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Lições antigas estudo e comentario deEfesios 1999
Lições antigas estudo e comentario deEfesios 1999

                         

      LIÇÕES ANTIGAS 4 TRIMESTRE DE 1999 CPAD

 

   Lição 01 - O Glorioso Propósito da Salvação EFESIOS

 

 

Texto - Áureo: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares espirituais em Cristo”, (Ef 1. 3).

Leitura Bíblica em Classe - (Ef 1.1-3; Cl 1.24-27).

 

Ef 1.1 - Paulo apostolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso e fiéis em Jesus Cristo;

v.2 - a vós graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo.

v.3 - Bendito o Deus e Pai de nosso senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo.

Cl 1.24 - Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo que é a Igreja;

v.25 - da qual eu estou feito ministro segundo a dispensação de Deus, que me foi concedida para convosco, para cumprir a palavra de Deus;

v.26 - o mistério que esteve oculto desde todos os  séculos e em todas as gerações e que, agora, foi manifesto aos seus santos.

v.27 - Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós esperança da gloria.

 

INTRODUÇÃO: Após estudarmos a Epístola de Paulo aos Gálatas, pela bondade de nosso Deus; agora passamos a estudar também de Paulo a Epístola aos Efésios que se destaca pela universalidade do seu conteúdo, não só à Igreja em Éfeso, mas a todas as igrejas, sob a liderança pastoral de Paulo, bem como a toda a Igreja de Deus em todo o mundo e em todos os tempos. O caráter universal dessa epístola é percebido pelo plano da salvação proposto por Deus desde a fundação do mundo e alcança a toda criatura humana, independente de  raça, cor ou raça’ judeu nem gentio, mas coloca todos debaixo da graça imensurável  de Deus em Cristo Jesus.

Antes de nos aprofundarmos no rico comentário que temos a seguir, gostaria de expor o ponto de vista deste que vos fala.

Esta epístola ensina-nos a manter uma relação sem reservas com Cristo Jesus e a permanecer na simplicidade do Espírito Santo sem contristá-lo ou extingui-lo.

Paulo começa com uma exclamação de louvor e adoração ao Senhor.

Já no “primeiro capítulo e o v. 3, coloca-nos à fonte de todas as bênçãos.

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”;

Não há bênção fora de Deus, pois ficaremos espostos aos perigos do caminho.

 

  1. O FUNDAMENTO HISTÓRICO.

 

Nos caps. 19 e 20 de atos dos apóstolos está narrado o episódio que levou Paulo a passar 3 anos na cidade de Éfeso, cidade a qual dispensou um bom tempo de seu ministério.

Diz o relator bíblico que “a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia” ( At 19. 19 e 20).

A operação divina por meio de Paulo em Éfeso alvoroçou os adeptos do culto a Diana que tinha seu templo na cidade, ( At 19. 23 – 41).

 

  1. O aspecto circunstancial.

 

Quando Paulo escreveu a epístola aos Efésios, estava preso em Roma, onde enviou àquela igreja através de Tiquico, por que também, enviou as cartas a Filemon e a igreja de Colossos, provavelmente entre 61 e 63 d. C. É considerada uma das “cartas da prisão” porque as escreveu enquanto estava preso em Roma.

 

  1. O aspecto geográfico;

 

Éfeso, ficava situada na costa ocidental da antiga Ásia Menor, hoje parte da Turquia e que ficava distante  de Atenas, na Grécia, apenas 240 quilômetros. 

Naquela época Éfeso era uma importante metrópole pertencente ao império Romano e que chegou a ter uma população de aproximadamente 300 mil habitantes.

Éfeso era próspera cidade, com porto de mar, o qual favorecia a peregrinação obrigatória dos adeptos dos deuses pagãos daquela região, tais como Diana (cultuada entre os gregos, como Artemis).

A indústria e o comercio de Éfeso atraiam gentes de todas as regiões adjacentes.

 

  1. IDENTIDADE E DESTINATÁRIO;

 

Os dois primeiros versículos da epístola constituem a saudações do apostolo Paulo.

Naquela época havia uma forma peculiar de se iniciar uma carta contendo no começo o nome do autor e em seguida o destinatário.

 

  1. A identificação de Paulo, ( V. 1 ).

 

Ele começa como era o costume da época usando o pronome Paulo e, a seguir, além de sua identificação pessoal, apresenta os títulos que identificavam o seu ministério apostólico.

“Apóstolo de Jesus Cristo”, “Apostolo” foi o termo que Jesus aplicou aos doze primeiros obreiros que Ele chamou dentre os discípulos.

Paulo não tinha falsa modéstia.

Nem tinha em seu coração qualquer atitude de vaidade e presunção, aplicando a si mesmo um titulo sem merecê-lo.

Paulo esclarece que seu apostolado não veio de homens, mas “pela vontade de Deus”.

Ele exalta a vontade de Deus porque ela expressa a soberania divina na edificação e destino da Igreja de Cristo.

Se o titulo de apóstolo dependesse apenas de vontade de homens Paulo não teria a aprovação do Espírito Santo no seu ministério.

 

  1. Os destinatários, ( V. 1 ). Paulo saúda os cristãos de Éfeso chamando-os de “santos” e “fiéis”.

 

São dois termos aplicados aos cristãos através do Novo Testamento.

A Igreja é constituída de “santos e fiéis”.

Ao tratar os cristãos de Éfeso como santos, o apostolo reforçava a posição desses cristãos em relação á idolatria daquela cidade. Eram santos porque eram separados da vida mundana de Éfeso.

Eram chamados fiéis porque não se deixaram levar pela força demoníaca que dominava os habitantes da cidade e os escravizava ao paganismo.

Um santo, no Novo Testamento, não é uma pessoa sem pecado, mas um pecador salvo.

E mediante a fé no Senhor Jesus Cristo que um pecador se torna um santo;

Vejamos o que está escrito em Rm 1. 7;

“A todos os amados de Deus; que estais em Roma chamados para serdes santos”... como está acima, no Novo Testamento, a palavra santo sempre se refere a uma pessoa santificada, uma pessoa separada para propriedade e serviço invioláveis de Deus, ( compare as palavras gregas relacionadas, “hagios e hagiazõ, traduzido para “santo” e “santificado” respectivamente).

Este aspecto da santificação cristã é posicional, com base no sangue expiador de Cristo, ( He 13. 12; 10. 10 – 14).

Voltando para Éfeso, ainda no v. 1; Este é o lugar do cristão como membro do corpo de Cristo, vitalmente unido com Ele pelo batismo com o Espírito Santo, ( I Co 12. 12 e 13).

 

  1. A saudação peculiar da igreja primitiva; “graça e Paz”, ( V. 2 ).

 

Paulo usava estas palavras em suas saudações em todas as epístolas enviadas às igrejas.

Na tradição judaica usava apenas a palavra “paz” (shalom, no hebraico), mas Paulo por inspiração divina adicionou a palavra “graça” a já conhecida “paz” e deu a saudação cristã um sentido muito especial; “graça e paz”.

Os crentes em Cristo têm agora a “paz” da parte de Deus Pai, mas obtiveram a “graça” por Jesus Cristo.

 

III. BÊNÇÃOS E PRIVILÉGIOS EM CRISTO;

 

O verseto 3, abre o cortejo de “todas as bênçãos espirituais em Cristo”.

Paulo começa com uma exclamação de louvor e adoração ao Senhor, demonstrando que a vida cristã só tem sentido se tivermos sempre uma atitude de reconhecimento e ação de graça ao doador de todas as bênçãos;

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.

 

  1. A fonte da bênçãos, ( V, 3 ). A palavra “Bendito” torna exclusiva e singular a fonte de todas as bênçãos que é Deus Pai.

 

Só Ele é digno de ser bendito, porque somente Ele é o perfeito doador de bênçãos; A fonte é original, não é imaginária, nem falsa. Ela é identificada como “o Deus e Pai de nasso Senhor Jesus Cristo”. Pr três vezes nesse mesmo capítulo, A Palavra de Deus nos ensina que a finalidade de todas as coisas realizadas por Deus é o louvor da sua glória, ( Ef 1. 6, 12, 14).

 

  1. O caráter das bênçãos ( v. 3 ). “O qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais”.

 

As bênçãos de que trata a Bíblia aqui, tem uma total abrangência mediante a palavra “todas” porque essa palavra refere-se, não a coisas naturais e materiais, mas essencialmente, espirituais. As bênçãos espirituais em Cristo estão acima de todo e qualquer bem físico ou material.

As riquezas de que fala Paulo, são espirituais, porque, na realidade, Paulo não tinha nada materialmente.

Sua fé e confiança estavam depositadas na contemplação das riquezas espirituais.

Lamentavelmente, esse texto tem sido interpretado erradamente como se referisse às riquezas materiais, como sendo bênçãos espirituais.

Cuidado com a falsa teologia da prosperidade.

 

  1. O campo de fruição das bênçãos ( v, 3).

 

A expressão “nos lugares celestiais” indica a sublimidade da vida cristã, o nível mais elevado no qual fomos colocados.

Essas “bênçãos espirituais” são alcançadas evidentemente pelos que pela fé em Cristo vivem no plano espiritual, ( Gl 2. 20; Cl 3. 3 ), pois o termo “lugares celestiais” não tem um sentido geográfico, físico, ou espacial, mas trata-se de estado e realidade espirituais que são alcançados somente pelos que, por amor e dedicação a Cristo, renunciando a uma vida carnal e vivem uma vida biblicamente espiritual (Rm 6. 1b; em outras versões da Bíblia usa-se o termo “regiões” que não muda o sentido do termo “lugares”.

Ser abençoado “nos lugares celestiais” siguinifica ter alcançado um estado de vida espiritual e galgado uma posição espiritualmente acima do plano meramente físico ou material.

Em Cristo o crente é levantado desse mundo tenebroso e colocado numa posição de superioridade.

Significa que está por cima, nunca por baixo, o que deve ser uma coisa normal da nova criatura, ( II Co 5. 17 ).

Vejamos o que diz o “DR. C. I. Scofield”:

Literalmente, “nas regiões celestiais”. A mesma palavra grega foi usada em Jo 3. 12, onde acrescentou-se “coisas”nos dois lugares a palavra significa aquilo que é celestial em contraste àquilo que é eterno. Em efésios, “regiões” é especialmente enganoso.

“As regiões celestiais” podem ser definida como a esfera da experiência espiritual cristã identificada com Cristo na natureza, “Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas para que por elas fiqueis participante da natureza divina, havendo escapado da corrupção que pela concupiscência que há no mundo”, ( II Pe 1. 4;

Vida; Que diz; “quando cristo que é nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória”;  (Cl 3. 4;

“Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida”, I.Jo 5. 12;

Relacionamentos; “Disse-lhe Jesus: não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mais vai para meus irmãos e disse-lhes,  que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”, ( Jo 20. 17;

Serviço; “Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu tenho mandado, e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos, Amem. (MT 28. 20; Jo 17. 18;

Sofrimento; “Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo não somente crer nele como também padecer por ele”, Fl 1. 29; 3. 10; Cl 1. 24;

Herança; “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”, “E se somos filhos, somos logo herdeiro, também herdeiro de Deus e coherdeiros de Cristo; ..., Rm 8. 16 e 17;

E futura glória no reino; ( Rm 8. 18 -21; I Pe 2. 9; Ap 1. 6; 5. 10;

O cristão é um homem celestial e um estrangeiro e peregrino na terra,

“Pelo que, irmãos santos, participante da vocação celestial considerai a Cristo, apostolo,  e sumo Sacerdote da nossa confissão” (Hb 3, 1).

“Amados, peço-vos como a peregrinos e forasteiros que vos abstenhais das concupsciências carnais que combatem contra a alma”, I Pe 2.11;

 

CONCLUSÃO:

 

Vimos através desse estudo, o plano de Deus quanto a constituição do seu novo povo, a Igreja.

Dentro do propósito divino, ela, seria formada de modo diferente a Israel, o povo da antiga aliança.

Louvemos ao Senhor pelo seu maravilhoso plano para continuar esse novo povo o qual, embora no mundo, lhe pertence unicamente!!

 

 

 

Lição 02 - As Bênçãos da Salvação

 

Texto - Áureo: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça,” (Ef 1.7).

Leitura Bíblica em Classe - (Ef 1.4-14).

 

Ef 1.4 - Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensível diante dele em caridade,

v.5 - e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,

v.6 - para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no amado.

v.7 - Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua garça,

v.8 - que Ele tornou abundante para conosco em toda a sabedoria e prudência,

v.9 - descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo,

v.10 - de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;

v.11 - nele, digo, em que também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho de sua vontade,

v.12 - com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo;

v.13 - em quem também vós estais, depois que ouviste a palavra da verdade o evangelho da vossa salvação; e, tendo também nele crido, foste selados com o Espírito Santo da promessa;

v.14 - o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória.

 

INTRODUÇÃO:

 

Nesta lição temos três pontos à ser destacados, os quais referem-se à obra magistral e sublime da Trindade divina na consecução do propósito da salvação da humanidade.

Para compreendemos esse propósito é fundamental entendermos o texto de Ef 1.3; onde Paulo declara que fomos abençoado com “todas as bênçãos espirituais”.

São as bênçãos da salvação que Deus preparou para a humanidade antes de todos os séculos.

 

  1. OS SALVOS – ELEITOS E PREDESTINADOS PELO PAI.

 

Na verdade recebemos as bênçãos espirituais segundo o eterno propósito de Deus.

Nos VV. 4 e 5; temos duas expressões de grande peso espiritual; “nos elegeu” e “nos predestinou”.

Essas expressões as vezes, mal interpretadas, são a chave do propósito divino da salvação.

A palavra “elegeu” indica que Deus or sua presciência, elegeu ou escolheu um povo especial para por em pratica o seu propósito no mundo.

É interessante notar que a eleição ou a escolha de um povo que Deus faz para si é no passado, conforme declara nosso texto, “antes da fundação do mundo”, ( v. 4 ).

A Igreja é constituída de eleitos que foram um povo especial que leve a efeito a causa de Deus neste no mundo, ( Rm 8. 29-32).

Israel foi o povo eleito segundo a carne, a descendência de Abraão, mas Israel rejeitou o evangelho da graça, ( Rm 9. 30-33), Deus formou,então, um povo, não segundo a lei, mas segundo a graça,( Rm 11. 5-7).

 

  1. Uma eleição segundo a graça divina, (Rm 10.10-10-13).

 

Sua escolha, ou eleição nada tem a ver com descriminação. Não significa que Deus não queira que todos se salvem. O propósito da salvação é universal, mas Deus sabia que nem todos se salvariam, uma vez que o ser humano é dotado de livre escolha, quanto ao seu destino.

 

  1. A predestinação segundo a presciência divina.

 

A expressão “nos predestinou, no v. 5; indica que Deus, ao eleger-nos em Cristo  para sermos o seu povo, também, “nos predestinou” para sermos o que somos em Cristo hoje justificados ( Rm 3. 24). Santos e irrepreensíveis, ( Ef  1. 4), participantes da herança de filhos,Ef1. 14; e glorificados Rm 8. 30).

O prefixo “pré” significa antes, por isso o termo predestinação refere a indicação de que no glorioso propósito da salvação, Deus já avia estabelecido que os eleitos seriam, também, adotados como filhos de Deus.

A expressão “para filhos de adoção por Jesus Cristo” é semelhante as palavras do apóstolo João no seu evangelho,( Jo 1. 12 ), que diz:

“Mas a todos quantos  o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; ao que crêem no seu nome”.

A predestinação não faz seleção entre os pecadores, porque todos pecaram, ( Rm 3. 9 ).

 

  1. OS SALVOS - REMIDOS PELO FILHO.

 

  1. Os sentidos das palavras redenção e remissão.

 

Essas duas palavras se destacam especialmente no v. 7; 

Redenção e remissão são duas gloriosas bênçãos da salvação consumada por Jesus na cruz.

Redenção no eu termo original, relaciona-se ao ser do pecador, ao passo que remissão, no seu termo original, relaciona-se aos pecados do pecador, ( At 13. 38; 26. 18; Cl 1. 14; Hb 9. 22).

A obra redentora de Deus é perfeita.

