LIÇÃO CPAD AS VERDADES CENTRAIS DA FÉ 4 TRIM-2006
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2006
Título: As verdades centrais da Fé Cristã
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 1: A importância da Doutrina Bíblica para a vida cristã
Data: 1 de Outubro de 2006
TEXTO ÁUREO
“Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto o Pai como o Filho” (2 Jo 1.9).
VERDADE PRÁTICA
O estudo da autêntica doutrina bíblica auxilia o crente a ter uma vida espiritual abundante, habilitando-o a ser uma poderosa testemunha de Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 4.2
A doutrina bíblica é boa
Terça - Pv 13.14
A doutrina bíblica é fonte de vida
Quarta - Mt 7.28
A doutrina bíblica é admirável
Quinta - Jo 7.16
A doutrina bíblica é divina
Sexta - 1 Co 14.8
A doutrina bíblica é necessária
Sábado - 1 Tm 6.3
A doutrina bíblica é única
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
ATOS 2.42-47.
42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 - Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 - Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 - Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.
46 - E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 - louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
PONTO DE CONTATO
Caro professor, finalmente chegamos ao último trimestre de 2006. Ao longo dos três anteriores, estudamos valiosíssimas lições: Salvação e Justificação, Heresias e Modismos, e As Doutrinas Bíblicas Pentecostais. Para fecharmos o ano com “chave de ouro”, examinaremos As Verdades Centrais da Fé Cristã. Este grupo de assuntos, relacionado à Teologia Sistemática, será tratado de acordo com a perspectiva pentecostal-ortodoxa. As referidas lições versarão sobre: Bibliologia, Deus, Anjos, Homem, Pecado, Cristo, Espírito Santo, Salvação, Igreja, e Últimas Coisas.
Em santa oração, reverência às Escrituras, e ao excelso nome de nosso Senhor Jesus Cristo, cantemos a exemplo do salmista: “...magnificaste acima de tudo o teu nome e a tua palavra” (Sl 138.2 - ARA).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
O termo “doutrina”, nos textos de Dt 32.2; Jó 11.4 e Pv 4.2, é a tradução do hebraico leqah, que significa “ensino”, “aprendizagem” ou “poder de persuasão” de quem ensina (Pv 16.21). Nas páginas do Novo Testamento, a palavra grega mais empregada é didachē, cujo sentido é “instrução”, “ensino” ou “doutrina” (Mc 1.22,27; 11.28; Jo 7.16,17; Mt 22.33). A igreja cristã primitiva usava o vocábulo didachē para referir-se “a doutrina dos apóstolos” (At 2.42), ou a “doutrina do Senhor” (At 13.12), que era, na verdade, a exposição do evangelho de Cristo. O apóstolo Paulo também usou o termo diversas vezes referindo-se ao conjunto de ensinos e crenças que compunham a pregação cristã primitiva (Rm 6.17; 16.17; Ef 6.4; 1 Tm 1.3; 4.16; 6.3). Essa mesma tradição, chamada posteriormente de “kerygma” pelos teólogos, é mencionada na teologia paulina como “a pregação (kerygma) de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto” (Rm 16.25; 1 Co 1.21; 2.4; 15.14). Segundo o apóstolo João, esse arcabouço de ensinos constitui a “doutrina de Cristo” (2 Jo 1.9). A doutrina, portanto, é o conjunto de ensinos e crenças que constituem o cânon de fé e prática do cristão.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Caro professor, a Teologia pode ser comparada a um edifício de cinco andares. Cada andar, por sua vez, possui suas respectivas divisões e ambientes, mas todos igualmente formam o mesmo edifício. De modo análogo, a Teologia, em sentido restrito, pode ser classificada em cinco divisões interdependentes. Assim, à medida que se conhece uma disciplina teológica, esta favorecerá a compreensão da seguinte. Portanto, apresente aos alunos o “Edifício Teologia”. Explique que no primeiro andar estuda-se os textos originais da Bíblia; no segundo, o desenvolvimento histórico das doutrinas; no terceiro, a teologia do Antigo e do Novo Testamento; no quarto, alguns dos temas tratados nesta lição; no quinto, aplica-se ao ministério cristão os resultados das investigações anteriores, como por exemplo, na pregação ou homilética. Ensine aos alunos que as lições ministradas encontram-se no 4o andar do “Edifício Teologia”, a saber: Bibliologia, Teontologia, Angelologia, Antropologia, Hamartiologia, Cristologia, Pneumagiologia, Soteriologia, Eclesiologia e Escatologia.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Doutrina: Conjunto de ensinos e crenças que constituem o cânon de fé e prática do cristão.
Qual o segredo do avanço irresistível da Igreja Primitiva? Já nos capítulos iniciais dos Atos dos Apóstolos, constatamos algo de suma importância. Mesmo não possuindo uma fórmula mágica de administração, a Igreja precisou de apenas três décadas para chegar aos pontos mais distantes do Império Romano.
Consolidados no ensino da Palavra de Deus, mantinham-se os cristãos firmes na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor e reverência. E muitas eram as maravilhas que o Senhor operava por intermédio deles. Ao contrário do que pensam alguns estudiosos, a Igreja do Pentecostes não era piegas nem emocional; era bíblica e teologicamente cristocêntrica.
A fim de nos alicerçarmos no ensino dos apóstolos e dos profetas, entraremos a estudar, a partir deste domingo, as doutrinas fundamentais de nossa fé. E a cada lição constataremos: sem a instrução da Palavra de Deus, o avivamento é impossível.
