Lições biblicas CPAD Carta de Tiago 1
trimestre de 1999.
Lição 01 - ORIGENS DAS IGREJAS DA GALÁCIA
ORIGENS DAS IGREJAS DA GALÁCIA
Texto Áureo = “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão, Gl 5.1;
Leitura Bíblica em Classe: Atos 14.1–7, 19–21; 16.6; 18.23;
At 14.1 - E aconteceu que, em Icônio Paulo e Barnabé, entraram juntos na sinagoga dos judeus, e falaram de tal modo, que creu uma grande multidão, não só de judeus mais também de gregos.
v.2 - Mas os judeus incrédulos incitaram e irritaram, contra os irmãos, os ânimos dos gentios.
v.3 - Detiveram-se, pois, muito tempo, falando ousadamente acerca do Senhor, o qual dava testemunho à palavra da sua graça, permitindo que por suas mãos se fizessem sinais e prodígios.
v.4 - E dividiu a multidão da cidade: uns eram pelos judeus, e outros pelos apóstolos.
v.5 - E, havendo um motim, tanto dos judeus como dos gentios com os seus principais para os insultarem e apedrejarem,
v.6 - sabendo eles fugiram para listra e Derbe, cidade de Lícaônia, e para a província circunvizinhas.
v.7 - E ali pregavam o Evangelho.
v.19 - Sobrevieram, porém, uns judeus de Antioquia e de Icônio, que, tendo convencido a multidão, apedrejaram a Paulo e arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto.
v.20 - Mas, rodeando-o os discípulos, levantou –se, e entrou na cidade. E no dia seguinte, saiu, com Barnabé, para Derbe.
v.21 - E tendo anunciado o Evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia.
Cap.16.6 - E, passando pela Frigia e pela província da Galácia foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar o Evangelho na Ásia.
Cap.18.23 - E, estando ali algum tempo, partiu passan - do sucessivamente pela província da Galácia, e da Frigia, confirmando a todos os discípulos.
INTRODUÇÃO:
A epístola aos Gálatas foi escritapara salvar o cristianismo do legalismo judaico.
Apesar de ser uma das mais breves epístolas do apóstolo Paulo, tem exercido grande influência na vida da Igreja.
Seu assunto continua atual, pois em qualquer época há sempre o risco de alguém, ou de um seguimento da Igreja se inclinar para o legalismo religioso.
Hoje vamos estudar a origem das igrejas da Galácia como introdução à uma série de estudos dessa epístola, na oportunidade que a nós Deus concede.
É muito importante conhecer a origem das igrejas da Galácia, pois isso ajuda a compreender a epístola aos Gálatas.
Essas igrejas foram fundadas por Paulo e Barnabé; a primeira viagem missionária de Paulo começou em 46 e terminou em 48 d,C. e ocupa os capitulo 13 e 14; de Atos dos Apóstolos.
Atravessando a ilha de Chipre, terra natal de Barnabé, At 4. 36; foram para o continente passando por Perge, cidade da Panfilia, e depois para Antioquia da Pisídia.
Expulsos da cidade da Antioquia da Pisídia, Paulo e Barnabé partiram para Icônio.
Como as hostilidades eram as mesmas da cidade anterior, e havendo motim tanto dos judeus como dos gentios, foram para a região da Licaônia, formando igrejas nas cidades de Listra e Derbe.
De onde retornam para Antioquia da Síria visitando e confirmando as igrejas em Listra, Icônio, e Antioquia da Pisídia; e estabelecendo anciãos, ( pastores nativos) para cada uma dessas igrejas, ( At 14. 22 e 23).
A luz de At 14. 27 e 15. 2; o concilio de Jerusalém aconteceu depois dessa viagem em virtude do grande números de gentios convertidos e a intensa controvérsia sobre o modus vivendi “maneira de viver”desses novos crentes.
Havia judeus convertidos ao cristianismo que queria impor aos gentios as práticas judaicas como condição a Salvação.
Depois desse concílio o apostolo Paulo inicia sua segunda viagem com dois propósitos fundamentais: revisitar as igrejas que Ele fundara, juntamente com Barnabé na sua primeira viagem e abrir novas frentes de trabalho.
Partiu com Silas seguindo direto para Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia, para fortalecer as igrejas.
Em Listra conheceu Timóteo, que passou a integrar a comitiva do apostolo acompanhando-o em sua viagem.
Depois disso foram para Trôade “passando pela Frigia e pela província da Galácia” ou “região-frígio-gálata” ou gegião norte da Galácia, At 16. 6;
II OS GÁLATAS.
O nome “Galácia deriva dos gauleses, povo que invadiu a Ásia Menor no século III a.C. também chamado de povo celta pelos escritores clássicos da antigüidade.
O termo “Galácia” foi aplicado a esse povo por volta do século III a.C. foi adorado pelos gregos e, aos poucos, foi generalizando.
Os gálatas estabeleceram seu reino na região de Péssina, Tavia. Ancira- atual Ankara, Capital da Turquia que corresponde a região frígio-gálata, mencionada em At 16. 6; 18. 23;
Na época do ministério do apostolo Paulo, a Galácia não era apenas a terra dos gauleses ou celtas.
Abrangia também a região de Antioquia da Pisídia, Listra, Icônio e Derbe, na Licaônia, cidades que formam o que chamamos hoje de Galácia do sul.
A Galácia do Norte é a região mencionada em ( At 16. 6; 18. 23). De modo que toda aquela região era chamada de Galácia.
3.Quem são os destinatários da epístola?
A dificuldade que muitos acham é saber se o apostolo enviou essa epístola para as igrejas da Galácia do Norte ou para a Galácia do sul, visto que apenas diz: “as igrejas da Galácia” Gl 1. 2;
As duas linhas de interpretação apresentam argumentos consistentes mas nenhum deles é decisivo.
Por que a Galácia do Sul?
Os argumentos em favor da Galácia do Sul nos parecem mais convincentes.
O N.T. não registra nenhuma atividade de Paulo e sua comitiva na Galácia do Norte.
O texto apenas diz: “e passando pela frigia e pela província da Galácia”, At 16. 6; e passando sucessivamente pela província da Galácia e da frigia”, At 18. 23;
Não está, pois declarado que Paulo fundou igrejas nessas regiões, não há qualquer citação referente a Galácia do Norte.
III. AUTORIA E DATA.
A maioria das cartas de Paulo foi escrita por seus amanuenses, ou escribas.
Como a situação das igrejas da Galácia era critica, estava em jogo não só a fé desses irmãos e nem apenas a autoridade apostólica de Paulo, mas principalmente o futuro do cristianismo.
Ele mesmo escreveu de seu próprio punho ( Gl 6. 11), pois não queria deixar margem para os gálatas duvidarem da autenticidade da carta.
Tem havido muita controvérsia quanto a data e destinatário dessa epístola.
Há três possíveis datas, mas todas elas têm os seus “senões” – 49, 53 e 56 d.C.
A seqüência de eventos é a seguinte:
Primeira viagem missionária, em seguida foi escrita a epístola aos Gálatas, depois ocorreu o concílio de Jerusalém e segue a segunda viagem.
Isso nos dá subsídios para datá-la por volta de 49d.C. e escrita da região entre Antioquia da síria e Jerusalém .
Hoje ela é conhecida como: “a escritura da liberdade cristã, carta magna de emancipação espiritual, grito de guerra da reforma, a grande carta da liberdade religiosa, declaração cristã de independência”, além de outros.
É a apologia da liberdade cristã, contra toda a forma de legalismo. A salvação é um ato da graça de Deus; somos salvo pela fé em Jesus Cristo, ( Gl 2. 16).
Acrescentar algo aí, como condição para salvação, descaracteriza totalmente o autentico cristianismo revelado no Novo Testamento.
Gálatas é a epístola que mais se aproxima de Romanos.
Podemos apresentar cerca de 25 passagens paralelas entre essas epístolas defendendo os mesmos ensinos; Rm 4. 3, com Gl 3. 6; Rm 4.10, 11 com Gl 3. 7;
Ambas livraram o cristianismo de se tornar uma seita do judaísmo. Se Romanos foi o estopim que incendiou toda a Europa do século XVI com a Reforma Protestante Gálatas foi para Lutero a pedra fundamental usada contra a hierarquia e todo o ritualismo da igreja Romana.
Depois de romanos é o livro da Bíblia que exerceu mais influência na historia do cristianismo.
Como uma pequena carta, dirigida a uma comunidade cristã do primeiro século para resolver um problema local, pode continuar sendo um poderoso e eficaz documento atual no limiar do terceiro Milênio, para suplantar um mal de tantos séculos?
É porque o perigo do legalismo sempre existiu, e existira durante toda a história do cristianismo.
Sempre foi do home o desejo de conquistar a salvação por esforços próprios.
CONCLUÍNDO:
Por mais sincero que sejam os legalistas da Igreja da atualidade, devemos lembrar que os opositores contemporâneo do apóstolo Paulo, como muitos adeptos de seitas, vem lutando contra a verdade do evangelho.
Devemos tomar cuidado, pois as aparências, formalismo, fanatismo, rito, e praticas legalista, não são características do cristianismo do Novo Testamento.
Cristianismo é a religião da liberdade cristã para servirmos a Deus em espírito e em verdade, e não religião de ritos.
Mas graças à Deus que nos dá a vitoria por nosso Senhor Jesus Cristo; I Co 15. 57;
Lição 02 - PROBLEMAS DAS IGREJAS DA GALÁCIA
TEXTO – ÁUREO - “Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes ou outro evangelho que não abraçastes, com razão os “sofrereis” ( II Co 11. 4 ).
Leitura Bíblica em Classe: (Gl 1.1-10).
Gl 1.1 - Paulo, apóstolo (não da parte dos homens nem por homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos.
v.2 - e todos os irmãos que estão comigo às igrejas da Galácia.
v.3 - Graça e paz, da parte de Deus Pai e da de nosso Senhor Jesus Cristo.
v.4 - O qual si deu a si mesmo por nossos pecados para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai.
v.5 - ao qual seja dada glória para todo Sempre. Amém.
v.6 - Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho,
v.7 - o qual não é outro, mas há alguns que vos inquieta e querem transtornar o Evangelho de Cristo.
v.8 - Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.
v.9 - assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: se alguém anunciar outro evangelho além do que já recebeste seja anátema.
v.10 - Porque persuado eu agora a homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.
INTRODUÇÃO:
O que estava acontecendo nas igrejas da Galácia? Quem era os responsáveis pela crise espiritual nas igrejas da Galácia? Até que ponto esses problemas afetavam o cristianismo? Porque o apostolo ficou surpreso ao saber do desvio dos gálatas? São esses pontos que vamos estudar nesta lição.
Entendendo Gálatas:
Temos às vezes dificuldades para entender os fatos bíblicos, como este de Gálatas, por não termos mais informe. ( Imagine você ouvindo um conhecido a conversar por telefone com outra pessoa do outro lado da linha.
Se você de antemão conhecer o assunto da conversa, pela resposta e argumento da pessoa que está do seu lado é possível saber em parte do que se passa naquele momento.
Em Gálatas estamos ouvindo Paulo como numa linha telefônica, entendendo o assunto com ajuda de algumas informações provenientes de Atos dos Apóstolos e das demais epístolas, mas sem saber o que se passa do outro lado da linha.
1.O apostolado de Paulo, v.1;
A expressão “(não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo e Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos”, é atípica nos prefácios das epistolas paulinas.
É comum: “apóstolo de Jesus Cristo ou “apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus”, I Co 1. 1 );
O apóstolo costuma elogiar seus destinatários nos prefacio de suas epístolas.
A ausência de elogio aqui mostra que alguma coisa em comum estava acontecendo.
Paulo tinha muitos opositores e seria até infantilidade de nossa parte supor que um homem com a personalidade e na posição espiritual do apostolo Paulo, liderando um grande movimento de revolução do pensamento - religioso de sua geração não tivesse oposição.
Paulo era alvo dos bombardeios de seus inimigos.
Esses opositores eram falsos mestres, tanto interno como externo, (2Co 11.26 ).
O ataque deles era triplo: Paulo, seu apostolado e sua mensagem.
Quanto ao apostolado, seus opositores pareciam levar vantagem, por não ser ele um dos 12, (doze) que conviveram com Jesus. Tal vez soubessem dos requisitos apresentado pelo apóstolo Pedro, ( At 1. 21 – 25).
