um.
  7. Propósito de Deus para o casamento.Alguns dos propósitos de Deus no casamento:
  8. a) Felicidade em geral do casal.“Bem-aventurado” (Sl 128.2); “seja bendito” (Pv 5.18a); “goza a vida” (Ec 9.9).
  9. b) Companheirismo,intimidade e complementação mútua do casal (Gn 2.18,24; 1Co 11.11).
  10. c) Dar origem a novos lares.Novas famílias para a preservação da raça humana (Mt 19.5).
  11. d) Vitaliciedade(Mt 19.6).
  12. e) Testemunhar de Cristo e da sua Igreja(Ef 5.31,32).

 

CONCLUSÃO

 

Sempre que alguém da família está debilitado espiritualmente, toda a família sofre. O “jugo desigual”, tanto no namoro, noivado e casamento quanto em outras áreas de amizade, traz desequilíbrio à vida cristã individual e familiar. Que ninguém pense em ser feliz na vida em família, sem atentar para as normas bíblicas do Criador que a instituiu.

 

VOCABULÁRIO

 

Banal: Vulgar, trivial, corrente, corriqueiro.
Compulsão: Ato de obrigar, forçar, coagir, constranger.
Cosmovisão: Concepção ou visão do mundo.
Descabido: Que não tem cabimento; impróprio, inconveniente, inoportuno.
Disparidade: Qualidade do que é díspar; desigualdade; dessemelhança.
Indissolúvel: Que não se pode tornar nulo ou extinguir.
Inestimável: Que não se pode estimar ou avaliar; incalculável, inapreciável.
Instintivo: Que age guiado apenas pelo instinto.
Passional: Relativo à paixão, causado por paixão.
Pré-marital: Anterior ao casamento.
Vitaliciedade: Que dura a vida inteira, ou que a isso é destinado.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

E Deus Fez A Família. Estevam Ângelo de Souza, CPAD.
Orientações práticas para um casamento feliz. Davi Tavares Duarte, CPAD.

 

EXERCÍCIOS

 

  1. Qual a diferença entre família e lar?
  2. Família é o conjunto de pessoas unidas por laços de parentesco, partindo do casamento; e lar é o ambiente onde ela mora.

 

  1. Qual a definição do termo namorar?
  2. É literalmente despertar amor em alguém.

 

  1. Que é noivado?
  2. É a fase de preparação do casamento.

 

  1. O que é “jugo desigual”, no caso do crente?
  2. Ele ocorre quando o casal possui grandes diferenças entre si no que toca a fé, o caráter, a idade etc.

 

  1. Quais os propósitos de Deus para o casamento?
  2. Felicidade em geral do casal, companheirismo, intimidade, originar novos lares, etc.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Bibliológico

 

“A nossa mensagem é dirigida especialmente aos jovens que pretendem constituir um lar. Começamos pelo período do noivado, que é tempo certo para o lançamento das bases para o enlace matrimonial. Passaremos agora a uma série de recomendações que podem constituir pré-requisitos para um casamento feliz:

  1. a) Vida de oração — Os noivos devem orar muito a Deus, reservar tempo a esse exercício sagrado, ao invés das horas de aproximação excessiva...
  2. b) Certos da vontade do Senhor — Antes da decisão, devem ter certeza de que o casamento é a vontade de Deus...
  3. c) Firmeza de propósitos — Devem possuir firmeza de propósitos quanto a obediência à sã doutrina, na direção do Espírito Santo...
  4. d) Proteção à integridade do casamento — Os jovens que se amam e se respeitam não serão egoístas, pois visarão à felicidade e ao bem-estar um do outro. Cada um fará a sua parte para proteger a integridade do casamento, sabendo que, ao se tornarem marido e mulher, terão toda a liberdade.
  5. e) Domínio em todas as circunstâncias — Devem conservar-se sem culpa diante de Deus. Um casamento pode chegar à ruína se os contraentes levarem para ele o peso de culpa, por causa das liberdades que mantiveram antes ou durante o noivado. Tais comportamentos podem gerar desconfiança, frustração e atrair maldição de Deus.
  6. f) Preparo psicológico e espiritual — O amor alicerçado na sinceridade e no respeito pode se tornar puro como diamante e mais forte do que a morte.
  7. g) Preparo econômico — A fé em Deus não induz ao descuido e à displicência. Ao contrário, produz suficiente visão dos deveres e responsabilidades quanto à constituição e manutenção do lar... Daí a importância do jovem, antes do casamento, conseguir trabalho capaz de assegurar-lhe essas condições, mesmo que em proporções mínimas, em função da nova vida.
  8. h) Preparo físico — O despreparo físico ou falta de saúde de um dos jovens podem transformar o casamento em um peso, uma frustração.

Por fim, o casamento é o passo decisivo e o começo de uma jornada que pode durar longos anos. É o propósito de Deus, bem como a esperança dos pais que a vida conjugal dos filhos seja assinalada de alegria, de prosperidade, de bênção do céu e plenamente feliz. Só assim estarão tranquilos, e Deus será glorificado.

Com o casamento, evidencia-se o amor mútuo, que gera o senso de pertencer um ao outro, o desejo de ajudar e procurar o ajustamento necessário como companheiros da mesma sorte. As lutas, as vitórias, os problemas e a alegria são comuns a todo lar. O casamento exige o cumprimento, com dignidade, das promessas de honrar, proteger, ajudar e ser fiel um ao outro, até que a morte os separe” (...E Deus fez a família. CPAD, pp.45-48).

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

2º Trimestre de 2004

 

Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor

Comentarista: Eliezer de Lira e Silva

 

 

Lição 4: Os cônjuges e suas responsabilidades

Data: 25 de Abril de 2004

 

TEXTO ÁUREO

 

Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo” (Ef 5.28).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O casal que segue fielmente ao Senhor será abençoado e vencedor em sua vida, juntamente com sua casa.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - 1Co 11.3

O marido como líder da mulher

 

 

Terça - Gn 2.18

A esposa como ajudadora do marido

 

 

Quarta - 1Tm 5.8

O marido como provedor da família

 

 

Quinta - Pv 31.15,27

A esposa como administradora da casa

 

 

Sexta - 1Pe 3.7

Um marido idôneo, compreensivo e sensato

 

 

Sábado - Ef 5.22-24,33

Esposa sábia e submissa ao marido

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

1 Pedro 8.1,2,7.

 

1 - Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra,

2 - considerando a vossa vida casta, em temor.

7 - Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus coerdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.

 

PONTO DE CONTATO

 

Confiança significa entre outras coisas “entregar-se aos cuidados de outrem” e “deixar-se persuadir”. Ela representa um pilar do relacionamento conjugal por isso é imprescindível. Imagine um casamento entre um homem e uma mulher em que não haja confiança. Sobreviveria uma relação onde habitam a suspeita e a dúvida? Há algum limite para a confiança? Oculta-se alguma coisa de quem se confia? Pense nisso.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Explicar o padrão bíblico da função do marido e da mulher.
  • Citar os males da omissão dos papéis conjugais no lar.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

Para que a família viva feliz e vitoriosa, o casal deve desempenhar fielmente o propósito para o qual Deus o designou, cumprindo com todas as responsabilidades determinadas. A mulher deve submeter-se ao seu marido e através de seu procedimento conquistá-lo para Cristo. Da mesma maneira, os maridos devem amar, respeitar e honrar a sua própria mulher; apesar delas serem fisicamente mais frágeis, são espiritualmente iguais aos homens, afinal para Deus todos os salvos são um em Cristo Jesus (Gl 3.28). Se o casal não exercer o seu papel, esta instituição será prejudicada: os filhos ficarão suscetíveis a deformações no caráter e no comportamento porque os meninos precisam ter um referencial de pai, marido e chefe de família, e as meninas necessitam de um modelo de mãe, esposa e dona de casa.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Leve para a sala de aula um quebra-cabeça infantil (poucas peças) e uma tira de pano. Solicite a colaboração de dois voluntários. Coloque as peças em cima da mesa. Um aluno terá os olhos vendados e poderá ficar sentado ou em pé, mas sempre diante da turma. Este deverá montar o quebra-cabeça somente com a orientação do outro aluno, pois não é permitido receber qualquer ajuda com as mãos. Observe o comportamento dos participantes e veja que será impossível montarem o quebra-cabeça se não desenvolverem a confiança, a cooperação e a interação. Relacione o resultado desta atividade ao assunto da lição.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

A Bíblia quando trata de pessoas, quase sempre o faz juntamente no seu espaço social e no tempo em que viveram, mas também discorre sobre o papel que lhes coube nesse espaço ou contexto. São raros os casos expostos pela Bíblia sem tal contexto, como o de Agur (Pv 30.1), Lemuel (Pv 31.1), Noadias (Ne 6.14), etc.

Deus, ao estabelecer neste mundo a família, determinou também a missão, os deveres e as responsabilidades de seus membros a partir do marido e da mulher que são os esteios da família. A Bíblia é também o manual da família.

 

  1. O PADRÃO BÍBLICO DO PAPEL DO MARIDO

 

  1. O pai/marido: modelo masculino para os filhos.Hoje, verifica-se um elevado e crescente percentual de crianças e adolescentes do sexo masculino com atitudes e gesticulações femininas. Isso não é apenas influência furtiva e pestilenta do Príncipe das Trevas, mas também a condenável ausência do modelo masculino no lar, isto é, falta-lhes o referencial masculino do pai, do marido e do chefe de família.
  2. Comprometido com o amor.Raramente a Bíblia exorta a mulher para amar o seu marido. O marido, porém, é advertido a amar a sua mulher (Ef 5,25.28.33; Cl 3.19). O homem naturalmente se volta com muita facilidade e exagero para o sucesso profissional e para o poder, negligenciando o seu compromisso maior com o casamento: o cultivo do amor pela esposa, acompanhado do esforço prático e sincero para agradá-la (1Co 7.33). Por sua vez, a esposa retribui ao amor do marido e tudo faz para também agradá-lo (1Co 7.34).
  3. Modelo afetivo para os filhos.Quando o marido manifesta seu amor espontâneo pela mulher na prática, e ao mesmo tempo procura agradá-la, ele torna-se um modelo específico para os filhos. Só assim, é que o lar se torna um laboratório para a formação de jovens qualificados para suprir e abençoar a sociedade, construir lares estáveis, tementes a Deus e abençoados e servir na causa do Senhor.
  4. Cabeça do lar.Quanto ao homem, a sua predisposição psíquica é mais racional que emocional, por isso Deus lhe confiou a condução do lar. A ele compete enxergar os problemas, estudar e prover as suas soluções. O marido deve também ser o líder espiritual da família, a começar por uma vida cristã de testemunho santo, leitura da Bíblia no lar, prática da oração e do jejum, a frequência à Casa do Senhor, o dízimo e as ofertas como atos de adoração a Deus, os cânticos de louvor, o culto doméstico, a participação no trabalho do Senhor, etc. Além disso, se requer dele maturidade, sabedoria e equilíbrio em cada situação que surgir.
  5. O companheirismo conjugal amoroso, pleno, mútuo e franco é um princípio essencial da estabilidade do casamento e de toda família. Quando os filhos do casal deixam o lar, o marido e a esposa superam o vazio deixado, desde que haja esse companheirismo sob as bênçãos de Deus.

 

  1. O PADRÃO BÍBLICO DO PAPEL DA MULHER

 

  1. A mulher: modelo para as filhas.O apóstolo Paulo diz que as mulheres de mais idade devem ser um exemplo para as mais novas (Tt 2.3-5). Quem está no primeiro círculo de influência destas mulheres são suas filhas, dentro de casa. Assim, as mulheres precisam estar conscientes de que devem ensinar (principalmente com o exemplo) suas filhas a serem cristãs dedicadas, a amarem seus maridos, a serem boas donas-de-casa, bondosas e submissas a seus cônjuges.
  2. Companheira: parceira em tudo.Da mesma forma que o marido, a mulher deve investir no companheirismo. Ela é a auxiliadora do marido (Gn 2.18).
  3. Comprometida com o amor.Nenhuma mulher pode pensar que o marido é apenas um meio de torná-la feliz. Ela deve amá-lo de coração. É importante que ela compartilhe, dê de si mesma e se dedique à busca da felicidade familiar.
  4. Administradora do lar.As pressões e demandas sociais e econômicas dos últimos tempos têm levado multidões de mulheres a buscar o incremento dos recursos financeiros da família, o que não fere os princípios bíblicos. Porém, isso não a isenta da responsabilidade de cumprir as orientações do seu marido no lar, principalmente na educação dos filhos, além da própria manutenção e bem-estar da família (Pv 31). Por mais que esta mulher disponha de pessoas para executar as tarefas rotineiras do lar, sobre ela recai a responsabilidade final das atribuições de uma mãe de família e dona de casa.

 

III. OS MALES DA OMISSÃO DOS PAPÉIS

 

  1. Quando o homem não assume.Muitos maridos e pais acham que basta gerarem filhos e tão somente marcarem sua presença em casa. Entretanto, se ele não cumpre seu papel como referencial para os filhos do sexo masculino, bem como na liderança em geral da família, é como se estivesse ausente, de maneira a não imprimir nos filhos um padrão de formação e comportamento social ideal. Se este homem é um cristão, está desqualificado para exercer qualquer função na casa de Deus (1Tm 3.4,12).
  2. Quando o homem é omisso no lar (1Pe 3.7).O matrimônio é uma situação de “dar e receber”. Quase todas as dificuldades e problemas matrimoniais surgem do egoísmo de um dos cônjuges ou de ambos. Em 1Pe 3.7, o apóstolo Pedro exorta o marido cristão a coabitar (vocábulo que inclui todos os aspectos físicos, psíquicos e espirituais da vida cotidiana) com sua esposa, com entendimento (ou seja, prudência e compreensão embasadas num bom conhecimento da constituição psicológica da mulher).
  3. Quando a mulher é negligente com sua casa (Pv 14.1).Muitas famílias estão arruinadas por causa da má administração, desleixo ou preguiça das mulheres. É papel da mulher ser prudente e diligente nas questões do lar. As ocupações da mulher na igreja não devem sacrificar estes deveres. Do contrário, ao invés de edificar a sua casa, ela a destrói. Novamente colocamos que não é proveniente do Pai celestial um cristão trabalhar tanto que prejudique a família. A prioridade da mulher casada é cuidar dos seus encargos familiares e agradar a seu marido (1Co 7.34).

 

CONCLUSÃO

 

Como acabamos de ver, os noivos antes do casamento precisam conhecer plenamente à luz da Bíblia os deveres e responsabilidades conjugais, éticos e sociais de cada um. Quando isto não ocorre, a ruína é certa. Se você que é casado percebeu que não está cumprindo seu papel no casamento, ainda é tempo de mudar. Reconheça seu erro, busque o perdão de Deus, do seu cônjuge e dos seus filhos, e recomece com oração e fé em Deus, firmado nas promessas da sua Palavra. O Senhor lhe dará graça e força. O propósito original de Deus é que tanto você quanto sua família vivam uma vida feliz e vitoriosa.

 

VOCABULÁRIO

 

Desleixo: Descuido, negligência.
Diretriz: Conjunto de instruções ou indicações para se tratar e levar a termo um plano, uma ação, um negócio, etc.
Encargo: Responsabilidade, incumbência, obrigação.
Furtivo: Oculto, escondido; disfarçado, dissimulado.

 

EXERCÍCIOS

 

  1. Qual a diferença entre família e lar?
  2. Família é o conjunto de pessoas unidas por laços de parentesco, partindo do casamento; e lar é o ambiente onde ela mora.

 

  1. Qual a definição do termo namorar?
  2. É literalmente despertar amor em alguém.

 

  1. Que papel importante a mãe exerce sobre as filhas?
  2. Ser um exemplo para elas.

 

  1. Que prejuízo há quando o homem não é o líder do lar?
  2. Não imprime nos filhos um padrão de formação e comportamento social ideal.

 

  1. Quando a mulher é negligente com sua casa?
  2. Quando a sua prioridade não é cuidar dos seus encargos familiares e agradar a seu marido.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Teológico

 

“Pedro observa que a submissão de uma esposa cristã a seu marido pode ter um propósito evangelístico: ‘Para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra’.

Ao dirigir-se a essas esposas, Pedro emprega um jogo de palavras. Embora, seus maridos desobedeçam às palavras do evangelho (1.12,23-25), essas mulheres testemunham sem dizer sequer uma palavra; isto é, em silêncio. Segundo a opinião de Pedro, o bom comportamento e a submissão da esposa serão muito eficientes para conseguir que o desobediente passe a obedecer a Cristo.

Este testemunho silencioso torna-se ainda mais eficaz quando cada marido considera a ‘vida casta, em temor’ de sua esposa. 0 comportamento das esposas deve incluir conduta e atitude: deverão ser moralmente castas ou puras e respeitosas. Nesse ponto, Pedro aplica características que devem ser válidas para todos os cristãos, especialmente para as esposas. Isto é, assim como todos os cristãos devem ser santos (1.15,16), as esposas devem ser castas. Além disso, pelo fato de todos os cristãos e os escravos terem de respeitar seus senhores (2.18), as esposas deverão respeitar (literalmente ‘temer’) seus maridos” (Comentário Bíblico Pentecostal — Novo Testamento. CPAD, p.1712).