Ele redime o pecador do poder de Satanás e também anula os seus pecados.

O v. 7, também retrata algo do contexto da época em que um escravo podia ser liberto de sua escravidão mediante o pagamento do resgate, ( I Co 6. 20; Cl 1. 14).

 

  1. Sangue, o preço da redenção, ( v. 7 ).

 

O preço da liberdade foi o de sangue, o sangue inocente e imaculado de Cristo.

  1. O sangue requerido nos sacrifícios de animais inocentes, típico da velha aliança, literalmente derramado por Jesus no Calvário.
  2. Ali Ele se tornou o cordeiro de Deus, como sacrifício expiador dos pecados da humanidade.

 

  1. O efeito imediato da redenção, (VV. 8 e 9 ).

 

O v. 8 indica que Deus tornou ampla a possibilidade de redenção e perdão, ao mesmo tempo em que capacita a todo o salvo em Cristo conhecer as riquezas da sua salvação. Nos VV. 9 e 10. Deus fala do “mistério da sua vontade”, (v. 10).

 

  1. O efeito futuro da redenção, v. (10).

 

A expressão, “plenitude dos tempos” significa um tempo futuro em que os propósitos divinos alcançarão o seu fim, em plenitude.

A redenção no futuro chegará ao se auge segundo o glorioso propósito de Deus no estabelecimento do seu reino eterno onde não haverá mais tentações e tribulações, porque os salvos numa só dimensão espiritual.

 

  1. A soberania do conselho divino na obra da redenção, (v. 11 ).

 

A palavra, “predestinados” neste versículo tem sido muitas vezes mal compreendida e assim interpretada no que se refere à soberania de Deus.

Sabemos que Deus é soberano em sua perfeita vontade, mas quanto a salvação, não há qualquer afirmação bíblica de que os predestinados sejam uma elite única e todas as demais pessoas estejam fora da eleição divina.

Deus é justo e imparcial e ele dá a todas as criaturas humanas a mesma oportunidade de salvação.

Os que atendem o seu chamado geral desfrutam do privilégio do seu glorioso propósito de salvação.

A continuação do v. 11; revela “que Deus fez tudo segundo o conselho da sua vontade”.

Esse conselho decisório se constitui especialmente da santíssima Trindade: o Pai, o Filho, e o Espírito Santo.

Esse conselho  rege o Universo, inclusive o destino da humanidade.

 

III. OS SALVOS SELADOS – COM O ESPÍRITO SANTO

 

  1. O Espírito Santo na obra da redenção, (vv. 13 e 14).

 

Na verdade esses dois versículos apresentam o ministério do Espírito Santo no sentido de promover a fé em Cristo como salvador ( Jo 16. 8 – 10) e, também, a sua presença viva e dinâmica na vida dos Crentes.

O próprio nome dado ao Espírito indica a sua missão que é o de fazer-nos santos para Deus.

 

  1. O Espírito Santo é o selo da redenção, ( v. 13 ).

 

“Fostes selados” é a declaração bíblica de que todo salvo em Cristo tem uma marca um sinal que o identifica como propriedade do senhor.

Um selo é uma marca de propriedade, e os crentes em Jesus possuem essa marca indisfarçável que é a presença pode - rosa do Espírito em seu ser.

A comprovação da nossa redenção é o selo do Espírito Santo em nossa vida.

O que distingui um crente de um ímpio é o selo do Senhor que lhe dá autenticidade. Não há nada parecido ou igual.

Ele é singular com o direito de posse do Senhor.

 

  1. O Espírito Santo e sua identificação definida, ( V. 13 ).

 

Nos tempos atuais há muita imitação barata das ações do Espírito Santo, mas A palavra de Deus contém a sua identificação singular como “o Espírito santo da promessa”.

Essa promessa foi a que Deus fez desde os tempos do Antigo Testamento, ( Jl 2. 23 – 24, 28 e 29 ), e a cumpriu no dia de Pentecostes, ( At 2. 1 – 13, 38, 39 ) Ele é o Espírito Santo da promessa que habita em nós, na Igreja de Cristo, confirmando a promessa do Senhor.

Precisamos entender e separar os fatos acerca da promessa  do Espírito Santo,  faz parte da promessa o falar noutras línguas pelo espírito mas essa gloriosa experiência não é o selo do espírito aqui referido e em ( II Co 1. 22 ).

O falar em línguas estranhas espirituais é uma experiência subseqüente.

 

  1. O Espírito Santo é o penhor da redenção, ( v. 14 ).

 

O texto declara “o qual é o penhor da nossa herança”.

A palavra “penhor” significa garantia, segurança, prova de aquisição e posse de algo.

No tempo de Paulo, a palavra “penhor” era empregada para uso legal e comercial quando alguém comprava alguma coisa e desejava garantir a sua compra.

As pessoas adiantavam uma quantia inicial como Penhor ( ii Co 1.22; 5. 5 ). 

Jesus nos deu o Espírito Santo como penhor pelo resgate ( I Pe 2. 9 ).

Na verdade somos do Senhor e o que garante essa possessão é a presença do Espírito Santo em nossa vida.

 

CONCLUINDO:

 

Toda a obra da redenção da humanidade teve o seu desenrolar progressivo na história, na qual vemos o gracioso empenho da Trindade divina para a salvação da humanidade inteira, e isso até o último ato dessa obra, “para louvor da  sua glória’, ( v. 14 ). Paulo teve de Deus a visão da sua magnificência divina na sua obra, quando se consumar plenamente a redenção do seu povo, na ressurreição dos mortos e no arrebatamento da Igreja!

 

 

Lição 03 - Paulo Ensina a Orar

 

Texto - Áureo: “Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações” (Ef 1.16).

Leitura Bíblica em Classe - (Ef 1.15-23).

 

Ef 1.15 - pelo que, ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus e a vossa caridade para com todos os santos,

v.16 - não cesso de dar graças a Deus por vós lembrando-me de vós nas minhas orações,

v.17 - para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação,

v.18 - tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da sua glória da sua herança nos santos,

v.19 - e qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos segundo a operação da força do seu poder,

v.20 - que manifestou em Cristo ressuscitando dos mortos e pondo-o à sua direita nos céus,

v.21 - acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século mas também no vindouro.

v.22 - E sujeitou todas as coisas a seus pés e, sobre todas as coisas, o constituiu como cabeça da Igreja,

v.23 - que é seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.

 

INTRODUÇÃO:

 

O grande desafio do crente é a manutenção e preservação das bênçãos da salvação em sua vida.

Paulo atento a isso foi impelido a orar pelos efésios.

Sua oração é, acima de tudo, uma lição de fé; através dela Paulo nos ensina a orar.

 

  1. FATORES QUE ESTIMULAM A ORAÇÃO.

 

Dois fatos especiais levaram Paulo a orar, não apenas como devoção, mas com palavras do seu coração, as quais contêm ensino doutrinário com profundas verdades espirituais.

 

  1. A fé dos crentes ( V. 15 ).

 

Paulo estava radiante ao escrever esta epístola, era-lhe um consolo na prisão em Roma ouvir noticias boas da Igreja em Éfeso, por isso, escreveu: “ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus”. O contexto histórico da epístola indica que, a despeito das pressões da vida idólatra daquela cidade, mantinham a sua fidelidade ao evangelho que de Paulo haviam recebido. A fé assim demonstrada tinha o peso da sua convicção na pessoa do Senhor Jesus Cristo.

 

  1. O amor para com todos os santos, ( v. 15 ).

 

O v. 15, aqui, trata-se do amor de Deus demonstrado pelos efésios ( no original, ágape).

É o termo que aparece através do Novo Testamento referente ao sublime e incomparável amor de Deus é o amor que não mede sacrifícios por aquele a quem amamos. À igreja de Corinto, Paulo desenvolve essa doutrina do amor dinâmico de Deus, aliado a fé e à esperança, e assim manifesto na vida do crente, (ICo 13.1-13). O exercício da fé em Cristo é demonstrado em amor: praticado, experimentado compartilhado e vivido plenamente. Por isso  a fé sem as obras é morta, (Tg 2.14-18).

 

  1. ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS À ORAÇÃO

 

  1. Constância na oração.

 

As palavras no v. 16 demonstram que Paulo leva muito a sério a prática da oração. Ele orava com liberdade no Espírito, e sem cessar Rm 12.12; Ef 5. 18; Cl 4. 2; I Ts 5. 17). Devemos orar a tempo e fora de tempo. Oremos sempre porque esse é o canal de comunicação que temos com Deus.

 

  1. Gratidão com ação de graças ( v. 16 ),

 

A oração, na sua essência e pratica, requer, antes de tudo, “ação de graça”. A relação entre Deus e o crente através da oração já é razão suficiente para ação de graças, uma vês que essa relação só é possível mediante a reconciliação que Jesus efetua, (Rm 5. 10 e 11; II Co 5. 18). No texto inicial da epístola o apostolo afirma que fomos abençoados com todas as bênçãos espirituais em Cristo, ( Ef 1. 3). Isto deve nos mover-nos sermos gratos a Deus para todo sempre com ações de graças. Porém, as ações de graças de Paulo relacionam-se com a igreja de Éfeso ( “por vós” ). Devemos ser sempre gratos a Deus, não apenas pelas bênçãos pessoais dEle recebidas, mas também pelo nossos, batalhadores pela fé tanto quanto nós. Essa gratidão deve ser contínua (“Não ceco” ).

 

  1. Intercessão, uma atitude edificante da oração VV, 16,17;

 

Vários homens e mulheres da Bíblia foram intercessores exemplares, mas ninguém foi mais espontâneo e livre nessa forma de oração que Jesus, ( Lc 19. 41; Jo 17. 6. 26; Lc 22. 32 ). A intercessão diante do Senhor é uma forma de oração que precisa ser despertada e exercitada em nossos dias de vida cotidiana da Igreja.

Todos os crentes precisam mutuamente uns dos outros em intercessão, pois ela extingue o egoísmo e o individualismo.

 

III. OBJETIVO DA ORAÇÃO;

 

Nos VV. 17 e 18, Paulo apresenta os objetivos de sua intercessão pelos crentes de Éfeso. Ele começa incisivo isto é; ( eficaz e enérgico ), e direto a sua intercessão, “ao Deus ao Deus de nosso Senhor Jesus cristo, o Pai da glória” ( v. 17).

 

  1. Ter espírito de sabedoria, v. 17;

 

O sentido da palavra espírito, é qualitativo, impessoal. Ela não se refere à pessoa do Espírito Santo ou a qualquer outro espírito, e sim qualidade do que  o Espírito é capaz de realizar. Paulo pediu que Deus, pelo seu Espírito ampliasse a capacidade dos efésios de ver e entender as coisas espirituais. Não se tratava de sabedoria meramente intelectual, terrena, mas a sabedoria espiritual que habilitaria o crente a penetrar no conhecimento de Deus. É o conhecimento espiritual que amplia a percepção das coisas que nos rodeiam. Um dos dons do Espírito, é a “palavra de sabedoria”, ( I Co 12. 8 ). O espírito de sabedoria capacita o crente A  saber distinguir entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. O objetivo principal de Paulo era que os efésios conhecessem em profundidade, Jesus Cristo, Salvador e Senhor de suas vidas.

 

  1. Ter o “espírito de revelação” ( v. 17 ).

 

A palavra revelação tem o sentido de “tirar o véu” que encobre algo. Existem inúmeras coisas no mundo espiritual que não são percebidas pela mente natural ( I Co 2. 14 e 15 ). A revelação tira o véu, ou seja, vislumbra a realidade. Ter o espírito de revelação não significa extrapolar o que já está revelado nas Escrituras. É ser iluminado pelo Espírito Santo acerca de verdades espirituais que precisam ser conhecidas pelos crentes.

 

  1. Ter “iluminados os olhos do entendimento”, ( v. 18 ).

 

É ver com o coração, por isso, um cristão espiritual no sentido bíblico ( I Co 2. 10 – 16 ) ver coisas com a mente natural não pode. O entendimento espiritual diz respeito ao ser interior de cada criatura, inclusivel o intelecto as emoções e a volição do homem. É viver com uma luz que as pessoas comuns não conseguem ter. O mundo é de trevas, e só quem conhece Jesus tem olhos iluminados para ver o que esta acontecendo ao seu redor, ( Ef 5. 8; Mt 13. 15; Rm 1. 21).

 

  1. GARANTIAS DA ORAÇÃO;

 

Depois do triunfo pleno, perfeito e eterno de Cristo ao Calvário, que garantia e certeza temos da resposta de nossas orações?

O texto dos VV. 20 -23; é objetivo e afirmativo ao relatar a esmagadora vitoria sobre todos os poderes, demonstrada na sua ressurreição. É no Cristo ressurreto e vencedor sobre todos os poderes, do mal, que está a nossa certeza e vitória inclusive na oração.

 

  1. Jesus ressuscitou dos mortos, ( V. 20).

 

O mesmo poder divino que tirou Jesus do sepulcro, ressuscitando-o dos mortos, é o mesmo é o mesmo que levanta um pecador da morte espiritual, e o coloca em uma nova posição em relação a Deus. E a grandeza desse glorioso e infinito poder é vista no caminho que Deus abriu no mar vermelho para Israel passar a seco, ( Ex 14. 15 -26 ); é o mesmo poder que fechou a boca dos leões na cova em que Daniel foi jogado,lançaram, ( Dn 6. 16); é o mesmo poder que provisionou Israel no deserto com maná, (Ex 16. 35). Nesse poder em Cristo, está a garantia de tudo que Ele tem prometido ao seu povo, ( Mt 28. 18 ).

 

  1. Jesus está acima de todos os tipos de poderes,VV. 20,21),

 

Esse fato é o cumprimento de uma profecia do Sl 110. 1; “Disse o Senhor ao  meu Senhor; assenta-te a minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés”. Jesus Cristo está entronizado acima de todos os poderosos espirituais e físicos. As designações “principado, poder, potestade, domínio” v. 21; falam de ordens angelicais, tanto aquelas que servem a Deus, como aquelas que servem o diabo, as quais nos céus, na terra e debaixo da terra estão sob o poder de Cristo.

 

  1. Jesus tem um nome acima de todo o nome, ( v. 21).

 

No mundo dos homens e dos anjos, seus nomes representam o que eles são, mas Deus concedeu a Jesus, “um nome” que é sobre todo o nome, ( Fl 2. 9), sem limite, sem tempo, em toda a eternidade.

 

  1. Jesus Cristo foi constituído como cabeça da Igreja, ( v. 22e 23).

 

Sua autoridade é absoluta em relação a Igreja não está separado da cabeça que comanda todo o corpo e Criasto se tornou Senhor desse corpo. Cada crente está ligado a Cristo em termos de vida e atividade. O v. 23; declara que a Igreja é a plenitude do seu corpo, isto é, não pode haver um corpo inteligente sem uma cabeça que o comande. Por isso a Igreja como tal corpo, só tem importância no mundo em que vivemos porque Cristo a compõe e plenifica com o seu poder e a sua glória.

 

CONCLUSÃO:

 

Procuramos mostrar através desta lição, uma pequena parcela do que a Bíblia ensina sobre a oração na vida de Paulo.

A oração aqui esboçada serve de modelo para a vida de oração que cada crente precisa cultivar sabendo que o Senhor responde nossas petições e intercessões em favor de nossas necessidades  e de todos aqueles para os quais sempre oramos. 

 

 

Lição 04 - A História de Nossa Salvação

 

Texto-Áureo: “Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós é dom de Deus” (Ef 2. 8).

Leitura Bíblica em Classe - (Ef 2.1-10).

 

Ef 2.1 - E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,

v.2 - em que, noutro tempo, andastes segundo o curso deste mundo,  segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência;

v.3 - entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por naturesa filhos da ira, como os outros também.

v.4 - Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,

v.5 - estando nós ainda mortos em nossas ofensa, nos vivificou juntamente com Cristo ( pela graça sois salvos),

v.6 - e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;

v.7 - para mostrar nos séculos vindouro as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.

v.8 - Porque pela graça sois salvo, por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus.

v.9 - Não vem das obras, para que ninguém se glorie.

v.10 - Porque somos feitura sua, Criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.