Havendo Paulo sido um perseguidor da Igreja antes de sua conversão, talvez eles tentassem com isso escluí-lo da lista dos apóstolos.
A essas acusações ele rebateu veementemente, A ênfase que ele dá a origem de seu apostolado no v. 1; mostra que o único que tem autoridade de constituir apóstolos é o Senhor Jesus. Além disso, ele afirma quatro vezes ter visto o Senhor, ( I Co 9. 1; 15. 8; II Co 4. 6; Gl 1. 15, 16).
Atos dos Apóstolos apresenta Paulo como apóstolo, ( !4. 14). Seus oponentes por certo conheciam algo da história do apóstolo, mas ignoravam o que está escrito em ( I Co12. 28; Ef 4. 11), sobre os apóstolos que o Senhor constituiu sobre sua Igreja.
III. OS OPOSITORRES DE PAULO;
Tão logo Paulo retornou de sua viagem ficou sabendo que os irmãos da Galácia estavam agora vivendo outro evangelho, e isso deixou o apóstolo, estupefato e atônito.
A expressão “maravilho-me” ( no gr. metatithesthe ). No original referia alguém que desertava do exercito ou rebelava contra ele.
No sentido atual é Deixar, abandonar, desertar, mudar de pensamento, virar a casaca.
Em outras palavras aqueles irmãos estavam abando - nando a fé.
Eles ouviram de Paulo e Barnabé a fiel palavra da pregação do evangelho quando estiveram entre eles, receberam o Espírito Santo, sentiram grande gozo e alegria da salvação.
Agora trocam Paulo por aventureiro desconhecidos, portadores de mensagens diabólicas.
Como esse povo podia tão facilmente ser levado pelo erro? Parece que é tendência ainda hoje ser mais fácil induzir alguém ao erro do que levá-lo a verdade,
Tais pessoas conhecem o seu pastor, sua historia, sua origem, sua família, seu trabalho sua dedicação à Igreja seu cuidado com o rebanho.
Trocam esse homem de Deus por um estranho que se quer conhece sua origem.
Quem eram os opositores de Paulo? V. 7;
Eram falsos mestres, legalistas judeus, e por isso chamados de judaizantes. Palavra proveniente do verbo grego, ioudaízo, “viver como judeu, viver de acordo as normas religiosas dos judeus, Gl 2, 14;
Esses judeus, agora ingressos no cristianismo, queriam que os gentios observassem a lei de Moises como condição para salvação.
“Se não vos circuncidardes, conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos” At 15. 1, Esses homens saíram de Jerusalém por sua conta própria.
Tiago disse que não os enviara, portanto não podiam representar a igreja-mãe, de Jerusalém ( At 15. 24 ).
A palavra “outro”, é heteros que siguinifica “outro de natureza diferente”, não é a mesma coisa que “outro” da mesma natureza (como o do ( v. 7, allos).
Isso afasta a hipótese de o evangelho pregado pelos opositores de Paulo ser meramente um evangelho, “corrompido,
distorcido ou pervertido”, mas sim outra coisa.
O apostolo foi categórico ao chamar a falsa doutrina desses legalistas de “outro evangelho”. Isto é, sem vínculo com o Cristo ressuscitado, revelado no Novo Testamento.
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Esses legalistas de que trata a epístola aos gálatas mexeram no cerne do evangelho.
“Anátema” significa “maldição”. O fato de o apostolo amaldiçoar duas vezes esses legalistas mostra a seriedade do assunto; estavam propagando outro evangelho, privando os cristãos da liberdade com que Jesus nos libertou, transferindo para o homem a honra e a glória que pertencem exclusivamente a Deus, oferecendo a salvação por meio de recursos humanos.
Eis porque Paulo foi tão contundente com esses legalistas.
Esse versículo mostra que os acusadores do apostolo diziam que Paulo procurava agradar os gentios pregando-lhes uma mensagem e da mesma forma aos judeus, pregando-lhes outro evangelho.
O apostolo declara que seu compromisso era com Deus.
CONCLUÍNDO;
Devemos, portanto, tomar muito cuidado quando alguém diz, que o problema da Galácia era meramente uma tentativa dos primeiros cristãos de transformar a Igreja numa sinagoga em uma época de transição. Era muito mais que isso. Era uma tentativa diabólica de neutralizar a eficácia do Evangelho, e Paulo pelo Espírito entendeu toda a situação com clareza meridiana, e deu tudo que tinha pela defesa do Evangelho.
Que essa lição, venha servir para os legalistas de hoje que querem acrescentar algo mais que a fé em Jesus para a salvação.
E que o Senhor da seara nos ajude a defende a igreja de Jesus, desses legalistas
Lição 03 - A ORIGEM DO EVANGELHO DE PAULO
Texto – Àureo = “Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum mas pela revelação de Jesus Cristo”Gl 1. 12;
Leitura Bíblica Em Classe = Gl 1. 11-19;
Gl 1. 11 = Mas faço vos sabe, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens,
O estudo desta terceira lição, é sobre a apologia irrefutável e indestrutível da autenticidade da doutrina cristã revelada por Deus a Paulo e de sua autoridade apostólica.
De tal modo ele pregava vivia e defendia o evangelho de Cristo, que chamava-o “meu evangelho” Rm 2. 16; 16. 25; IITm 2. 8;
Em Gálatas Paulo expôs vários fatos de sua vida pessoal como próva de que recebeu o evangelho diretamente de Deus.
Ninguém pregou para Saulo de Tarso; foi o próprio Jesus que apareceu a ele, ( At 9. 3 – 6, 15 ).
É isso que ele quer dizer, quando diz que não recebeu e nem aprendeu de homem algum.
Aqui ele faz uma demonstração da declaração feita em Gl 1. 1; que estudamos na lição passada.
O conceito paulino do cristianismo não foi concebido pela razão humana, nem como produto da imaginação de Paulo
Ele reivindica com muito vigor e propriedade a origem divina do evangelho completo que pregava e ensinava.
E uma referência a seu encontro pessoal com Jesus no caminho de Damasco e que não procurou os apóstolos para ser doutrinado por eles.
Ele foi para Arábia por um longo tempo, e daí volt ou a Damasco.
Paulo não estava com isso menosprezando a autoridade dos demais apóstolos: o que ele estava dizendo que tinha a mesma autoridade que eles.
Ele não esteve três anos e meio com o Senhor Jesus, como os de Jerusalém, mas recebeu diretamente do Senhor o seu evangelho.
Ele diz: “Nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim foram apóstolos”, v. 17;
Deus usou esse homem mais do que qualquer dos doze apóstolos, ( I C o 15. 10).
Sua sabedoria, sua espiritualidade, seu talento, sua criatividade, seu ímpeto, seu zelo e disposição no trabalho.
Somando a isso sua bagagem cultural, o extraordinário conhecimento do Antigo Testamento, com a graça de Deus e a inspiração do Espírito Santo, são a causa da sua teologia.
O propósito de Deus desde os tempos antes dos séculos aos séculos dos séculos – de eternidade a eternidades, estas revelados nos escritos paulinos.
Como ele soube de tudo isso?
É isso que explica em ( Gl 1. 11 – 24 ).
O breve relato de sua vida, que era conhecido das igrejas, serve como instrumento indestrutível para mostrar a origem de seu evangelho.
O objetivo de sua autobiografia é mostrar a impossibilidade de um fanático e inveterado praticante do judaísmo conceber a salvação simplesmente pela fé em Jesus, sem as obras da lei. Esse novo conceito só podia ser algo vindo do Espírito Santo, pois humanamente seria imposível.
Ele lembra os seus leitores a sua origem.
Era praticamente fervoroso do judaísmo, religião dos judeus. Era inimigo implacável de Jesus Cristo; consentiu na morte de Estêvão. Perseguiu ferozmente os cristãos não só de Jerusalém, pois estava a caminho de Damasco, no encalço dos discípulos de Jesus, ( At 8. 1 – 3; 9. 1, 2 ).
Assim mostra o seu zelo e a sua disposição para exterminar a Igreja de Jesus Cristo.
No entanto foi alcançado pela graça de Deus. Um homem tão radical assim, não seria transformado em outro homem com outro conceito de teologia, com outra visão de mundo, se Deus não estivesse nesse negocio.
Era impossível ser essa doutrina originada no judaísmo
Quando Jesus se revelou a
Saulo disse que ele seria um vaso escolhido, ( A t 9. 15 ).
O apostolo afirma, muitos anos depois de sua conversão, que já fora escolhido por Deus para esse ministério desde o ventre de sua mãe.
Deus, também, falou ao profeta Jeremias, que lele fora escolhido antes que ele se formasse no ventre materno, ( Jr 1. 5 ).
Jeremias para profeta no A. T. e Paulo, para apostolo no N. T. isso mostra que é Deus que escolhe e prepara os seus mais ilustres representantes para uma tarefa específica.
III. PAULO NA ARÁBIA;
Difícil saber a que região o apostolo se refere.
Nos seus dias era uma área muito vasta, governada pelo rei Aretas, que incluía a própria Damasco até a região do Sinai, habitada pelos árabes, ( II Co 11. 32, 33 ).
O autor de Atos, Lucas, silencia quanto à estada de Paulo na Arábia.
2.Damasco e Jerusalém.
Foi o ponto de partida da nova vida de Saulo.
De Damasco partiu para Arábia; esse roteiro é desconhecido em atos.
Depois voltou outra vez a Damasco, quando, passados três anos foi para Jerusalém.
Esteve apenas quinze dias com Pedro,e não viu mais nenhum dos apostolo senão a Tiago.
Retornou a Jerusalém, “por uma revelação”, ( Gl @. 1, 2 ), e não porque e não porque fora chamado pelos apóstolos.
Foi uma visita rápida para levar os donativos para os irmãos pobres de Jerusalém, ( At 11. 27 – 30 ).
É possível que seja uma referência a estada de Paulo em Antioquia da Síria, também conhecida como Antioquia do Orontes, que situava-se nas proximidades do rio Orontes ( At 11. 25, 26 ).
Tarso, terra natal de Saulo ficava na Cílicia.
Essa passagem pode ser uma referência a sua estada em Tarso antes de ser procurado por Barnabé, ) At 11. 25 ).
O apostolo Paulo passou um período na Arábia logo após a sua conversão a Cristo.
Ele nada fala sobre as suas atividades nesse período e é improfícuo ( inútil ) especular sobre o assunto, ( Gl 1. 17, 18 ).
Paulo não teve o privilegio que tiveram os demais apóstolos, de conviver três anos e meio com o Senhor Jesus.
Esse período sérvio para compensar o privilégio que ele não teve de conhecer Jesus e de conviver com Ele, antes de sua morte e ressurreição.
O período na Arábia, pode ter sido um tempo de meditação nas Escrituras, reflexão sobre Jesus e o cristianismo, e contemplação sobre os últimos acontecimentos e nas coisas de Deus.
Neste período ele pode compreender o A. T. e também interpretar a vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus.
A morte de Jesus não foi meramente um acidente.
Mesmo sendo já previsto pelos profetas, Paulo foi mais além e trouxe à tona uma teologia até então desconhecida numa época em que sequer havia um dos evangelhos escrito.
Uma feitura cuidadosa de Rm 3. 21 – 28; mostra como lhe foi revelada pelo Espírito Santo a morte do Senhor Jesus.
Deus, recebeu o sacrifício de Jesus como oblação por nossos pecados e isso elimina a possibilidade de se acrescentar algo além da fé em Jesus para a salvação, ( Hb 7. 25, 26;
CONCLUINDO:
Poderia alguém resolver ser pastor e por sua própria conta a si mesmo se ordenar ministro, alegando que recebeu essa ordem do Senhor, tentando se justificar na passagem bíblica da leitura em classe desta semana.
Porém é preciso analisar; Deus chamou Paulo para revelar algo novo e, além disso, jamais ele contrariou os demais apóstolos.
Não estava fundando simplesmente mas, uma Igreja.
A autoridade de Paulo era a mesma dos demais apóstolos e tinha o reconhecimento das igrejas.
Isso acontece com os ministérios espúrios?
Paulo não fundou igrejas para ele mesmo mas somou forças.
Embora Paulo se referisse principalmente ao seu ministério, apostólico, todo crente, em certo sentido, foi separado pela graça a fim de que Deus revelasse nele seu Filho. Fomos separados do pecado e do presente mundo mau, ( v. 4 ) a fim de viver-nos em comunhão com Deus, e testemunhar de Jesus.