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

2º Trimestre de 2004

 

Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor

Comentarista: Eliezer de Lira e Silva

 

 

Lição 5: O princípio da autoridade paterna

Data: 2 de Maio de 2004

 

TEXTO ÁUREO

 

E guardarás os seus estatutos e os seus mandamentos, que te ordeno hoje, para que bem te vá a ti e a teus filhos” (Dt 4.40).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A verdadeira autoridade no lar gera segurança e garante a sólida formação do caráter dos filhos.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Êx 20.12

O acatamento a autoridade dos pais prolonga a vida

 

 

Terça - 1Co 11.3

A amorosa autoridade do esposo sobre a esposa

 

 

Quarta - Pv 17.25

A insensatez do filho frustra os pais

 

 

Quinta - Dt 4.9

A obediência é um pré-requisito para quem ordena

 

 

Sexta - Jr 35.18,19

O Senhor abençoa o filho que obedece

 

 

Sábado - Pv 13.1

Ouvir a repreensão é sinal de sabedoria

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Efésios 6.1-4.

 

1 - Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.

2 - Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,

3 - para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.

4 - E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.

 

PONTO DE CONTATO

 

Quando os filhos aprendem a submeter-se à autoridade paterna, é mais fácil treiná-los para que se submetam à autoridade e disciplina de Deus, e eventualmente desenvolvam a autodisciplina necessária para uma vida de obediência ao Senhor. Daí a urgência e importância deste palpitante assunto. Os filhos precisam estar constantemente debaixo da orientação e autoridade do pai!

Inicie a aula fazendo os seguintes questionamentos: Até que ponto deve o pai manter os filhos sob seu controle? Com que frequência o pai deve fazer-se presente no processo de formação dos filhos? Você deixaria de atender a um pedido de seu filho, caso soubesse que esse atendimento acarretaria prejuízos na formação do caráter dele?

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Reconhecer que a legítima autoridade paterna, de acordo com os preceitos da Palavra de Deus, é imprescindível na formação dos filhos.
  • Destacar a importância de se impor limites na criação dos filhos a fim de que tenham um comportamento saudável e adequado.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

Não é fácil equilibrar amor e disciplina na criação dos nossos filhos. Entretanto, ninguém pode negar que a disciplina é essencial à nossa existência. Sem ela jamais conseguiremos completar qualquer coisa na vida e, além disso, é a disciplina que nos mantém no caminho e na vontade de Deus. Se disciplinarmos nossos filhos corretamente, segundo o temor do Senhor e os ditames de sua Palavra, com certeza, criaremos um ambiente doméstico de amor e tranquilidade.

Quando os filhos são maiores, aprendem a autodisciplina; mas quando novos, precisam da autoridade do pai para desenvolver, no futuro, um caráter irrepreensível e santo.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

A figura paterna está cada vez mais ausente no processo de educação dos filhos. Há pelo menos duas razões que justificam esta afirmativa: a primeira, diz respeito às pressões sociais e econômicas que levam os pais, muitas vezes, a confiar a educação dos filhos aos avós, babás ou creches; a segunda, diz respeito ao medo de assumir a autoridade paterna e serem taxados de antiquados e ignorantes. Discuta amplamente esse tema com seus alunos.

Divida a turma em dois grupos (A e B). O grupo A deverá discutir o assunto por dez minutos, e o B observará e analisará a discussão anotando os pontos importantes. Terminada a primeira parte, os grupos deverão inverter suas funções. Ao cabo do tempo determinado para a participação de ambos os grupos, o professor deverá assumir o comando e conduzir as questões para um fechamento.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

De acordo com a Bíblia, a legítima autoridade exercida pelos pais é um ingrediente indispensável na formação dos filhos, desenvolvendo neles a capacidade de entender os limites estabelecidos dentro e fora do lar.

Mais adiante, estudaremos como e quando esses limites devem ser estabelecidos, visando sempre o aperfeiçoamento do caráter dos filhos. Tudo isso na perspectiva cristã. Veremos, também, que nem tudo está perdido quando se falhou em algo. Se os filhos ainda estiverem sob a responsabilidade dos pais, devem estes se mostrar dispostos a resgatar, com sabedoria e temor de Deus, a autoridade que Deus lhes confiou.

 

  1. O QUE LEVA À FALTA DE AUTORIDADE

 

  1. Pouca ou nenhuma presença do pai no processo formativo dos filhos.O mundo ocidental vem observando uma acentuada omissão do pai na formação dos filhos. Os estudiosos têm se preocupado com este fenômeno, e comprovam que a ausência da figura do pai é a principal causa da crise de autoridade no lar. É urgente, por conseguinte, que o homem exerça seu papel na família, pois é incalculável o número de crianças que já não possuem o referencial paterno como fator de educação. Isto certamente provocará, num futuro próximo, a dissolução de milhões de famílias. Portanto, compete ao chefe da casa, sempre apoiado pela esposa, o estabelecimento de limites justos, necessários e cristãos na vida dos filhos.
  2. Ausência de limites.A responsabilidade por um filho não se limita a mantê-lo alimentado, vestido e abrigado. Os pais, que estão cientes de suas obrigações, sabem que uma criança sem limites éticos, cabíveis e lógicos, não é realmente livre e, muito menos, feliz. Todavia, a que aprendeu a observar os limites impostos pelos genitores, sentir-se-á segura, visto que tais medidas proporcionam-lhe um comportamento mais saudável e produtivo (Pv 20.11).

Negar o pedido de um filho não é tarefa fácil. Entretanto, o “não” dito na hora certa, e de maneira correta, gera um fator positivo na formação do caráter da criança, levando-a a compreender qual o seu papel na vida. Com o passar dos anos, o filho aprenderá a caminhar por si só; o que lhe valerá, no futuro, não é a presença constante dos pais, nem tampouco os muitos presentes que deles recebeu, mas os valores que lhe transmitiram os genitores (Pv 6.20-24). Assim educada, a criança acaba por entender que, por não ser adulta, não tem condições de dirigir a si mesma e, muito menos, a seus pais.

 

  1. A AUTORIDADE PATERNAL E A IGREJA

 

Em nossas igrejas, vê-se pais impotentes diante de seus filhos, principalmente nos cultos, quando se espera um comportamento adequado inclusive das crianças. Isto demonstra falta de autoridade dos pais.

Filhos procedentes de lares onde nãohá limites crescem desajustados. Muitos deles estão nas penitenciárias e outros não vivem mais (Dt 5.16). A fim de que os filhos honrem aos pais, assimilem os seus justos valores e aceitem os limites por eles estabelecidos, faz-se necessário que lhes sejamos referenciais exemplares (Dt 6.6,7; Tt 2.7a). Nossa missão é de primeira grandeza: repassar aos filhos os verdadeiros conceitos de uma vida feliz e espiritualmente próspera.

Ao procurar o pai, o Filho Pródigo pediu a sua parte na herança, para gozar da liberdade mundana. Depois de experimentá-la e desperdiçar o que recebera, caiu em si e sentiu-se compungido a voltar para o aconchego do lar, concluindo que, sob os limites do pai, gozava de segurança, carinho e conforto (Lc 15.11-25). Conclui-se, por conseguinte, que um lar, onde os limites são justa e biblicamente estabelecidos, conforme recomenda a Palavra de Deus, faz com que as crianças sintam-se realmente felizes.

 

III. RECUPERANDO A AUTORIDADE PERDIDA

 

  1. Filhos sob autoridade de outras pessoas.Nenhum motivo, que não seja a morte, justifica os filhos estarem afastados da autoridade dos pais. Quando Deus confiou aos pais a educação e a formação de seus filhos, embutiu, nesta demanda, o exercício da autoridade como algo indispensável.

Quem tem de cuidar de nossos filhos somos nós. Por que impor sobre os outros uma responsabilidade que é prioritariamente nossa? Pouquíssimos são os avós em condições físicas e psicológicas para educar os netos. Portanto, os pais que se encontram fora dos padrões estabelecidos por Deus, devem retomar o seu papel de educadores de seus filhos enquanto é tempo. E Deus, certamente, os ajudará nesta sublime tarefa (Dt 4.40).

  1. Filhos adolescentes.Quando duas ou mais pessoas se conhecem, conceitos, valores e informações são intercambiados. Daí o motivo de Jesus ter-nos considerado sal da terra (Mt 5.13ss). Quando aumenta o relacionamento dessas pessoas, este fenômeno é observado numa escala muito maior. É aí que entra a questão de nossos filhos adolescentes.

Eles são muito permeáveis à influência do grupo. Por isto, devem os pais estar bem atentos para, além de estar perto deles, conhecer o grupo do qual eles fazem parte. Aproxime-se, pois, desse grupo, a fim de poder administrar a amizade de seu filho, principalmente se os limites devidos não foram bem estabelecidos em sua primeira infância.

  1. Resgatando a autoridade.Considerando que a autoridade paterna é um instrumento divino a nós confiado para garantir a qualidade da formação de nossos filhos, é imprescindível que todo o pai tenha consciência desta verdade explicitada em Gênesis 18.19, quando Deus fala a respeito de Abraão: “Porque eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele... para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado”. De Abraão se esperava que governasse de modo tal seus filhos que estes e os filhos destes pusessem em prática a vontade revelada de Deus.

Quando o pai se conscientiza de que a autoridade é necessária para que os seus deveres sejam cumpridos, deve:

  1. a)Quando errar, reconhecer e assumir seu erro (Pv 28.13);
  2. b)Orar muito a Deus especificamente sobre o assunto (Mc 11.24);
  3. c)Aconselhar-se com líderes sábios, conhecedores do assunto (Pv 11.14);
  4. d)Reunir a família, tratar dos assuntos domésticos à luz da Bíblia, e pôr “ordem na casa” (Mt 12.25).

 

CONCLUSÃO

 

A falta de autoridade por parte dos pais não só traz desordem ao lar e vexame no convívio social, como gera indivíduos irresponsáveis, contraventores e despreparados para enfrentar a realidade da vida.

Recomendamos tanto aos pais quanto aos filhos a leitura reflexiva de Efésios 6.1-4. Neste texto, encontramos tanto o princípio da obediência que os filhos devem ter em relação aos pais, como a autoridade que deve ser exercida com sabedoria e discernimento pelos pais em relação aos filhos.

 

VOCABULÁRIO

 

Aconchego: Comodidade, conforto, proteção, amparo.
Contraventor: Aquele que transgride a lei.
Discernimento: Faculdade de julgar as coisas clara e sensatamente; critério.
Imprescindível: Algo de que não se pode abrir mão; indispensável.
Intercambiar: Permuta, troca.
Permeável: Que pode ser transpassado.
Vexame: Vergonha, afronta, ultraje.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

Criando os Filhos no Caminho de Deus. Kathi Hudson, CPAD.

 

EXERCÍCIOS

 

  1. Cite duas causas da falta de autoridade paterna.
  2. Pouca ou nenhuma presença do pai no processo formativo dos filhos e ausência de limites.

 

  1. A quem compete estabelecer limites na vida dos filhos?
  2. Aos pais.

 

  1. Cite um exemplo bíblico de um filho que descobriu em tempo a segurança dos limites paternos.
  2. O filho pródigo.

 

  1. Que motivo justificaria filhos sob autoridade de outra pessoa que não os pais?
  2. A morte dos pais.

 

  1. Em que faixa etária o homem é mais influenciado pelo grupo com quem convive?
  2. Na adolescência.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Bibliológico

 

“Todos nós lutamos com o dilema de estabelecer firmes limites e ainda tememos conduzir nossos filhos à rebeldia. Como podemos caminhar nesta tênue linha?

Acho que meus pais fizeram um excelente trabalho nesta área. Eles nunca foram muito severos (na verdade, tive mais liberdade que muitos de meus amigos); as expectativas eram expostas tão claramente, que disciplinei a mim mesma para não ultrapassar o limite. Ao fazer más escolhas, sentia-me triste por ter falhado para com meus pais. Eles não costumavam dizer qualquer palavra; apenas me olhavam, eu percebia e me desculpava com eles. É difícil dizer com exatidão como podemos andar nesta linha entre a autoridade e a severidade. Isto varia de lar para lar e depende muito da personalidade da criança. Alguns filhos necessitam de mais limites que outros. Porém, um princípio básico é comum a todos: ao treinar seus filhos para autodisciplina, é necessário afrouxar as rédeas e permitir que sejam responsáveis por seu próprio comportamento. Este processo é mais conhecido como ‘tornar-se independente’.

A ‘liberação’ paternal acontece gradativamente, de acordo com a idade e o nível de maturidade da criança. Para ser eficiente, a autodisciplina da criança necessita ser desenvolvida corretamente. A medida que a criança torna-se mais responsável, recebe menos restrições.

A chave que possibilita esta transição é um relacionamento paternal aberto, que permite exemplo, ensinamento e correção. A criança precisa desenvolver um limite interior que seja repleto de amor” (Criando os Filhos no Caminho de Deus. CPAD, pp.273,274).

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

2º Trimestre de 2004

 

Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor

Comentarista: Eliezer de Lira e Silva

 

 

Lição 6: A criança e a família

Data: 9 de Maio de 2004

 

TEXTO ÁUREO

 

Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo” (Ef 6.1).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O futuro feliz de uma família depende da criação dos filhos desde pequeninos, no temor ao Senhor, segundo a Bíblia.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Dt 11.18,19

Os pais: os primeiros mestres da criança

 

 

Terça - Dt 6.6-9

O lar, a primeira escola da criança

 

 

Quarta - Ef 6.4

Como deve ser a criação dos filhos

 

 

Quinta - Pv 22.6

O bendito e duradouro ensino da Palavra

 

 

Sexta - Jo 21.16

A prioridade do ensino da criança

 

 

Sábado - Sl 127.3

Os filhos são herança e galardão do Senhor

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Deuteronômio 11.18-21.

 

18 - Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos.

19 - e ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te;

20 - e escreve-as nos umbrais de tua casa e nas tuas portas,

21 - para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o Senhor jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a terra.

 

PONTO DE CONTATO

 

Atualmente as crianças estão expostas a todo tipo de informação contrastante com as Escrituras Sagradas: Programas infantis que não têm nenhum fim educativo e são apresentados por pessoas que não possuem qualquer comprometimento com Deus e sua Palavra; filmes, músicas e desenhos animados que só estimulam a violência, a sensualidade e a desobediência; e até os brinquedos e as embalagens de biscoitos e doces estão influenciando-as através de figuras completamente diabólicas. Os pais são os principais agentes educadores da criança, se forem negligentes, estarão comprometendo o futuro de sua descendência.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Identificar os principais modos bíblicos pelos quais os pais devem ensinar os filhos.
  • Definir e conceituar o termo disciplina em conformidade com a Bíblia Sagrada.
  • Destacar o exemplo de Jesus em seu relacionamento com as crianças.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

Educar uma criança não é uma atividade fácil, todavia, extremamente recompensadora. É uma grande responsabilidade concedida por Deus aos pais, contudo, se Ele nos confiou isso, sabe que possuímos a capacidade de cumpri-la plenamente. Os pais têm a obrigação de preparar os filhos para enfrentarem a vida sozinhos, por isso, precisam aproveitar bem o tempo de convivência entre eles. A criança necessita de conhecimento secular para desenvolver habilidade crítica, ter maior possibilidade de se tornar bem-sucedida e uma cidadã civilizada e consciente de seus direitos e deveres. No entanto, o ensino bíblico é fundamental para que ela possa construir sua vida sobre o alicerce sólido da Palavra de Deus, e tê-la como parâmetro de conduta para si. “Instruir no caminho” implica também estar no mesmo caminho; a criança é observadora e está sempre atenta ao comportamento dos adultos, os quais ensinam muito mais com suas atitudes do que por meio de suas palavras. Ela aprende rapidamente o que lhe é transmitido, por isso, devemos verificar toda a informação que está lhe sendo legada na escola, na igreja e em casa através dos meios de comunicação e de outras pessoas com as quais ela convive.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Reproduza o gráfico abaixo no quadro de giz ou numa cartolina sobre as responsabilidades dos pais para com os filhos. Pergunte ao seus alunos e peça-lhes para completar o quadro.

 

DEVERES DOS PAIS

 

  • Ensinar o temor a Deus
  • Honrar
  • Disciplinar

 

 

DEVERES DOS FILHOS

 

  • Obedecer
  • Ser um bom exemplo
  • Amar

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Infância: Período de vida que vai do nascimento à adolescência, extremamente dinâmico e rico, no qual o crescimento se faz, simultaneamente, em todos os domínios, e que, segundo os caracteres anatômicos, fisiológicos e psíquicos, se divide em três estágios: primeira infância, de zero a três anos; segunda infância, de três a sete anos; e terceira infância, de sete anos até a puberdade.