 

(Gostaria antes de mais nada ),  pedir que leiamos os três primeiros versículos do nosso contexto em estudo e vamos tentar identificar as quatro idéias que retratam o estado de degradação moral e de escravização espiritual que se apresenta na vida dos não convertidos.

 

1)  Andar em ofensas e pecados, (v. 2ª)

2)  Segundo o curso deste mundo,( 2b.)

3)  Dominados por satanás, ( v. 2C)

4)  A mercê de suas paixões, ( 3 a)

 

Ao esboçarmos tais ideias chegaremos a uma conclusão enfatizando que todos os homens, antes da operação da graça redentora em seus corações vivem segundo as inclinações da carne, fazendo segundo a vontade do “príncipe deste mundo”.

Porém, quando aceitamos Jesus Cristo, passam a desfrutar as riquezas da misericórdia divina e grandeza do seu amor e sua graça!

 

INTRODUÇÃO:

 

O apóstolo Paulo,  com a apresenta - ção do cap. 2. e VV. 1 – 10; que acabamos de ler, mostra-nos os três tempos da nossa vida espiritual, nossa salvação: passado, presente e futuro.

 

  1. NO PASSADO O QUE ÉRAMOS

 

Quando nos referimos de fato, falando do primeiro estado do crente antes do encontro com Cristo como Salvador, as características aqui apresentada como do passado são as do pecador atual. É o que é o pecador hoje sem Cristo. Era o nosso estado deplorável  de condenação e morte quando Cristo nos chamou.

 

  1. Estávamos mortos em ofensas e pecados ( v. 1).

 

Todo pecador está espiritualmente morto.

E o estado de morte que fala a Bíblia é a separação de Deus dos que não conhecem a Cristo como salvador e Senhor da sua vida; esse estado de morte teve o seu inicio quando aconteceu a queda do homem no Éden, Gn cap. 3; e sua manifestação é vista em parte na decadência moral, espiritual e natural, e física da humanidade. “Ofensas” fala de ultraje, agravo, afronta que o homem praticou quando desobedeceu a Deus. Melhor tradução é como está na versão Atualizada; “delitos” porque transmite a idéia de algo punível e criminoso. A palavra “pecados” logo a seguir, na expressão indica um quadro funesto estado permanente do homem pecador. Não se trata aqui de pecados individuais praticados, mas do pecado entranhado na nossa natureza humana, Rm 3. 23; 5. 12).

 

  1. Andávamos segundo o curso deste mundo, ( V. 2 )

 

“Curso” aqui é seguimento do caminho mau. A palavra “mundo no original refere-se a humanidade, bem como as suas, coisas pecaminosas, como em I Jo 2.15e17.

“Mundo” neste contexto não se refere ao espaço sideral, nem ao planeta Terra.

Seguir “o curso deste mundo” é conduzir-se conforme o pensamento mundano que predomina nos que vivem no pecado.

Ainda hoje o que induz muita gente ao pecado é o pensamento da época ( Cl 3. 7 e 8 ).

 

  1. Fazíamos a vontade da carne ( v. 3 ).

 

A carne, aqui, não tem sentido físico, mas refere ao que ela representa na nossa vida cotidiana. 

Fazer “a vontade da carne” significa dispor-se para satisfazer o pecado.

Trata-se de uma natureza inclinada ao pecado, que atende os desejos ( concupiscência) degradantes do pecado.

É a vontade humana subjugada ás inclinações da natureza pecaminosa.

A carne no homem, é o opositor do espírito.

A carne física é inconsciente, mas são os ímpéctos da natureza decaída do homem que a tornam desequilibrada, ( Gl 5. 16 – 18 ).

 

  1. Éramos filhos da ira, ( V. 3 ).

 

Existem várias expressões parecidas na Bíblia que tem a mesma idéia como “filhos da desobediência” Ef 1. 2; 5. 6; “filhos da perdição” ( Jo 17. 12; II Ts 2. 3 ), “filho do inferno” ( Mt 23. 15; Quando a Bíblia fala da “ira de Deus”, trata-se de juízo e os que estão sob “a ira de Deus”, estão sob o juízo de Deus. A ira de Deus não é uma atitude de má vontade de Deus como se Ele perdesse a calma e o equilíbrio, e se irasse. Não! Não se trata disso. Sua ira é uma reação natural e automática de sua santidade contra o pecado. É uma barreira espiritual que sua natureza santa  e éter- na mantém contra o pecado, ( Rm 1. 18; Sl 7. 11).

 

  1. NO PRESENTE O QUE SOMOS,

 

  1. Somos filhos da misericórdia de Deus, ( v. 4 ).

 

A expressão “filhos da misericórdia” não está literalmente no texto bíblico, mas contrasta com a expressão do v. 2, “filho da desobediência”.

Na verdade a misericórdia divina nos elevou a um novo e santo estado espiritual. Como avaliar a riqueza da misericórdia de Deus? É impossível! As palavras “mas Deus” mudam totalmente o panorama da vida do pecador, se ele quiser, pois indicam a intervenção divina em favor da humanidade. A palavra “misericórdia” é composta de outras duas palavras no latim antigo “miserí” e “cordis”, que, respectivamente, significam “miserável” e “coração”. Deus aceitou a miserabilidade do homem e o aceitou em seu coração. O amor de Deus pelos homens é incomparável e indiscutível, Jo 3. 16; I Jo 4. 9).

 

  1. Fomos vivificados em Cristo ( v. 5 ).

 

Antes, estávamos mortos no pecado. Trata-se do estado de morte espiritual em relação a Deus como já vimos. Depois, Ele nos vivificou em Cristo, isto é nos deu vida Cl 3. 1 – 3). Esse novo estado de vida resultou da morte de Cristo por nós no Calvário e, pelo mesmo poder que o vivificou dos mortos, também nós fomos “vivificados juntamente com cristo”. É a ressurreição espiritual. Deus que é riquíssimo em misericórdia, é qual fonte inesgotável a produzir três elementos vitais de saúde espiritual;”misericórdia” ( v. 4b ), “amor” ( v 4e e 5ª e “graça” v. 5 ). 3.Temos uma nova cidadania com Deus, ( v. 6 ), “E nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus”. A palavra “assentar” na linguagem neotestamentária tem o sentido de “descansar” ou de “tomar posse numa posição de honra”. O nosso primeiro estado era o de escravidão. No novo estado de vida regenerada, a postura de escravo muda totalmente porque agora pode assentar-se e descansar em Cristo.

Disso recorre a nova cidadania espiritual conferida por Cristo Jesus, (cl 3. 20). Como cidadãos dos céus nossa via espiritual foi elevada a um plano superior, isto é, “nos lugares celestiais”. Trata-se de uma posição espiritual na qual fomos colocados como “novas criaturas em Cristo”, II Co 5. 17).

A  nova cidadania tem um novo sistema de governo que não é o humano. Ela  nos coloca em um novo regime de vida e tem a Bíblia como “guia de regra e fé”.

O cristão autêntico vive sob esse regime da Bíblia e não se conforma com o mundo.

 

4.Somos feitura de deus,  ( v.10 ).

 

Todo aquele que sinceramente aceita Jesus como Salvador e Senhor de sua vida, torna-se uma “nova criatura” ( II Co 5. 17 ), isto é, somos uma nova criação de Deus. A transformação pelo espírito Santo na vida do pecador o recria espiritualmente, por isso somos “feitura sua”. No princípio da criação, Deus criou o homem e o fez feitura dEle, mas o pecado o arruinou-a. Deus resolveu fazer uma nova criação, a partir da criatura existente, ( Ef 4. 24; Gl 6. 15; Cl 3. 10 ).

Na seqüência do v. 10 está escrito que fomos feitos de novo “para as boas obras’. Aqui temos o propósito de Deus para o crente como criatura em Cristo. Visto que deus “as preparou para que andássemos nelas” (v. 10 ), essas boas obras têm a ver  com o andar diário do crente conforme, (1. 4 ); “Somos santos e irrepreensíveis perante Ele”.

 

III. NO FUTURO, O QUE SEREMOS.

 

O futuro é termo inevitável na vida de cada ser humano.

É algo do qual ninguém pode fugir e precisa estar preparado para ele, se o homem não tivesse pecado no Éden não haveria preocupação com o futuro, mas isso ficou arruinado na vida humana depois do pecado.

 

  1. Somos a prova da obra redentora ( v. 7 ).

 

A primazia de Cristo no juízo final será o seu povo redimido – a demonstração da sua obra redentora.

O v. 7 diz “para mostrar nos séculos vindouros”, isto é o futuro da Igreja de Cristo. Ela será a demonstração eterna da graça de Deus, ou seja, o testemunho  da manifestação da misericórdia divina sobre a humanidade. Será o triunfo da misericórdia não da ira divina. A expressão “séculos vindouros”, refere-se ao que a Igreja é agora e o que era no porvir, ( Fl 1. 10;2. 16; cl 3. 4).

 

  1. Seremos o testemunho da manifestação da graça de Deus, ( VV. 8, 9 ).

 

O v. 8 declara o que Deus realizou mediante seu Filho no Calvário e o que Ele continua realizando, ao revelar que “pela graça sois salvos por meio da fé”. A graça de Deus é a fonte que Deus abriu no Calvário. É como uma imensa fonte de água Profunda e abundante, mas o vasilhame ou  balde para tirá-la do poço é a nossa fé. A fé é o meio da apropriação da salvação. O v. 9 declara que não se obtém a salvação por meio “de obras”, isto é, não depende de esforços e méritos humanos.

O v. 8, afirma que a graça é dom de Deus ou seja é dádiva que só Deus concede. Não se compra, nem se vende. É por meio da fé sem as obras da lei ( Rm 3. 20e 28; 4. 1 – 5; Gl 2. 16; II Tm 1. 9; Tt 3. 5).

 

CONCLUINDO:

 

Ninguém poderá se gloriar na presença de Deus. nossa salvação será sempre o testemunho do favor divino, da sua graça imensurável. A salvação é uma obra dinâmica efetuada por Cristo na vida do Crente. Não é estática porque a operosidade dela no crente não terminou. Estamos desfrutando dessa graça nesta dispensação até a vinda de Cristo. Agradecemos a Deus em Cristo, pela vitoria por termos  sua graça na conclusão da “primeira parte” da carta aos Efésios; aleluia! Amém!!

 

 

 

Lição 05 - Um novo Povo de Deus

 

Texto - Áureo: “Assim que já não sois estrangeiros, e nem forasteiros, mas concidadão dos santos e da família de Deus” (Ef 2.19).

Leitura Bíblica em Classe - (Ef 2.11-22).

Ef 2.11 - Portanto, lembrai-vos de que vós, noutro tempo, éreis gentios na carne e chamados incircuncisão pelos que, na carne, se chamam circuncisão feita pelas mãos dos homens;

v.12 - que, naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos aos consertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.

v.13 - Mas agora, em cristo Jesus, vós que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.

v.14 - porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio,

v.15 - na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz,

v.16 - e, pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.

v.17 - E, vindo ele evangelizou a paz a vós que estável longe e aos que estavam perto;

v.18 - Porque Por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo espírito,

v.19 - Assim que não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus;

v.20 - Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina;

v.21 - no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor,

v.22 - No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.

 

INTRODUÇÃO:

 

A história bíblica apresenta o povo de Israel como a semente abençoada e frutífera que, multiplicada sobre a face da terra, representaria o reino de Deus.

Da semente de Abraão, Deus suscitou um povo especial, exclusivo separado de todas as gentes, para ser o seu povo, o seu representante entre as nações.

Prevalece na história bíblica as promessas de Deus para com Israel, mas a revelação bíblica já predita no Antigo Testamento mostra que Deus resolveu criar um novo povo, diferente entre todos os povos, que é a Igreja.

 

  1. UNINDO JUDEUS E GENTIOS

 

Os VV. 11 e 12 apresentam as características das condições dos gentios no passado.

 

1.Sem o conserto (v. 11 ),

 

Paulo começa lembrando o passado com as palavras “noutro tempo” o que indica o estado espiritual anterior dos gentios.

Paulo apela a memória dos gentios crentes para a sua condição anterior a novo vida. “Gentios na carne” tem um sentido metafórico, uma vez que os gentios não tinham a obrigação da circuncisão que os judeus tinham já antes da lei.

A circuncisão tinha um sentido moral e religioso que tornava os judeus diferentes dos demais povos do mundo ( Gn 17. 9 – 14 ). A palavra gentio, também, tinha um sentido, pejorativo, racial e religioso tara os judeus.

Significava ser idolatra adoradores de deuses mortos. Por isso ser “gentio na carne” era não pertencer Á exclusividade do povo de Deus.

 

  1. Sem o sinal de exclusividade.

 

A circuncisão física era também um sinal, uma marca que distinguia os judeus daqueles que eram “chamados incircuncisão” ( v.11). O apostolo Paulo reforça o sentido da expressão “gentio na carne” quando diz que eles são “chamados incircuncisão”,

Os judeus empregavam o termo incircuncisão em tom depreciativo; eles criam que os gentios, pelo fato de não serem judeus e nem terem feito a circuncisão, estava fora das bênçãos, sem direito a nada diante de Deus.

O extremismo dos judeus era tal que tratavam os gentios de “cães”. 

Mas Paulo, pela revelação divina, entendeu que a circuncisão feita na carne se torna vã para receber a graça de Deus, e mostrar-lhes que a verdadeira circuncisão não é feita por mãos humana mas pelo Espírito Santo, ( Rm 2.28 e 29 ).

 

3.Sem Cristo, ( V.12 ).

 

Os gentios não tinham qualquer afinidade com o Messias dos judeus cristãos ainda não tinha uma completa compreensão da nova posição e privilégios em cristo, dos gentios salvos.

Entretanto Paulo desfez essa idéia de exclusivismo dos judeus sobre os direitos espirituais das bênçãos da salvação.

Cristo uma vez aceito como salvador e senhor, torna-se direito de todos, (Fl 2. 5 – 11), e o elo de reconciliação entre Deus e todos os homens, gentios e judeus, ( Cl 1. 19 – 23 ).

 

  1. Sem direito á comunidade de Israel, (v. 12 ).

 

Essa comunidade é o resultado   de um pacto entre Deus e o povo de Israel de um teocrático.

Isto é, um governo direto de Deus através de homens que o serviam como porta vezes da divindade.

Os gentios estavam fora desse pacto que só os judeus podiam participar.

Eram considerados “estranhos aos concertos” porque os concertos eram exclusivos com o povo de Israel e desconheciam a promessa de um Salvador que um dia viria para mudar a sorte de Israel e instalar um novo reino, ( Rm 9. 4 ).

 

  1. Sem “esperança e sem Deus no mundo”, ( v. 12 )

 

Condenados, cegos e escravos, os gentios não podiam esperar nada; por isso, não tinha esperança, Rm 2. 14 – 16 ).

A expressão sem Deus aparece no original grego como  atheoi que dá a idéia de que eles não possuíam um conhecimento verdadeiro de Deus.

Os gentios possuíam muitos objetos de culto, Istoé, muitos deuses, ( I Co 8. 4 – 6), mas desconheciam o único e verdadeiro Deus. Viver sem Deus pode indicar uma forma de ateísmo.

Mesmo que os homens neguem a existência de Deus, e outros vivem entregues aos ímpéctos do pecado, a Bíblia declara que há um certo grau de conhecimento de Deus em todo homem, ( Rm 1. 19 ). Inevitavelmente, todo o ser humano tem uma certa intuição da realidade de Deus dentro de si.

O espírito humano é dotado da capacidade de sentir o sobre natural.

Os gentios viviam se Deus porque não o conheciam, mas quando Jesus Cristo o fez conhecido por seu evangelho, eles o aceitaram, e o receberam e, têm os mesmos  privilégios dos judeus. Ambos os povos estão no mesmo nível de direito e privilégios diante de Deus.

 

  1. UNIDADE NO CORPO DE CRISTO.

 

  1. Antes estávamos “longe”; agora chegamos “perto” (v. 13).

 

É o paralelo entre a velha e a nova vida ( VV. 11 e 12), antes sem Cristo; agora em cristo, v. 13 , “longe” e “perto”  separados na carne” agora unidos no Espírito, (v. 18 ).

Esse contraste foi possível graças a obra expiatória de Cristo as barreiras foram quebradas.