Lição 04 - O ÚNICO EVANGELHO
Texto – Áureo = “Porque não me envergonho do Evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crer, primeiro do judeu e também do grego” Rm 1. 16;
Leitura Bíblica em Classe; Gl 2. 1 – 10;
Gl 2. 1 = depois passados catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito.
INTRODUCÃO;
Vimos na lição passada a independência do evangelho pregado por Paulo.
Hoje vamos ver que essa independência não significa anarquia e nem tão pouco algo sectário ou cismático, mas que se trata do mesmo evangelho pregado por Jesus e e pelos demais apostolo. Os apóstolos de Jerusalém haviam confirmado o evangelho de Paulo desde o princípio.
Estudaremos que o evangelho é um só, a autenticidade desse evangelho, e também aprova de que tudo o que vem de Deus se sustenta por si mesmo.
O v. 10 faz menção da ajuda aos pobres.
Isso é importante para se compreender o contexto da ida de Paulo a Jerusalém.
É possível que seja uma referência à passagem;
“As igrejas da Galácia”, em I Co 16. 1; Isso indica que a epístola de Gálatas já existia quando Paulo escreveu aos coríntios, cuja data está entre 54 e 55 d.C.
A primeira vez teria ocorrido após ter permanecido um período na Arábia e depois de três anos novamente em Damasco, ( Gl 1,18; At 9. 26). Catorze anos depois da sua conversão a Cristo.
Paulo sobe pela segunda vez a Jerusalém, agora procedente da Antioquia da Síria.
Essa segunda visita foi por revelação, ( v. 2; At 11. 25 – 30). Portanto, não foi convocado pelos apóstolos para relatório.
( cuidado! Não confundir essa visita de Paulo, com a ida ao concílio de Jerusalém, registrado em atos 15 ).
Gálata foi escrito ante do referido concílio.
Somando os anos mencionados nessa epístola, podemos afirmar que essa visita a Jerusalém aconteceu antes de sua primeira viagem missionária.
O nome Barnabé é mencionado três vezes nesse capítulo, ( V V, 1, 9, 13).
Barnabé foi companheiro de Paulo mesmo antes de sua primeira viagem, ( At 9. 27; 11. 25 – 30 ).
Foi seu companheiro na sua campanha da Galácia do Sul, portanto era conhecido das igrejas da Antioquia da Pisídia, Lista, Derbe e Icônio.
II OS INIMIGOS DO CRISTIANISMO
1.Tito e a circuncisão;
Para Barnabé, que era judeu, ( At 4. 36 ), a circuncisão não seria problema.
Tito, sendo grego foi um risco que Paulo correu, mas não foi uma provocação, introduzir um incircunciso entre os judeus.
Os judaizantes queriam que Tito fosse circuncidado.
Encontramos no N. T. a compreensão e tolerância de Paulo com os fracos na fé, a ponto de circuncidar Timóteo ( At 16. 3 ); mas nessa reunião em Jerusalém, onde expôs o evangelho que pregava aos gentios, ele não cedeu nem um pouco, “nem por uma hora” v. 5;
Isso por duas razões: Tito era grego ( portanto, gentio), e porque estava em risco a verdade do evangelho e o futuro do próprio cristianismo.
Onde quer que Paulo fundasse igrejas os judaizante iam em seu encalço para despregar o que ele pregava.
O evangelho que Paulo pregava era algo novo tanto para os gentios como para os judeus.
A indignação não era preocupação com sua posição, ou seu status de apostolo de Cristo.
A preocupação, como ele declara duas vezes em Gálatas cap. 2, era a “verdade do evangelho” ( VV. 5, 14 ).
Em outras palavras, estava em jogo não somente a salvação dos Gálatas, mas também o futuro do próprio cristianismo.
Não é necessário muito esforço para se perceber o quanto Paulo e Barnabé foram pressionados pelos judaizantes diante dos demais apóstolos de Jerusalém. A luz do ( v. 9), parece que somente João, Pedro Tiago estavam presente.
Os outros apóstolos deviam estar em plena atividade missionária em outras regiões.
Esses judaizantes chamado de”falsos irmãos” consegui –ram furar o bloqueio entrando sem serem convidados a reunião, v. 4 ; Eram inimigos da liberdade cristã, do evangelho, de Paulo e do próprio cristianismo.
O pior de tudo isso é que essa gente estava infiltrada na Igreja, e conseguia entrar até em reuniões apostólicas.
A mensagem de Paulo não se restringe apenas aos judaizantes, mas também a todos os legalistas da atualidade.
Isso vale para as seitas e também para os falsos irmãos que pervertem o conceito bíblico, de cristianismo, e assim procura transformar o cristianismo numa seita legalista e impedir o crescimento da Igreja.
A nossa visão do evangelho é neotestamentária e depida de formalismo e ritualismo.
A reta conduta cristã é fruto da salvação e não condição e nem meios para a salvação.
O que nos toma aceitos diante de Deus é a fé em Jesus e não as nossas obras, ( Is 64. 6 ), somos salvos mediante a graça de Deus, ( Ef 2. 8, 9 ; Tt 3. 5 ).
É bom lembrar que essa reunião não foi um concílio.
Paulo não foi a Jerusalém por convocação dos apóstolos, mas “por uma revelação divina”, v. 2 ; É possível que essa revelação tenha ligação com Ágabo, pois a missão de Paulo, pelo que parece, foi levar donativos para os irmãos pobres da Judéia ( At 11. 27 – 30 ). Aproveitando a ocasião o apostolo expôs o evangelho que vinha pregando aos gentios a catorze anos, ( vv. 1,2 ).
Ele tinha convicção de que recebeu esse evangelho de Deus e estava consciente que a sua subida para Jerusalém era em obediência ao mandado de Deus.
Não existem dois ou mais; somente um evangelho; o evangelho de Pedro e o de Paulo, também chamado de evangelho da circuncisão e da incircuncisão, são meras formas de apresentação, mas o conteúdo é o mesmo.
Ambos receberam uma incumbência da parte de Deus.
O compromisso de Paulo era com os gentios; Rm 11. 13;o de Pedro com os judeus, mas o evangelho é o mesmo.
Prevaleceu a unanimidades entre Paulo e os apóstolos, que eram as colunas.
O resultado da reunião esmagou os judaizantes, foi como um rolo compressor sobre els.
É verdade que Paulo não precisava do reconhecimento de Jerusalém para pregar o evangelho, do contrário não esperaria catorze anos para essa definição, pois ele tinha a mesma autoridade dos demais apóstolos, Gl 1. 16, 17;
Só o fato de esses apóstolos, sendo judeus, concordarem com Paulo, já era uma vitoria esmagadora sobre esses legalistas.
Disse: deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fossemos aos gentios e eles, à circuncisão.
Esse resultado serviu tanto aos gálatas como a todo o cristianismo nesses vinte e um séculos da história.
Quem examina e estuda a epístola aos gálatas, fica comprometido com o evangelismo dentro das missões.
CONCLUÍNDO;
Que o Espírito Santo o desperte cada líder para a obra missionária, seguindo o exemplo dos apóstolos.
Tal tarefa não é uma alternativa e nem um pedido de Jesus, muito menos do ( pastor Lourival), que vos exorta;
Mas uma necessidade e sobretudo uma ordem imperativa, ( Mc 16. 15 – 20; Mt 28. 19 – 20;
Lição 05 - EXORTAÇÃO A SANTIDADE
TEXTO – ÁUREO = “Aquele, pois, que vos dá o Espírito e que opera maravilhas entre vós o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé”? ( Gl 3. 5 ).
Leitura Bíblica em Classe; Gl 3. 1 – 14;
Gl 3. 1 = Ó insensato gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós perante os olhos de quem Jesus Cristo foi representado como crucificado?
Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.
Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
INTRODUÇÃO;
O apostolo Paulo ficou perplexo com a rapidez com que os crentes gálatas aviam se desviado da fé, conforme já estudamos na lição de nº 2 ;
Eram filhos na fé de Paulo, foram evangelizados e doutrinados pelo apostolo.
Tão depressa se desviaram para seguirem estranhos, e o pior, um evangelho contraditório.
Paulo devia ainda estar ainda em Antioquia da síria ou tal vez em Jerusalém, antes do concilio.
O verbo usado no original para “fascinar” é bascaíno e só aparece nesta passagem em todo o N. T. ;
Na literatura grega clássica da época tem o sentido de “enfeitiçar”. Os gálatas receberam o Espírito Santo quando creram na mensagem que Paulo pregou, e não pelas obras da lei.
Era uma experiência extraordinária do poder transformador de Deus na vida deles.
Como agora podiam trocar essa experiência verdadeiramente cristã por um evangelho espúrio e contrario ao que o apostolo pregou? Estava agora estupefato!
Não podia crer que essa gente pudesse ser iludida, como se fosse iludida, como se fosse enfeitiçada por satanás o pai da mentira, ( Jo 8. 44 ).
Nenhum crente é salvo por mérito ou porque praticou alguma boa obra ou porque observou alguns principio da lei de Moisés.
Todos os crentes em Jesus foram justificados, isto é, aceito por Deus, mediante a fé em Jesus, ( Tt 3. 5);
Quando o pregador fez o apelo, você foi até a frente; você não fez outra coisa senão crer na mensagem do pregador, e essa fé em Jesus, tornou você aceito diante de Deus.
Nessa decisão você recebeu o Espírito Santo, e se tornou um salvo.
O apostolo está dizendo que essa foi também a experiência dos gálatas.
O exemplo de Abraão é usado novamente depois de oito (8) anos, na epístola aos Romanos, cap. 4; Isso mostra que Paulo vivia e espirava os conceitos teológicos da nova religião cristã revelada.
Paulo defendia essa doutrina no seu dia a dia, tanto diante dos gentios como também dos judeus.
Ele tinha uma coragem extraordinária.
Aqui ele busca elementos no próprio N. T., as escrituras dos judeus para fundamentar sua teologia.
Ele prova que Abraão foi justificado pela fé: “E creu ele no SENHOR, e foi-lhe imputado isto por justiça, ( Gn 15. 6 ).
Abraão nada mais féis para ser aceito por Deus senão exercer a sua fé.
Como agora na dispensação da graça, os legalistas querem ser justificados pelas obras da lei?
Os falsos mestres judaizantes diziam que só podiam alguém ser aceito por Deus se fosse filho de Abraão.
Os judeus diziam que filho de Abraão, no sentido espiritual, é todo aquele que apresentar semelhança espiritual como ele, cuja vida seja moldada pela fé.
Assim, “os que são da fé são filhos de Abraão”, v. 7;
Por isso que o apostolo não se cansava de dizer que o verdadeiro israelita é o Cristão, independentemente de sua etnia ( raça ou povo) Rm 4. 12 – 17; 9. 8, 30 – 32;
Quando recebemos Jesus Cristo em nossa vida, deixamos de ser gentios espiritualmente, ( I Co 12. 2; Ef 2. 11).
Quando Deus chamou Abraão, disse: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra, ( Gn 12.3)
Deus estava mostrando com isso que o seu propósito era justificar os gentios pela fé. Paulo deixou claro que essa mensagem foi a primeira pregação do evangelho, feita pelo próprio Deus a Abraão.
Essa bênção é extensiva a todas as famílias ou “nações”.
Que benção é essa? A característica que as Escrituras ressaltam em Abraão é a fé e por isso foi abençoado. Assim todos aqueles que se portarem da mesma maneira que Abraão, vivendo pela fé, são seus descendentes espirituais e, portanto, herdeiros de Abraão, ( v. 9 ).
I I I. FÉ OU OBSERVÂNCIA DALEI?
O apostolo Paulo mostrou com o exemplo de Abraão que os que são da fé são abençoados.
Agora Paulo passa a mostrar, a luz das Escrituras Sagradas usadas pelos próprios judaizantes, a maldição dos legalistas. Maldição é o contrario de bênção.
A expreção “Todos aqueles pois que são das obras da lei”, no v. 10, mostra que a maldição não se restringe apenas aos judaizantes. O Espírito Santo mostra que essa maldição é extensiva a todos os que procuram se justificar pelas obras da lei, tanto judeus como gentios e em todas as épocas.
Nos VV. 2 e 5; o apostolo apresenta a mesma fraseologia, sem a palavra “todos”, pois ele se referia aos judaizantes, no entanto, o v. 10 se aplica a todos.
Ninguém na terra jamais pôde cumprir toda lei, exceto Jesus, ( Mt 5, 17, 18). Nem mesmo os opositores de Paulo, (Gl 6. 12 e 13 ).