 

“Instrui a criança” (Pv 22.6) é um imperativo bíblico. Os pais têm uma oportunidade única, seguidos da igreja, de ensinarem e educarem os pequeninos. A infância, a partir do nascimento, é o alicerce da vida inteira que a criança terá. Que alicerce ou base as nossas crianças dispõem para a construção do edifício da sua existência? Em duas ocasiões, Jesus dando-nos o exemplo, priorizou manifestamente o atendimento das necessidades da criança (Mc 10.14,16). Em João 21.16, Jesus, depois de haver ressuscitado, ordenou a Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas”, isto é, “meus pequeninos” (de acordo com o original). Este pastoreio da criança, visto como prioridade, só será possível através do amor de Deus para com elas. O prévio requisito da parte de Deus para os pais é pôr as palavras dEle no coração dos filhos (Dt 11.18). O versículo 19 confirma isso. Os pais cristãos precisam não apenas conhecer a Palavra de Deus, tendo-a na mente, mas também necessitam guardá-la no coração com amor.

 

  1. PAIS E FILHOS

 

  1. Ensinando os filhos pelo exemplo (Dt 11.18).O exemplo de amor pela Palavra de Deus que os pais demonstram aos filhos — falando dela com amor, lendo-a e ouvindo-a com sede, prazer, atenção e reverência — perdurará neles por toda a vida, estimulando-os a também amá-la e deste modo serem igualmente abençoados. A Bíblia é a mensagem de Deus para nós, e nos transmite o conhecimento e a sabedoria de Deus.
  2. Ensinando a criança com amor (Dt 11.18).Os termos “coração” e “amor” são interligados e semelhantes. O ensino dos pais à criança deve ser de coração para coração, e não simplesmente de cabeça para cabeça, como se a Palavra de Deus fosse uma matéria secular — português ou matemática — que aprendemos e depois esquecemos. O amor à criança precisa ser dosado com firmeza de atitudes para que haja equilíbrio na formação de uma personalidade cristã ideal. Psicólogos e pedagogos modernos e distanciados da Palavra de Deus estão propagando que basta cuidar da criança com amor e esquecer da firmeza, correção e disciplina. Eles acham que sabem educar mais do que Deus e afirmam que a correção da criança pelos pais prejudica o desenvolvimento da sua personalidade. A Bíblia ensina diferente (Pv 29.15,17). Amor sem disciplina é sentimentalismo; torna-se vulnerável e fenece.
  3. Ensinando pelo falar (Dt 11.19).A criança enquanto pequenina vive em casa e nas imediações. Vemos aí o lar como a primeira escola da criança e os pais como seus primeiros mestres. Os anos da infância passam rápido e os pais precisam de conhecimento, sabedoria e preparo para aproveitarem todas as oportunidades e ensinar a seus filhos o que é necessário. A fala continua sendo o maior meio de comunicação no ensino. Os pais devem utilizá-la bem no lar.
  4. Ensinando a criança pela visão (Dt 11.20).A escrita é um tipo de código visual linguístico para a comunicação no ensino. Nos primórdios da Lei, a escrita era limitada. A página impressa com sua imensa riqueza de imagem visual era desconhecida. O desenho e outras artes similares eram raros e primitivos.

Deus ordenou aos pais que escrevessem a lei divina primeiro em suas casas; mas também disse: “e nas tuas portas”, isto é, nos portões das cidades. Naqueles tempos, era um local único de entrada e saída, de atos sociais e legais, e transações comerciais. A lei divina não era somente ensinada em casa — às crianças pelos pais — mas também em público, o que incluía os estrangeiros, nos portões da cidade.

  1. Os pais ensinando sempre aos filhos (Dt 11.19).Noutras palavras, ensinando em todo o tempo; aproveitando todas as oportunidades. Esta mensagem também foi dirigida aos pais concernente aos filhos. Os pais devem estar bem conscientes e apercebidos de que os anos da infância não voltam mais. Lembre-se: o que for aprendido nessa fase, durará por toda a vida.

 

  1. PROMESSAS DE DEUS AOS PAIS

 

Em Deuteronômio 11.21, Deus faz promessas aos pais, porém promessas sob condições evidenciadas nas palavras “para que”. São condições embutidas na obediência dos pais às instruções dadas nos versículos anteriores (vv.18-20).

  1. A condição da doutrina do Senhor (vv.18-20).A doutrina conhecida e semeada na mente dos pequeninos, com amor e perseverança, e exemplificada na vida dos pais.
  2. Vida longa para todos da família (v.21a).O sentido do vocábulo “filhos” nesta passagem vai além dos membros atuais da família, e inclui os demais descendentes. Uma cena dolorosa e difícil na família é quando a morte ceifa a vida de alguém, e pior ainda quando isso acontece prematura e inesperadamente. No entanto, temos neste verso uma promessa de vida longa, dada por Deus, relacionada à sua Palavra.
  3. Bênçãos dos céus pela Palavra (v.21b).Bênçãos não apenas terrenas, seculares, materiais, mas também bênçãos que comunicam as maravilhas dos altos céus. É, pois, compensador lidar com a Palavra de Deus a partir do lar. Isso redunda em bênçãos a curto, a médio e a longo prazo.

 

III. ENSINANDO NO LAR PELA DISCIPLINA

 

No grandioso e celebrado texto de Provérbios 22.6, um dos sentidos no original da expressão — “instrui o menino” — é treinamento prático, metódico, seguido e crescente, como o de uma tropa militar. A palavra “disciplina” é de raiz latina e quer dizer “ensinar”. O dicionário define que disciplinar é controlar a vontade; é moldar o “eu”; é ensinar a obedecer conscientemente, para os devidos fins. O termo “discípulo” (que vem do mesmo vocábulo latino) quer dizer “aprendiz”, “aluno”. Disciplinar a criança não é primeiramente castigá-la por algum motivo, mas ensinar-lhe algo metódica e gradualmente; inclusive a cuidar da sua formação e conservação de bons hábitos. Amar os filhos sem discipliná-los é sentimentalismo aliado à ignorância dos pais e não amor real, pois quem ama sinceramente não despreza a disciplina. Por outro lado, disciplinar os filhos sem amá-los de verdade é tirania, prepotência e ignorância. Todos os pais devem estudar na Bíblia o ensino da criança pela disciplina e também a puericultura de base cristã.

 

  1. O EFEITO DO ENSINO DA PALAVRA DE DEUS

 

No final do último livro da Lei — Deuteronômio — o ensino aos filhos é reiterado (31.12,13).

  1. No versículo 12, vemos o ensino coletivo, conjunto, público da criança.Não é uma ideia, sugestão ou pedido. É um imperativo divino. Se os pais muito cedo não instilarem o ensino da lei divina na alma da criancinha, o mundo ímpio logo o fará com os numerosos e atraentes recursos da mídia, tendo o Diabo, “o príncipe deste mundo”, ocultamente como mentor.
  2. No versículo 12, percebemos que a Palavra ouvida e vista ainda é o mais eficiente canal de aprendizado.Nem sempre os meios visuais estão disponíveis por serem dependentes de outros recursos materiais, mas o canal da fala é universal e sempre presente em qualquer lugar.
  3. O temor de Deus não é só comunicado pelo efeito da Palavra;é também aprendido através do ensino ministrado com oração e a graça do Senhor (v.12).
  4. O temor a Deus e a obediência à Palavra (vv.12,13).A obediência à Palavra é uma consequência do temor a Deus. O povo desobedece aos ensinos da Bíblia por falta desse temor. Muitos alegam ignorância, mas isso é hipocrisia, porque o temor ao Senhor dá-nos sabedoria (Jó 28.28) e faz-nos obedientes (Ne 5.15).

 

  1. A CRIANÇA NO ENFOQUE GERAL

 

  1. A formação da personalidade na criança é quádrupla.
  2. a) Formação cristã.Concerne à doutrina cristã (Ef 6.4);
  3. b) Formação social.Concerne à disciplina cristã;
  4. c) Formação moral.Concerne ao caráter cristão;
  5. d) Formação intelectual.Concerne à escolarização.
  6. A mãe e a criança.É a mãe quem mais influi na formação do caráter dos filhos; por ficar mais tempo com eles e consequentemente cuidar deles.
  7. Jesus e a criança.
  8. a)Jesus veio ao mundo como criança (isso dignifica-a);
  9. b)Jesus e seu exemplo de obediência aos pais (Lc 2.41,51);
  10. c)Jesus destacou publicamente a criança (Mc 9.36; 10.13-16; Mt 18.2,10).
  11. A igreja e a criança.Se a igreja (além do lar) não cuidar da criança hoje, para ensinar-lhe as bênçãos que o Senhor tem para dar-nos, amanhã a igreja não terá adolescentes, jovens, nem adultos para executar a sua missão. Não podemos esperar para colher frutos de plantas de que não cuidamos (Pv 28.19). A ordem de Jesus para a igreja é “apascenta os meus cordeirinhos” (Jo 21.16 — literalmente).

 

CONCLUSÃO

 

O dever essencial dos filhos é obedecer aos pais “no Senhor”. Não à moda dos pais, mas segundo o ensino do Senhor nas Escrituras. (Ler Efésios 6.23 e Colossenses 3.20.) Obedecer não é uma opção dos filhos; é uma ordem de Deus. Muitos filhos hoje sofrem, inclusive de maneira misteriosa e inexplicável, por ter quebrado esse preceito divino (Êx 20.12). A má sementeira da desobediência e rebeldia dos filhos trará logo mais a sua colheita de males (Gl 6.7).

 

VOCABULÁRIO

 

Fenecer: Terminar, acabar, extinguir-se.
Hipocrisia: Impostura, fingimento, simulação, falsidade.
Ignorância: Estado de quem ignora ou desconhece alguma coisa, não tem conhecimento dela.
Instilar: Introduzir gota a gota.
Mentor: Pessoa que guia, ensina ou aconselha outra; guia, mestre, conselheiro.
Metódico: Conjunto dos meios dispostos convenientemente para alcançar um fim.
Perdurar: Durar muito; continuar a existir; permanecer, persistir, substituir.
Redundar: reverter, resultar, converter-se em.
Reverência: Respeito, marcado pelo temor, às coisas sagradas.
Vulnerável: Diz-se do lado fraco de um assunto ou de uma questão, ou do ponto pelo qual alguém pode ser atacado ou ferido.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

Criando os Filhos no Caminho de Deus. Kathi Hudson, CPAD.

 

EXERCÍCIOS

 

  1. Quais as duas ocasiões em que Jesus priorizou as crianças?
  2. Em Marcos 10.14-16, quando as abençoou e em João 21.16, depois de haver ressuscitado.

 

  1. Onde devemos guardar a Palavra de Deus, além da mente?
  2. No coração.

 

  1. O que os psicólogos e pedagogos modernos ensinam sobre a disciplina da criança?
  2. Que basta ensinar a criança com amor, esquecendo-se da firmeza, da correção e da disciplina.

 

  1. Que promessa divina para os pais em relação aos filhos temos em Dt 11.21?
  2. Vida longa para toda a família.

 

  1. Quem mais influencia na formação do caráter dos filhos, e por que?
  2. A mãe por que é quem fica com o maior tempo com eles.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Bibliológico

 

“A habilidade de ler é essencial ao aprendizado e um importante ingrediente para uma vida de sucesso. Desse modo, para alcançarmos a vontade de Deus e sermos bem-sucedidos precisamos obedecer-lhe através da leitura da Bíblia. Como pais cristãos, nosso principal objetivo é treinar nossos filhos e desenvolver-lhe esta capacidade.

A Bíblia nos instrui repetidamente a lê-la, enfatizando o valor da leitura: ‘Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia’ (Ap 1.3). ‘E leram o livro, na lei de Deus, e declarando e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse’ (Ne 8.8).

Várias questões vêm à tona quando discutimos a importância da leitura. Em primeiro lugar, nossos filhos estão aptos a ler bem? Será que estamos alertas para os chocantes índices de ignorância entre os adultos, resultado das inabilidades de leituras desenvolvidas na escola?

Para que nossos filhos sejam bem-sucedidos em cada área de suas vidas, eles precisam ser hábeis leitores. Apenas uma pequena porcentagem de estudantes em qualquer nível escolar americano — entre dois a quatro por cento — lê em nível ‘avançado’. Esta habilidade é vital tanto para o estudo das Escrituras, bem como para o sucesso em qualquer tipo de trabalho especializado, segurança ou informação do cidadão que deseja verdadeiramente viver uma vida de qualidade. A leitura é importante para o aprendizado, entretenimento e funções básicas de atuação social.

Você pode ajudar seu filho a tornar-se um leitor exemplar...

... A melhor maneira de os pais ajudarem seus filhos mais novos a tornarem-se leitores é lendo para eles. Você pode começar a ler para seu filho tão logo comece a falar com ele — desde o nascimento (algumas pessoas o fazem durante a gestação!). E você nunca deveria parar” (Criando os Filhos no Caminho de Deus. Kathi Hudson, CPAD).

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

2º Trimestre de 2004

 

Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor

Comentarista: Eliezer de Lira e Silva

 

 

Lição 7: A família e a Terceira Idade

Data: 16 de Maio de 2004

 

TEXTO ÁUREO

 

Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e florescentes” (Sl 92.14).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A terceira idade não deve ser vista como o fim de uma existência, mas como o início de uma nova etapa na vida do ser humano.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Sl 71.9

A oração do idoso

 

 

Terça - Is 65.22

A velhice como promessa divina

 

 

Quarta - Rt 4.15

Velhice — tempo de recreação

 

 

Quinta - Js 8.32

É possível ter uma boa velhice

 

 

Sexta - Gn 15.15

A velhice pode ser um período de paz

 

 

Sábado - Jó 12.12

A velhice é um tempo de sabedoria

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Salmos 71.1-9.

 

1 - Em ti, Senhor, confio; nunca seja eu confundido.

2 - Livra-me na tua justiça e faze que eu escape; inclina os teus ouvidos para mim e salva-me.

3 - Sê tu a minha habitação forte, à qual possa recorrer continuamente; deste um mandamento que me salva, pois tu és a minha rocha e a minha fortaleza.

4 - Livra-me, meu Deus, das mãos do ímpio, das mãos do homem injusto e cruel,

5 - pois tu és a minha esperança, Senhor Deus; tu és a minha confiança desde a minha mocidade.

6 - Por ti tenho sido sustentado desde o ventre; tu és aquele que me tiraste do ventre de minha mãe; o meu louvor será para ti constantemente.

7 - Sou como um prodígio para muitos, mas tu és o meu refúgio forte.

8 - Encha-se a minha boca do teu louvor e da tua glória todo o dia.

9 - Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se for acabando a minha força.

 

PONTO DE CONTATO

 

Neste domingo, estaremos trabalhando com um assunto interessante e bastante atual. O tema da Terceira Idade vem sendo amplamente tratado e discutido nas escolas, universidades, empresas, comunidades, associações e em diversos órgãos humanitários no Brasil e em várias partes do mundo. Todos estão interessados neste grupo etário que cresce vertiginosamente a cada ano. E as famílias cristãs? Como têm tratado seus idosos? 0 que têm feito para melhorar sua qualidade de vida? E a Igreja de Cristo? O que tem planejado neste sentido? Levante estes, e outros questionamentos similares em sua classe.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Relacionar variados textos bíblicos que ensinam como devemos cuidar dos idosos na igreja e fora dela.
  • Enumerar as limitações da Terceira Idade a fim de melhor compreendê-la.
  • Arranjar maneiras de melhor aproveitar o potencial de nossos idosos, no lar e na igreja.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

Deus é refúgio, fortaleza, proteção e consolo em todas as fases da nossa vida. 0 Todo-Poderoso jamais nos abandona, mesmo quando nossas forças físicas começam a falhar e os males do envelhecimento se tornam evidentes e inevitáveis.

Deus é fiel e cumpre cabalmente sua parte, auxiliando-nos em todas as épocas e circunstâncias da nossa vida. Em relação a isso não temos dúvidas! Mas... e quanto à parte humana? Temos assistido aos nossos idosos a contento? Devotamos a eles nosso respeito, admiração, cuidado e reconhecimento?

Ou os ignoramos como se fossem objetos descartáveis. Que Deus tenha misericórdia de nós!

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

É imprescindível que cada igreja local organize um ministério voltado exclusivamente para a Terceira Idade. Na Escola Dominical, por exemplo, deveria haver uma classe especial, uma vez que nesta faixa de idade, o processo de aprendizado é diferente das demais. Na Terceira Idade, a aprendizagem é mais centrada no próprio aluno, pois, de certa forma, esses alunos são mais independentes e auto-sugestivos. Eles costumam aprender aquilo que realmente precisam e estão interessados em saber. Ou seja, aprendem para aplicar imediatamente na vida prática. Preferem aprender através da resolução de problemas com base nas próprias experiências.