 

  1. Antes, sem reconciliação; Agora temos paz com Deus, ( VV. 14 - 16

 

Em Cl 1. 20; aprendemos que a paz vem através do  sangue de Cristo na cruz, porque através da morte, reconciliou todas as coisas consigo mesmo, nos céus e terra.

Não tínhamos paz com Deus, mas Cristo uniu o homem a Deus, e propiciando-nos essa paz reconciliadora.

Através dessa paz El desfez as inimizades, ( V. 16 ).

 

  1. Antes éramos dois povos; Agora, somos um só, (V. 15).

 

O sentido da palavra homem neste versículo não é individual, Mas genérico.

A unidade espiritual de dois homens, judeu e gentio, isto é, dois povos, foi feita por Cristo em si mesmo.

Agora todos os que são salvos em Cristo Jesus, formam um só corpo, o corpo de Cristo a Igreja.

Por isso não pode haver ver mais diferenças nem privilégios, mas todos somos um só em Cristo.

 

  1. antes não tínhamos acesso ao Pai; agora em cristo isto é possível, ( VV. 18 e 19 ).

 

Nossos pecados eram a barreira de acesso ao Pai, mas Jesus expiou nossos pecados e abriu a porta á comunhão com o  Pai. Esse glorioso acesso tem a garantia da obra expiatória de Cristo, e é o Espírito Santo quem o possibilita ao Pai.

O Espírito Santo da testemunho entro do crente perante o Pai e Jesus Cristo.

Este acesso espiritual, mostra-nos  a Trindade Santíssima em ação na realização da salvação no ser humano, trazendo a unidade espiritual entre os povos como uma de suas bênçãos. 

Todos nós temos bênçãos  e privilégios comuns no corpo de  Cristo ( I Co 12. 12 0.

 

III. UNIDADE NA CONSTRUÇÃO DO EDIFICIO DE DEUS

 

Nos VV. 20 – 22 a Bíblia emprega a tipologia da família para ilustrar a relação do povo com Deus, e a tipologia de uma construção para ilustrar a participação individual de cada crente na edificação do reino de Deus.

Nestes versículos ele ilustra a construção de um edifício, no qual  os crentes são pedras vivas, e Cristo a Pedra angular, ( Sl 118. 22; Mc 12. 10; At 4. 11; I Pe 2. 7),

 

  1. O fundamento dos apóstolos e dos profetas, (v. 20 ).

 

Os profetas do Antigo Testamento profetizaram sobre Cristo e sua Igreja, e os profetas do N. T. confirmaram as antigas profecias.

Por isso os apóstolos e profetas representam a essência e cumprimento de tudo quanto Jesus ensinou.

Portanto, eles se constituem o fundamento desse edifício espiritual que ainda está em construção, e nós “pedras vivas”, somos edificados sobre este fundamento, Sl 118. 22; Mc 12. 10; At 4. 11; I Pe 2.7 ).

Toda Palavra de Deus revela a construção desse edifício espiritual a Igreja de Cristo.

 

  1. O lugar de cada crente no edifício de deus, ( VV.21 e 22. ).

 

Se somos “pedras vivas”, lapidada pelo Espírito santo, nos ajustamos perfeitamente neste edifício.

Somos colocados nele como pedras umas sobre as outras, isto indica uma obra progressiva e contínua.

Somos ajustados pelo Espírito Santo para sua morada.

Isto é, somos o templo do espírito no mundo.

 

CONCLUSÃO:

 

Deus nos uniu em Cristo para formar um novo povo, a Igreja.

Todos nós, os crentes, somos um povo especial, e, hoje, representamos e cuidamos dos interesse de Deus no mundo

 

Lição 06 - O Mistério da Vocação dos Gentios e o Apostolado de Paulo

 

Texto - Áureo: “A  saber, que os gentios são co-herdeiro, e de um mesmo corpo, e participante da promessa em Cristo pelo evangelho" (Ef 3.6).

Leitura Bíblica em Classe - (Ef 3.1-13).

 

Ef 3.1 - Por esta causa, eu Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios,

v.2 - se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada;

v.3 - como me foi este mistério revelado pela revela cão como acima, em pouco vos escrevi,

v.4 - pelo que, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo,

v.5 - o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como, agora, tem sido revelado pelo espírito aos seus santos apóstolos e profetas,

v.6 - a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho;

v.7 - do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder.

v.8 - A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo.

v.9 - e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;

v.10 - para que, agora, pela Igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,

v.11 - segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor,

v.12 - no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele.

v.13 - Portanto vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, que são a vossa glória.

 

INTRODUÇÃO:

 

Nos dois primeiro caps. da Carta aos Efésios, a Bíblia revela a profundidade do pecado e, a sua libertação mediante a obra expiatória de Cristo, destacando a sua obra maravilhosa da formação de um novo povo, derrubando as diferenças entre judeus e gentios. A igreja formada dentre as nações, é o novo povo de Deus.

No cap. 3, o apostolo apresenta como despenseiro da graça de Deus na revelação do grande mistério que é a Igreja.

 

  1. PAULO REVELA A SUA MISSÃO ESPECIAL

 

Em Ef 2. 22, Paulo declara dos crentes; “edificados para habitação de Deus”, por esta razão, Paulo foi levado a fazer uma segunda oração em favor dos destinatários dessa epístola, ( Cap. 3. 14 – 21 ). Antes, porém, ele se identificou de modo especial para que o crédito de sua mensagem não causasse duvida entre os efésios. Paulo começa o capítulo dizendo: “por esta causa”. Para referir-se a tudo quanto havia escrito anteriormente.

 

  1. Paulo, o “prisioneiro de Cristo”, (v. 1).

 

Na verdade, ao dizer-se prisioneiro, Paulo referia-se a dois lados dessa situação. Primeiro estava, de fato encarcerado numa prisão em Roma e, segundo essa prisão literal lhe dava oportunidade de servir a Cristo como seu “prisioneiro especial”. A expressão “prisioneiro de Cristo”, tinha o sentido de não poder fazer outra coisa, senão, pregar a Cristo Senhor e Salvador. Além disso, o fato de estar preso permitiu a Deus comunicar ao seu servo as poderosas verdades destinadas a ser a força e a inspiração de sua Igreja. Ele não lamenta a prisão, mas inverte a situação, e torna o seu cativeiro uma oportunidade para melhor servir ao Senhor.

 

  1. Paulo, o mordomo da graça de Deus, ( VV. 2 e 3 ).

 

Paulo assume o seu papel mais importante na missão que recebeu de Cristo que éo de ser mordomo da graça de Deus. É a tradução do termo original oikonomia que significa dispensação, administração dos bens de outrem, administrador de uma casa, mordomia no sentido bíblico. Paulo revela que seu ministério recebido da parte de Cristo era o de revela, dispensar, e mostrar o propósito da graça de Deus a todos os homens. Ele faz questão de afirmar que se tornou ministro do evangelho aos gentios, por isso era chamado “apostolos dos gentios”, (II Tm 1, 11; II Co 10. 1; Gl 5. 2,3; Cl 1. 23).

 

  1. Paulo o possuidor da revelação da graça de Deus, ( VV. 3 – 5 ).

 

Não era nenhuma presunção de Paulo frisar que o evangelho aos gentios lhe avia sido revelado especialmente para que fossem participantes dos privilégios do reino de Deus, tanto quanto aos judeus. A designação do seu ministério aos gentios foi revelada por profecia à um profeta chamado Ananias, quando o Senhor disse: “Vai porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel”, ( At 9. 15 ). No v. 9, a palavra demonstrar e mistério, estão intimamente ligadas. Paulo foi o revelador sob a direção do Espírito Santo, do mistério de Cristo, ( ITm 3. 16; I Co 12. 27; Ef 5. 32 ).

 

  1. Paulo o revelador das bençãos universais de Deus, ( VV. 5 e 6).

 

A razão pela qual Paulo enfatizava o direito às bênçãos de Deus em Cristo é porque muitos judeus Cristãos  tentava diminuir esses direitos dos gentios. Paulo não aceita as razões sem bases desses judeus e declara que todos, independentemente, de serem judeus ou gentios, tem os mesmos direito e privilegio ante a graça de Deus. Paulo testifica de modo enfático, que os gentios são “co-herdeiros e co-participantes do mesmo corpo de Cristo. Ao ingressarem no reino de Deus, mediante a obra  de Cristo no Calvário os gentios participam igualmente de todas as bênçãos. Eles não são cidadão de segunda categoria. Eles são participantes das promessas e formam um só corpo. Espirituais com os judeus, resultando na Igreja, ( I Co 12. 13; Ef 2. 13). Os gentios em Cristo foram feitos “povo de Deus, geração eleita, nação santa, povo adquirido juntamente com os judeus”.

 

  1. PAULO MINISTRO DA REVELAÇÃO DIVINA

 

No primeiro ponto desta lição, estudamos que Paulo declarou a sua missão especial como agente de revelação do mistério  da graça de Deus. Agora ele se identifica não apenas como receptor dessa revelação, mas como ministro do evangelho.

 

  1. Paulo, ministro da revelação divina ( v. 7 ).

 

As palavras iniciais do v. 7, são uma continuação da declaração que Paulo havia feito no v. 6, ao afirmar que os gentios eram co-herdeiro e co-participante das bênçãos do evangelho. Desse modo Paulo considerava seu ministério um grande privilégio, porque fora feito ministro, não por qualquer mérito ou dignidade, mas “segundo a operação do seu poder”. Paulo, desde o início do seu ministério sofreu da prte dos judeus e dos gentios, mas superou as dificuldades e manteve-se como aquele que recebeu de Deus a missão de ministrar a graça de Deus aos gentios e, também aos gentios

 

  1. A revelação que Paulo menciona, ( v, 8 ).

 

Diante da magnitude das revelações recebidas de Deus, Paulo se diz “o menor de todo os santos”. A grandeza e alcance dos mistérios de Cristo eram maiores do que ele podia compreender. Quando fala de “riquezas incompreensíveis de Cristo”, ele sabia quão insondáveis eram essas riquezas espirituais. Era algo que superava qualquer conhecimento humano. Tudo que refere-se à gloria de Cristo, sua divindade, sua glória moral, e sua glória meritória na cruz do Calvário tem um valor incalculável. “O privilégio de Paulo era pregar aos gentios a Cristo como Salvador e declará-los incluídos como participantes das bênçãos de Cristo, ( At 9. 15; 22. 21; 26. 17; Rm 11. 13; 15. 16 – 2; Gl 2. 7 -9).

 

  1. O mistério da salvação “estava oculto em Deus”.

 

Em sua presciência, Ele estabeleceu o tempo da revelação do mistério da salvação através de Jesus Cristo. O V. 10,declara que “Agora” a Igreja se constituiu na proclamadora da revelação, o que indica que, ela sempre fez parte do plano divino. A Igreja não foi uma obra acidental de Deus; ela foi criada antes de todos os tempos e manifestada através de Jesus. Outrossim, essa revelação não ficava restrita aos homens, pois diz o v. 10, que também, os anjos  ( “principados e potestades”) teriam conhecimento dessa revelação através da Igreja. O v. 11, afirma que o mistério foi revelado “segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus”. Esse eterno propósito divino, antes de todos os tempos, já tinha Jesus Cristo como a razão de tudo. Tudo quanto foi criado por Deus teve a sua elaboração na eternidade.

 

  1. Três palavras especiais; ousadia, acesso e confiança, ( v. 12 ).

 

Essas três palavras tornam possível nossa comunhão mais profunda com Deus. Não há como entrarmos na presença de Deus senão com “santa ousadia”. O acesso, diz respeito a nossa entrada na presença, (Ef 2. 18; Rm 5. 2 ). E, a palavra “confiança” envolve a nossa fé em Deus.

 

CONCLUINDO:

 

Podemos dizer que, valorizemos mais o privilégio de sermos participantes, a Igreja do Senhor. Desfrutemos das riquezas divinas ao nosso alcance, mas não somente isso. Proclamemos ao mundo a salvação que há em Cristo Jesus, a qual nos alcançou;

 

 

Lição 07 - A Oração de Paulo pelos Efésios

 

Texto - Áureo: Por causa disso me ponho de joelho perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 3.14).

 

Leitura Bíblica em Classe - (Ef 3.14-21).

 

Ef 3.14 - Por causa disso me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,

v.15 - do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome,

v.16 - para que, segundo as riquezas da sua glória vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior,

v.17 - para que Cristo habite pela fé, no vosso coração; a fim de estando arraigados e fundados em amor,

v.18 - poderdes perfeitamente compreender com todos os santos, qual seja a largura, e o cumprimento, e a altura e a profundidade,

v.19 - e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.

v.20 - Ora aquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente alem daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,

v.21 - a esse glória na Igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre, Amém!

 

INTRODUÇÃO:

 

Ter o nosso “homem interior fortalecido” “fortalecido com poder” pelo Espírito é ter nossos sentimentos, pensamento e propósito colocados cada vez mais sob sua influência e orientação, de tal maneira que o Espírito possa manifestar seu poder através de nós, em medida cada vez maior.

O propósito desse fortalecimento pelo espírito é quádruplo;

(1) que Cristo estabeleça a sua presença em nossos corações, ( VV. 16 e 17; Rm 8. 9 e 10).

(2) Que sejamos fundamentados em amor sincero a Deus  a Cristo e ao próximo.

(3) Que compreendamos e experimentemos em nossa vida o amor de Cristo, ( VV. 18 e 19).

(4) que sejamos  cheios de toda a plenitude,  de Deus. (V. 19).

 

Isto é que a presença de Deus nos encha de tal modo que reflitamos e manifestemos desde o intimo de nosso ser, o caráter e a estatura do Senhor Jesus Cristo, 4.13,15, 22-24.

 

  1. A FORMA IDEAL PARA A ORAÇÃO

 

  1. A razão da oração, ( v. 14).

 

Não devemos nos apresentar diante de Deus para orar sem objetivos definidos. Precisamos saber sobre o que vamos orar. Nesta oração Paulo da certeza de ter descoberto a força moral e espiritual para estar na presença de Deus em oração. Ele ora porque se extasia diante das revelações dos “mistérios espirituais” guardados na eternidade e só revelados agora. Não se tratava de uma mera oração de petição, era uma oração de participação nos segredos de Deus.

 

  1. A postura na oração ( V. 14 ).

 

Nem sempre os judeus ficavam de joelhos para orar, pois a postura usual deles era de pé. As muitas religiões pagãs usam a posturas “de joelhos”, por isso, os judeus procuravam ser diferentes. O que importa na oração, não é a postura física, mas a atitude do coração de quem ora. Pôr-se de joelho para orar pode indicar submissão e humildade perante o senhor. Não há uma postura determinada na Bíblia para orar, mas encontramos várias posturas distintas, dentre as quais, o dobrar os joelhos. Não se dogmatizou biblicamente uma ou mais posturas físicas para orar. Naturalmente, a melhor postura é aquela que vem de dentro dos nossos corações. Jesus deu o exemplo em oração, mas orou em Pé, de joelhos, e até sentado certamente, ( Mc 11. 25; Lc 18. 11 e 13; Mt 26. 39 ). Orar de joelho era uma forma comum, ( Sl 95 . 6; I Rs 8. 54; At 7. 60; 9. 40; 20. 36; Lc 22. 41).

 

  1. O endereço certo da oração, ( v. 14 ).

 

Há uma inter-relação entre as três pessoas da Trindade. Por isso, quando oramos a Deus nos dirigimos ao Pai, em nome de Jesus e o Espírito santo confirma no íntimo do crente as orações feitas. ( Vejamos com atenção, talvês já leste; a introdução da lição  de nº0 4; da primeira parte da  apostila de  1º e 2º  carta aos Coríntios). Que diz: Ao estudarmos sobre a segurança do Novo Pacto, temos em vista o “símbolo” apresentado – a Ceia do Senhor – comumente chamada Santa Ceia. Porque o Senhor Jesus ao encerrar seus dias na terra e completar a sua obra, deixou duas ordens sagradas para sua Igreja. Uma ordenada em nome da Trindade – o batismo, (Mt 28.19). E outra em sua memória, ( Mt 26. 26 – 30). A Ceia do Senhor, em seu próprio nome. Nenhum outro ato deve ser feito em nome da Trindade, e os que assim fazem não encontrarão apoio na Bíblia. Convém notar. Que há somente duas ordens sacras, que os teólogos classificam como sacramentos. Nem mesmo a oração; não deve ser feita em nome da Trindade. Vejamos; mas em nome de Jesus: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”, (Jo 15.7); “E tudo o que pedirdes em meu nome eu o farei para que o Pai seja glorificado no Filho”, ( Jo 14. 13), a oração em nome de Jesus abrange pelo menos duas coisas;

 

(1)= orar em harmonia com sua pessoa, caráter e vontade;

(2) = orar com fé em Cristo, na sua autoridade e com o fim de glorificar tanto o Pai como o Filho, ( At 3. 16 ).