A expressão “maldito todo aquele que não perma- necer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las”, tirada da própria lei de Moisés, Dt 27. 26; mostra que guardar sábado, observar a circuncisão e outras praticas, não representa toda lei.
Tiago disse que observando toda lei, tropeçando em um só ponto o homem torna-se culpado de todos, ( Tg 2. 10 ).
Os judaizantes e seus seguidores, portanto, são malditos porque não conseguem cumprir toda lei.
Nos VV. 10 a 14; o apostolo apresenta outra realidade que os gálatas deviam conhecer, e com ela podiam repudiar os judaizantes.
As duas passagens do Antigo Testamento: “O justo viverá da fé”, Hc 2. 4; e “o homem que fizer estas coisas por elas viverá”, Lv 18. 5; nos VV. 11 e 12, do nosso contexto mostra a superioridade do evangelho. As duas declarações são antagônicas e escludentes entre si mesmas.
A primeira diz que você não precisa fazer nada ; Deus já fez, só a fé é suficiente, é pela fé que o justo vive; entretanto, a outra declaração afirma que você precisa fazer algo para viver.
Isso neutraliza a graça de Deus, e a glória de Cristo é transferida para o homem.
Jesus assumiu os nossos pecados na cruz, Ele se fez pecado por nós, Rm 8. 3; II Co 5. 21 ).
Paulo tirou a expressão; “maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”, de Dt 21. 23 ;
A morte no madeiro era sinal externo da maldição na legislação judaica. Isso obviamente serve para morte de cruz.
Às vezes os escritores do Novo Testamento usam a palavra “madeiro” para designar a cruz ou cruz de Cristo ( At 5. 30; I Pe 2. 24).
O apostolo mostra que a maldição foi removida quando Cristo tomou sobre si, e isso permitiu aos gentios retornarem a fé. Portanto, a “bênção de Abraão”, (v. 14) significa a justificação pela fé e a posse do Espírito Santo.
Jesus nunca pecou, nunca conheceu pecado era “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os Céus, Hb 7. 26;
Dizer que Jesus estava possesso na cruz, como ensinam as seitas e alguns profetas da Confissão Positiva, é uma blasfêmia.
Paulo não diz que Jesus é maldição, mas que se fez maldição por nós, para nos remir da maldição da lei.
Jesus em si mesmo era santo quando estava na cruz, ( Hb 9. 14; IPe 1. 19 ).
CONCLUINDO; Se não tivéssemos a posição firme do apostolo Paulo colocando a lei no seu devido lugar e explicando a superioridade do evangelho, o cristianismo, além de não ser religião distinta do judaísmo, não poderia ensinar a verdade da justificação dos pecados pela fé somente.
E por isso eu pr. Lourival e todos nossos leitores podemos dizer como Samuel; “Até aqui nos ajudou o Senhor, ( I Sm 7. 12).
Lição 06 - A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ
Texto-áureo = “sendo, pois. justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo”, (Rm 5. 1;
Leitura Bíblica em Classe; Gl 2. 11 – 21;
Gl 2. 11 = E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resistiu na cara, porque era repreensível.
Se tu, sendo judeu, vives como os gentios e não como judeu, porque obriga os gentios a viverem como judeus?
INTRODUÇÃO; Os dois principais pontos da epístola aos gálatas: A salvação pela graça, ( 2. 16; e a liberdade cristã, ( 5. 1) sendo o ultimo o tema da epístola.
O apostolo introduz o assunto da epistola no cap. 2 com um episódio que serve para nos transmitir uma lição pratica. A partir do incidente de Pedro em Antioquia, Paulo começa no V. 15, a desenvolver o tema da salvação pela fé.
Vamos estudar a partir de agora, a doutrina da salvação pela fé e também mostrar que o conceito de salvação pelas obras ensinado pelos legalistas é falso.
A Igreja crescia e se expandia, não estando mais confina – da apenas entre os judeus.
Esse crescimento chegou ao conhecimento da igreja de Jerusalém, ( At 11. 22 ).
A lição de Pedro por ocasião da experiência na casa de Cornélio servia agora para os apóstolos tomarem a decisão certa;
Os gentios têm, pela graça de Deus, livre acesso a salvação. A igreja de Jerusalém enviou Barnabé, o qual chegando em Antioquia e vendo o numero dos salvos, foi buscar Saulo, em Tarso, para cuidar do novo rebanho,( At 11. 19 – 25 ).
Foi nesse contesto que Pedro visitou Antioquia, ocasião em que Paulo e Barnabé estavam dirigindo a primeira igreja gentílica da história.
Os judeus são escrupulosos ao extremo no ( kashrut lei dietética dos Judeus observada até hoje, alimentos considerado puro e imundo).
Alem disso não comem com gentios.
O apóstolo Pedro ouviu do próprio Deus, que os gentios são parte do plano divino da salvação. Isso foi confirmado na casa de Cornélio.
Quando o Espírito desceu sobre ele e sobre os que estavam em sua casa
Pedro testificou disso para os demais apóstolos e todos entenderam que o evangelho devia ser pregado não só em Jerusalém, mas em todos os lugares e para todas as gentes. Tudo isso pode ser lido em At 10 e 11;
I I. O PECADO DA HIPOCRISIA;
Em Antioquia havia a pratica da refeição congregacional, também chamada de refeição agápe com a participação dos cristãos. Os judeus convertido deviam comer juntamente com os gentios convertidos ao cristianismo? Pedro entendeu que esses gentios agora eram seus irmãos e por isso comia e bebia com eles, sem constrangimento algum.
Quando chegou um grupo de Jerusalém, Pedro mudou o comportamento,, se afastando dos gentios.
Barnabé e os demais irmãos disfarçaram ou seja, “dissimularam”.
Entendemos que Pedro agiu dessa maneira por causa da pressão dos judaizantes e não por convicção pessoal.
Ninguém melhor do que ele mesmo podia contar a experiência da casa de Cornélio.
Paulo com esse testemunho, mostrava não somente a verdade do evangelho como também sua autoridade e reputação entre os apóstolos.
Esse episódio tem servido como estandarte da liberdade cristã.
III. O HOMEM É JUSTIFICADO PELA FÉ SOMENTE.
É erro crasso afirmar que Paulo desenvolveu uma teologia paralela aos quatro (4) evangelhos, (Mateus, marcos Lucas e João).
Os judeus costumam dizer que Paulo é o fundador do cristianismo.
Deus revelou ao apóstolo Paulo algo nunca revelado em outras épocas aos filhos dos homens, ( ef 3. 3 – 7), embora encontramos no Antigo Testamento vislumbres da provisão de Deus para salvar os gentios, ( Gn 12. 1 – 30. Paulo recebeu, pelo Espírito Santo, como isso devia ser feito.
Os judaizantes desconheciam o “modus operandi” da salvação dos gentios e queriam fazer do cristianismo uma seita judaica.
Ninguém em sã consciência pode negar a autodisciplina do judeu e nem o seu “modus vivendi” exemplar.
Os judeus têm um alto padrão de conduta, isso porque aprendem nas sinagogas todos os sábados, ( At 15. 21). Os gentios não aprenderam os bons costumes porque nunca tiveram quem os ensinassem, por essa razão o modo de viver deles era precário.
O que Paulo esta dizendo é que mesmo sendo judeu com um padrão ético muito acima do padrão dos gentios; “não pecadores dentre os gentios”, contudo eram igualmente peca - dores e careciam da justificação, ( Gl 3. 22; Rm 3. 9, 23 ), pela fé em Jesus, da mesma maneira que os gentios, “porquanto pelas obras da lei, nenhuma carne será justificada” (v. 16).
A conclusão do apostolo Paulo é que, segundo essa linha de raciocínio, Jesus teria morrido em vão, (v. 21).
As seitas não ensinam a salvação pela fé somente, sempre acrescentam algo mais.
Os adventistas do Sétimo Dia acrescentam o sábado, além da fé; os que se dizem serem testemunhas de Jeová acrescentam a venda de suas publicações, reivindicar o nome de Jeová e a sua filiação à Sociedade Torre de vigia, os Mormos; veja o que está escrito a respeito “segundo nossos sagrados escritores: Assim aconteceu na cidade de Fyette, U. S. A., quando F. smytte, em 1830, além de outros erros, Ensinava que Cristo não foi gerado do Espírito Santo, e que Jesus era polígamo, e que o Espírito Sasnto é apenas um fluído e QUE A SALVAÇÃO autorizada somente pelos livros dos mormos.
E que a doutrina da justificação, e que um homem pode ter quantas mulhes desejar.
Os tais se intitulam “igreja de fesus Cristo dos santos dos últimos dias, que significa “entidade de santos”! as seitas unicistas, além da fé em Jesus acrescentam o batismo em nome de Jesus. No entanto o apostolo diz;
“Concluímos pois que o homem é justificado que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei”. ( Rm 3. 28).
A justificação pela fé é o mesmo que dizer que somos por Deus pela fé em Jesus.
Nada mais é necessário, além disso para a salvação.
Se o homem pode ser aceito diante de Deus apenas pela fé em Jesus então não há problema para o cristão continuar pecando?
O ensino bíblico e cristão não é esse. Mas os legalistas entendiam assim e não concordavam com isso.
Os antinomianistas – libertinos ou liberais – entendiam da mesma forma que os legalistas, sendo que eles gostavam dessa interpretação, ( Jd 4 ).
No v. 20 Paulo, usa sua pessoa como exemplo; o que ele ali diz se referem a todos os crentes.
A justificação pela fé, que as vezes assusta até aos crentes em Jesus, pela maneira simples de o homem ser salvo pela graça de Deus, pois a tendência humana é complicar o que Deus simplificou, revela uma entrega total e irrestrita a Deus. Não se trata de uma fé intelectual e superficial, mas algo que torna a pessoa em nova criatura por um milagre de Deus o novo nascimento, II Co 5. 17) produzindo frutos dignos de arrependimento como decorrência da salvação, ( Gl 5. 22 ).
CONCLUINDO
Se é verdade que a lei não serve para a salvação, então o cristão não tem compromisso quanto a sua conduta pessoal diante da Igreja e do mundo?
O conceito de que a salvação pela fé não exige responsabilidade pessoais ou que torna o cristianismo uma religião muito fácil de ser seguida é falso.
Seria muito mais fácil seguir um conjunto de regras do que ter uma comunhão contínua com o Cristo ressuscitado.
Você cumprindo certos conjuntos de regras acha que já cumpriu a sua obrigação.
MAS A ESSÊNCIA do povo salvo é a comunhão intima e pessoal com Jesus, que vem de dentro para fora
Essa comunhão leva o crente a sentir repugnância e vergonha pelo pecado, e com isso vem o fruto do Espírito, ( Gl 5. 22 )!
Lição 07 - A VERDADEIRA FUNÇÃO DA LEI
Texto –Áureo = “Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a poste - rida a quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um mediador”, ( Gl 3. 19 ).
Lição Bíblica em classe = Gl 3. 15-29;
Gl 3. 15 = Irmãos como homem eu falo, se o testamento de um homem for confirmado ninguém o anula nem lhe acrescenta alguma coisa.
INTRODUÇÃO;
O apostolo continua com seu argumento contra os falsos mestres legalistas.
O estudo da lição passada deixou ainda dois pontos pendentes: Qual a função da lei?
E, qual a relação entre o pacto abraâmico? (a promessa) e a lei?
Hoje vamos dedicar a responder essas perguntas.
Aliança e testamento são palavras que estão bem ligadas. A palavra grega aqui usada é diatheke, que significa “testamento, pacto, aliança”.
Aparece 33 vezes no Novo Testamento e 285 na Septuaginta para traduzir a palavra hebraica b’rith.
Pra quem não tem conhecimento; a idéia primária de “pacto”, num termo bíblico teológico, é uma aliança entre Deus e o homem.
O apostolo lembra que todo mundo honra o testamen- to feito pelo mais simples dos homens, jamais alguém ousaria anular, acrescentar ou modificá-lo.
Se o testamento ou mesmo aliança confirmada no contexto humano ninguém pode mudar, quanto mais no plano divino. Deus jamais deixaria de honrar esse testamento e jamais permitiria alguém acrescentar o legalismo a essa promessa.
Segundo a tradição rabínica a promessa dizia respeito a uma pessoa, e não a uma multidão.
O v. 16; parece um parêntese no texto. O apostolo ressalta que a palavra “posteridade”, ou descendência está no singular, concluindo que é a pessoa de Cristo.