Discuta esse tópico com a turma. Tente descobrir novas possibilidades de envolver os idosos no programa geral da Escola Dominical.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Em alguns períodos da história, chegar aos 60 anos era uma façanha reservada às classes privilegiadas. Houve um tempo, em Roma, que as mulheres dificilmente conseguiam ultrapassar a terceira década de sua existência. Aliás, até o século XIX, a expectativa de vida, na Europa, não ia além dos 45 anos. Portanto, raramente se falava em menopausa e em especialidades médicas como a geriatria. Naquele tempo, pouco se falava acerca da Terceira Idade. Hoje, porém, com o significativo aumento da expectativa de vida, há que se encarar, amorosa e otimisticamente, esta fase tão importante da existência humana.

Como temos agido em relação aos nossos familiares da Terceira Idade? Nesta lição, aproveitemos a oportunidade para repensar nossas atitudes em relação aos idosos. Afinal, como todos desejamos ser bem tratados nessa fase da vida, que levemos em conta o princípio da semeadura e da colheita (Gl 6.7).

 

  1. O QUE É A TERCEIRA IDADE

 

Via de regra, a Terceira Idade é a faixa etária da vida humana que começa a partir dos 60 anos. O salmista refere-se a esta fase de nossa vida: “A duração da nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos” (Sl 90.10).

Como se vê, nessa passagem, a Terceira Idade, para os judeus, começava aos 70 anos. De qualquer forma, eis um problema que requer pronta solução de uma sociedade que, contaminada pelo imediatismo, não está disposta a amparar os que a ajudaram a construí-la.

 

  1. AS LIMITAÇÕES DA TERCEIRA IDADE

 

Não são poucas as limitações em decorrência da Terceira Idade: sociais, econômicas, físicas, psicológicas e até espirituais. Por isto, devem os ministérios de nossa igreja, voltados para a Terceira Idade, estar atentos a todas elas, objetivando proporcionar aos idosos uma melhor condição para se viver.

  1. Limitações sociais.Achegada da Terceira Idade coincide, geralmente, com a aposentadoria, período em que tanto o homem quanto a mulher, por mais importantes que tenham sido, podem cair numa profunda depressão em virtude da sensação de inutilidade. Haja vista o que aconteceu com o profeta Samuel. Rejeitado em sua velhice, foi tomado por uma profunda tristeza. Deus, entretanto, como o Psicólogo dos psicólogos, soube como tratar o seu servo, dando-lhe uma nova perspectiva de vida (1Sm 8.1-9).
  2. Limitações econômicas.A Terceira Idade representa também uma significativa queda no poder aquisitivo. Ciente disto, o salmista ora ao Senhor: “Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se for acabando a minha força” (Sl 71.9).
  3. Limitações físicas.Por mais robusto que seja o ser humano, não poderá escapar às limitações físicas que lhe impõem a Terceira Idade (Ec 12.1-9). Aparecem a canseira e o enfado (Sl 90.10). A visão perde a sua força (Gn 27.1). 0 vigor vai desaparecendo (Gn 17.17).
  4. Limitações psicológicas.É necessário compreender que as motivações psicológicas de um idoso não são as mesmas de um jovem. Leia com atenção 2 Samuel 19.34-37. Por isto ajamos com discernimento para oferecer-lhes algo que realmente os ajude nesta tão importante fase da vida.

Salomão discorre sobre os problemas psicológicos enfrentados na Terceira Idade: “como também quando temerem o que está no alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua eterna casa, e os pranteadores andarão rodeando pela praça” (Ec 12.5).

  1. Limitações espirituais.Há idosos que apresentam uma significativa queda em sua vida espiritual, principalmente quando deixam a liderança de um ministério. Vimos o que aconteceu ao profeta Samuel.

A família e a igreja, portanto, devem estar atentas e preparadas para ajudar os seus idosos a superar as suas limitações, porque grandes são as possibilidades encontradas na Terceira Idade.

 

III. AS POSSIBILIDADES DA TERCEIRA IDADE

 

Vejamos como poderemos aproveitar melhor nossos idosos. Podem eles atuar como:

  1. Auxiliar na educação dos netos.Neste caso, não devemos sobrecarregá-los com uma obrigação que é prioritariamente nossa. Todavia, mostram-se eles excelentes pedagogos na condução dos netos: transmitem a estes não somente deveres, mas também sublimes lições de vida. Lembra-se de Noemi? Ela foi consolada com a chegada de seu neto do coração (Rt 4.13-17).
  2. Conselheiros dos mais jovens.Mostra-nos a história que desprezar o conselho dos mais velhos não é um bom negócio. Por não ouvi-los, Roboão perdeu boa parte de seu reino (1Rs 12.1-15). Se a idade não lhes permite dirigir, autoriza-os a aconselhar. E os anciãos que, tanto em Israel quanto na Igreja Primitiva, ajudavam na orientação dos negócios do Reino de Deus? (Êx 4.29; 19.7; At 15.2).
  3. Ai de nós se não fosse a intercessão da Terceira Idade! Os idosos permanecem de joelhos para que o mais jovem nos mantenha de pé. A idosa Ana não deixava o templo; em jejuns e orações, esperava ela a consolação de Israel (Lc 2.36-38). E foi em sua avançada idade que contemplou a consolação do povo de Deus — Jesus de Nazaré.
  4. Voluntários.É importante saber que os anciãos buscam algo para fazer, quer em casa quer na igreja, não pela remuneração financeira. O que eles querem é ser úteis. Portanto, preparemo-los para que executem funções de acordo com sua faixa etária; por menores que sejam, haverão de trazer-lhes grandes expectativas quanto ao futuro. Aliás, não pense você que o futuro é propriedade exclusiva dos mais novos; é uma herança que o bondoso Deus concede a cada um de seus filhos (Pv 23.18).

 

  1. AS OBRIGAÇÕES DA FAMÍLIA E DA IGREJA COM A TERCEIRA IDADE

 

Tanto a família quanto a igreja, tudo devem fazer para proporcionar aos idosos uma ótima qualidade de vida.

  1. Obrigações da família.Levando sempre em consideração a Bíblia Sagrada, nossa única regra de fé e prática, estas são as obrigações da família em relação aos seus idosos:
  2. a) Tributar-lhes as devidas honras. Este mandamento, entregue por Moisés a Israel, foi prontamente referendada no Novo Testamento: “Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa” (Ef 6.2). Atentemos a mais esta demanda da Palavra de Deus: “Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do velho, e terás temor do teu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv 19.32).
  3. b) Não roubar os velhos. Há filhos e netos que, aproveitando-se das limitações de seus idosos, apropriam-se de suas senhas bancárias e de documentos para roubar as suas economias. Este comportamento é abominável diante de Deus: “O que rouba a seu pai ou a sua mãe e diz: Não há transgressão, companheiro é do destruidor” (Pv 28.24).
  4. c) Não impedir-lhes as segundas núpcias. Cabe aos filhos orientar os pais viúvos na realização de segundas núpcias, e não causar-lhes embaraços, visando apenas a completa posse de seus bens.

Amor e romantismo não são monopólios dos jovens; os idosos também possuem as suas expectativas e necessidades. Que haja orientação e conselho, e não impedimentos injustificáveis.

  1. d) Sustentar os idosos. Como seria triste se um crente fosse constrangido, pela lei secular, a sustentar seus idosos. Que exemplo nos dá José! Ele sustentou a seu velho pai com toda a sua casa (Gn 45.1-5; 1Tm 5.4).
  2. e) Proporcionar-lhes acompanhamento médico. Que os idosos recebam tratamento médico adequado, para que possam desfrutar, com saúde, as grandes possibilidades de sua faixa etária.
  3. Obrigações da igreja.Deve a igreja, o mais depressa possível, organizar um ministério voltado exclusivamente à Terceira Idade. Eis algumas sugestões:
  4. a) A classe da Escola Dominical voltada à Terceira Idade. Como possuem eles interesses (e problemas) comuns, poderão compartilhar suas experiências, ajudando uns aos outros.
  5. b) Cursos para a Terceira Idade. Durante a semana, poderão os idosos frequentar um curso, nas dependências da igreja, que muito os ajudarão a remir o tempo.
  6. c) Trabalho espiritual. Os idosos muito poderão ajudar a igreja, intercedendo, evangelizando, visitando e aconselhando.
  7. d) Mantendo os idosos amparados. Como povo de Deus, nossos asilos e lares têm de ser um modelo de tratamento, asseio e cuidado com os integrantes da Terceira Idade.

Enfim, que cada igreja faça um levantamento consciente das condições de seus idosos, tendo em vista proporcionar-lhes um modo de vida consoante às recomendações bíblicas.

 

CONCLUSÃO

 

No início desta lição, falamos que o aumento da expectativa de vida trouxe muitos problemas aos idosos; tais dificuldades requerem pronta solução. Mas a questão toda não deve residir na expectativa de vida, e sim na perspectiva que podemos, com a ajuda de Deus, proporcionar-lhes.

Portanto, voltemo-nos com mais amor e atenção à Terceira Idade, sabendo que esta é a vontade de Deus.

 

VOCABULÁRIO

 

Abominável: detestável; execrável.
Consoante: Conforme, segundo.
Constrangido: Forçado, obrigado, contrafeito.
Demanda: Exigência; determinação.
Dependência: Edificação anexa a outra principal.
Discernimento: Faculdade de julgar as coisas clara e sensatamente; critério.
Menopausa: Término do ciclo menstrual; menostasia.
Monopólio: Tráfico, exploração, posse, direito ou privilégio exclusivos.
Perspectiva: Expectativa, esperança, probabilidade.
Poder aquisitivo: Capacidade de conquista de bens e serviços de um indivíduo ou grupo.
Psicólogo: Especialista na ciência dos fenômenos psíquicos e do comportamento.

 

EXERCÍCIOS

 

  1. O que é a Terceira Idade?
  2. É a faixa etária da vida humana que começa a partir dos 60 anos.

 

  1. Quais as limitações da Terceira Idade?
  2. Sociais, econômicas, físicas, psicológicas e até espirituais.

 

  1. Quais as possibilidades da Terceira Idade?
  2. Auxiliar na educação dos netos, conselheiros dos mais jovens, intercessores e voluntários.

 

  1. Quais as obrigações da família com a Terceira Idade?
  2. As obrigações da família com os idosos são: tributar-lhes a devida honra, não roubá-los, não impedir-lhes as segundas núpcias, sustentá-los e proporcionar-lhes acompanhamento médico.

 

  1. Quais as obrigações da igreja com a Terceira Idade?
  2. Ter uma classe voltada às suas necessidades, promover cursos e organizar trabalhos apropriados para ela na igreja e mantê-la amparada.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Teológico

 

“O salmista estava velho e via sua vida como um ‘exemplo’, um sinal, uma prova de tudo o que Deus fez por ele (Sl 71.7,18). Lembrarmo-nos das bênçãos recebidas em nossa vida nos ajuda a enxergar a consistência da graça de Deus ao longo dos anos, incentiva-nos a confiar nEle quanto ao futuro e a falar aos outros sobre os benefícios de segui-lo.

Se olharmos para trás, reconheceremos que Deus foi a nossa ajuda constante. À medida que a força física diminui, precisamos ainda mais de Deus, e percebemos que Ele ainda é a nossa ajuda constante. Nunca devemos desesperar, mas continuar a esperar por sua ajuda. Não importa quão severas sejam as nossas limitações. A esperança nEle nos ajuda a seguir adiante e a servi-lo.

Uma pessoa nunca é idosa demais para servir a Deus, e nunca é idosa demais para orar. Embora a idade possa nos impedir de realizar certas atividades físicas, não é necessário que acabe com o nosso desejo de falar aos outros (especialmente às crianças e jovens) sobre tudo o que vimos e ouvimos Deus fazer durante nossos muitos anos de vida...

...A atitude de honrar a Deus não está limitada aos jovens, que parecem ter força e energia limitadas. Até na velhice, os crentes podem produzir frutos espirituais. Existem muitos idosos que continuam a ter uma perspectiva atual e podem transmitir-nos grandes experiências por servirem a Deus durante tanto tempo. Procure um amigo ou parente de idade avançada que possa contar-lhe a respeito de suas experiências com o Senhor e desafiá-lo a alcançar padrões mais altos em seu crescimento espiritual” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD, pp.783,784,798).

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

2º Trimestre de 2004

 

Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor

Comentarista: Eliezer de Lira e Silva

 

 

Lição 8: O amor na família

Data: 23 de Maio de 2004

 

TEXTO ÁUREO

 

As muitas águas não poderiam apagar esse amor nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse toda a fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam” (Ct 8.7).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A ausência de amor entre os cônjuges afeta mortalmente o casamento na sua base e leva toda a família à destruição.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Ef 5.25

O marido tem o dever de amar sua esposa

 

 

Terça - Tt 2.4

A esposa tem o dever de amar seu marido

 

 

Quarta - Jo 13.34,35

Amor: a base da família de Deus

 

 

Quinta - 1Co 13.5

Quem ama doa-se a si mesmo

 

 

Sexta - 1Jo 3.14

Amor: a evidência da nova vida

 

 

Sábado - 1Co 13.7

O amor traz renúncia e paciência

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Efésios 5.25,28: Tito 2.3-5.

 

Efésios 5

25 - Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,

28 - Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.

 

Tito 2

3 - As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem,

4 - para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos,

5 - a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seu marido, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.

 

PONTO DE CONTATO

 

É bastante difícil definir a palavra amor, entretanto podemos compreender um pouco melhor seu significado quando atentamos para as direções para as quais ele se volta. Phileo, o amor fraternal, relacionado à amizade; storge, sentir afeição, amor dos pais pelos filhos; eros, o amor desejo, trata-se do amor entre pessoas do sexo oposto e ágape, o amor caridade, originado em Deus. Discuta com seus alunos sobre o significado da palavra amor. De que forma podemos demonstrá-lo? Há limites para o amor?

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Citar as características do amor do marido pela esposa.
  • Identificar as causas da regressão do amor conjugal.
  • Compreender como preservar o amor na família.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

Para que o homem entendesse a dimensão do amor que ele deveria ter pela sua esposa, a Bíblia o compara ao amor de Cristo pela Igreja. Entretanto, a fim de facilitar a compreensão humana sobre como deveria se dar isto, o apóstolo Paulo faz uma analogia entre o amor do marido pela esposa e pelo próprio corpo. Quem ama ao seu corpo, respeita-o, honra-o, valoriza-o, protege-o e cuida dele com muito zelo. Para o homem, não é difícil amar o próprio corpo, isto é um problema tipicamente feminino, por isso que Deus lhe ordenou. O lar, os filhos e o marido necessitam da atenção da mulher, pois a sua obrigação, como esposa e mãe, é dedicar-se à família; nisto, é observado o amor. Ela deve interessar-se pelas aspirações dos filhos e do marido, encorajá-los e ser afetuosa para com eles. Somente com amor uma família pode alcançar os propósitos divinos e ser feliz, de outra maneira, será apenas mais um lugar onde as pessoas moram juntas.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Converse com sua turma sobre o texto áureo da lição de hoje: “As muitas águas não poderiam apagar esse amor nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse toda a fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam” (Ct 8.7). Faça as seguintes indagações aos alunos: O que este texto significou ou significa para você? Você identifica-se com este texto? Como sua compreensão deste texto mudou durante a sua vida? Que perguntas você faz ao texto? Quem ou o quê vem a sua mente quando você ouve este texto?

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Deus estabeleceu o casamento para o bem-estar e felicidade dos cônjuges, o que somente será possível pelo vínculo do amor. Sem este, tal união passa a ser uma caricatura sem vida, sem conteúdo, sem realidade. Uma vez que diante de Deus é vitalícia, pela sua natureza e finalidade, essa união depende do amor para persistir por toda a vida. Duas de suas finalidades são: perpetuar a família e ser figura da união entre Cristo e sua Igreja. A lição é evidente: sem amor, a família se degrada e se embrutece, e só o amor realiza a comunhão entre Cristo e a Igreja.

 

  1. O AMOR NAS NECESSIDADES DA FAMÍLIA

 

  1. Necessidades relativas à sobrevivência.São necessidades concentradas na área física: alimentação, descanso, lazer, proteção e auxílio mútuo entre os membros da família, a partir do casal. 0 atendimento dessas necessidades motivado pelo amor pode ser simples e corriqueiro, mas o seu efeito e influência perduram e aumentam a felicidade da família. Por isso, a Bíblia assevera: “Todas as vossas coisas sejam feitas com caridade” (1Co 16.14). Ou seja, se não pusermos amor em tudo o que fazemos, a vida perde o sentido e torna-se um vazio. Na vida do casal, que é o pilar da família, a realidade do amor viabiliza o suprimento dessas necessidades.
  2. Necessidades psicológicas.Em Gênesis 1.27, está escrito que o homem foi criado à imagem de Deus; então, de certa forma, ele reflete Deus. Deus é uma Pessoa que ama, pensa, sente, tem objetivos e toma decisões; tudo de maneira perfeita, mesmo que não pareça aos homens. Tomando a referência acima e outras semelhantes, o homem também tem personalidade. A Bíblia utiliza vários termos para designar os componentes da personalidade no homem: alma, espírito, mente, memória, coração, sentimento, vontade, conhecimento, etc.