 

Orar realmente em nome de Jesus equivale a dizer que Ele ouvirá a qualquer oração como Ele mesmo oraria.Não há limite para o poder da oração quando ela é dirigida ao Pai, em nome do Senhor Jesus, ( Mt 17. 20 ). “Se pedirdes alguma coisa em meu nome eu o farei”, (Jo 13. 14 ). Ele é o Pai amoroso que ouve as nossas orações como a filhos. Nosso espaço tanto na mente como no papel é mui aquém para falarmos ou comentarmos sobre todo o conteúdo deste maravilhoso estudo; “oração em nome da Trindade, ou no nome de Jesus!!

 

  1. A relação paterna – familiar entre Deus e a Igreja, ( V. 15).

 

Uma das grandes bênçãos alcançadas pelos crentes o de fazer parte da grande família de Deus. O texto diz, do qual toda a família nos céus e na terra, “toma o nome”, indicando que a família de Deus inclui anjos, e homens, especialmente, os que participam da vida em família. Naturalmente, os anjos que se rebelaram contra o criador e todos os seres humanos não redimidos não fazem parte da família e Deus. Porém, na terra, a Igreja constituída dos filhos de Deus, os quais tornaram filhos por adoção em Cristo Jesus, ( Jo 1. 12 ).

 

  1. A VIDA DE PLENITUDE PELA ORAÇÃO;

 

A palavra “plenitude” na linguagem bíblica tem uma impor - tância extraordinária, porque se refere a tudo que é completo, total, absoluto, cabal. A plenitude de Deus se manifesta dentro deste texto de modo especial ( v. 16 ) porque a Trindade divina participa dela. Por isso, todos queremos ser cheios de Deus, do seu conhecimento e do seu poder.

 

  1. A fonte da plenitude, ( v. 16 ).

 

Paulo aponta  a Deus Pai, Senhor e originador de todas as riquezas como  a fonte de toda a plenitude, ( Ef 1. 7, 18 ). A epístola contém varias vezes a expressão “riquezas”, para indicar que as coisas de Deus não têm limites, e não tem medidas, mas são abundantes e infindáveis. Noutras epístolas do mesmo escrito aparecem a mesma  expressão, ( Rm 2. 4; 9. 23; Fl 4.19; Cl 1. 27; 2. 2; I Tm 6. 17). Ora. Deus é pleno de gloria, poder, de autoridade, de majestade, pois Ele é o Pai da glória (Ef 1. 7 ). Todas as glórias lhe pertencem e só Ele pode compartilhar sua glória com suas criaturas.

 

  1. A riqueza do seu poder, pelo Espírito, ( v 16 ).

 

Outras versões da Bíblia fortalecem ainda mais o significado deste versículo ao usarem as palavras “robustecidos” e “fortalecidos”, “fortalecidos” no lugar de “corroborados. Paulo sabia que a pratica da oração é sempre é  muito difícil. É uma atividade da vida cristã que enfrenta mais obstáculos. Por isso, o crente precisa do poder do Espírito para orar e enfrentar o mundo. Paulo sabia das dificuldades de se viver uma vida cristã vitoriosa e, para tanto, ele orou para que os efésios fossem corroborados com poder. Não era uma oração pedindo que o espírito viesse para as suas vidas, porque o Espírito vive na vida intima do crente, mas sim, que os tornasse aptos para enfrentar a oposição dos poderes do mal. Esse poder não vem de nós mesmos, mas de Deus, ( Ef 2. 8 e 9 ).

 

  1. A riqueza da habitação de Cristo no coração, ( v.17).

 

Não se trata aqui, de Cristo entrar e habitar novamente no coração do crente, como se Ele fosse um estranho. É antes de tudo, a capacitação do crente por Deus, para sentir e experimentar a presença desse Cristo dentro da sua vida, fazendo fluir essa experiência, para fora, como testemunho vibrante. Note isto, que é “pela fé” e não pelos sentimentos que se sente a presença de Cristo dentro de nós. A fé torna-se aqui a chave para a experiência maravilhosa com Cristo dentro de nós. Sua presença fluí para fora em alegria de viver, em prazer de servir-lo.

 

  1. A riqueza de ser arraigado e fundado em amor ( v. 17 ).

 

As palavras “arraigados” e “fundados” podem ter sugerido na mente do apóstolo, duas lembranças;  a videira e o templo. “Arraigar” relembra uma planta e suas raízes que lhe dão suporte, Jesus utilizou a videira para ser figura da Igreja, ( Jo 15. 1- 5 ). Ser arraigado como cristão é ser aprofundado em Cristo, que, neste caso é o solo no qual estamos plantados. O amor é a manifestação frutífera dessa arvore. O termo “fundado” lembra uma constrtução e o seu fundamento. Para os judeus a construção mais suntuosa era o templo em Jerusalém. A Igreja é o grande edifício de Deus na terra; nós, os salvos  como templo espiritual de Deus, estamos construídos e fundado em Cristo. É o mesmo que alicerçados. Nossa vida cristã estará segura se estiver fundada e alicerçada em Cristo.

 

III. UMA COMPREENSÃO PERFEITA PELA ORAÇÃO

 

  1. “Para poderdes perfeitamente compreende”, ( v. 18 ).

 

Estas palavras fazem parte do conteúdo da oração de Paulo, Nos VV. 16 e 17,, ele ora por poder interior na vida dos crentes; agora, nos VV. 18 e 19, ele ora para que os crentes compreenda a importância da  presença de Cristo em suas vidas. A idéia centrar desse último pedido é que, pelo Espírito, eles possam ter um pleno entendimento da verdade e conhecê-la por experiência pessoal. Por isso, ora para que “eles sejam arraigados e fundados” no conhecimento de Cristo. Essa compreensão não é concedida por mérito pessoal de ninguém, mas é possível a todo o Crente que ama o Senhor Jesus.

 

  1. As dimensões, do amor de Cristo ( v. 18 ).

 

O conhecimento dessas dimensões é dado “a  todos os santos”; não a elementos isolados no contexto da Igreja, porque envolve todo o corpo de Cristo na terra. Os termos específicos do v. 18, falam da abrangência desse amor, em largura, comprimento, altura e profundidade. Quem poderá medir o amor de Cristo? Não há como nem imaginar essas dimensões. Quem poderá penetrar na profundidade do amor de Cristo, o qual sendo Deus, fez-se homem e humilhou-se até morte, e a morte de cruz para expiar nossos pecados e prover nossa comunhão com o Pai.

 

  1. Cheios de toda plenitude Deus ( v. 19 ).

 

Plenitude é uma palavra característica de Efésios. Outros termos encontrados na epístola como: “buscar” “conhecer”, “corroborar”, “compreende”, “entender”, reforçam o ensino paulino de que precisamos ser cheios de Deus. Mesmo estando cheios da plenitude de Deus,Paulo deixou claro que devemos continuar a nos encher do Espírito, e a Igreja, embora seja a plenitude de Cristo, ainda deve crescer nEle, até atingir a sua plenitude. Portanto é um tipo de plenitude em que estamos completos em Cristo, mas que podemos crescer na ppropria plenitude.

 

CONCLUINDO:

 

Podemos dizer, que os VV. 20 e 21 envolvem a parte conclusiva da oração de Paulo. Na verdade, Paulo reconhece a soberania de Deus e lhe oferece o seu preito de gratidão. Diariamente somos confrontados com inimigos espirituais e precisamos renovar nossa plenitude em Cristo. Conhecer o amor de Cristo que excede a todo o entendimento é uma meta que todo o crente deve buscar alcançar.

 

 

Lição 08 - A Unidade da Fé

 

Texto - Áureo: “Há um só corpo e um só espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação” (Ef 4.4).

Leitura Bíblica em Classe - (Ef 4.1-13).

 

Ef 4.1 - Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que foste chamado,

v.2 - com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, em amor,

v.3 - Procurando guardar a unidade do espírito pelo vinculo da Paz:

v.4 - há um só corpo, e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;

v.5 - um só Senhor, uma só fé, um só batismo;

v.6 - um só Deus  e Pai de todos, o qual é sobre todos e por todos, e em todos.

 

INTRODUÇÃO:

 

No cap. 4, Paulo faz uma transição, passando do aspecto doutrinário teológico tratado nos três primeiro caps., e parte para a doutrina dos deveres cristãos. Ele une doutrina e serviço para fortalecer a plasticidade do cristianismo instituído por Cristo. Portanto, o cristianismo não é constituído de um punhado de teorias, mas de deveres, isto é, a prática da doutrina ensinada. Nos primeiros dez versículos deste capítulo, Paulo sai do “todo” e parte para a individualidade.

 

  1. UM ANDAR DIGNO DA ALTA POSIÇÃO

 

  1. O enfático convite para participar da unidade, ( V. 1 ).

 

Paulo começa com “rogo-vos”, que no original é parakaleo, que significa “chamar para estar ao lado de alguém para auxiliar”. O apóstolo faz, de fato, um apelo veemente com o sentido de encorajar e exortar aos crentes que tomem uma atitude no sentido de participarem da vida cristã em unidade. Ele se identifica, mais uma vez, como “o preso do senhor” para fazer entender um duplo sentido. Ele era “o preso do Senhor” por amor a Cristo, mas também preso fisicamente por causa de sua lealdade a Ele, e ao evangelho que pregava. Mesmo estando distante, Paulo sentia-se unido aos irmãos em todas as igrejas.

 

  1. A vocação cristã, ( V. 1 );

 

A palavra “vocação” neste versículo, tem um sentido de chamamento, aquele que nos trouxe  para a salvação. A Bíblia destaca três sentidos especiais sobre a “vocação com que foste chamado”; é soberana, Fl 3. 14 ), é santa, ( II Tm 1. 9; é celestial ( Hb 3. 14 ).

 

  1. A dignidade da vocação cristã,( v. 1 ).

 

A palavra digno, aqui refere-se ao comportamento do crente de modo a corresponder ao que Cristo tem feito por ele. Andar dignamente na vida cristã significa que, quando fomos chamados do mundo para formar um povo santo e especial, Deus quer que manifestemos nossa unidade espiritual, como é o caso de judeus e gentios, e vivamos uma vida digna da vocação divina de que fomos alvo. Agora Paulo passa do ensino doutrinário para a vivencia nesse ensino na vida diária do crente, Cl 1. 9 e 10; que diz: “Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda sabedoria e inteligência espiritual; Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus;

 

  1. QUALIDADES DA UNIDADE EM CRISTO

 

  1. O andar e o serviço do crente, ( VV. 1 – 5 e 17).

 

Neste ponto encontramos as qualidades espirituais que caracterizam o crente que anda de “modo digno da vocação” ( VV. 1 e 2 ), são quatro as qualidades da unidade em Cristo que devem ser cultivadas pelo cristão. Elas evitam que o poder da carne tome espaço na vida do crente. Elas sustentam a unidade espiritual do crente em Cristo, tais como humildade, mansidão, longanimidade e tolerância mútua (“suportando-vos  uns aos outros”).

 

  1. a) humildade (v.2). É impossível que o nosso andar seja digno dessa vocação sem humildade. Essa qualidade tem a ver com a adequada e justa maneira de nos ver diante de Deus. Ninguém é digno dessa chamada com presunção e orgulho. É preciso reconhecer-se dependente de Deus. Na língua original do Novo Testamento a palavra humildade significa “modéstia”. É uma qualidade que repudia o orgulho e o egoísmo. A Igreja sempre tem unidade quando os seus membros agem com humildade, ( Sl 138. 6; Pv 11. 2; Mt 11. 29; Tg 4. 6 ).

 

  1. b) mansidão, (v.2). Esse termo significa literalmente, “gentileza”, “cortesia”, “consideração”. É uma qualidade importantíssima para a preservação da unidade do corpo de Cristo, pois o inverso da mansidão é exasperação. A mansidão não discute, nem resiste, nem teima contra a vontade de Deus. A mansidão não deve ser confundida com a atitude covarde, nem como falta de energia para tomar decisões. A mansidão é uma virtude cristã, que pode ser produzida pelo Espírito Santo em nosso caráter para agirmos com brandura nas horas de conflito, (II Sm 16.11; Gl 6.1; IITm 2.25; e Tt 3.2).

 

  1. c) Longanimidade, (v.2), Esta palavra tem sua raiz no latim longanimitate, que se traduz por duas outras palavras,”longo” e “animo”. A humildade e a mansidão transmitem a idéia de “suportar-nos uns aos outros em amor” para se viver em humildade. A longanimidade requer o equilíbrio nas ações em momentos adversos ( Tg 5. 10). Num mundo de tanto ódios, rancores, exasperações, a longanimidade se constitui numa qualidade vital para sobrevivência, especialmente para a unidade do corpo de Cristo. O longânime não se precipita em vingar o mal nem revidá-lo, (Mt 5.3,5,7; ICo 13.4; Gl 5.22; Cl 3.12).

 

  1. d) Paciência, (v.2); O ato de suportar as fraquezas dos outros exige do crente uma disposição altruísta, isto é, requer dele uma atitude que deseja para os outros aquilo que deseja para si mesmo. É a capacidade de tolerar os mais fracos. Ela é adquirida através do Espírito Santo que vive no crente; quando temos o verdadeiro amor tornamo-nos tolerantes, paciente, e amáveis. Paulo escreveu, e nós já estudamos e já comentamos; no item III. Da lição de numero 11, na 3ª parte de 1ª e 2ª aos Coríntios; o amor em ação, que o amor é paciente, ( I Co 13. 4 – 6 ).

 

  1. e) A preservação da unidade do Espírito, ( V. 3). “A unidade do espírito” não pode ser criada por nenhum ser humano. Ela já existe para aquele que creram na verdade e receberam a Cristo, conforme o apostolo proclamou nos capítulos. (1-3). Os crentes devem guardar e preservar essa unidade, não mediante os esforços ou organizações, humanos, mas pelo andar como é digno da vocação com que foste chamados, (v.1). A unidade espiritual é mantida pela lealdade à verdade e o andar segundo o Espírito, (vv.1-3,14,15; Gl 5.22-26). Não pode ser conseguida pela carne, (Gl 3.3). São todas as qualidades apresentadas no v. 2, quando produzidas pelo Espírito Santo. A prática delas fortalece a unidade da Igreja pelo Espírito mediante o vinculo da paz. A paz é o elo que une cada crente com os outrospelo Espírito. E o vinculo entre Deus e o crente é a unidade do Espírito, a qual não é produzida pelo homem, por qualquer esforço humano.

 

III. SETE UNIDADES A SEREM MANTIDAS.

 

A  unidade do Espírito é firmada na unidade da Trindade divina. Nos VV. 4 – 6; encontramos algumas expressões que confirma a umidade da Trindade, tais como: Um só Espírito, V. 4; um só Senhor, v. 5; e um só Deus e Pai v. 6; Para que haja um só corpo, a Igreja. o exemplo maior é o da trindade. Porem, a lição que Paulo queria ensinar nos VV. 4 – 6; é sobre o tipo de unidade que mantém a Igreja,  que é a unidade da fé e doutrina.

 

  1. Há um só corpo, ( v. 4 ).

 

O texto de Ef 2. 15 e 16, representa o retrato da criação da igreja, sob a linguagem figurada do “novo homem” que forma um corpo, o corpo místico de jesus.

A igreja é a constituição de milhões de membros no mundo inteiro a formar, “um só corpo”, ( Rm 12. 5; I Co 10. 7; 12. 12 – 30).