O dito argumento não está restrito apenas a um detalhe da gramática, singular e plural, mas numa avaliação espiritual extremamente profunda, Deus disse: “em ti serão benditas todas as famílias da terra, ( Gn 12. 3 ).
Isso não pode, portanto restringir-se somente a terra de Canaã e aos filhos naturais de Abraão.
O assunto é espiritual; a gramática é apenas um detalhe para dar apoio ao argumento bíblico.
O apostolo não faz distinão entre testamento e promessa no v. 17; Aqui Paulo justifica porque a lei não pode legalmente anular a promessa.
Acrescentar, pois algo ao testamento seria o mesmo que anulá-lo. Deus fez a promessa a Abraão 430 anos antes de Moisés promulgar a lei; isto é o testamento foi confirmado antes da lei.
Como o testamento não pode ser mudado e nem acrescenta-lhe mais nada, acrescentar a lei à promessa significaria que Deus não respeitou a sua própria palavra; estaria alterando o testamento, o qual seria absurdo.
O principio legal, usado por Paulo, sobre o testamento está muito claro.
Onde há testamento é necessário que intervenha a morte do testador, ( Hb 9. 16, 17 ). A morte de Jesus ratificou esse testamento.
A maneira errônea dos judaizantes e os demais legalistas opositores de Paulo ao interpretarem fez com que o apostolo fosse perseguido durante toda a sua vida, acusado de pregar contra a lei( At 21.28 ).
A lei teve sua utilidade, ela veio por causa da transgressão v. 19; Encontramos essa resposta com mais detalhes em Romanos;
“Pela lei vem o conhecimento do pecado”, ( Rm 3.20 ).
Se não há lei não pode haver pecado ( Rm 4. 15 ).
O homem não teria conhecido pecado se não fosse pela lei ( Rm 7. 7 ), assim a lei definiu o pecado.
O mediador ou medianeiro aqui é Moisés.
A lei é um pacto entre Deus e Israel, a aliança bilateral, isto é, envolve pelo menos duas partes, são Deus e o seu povo.
Porém, a promessa não é um pacto; é unilateral; depende exclusivamente de quem a faz.
Na lei você precisa cumprir um contrato; envolve duas partes.
Na promessa você precisa apenas da fé em Jesus, conforme o evangelho, pois, o cumprimento depende exclusivamente de Deus, de sua graça.
Estudamos na lição passada que o apostolo mostra a possibilidade teórica, apenas teóricas, de alguém ser justificado pela lei. Na pratica era impossível, porque ninguém pode cumprir toda a lei ( v. 12; Cap. 6. 12, 13).
A lei é santa ( Rm 7. 12), porém inadequada para salvar.
O propósito dela é duplo; revelar e definir o pecado até o cumprimento da promessa: “até que viesse a posteridade a quem a promessa havia sido feita”, pois ela foi preparatória; não veio como solução final, mas para conscientizar os homens da necessidade da graça de Deus; de algo que transcendesse a própria lei, “para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes”, ( v. 22 ).
I I I. ILUSTRANDO A LEI E A PROMESSA;
Os verbos traduzidos “guardados” e “encerrados”, no original têm os sentidos de “guardar proteger, manter sob custódia” ( o primeiro), e “manter alguém em prisão, encarcerar, sujeitar, declarar alguém prisioneiro” ( o segundo).
Ambos servem para ilustrar a condição espiritual do homem como prisioneiro, sem poder escapar.
A analogia da lei do casamento ilustra muito bem essa situação, ( Rm 7. 1 – 4 ).
O aio ou pedagogos, “tutor”, era um escravo de confiança da família, no mundo greco-romano encarregado de tomar conta do menino entre 6 e 16 anos principalmente levá-lo para a escola, e trazê-lo de volta para casa, supervisionando sua conduta.
Não era mestre, mas o guia e guardião que disciplinava o menino. Assim a lei exercia apenas um papel disciplinar servindo de aio, para nos conduzir a Cristo – Senhor e Mestre superior.
Isso mostra a função inferior dela em relação ao evangelho, que sua função terminou com a vinda do Messias, (v. 25 ). Agora, somos dependentes da graça de Deus, livres da lei
O apostolo Pulo diz com todas as letras de maneira explicita que nos tornamos filhos de Deus pela fé em Jesus ( v, 26 ).
Essa condição de filhos elimina a distinção entre ( etnia, sexo e nível social.
Ma oração matutina daqueles tempos, muitos judeus oravam agradecendo a Deus por não terem nascido gentio, nem escravo e nem mulher.
Veja o que Jesus fez ante essa situação:
“Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”.
CONCLUINDO:
O rabino Sandmel que o Jesus dos evangelhos é compreensível para qual quer judeu e com relação a Paulo disse:
“Para os judeus, as leis que encontram no Pentateuco são nobres, dignas e eternas; para Paulo elas eram só limitadamente dignas e, além disso, deram origem ao pecado e foram ob-rogadas quando, um dia, Cristo Apareceu”.
É, pois, pela graça que temos gozo, paz, alegria, o Espírito Santo, e somos adotados como filhos.
A lei nada pode fazer nesse sentido. As promessas da Bíblia são fiéis e suas declarações são verdadeiras e se confiram na vida pratica.
...”até aqui nos ajudou o Senhor!!! I Sm 7. 12; Amém.
Lição 08 - OS FILHOS DE DEUS
TEXTO – ÁUREO = “Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai, que fossemos chamados filhos de Deus.
Por isso o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele”, ( I Jo 3. 1 ).
Leitura Bíblica Em Classe; Gl 4. 1 – 11).
Gl 4. 1 = Digo, pois, que, todo o tempo que o herdeiro é menino, em nada difere do servo, ainda que seja senhor de tudo.
INTRODUÇÃO:
No cap. que estudamos nas últimas duas lições, vimos que Paulo faz uma demonstração solida e apresenta um argumento indestrutível de maneira que, pela ótica humana, ele poderia encerrar o assunto.
Mas foi impulsionado pelo Espírito Santo para continuar escrevendo com o mesmo ímpeto na defesa do evangelho, mudando apenas o argumento.
1.O menino no mundo antigo; A passagem para a maioridade, era mais definida que na atualidade.
A adolescência, do latim adolescentia ou adulescntia, que significa Jovem, juventude.
É a fase entre a infância e a maioridade, na nossa cultura ocidental.
No mundo antigo a criança passava diretamente da infância para a fase adulta.
Os judeus têm ainda hoje o bar mitzva, os gregos tinham o efebos, e os romanos liberalia,
Há ainda hoje tribos polinésia, e até no Brasil, como os ianomâmi, por exemplo, que conservam seu rituais de passagem da infância para a fase adulta.
É a maioridade espiritual do judeu, cerimônia religiosa em que o menino faz pela primeira vez a leitura publica do Torah – Lei de Moisés – ao completar 13 anos.
Os judeus dizem que a partir disso o menino passa a ser responsável diante de Deus.
A passagem de Lucas ( 2. 42 ) diz respeito ao bar mitzvah de Jesus.
Ao completar 18 anos eram escritos como cidadãos em Atenas, dos 18 a 20 ficavam sob a supervisão do Estado. Essa passagem era feita mediante uma cerimônia religiosa ( efebos), dedicadas aos deuses da Grecia, a festa era chamada aparturía.
Nesse ritual o menino tirava a toga praetexta – vestimenta branca com uma faixa vermelha, que os patrícios usavam em Roma entre 14 a 17 anos _ e vestia toga virilis, vestimenta de adulto. Com esse ritual religioso a família introduzia formalmente a vida pública.
Estava sob a tutela de um tutor ou curador.
Com essa ilustração do contexto social das três culturas da época, Paulo apresenta mais um argumento sobre a superioridade da graça.
A lei exercia o domínio sobre a humanidade, durante a infância: Os judeus sob a escravidão da lei, e os gentios sob os rudimentos do mundo, ( v. 3 ).
Esses rudimentos são suas crenças e superstições provenientes da idolatria do sistema pagão.
Essa expressão significa o tempo determinado por Deus ou cumprimento do tempo.
Deus estabeleceu o tempo certo para a vinda de seu filho.
Isso assinala o inicio de uma nova era, da chegada da fé, ( Mc 1. 15; Gl 3. 19, 23, 25 .
O mundo estava preparado para a vinda de Cristo e para a expansão do cristianismo
Os judeus, os gregos e os romanos naquela época viviam um contexto social, político econômico e espiritual, que contribuiu para esse advento,
Desde a Diáspora judaica nos dias de Nabucodonosor, rei de Babilônia, que os judeus viviam dispersos pelas principais cidades do mundo.
Eles influenciaram o mundo com seu monoteísmo e com a esperança da vinda do Messias.
Em cada cidade havia uma sinagoga ( At 15. 21 ), que serviu de plataforma para Paulo iniciar a pregação do evangelho ( At 13. 14; 14. 1; 17. 1; 18. 4 ).
Em Israel, os judeus nativos viviam numa intensa da vinda do Messias, por causa do grande sofrimento e da opressão sobre aquele povo.
As conquistas de Alexandre, o grande, filho de Felipe II, rei da Macedônia, contribuíram posteriormente para a expansão do cristianismo.
Alexandre disseminou a cultura grega entre os povos conquistados.
A helenização era a globalização nos padrões daquela época.
A língua grega se tornou a língua diplomática e internacional, falada em todo mundo civilizado.
Por isso que o Novo Testamento foi escrito originalmente nessa língua, com exceção, talvez do evangelho de Mateus. Isso facilitava a comunicação do evangelho entre as várias etnias, eliminando as barreiras lingüísticas.
Eles se encarregaram de eliminar as fronteiras e de construir as principais estradas que interligavam as grandes cidades.
Todos os povos do mundo civilizado daquela época estavam sob a legislação romana.
Isso facilitava também as viagens missionária de Paulo e dos demais missionários.
Jesus nasceu num período chamado de pax romana, pois toda região mediterrânea, havia sido conquistada por Roma; um tempo de relativa paz, no mundo.
Uma referência a Maria, mãe de Jesus, mencionada nos quatros evangelhos.
O apóstolo mostra que o filho de Deus assumiu a forma humana para entrar no mundo.
Jesus foi concebido no ventre de Maria por obra e gaça do espírito Santo, como está registrado na Bíblia: ( M t 1. 18 e 20; Lc 1. 34 e 35 ), todavia o seu o seu nascimento foi como o de qualquer ser humano. O apostolo reconhece o milagre da encarnação de Jesus. A expressão “enviou seu filho” ensina a preexistência de Jesus; e “nascido de mulher”, a natureza humana. Isso mostra as naturezas humana e divina de Jesus _ o Deus homem, o Emanuel Deus entre os homens ( Mt 1. 23 ).
O nascimento de Jesus ocorreu no contexto judaico, de mãe judia e, portanto sujeito as leis judaicas.
Ele nasceu e viveu sob a lei, foi o único que cumpriu a lei, satisfez toda s justiça dela, ( M t 5. 17 e 18 ).
Assim toda divindade, a humanidade e a justiça de Cristo, são as credenciais que qualificam nosso Senhor Jesus Cristo como o Redentor do mundo.
Paulo mostra isso quando diz: “... Nascido de mulher, nascido sob lei, para remir os que estavam debaixo da lei”, ( v. 4, 5).
A vinda de Cristo é a passagem da infância para a fase adulta da humanidade.
Sua morte serve como o ritual dessa passagem para a fase adulta.
III. A CONDIÇÃO DE FILHOS;
Deus nos remiu e nos adotou como filho.
Isso significa que na remissão de nossos pecados somos transformados de escravo à condição de filhos.
Como escravos éramos apenas criaturas de Deus.
O apostolo ensina que todo crente em Jesus, tem o Espírito Santo, Gl 3. 2 a 5 ;
Esse Espírito desperta em nós a consciência dessa filiação; isso nos leva à um relacionamento mais intimo com Deus clamando a Ele por “Aba Pai”, ( v. 6 ).
“Aba’ é uma palavra aramaica que corresponde em nossa cultura á ”papai”; a mesma palavra que nosso Senhor usou no Getsêmani, ( Mc 14. 36 ).
Os judeus não ousam chamar a Deus de Pai, embora o Antigo Testamento apresente Deus como o Pai de Israel.
Os muçulmanos se prostram diante de Alá, seu Deus, como escravos e não como filhos , dizem que é blasfêmia chamar a Deus de Pai. Mas a palavra de deus declara que somos filhos de Deus, ( I Jo 3. 1 ).