A necessidade primordial dessa personalidade é a de amar e ser amado. É evidente que não estamos falando de amor no sentido popular, mas como atributo e virtude que refletem o Criador, pois “Deus é caridade e quem está em caridade está em Deus, e Deus, nele” (1Jo 4.16). Os cônjuges são os líderes da família e, portanto, com necessidades mútuas profundas, originadas em si mesmos, e oriundas também das grandes responsabilidades dos seus encargos domésticos.

A mulher, como esposa, quer ser valorizada pelo que é e por aquilo que ela proporciona ao marido como sua “adjutora” (Gn 2.18). Seu amor pelo marido manifesta-se através do respeito, da dedicação, da solicitude, das tarefas e dos cuidados no dia-a-dia; tudo pela motivação do amor, da sabedoria mencionada em Provérbios 14.1 e das responsabilidades assumidas (1Co 7.34b).

 

  1. O AMOR DO MARIDO PELA ESPOSA

 

A Bíblia enfatiza este amor de forma imperativa, e sem quaisquer rodeios, para que o marido não tenha desculpa nem invente uma alternativa ou evasiva. “Vós, maridos, amai vossa mulher” (Ef 5.25). Este dever do marido está na forma imperativa. Deus sabe que só o amor puro, total, sincero e leal garante a perpetuidade e felicidade real do casamento. É até possível — por interesses, condições e situações incomuns — um casamento ser estável sem tal amor, mas neste caso é impossível que seja feliz e perpétuo. Se os dois casaram-se de fato por amor, este deverá nortear a vida do casal enquanto viver.

  1. Amar como Cristo amou a Igreja.Este confronto requer do homem uma reflexão profunda diante de Deus, tendo em vista o seu alcance e responsabilidade, pois o amor de Jesus pela Igreja é supremo, sacrificial, providente, protetor e permanente. Este amor deve ser o objetivo de todo homem casado para com sua esposa. Trata-se de um amor sacrificial, que não busca seus próprios interesses (1Co 13.5). Desta forma, Deus deseja que o marido ame a sua mulher e por isso esteja sempre comprometido e disposto a dar-se por ela, em toda e qualquer circunstância.

Outrossim, a Bíblia ensina que além de amar a esposa, o marido deve também agradá-la (1Co 7.33). Agrado não depende de normas prescritas; é algo espontâneo que flui da vontade inspirada por amizade, afeto, amor, fraternidade, retribuição. De igual modo, a mulher, além de amar o marido e obedecer-lhe, também deve agradá-lo (1Co 7.34). Amor e obediência são deveres (Rm 13.8). O agrado é um fruto que brota espontaneamente do amor, da gratidão e do contentamento.

  1. Características do amor do marido:
  2. a) Puro. Assim sendo, ele é uma demonstração de respeito e honra à esposa. Deve ser desprovido de impureza, e não ser apenas baseado na sensualidade e no erotismo.
  3. b) Sincero. Isto é, amor não fingido, não de aparência, não de conversa, como está escrito em Romanos 12.9a.
  4. c) Constante. O marido não deve permitir que as contrariedades e situações irritantes do dia-a-dia, seja onde for e com quem for, venham influir e interferir na continuidade do amor conjugal. No caso da esposa, mesmo que ela cometa falhas sem querer, o marido deve perdoá-la, em virtude deste amor. É assim que Cristo ama a Igreja.
  5. d) Perpétuo. O amor não tem data de validade para expirar. A Bíblia nada ensina sobre o casal entediar-se um do outro e providenciar o término do casamento. Se voltarmos o pensamento para Cristo e sua Igreja, Ele jamais a renunciará para originar outro povo seu (Ef 5.31,32).
  6. e) Protetor (sacerdotal). A mulher é mais dependente de segurança do que o homem. No casal, essa segurança da mulher está no marido. Por isso ele deve esforçar-se em promover o bem-estar físico e espiritual dela.
  7. f) Provedor. Este amor deve prover à esposa tudo o que lhe é necessário, conforme as posses do casal, a provisão de necessidades da família, a previdência de situações futuras e de imprevistos, e o bom senso dos dois.
  8. Amar como a seu próprio corpo.Nenhum homem normal (a menos que esteja psicológica ou espiritualmente enfermo) odeia a si próprio; seu corpo é o primeiro objeto de seu amor, para dele cuidar, alimentar, tratar e proteger. É assim que o marido deve considerar e amar sua esposa. Se alguém muito entusiasmado deseja se sacrificar pela igreja a ponto de morrer por ela, em detrimento do seu casamento, não o faça. Faça sempre o melhor e o máximo que puder por sua esposa (Gn 29.18,20). Quem tinha que sacrificar-se pela Igreja até a morte, já o fez — o Senhor Jesus (Ef 5.25).

 

III. QUANDO O AMOR CONJUGAL REGRIDE

 

  1. No marido.A mulher que não se sente amada pode ter o seu comportamento no lar distorcido, trazendo danos para si mesma e para toda a família.
  2. a)Ela pode, por decepção, se isolar e tornar-se inútil.
  3. b)Pode, também, tornar-se uma mãe dominadora, controlando ilogicamente os filhos e tornando-os objetos de sua satisfação pessoal, uma vez que não a encontrou em seu marido. Esses filhos podem crescer com problemas psicológicos, bloqueios e serem incapazes de enfrentar a vida.
  4. c)Um outro mecanismo seu de compensação, quando frustrada e desnorteada, é buscar afeto fora do lar.
  5. Na esposa.Quando a mulher se casa por fama, dinheiro, sensualidade, ou necessidade de sobrevivência, esta crise pode instalar-se, partindo dela para o seu marido. Neste caso, os papéis se invertem. O marido vai compensar suas frustrações investindo nos filhos, em segmentos sociais, onde sinta-se valorizado, e às vezes em relacionamentos pecaminosos.

A falta de amor na mulher normalmente se manifesta pela falta de respeito à autoridade do marido. A Bíblia exige dela este respeito (Ef 5.22; Cl 3.18).

A falta de amor tanto do marido quanto da esposa, se não administrada em tempo hábil, pode levar à desintegração do lar, com prejuízos espirituais, morais e sociais.

 

  1. COMO MANTER O AMOR

 

  1. Auto-avaliação.É dever de todo o cônjuge avaliar diariamente a sua conduta dentro do casamento.
  2. É indispensável que ambos tenham a humildade para corrigirem seus equívocos, exageros e omissões no relacionamento.
  3. Diligência.É imprescindível a iniciativa de um procurar o outro para retomada de posições quando qualquer problema surgir, para não incorrer no distanciamento emocional, manifesto em silêncio e/ou agressões verbais.
  4. Presença no altar.É necessário que o casal reserve um bom período no altar da oração, apresentando-se quebrantado diante do Senhor, a fim de receber dEle a graça necessária à harmonia no casamento.

 

CONCLUSÃO

 

O que se espera do leitor é que após esta lição o seu amor conjugal desenvolva-se sobremaneira. Assim, o seu casamento e sua família estarão salvos.

 

VOCABULÁRIO

 

Adjutora: Aquela que ajuda; ajudante.
Decepção: Malogro de uma esperança; desilusão, desengano, desapontamento.
Desintegração: Tirar ou destruir a integridade de; reduzir a fragmentos.
Em detrimento de: Em prejuízo de.
Erotismo: Relativo ao amor sexual.
Evasiva: Desculpa ardilosa; subterfúgio, escapatória.
Fraternidade: Amor ao próximo; união ou convivência como de irmãos; harmonia, paz, concórdia, fraternização.
Frustração: Estado daquele que, pela ausência de um objeto ou por um obstáculo externo ou interno, é privado da satisfação dum desejo ou duma necessidade.
Nortear: Dirigir, orientar, guiar.
Oriundo: Originário, proveniente, procedente; natural.
Personalidade: Organização constituída por todas as características cognitivas, afetivas, volitivas e físicas de um indivíduo; sua maneira habitual de ser; aquilo que o distingue de outro.
Sensualidade: Volúpia, amor aos prazeres materiais, lascívia.
Vínculo: Tudo o que ata, liga ou aperta.
Diligência: Zelo, aplicação.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

Conhecidos Pelo Amor. Walter Brunelli, CPAD.

 

EXERCÍCIOS

 

  1. Que outras necessidades tem o ser humano, além das físicas?
  2. Necessidades psicológicas.

 

  1. Resuma em duas as necessidades psicológicas humanas.
  2. A de amar e ser amado, e de sentir-se valorizado.

 

  1. Cite três características do amor do marido.
  2. Casto, sincero, constante, perpétuo, protetor, provedor.

 

  1. Como normalmente se manifesta a falta de amor na mulher?
  2. Pela falta de respeito à autoridade do marido.

 

  1. Como manter o amor?
  2. Com auto-avaliação, humildade, diligência e presença no altar.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

“O mandamento do amor é: ‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo’ (Mt 22.37,38).

Aqui está a plataforma de toda a ética cristã. A verticalidade e a horizontalidade do amor que tem como marco zero o próprio indivíduo: ‘como a si mesmo’. Jesus não está pressupondo com isso um terceiro mandamento. O amor a si mesmo é um fato, e não um caminho a mais a ser seguido, como sugerem alguns. Isto seria, aliás, a negação da fé cristã, que nos instrui a deixarmos de lado todo o tipo de egoísmo, como: ‘Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros’ (Fp 2.4). Ser cristão é agir como João Batista: ‘Importa que ele cresça e eu diminua...’.

... O amor a si mesmo não é uma exigência escriturística. Jesus parte do pressuposto natural como verdade absoluta em cada ser humano. Usa-o como ponto de partida e também como parâmetro de amor ao próximo. Mais que isto, Jesus impõe um redirecionamento para o amor. Trata-se de uma mudança em que as intenções mais egoístas da vontade são vencidas pelo rompimento desse círculo que faz coabitar o amor sempre em torno de si mesmo.

O amor é centrífugo e não centrípeto, isto é, vai sem a pretensão de voltar. Parte do ‘eu’ para o ‘próximo’. Doa, e não espera recompensa.

Jesus vincula o amor ao próximo ao primeiro mandamento porque sabe da incapacidade humana de praticar a horizontalidade deste amor na independência da sua verticalidade. Não há como amar verdadeiramente o próximo sem amar a Deus primeiro.

Para o homem natural, as formas de amor são inevitavelmente dominadas pelos interesses do ‘eu’. Para praticar um amor altruísta, ele precisa primeiro exercer domínio sobre o amor egoísta.

A prática do ágape se dá numa ética teocêntrica. Este amor só será verdadeiro se for centralizado em Deus.

O amor ágape nos capacita a fazer uma leitura da vida com beleza e esperança. Anula as picuinhas, ignora as mesquinharias e descortina as coisas que estão diante de nós. Ágape é o amor que nos levará mais ao sacrifício do que ao bem-estar; mais a dar do que a receber. Não promete vantagens, mas o poder de um espírito rico e de um caráter marcado pelas insígnias do bem!” (Conhecidos pelo Amor. CPAD, pp.34,35).

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

2º Trimestre de 2004

 

Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor

Comentarista: Eliezer de Lira e Silva

 

 

Lição 9: A família e os meios de comunicação

Data: 30 de Maio de 2004

 

TEXTO ÁUREO

 

Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo” (1Jo 2.16).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A família cristã não deve portar-se de maneira passiva diante dos meios de comunicação, mas buscar sabedoria de Deus para agir de forma crítica e seletiva, levando sempre em conta as reivindicações da Palavra de Deus.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Sl 101.3

A prevenção da família cristã diante dos meios de comunicação

 

 

Terça - 1Ts 5.21

A atitude crítica da família cristã diante dos meios de comunicação

 

 

Quarta - Js 24.15

A responsabilidade da família crista diante dos meios de comunicação

 

 

Quinta - Sl 128

A família cristã não deve ser escrava dos meios de comunicação

 

 

Sexta - 1Jo 5.21

A família cristã foge aos ídolos dos meios de comunicação

 

 

Sábado - 1Co 16.19

A família cristã deve preservar sua condição de igreja de Cristo

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Salmos 128.1-6.

 

1 - Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!

2 - Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem.

3 - Atua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.

4 - Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor!

5 - O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.

6 - E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel.

 

PONTO DE CONTATO

 

Esse assunto exige devotamento e responsável reflexão. Faça aos seus alunos as seguintes perguntas: Quanto tempo vocês passam diante da TV ou do computador? Que tipo de programa vocês costumam assistir na televisão ou por quais sites navegam na Internet? Que atitudes deve a família cristã tomar quanto aos meios de comunicação? Controlá-los? Restringir o uso? Não utilizá-los?

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Apontar os principais ingredientes da mídia utilizados para assediar os incautos.
  • Justificar porque os meios de comunicação prejudicam o relacionamento da família.
  • Mostrar como devemos utilizar os meios de comunicação sem que eles nos prejudiquem.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

Concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida são ingredientes imprescindíveis à mídia em seu esforço para atrair e persuadir milhares de pessoas ávidas por alguma diversão no pouco tempo de que dispõem.

À medida que o crente atende aos apelos sedutores desta mídia, afasta-se consequentemente de Deus. Isto reflete-se de imediato em sua conduta cristã: Já não é tão assíduo à Escola Dominical; nunca comparece aos cultos de oração; cultos de doutrina, nem pensar; vida diária com Deus não existe mais. Este crente foi vencido pelo assédio irresistível dos meios de comunicação.

Se não formos rigorosos no controle destes veículos, estaremos consentindo que eles influenciem os lares, causando prejuízos irreparáveis à vida conjugal, ao desenvolvimento dos filhos e aos valores cristãos, éticos e morais de toda a família.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Realize o seguinte teste com seus alunos: Você é escravo dos meios de comunicação.

  1. Você consegue permanecer um dia inteiro sem assistir televisão?
  2. Você pode passar um dia sem usar o seu computador pessoal?
  3. Você suportaria ficar sem telefone celular durante uma semana?
  4. Você consegue fazer suas refeições sem estar diante da televisão?
  5. Você consegue permanecer um dia sem acessar o seu e-mail pessoal?

Se a maioria das suas respostas forem sim, você é uma pessoa que exerce com determinação o autocontrole; se forem não, liberte-se desta escravidão, e peça a Deus temperança e domínio próprio.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Palavra Chave

Ocultista: Referente ao ocultismo (estudo e/ou prática de artes divinatórias e de fenômenos que parecem não poder ser explicados pelas leis naturais, como, p. ex., a astrologia, a quiromancia, a magia, a telepatia e a levitação, hermetismo, esoterismo).

 

Pode a sua família ser enquadrada no Salmo 128? Muitas famílias cristãs, hoje, não mais se reúnem ao “redor da mesa” para fazer o culto doméstico. Pois acham-se escravizadas aos meios de comunicação. Estes, por sua vez, ignorando e desprezando as reivindicações básicas da Palavra de Deus, vão inescrupulosamente destruindo os alicerces morais e espirituais de nossos lares, através de uma programação imoral, ocultista, consumista e comprometida com a cultura anticristã.

Que atitudes, pois, deve a família cristã tomar quanto aos meios de comunicação? É o que estudaremos neste domingo. Levando sempre em conta as demandas da Palavra de Deus, mostraremos que, com equilíbrio, bom senso e discernimento, poderemos manter nossas famílias incontaminadas diante do irresistível poder da mídia. Que o Senhor Jesus nos ajude neste propósito!

 

  1. OS INGREDIENTES PREDILETOS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

 

Deve a família precaver-se contra os assédios da mídia, pois estes são os seus principais ingredientes: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (1Jo 2.16). Tais coisas não podem fazer parte do viver cristão por contrariarem frontalmente a Palavra de Deus, que é a regra de fé e de viver do cristão.

  1. A concupiscência da carne.Desejo anormal de bens ou de prazeres materiais; apetite sexual desordenado. Assim é definida a palavra concupiscência. É exatamente em cima da vontade carnal incontrolada que os publicitários fomentam suas campanhas, induzindo uma audiência passiva e sem discernimento a consumir ideologias e comportamentos nocivos que desagradam a Deus. Quando se anuncia um produto, embute-se neste, via de regra, uma perigosa inversão de valores.

Em todas as propagandas, principalmente as veiculadas pela televisão, deparamo-nos com estes apelos: adultério, prostituição, homossexualismo, glutonaria e bebedice, como se fossem coisas normais e legítimas. Não nos lembra tais coisas os dias de Noé? (Mt 24.38).

Não permita que a sua família seja vítima da concupiscência dos meios de comunicação. Ensine-a como escapar a estas armadilhas. O que dizer dos filmes e das novelas? E dos programas infantis que, sob aquela pretensa inocência, tem como único objetivo desconstruir a cultura cristã na alma de nossos filhos, de forma sutil e ocultista?

Os meios de comunicação arrastam-nos a necessidades irreais e imaginárias, tornando-nos frustrados quando não consumimos os bens anunciados. Cuidado! Isto pode ser fatal (Hb 13.5,6). Confiemos sempre na suficiência divina.