Somos um só corpo,  independente das das diferentes denominações evangélicas, com exceção das falsas igrejas cristãs. Temos uma só cabeça espiritual, Cristo.

 

  1. Há um só Espírito, (v.4).

 

A Igreja tem a vida do Espírito Santo, assim como o corpo dinamizado pelo espírito humano, o corpo de Cristo é dinamizado pelo Espírito Santo. É Ele a terceira pessoa da Trindade, que dá vida ao corpo de Cristo. Só faz parte desse corpo os regenerados pelo Espírito, II Co 5. 17; Rm 8. 9, 11;I Co 12. 12).

 

  1. Há uma só esperança, (v.4).

 

A “esperança da nossa vocação”. Quando Deus nos chamou para a salvação, tornou possível o nosso futuro em Cristo. De que valeria o cristianismo se existisse somente o hoje, e nunca o amanhã. A obra que Cristo realizou no Calvário nos propiciou a esperança da glória. Esta esperança vem da Bíblia a qual nos assegura que um dia teremos a libertação do corpo de pecado e a obtenção de um corpo espiritual e glorioso, o qual jamais terá dores e morte, ( I Ts 4, 16 -18; I Co 15. 44,52-54; Cl 3. 4 ).

 

  1. Há um só Senhor, ( v. 5 ).

 

Uma parte essencial da fé e unidade cristã é a confissão de que há “um só Senhor”:

 

(1) “Um só Senhor” significa que a obra da redenção que Jesus efetuou é perfeita e suficiente e que não é necessário nenhum outro redentor ou mediador para dar ao crente salvação completa, ( I Tm 2. 5 e 6;Hb 9. 15; O crente deve aproximar-se de Deus, somente através de Cristo, ( Hb 7. 25 ).

 

(2) Um só Senhor significa também, que devotar lealdade igual ou maior a qualquer autoridade secular ou religiosa) que não seja Deus, revelado em Cristo, e na sua Palavra inspirada, é a mesma coisa que recusar o senhorio de Cristo, e, portanto, da vida que somente nEle existe. Não pode haver nenhum senhorio de Cristo e nem unidade do Espírito, ( v. 3 ) a parte da afirmação de que o Senhor Jesus é a suprema autoridade para o crente, e de que esta autoridade lhe é comunicada na Palavra de Deus.

 

  1. Há uma só fé, v. 5;

 

Trata aqui do nosso credo, aquela fé racional e espiritual que produz a vida, diz respeito ao corpo de doutrina da Bíblia que rege a vida cristã, ( Gl 1. 23; I Tm 3. 9; 4. 1;  II tm 6. 7; Jd 3). A Igreja rege e obedece a uma só fé, isto é, tem uma só doutrina.

 

  1. Há um só batismo, ( v. 5).

 

Trata-se é evidente, do batismo como  sinal físico e simbólico da nossa entrada no corpo de Cristo, e esse batismo e o realizado por emersão em águas; É o símbolo do sepultamento de um ser humano morto para o mundo: “ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte”? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo; na morte, Para que, como cristo ressuscitoudos mortos , pela Glória do Pai, assim andemos nós também, em novidade de vida, ( Rm 6. 3 e 4 ).

 

  1. Há um só Deus e Pai de todos, V. 6 ).

 

Em sentido geral e correto a afirmação segundo a qual “Deus é Pai de todos nós”. Evidentemente Deus é Pai de todos, mas não o é em um mesmo nível de relacionamento, por exemplo: ... (leiam mais a respeito, na apostila); “Emenda da disciplina”, aproveitando o gancho, como diz o provérbio popular; (Essa apostila não sairá  como lição de E. D,  e sim como um capítulo de um livro. Ela fará parte do livro que tem como titulo: “DISCIPLINA”, POR ISSO A “EPÍGRAFE” É EMENDA DE DISCIPLINA. Falaremos mais, na ocasião em que haver seqüência do mesmo. Até por lá!

 

CONCLUINDO:

 

Podemos dizer que, cada crente, em particular tem responsabilidade na preservação da unidade do corpo, colocando em pratica as qualidades que sustentam essa unidade; humildade, mansidão, longanimidade e paciência;

 

 

Lição 09 - Os Dons do Cristo Ressuscitado e seu Propósito

 

Texto - Áureo: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores” (Ef 4.11).

Leitura Bíblica em Classe - (Ef 4.7-16).

 

Ef 4.7 - Mas a graça foi dado a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.

v.8 - Pelo que diz: subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens.

v.9 - Ora, isto ele subiu – que é, senão que cristo senão que também, antes tinha descido as partes mais baixa da terra?

v.10 - Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas.

v.11 - E ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,

v.12 - querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,

v.13 - até que todos cheguemos á unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, a medida da estatura completa de Cristo,

v.14 - para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina , pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.

v.15 - Antes seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.

v.16 - do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxilio de todas as juntas segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.

 

INTRODUÇÃO: 

 

A Bíblia nos revela três classes de dons espirituais: os dons de Deus Pai, os dons de Cristo e os dons do Espírito. Vamos estudar os dons de Cristo.

Esses dons são ministeriais, concedido por Cristo para fortalecer o seu corpo que é a Igreja.

Constituem-se em bênçãos vitais ao desenvolvimento sadio da Igreja através dos seus membros.  

 

  1. ELEMENTOS DA UNIDADE DO ESPÍRITO NAIGREJA ; . A graça concedida para a unidade da Igreja, ( V. 7 ).

 

Deus concedeu sua graça à Igreja, não de modo coletivo, mas individualmente. É uma concessão especial da parte de Deus para manter o ritmo normal das atividades do corpo de Cristo.

 

  1. A razão da unidade do Espírito na Igreja, ( v. 8 ).

 

Paulo procura mostrar, porque Jesus tornou-se apto para “dar dons aos homens”. Ele começa contando a história intima do Calvário; aquela que os homens não puderam ver entre a sua morte e a ressurreição. Paulo teve a revelação dessa história e inicia declarando: “Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens”. O Espírito Santo levou Paulo a fazer aqui uma analogia a base do Sl 68. 18, que ilustra um guerreiro vencedor que leva cativos seus vencidos e os despoja de suas armas. Foi assim Jesus,  o guerreiro vencedor do Calvário venceu a morte e a sepultura. Esse texto é também, uma declaração profética acerca da vitória de Cristo e sua ascensão.

 

  1. A vitória de Cristo sobre o pecado a morte e o inferno (VV. 8 -10).

 

“Subindo ao alto” fala de sua ascensão e volta ao seio do Pai. A expressão “levou cativo o cativeiro” significa que Cristo, antes de ter subido “ao alto” desceu “as partes mais baixa da terra” ( v. 9). É uma linguagem metafórica acerca do inferno, lugar invisível dos mortos, identificado na Bíblia como estado intermediário, ( Lc 16. 19 – 31; At 2. 24 – 33 ). Jesus ao morrer na cruz, em algum momento seu espírito desceu ao inferno e tomou de Satanás as suas chaves, e levou cativo o cativeiro isto é transladou os santos para a presença de Deus, onde aguardam a ressurreição de seus corpos. O pecado perdeu a sua força na vida do crente, porque Cristo o derrotou na sua morte, ( Rm 6. 14; Hb 9. 15 ). A morte perdeu o domínio da sepultura porque Cristo ressuscitou poderosamente dentre os mortos,  ( Ap 1. 17 e 18 ).

O inferno perdeu o seu domínio sobre o crente. Por isso, quando morre, a alma e o Espírito descansam  com Cristo enquanto aguardam o gloriosa ressurreição do seu corpo.

 

  1. OS DONS ESPECÍFICO PARA A UNIDADE DA IGREJA;

 

Mediante sua vitoria no Calvário Jesus conquisto o direito de conceder dons à Igreja, v, 8 ). A ordem dos dons da listagem do v. 11; não é uma evidencia de hierarquia no ministério cristão. Cada dom de Cristo é concedido afim de produzir a unidade, a maturidade e a perfeição dos salvos, ( VV. 11 e 12).

 

  1. Apóstolos.

 

O titulo “apóstolo” se aplica a certos lideres cristãos no N. T.  O verbo apóstello significa enviar alguém em missão especial como mensageiro e representante pessoal de quem o envia. O titulo é usado para Cristo, Hb 3. 1; os doze discípulos escolhido por Jesus, ( Mt 10. 2; o apóstolo Paulo, (Rm 1. 1; II Co 1. 1; Gl 1.1; e outros (At 14. 4,14; Rm 16. 7; Gl 1. 19; 2. 8 e 9; I Ts 2. 6 e 7). (1) = O termo “apostolo” era usado no N. T. em sentido geral para um representante designado por uma igreja, como por exemplo; os primeiros missionário cristãos. Logo no Novo Testamento o termo se refere a um mensageiro nomeado e enviado como missionário ou  para alguma outra responsabilidade especial, ( At 14. 4 e 14; Rm 16.7 II Co 8. 23; Fl 2. 25). Eram homens de reconhecida e destacada liderança espiritual ungido com poder para defrontar-se com os poderes das trevas e confirmar o Evangelho com milagre. Cuidavam do estabelecimento de igrejas segundo a verdade e pureza apostólicas. Eram servos itinerantes que arriscavam suas vidas em favor do nome de nosso Senhor Jesus Cristo e da propagação do evangelho, (At 11. 21 – 26; 13. 50; 14. 19 – 22,25,e26; Eram homens de fé e de oração, cheios do Espírito, ( At11. 23 – 25; 13. 2 – 5, 46 a 52  ; etc.

 

  1. Novamente; Apóstolos,

 

No sentido geral continuam essenciais para o propósito de Deus na Igreja. Se as igrejas cessarem  de enviarem pessoas assim cheias do Espírito Santo a propagação do evangelho em todo o mundo ficará estagnada. Por outro lado, enquanto Igreja produzir e enviar tais pessoas cumprirá a sua tarefa missionária e permanecerá fiel à grande comissão do Senhor, ( Mt 28. 18 – 20).

 

  1. O termo apostolo,

 

Também é usado no N.T. em sentido especial, em referência àqueles que viram Jesus após a sua ressurreição e que foram pessoalmente comissionados por ele a pregar o evangelho e estabelecer a Igreja (e.g., os doze discípulos e Paulo). Tinham autoridade impar na Igreja, no tocante a revelação divina e a mensagem original do evangelho, como ninguém, mas até hoje, Ef 2. 20; O ministério de apóstolo nesse sentido restrito e exclusivo, e dele não há repetição. Os apóstolos originais do N. T. não tem sucessores,( I Co 15. 8; ver nota, (Bíblia de Estudo Pentecostal). Não há qualquer ensino no N. T. afirmando que o dom de apostolado tenha ficado restrito aos tempos primitivos. Esse ministério em nossos dias não deve ser confundido com títulos meritórios conferidos a pastores por tempo de pastorado. Pois, é um ministério de enviados pelo Espírito Santo, desbravadores para o reino de Cristo.

 

 

Lição 10 - A Santidade Cristã é Oposta aos Costumes dos Gentios

 

Texto - Áureo: “E vos revistais do novo homem, que, segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade”, (Ef 4.24).

Leitura Bíblica em Classe - Ef 4.17-24

 

v.17 - E digo isto e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade do seu sentido,

v.18 - entenebrecido no seu entendimento, separados da vida de Deus, pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração,

v.19 - os quais, havendo perdido todo o sentimento se entregaram à dissolução, para, com avidez, cometeram toda  impureza.

v.20 - Mas vós não aprendeste assim a Cristo,

v.21 - se é que tendes ouvido e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus,

v.22 - que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem que se corrompe pelas concupiscências do engano,

v.23 - e vos renoveis no espírito do vosso sentido,

v.24 - e vos revistais do novo homem, que segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade.

 

INTRODUÇÃO:

 

Paulo começa o cap. 4 com um apelo para que andemos dignamente no sentido de preservar a unidade do Espírito, (vv.1-3).

Agora no v. 17 do mesmo cap. Paulo apela para que andemos com um comportamento que seja diferente dos praticados pelos gentios, isto é; pelos não crentes.

O novo “andar  em Cristo”, afeta as nossas atitudes, hábitos e linguagem.

 

  1. UM NOVO ANDAR

 

  1. Não devemos andar como o homem natural, (vv.17-19).

 

Que é o homem natural? É o  gentio não regenerado.

O homem natural é todo aquele que está sob a égide da natureza pecaminosa.

“Andar na vaidade do seu sentido”, significa andar e viver na futilidade e sem propósito na vida.

A vaidade da inteligência humana faz com que a pessoa subestime e viva distanciado dos valores éticos, e, portanto entregue as paixões da sua carne.

A Bíblia mostra, aqui, ( VV. 17 e 18 ), que uma mente vaidosa leva a um raciocínio tenebroso e um coração endurecido.

O homem natural é o típico gentio sem Cristo não convertido, (Rm 1. 21 – 32 ). 

 

  1. Devemos nos despojar do velho homem, (vv.20-22).

 

O v. 20 começa reprovando as atitudes do homem natural   e diz: “vós não aprendeste assim a Cristo.

Isso significa que como crentes temos uma nova ordem  de vida.

As essências dos ensinos de Cristo também estão nos ensinos de Paulo e dos demais apóstolos inspirados pelo Espírito Santo.

O novo andar é o santo viver como nova criatura em Cristo. É um despojamento total da velha vida, do velho andar, (v.22).

A palavra “despojar” significa “despir”, “desapossar”, privar da posse. No novo andar, velhos andrajos do pecado não tirado, ou seja, a velha natureza pecaminosa é despidas dos velhos hábitos para uma nova vida.

 

  1. Devemos nos revestir do homem espiritual (vv. 23,24).

 

A linguagem é metafórica na expressão novo homem, pois fala do novo vivendi do crente redimidos por Cristo Jesus.

Esse novo homem agora se manifesta na vida e no caráter cristão.

Ele é renovado pela ação poderosa do Espírito Santo, de todo o passado de condenação e ruína.

Essa renovação implica viver uma nova vida, ( Ef 2. 10 e 15; II Co 5. 17 ). 

 

  1. Devemos andar em verdadeira e santidade, ( v. 24 ).

 

O novo homem é uma nova criação segundo Deus.

Não se trata de criação física, e sim espiritual, ( Jo 3. 3 – 6

Todos os sinais da velha  criatura do velho homem, foram desfeitos na cruz para que o novo convertido viva uma nova vida em Cristo.

O novo homem é o crente regenerado pelo espírito Santo.

Duas características de Deus; a justiça e a santificação.

Eles fazem parte do caráter de Deus. Quando o pecador é regenerado, pelo Espírito Santo na conversão, ele é criado “segundo Deus”, isto é, a semelhança de Deus em justiça e santidade.

 

  1. O NOVO HOMEM E O SEU PROCEDER.

 

  1. O novo homem não vive mentindo, ( v. 25 ).

 

O verbo, “deixar” tem a mesma conotação do verbo “espojar” do v. 22.

A mentira não é própria  da nova vida em Cristo, que no original grego mentira, aparece como pseudo,  pode significar qualquer tipo de desonestidade ou falsidade proferida ou vivida. 

A mentira é própria do velho homem. A vida do novo homem é gerada em “verdade”, por isso devemos falar apenas a verade.

 

2, O novo homem não vive se exasperando, (v. 26 ). 

 

“Irai-vos, e não pequeis”, é uma expressão que deve merecer nossa atenção. 

Sabemos que a “ira”, é uma obra da carne (Gl 5. 20 );

Porque então a Bíblia diz; “irai-vos”? Isso parece um paradoxo.

O Sentido permissivo para a ira pode significar na vida do novo homem uma forma de reação contra qualquer tipo de pecado que afete a nova vida.

Quando somos tentados reagimos com ira contra as insinuações do adversário, “irai-vos”, não com o tipo de ira acionado pela carne, mas “irai-vos” naturalmente contra tudo que possa ofender a santidade de Deus.

 

  1. O novo homem não abre espaço para o diabo, v. 27

 

“Não deis lugar ao diabo”, este versículo está ligado diretamente ao v. 26; que fala da ira.

Se dermos lugar à ira, isto é se permitimos que a ira surja em nossos sentimentos, facilmente estaremos abrindo as portas para o diabo entrar em nossa vida, ( II Co 2. 10 , 11; I Pe  5. 8).