Sim somos filhos por adoção, ( Rm 8. 15, 23; Ef 1. 5 ), mediante a fé, Gl 3. 26 ).
Muitos desses gálatas se converteram dos ídolos e do paganismo ao cristianismo.
Isso significa que foram liberto da escravidão pagã, dos rudimentos desse mundo.
Com a intromissão dos judaizantes, saíram da escrvidão pagã, eles se submeteram aos rituais.
Sairam da escravidão pagã,e agora estavam na escravidão da lei, observando os rituais da lei, crendo que assim seriam melhor aceito por Deus.
O apostolo Paulo mostra que eles desceram de nível espiritual, deixando a condição de filhos e retornando a condição de escravo. O que pensavam ser um progresso espiritual, era, na verdade uma recaída, ( VV. 10 e 11 )
CONCLUINDO - DIZEMOS COM TRISTEZA
Ainda hoje, para nossa tristeza, há os guardam os sábados e com isso se julgam mais crentes dos que os outros.
Não somente o sábado, mas outras regras, tornando o cristianismo numa coletânea de preceitos, mandamentos e regras, ( Is 28. 13 ).
Crentes que se consideram mais santos do que os outros, como se fossem salvos pela sua própria santidade, e não pela graça de Deus. Paulo via esses crentes não ainda emancipados espiritualmente.
Lição 09 - MINISTÉRIO PASTORAL DE PAULO
TEXTO – ÁUREO; “Lembrai dos vossos pastores, que falaram a Palavra de Deus, a é dos quais imitai, atentando para sua maneira de viver”, ( Hb 13. 7 ).
Leitura Bíblica em Classe; ( Gl 4. 12-20).
Gl 4. 12 = Irmãos, rogo-vos que sejais como eu, porque também eu sou como vós; nenhum mal me fizestes.
Porque vos dou testemunho de que se possível fora, arrancaria os olhos, e mos daríes.
INTRODUÇÃO;
O texto que estamos estudando neste dia, é uma demonstração do caráter pastoral do apostolado de Paulo.
O pastor às vezes, precisa entender que, seu ministério não consiste apenas de ensino bíblico todo o tempo.
O rebanho necessita de afeto, cuidado, compreensão e atenção. O fato de ser implacável, e contundente não significa inimigo, a prova disso é que o apostolo havia sido bem tratado por eles; isso por si só prova que Paulo não tinha magoas ES nem ressentimentos deles, mas que foi o amor por eles que o levou a ser tão duro.
O relacionamento do pastor com a igreja da igreja com o pastor é o assunto que vamos destacar a partir deste mommento.
Depois de uma dura repreensão aos gálatas, Paulo prossegue com uma exoltação amorosa.
O que ele não fez no prefacio de Gálatas, elogiar os irmãos como costumava fazer em suas epístolas.
Paulo o fez aqui nesta passagem.
Esse é o trabalho de um pastor, como disse “um certo erudito”, ... Era um pastor de almas cheio de tatos e um afetuoso psicológico experimentado.
A gora ele fala como um pai fala a um filho, chamando-os de filho, chamando-os de irmãos, e roga, ou seja, suplica que os gálatas sejam como ele.
Paulo nasceu no judaísmo e deixou tudo para seguir Jesus pelo caminho da fé.
Quando esteve entre eles, abriu mão dos costumes de seus antepassados, como mensageiros de Cristo.
Submeteu-se a viver entre os gentios arrogar para si santidade acima dos outros por ser judeu ( I Co 9; 19 – 23).
Os gálatas se converteram a Cristo por sua graça. Mediante a fé, e agora estava deixando esse caminho para seguir a lei. O apelo do apostolo Paulo revela ternura e amor pelos seus filhos na fé, o desejo de Paulo era que os gálatas se libertassem dos rituais da lei da mesma maneira como ele se libertou mediante a fé em Jesus Cristo.
É muito importante o obreiro se identificarcom com o povo, assim como O Cristo de Deus se identifica com sua Igreja e Paulo com os gálatas.
O que caracteriza o homem de Deus, não é o seu conhecimento, nem o poder de persuasão, nem pregar muito bem, nem ser um excelente professor, nem ser um grande teólogo.
O fator principal que caracteriza os vocacionados por Deus para o ministério pastoral fidelidade, o prazer e a satisfação de se identificar com a Igreja de Deus que ele comprou com seu próprio sangue, ( At 20. 28), ter em si o cheiro de ovelhas”.
Paulo deu exemplo de um pastor segundo a vontade de Deus.
Nunca se aproveitou da condição de judeu, nem da de apóstolo, nem da de pai na fé deles, e nem da de fundador daquelas igrejas.
A base do seu ministério, era o amor, o qual nunca falha, I Co 13. 8;
Os VV. 13 e 14; apresentam detalhes que não se encontram nos registros de At 13 e 14; quando Paulo e Barnabé fundaram as igrejas da Galácia.
O apostolo apresenta o seu estado físico e de saúde quando chegou a província da Galácia.
Chegou àquela região por causa de uma enfermidade.
A Panfilia era uma grande região da Ásia Menor, mas Paulo não demonstrou interesse por ela.
Muitos expositores do Novo Testamento afirmam que Paulo foi acometido de malária.
Os pântanos da Panfilia eram infestados de mosquitos da malária e que isso talvez possa justificar sua ida rápida de Perge da Panfilia para Antioquia da Pisídia.
Primeiro vos “anunciei” (v. 13).
Na expressão “primeiro vos anunciei o evangelho” estão implícitas duas visitas do apostolo antes dele escrever aos gálatas.
Convém lembrar que durante a primeira viagem missionária, Paulo visitou a maioria dessas cidades na ida e na volta, portanto, duas vezes.
III. A ENFERMIDADE DE PAULO.
É difícil saber com certeza se a enfermidade ou “fraqueza da carne” mencionada nessa passagem é malária, contraída durante a viagem, ou se era o mesmo espinho na carne de II Co 12. 3; ou se ambos os casos referem-se ao mesmo problemas.
Vejamos algumas hipóteses.
2.Hipóteses prováveis,
A própria expressão “espinho na carne” mostra que era um problema no corpo físico e que provocava dores.
A tradição mais antiga diz que Paulo sofria de continua e terrível dor de cabeça.
Há os que afirmam que era o seu aspecto físico ( II Co 10. 10 ). O verbo grego ekptuo, usado no v. 14, significa “abominar, cuspir fora”.
Na literatura grega era usado para costume de se evitar alguém epilético.
Como o apostolo usou uma palavra muito forte ao referir-se a si mesmo, alguns acham que sua aparência física estava abatida e desfigurada de maneira tal que causava repulsa e isso, além de provocar dores causava-lhe constrangimento, ( II Co 12. 7 ).
A maioria dos expositores do N.T. admite que esse “espinho na carne” era uma enfermidade, pois o apostolo tinha problemas, oftalmológico – enfermidade na vista – (talvez por causa da grande luz da visão no caminho de Damasco). Será???
Segundo nosso “pastor” e comentarista desta lição, na reunião do sinédrio, parece que Paulo não pode reconhecer Ananias, o sumo sacerdote, o que parece mostrar que ele não enxergava bem, ( At 23 1 – 5).
( Eu, segundo o meu pouco conhecimento, pela Misericórdia de Deus; Paulo conhecia e sabia que era o sumo sacerdote, creio que até pela voz; só ele não pode reconhecer, pela as atitude de Ananias como sumo sacerdote que era, não podia mandar bater na boca dele.
Veja o v. 1, ele, pois os olhos. Quem não enxerga direito é cabisbaixo.
V, 2, O sumo sacerdote mandou bater na boca de Paulo. V. 3b; ... tu estais aqui assentado para julgar-me segun- do a lei e contra a lei me manda ferir?
Agora sim, possivelmente, também em nosso ver, “esse espinho na carne” seria enfermidade nas vistas, (Gl 6. 11
Havia três distorções do evangelho na Galácia as quais permanecem até os dias de hoje.
Todos esses conceitos negam esses conceitos negam a eficácia da morte de Jesus e são uma perversão do evangelho.
Diante disso precisava realmente ser muito duro com eles.
Aqui ele deixa claro que não tinha nada pessoal contra eles; o assunto tinha a ver com a verdade do evangelho.
Ele lembra de como foi recebido pelos gálatas quando esteve com eles na primeira viagem, ( V. 15 ).
Apresenta a demonstração de afeto por eles, quando diz: “meus filhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós, ( v. 19 ).
O zelo interesseiro dos judaizantes, ( V.17).
Os gálatas eram filhos na fé de Paulo e além disso o apostolo os amava de verdade.
Os judaizantes eram aproveitadores que procurava agradar os gálatas na tentativa de persuadi-los a adotar a religião judaica.
Eles não estavam preocupados com o bem estar espiritual desses irmãos, antes queriam ser adulados pelos gálatas; “para que tenhais zelo por eles”.
CONCLUSÃO:
A Bíblia fala de pastores que gostam de apascentar a si mesmo, ( Ez 34. 2 ; Jd v. 12 ).
Jesus chamou-os de mercenários, ( Jo 10. 12 e 13 ), e o apostolo Paulo, chama-os de obreiros fraudulentos, II Co 11. 13).
O pastor de verdade procura falar aquilo que a igreja precisa ouvir, e não necessariamente o que o povo quer ouvir. ´
É isso que Deus quer nos ensinar, quando o apostolo perguntou: “Fiz-me acaso, vosso inimigo dizendo a verdade? V. 16 ; Paulo agiu como um autentico pastor, não se preocupou com a sua situação pessoal diante deles, mas com a vontade de Deus, ( Gl 1. 10). Esse é o modelo que deve ser SEGUIDO PELOS PASTORES, EM DEFESA DA IGREJA DO SENHOR JESUS.
Lição 10 - OS DOIS CONCERTOS
TEXTO – ÁUREO = “De maneira que, irmãos, somos filhos não da escrava, mas da livre” ( Gl 4. 31 ).
Leitura Bíblica Em classe; Gl 4. 21 – 31;
Gl 4. 21 = Dizei-me vós, os que quereis estar debaixo da lei; não ouvis vós a lei?
INTRODUÇÃO:
O apóstolo Paulo agora prossegue com um argumento alegórico extraído do N. T. para silenciar os falsos mestres judaizantes da Galácia. Foi mais um passo para livrar os irmãos da escravidão da lei.
Tanto Paulo como os judaizantes reconhecem a autoridade da lei. Assim fica mais fácil o dialogo. Então Paulo entra no território do inimigo para vencê-lo com suas próprias armas. O tom aqui é de uma conversa, é como se dissesse: Vamos ver o que a lei nos diz já que vocês querem viver sob a lei?
Aqui temos um resumo da historia de Abraão, ( Gn 16. e 21). Deus prometeu fazer de Abraão pai de uma multidão. Sara era estéril e por isso não podia conceber.
A Bíblia diz Gn 16; que Sara deu sua criada Agar por mulher a Abraão, para que pudesse assim filhos. Uma tentativa humana de ajudar Deus a cumprir a promessa feita a Abraão. Desse arranjo humano nasceu Ismael, cerca de 11 anos depois nasceu Isaque da livre, Sara estava com 90 anos. COM MUI RESPEITO, PRIMEIRO AOS NOSSOS LEITORES, E EM SEGUIDA AO PASTOR COMENTARISTA DESTA REVISTA DE ENSINOS NAS ESCOLAS DOMINICAIS EM QUE FAZEMOS USO. A Bíblia nos revela Quatorze (14) anos, e não 11; vejam:
“E era Abraão da idade de oitenta e seis ( 86 ) anos quando Agar deu Ismael a Abraão, Gn 16. 16;
“E era Abraão da idade de cem ( 100 ) anos quando lhe nasceu Isaque seu filho, Gn cap. 21. 5;
Portanto 100 – 86 = 14 ; não foi nada apenas um equívoco da parte do meu companheiro !!!
A atitude de Abraão e Sara em relação a Agar, embora contraria ao espírito do Novo Testamento era tolerada por Deus em virtude do contexto histórico cultural e racional daquele tempo. Com o advento de Cristo, porém, o ideal monogâmico foi restaurado, rechaçando explicitamente a poligamia, ( I co 7. 2; I tm 3. 2 ).