  1. A concupiscência dos olhos.Cientes de que os olhos não se fartam de ver (Ec 1.8), as empresas de comunicação esmeram-se por apresentar as mais sedutoras sugestões visuais, objetivando, com isto, despertar a cobiça no coração humano (Êx 20.17). Foi assim que Eva provou do fruto proibido (Gn 3.6). Além disso, a concupiscência dos olhos gera um incontrolável descontentamento nas pessoas, levando-as a adquirir o supérfluo em detrimento do essencial. Eis porque muitas famílias acham-se arruinadas por dívidas.

Sabe por que os Dez Mandamentos encerram-se com esta recomendação: “Não cobiçarás”? Porque todo pecado é precedido pela cobiça e soberba. A cobiça tem levado muitos crentes ao fracasso espiritual (1Tm 6.10).

  1. A soberba da vida.Os meios de comunicação têm induzido nossa geração à soberba e a um desmedido orgulho. Os filmes, novelas e desenhos animados instilam-nos a ideia de que o homem pode viver sem Deus (Sl 14.1).

Quem são os heróis apresentados aos nossos filhos? Homens destituídos de Deus, e que repassam a ideia de que a força bruta, bem como o uso do pensamento positivo são mais do que suficientes para resolver todos os problemas do ser humano. Além disso, zombam dos valores cristãos, afirmando explicitamente estarem estes completamente ultrapassados.

Por conseguinte, se deixarmos os nossos filhos à mercê da televisão, por exemplo, estaremos permitindo que eles se rebelem contra Deus e contra nós. E depois que apostatam, como fazê-los retornar a fé em Cristo?

 

  1. POR QUE OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO PREJUDICAM A FAMÍLIA

 

Vejamos por que os meios de comunicação prejudicam a família.

  1. Roubam o tempo à devoção familiar.Além dos males apontados no item anterior, os meios de comunicação tiram da família o tempo que ela deveria dedicar à devoção doméstica e ao seu próprio convívio. No Salmo 128, mostra-nos a Bíblia não apenas uma família ideal e, sim, o ideal para uma família: todos, em redor de uma mesa, dedicando-se ao convívio e à adoração ao Senhor. Sua família é assim? Você cuida do culto divino em família? Ou já o substituiu por uma programação qualquer?
  2. Levam a impureza e o pecado para dentro do lar.Se não vigiarmos e não formos seletivos, acabaremos por permitir que o adultério, a prostituição, o homossexualismo, o uso de drogas e a delinquência, entrem no lar e destruam os valores morais e espirituais (Dt 7.26).
  3. Impedem a família de ir à casa de Deus.Quantas famílias, além de não mais praticar o culto doméstico, deixaram de frequentar a casa de Deus, por causa dos meios de comunicação. No Salmo 122, mostra-nos o sacro escritor o seu contentamento em frequentar o santuário divino. Hoje, infelizmente, ir à igreja tornou-se um fardo para muitas famílias que, acomodada e passivamente, preferem ficar diante de um vídeo a entrar nos átrios de Deus. É por isto que devemos saber como controlar os meios de comunicação.

 

III. COMO DEVEMOS USAR OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

 

Não é fácil controlar os meios de comunicação, porque estes, a cada dia que passa, introduzem-se na vida do homem moderno, tornando o seu uso como que obrigatório. Todavia, como responsáveis pela santidade de nosso lar, empreguemos todos os esforços possíveis, a fim de que a nossa família não venha a sofrer devido à nossa falta de responsabilidade.

  1. Seja um exemplo no uso dos meios de comunicação.Se quisermos que nossos filhos sejam preservados dos malefícios gerados pelos meios de comunicação de massa, devemos ser um exemplo no uso destes. Não podemos transigir neste particular.

Se assistirmos a filmes e a programas imorais, com que autoridade haveremos de aconselhar nossos filhos? Se nos deixamos contaminar pelos sites impróprios da internet, de que forma poderemos recomendar-lhes a que se abstenham dessas abominações? Se temos falhado neste particular, oremos a Deus, humilhados e arrependidos, para que nos dê autocontrole e autoridade para orientarmos convenientemente nossos filhos. Imitemos ao patriarca Jó (31.1-5).

  1. Seja seletivo e crítico.Selecione os programas que podem ser vistos por você e por sua família sem ferir os princípios cristãos. Isto não é fácil hoje. A recomendação é de Paulo: “Examinai tudo. Retende o bem” (1Ts 5.21). Não aceite passivamente o que os imperadores da comunicação querem nos empurrar.
  2. Seja rigoroso quanto ao horário do culto doméstico.Nada deve substituir ao culto doméstico. Um programa de televisão, um filme ou qualquer outro atrativo, por melhor que seja, não pode ser encarado como substituto da devoção familiar. Lembre-se: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).

Enfim, que cada um de nós tenha a necessária sabedoria para manter a pureza e a santidade no lar que, segundo o ideal do Novo testamento, tem de funcionar como uma verdadeira igreja.

 

CONCLUSÃO

 

Como você tem lidado com os meios de comunicação? Não se deixe prender por eles nem permita que eles contaminem sua família. Como servos de Deus, não podemos deixar-nos prender por nada dessas coisas; o nosso compromisso com o Senhor Jesus é inadiável e urgente.

Se você tem falhado neste particular, arrependa-se, peça perdão e ore a Deus. Peça-lhe forças para ser um exemplo de autocontrole, moderação e seletividade. E, assim, o nome de Cristo será exaltado em sua vida e na vida de seus entes queridos.

 

VOCABULÁRIO

 

Prostituição: Degradação, aviltamento, desonra, devassidão, desmoralização.
Publicitário: Profissional que trabalha em organizações de publicidade (arte de exercer uma ação psicológica sobre o público com fins comerciais ou políticos; propaganda).
Supérfluo: Que é demais; inútil por excesso; desnecessário.
Veicular: Transmitir, propagar, difundir.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

Pureza Sexual, Robert Daniels, CPAD.

 

EXERCÍCIOS

 

  1. Quais os ingredientes básicos dos meios de comunicação?
  2. A concupiscência da carne e dos olhos, e a soberba da vida.

 

  1. De que forma o cristão deve situar-se diante dos meios de comunicação?
  2. Deve saber como controlá-los.

 

  1. Por que o uso indevido dos meios de comunicação prejudica a família?
  2. Roubam o tempo à devoção familiar, levam a impureza e o pecado para dentro do lar e impedem a família de ir à cada de Deus.

 

  1. Como podemos controlar os meios de comunicação?
  2. Sendo um exemplo no uso destes, seletivo e crítico e rigoroso quanto ao horário do culto doméstico.

 

  1. O que recomenda Paulo no exame de todas as coisas?
  2. Examinai tudo e retende o bem.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Bibliológico

 

“Um pouco da mesma tecnologia usada no desenvolvimento de bombas teleguiadas está disponível para civis através de computadores pessoais. Os computadores no trabalho e em casa estão revolucionando nossa forma de vida. Desde relatórios de orçamento, edição de textos a jogos educacionais, quase todos os aspectos de nossas vidas podem ser relacionados de alguma forma às habilidades de um computador. Os computadores até mesmo falam uns com os outros através de modems. Eu posso criar um documento em meu computador e enviá-lo para outro computador a milhares de quilômetros de distância. Incrível!...

...Mesmo que essa tecnologia seja uma grande bênção, o seu uso imoral é uma maldição. Humanos pecadores, seduzidos pelo príncipe das potestades do ar e incitados pelo lucro, inundaram a Internet com pornografia. Informações úteis são fáceis de serem obtidas via computador, mas o mesmo ocorre com a estimulação sexual explícita. Isto é o sexo virtual, sexo via computador.

A pornografia costumava estar disponível apenas em grandes cidades, nos locais marcados pela ‘luz vermelha’. Como as leis contra a obscenidade abrandaram, esses negócios ligados ao sexo expandiram. Graças ao videocassete, os homens começaram a alugar filmes imorais e levá-los para suas próprias casas. Com o progresso da televisão a cabo, e tecnologia de satélite, a sujeira pode ser levada diretamente para a sala de estar. Com o progresso dos computadores modems, o pecado sexual fica cada vez mais privado e oculto do que nunca. Assim como a superior tecnologia de guerra americana esmagou os iraquianos, Satanás, ao promover a licença para cobiçar e pecar, tem usado tecnologia avançada para destruir muitos homens na privacidade dos seus lares e ambientes de trabalho. Devemos estar alertas” (Pureza Sexual, CPAD, pp.210,211).

 

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

2º Trimestre de 2004

 

Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor

Comentarista: Eliezer de Lira e Silva

 

 

Lição 10: A ansiedade pelas coisas temporais

Data: 6 de junho de 2004

 

TEXTO ÁUREO

 

Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (1Tm 6.9).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A ambição e a cobiça, por serem formas de auto-adoração, afastam o homem de Deus e dos seus valores, comprometendo a estabilidade da família.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - 1Tm 6.7

Os bens terrenos permanecerão aqui

 

 

Terça - 1Tm 6.8

Satisfazendo-se com o essencial

 

 

Quarta - 1Tm 6.10

As consequências do amor ao dinheiro

 

 

Quinta - Fp 4.11-13

Suportando qualquer situação

 

 

Sexta - Pv 30.8,9

Nem pobreza nem riqueza

 

 

Sábado - Mt 6.19-21

Mais vale um tesouro no céu

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Mateus 8.25-34.

 

25 - Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta?

26 - Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?

27 - E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?

28 - E, quanto ao vestuário, porque andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam.

29 - E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.

30 - Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?

31 - Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos?

32 - (Porque todas essas coisas os gentios procuram). Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas;

33 - Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.

34 - Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

 

PONTO DE CONTATO

 

Faça o seguinte teste com sua turma: Imagine-se em casa. Simultaneamente, seu bebê começa a chorar, o telefone toca e você percebe que a torneira da cozinha goteja. O que fazer então? (Neste momento, professor, dê tempo à turma para que elaborem suas respostas). O bebê representa a família; o telefone, a vida profissional; a torneira, as finanças. As respostas determinarão o que é prioritário para cada um. Quais são suas prioridades? Ao tomar uma decisão, em que você pensa primeiro? Deus está em primeiro lugar? Permita que os alunos expressem suas opiniões e conclua lembrando-lhes que Deus deve ter primazia em todas as circunstâncias.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Conceituar e estabelecer a diferença entre os termos ambição e cobiça.
  • Ressaltar que o amor ao dinheiro é identificado na Bíblia como idolatria.
  • Exemplificar com personagens da Bíblia as consequências da ambição e da cobiça.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

O que mais causa ansiedade nas pessoas é o demasiado apego aos bens materiais, à riqueza, principalmente ao dinheiro. Jesus deixou bem claro que ninguém pode, ao mesmo tempo, servir a Deus e às riquezas. Servir às riquezas é colocarmos nelas nossa esperança, segurança, fé e felicidade imaginando que somente elas são capazes de garantir nosso futuro. É óbvio que Cristo não quis dizer que é errado o cristão tomar providências para suprir suas futuras necessidades materiais. O que Ele realmente reprova é a preocupação angustiosa e a dedicação exclusiva às coisas terrenas que podem tornar-se ambição, cobiça e, o que é pior, falta de fé no cuidado e amor de Deus.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Faça o seguinte teste com seus alunos: Você é um consumidor compulsivo?

  1. Quando vai ao shopping, você é vencido por apelos publicitários mesmo que não queira?
  2. Quando um produto mais avançado do que o seu é lançado no mercado, você faz de tudo para comprá-lo?
  3. Normalmente você utiliza o que compra somente em um período inferior a seis meses?
  4. Você já se arrependeu de haver comprado alguma coisa que não precisava?
  5. Você é do tipo que não pode ver escrito na porta de uma loja a palavra “promoção” que entra para comprar algo, mesmo que não esteja precisando, afinal, “está tão barato”!?

Se todas ou a maioria de suas respostas forem “sim”, você é um consumidor compulsivo. Se não, parabéns! Você consegue manter seu impulso consumista sob controle.

 

COMENTÁRIO

 

introdução

 

Hoje, estudaremos os malefícios causados pelo homem quando dominado pela ambição e pela cobiça, isto é, por desejos desmedidos de riquezas, posição social, fama e proeminência. Isto, normalmente, decorre da busca incessante do ter em detrimento do ser, trazendo muitas vezes males irreparáveis à família.

 

  1. O QUE É AMBIÇÃO?

 

  1. Definição.De modo geral, ter ambição é desejar ardentemente alcançar um objetivo ou objeto, não importando as consequências éticas deste desejo.
  2. Aspecto negativo da ambição.Este aspecto da ambição fundamenta-se na teoria de que a felicidade está na aquisição de poder, status e riquezas. Jesus em seus ensinamentos assegurou-nos exatamente o contrário: o maior tesouro que o homem pode ter é a salvação de sua alma (Mt 16.26). Não há paz baseada simplesmente na acumulação de bens materiais. Porque, quanto mais a pessoa tem, mais preocupada e insegura ela fica por mantê-los. Feliz é o homem que deposita sua confiança no Senhor (Jr 17.7,8).

A ambição leva o homem a esforçar-se sem limites para obter bens, conforto e luxo. Faz com que ele quase sempre ponha o amor em segundo plano e sacrifique a dignidade de toda a família, às vezes, humilhando-a, constrangendo-a e provocando total desestrutura do lar.

É dever do cristão prover as necessidades do lar e propiciar oportunidades de crescimento para sua família, mas sem perder de vista o equilíbrio e a sensatez na aquisição daquilo que Jesus qualifica como necessário (Mt 6.25-34). Jamais podemos esquecer de que tudo que nos é dado provém das mãos do Todo-Poderoso. Portanto, a Ele seja a honra, o poder e a glória para sempre!

  1. Ambição x Amor.A ambição torna o homem um egoísta, modifica seus valores e transforma a maneira de agir com seus semelhantes: antes, os tratava com dignidade e respeito, mas agora, como meios de se conseguir as coisas. Isso contraria a essência do cristianismo que é o amor (Mt 22.37-40). Os ambiciosos sequer consideram as questões éticas, uma vez que a ética é a ciência que norteia o comportamento humano. Quando se chega a este ponto, certamente, o amor de Deus derramado pelo Espírito Santo não arde mais nos corações (Rm 5.5).

Os crentes ambiciosos são péssimos exemplos para os filhos, principalmente para os adolescentes, cujo caráter está em formação e que invariavelmente confrontam os valores aprendidos com as atitudes dos pais. É importante lembrar que os pais são os principais referenciais dos filhos, quer positivo, quer negativo (2Rs 15.34; 21.19-21).

 

  1. O QUE É COBIÇA?

 

  1. Definição.Cobiça é um desejo impetuoso, violento e desequilibrado de adquirir bens materiais. Ela difere da ambição apenas por ser mais forte e mais nociva. Enquanto a ambição restringe-se ao desejo veemente e sôfrego de possuir bens materiais, a cobiça inclui até a tentativa de apossar-se do que pertence ao próximo. Neste padrão de conduta, qualquer sacerdote do lar está fadado a uma desventura inicialmente pessoal e, depois, pelo fato de ser o chefe da família, ensejar o sofrimento de todos os outros membros. A cobiça promove a alienação de Deus, a opressão, a traição, a desonestidade e todo tipo de crueldade contra o próximo. A partir daí entra no coração do homem o orgulho, a arrogância, a presunção e a altivez de espírito. Deus abomina tais coisas (Pv 16.5; Tg 4.6,16).
  2. Amor pelo dinheiro.A Bíblia diz que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1Tm 6.10). Nem todo o mal do universo decorre do amor ao dinheiro, mas deste perverso sentimento surge toda a espécie de males. A cobiça ao dinheiro conduz o homem à dívida, às pendências, ao roubo, à desonra, à intemperança, ao egoísmo, à fraude e, até, ao homicídio.

Não é o dinheiro em si que está em questão, mas o amor ao dinheiro. É o desejo desenfreado de adquiri-lo que leva o homem ao pecado, visto que não se faz praticamente nada sem ele.

É importante ressaltar que o excessivo apego ao dinheiro é identificado na Bíblia como idolatria.

  1. Desprezo pelos valores espirituais.Uma das primeiras consequências perceptíveis na vida do cristão que entra pelo caminho da cobiça é o afastamento dos valores espirituais. Quando ele se encontra num estado de dependência, não consegue mais discernir o conceito de necessidades reais, ou seja, ele as cria para satisfazer seus desejos incontroláveis de posse. O homem se esquece de Deus e passa a depositar sua confiança nos valores materiais. Aos poucos sua fé vai sendo minada e destruída, uma vez que ela está relacionada ao invisível, imaterial (Hb 11.1).