São muitas as brechas que abrimos em nossa vida emocional, física e espiritual pata a entrada do diabo.

Devemos sempre fechar essas possibilidades com a meditação e o estudo da Palavra de Deus. 

 

  1. O novo homem não pratica as coisas da velha vida, ( VV. 28 29 ).

 

Praticas negativas do velho homem não faz diferença entre o certo e o errado. Como nova criatura em Cristo, as vezes praticamos certas coisas erradas que não aparecem em manchetes, mas que see constituem em pecados que afetam a nossa vida espiritual.

Furtar nas arrecadações legais do governo, deixar de dar os dízimos e ofertas na casa de Deus, não fogem a responsabilidade de apropriação indébita, ( Ml 3. 8 – 10; Rm 13. 7; Ex 20. 15 ).

Outra pratica negativa que não deve estar no cotidiano do crente é o uso d “palavras torpes”, v. 20; 

Que é palavras torpe? É toda palavra impudica, indecente obscena, asquerosa, etc.

A linguagem do novo homem em Cristo, deve ser pura, simples e sem malicia. Crentes há que são flagrados proferindo palavras torpes e  outras igualmente repugnantes.

 

  1. O NOVO HOMEM EVITA OS PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO.

 

  1. O novo homem não entristece o Espírito Santo, v. 30;

 

O Espírito habita no crente, no novo homem, e pode ser ofendido com atitudes impuras do cristão. O texto diz que “fomos selados com o Espírito Santo para o dia da redenção”.

Esse selo é a marca de propriedade que impede que satanás interfira nem rasure a vida espiritual.

O dia da redenção defere-se à redenção do nosso corpo de pecado que acontecerá na vinda do Senhor.

A redenção tem um aspecto passado porque diz respeito ao que Jesus realizou no Calvário.

Tem um sentido presente porque refere a contínua libertação do poder do pecado que opera em nossa.

E finalmente, a redenção tem um aspecto futuro, que é esperança da glória, a libertação plena do corpo de pecado e a conquista de um novo estado para um corpo espiritual, ( I Co 15. 51 a 53;

 

  1. O novo homem evita os pecados que magoam o Espírito Santo, ( v. 31 ).

 

Todas as manifestações pecaminosas, como “amargura, ira, cólera, gritaria, blasfêmia e toda malícia”.

São aquelas ações próprias do velho homem que não deve interferir na “nova vida”.

Atitudes de amarguras não combinam com a natureza amorosa do Espírito Santo. 

A amargura torna as pessoas amargas em seus relacionamentos, e as torna duras e insensíveis para a operação de Deus. “Iras, cóleras, gritaria” são atitudes que sempre andam.

Ódios profundos, arraigados no coração contra pessoas, provocam essas manifestações negativas.

As blasfêmias referem-se à palavras injuriosas, que ferem a moral das pessoas e que produzem grandes dissabores.

A malicia está ligada diretamente ao diabo, ( Rm 1. 29; Cl 3. 8 ). 

 

  1. O novo homem procuram desenvolver as qualidades próprias do crente, (32 );

 

“Antes sede uns com os outros benignos, misericordiosos perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.

Na verdade, quem nasce do Espírito, tem as características do Espírito. Qualidades como benignidade, misericórdia e perdão são indispensáveis ao cultivo da vida cristã.

 

CONCLUINDO:

 

O crente autêntico procura andar dignamente diante de Deus e do mundo, para que o nosso comportamento seja o reflexo da nova vida recebida pela obra de Cristo no Calvário.

É uma exigência bíblica constante que nós os crentes em Jesus Cristo demos provas ao mundo ao nosso redor de que na verdade temos um viver diferente, até nas atitudes e atividades cristã;

 

 

Lição 11 - O Andar do Crente Como Filho Querido de Deus

 

Texto - Áureo: “E não vos embriagues com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”, (Ef 5.18).

Leitura Bíblica em Classe - Ef 5.1-21

 

Ef 5.1 - Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;

v.2 - e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.

v.3 - Mas a prostituição e toda impureza ou avareza nem ainda se nomeies entre vós, como convém a santos;

v.4 - nem torpezas,  nem parvoíces, nem chacarrices, que não convém; mas, antes ações de graças.

v.5 - Porque bem sabei isto:  que nenhum fornicador, ou impuro, ou avarento, o qual é idolatra tem herança no reino de Cristo e de Deus.

v.6 - Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.

v.7 - Portanto, não sejais seus companheiro.

v.8 - Porque noutro tempo, éreis trevas, mas agora é luz no Senhor; andai como filho da luz

v.9 - (porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade),

v.10 - aprovando o que é agradável ao Senhor.

v.11 - E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as.

v.12 - Porque o que ele fazem em oculto, até dizê-los é torpe.

v.13 - Mas todas essas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo se manifesta.

v.14 - Pelo que diz; desperta tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.

v.15 - Portanto, vede prudentemente como amais, não como néscios, mas como sábios,

v.16 - remindo o tempo, porquanto os dias são maus.

v.17 - Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.

v.18 - E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei do Espírito,

v.19 - falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração,

v.20 - dando sempre graças por tudo a nosso deus e pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,

v.21 - sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.

 

INTRODUÇÃO:

 

O cap. cinco (5)  é na verdade continuação do cap. quatro (4), que trata da conduta do crente no mundo.

Onde Paulo apela a que sejamos imitadores de Deus, que é o pensamento central do texto em estudo;

A motivação para imitarmos vem do fato de sermos seus  filhos. E a tendência natural, é que, os filhos imitem os pais.

 

I . IMITADORES DE DEUS.

 

  1. Imitando a Deus como filhos amados, ( v. 1 )

 

A tradução literal de “imitadores’ no original do Novo Testamento, é ser “copia” imitar alguém, ser como alguém.

Neste mesmo versículo duas coisas  se destacam; a paternidade de Deus, e sermos a sua filiação. A Palavra declara aqui que somos “filhos amados” de Deus indicando a mais profunda relação familiar.

Pelo milagre do novo nascimento, o Espírito Santo nos coloca dentro da família de Deus como filhos amados.

O amor demonstrado pelo Pai nos inspira e deve ser a razão de nossa imitação. Ele nos amou com amor abnegado, e nós devemos imitar esse amor, (Jo 3.16; Rm 5.8 ).

 

No versículo 2, temos mais um imperativo divino para os seus;  “andai em amor”. Esse imperativo deve motivar nossa regra de vida. Se não fosse o amor de Cristo, o que seria de nós?

 

  1. Repelindo as praticas carnais, ( v, 3 – 6 );

 

Paulo relembra as praticas carnais do velho homem como: prostituição, impureza, cobiças torpeza, parvoíces, chocarrices; que são praticas indignas e alheias ao “novo homem”.

Todas duramente condenadas na Bíblia.

Um crente que ama ao Senhor Jesus foge dessas paixões e procura viver, vitoriosamente assistido pelo Espírito Santo, ( Rm 8. 13; Gl 5. 16 e 17 ). 

Nos  VV. 4 e 5; Paulo sabia bem como os efésios, com certeza absoluta que todos os indivíduos, ( quer dentro ou quer fora da Igreja), sendo imorais, impuros ou avarentos (i. é.. amando mais as coisas do mundo mais do que a Deus). 

Estavam fora do reino de Cristo.

Os profetas do A. T. assim ensinaram com forte convicção, ( Jr 8. 7); “Até a cegonha no céu conhece o seu tempos determinados; e a rola; e o grou e a andorinha observam o tempo da sua arribação; mas o meu povo não conhece o juízo DO SENHOR;

Isto quer dizer que o povo não conheciam alei de Deus.

Alem disso os seus dirigentes distorciam extremamente a Palavra de Deus para fazer o povo crer que estavam bem espiritualmente, apesar de viver em pecado, e que isto não lhe traria castigo, ou melhor, juízo, V. 8;  

No  v. 6, do cap. 5, de efésios, “Ninguém vos engane com palavras vãs; 

Paulo sabia que alguns falsos mestres diriam aos efésios que não precisavam temer a ira de Deus contra eles, por causa da sua imoralidade.

Por isso ele os admoesta; “Ninguém vos engane”; fica claro aqui, que alguém pode ser enganado a ponto de crer que pessoas imorais, e impuras tenham herança no reino de Cristo. (v.6).

 

  1. Andar como filhos da luz;

 

Há um grande contraste entre os que vivem nas trevas e os que vivem na luz. 

Quem vive na incredulidade é “filho da desobediência” ( v. 6 ), quem segue a Jesus é filho da luz, ( v. 8 ).

Os que andam na luz conhecem o perigo porque podem ver os perigos com os olhos espirituais as ameaças.

 

  1. Agindo como sábio, ( VV. 15 – 17 ).

 

Cautela e prudência são qualidades indispensáveis na vida cotidiana  do crente em Jesus Cristo.

Na sabedoria espiritual está a capacidade que o Espírito dá ao crente para perceber coisas que o ímpio não consegue ver e nem sentir.

O versículo 15, diz: “não como néscio”, isto é, agir com sensatez e responsabilidade. O v. 16, diz que devemos rmir o tempo ou seja devemos administrá-lo com sabedoria, aproveitando o Maximo dele.

 

  1. procurar conhecer a vontade de Deus, (v.17).

 

O grande problema de muitos de nós os crentes em relação a vontade de Deus, é que nós podemos usar conceito errados acerca dela “a vontade de Deus”;

Veja o que Paulo apresenta sobre a vontade de Deus;

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus, ( Rm 12. 2 ).

 

  1. ENCHENDO-SE DO ESPÍRITO SANTO

 

Em uma linguagem figurada a Bíblia mostra que o crente deve encher-se de Deus na sua vida.

Trata-se de um contraste entre a embriaguez com “vinho” e o “encher-se do Espírito”. 

Na velha vida, a embriaguez é típica de pessoas tristes, vazias, amarguradas. 

As coisas desse mundo apenas embriagam, e produzem mal-estar.

A vida cristã tem outra forma de superar as dificuldades, que é o “encher-vos do Espírito”.

A parava contenda aqui, abrange a idéia de licenciosidade e desenfreio.

 

  1. Por que encher-se do Espírito, (v. 18 ).

 

O Espírito é o dom supremo de deus à Igreja.

Todos os outros dons são ministrados através dEle.

O espírito é que da vida ao corpo de Cristo; sem Ele não há vida. Uma vez cheia do Espírito, a vida cristã se torna plena e o crente é habilitado a viver vitoriosamente.

Se o encher-se de vinho conduz ao homem ao deboche e a degeneração. O encher-se do Espírito conduz o crente uma vida vitoriosa, ( II Co 3. 18 );

 

  1. As manifestações do Espírito no crente, ( v. 19).

 

A plenitude do Espírito na vida do crente torna-o criativo, porque a presença do Espírito nele, produz o que está no v. 19; “falando entre vós em salmos, e hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração”. 

O versículo 19, fala de três tipos de louvores e adoração que resultam duma vida cheia do Espírito Santo.

O primeiro tipo fala de salmos, referindo-se aos salmos DE Davi, Asafe, Moisés, que contém expressões proféticas acerca do messias, etc. O segundo tipo fala de hinos que eram cânticos de louvor a Deus. 

O terceiro tipo de louvor era com cânticos espirituais, esse tipo tem sido. Interpretado de duas maneiras. Alguns acha que ~são aqueles cânticos  poéticos regulares  previamente preparados para o louvor. Outros interpretam como sendo os cânticos produzidos no interior do espírito do crente cheio do Espírito Santo.

Esses cânticos espirituais são os cânticos do nosso espírito ao Senhor, sem a interferência da inteligência, mas estritamente produzido pelo Espírito Santo, e ensinados ao espírito interior do crente. Onde podemos perceber que, a musica realmente Sacra, há uma relação muito estrita com Deus.

Esses “cânticos espirituais” precisam ser reativados e renovados na vida devocional da igreja local. 

O Espírito habilita o crente a esse tipo de manifestação edifica e fortalece a fé da Igreja.

 

  1. Resultado da plenitude do Espírito, ( VV. 20 e 21 ).

 

Quando somos cheio do Espírito desenvolvemos um “espírito de ações de graças”. 

Ela é uma forma de demonstrar o nosso gozo espiritual,

Quando estamos cheio do Espírito não temos dificuldades para sujeitarmo-nos uns aos outros no temor de Deus uma pessoa carnal não se sujeita, mas quem está cheio do Espírito tem prazer em assim fazer, inclusivel no sentido de contribuir ajudar e consolar. 

 

CONCLUINDO:

 

Busquemos estar cheios do Espírito, vivendo e andando n'Ele, assim estaremos experimentando a plenitude espiritual desejada por Deus para todos os crentes.

 

 

Lição 12 - A Vida Conjugal dos Crentes cheios do Espírito conforme Exemplifica Cristo e a Igreja

 

Texto - Áureo: “Honra a teu pai e a tua mãe que é o primeiro mandamento com promessa”, (Ef 6.2).

Leitura Bíblica em Classe - Ef 5.22-28; 6.1-4

 

Ef 5.22 - Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor;

v.23 - porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja sendo ele próprio o Salvador do corpo.

v.24 - De sorte que, assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo a seu marido.

v.25 - vós maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela.

v.26 - para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,

v.27 - para a apresentar a si mesmo Igreja gloriosa, sem macula,nem ruga, nem coisa semelhante, santa e sem defeito.

v.28 - Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher ama a si mesmo.

 

Cap. 6. 1 = Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor porque isto é justo.

v.2 - Honra a teu pai, e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,

v.3 - para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a  terra.

v.4 - E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.

 

INTRODUÇÃO:

 

No mesmo capítulo da Bíblia que trata das verdades fundamentais, da vida cristã, estão os ensinos básicos sobre a família e suas relações no lar, Ef cap. 5, indiscutivelmente, o fortalecimento da família fortalecerá a Igreja como um todo.

Em Cristo nos tornamos uma família de Deus Ef 2. 19;

O texto destaca o princípio da submissão como um dever dentro das relações familiares entre os cônjuges e os filhos.

 

  1. A CONDUTA DAS ESPOSAS

 

  1. O principio da sujeição, ( v. 22).

 

Em nosso tempo esse principio tem sido deturpado, porque as mulheres conquistaram um espaço muito grande na sociedade.

Tem havido choque entre o ensino e a filosofia secular puramente humanista, alheia a Deus e a sua Palavra.

A distinção entre os dois está no fato de que o ensino bíblico tem sua base nos princípios divinos e o pensamento secular é totalmente humano, em que o mundo sem Deus dita os credos, leis e costumes.

Deus estabeleceu o princípio da autoridade dentro do lar.

As mulheres devem sujeição aos seus maridos, e estes devem ser sujeitos ao Senhor.

 

  1. Sujeição e não escravidão.

 

A sujeição das esposas a seus maridos tem um sentido especial no Novo Testamento, Jesus em sua obra no Calvário, restaurou o lugar da mulher na sociedade.

No Antigo testamento havia muitas restrições, resultantes  da maldição do pecado no principio do mundo.

Por isso, a sujeição das mulheres aos seus maridos não pode ser interpretada como subserviência, humilhação e depreciação.

Ela deve ser feita de modo decente respeitador e com muito amor.

 

  1. Dignidade, não igualdade.

 

A Bíblia define a posição da mulher em relação ao homem, e a coloca não em superioridade para que não haja crise de liderança dentro do lar.

A autoridade do homem sobre a mulher não significa inferiorizá-la, se esse homem e essa mulher são cristãos autênticos e conhecedores do que a Palavra ensina sobre a família.

A sujeição da mulher ao seu marido deve ser espontânea, porque deve ser baseada no amor dele para com ele e vice-versa.

Uma esposa cristã autêntica não tem o espírito da mundo do mundo que não compreende as coisas de Deus.

Por isso, sua sujeição é feita no Senhor que a dignifica e a valoriza diante do marido, dos filhos e da sociedade, e por sua vez, o marido sendo um servo de Deus, corresponde a essa sujeição dela.

 

  1. Sujeição no Senhor, (v.22).

 

É bom que os maridos entendam que a sujeição de suas mulheres tem um sentido espiritual.