Segundo a regra de interpretação bíblica dos rabinos da época de Paulo, cada passagem das Escrituras apresentava quatro significados: Literal, sugestão, dedução mediante investigação, e o sentido alegórico, que significa “mistério”
Eles tinham muita imaginação e inventavam muita coisa fantasiosa. Segundo esses rabinos, se alguém penetrasse nesses quatro sentidos estaria no gozo do Paraíso. Eram interpretações semi-esotéricas.
A diferença básica entre alegoria dos rabinos da época e dda alegoria de Paulo, aqui, inspirado pelo Espírito Santo, é que a do apostolo é bíblica, consistente, coerente, lógica, sóbria e equilibrada. Não há exagero, nada de fantasioso ou fantástico e seguem a ordem linear das coisas – a história bíblica trata de duas mulheres, uma livre e outra escrava; dois filhos, um livre e um escravo; nascido em circunstâncias diferentes e filhos de um mesmo pai.
III. O CONTRASTE ENTRE A ESCRAVIDÃO E A LIBERDADE.
A escrava é uma referência a Agar, e o seu filho é Ismael, que, nascido de uma escrava, é também escravo. “Nasceu segundo a carne” ( v. 23 ), quer dizer descendência relacionada com o pecado, morte e legalismo. A livre diz respeito a Sara e seu filho é Isaque. Filho da livre por isso. Nascido livre e segundo a promessa, que indica esfera completamente diferente; separada da carne e da lei. É a esfera do Espírito. Ismael nasceu de um arranjo humano, nascimento natural; Isaque nasceu por intervenção divina, como cumprimento da promessa e Abraão tinha 100 anos e Sara tinha 90. Sua idade já não permitia a concessão ( Hb 11. 11 ).
O escritor sagrado confirma a história da família de Abraão e ao mesmo tempo diz que esse fato é também uma alegoria dos consertos; a lei e a graça. Ele revelou o sentido espiritual de um fato histórico, Agar era escrava e como tal representa o antigo pacto da lei. O monte Sinai se localiza na Arábia, terra dos descendentes de Ismael, região habitada pelos filhos da escrava. Nesse lugar foi promulgada a lei. Assim, os que querem angariar a salvação pelas obras da lei e com os recursos humanos são filhos de Ismael, e, portanto, escravos com ele.
Sara a livre, representa o pacto em Jesus Cristo. A graça é um novo caminho no relacionamento do homem com Deus. Nós somos os verdadeiros herdeiros espirituais da promessa que Deus fez a Abraão, e não os judeus naturais, ( Rm 9. 6 e 7 ).
Agar representa Jerusalém de hoje, a terrestre, que durante os tempos do Antigo Testamento era a capital do judaísmo e do povo de Israel, ( Sl 137 ). Nessa época não havia algo melhor que a lei; ela cumpriu o seu papal, até que veio a graça. Os que rejeitam a salvação pela graça, rejeitam a liberdade que há em Jesus Cristo e assim continuam na escravidão espiritual. Sinai corresponde à Jerusalém de hoje, que é escrava com seus filhos; os filhos dessa Jerusalém são os judeus incrédulos, cristãos nominais dentre os judeus e todos os legalistas religiosos. ( ler o cap. 7 da carta aos Romanos).
Sara representa a Jerusalém celestial que é livre e mãe de todos os verdadeiros cristãos ( Hb 12. 22 – 24). Ela é descrita no livro no livro de Ap caps. 21 e 22 ; com riquezas e detalhes, como a futura capital do cristianismo.
CONCLUINDO posso dizer: “até aqui me ajudou o Senhor nosso Deus.
Os dois filhos vieram de um mesmo pai, porém de mãe diferentes; Da mesma forma a lei e a graça, ambas vieram de um mesmo Deus, porém por pessoas e épocas diferentes, ( Jo 1. 17). Ambos os povos, judeus e cristãos foram escolhidos pelo mesmo Deus, mas os judeus rejeitaram Cristo e o novo e melhor concerto. Agar, Sinai e Jerusalém terrestre estão na mesma linha, ou seja, na mesma categoria, pois todos produzem filhos para a escravidão, a qual resulta na religião legalista, que procura angariar a salvação pelas obras, e em crentes legalistas, que buscam salvação pelos seus próprios méritos. Rendo- te graças, muitas graças Ó Deus por ter cegado ao fim de mais uma parte da epístola aos gálatas. E peço ó Pai direção e graça para adentrar a última parte.
Lição 11 - A LIBERDADE CRISTÃ
Texto Áureo: “se, pois, o Filho vos liberta, verdadeiramente sereis livres, ( Jo 8. 36 ).
Leitura Bíblica em classe: Gl 5. 1 – 12 ).
Gl 5. 1 = Estáis, pois, firmes na liberdade com que cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão.
V.9 = Um pouco de fermento leveda toda massa.
INTRODUÇÃO:
Liberdade sob suas várias formas é um tema atual e dele muito se fala nos meios de comunicação. A história da humanidade é o registro da luta humana pela liberdade. Liberdade tem haver com a emancipação de algo, aspirado pelo homem. A declaração Universal dos direitos do homem apregoa liberdade política do ser humano, liberdade de pensamento e de expressão. A constituição brasileira assegura também esse direito a essa liberdade a qual significa muito para o homem, mas a liberdade cristã vale ainda muito mais pois se trata da emancipação espiritual. Esse é o assunto desta lição; e digo mais que desde a 1ª lição da carta que estamos estudando, nosso assunto continua sendo: “VIVENDO A LIBERDADE CRISTÔ;
Esse versículo é o tema da epístola aos gálatas, juntamente com o cap. 2. 16, e demais passagens estritamente paralelas são o fundamento bíblico do cristianismo.
O texto “Estai, pois na liberdade com que Cristo nos libertou”, se expressa de maneira mais clara na versão Almeida Atualizada; “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou, permanecei, pois, firmes...”. Em virtude da tendência de os gálatas retornarem a servidão da lei, o apostolo dá muita ênfase à permanência nessa liberdade, pois até então eles ainda não tinha compreendido a liberdade em Cristo e por isso estavam a mercê da escravidão. O sentido da passagem é que Cristo nos libertou para a liberdade, portanto não devemos retroceder a servidão.
A liberdade a que o apostolo se refere aqui é o ato de libertar a nossa consciência da culpa do pecado; é liberdade de consciência que nem a Declaração dos Direito do Homem, nem a Constituição brasileira ou qualquer outro documento do mundo podem oferecer ao homem. Só Jesus, o único; “O qual nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor” Cl 1. 13; com a nossa libertação da condenação do pecado através da salvação, jesus libertou também nossa consciência da culpa.
O apelo apostólico é que o cristão liberto não torne a ser presa dos homens ou de qualquer sistema religioso legalista. Paulo escreveu essa exortação porque há sempre o risco de o cristão tornar ao legalismo. Voltando–se novamente à escravidão, e para que cada um tenha uma vida de comunhão com o Cristo ressuscitado. ( Gl 2. 20 ). Daí a atualidade da epístola em todo os tempos.
O escritor sacro não está criticando a circuncisão. Ele estava cônscio de que a circuncisão era o selo da fé de seu povo, ( Rm 4. 11 ). Ele circuncidou Timóteo, para não escandalizae os judeus, ( At 16. 3 ), mas se recusou circuncidar Tito por duas razões; (1 ) - ele não era judeu; ( 2 ) - era necessário não ceder às exigências legalistas dos judaizantes, ( Gl 2. 3 – 5 ). Uma pequena cirurgia numa parte do corpo era de somenos importância. Mas os judaizantes exigiam que os cristãos praticassem essa cerimônia da circuncisão como condição para a salvação, ( At 15. 1 – 5). Porém a sentença para os que deixassem circuncidar a fim de se salvar é; “Cristo de nada vos aproveitará” (v. 2); “está obrigado a guardar toda lei” (v. 3 ); “Separado estais de Cristo... da graça tendes caídos”, ( v. 7). O que Paulo está dizendo é, que se alguém se submete a circuncisão, como meio de salvação obrigatoriamente está assumindo o compromisso de observar toda a lei. Quem pratica tal coisa já tem caído da fé, e a morte de Jesus Cristo, não significa nada para tal pessoa;... “separados estais de Cristo, vós os que justificais pela lei ; da graça tendes caídos,” ( v. 4 ).
III. CARACTERÍSTICA DA RELIGIÃO CRISTÃ
Nem a circuncisão nem a incircuncisão podem melhorar a situação do cristão. A ênfase em Gálatas é o relacionamento pessoal com Cristo e não com a lei.
A dinâmica da fé cristã se baseia no amor a Cristo e não na obediência a lei ou a qualquer sistema de regras. Quem se dirige cegamente ao sistema faz de sua religião o seu Deus. Disse certo rabino: “aqueles que fazem de sua religião seu Deus, não terão Deus para sua religião.
Aqui o apostolo muda o pronome de “vós” para “nós”. Dos que se deixam circuncidar... os judaizantes – para os cristãos autênticos. Os legalistas vivem por meio da carne, dependem dela, mas nós vivemos por meio do Espírito Santo. A vida cristã é uma vida de fé, norteada pelo Espírito Santo que produz o amor, como fruto dEle, ( Gl 5. 22 ).
A vida cristã é como uma maratona; melhor é o fim do que o começo, ( Ec 7. 8; ICo 9. 24 – 26). A fé que salva não é meramente uma fé artificial ou intelectual; é um direito intimo e muito profundo que requer um relacionamento pessoal com o Senhor Jesus. Isso por si só altera completamente o modus vivendi do cristão convertido, ( Gl 2. 20). Não é possível professar a fé em Jesus sem produzir o fruto do Espírito; Cumprir um conjunto de regras exige menos responsabilidade do que uma vida de comunhão com o Espírito Santo.
Os gálatas estavam indo muito bem na sua corrida espiritual, mas alguém persuadiu e impediu essa caminhada; foram os falsos mestres. Paulo deixa claro que os ensinos desses judaizantes vinham de fontes estranhas, não de Deus; “a persuasão não vem daquele que vos chamou”, (V. 8). Essa persuasão impediu os gálatas de obedecerem a verdade, v. 7; Basta um pouco de fermento para levedar toda massa. A heresia se alastrava de maneira assustadora; eles estavam levando o povo ao desvio doutrinário. Foi por isso que o apóstolo os amaldiçoou, (Gl 1. 8, 9 ) – “aquele que vos inquieta, seja ele quem for sofrera a condenação, v,10).
A partir do v. 13, o apostolo como faz na epístola aos Romanos começando pelo cap. 12; parte para o lado pratico. Depois de se deter por um bom tempo, ocupando quase toda a epístola para mostrar, fundamentado nas Escrituras, na revelação e na vida obra e ministério, de Jesus, o fim do reinado da lei e o começo da dispensação da graça, ele começa a falar do cotidiano da vida cristã.
Partindo dos ensinamentos por ele já exposto, Paulo chama a atenção para a experiência pessoal, que servia para refutar seus oponentes. Se El deixasse de pregar contra a circuncisão a salvação dos gentios não seria perseguido, estaria bem com os judeus, ( v. 11). Ele no, entanto, continuou firme contra a circuncisão porque sabia em quem tinha crido e tinha consciência de sua doutrina. Ele foi chamado para agradar a Deus e não os homens (Gl 1. 10 ).
CONCLUINDO:
Estamos no limiar de um novo milênio. A sociedade torna-se cada vez mais permissiva. Com a ampla difusão do conceito e pratica da democracia, cresce o respeito pelas crenças e liberdade do ser humano. Isso tem sido interpretado de maneira errônea por muitos, que não ousam mais falar a verdade da Palavra de Deus para não constranger as pessoas por respeito a religião delas, esquecendo que a verdadeira liberdade, é a espiritual (Jo 8. 36 ). ( E com estas palavras agradeço ao meu Deus porque mesmo sem os homens quererem, sempre, como agora, não tenho nenhum receio de falar a verdade da Palavra de De; glória a Deus e aleluia por isto!!! Amém e amém!!
Lição 12 - AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO
TEXTO-ÁUREO = “Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestade, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6. 12 ).
Leitura Bíblica em Classe; Gl 5. 16 – 26;
Gl 5. 16 = Digo, porém; Andai em espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.