 

III. CONSEQUÊNCIAS DA AMBIÇÃO E DA COBIÇA

 

  1. Ló.A ruína da família de Ló teve início em função do apego desenfreado aos bens materiais (Gn 13.6). Enquanto Abraão, demonstrando fé em Deus e altíssimos valores éticos, abriu mão daquilo que lhe era de direito e concedeu a seu sobrinho a prioridade de escolha, Ló não hesitou em optar pelos campos mais férteis, que lhe traria melhores condições de crescimento material. A ambição desmedida torna o homem cego e inconsequente. Ló não consultou a Deus nesta tomada de decisão. Ele se esqueceu do princípio divino de que o melhor para o homem é aquilo que traz benefício à sua alma. Assim, ele partiu com sua família para as paragens de Sodoma e Gomorra, cidades de homens maus e grandes pecadores contra o Senhor (Gn 13.13).

Chegando à Sodoma, instalou-se na cidade e se deixou influenciar pelos valores daquela sociedade pecadora. De fato, Ló enriqueceu com a posse de muitos bens (Gn 14.12; 13.5; 19.3). No entanto, estas riquezas não garantiram a segurança da sua família (Gn 19.6-13). Diante de tudo isso, Deus ainda estava interessado na preservação da família de Ló a ponto de arrancá-la daquela ímpia cidade (Gn 19.16). Todavia, sua esposa estava com o coração nos prazeres de Sodoma, disto resultando sua morte.

  1. Acã.Este também se deixou levar pela cobiça. Josué havia dado uma ordem: “... guardai-vos do anátema, — toda a prata, e o ouro, e os vasos de metal e de ferro são consagrados ao Senhor; irão ao tesouro do Senhor” (Js 6.18,19). Entretanto, quando Acã viu uma capa babilônica entre os despojos, cobiçou-a e desconsiderou esta ordem. Não só tomou-a para si, como também duzentos siclos de prata e cinquenta siclos de ouro, cujo destino exclusivo era a Casa do Senhor. Como consequência dessas atitudes irresponsáveis, pereceu com sua família e todos os seus bens (Js 7.1-26).
  2. Lucas registra um fato que não se constitui modelo para nenhum chefe de família. Trata-se de Ananias que, de comum acordo com sua mulher, resolveu vender uma propriedade e reteve parte do preço, levando aos pés dos apóstolos apenas uma parte do dinheiro. Esta atitude retrata a cobiça enraizada no seu coração, comprovada pelo uso do verbo reter (a mesma palavra utilizada, na Septuaginta, no trecho de Js 7.1, quando Acã reteve parte do despojo consagrado). Neste caso, infelizmente, a ambição, a cobiça e a avareza triunfaram sobre a verdade. O resultado foi a morte (At 5.1-10).

 

CONCLUSÃO

 

Baseado no que estudamos, concluímos que nenhum empreendimento que comprometa o bem-estar espiritual, a integridade e a estabilidade da família deve merecer qualquer atenção do homem e da mulher cristãos. O Senhor perguntou ao rico insensato: “... esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?” (Lc 12.20).

 

VOCABULÁRIO

 

Alienação: Ato ou efeito de afastar-se. Condição do homem após a sua queda no Éden.
Anátema: Fórmula usada para se executar a excomunhão nas sinagogas e nas igrejas primitivas; enfatiza uma maldição mais que acentuada.
Desventura: Falta de venturas; desgraça, desdita, infortúnio, infelicidade.
Ensejar: Propiciar, proporcionar.
Essência: Aquilo que constitui a natureza das coisas; ideia principal.
Idolatria: Amor excessivo por alguma pessoa ou objeto que suplanta o amor que se deve devotar, voluntariamente, ao único e verdadeiro Deus.
Minar: Corroer pouco a pouco; consumir, arruinar.
Proeminência: Superioridade; preeminência.
Sensatez: Qualidade de sensato; bom senso; cautela, prudência.
Siclo: Unidade de peso utilizada no Oriente antigo; moeda dos hebreus, de prata pura, e que pesava seis gramas.
Sôfrego: Ávido, sequioso, ambicioso; impaciente.
Status: Conjunto de direitos e deveres que caracterizam a posição de uma pessoa em suas relações com outras.
Valores: As normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou mantidos por indivíduo, classe, sociedade, etc.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD.

 

EXERCÍCIOS

 

  1. Defina ambição.
  2. Ter ambição é desejar ardentemente alcançar um objetivo ou objeto, não importando as consequências éticas deste desejo.

 

  1. Que é a cobiça?
  2. É um desejo impetuoso, violento e desequilibrado de adquirir bens materiais.

 

  1. Cite uma consequência da cobiça.
  2. O afastamento dos valores espirituais.

 

  1. Mencione três exemplos bíblicos de pessoas que se deixaram levar pela cobiça.
  2. Ló, Acã e Ananias.

 

  1. Qual a consequência da cobiça de Acã?
  2. Ele, sua família e todos os seus bens pereceram.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

Subsídio Bibliológico

 

“Jesus disse que podemos ter apenas um mestre ou senhor. Vivemos em uma sociedade materialista, onde muitas pessoas servem ao dinheiro. Gastam toda a vida acumulando-o, mesmo sabendo que, ao morrer, não o levarão consigo. O desejo de certas pessoas pelo dinheiro e por aquilo que este pode comprar é muito superior a seu comprometimento com Deus e com os assuntos espirituais. Gastam muito tempo e energia, pensando no que têm armazenado (dinheiro e outros bens).

Não caia na armadilha materialista, ‘porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males’ (1Tm 6.10). Você pode dizer honestamente que Deus, e não o dinheiro, é o seu Senhor? Um bom teste é perguntar a si mesmo quem ou o que ocupa mais seus pensamentos, seu tempo e seus esforços.

Jesus contrastou os valores celestiais com os terrenos quando explicou que a nossa vida deve ser direcionada para coisas que não desaparecerão, que não podem ser roubadas ou consumidas e que nunca se desgastam.

Não devemos ficar fascinados por nossos bens, a fim de que eles não nos possuam. Isto significa que podemos ter de fazer alguns cortes se os nossos bens se tornarem excessivamente importantes para nós. Jesus exige uma decisão que nos permita viver satisfeitos com o que temos; para tanto, devemos escolher o que é eterno e duradouro.

Por causa dos efeitos maléficos da preocupação, Jesus recomendou que não fiquemos ansiosos por causa das necessidades que Deus promete prover.

A preocupação pode: (1) prejudicar a nossa saúde; (2) reduzir nossa produtividade; (3) afetar negativamente o modo como tratamos os outros; (4) diminuir nossa confiança em Deus. Quantos destes efeitos maléficos você está experimentando? Aqui está a diferença entre a preocupação e o interesse genuíno: a preocupação nos imobiliza, mas o interesse nos leva à ação.

Buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça significa priorizar Deus em nossa vida, de modo que nossos pensamentos estejam voltados para sua vontade, nosso caráter seja semelhante ao do Senhor, sirvamos e obedeçamos a Deus em tudo.

O que é realmente importante para você? Pessoas, metas, desejos e até objetos disputam lugar em nossa vida, qualquer um desses interesses pode ocupar rapidamente o lugar de Deus”. (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, pp.1228,1229).

 

 

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos

 

 

2º Trimestre de 2004

 

Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor

Comentarista: Eliezer de Lira e Silva

 

 

Lição 12: A importância do culto doméstico

Data: 20 de Junho de 2004

 

TEXTO ÁUREO

 

Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O culto doméstico, além de desenvolver na criança o princípio da adoração a Deus, sedimenta em nossos filhos os verdadeiros valores morais.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - 2Cr 26.4

Valores adquiridos dos pais

 

 

Terça - Dt 6.6,7

Ensinar aos filhos: responsabilidade dos pais

 

 

Quarta - Dt 11.19

Ensinando diligentemente

 

 

Quinta - 2Tm 1.5; 3.15

O culto doméstico produz sabedoria

 

 

Sexta - Pv 22.6

Culto doméstico: resistência ao pecado

 

 

Sábado - Sl 1

O culto doméstico promove estabilidade e prosperidade espirituais

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Salmos 78.1-8.

 

1 - Escutai a minha lei, povo meu; inclinai os ouvidos às palavras da minha boca.

2 - Abrirei a boca numa parábola; proporei enigmas da antiguidade,

3 - os quais temos ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm contado.

4 - Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do Senhor, assim como a sua força e as maravilhas que fez.

5 - Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, e ordenou aos nossos pais que a fizessem conhecer a seus filhos,

6 - para que a geração vindoura a soubesse, e os filhos que nascessem se levantassem e a contassem a seus filhos;

7 - para que pusessem em Deus a sua esperança e se não esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos

8 - e não fossem como seus pais, geração contumaz e rebelde, geração que não regeu o seu coração, e cujo espírito não foi fiel para com Deus.

 

PONTO DE CONTATO

 

Na história de Noé, aprendemos três importantes lições com o patriarca:

  1. a) Sacerdócio do lar. Noé, na condição de marido e pai, exercia o seu sacerdócio numa estreita e constante relação com Deus.
  2. b) Comunhão com Deus. Noé, como sacerdote do lar, era um elo entre Deus e sua família. Assim, Deus falou com o patriarca, a fim de que este convocasse a família para entrar na arca.
  3. c) Exemplo moral. Com a sua conduta, inspirava a confiança dos filhos, sem a qual eles não teriam entrado na arca.

Sigamos, pois, o exemplo de Noé como chefe de família.

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Localizar na Bíblia exemplos de pais que cumpriram suas responsabilidades e deveres como sacerdotes de suas famílias.
  • Destacar a importância do culto doméstico como meio de fortalecer os laços de afeição, amizade e comunhão entre os membros da família.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

No lar, os conceitos mais importantes da vida são ensinados e o caráter da criança é formado, por isso a importância do culto doméstico. Através deste princípio bíblico, os pais podem transmitir aos filhos os preceitos divinos a fim de que eles jamais os esqueçam. O que poderia ser melhor do que adorar a Deus e estudar a sua Palavra? Fazer isso em família. O culto doméstico é imprescindível à estabilidade espiritual desta instituição porque é o momento em que todos se reúnem para juntos louvar ao Criador da família e aprender como servi-lo. Fazendo isso, estaremos fortalecendo os laços familiares e estreitando a nossa comunhão com Deus e com nossos entes queridos.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Pergunte a sua turma se alguém possui uma experiência relacionada ao culto doméstico para contar.

Se ninguém tiver, faça as seguintes perguntas aos alunos: Qual a maior dificuldade enfrentada para realizar o culto doméstico? Por que vocês acham que este ensino vem sendo negligenciado pelas famílias com o passar dos anos? Qual o primeiro passo a ser tomado para que a família retorne a este princípio bíblico? Discuta com a sua turma a respeito dessas questões.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Através de Moisés, o Senhor intima os israelitas a repassar aos seus filhos, com toda a diligência, os princípios da Palavra de Deus (Dt 6.7). Isto significa que os mais importantes conceitos da vida são formados na intimidade do lar e reforçados no culto doméstico.

 

  1. PAIS CONSCIENTES DO SEU DEVER

 

  1. Adão.Quando os filhos de Adão ofereceram ao Senhor as primícias do seu trabalho (Gn 4.3,4), demonstraram haver recebido de seus pais conceitos sólidos sobre Deus e seu relacionamento com o homem. Isto significa que Adão e Eva faziam o culto doméstico com os seus filhos; doutra forma: como poderiam eles saber acerca do culto ao verdadeiro Deus?
  2. Noé.Por ocasião do encontro de Deus com Noé, ordenou-lhe o Senhor: “Entrarás na arca, tu e os teus filhos, e a tua mulher, e as mulheres de teus filhos contigo” (Gn 6.18). Conclui-se, pois, que se Noé não houvesse ensinado os seus filhos a obedecerem a Deus, eles não teriam entrado na arca com o pai.
  3. Abraão.O próprio Deus dá este testemunho de Abraão: “Pois eu o escolhi para que ele ordene a seus filhos ... para que guardem o caminho do Senhor; deste modo o Senhor realizará para Abraão o que lhe prometeu” (Gn 18.19 —A Bíblia de Jerusalém).

Esta passagem assinala a responsabilidade que Deus confia ao sacerdote do lar. Temos por dever ensinar aos filhos os preceitos da vida espiritual e ter a percepção da vontade divina para a vida de cada membro da família, a fim de que Deus encontre lugar neles para os seus propósitos.

  1. Os pais de Moisés.As atitudes de Moisés (Hb 11.24-27) denotam a diligência dos seus pais na transmissão do conhecimento de Deus no âmbito doméstico.

Moisés passou muito mais tempo sob a influência da cultura egípcia, no palácio de Faraó, do que com os seus pais. Todavia, o curto período em que estivera na casa paterna foi suficiente para que a sua fé em Deus fosse devidamente estruturada. Este exemplo é apropriado para a vida moderna. Hoje as crianças permanecem mais com os de fora do que com os pais. Por isto todo o tempo de convívio com a família deve ser sabiamente administrado pelos pais para imprimir e reforçar os valores espirituais indispensáveis à vida de seus filhos.

  1. Eunice e Lóide.O ministério de Timóteo tinha como base o conhecimento adquirido em três fontes: os rabinos que o instruíram na sinagoga; os mestres cristãos, entre eles, Paulo; e, principalmente, sua família — sua mãe e sua avó. Em 2 Timóteo 3.15, Paulo faz-nos entender que o conhecimento secular torna o homem culto, ao passo que o conhecimento e a prática (Mt 7.24) das Sagradas Letras faz o homem sábio. Eunice é lembrada como a mãe piedosa e dedicada à instrução espiritual de seu filho. É o modelo para todas as mães cristãs.

 

  1. PAIS NEGLIGENTES

 

  1. A negligência de Ló.A maneira como Ló comportava-se diante de sua família, assentado passivamente à porta da iníqua e pecaminosa Sodoma (Gn 19.1), contribuiu de forma substancial para que suas filhas chegassem à decadência moral a que chegaram (Gn 19.31-38).

Apesar de suas virtudes, ele não foi diligente na formação espiritual e moral de suas filhas, permitindo-lhes conviver numa sociedade como a sodomita, que lhes deformaria o caráter e os padrões morais. Esta falta de firmeza teve como consequência a desestrutura da família e a geração de uma descendência ímpia.

  1. O povo de Israel.Em Juízes 2.10, vemos a negligência de todo um povo quanto à ordenança divina de repassar os conhecimentos de Deus aos filhos. Tudo aquilo aconteceu porque se levantou uma geração que não conhecia ao Senhor. Se os pais estivessem comprometidos com a recomendação de Moisés (Dt 6.7), aproveitando todos os momentos em família para transmitir os valores espirituais aos seus filhos, aquela tragédia teria sido evitada.

Se hoje existem filhos de crentes que não reconhecem o poder e a soberania do Senhor, isto se deve à negligência dos pais em relação às Escrituras Sagradas. Deus exige que os pais cuidem da formação espiritual de seus filhos. Se não atentarmos para este dever, traremos desastrosos resultados à sua vida. Se quisermos uma igreja fiel e consciente de seus deveres, devemos cuidar que nossos filhos sejam fiéis ao Senhor e à sua Palavra. E isto deve ser feito através do exemplo e do diálogo.

 

III. A IMPORTÂNCIA DO CULTO DOMÉSTICO

 

De que maneira conseguiremos formar devidamente nossos filhos? Através do culto doméstico. Somente assim haveremos de fortalecer os laços de afeição, amizade e comunhão entre os membros de nossa família. Quando isto acontece, a própria igreja é fortalecida, pois a sua base é formada por famílias. Se este padrão for seguido, cada geração será melhor e mais forte espiritualmente do que a anterior. Muitos reclamam da frieza espiritual da igreja moderna, mas será que eles formaram filhos “fervorosos” na fé? Será que os cultos familiares são aquecidos com a presença do Espírito? (2Tm 3.14).

Paulo mostra que a vida de Timóteo achava-se alicerçada naquilo que havia aprendido. Por conseguinte, a superficialidade de alguns rebanhos deve-se a um ensino deficiente que não pode ser atribuído necessariamente àquilo que se aprende ou deixa de se aprender na igreja, mas sim no lar. O culto doméstico é a essência da formação cristã em família.

 

CONCLUSÃO

 

A falta de tempo para se refletir na Palavra de Deus, em família, é uma ameaça contra a estabilidade espiritual dos filhos e dos cônjuges. Levemos em conta que os dias atuais são mui difíceis, em virtude de seus perversos ensinos tentarem neutralizar os valores bíblicos e espirituais que devem nortear a casa e a igreja.

O mundo impõe um padrão de conduta que nada tem a ver com o do cristão. É no lar que a criança deve adquirir convicções que a tornem capaz de resistir aos valores deturpados do mundo. Portanto, muito cuidado! Se o culto doméstico e o ensino sistemático da Palavra forem negligenciados pelos pais, a família estará fadada ao fracasso, às vezes, irreversível.