Não se trata primeiramente de uma sujeição física e moral em que a esposa tenha que satisfazer todas as vontades do marido. Essa idéia é machista e reprovada por Deus. Na criação o homem foi feito cabeça da mulher, isto é, o líder da família, o que também o que também não significa que a mulher não possa pensar, raciocinar, emitir opiniões sobre assunto do lar. A mulher foi tirada do lado do homem, e deve permanecer ao lado do homem; não debaixo de seus pés.

 

  1. A CONDUTA DOS MARIDOS

 

Esta conduta do marido é baseada na mesma regra contida no texto bíblico, em apreço, que fala de Cristo e sua Igreja.

O amor é a expressão máxima desse relacionamento, marido-esposa.

A autoridade do marido dentro do lar, não é a do tipo senhor e escravo.

 

  1. O marido deve amar sua esposa com um amor desprendido, (v. 25).

 

O trabalho do amor de Cristo em beneficio da Igreja é triplo:

  1. a) Passado;
  2. b) presente e futuro;

 

1) Por amor Ele se entregou para remir a Igreja, v. 25;

2) Em amor ele esta santificando a Igreja, v. 26;

3) Como recompensa de Seu sacrifício e trabalho de amor, Ele vai apresentar a Igreja a si mesmo em perfeição imaculada, uma perola de grande valor, v.27; Mt 13. 46;

 

  1. O marido deve amar a esposa com um amor protetor, ( v. 26),

 

O versículo fala “para santificar”, isto é, separar e preservar para si mesmo e não permitir que coisas estranhas a envolva.

 

III. O EXEMPLO DE CRISTO PARA COM A IGREJA

 

Paulo faz uma metáfora com a esposa e a Igreja, para ilustrar a preocupação de C risto com os crentes.

 

  1. Ele quer a Igreja purificada, ( v. 26).

 

Todos os vestígios da velha vida não podem mais fazer parte da vida da Igreja.

Lavagem com água é uma linguagem figurada que significa pureza espiritual.

O texto diz mais que essa lavagem é pela “palavra”, a palavra de Cristo, os seus ensinos. Sem duvida, o poder da Palavra produz limpeza e purificação.

 

  1. Ele quer a Igreja devidamente preparada, (v, 27).

 

A Igreja está sendo revestida da glória de Cristo pelo ministério do Espírito Santo.

Antes, ela foi purificada e, agora, na vinda de Cristo se apresenta vestida de glória.

Na sua vinda, Cristo a quer devidamente preparada e gloriosa.

 

  1. Ele quer a Igreja como uma esposa sem defeito, ( v. 27).

 

A glória da Igreja resulta da pureza que Cristo propiciou. “Sem mácula” desfaz a possibilidade de contaminação, isto é, sem nenhuma mancha capaz de empanar a glória da igreja, Nem ruga, isto é, sem qualquer defeito, ou saliência, ou vinco na pele e nos seus vestidos.

A Igreja está sendo preparada pelo Espírito Santo para um dia encontrar o seu amado esposo celestial.

Ela tem de ser a esposa sem defeito, bela e gloriosa.

Diz ainda o versículo, “mas santa e irrepreensível.

 

  1. Ele quer dar a Igreja seu total amor, ( v. 28 ).

 

Paulo faz uma analogia para ilustrar seu verdadeiro amor conjugal:

“Assim devem os maridos amar suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos”.

Assim como no casamento, os dois, homem e mulher formam uma só carne, o que revela o amor existente entre eles, também, Cristo ama sua Igreja, como se fosse uma só carne. A Igreja é o corpo de Cristo, por isso, Ele cuida desse corpo.

 

  1. A CONDUTA RELACIONAL ENTRE PAIS E FILHOS

 

A Bíblia é o manual por excelência da família.

Se seus santos ensinos forem obedecidos, a família terá paz, felicidade e bem-estar como um todo, e também cada um de seus membros.

 

  1. O dever dos filhos Ef 6.1;

 

Neste versículo duas palavras se destacam, as quais determinam uma relação sadia e abençoada da parte dos filhos para com os pais; obediência e honra.

 

  1. a) Obediência;

 

A obediência dos filhos aos pais feita no Senhor só trará benefícios morais, físicos e espirituais para as duas partes.

A obediência é um dever morar dos filhos. Os filhos devem obedecer aos pais porque isto é justo aos olhos de Deus.

Na cultura moderna do mundo em que vivemos esse principio é rechaçado, porque os pais, em nome de uma liberdade que mais escraviza do que liberta, perderam o controle sobre os filhos. 

Os filhos que amam e respeitam os pais obedecem, porque possuem uma consciência cristã de responsabilidade para com Deus e para com os pais. 

 

  1. b) Honra;

 

Esta é a segunda palavra chave que  determina uma relação sadia dos filhos para com os pais.

Nos VV. 2 e 3 está escrito:

“Honra a teu pai e tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa para que te vá bem e viva muito tempo sobre a terra”.

Esse é um mandamento com promessa o qual tem sido na experiência de bons filhos, um modo de ser amplamente abençoado por Deus A desobediência desonra aos pais e consecutivamente a Deus. Por isso os filhos devem honrar aos pais mesmo que estes descordem deles em alguns princípios e Deus o abençoará copiosamente.

 

  1. O dever dos pais para com os filhos ( v. 4 ).

 

Naturalmente este dever aparece essencialmente no papel do pai, líder do lar; mas isso não impede e nem omite a importância da mãe.

Aliás, nos tempos atuais muitas mulheres tem exercido o papel de pais, Por causa da ausência deles dentro do lar. Portanto, cabe ao pai e a mãe a responsabilidade especial na educação dos filhos. Três coisas a Bíblia destaca aqui: criar,  na doutrina e admoestação.

A palavra criar tem a idéia de correção.

A palavra “doutrina” refere-se a dar aos filhos uma conceituação das doutrinas da Bíblia, mas ao mesmo tempo ensinar-lhes os princípios ético, teológicos e morais.

A palavra “admoestação” envolve correção por parte dos pais quando os filhos erram, quando quebra princípios normatizadores do lar, da família.

 

CONCLUSÃO:

 

O apóstolo Paulo ensinou em sua epístola aspectos práticos das relações existentes entre pais e filhos, e maridos e esposas.

Devemos seguir e cumprir a Palavra de Deus em todo o tempo, a despeito de todas as mudanças ocorridas na sociedade, pois fazendo assim, seremos abençoados.

Que o Senhor nosso Deus vos abençoe em tudo que temos apreendido até aqui!

 

 

Lição 13 - A Luta do Crente cheio do Espírito Santo

 

Texto - Áureo: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mal e, havendo feito tudo ficar firmes”, (Ef 6.13).

 

Leitura Bíblica em Classe - Ef 6.5-13

 

Ef 6.5 - Vós servos obedecer a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração como a Cristo,

v.6 - Não servindo a vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus;

v.7 - servindo de boa vontade como ao Senhor e não como aos homens,

v.8 - sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre.

v.9 - E vós senhores, fazei o mesmo para com eles,deixando as ameaças, sabendo também que o senhor deles e vosso estais no céu e que para com Ele não há acepção de pessoas.

v.10 - No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.

v.11 - Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo;

  1. 12 - Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais,

v.13 - portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mal e, havendo feito tudo ficar firme.

 

INTRODUÇÃO:

A conduta do crente estende-se à sua vida social, emocional e espiritual.

Tratamos em lições anteriores de assuntos como ministério, vida cristã e família. Nesta lição estudaremos as relações de trabalho e batalha espiritual.

 

  1. A CONDUTA DO TRABALHADORES

 

  1. A conduta dos empregados em relação aos patões, ( VV. 5 – 8 ).

 

A relação de serviço entre patrão e empregado é, antes de tudo, uma relação de submissão e obediência, pois o empregado precisa do patrão para sua subsistência.

Por outro lado o patrão precisa dele para realizar o seu serviço. Essa relação deve ser natural.

Outro fator que deve merece a nossa apreciação é o espiritual. O caráter espiritual tem por objetivo ensinar o crente a que trabalhe com honestidade procurando cumprir seus deveres, porque fazendo assim, terá a benção de Deus.

Pois a expressão, “obedecei a vossos senhores segundo a carne”, significa afirmar que se trata de algo material, terreal.

Mas, a Bíblia declara que assim fazendo é “como a Cristo”, ( v. 6 ).

A expressão “com temor e tremor” não quer dizer que o empregado deve trabalhar com medo.

O sentido é trabalhar com responsabilidade e prontidão.

Quando Paulo fala em “sinceridade de coração” ( v. 6 ). Significa que o trabalhador procura trabalhar com inteireza de coração.

Não faz nada que traia essa singeleza, mas faz tudo com “boa vontade”.

Ao procurar agradar o patrão, crente o crente deve fazê-lo sem trair sua fé, porque dessa forma está também fazendo a vontade de Deus.

“Servir de boa vontade como ao Senhor” ( VV. 6,7 ).

O principio que rege um bom empregado, é trabalhar com fidelidade em quaisquer circunstâncias na presença ou na ausência do patrão como o texto afirma.

“Não servindo a vista”, “... servindo de boa vontade” ( VV. 6 e 7 ). Meso que não gostemos do trabalho que fazemos, somos submissos, devemos fazê-lo de boa vontade.

Nossa fidelidade aqui na terra nas coisas justas dessa vida nos tornam aptos para recebermos a recompensa do Senhor, (v, 8 ).

 

  1. A conduta dos patrões em relação aos seus empregados, (v.9).

 

Os direitos e privilégios,  tanto do patrão como do empregado possuem características próprias.

Em relação a conduta dos patões, a Bíblia destaca aqui três características:

 

  1. a) Reciprocidade ( v. 9 ).

 

Reciprocidade é aquilo que é válido, em matéria de valor para duas pessoas.

Se o servo faz como “ao Senhor”, se serve “de coração sincero” e de “boa vontade” se serve procurando “fazer a vontade de Deus”, a Bíblia, então, ordena aos patrões, “e vós senhores com els”.

 

  1. b) respeito, V. 9;

 

o crente verdadeiro ama a Cristo e respeita as pessoas. Dignidade e respeito devem reger as mentes tanto dos patrões como dos empregados.

Todo patrão tem o direito de exigir boa prestação de serviço de seus empregados, porém isto não significa tratamento perverso, desumano. Toda forma de intimidação, “deixando as ameaças, sabendo também  que o Senhor deles, e vosso estás no céu,e para com ele não há acepção de pessoas”. 

 

  1. c) Igualdade; v.9

 

É lamentável dizer que entre os crentes ainda haja discriminação social, racial, cultural e religiosa.

 

De conduzirmos todas as pessoas da terra a Jesus Cristo, como Salvador e Senhor  e mostrá-las que Cristo morreu  por todos. No entanto no campo de trabalho, existem categorias distintas de atividades e responsabilidade, e as pessoas que assumem essas posições dentro de uma empresa, naturalmente recebem aquilo que é justo à posição e atividade que fazem.

Isto não é discriminação.

 

  1. A CONDUTA DO CRENTE NA BATALHA ESPIRITUAL

 

A partir do v. 10; a Bíblia discorre sobre a batalha espiritual inevitável do crente contra as forças do mal.

 

Queiramos ou não a partir da queda do homem por seu pecado no Éden, iniciou-se uma batalha ( Gn 3. 15), indica a causa e a razão dessa batalha que começou na inimizade declarada entre a “antiga serpente”, o diabo,e “a semente da mulher”, Jesus.

O cumprimento desse conflito cósmico teve seu clímax no calvário,

Só podemos enfrentar e vencer esta batalha usando as armas espirituais providas por Deus, relatada aqui no texto bíblico.

É preciso estar preparado para esta batalha espiritual  mediante os três elementos ensinados nos ( VV. 10 e 11 ).  

 

  1. Fortalecimento (v.10).

 

Na batalha espiritual só estão aptos para participar os que pertencem ao Senhor, por isso, o apostolo diz: “irmãos meus”, Não se trata de um fortalecimento físico ou intelectual, mas é um fortalecimento, “na força do seu poder”. Em outras palavras, nenhum crente entra nesta batalha com armas materiais ou físicas.

É preciso estar cheio do poder do Espírito.

 

  1. Conhecimento, (v.11).

 

O leito, ou melhor nossos ouvintes perguntaria ou perguntarão: Que tem a ver conecimento com armadura? Para termos a armadura de Deus, precisamos conhecer todo o equipamento dessa guerra espiritual.

Precisamos estar revestidos da armadura de Deus, e para ter todas as armas necessárias para um combate.

A armadura espiritual incompleta torna o crente  vulnerá- vel aos  ataques satânicos. 

 

  1. Treinamento, (v.11).

 

Um soldado precisa ser forte, conhecer e treinar o suficiente para entrar na batalha.

A igreja de Cristo  é o quartel-general onde os soldados são equipados, através do ensino sadio da Palavra de Deus (II Tm 3.16,17).

 

III. O CAMPO DE BATALHA ESPIRITUAL

 

Toda batalha tem seu campo de ação e envolve vários aspectos bélicos tais como o lugar, o inimigo e a estratégia e as armas de ataque e defesa. 

 

  1. O lugar de combate dessa batalha, ( v. 12);

 

O local não se limita a alguma área geográfica e terrena, mas abrange todo e qualquer lugar onde o reino de Deus esteja.

Onde estiver um crente fiel ali se torna um campo de batalha. Paulo diz que “não temos de lutar contra a carne e o sangue”.

É uma expressão que denota o tipo de batalha – não é humana, de homem contra o homem mas é luta espiritual contra inimigos espirituais.

Adiante Paulo especifica que essa batalha ocorre “nos lugares celestiais” ou “regiões celestiais”.

Esta expressão refere-se a uma posição espiritual elevada, uma conquista de todo o crente verdadeiro.

 

  1. Os inimigos da batalha, (VV. 11 e 12 ).

 

Temos duas citações especiais que identificam nossos inimigos, o diabo (v. 11), e “as hostes espirituais da maldade” ( v. 12 ). 

Quem é o diabo? Leiam Ez 28. 12 – 17;Jo 12. 31; IICo 4. 4;

As hostes espirituais da maldade incluem “principados, potestades e príncipes das trevas deste século”. 

São classes de demônios, isto é anjos caídos que realizam tarefa sobre o comando de satanás, o chefe, em varias Arias de atividades da vida humana.

 

  1. As armas espirituais para a batalha, ( v. 13 – 17).

 

Paulo serviu-se da figura das armas de um soldado romano da sua época.

 

(1) “o sinto da verdade”, v. 14; servia para prender a couraça do soldado. “A verdade” é a representação de tudo que somos. Nossos vestidos de guerra são seguro com a verdade;

(2) “A couraça da justiça”, Uma arma defensiva de proteção para o peito. A justiça une-se a verdade, e elas podem ser notadas pelos inimigos, ( Is 59. 17; ITs 5. 8); 

(3) “calçados na preparação do Evangelho”, ( V. 15), os quais são importantes no campo de batalha;

(4) “Escudo da fé” ( v. 16 ), uma arma defensiva que fica presa no braço e impede que os dardos do inimigo alcance o corpo do soldado; (5) “O capacete da salvação”, ( v. 17 ), servia para proteger a cabeça, A nossa salvação é o capacete que protege nossa cabeça; (6) “A espada do Espírito”, (v. 17 ), uma arma ofensiva que deve estar sempre na mão e na  mente do crente.

 

  1. A provisão para batalha, ( VV. 18 -20).

 

É a oração - a maior provisão do crente. A Palavra nos alerta Que devemos orar em todo o tempo, não dando lugar nem tréguas ao diabo.

O crente deve orar incessantemente, Cl 4. 2; I Ts 5. 17).

Devemos orar com suplica no Espírito, ( v. 18 ).

 

CONCLUINDO:

 

No cap. 6. VV. 21 a 24; Paulo da as suas saudações finais aos efésios e espera que todos cresçam na presença de Deus. Da mesma forma, espera que os crentes na atualidade sejam vencedores no Senhor até o dia em que receberemos a coroa da vida eterna. Gloria a Deus e aleluia!!!

Amém, e amém muitas vezes glória, por termos concluído a apresentação de “A Carta de Paulo aos Gálatas".

 

fonte www.mauricioberwald.com