INTRODUÇÃO:
Por não haver cristão totalmente isento de pecado, até porque seria perfeição absoluta, ( I Jo 1. 8, 9 ), Deus nos deu a condição suficiente para vencer as tentações; o Espírito Santo. Viver no Espírito é subjugar a carne e isso gera o conflito interno, a luta da carne contra o Espírito. O estudo em apreço é uma análise dessa batalha espiritual de cada cristão,
Alma é a substância incorpórea e invizivel do homem, inseparável do espírito, embora distinta dele, no interior do homem, consciente mesmo fora do corpo, ( Mt 10. 28 ). É a sede dos apetites, ( Dt 12, 20; Ec 2. 24 ), das paixões ( Ct 1. 7 ), é das emoções ( Jó 30. 25 ). A palavra alma, além do seu sentido real, aparece também no sentido figurado, como em ( Ex 1. 5) figurado a pessoa física; ( Gn 9. 4). Sangue, ( Jó 12, 10 ), vida, etc. É, pois necessário entender o contexto para ver o sentido do termo.
O espírito veio diretamente de Deus, ( Gn 2. 7; Zc 12. 1 ) e tem sede de Deus. Há quem diga que o espírito de todos os homens independente de seu relacionamento com Deus, volta para o céu, com base em Ec 12. 7; “E o pó volte a terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu”, mas isto não tem fundamento doutrinário ante a analogia geral das Santas Escrituras sobre o assunto, inclusivel porque o espírito também peca, ( II Co 7. 1 ).
O corpo físico do homem é o invólucro da alma e do espírito; é a parte material. A alma e o espírito são chamados de “o homem interior” ou parte imaterial, e o corpo de “homem exterior”, ( II Co 4. 16 ). O corpo é a habitação ou morada da alma e do espírito, também chamado de tabernáculo ou casa, (II Co 5.1 – 4; II Pe 1.14 ). O homem é, pois constituído de espírito, alma, e corpo, ( I Ts 5. 23 0; Hb 4. 12 ). O nome técnico dessa doutrina é TRICOTOMIA.
A palavra grega sarx, “carne”, te vários significados na Bíblia, principalmente nas epístolas. Pode significar fraqueza física, ( Gl 4. 13 ) o corpo o ser humanos, ( Rm 1.3; o pecado, v. 24 ) os desejosos pecaminosos ( Rm 8. 8 ). O contexto quando corretamente é interpretado determina o significado da palavra. Aqui significa o conjunto de impulsos pecaminosos que dominam o homem natural. Da mesma maneira a palavra grega pneuma, “espírito”, que se aplica ao Espírito Santo, ao espírito humano, aos anjos e aos espíritos imundos. É preciso atentar bem para o contexto da referência em apreço para verificar o sentido do termo.
1.Pecados de ordem moral; ( v. 19 ),
“Prostituição, impureza, lascívia...” são pecados da sensualidade, ou do corpo, ( I Co 6. 18 ).
“Idolatria, feitiçaria ...” são os pecados da área da religião ou pecados do espírito, ( II Co 7. 1).
Há uma lista quase que interminável desses pecados, Rm 1. 29 -31). O apostolo apresenta aqui nove,(9) desses pecados: “inimizades, porfia, emulações, iras, pelejas,dissensões, heresia, inveja, e homicídios”...” a presença de “heresias” nesta lista, é que a palavra grega hairesis pode se aplicar no âmbito religioso ou social, significando “escolha filosófica, facção dissensão” ( I co 11. 19 ). Também tem o sentido de erro doutrinário, ( II Pe 2. 2 ), ou seita, ( At 5. 17; 23. 5 ). A Bíblia cita ainda os pecados do sistema alimentar; bebedices, e glutonaria, alem da expressão; coisas semelhantes a essas.
III. O FRUTO DO ESPÍRITO
São virtudes do relacionamento humano entre os cristãos. “Longanimidade” é paciência, perseverança, e diz respeito a atitude de Deus para com o homem, ( Rm 2. 4; 9. 22; I Tm 1. 16 ). Assim deve ser a nossa atitude para com os outros. Benignidade e bondade estão muito relacionadas.
A palavra original pistis para “fé” significa a fé como elemento, e também “fidelidade” essas virtudes que estamos estudando são o fruto do espírito como decorrência da fé em Jesus; por isso que a tradução “fidelidade” fica melhor. Mansidão transmite o sentido de brandura e na de incapacidade de resistir o mal. Tem o sentido de submissão a vontade de Deus, ( MT 21.5); dócil que aceita o ensino ( Tg 1. 21 ); e o de moderado, ( ICo 4. 21). Temperança é o autocontrole, o domínio próprio para que os interesses pessoais não sobressaiam nos negócios espirituais e nos seculares.
CONCLUINDO:
O fruto do Espírito é o resultado de uma vida redimida pela fé em Jesus o Cristo de Deus. Não é resultado de uma imposição religiosa ou qualquer sistema religioso legalista. O Espírito Santo é quem faz essas coisas na vida do cristão. É por isso que Paulo diz que contra essas coisas não há lei, ( v. 23). Se queremos que o fruto do Espírito desenvolva em nossa vida, devemos viver uma vida de comunhão pessoal com o Senhor Jesus, ( Gl 2. 20 ). Graças a Deus que nos dá a vitoria; porque conseguimos chegar ao fim de mais uma lição!!
Lição 13 - A LEI DA SEMEADURA
Texto – Áureo; “Daí, e ser-vos-a dado; boa medida recalcada, sacudida sacudida e trasbordando vos darão; porque com a mesma medida com que medirdes vos medirão de novo” (Lc 6. 38 ).
Leitura Bíblica em Classe; Gl 6. 2 – 10;
Gl 6. 2 = Levai a carga uns dos outros e assim cumprireis a lei de cristo.
INTRODUÇÃO:
Nos cinco primeiros VV. Desse Cap. (6) temos o ensino do relacionamento cristão resultado de uma vida cristã abundante no espírito, inicialmente Paulo escreveu para corrigir erros doutrinários, agora para corrigir erro de comportamento. Aqui o assunto é a lei agrária da semeadura e colheita, partindo da lição pratica da agricultura ele penetra nos meandros das coisas espirituais, envolvendo Igreja ministério e o crente individualmente.
Um estudo nos primeiro capítulo do livro Atos dos apóstolos, mostra o surgimento da Igreja e a vida cristã na pratica daqueles primeiros cristãos. A igreja era uma instituição solidária. Parece que um cristão com muitos bens não suportava ver os outros passando necessidades. Muitas características da Igreja mãe, de Jerusalém, passaram para as outras igrejas, espalhadas pelo mundo da época.
A palavra “repartir” aqui, é koinoneo, “comunhão”, os “bens” podem ser tanto materiais como espirituais, ( Mt 12. 34, 35; Rm 15. 27 ). Este é o preceito bíblico para a Igreja, em relação aos obreiros que dela cuidam, inclusive ensinando, como vemos neste verseto 5. Aquele que o instrui, ( v. 6 ). Aqui o apostolo está falando do ensino religioso, pois a expressão, “o que é instruído... “é hokatéchoumenos de onde vem a palavra catecúmenos que hoje designa aqueles que estão sendo preparado para o batismo em águas. O fato de Paulo ensinar que cada um deve levar a sua carga, ( v. 5 ), não exime as pessoas que estão sendo ensinadas, de suas responsabilidades com seus mestres. Isso mostra que já havia nas igrejas daquela época mestre de tempo integral, que eram mantidos por elas. No principio era o mesmo para o pastor da Igreja. As seitas e os incrédulos criticam os pastores por serem mantidos pela Igreja, mas este é o padrão bíblico; ( ser mantido é uma coisa e fazer o que fazem hoje, é outra coisa;não é padrão bíblico. O obreiro é digno do seu salário; porem com honestidade). Aproveitando o gancho; pastores tenham cuidado com o cofre da Igreja; é para a missão.
O melhor sentido de não errei, é não vos enganeis. Os romanos diziam que o gato não brinca, mas treina; assim agem as pessoas que não levam Deus a serio. Portanto, ninguém deve se enganar; cada um pagará pelos seus atos, quem sabe aqui mesmo! Se você pensa que Deus não está preocupado com essas coisas, está dizendo que a Bíblia não é a verdade. Se você aponta alguma pessoa aparentemente bem- sucedido em suas trapaças, saiba que a história ainda não terminou; “Melhor é o fim das coisas do que o principio delas”, ( Ec 7. 8 ).
Convém deixar claro que “escarnecer, aqui não é simplesmente uma zombaria no sentido de chacota, pois isso o incrédulo faz em relação a Deus, (Pv 1. 30). Tais pessoas porque pensam que manipulam o povo, acham que da mesma maneira podem manipular a Deus.
Existe uma lei natural da semeadura e colheita, Jesus certa vez perguntou: “Colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Depois afirma que “toda arvore boa produz bons frutos, e toda arvore má produz frutos maus”.
III. O TERRENO DA SEMEADURA
Estudamos na lição passada que a palavra “carne” vários significados no N. T. O sentido dela aqui é a natureza humana decaída, com todas as suas paixões – as obras da carne, ( Gl 5. 19 – 21). Mesmo nascido de novo temos ainda “resquícios dessa natureza pecaminosa que deve ser subjugada pelo Espírito Santo. Os pensamentos e ações são sementes que semeamos no terreno de nossa vida. Cultivar os maus pensamentos, ou amadurecer idéias pecaminosas é o mesmo que semear na carne, e os resultados nefandos. Essas coisas devem ser crucificadas ( Gl 5. 24). Tais pessoas não podem mesmo colher vitórias espirituais; santidade, vida cristã abundante, crescimento espiritual, autoridade do Espírito para testificar de Jesus. Pois os que semeiam na carne, “ceifarão corrupção” (v. 8)
O mesmo princípio de os pensamentos e atos serem a semente, se aplica também aqui. Quando buscamos ao Senhor exercitando os nossos sentidos no Espírito, pensando e agindo sob sua orientação, estamos semeando no Espírito. Como resultado produzimos as virtudes cristãs, ( Gl 5. 22), pois vivemos em Cristo e os que estão nEle “não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito”, ( Rm 8. 1, 4). Não temos mais compromissos com o mundo, pois agora vivemos para cristo ( Cl 3. 3 – 5 ). Semeaduras diferentes e em terreno diferentes produzem frutos diferentes. O Espírito Santo produz vida, ( Rm 8. 6; Gl 5. 16 e 25 ). Portanto, quem “semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna, (v. 8 ).
O principio da semeadura continua, mas agora na área do serviço social, Paulo nos incentiva e nos estimula a fazer o bem.
O assunto diz respeito a todos os aspectos da vida, como a ajuda aos necessitados, a hospitalidade, a assistência aos presos e os mal tratados, ( Hb 13. 1 – 13) – o serviço social. Essa pratica do bem deve ser administrada a qualquer pessoa sem distinção de raça, cor, religião, “mas primeiramente aos domésticos da fé”, (v.10 ).
O cristão generoso está sempre disposto compartilhar o que tem para ajudar os necessitados. É próprio da cultura judaica desde o A. T. a pratica de dar esmolas; isso sempre foi visto com muito respeito e seriedade. No cap. ( 6 ) seis de Mateus Jesus disse; “quando, pois, deres esmolas ... quando orares ... e, quando jejuardes”,( VV. 2,5, 18). Colocar tal pratica juntamente com a oração e ojejum, mostra que dar esmola é mui importante. Além disso, os três “quando” mostram ser isso um habito.
Deus abençoa tanto no sentido espiritual como no material aos que ajudam os necessitados. Ele aumenta os bens materiais para que também melhorem as condições para ajudar os necessitados. Quem dá aos pobres empresta a Deus, (Pv 19.17). Quem ajuda ao necessitado Deus o abençoa, ( II Co 9. 8 – 12). Temos a promessa de Deus de uma boa colheita salário abençoado. Por isso que Jesus disse; “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber, (At 20. 35). Jesus assegurou que quem ajuda o necessitado de maneira nenhuma perderá seu galardão ( Mt 10. 42. A Bíblia diz que o “que retém o trigo, o povo o amaldiçoa” ( Pv 11. 26).
CONCLUINDO:
(PODEMOS DIZER mais uma vez que até aqui nos ajudou o Senhor, completando em parte nosso objetivo; de podermos transmitir a gloriosa PALAVRA DE DEUS.
Para terminar vejam o conselho da Palavra:
Nunca devemos perder de vista que a vida de liberdade cristã, que é o assunto central da Epístola que pela qual nós a permeamos, deve ser uma vida generosa cheia de liberdade. E que a fé cristã esta fundamentada nos dois princípios do grande mandamento: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças”; este é o primeiro mandamento:
E o segundo, semelhante a este, é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, ( Mc 12. 30 e 31).
fonte www.mauricioberwald.com