 

VOCABULÁRIO

 

Âmbito: Espaço delimitado; recinto.
Culto: Que tem cultura; instruído, ilustrado; civilizado, adiantado.
Em virtude de: Em consequência de; por causa de.
Imprimir: Fixar-se, gravar-se; infundir-se.
Iníquo: Perverso, malévolo; extremamente injusto.
Piedoso: Que tem amor e respeito às coisas de Deus; que possui devoção.
Primícias: Primeiros frutos; primeiras produções; primeiros efeitos; primeiros lucros.
Rabino: Especialista na interpretação e aplicação da Lei de Moisés. Guia espiritual da sinagoga, ou assembleia, que se reúne sob a sua liderança.
Sábio: Homem sensato, prudente, avisado.
Sinagoga: Originada na época do exílio babilônico devido a necessidade que os judeus exilados sentiam, longe do Templo, de orar e se edificarem.
Sodomita: Oriundo da cidade de Sodoma; relação sexual ilícita.

 

EXERCÍCIOS

 

  1. Em que fato se vê a formação espiritual dos filhos de Adão?
  2. Quando eles ofereceram ao Senhor as primícias do seu trabalho.

 

  1. Que atitude dos filhos de Noé demonstra que conheciam a Deus?
  2. A entrada deles na arca.

 

  1. Por que o exemplo dos pais de Moisés é próprio para a realidade moderna?
  2. Porque atualmente as crianças permanecem mais com os de fora do que com os pais.

 

  1. Que mulher pode ser citada como exemplo de mãe diligente na formação do filho?

 

  1. Cite um exemplo de pai negligente na formação das filhas.
  2. Ló.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

“O povo de Deus é sábio. Reúne condições de cuidar prioritariamente de sua vida espiritual, pois tem nas mãos a Bíblia, a fonte da sabedoria e das revelações divinas, que ‘o tesouro mais precioso que conquistamos’. A maioria dos crentes pratica o culto doméstico — um exercício espiritual que tantos benefícios têm trazido aos filhos de Deus, à igreja e ao mundo. Sem prolongados comentários, anotemos três das razões que justificam a importância do culto doméstico:

  1. É uma obra sagrada. A leitura bíblica e a oração envolvem a todos, tornando o ambiente familiar mais doce. Além disso, contribuem para estruturar a comunhão entre os membros da família... É fator de harmonia. Estabelecer uma convivência digna de Deus, contribuindo para evitar as desavenças e a desunião no lar, pois é um exercício espiritual.
  2. Produz despertamento. Estimula os filhos na caminhada com Cristo, por tratar-se de um recurso eficaz que lhe desperta a vocação cristã. Estabelece relação com o futuro dos púlpitos e determina o bem-estar dos filhos nesta vida e na eternidade.
  3. Proporciona melhores condições espirituais. Habilita toda a família para servir melhor a Deus e glorificá-lo. Em qualquer situação, mesmo as mais difíceis, as condições espirituais produzem no servo do Senhor a confiança” (...E Fez Deus a Família.CPAD, pp.192,193).

 

 

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos 

 

2º Trimestre de 2004

 

Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor

Comentarista: Eliezer de Lira e Silva 

 

Lição 13: E serás salvo, tu e a tua casa

Data: 27 de Junho de 2004

 

TEXTO ÁUREO

 

Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31).

 

VERDADE PRÁTICA

 

Deus quer salvar toda a nossa casa, restaurando por completo todos os membros de nossa família.

 

LEITURA DIÁRIA

 

Segunda - Gn 7.1-7

A salvação da família de Noé

 

 

Terça - Gn 45.7

A salvação da família de José

 

 

Quarta - Êx 12.23

A salvação da família israelita no Egito

 

 

Quinta - Is 6.25

A salvação da família de Raabe

 

 

Sexta - Lc 19.1-10

A salvação da família de Zaqueu

 

 

Sábado - At 16.31

A salvação da família do carcereiro

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

Atos 16.25-34.

 

25 - Perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.

26 - E, de repente, sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.

27 - Acordando o carcereiro e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada e quis matar-se, cuidando que os presos já tinham fugido.

28 - Mas Paulo clamou com grande voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos.

29 - E, pedindo luz, saltou dentro e, todo trêmulo, se prostrou ante Paulo e Silas.

30 - E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?

31 - E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.

32 - E lhe pregaram a palavra do Senhor e a todos os que estavam em sua casa.

33 - E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi batizado, ele e todos os seus.

34 - Então, levando-os a sua casa, lhes pôs a mesa; e, na sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa.

 

PONTO DE CONTATO

 

A leitura diária desta semana é sobre o propósito de Deus em salvar toda a família. Analise com sua turma estes seis casos: Noé, José, Raabe, Zaqueu, a família israelita no Egito e a do carcereiro. Observe que em cada um deles Deus agiu de maneira diferente. Introduza a seguinte questão: Você está orando pela salvação de toda a sua família? Continue até alcançar esta bênção, pois, Deus certamente está agindo em teu favor. Creia nisto e não questione os métodos divinos porque a nossa mente jamais poderá alcançar os pensamentos do Todo-Poderoso (Is 55.9).

 

OBJETIVOS

 

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Expressar a importância da família e suas funções básicas, evidenciadas na Bíblia.
  • Descrever o plano divino de salvação para toda a família.
  • Selecionar textos bíblicos que falem do interesse de Deus em salvar toda a família.

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

Ao criar o primeiro casal, Deus instituiu a família. É no convívio diário que a pessoa desenvolve o senso de companheirismo, responsabilidade, comunhão, fidelidade, amor e fraternidade.

O pai deve exercer a devida autoridade impondo limites necessários à boa conduta e procedimento de seus filhos sem, contudo, ferir-lhes o brio e a dignidade. Como recomenda Pedro “Não provoqueis a ira a vossos filhos”.

De igual modo deve ser o seu procedimento para com sua mulher, pois esta foi-lhe dada como auxiliadora. Portanto é justo que seja ouvida e tenha suas opiniões consideradas nas demandas que dizem respeito ao andamento da vida familiar.

É notório que a criança aprende por imitação. Se você almeja uma família cumpridora de seus deveres para com o reino de Deus seja o exemplo dos fiéis.

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Selecione vinte perguntas dentre todos os questionários das lições. Escreva-as em tiras de papel e dobre-as. Divida a turma em dois grupos. Cada grupo escolhe uma pergunta, quem não souber a resposta pode passar a pergunta para o outro. Se ninguém souber, você deve responder. O ideal é que a maioria dos alunos participe, para que isso aconteça, ao invés do grupo eleger o aluno que vai responder, você deve escolhê-lo. Esta atividade é um método muito prático, eficaz e dinâmico de avaliar a aprendizagem da turma.

 

COMENTÁRIO

 

INTRODUÇÃO

 

Palavra Chave

Redenção: Livramento proporcionado por Cristo ao oferecer-se para morrer em nosso lugar. Com a sua morte vicária, livrou-nos das consequências eternas do pecado original.

 

Você pode dizer como Josué: “Eu e a minha casa serviremos”? Se a sua família ainda não foi alcançada totalmente pela salvação em Cristo Jesus, quero que saiba de algo muito importante: o plano de salvação inclui não somente a redenção do indivíduo, como também a de toda a sua família.

Nesta lição, por conseguinte, estaremos mostrando, em primeiro lugar, a importância da família nas Sagradas Escrituras; em seguida, o plano de Deus com relação à família; e por último, como agir, a fim de que toda a nossa casa venha a desfrutar da salvação em Cristo Jesus, nosso Senhor.

 

  1. A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NAS SAGRADAS ESCRITURAS

 

Ao formar Adão do pó da terra, tinha o Senhor em mente criar também a família, porque, conforme Ele mesmo o reconhece: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn 2.18). Estava formada a família, cujas funções básicas eram: o companheirismo recreativo; a procriação; a formação, a partir dela, de um povo para Deus; e prover o ambiente através do qual viria ao mundo o Cristo de Deus.

  1. O companheirismo recreativo.O homem não foi criado para viver de forma isolada; sendo dotados de instinto gregário, estamos sempre buscando a companhia de nossos semelhantes (Sl 133). O isolamento é visto como um ato de egoísmo pela Palavra de Deus (Pv 18.1). Recomenda-nos esta, pois, andarmos sempre na companhia de alguém que nos seja idôneo (Ec 4.9,10; Lc 10.1). E no Salmo 128, a família é mostrada como um centro de recreação e de equilíbrio emocional para o ser humano.
  2. A procriação.A família tem como finalidade também prover as condições necessárias para a procriação da raça humana (Gn 1.28). É na família que o indivíduo deve vir à luz, pois somente aqui encontrará as necessárias condições para desenvolver-se de maneira plena em todas as áreas da vida: física, psicológica, social e espiritual.
  3. A formação do povo de Deus.O povo de Deus no Antigo Testamento teve como nascedouro o seio de uma família (Gn 12.1-7). De tal forma multiplicou-se esta que, em Êxodo, aparece como um povo grande e forte (Êx 1.1-14). E foi com este povo que o Senhor estabeleceu uma firme aliança (Êx 24.8). O mesmo se pode dizer a respeito da Igreja do Novo Testamento.
  4. Prover o ambiente através do qual Cristo viria ao mundo.O mistério da encarnação de nosso Senhor cumpriu-se numa família; e foi nesse ambiente de amor e profunda reverência a Deus que o Messias nasceu, foi criado e desenvolveu-se plenamente conforme o atesta o evangelista: “E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele” (Lc 2.40).

Tendo em vista a importância da família, vem esta sendo alvo de sucessivos e impiedosos ataques de Satanás. Eis porque Deus a incluiu, amorosa e redentoramente, em seu plano de salvação.

 

  1. A FAMÍLIA NO PLANO REDENTOR DE DEUS

 

No que tange ao plano redentor de Deus quanto à família, há duas coisas mui importantes a considerar: o compromisso divino em salvar a família e a responsabilidade individual.

  1. O compromisso divino em salvar a família.Desde Adão, vem o Senhor mostrando claramente o seu propósito de salvar não apenas o indivíduo, mas também toda a sua família. Ele salvou Noé e toda a sua família do dilúvio (Gn 7.1-7). Interveio poderosamente no Egito, para de lá arrancar toda a família de Jacó de tão amargo cativeiro (Êx 3.1-10). E redimiu toda a família de Raabe (Js 6.25).

No Novo Testamento, demonstrou o Senhor Jesus a mesma solicitude em salvar o indivíduo com toda a sua família. Haja vista o que aconteceu com o publicano Zaqueu. Vendo que este se havia arrependido de todos os seus pecados, afirmou o Cristo: “Hoje, veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.9,10). E o carcereiro de Filipos? Na vida deste gentio, cumpre-se de maneira plena o maravilhoso plano de Deus.

  1. A responsabilidade individual.O plano redentor de Deus em relação à família não nos isenta do princípio da responsabilidade individual: “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele” (Ez 18.20). Isto significa que, para todos serem salvos, todos precisam igualmente crer. A família do carcereiro de Filipos alegrou-se, juntamente com este, pela salvação recebida (At 16.34).

 

III. COMO A FAMÍLIA PODE SER SALVA

 

Você gostaria que esta promessa se cumprisse em sua família? Neste tópico, mostrar-lhe-emos como isto haverá de se tornar possível na vida de seus familiares.

  1. Confie na promessa de Deus.Como vimos nos tópicos anteriores, Deus tem um firme compromisso com a redenção de toda a nossa família. Por isto, não devemos esmorecer-nos; confiemos em suas promessas. Dentro em breve, estará você, com toda a sua família, servindo ao Senhor.
  2. Interceda por sua família.Faça como Jó. Levantava-se o patriarca de madrugada, para interceder e sacrificar em prol de seus filhos (Jó 1.5). Tem você orado em favor de seu cônjuge? Tem intercedido pelos seus filhos? Atente bem a esta recomendação de Jeremias: “Levanta-te, clama de noite no princípio das vigílias; derrama o teu coração como águas diante da face do Senhor; levanta a ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos, que desfalecem de fome à entrada de todas as ruas” (Lm 2.19). Não estarão alguns de nossos filhos nesta aflitiva situação? No mundo das drogas? Na delinquência e na prostituição? Não se desespere! Deus pode e quer salvá-los.
  3. Ganhe o seu cônjuge através do exemplo.Uma das tarefas mais difíceis que o salvo enfrenta é ganhar um familiar para Cristo, principalmente o cônjuge. Pois diante deste, cai toda a nossa mística e mostramos quem realmente somos. Via de regra, pouco efeito têm nossas palavras. Nessas circunstâncias, atentemos ao conselho de Pedro: “Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra, considerando a vossa vida casta, em temor” (1Pe 3.1,2).

 

CONCLUSÃO

 

O Senhor Jesus quer e pode salvar toda a sua família. Confie em suas promessas. Interceda por todos os seus entes queridos; jejue e, quando for preciso, também chore por eles. Não se conforme em ter os filhos, ou o cônjuge, afastados dos caminhos do Senhor. O mesmo Deus que salvou a Noé e a sua família das águas do dilúvio, continua, através do Espírito Santo, a convencer nossos familiares do pecado, da justiça e do juízo.

 

VOCABULÁRIO

 

Carcereiro: Guarda do cárcere (lugar em que alguém fica preso).
Esmorecer: Perder o ânimo, as forças, o entusiasmo, a coragem; desanimar(-se).
Gregário: Que faz parte de grei ou rebanho; que vive em bando.
Idôneo: Conveniente, adequado.
Intervir: Tomar parte voluntariamente; meter-se de permeio, vir ou colocar-se entre, por iniciativa própria; ingerir-se.
Isento: Desobrigado, dispensado, eximido.
Mística: Máscara; aparência enganadora; disfarce.
Patriarca: Chefe de família, entre os povos antigos, especialmente os do Antigo Testamento.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

Toda a Família, Orlando Boyer, CPAD.
A Segunda Década do Amor, Greg Johnson e Mike Yorkey, CPAD.

 

EXERCÍCIOS

 

  1. Por que a família é tão importante nos planos de Deus?
  2. Porque é um centro de recreação e equilíbrio emocional para o ser humano, provê as condições necessárias para a procriação da raça humana e através dela, Deus formou o povo de Israel e executou o seu plano redentor.

 

  1. Até que ponto o plano redentor de Deus abrange nossa família?
  2. Para todos serem salvos, eles precisam igualmente crer.

 

  1. Por que a família se acha no plano redentor de Deus?
  2. Porque devido a sua importância, vem esta sendo alvo de sucessivos e impiedosos ataques de Satanás.

 

  1. O que devemos fazer, a fim de que nossos entes queridos sejam salvos?
  2. Confiar na promessa de Deus, interceder por eles e dar um bom testemunho.

 

  1. Dê o exemplo de uma família bíblica que foi totalmente alcançada pela salvação.
  2. A família do carcereiro de Filipos.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

 

“A primeira promessa a considerar foi feita a Noé. Deus não chamou somente ao patriarca, mas também a toda a sua casa a entrar na arca; e, assim, foi salva toda a sua família. A arca serve-nos como tipo de Cristo, o único que nos salva do dilúvio de pecado que nos quer destruir. Foi pela fé (Hb 11.7) que Noé cooperou com Deus, e conseguiu o indizível gozo de ver todos os seus entes queridos seguros consigo na arca, enquanto lá fora desciam as torrentes de água, provocando a maior destruição jamais vista pelos homens. Se tivermos a mesma fé, haveremos de ver cada um dos membros de nossas famílias refugiar-se em Jesus e, assim, salvar-se do horrendo dilúvio de incredulidade, pecado, vício e crime que destrói o mundo atual.

Na vida de Abraão, Deus cumpre mais uma vez a sua vontade acerca da família. Disse o Senhor ao patriarca: ‘Porque o tenho escolhido, a fim de que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, que guardem o caminho de Jeová’ (Gn 18.19). Aqui, o Senhor enfatiza por que chamou a Abraão; chamou-o para que ele conhecesse sua responsabilidade para com seus filhos e sua casa. E o número daqueles que estavam a serviço do patriarca elevou-se até trezentas e dezoito almas (Gn 14.14)...

...Ao instituir a páscoa, o Senhor ordenou aos filhos de Israel: ‘Tomarão... um cordeiro para cada família’ (Êx 12.3). A páscoa é um dos tipos mais claros da salvação mediante o sangue de Cristo. E, cada família deveria imolar anualmente um cordeiro que já prefigurava o Cordeiro de Deus que haveria de tirar o pecado do mundo. Isto não quer dizer que todos os membros de nossa família serão salvos sem arrependimento e sem fé em Deus, mas que Ele se interessa em salvar toda a nossa casa.

Faraó não consentia que os ‘pequeninos’ de Israel saíssem do Egito com os pais (Êx 10.9-11). A escravatura e a amarga opressão do Egito são tipos da escravidão do pecado; Faraó tipifica Satanás, o qual não deseja que nossos filhos saiam do mundo conosco, pois sabe que voltaremos para ele se os nossos ‘pequeninos’ ficarem em seu território. O Senhor Deus, todavia, exigiu que as famílias hebreias inteiras deixassem os domínios de Faraó. Nisto, há outra prova evidente de que Deus quer salvar toda a nossa casa” (Toda a Família, CPAD, pp.14,15).

fonte www.mauricioberwald.comunidades.net