Ao contrário da filosofia, a doutrina cristã não se perde em especulações. Se por um lado, conduz-nos a conhecer mais intimamente a Deus; por outro, constrange-nos a ter uma vida santa e irrepreensível. Andrew Bonar, ao destacar-lhe a importância em nosso cotidiano, foi enfático: “Doutrina é coisa prática, visto que desperta o coração”.
De igual modo, visa a doutrina bíblica à perfeição moral e espiritual do ser humano. Escrevendo ao jovem pastor Timóteo, o apóstolo Paulo é mais do que claro; é incisivo: “Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2 Tm 3.17). Ideal inatingível? Se contarmos apenas com as nossas próprias forças, jamais atingiremos semelhante padrão. No entanto, se nos entregarmos à graça de Nosso Senhor, nossa vereda refulgirá de tal forma que viremos a resplandecer como os astros no firmamento (Pv 4.18; Dn 12.3).
Por conseguinte, quanto mais doutrinados forem os crentes, mais os seus costumes conformar-se-ão à Palavra de Deus. Al Martin é positivo: “A finalidade para a qual Deus instrui a mente é para que Ele possa transformar a vida”. No Salmo 119, pergunta Davi: “Como purificará o jovem o seu caminho?”. Responde o salmista: “Observando-o conforme a tua palavra” (Sl 119.9).
Não podemos, portanto, dissociar os bons costumes da doutrina. Como aqueles dependem desta, logo: a boa doutrina gera, necessariamente, os bons costumes.
Há cristãos que, menosprezando a doutrina bíblica, alegam: “O importante não é a teoria; e, sim: a prática”. Entretanto, quem disse que a doutrina bíblica é meramente teórica? Ela é a vontade de Deus. E, como tal, deve ser posta em prática. Aos filhos de Israel, ordena o Senhor: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por testeiras entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas” (Dt 6.6-9).
Vejamos por que a doutrina bíblica é necessária.
Enfim, é a doutrina bíblica imprescindível para o nosso crescimento na vida cristã. Sua necessidade pode ser constatada tanto coletiva quanto individualmente. William S. Plumer analisa a eficácia da doutrina bíblica na vida cristã: “Doutrinas fracas não são páreo para tentações fortes”.
III. A DOUTRINA BÍBLICA E O SERVIÇO CRISTÃO
Infelizmente, há obreiros que, no ímpeto de evangelizar, não se aplicam a aprender a doutrina bíblica. Acham que o ensino sistemático das Sagradas Escrituras é perda de tempo. Deveriam eles atentar a esta recomendação de Charles Spurgeon: “Os homens, para serem verdadeiramente ganhos, precisam ser ganhos pela verdade”. Vejamos por que a doutrina bíblica é importante ao serviço cristão.
Está você preparado para defender a sua fé e a apresentar as razões da esperança que temos em Cristo?
CONCLUSÃO
Enfatizando a importância das doutrinas bíblicas, afirmou Joseph Irons: “Abracemos toda a verdade ou renunciemos totalmente ao cristianismo”. O que isto significa? Não podemos acreditar em algumas doutrinas, e desacreditar em outras. Haveremos de receber toda a verdade conforme no-la confiou o Senhor em sua Palavra: integralmente. Sem doutrina, a vida espiritual é impossível.
VOCABULÁRIO
Especulação: Ato ou efeito de especular; investigação teórica; exploração.
Cristocêntrico: Centralizado em Cristo.
Implícito: Que está envolvido, mas não de modo claro.
Incisivo: Decisivo, pronto, direto, sem rodeios.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
OLIVEIRA, R. As grandes doutrinas da Bíblia. RJ: CPAD, 2003.
BENTHO, E. Hermenêutica fácil e descomplicada. RJ: CPAD, 2003.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“A Doutrina Bíblica.
(OLIVEIRA, R. As grandes doutrinas da Bíblia. 7.ed., RJ: CPAD, 2003, p.9-10.)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2006
Título: As verdades centrais da Fé Cristã
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 2: Deus, O Ser Supremo por excelência
Data: 8 de Outubro de 2006
TEXTO ÁUREO
“Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4).
VERDADE PRÁTICA
Criador dos céus, da terra e do ser humano, o Senhor Deus é o Ser Supremo por excelência.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 3.33
Deus é verdadeiro
Terça - Jo 4.24
Deus é Espírito
Quarta - 1 Jo 1.5
Deus é luz
Quinta - 1 Jo 4.8
Deus é amor
Sexta - Dt 32.4
Deus é a verdade
Sábado - 2 Co 9.8
Deus é poderoso
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Salmos 33.1-12.
1 - Regozijai-vos no SENHOR, vós, justos, pois aos retos convém o louvor.
2 - Louvai ao SENHOR com harpa, cantai a ele com saltério de dez cordas.
3 - Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo.
4 - Porque a palavra do SENHOR é reta, e todas as suas obras são fiéis.
5 - Ele ama a justiça e o juízo; a terra está cheia da bondade do SENHOR.
6 - Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito da sua boca.
7 - Ele ajunta as águas do mar como num montão; põe os abismos em tesouros.
8 - Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo.
9 - Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.
10 - O SENHOR desfaz o conselho das nações; quebranta os intentos dos povos.
11 - O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do seu coração, de geração em geração.
12 - Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo que ele escolheu para a sua herança.
PONTO DE CONTATO
Caro professor, é um privilégio singular estudarmos as doutrinas principais da Bíblia. No entanto, é conveniente que o mestre não abuse do “teologismo”, ou seja, da linguagem e dos princípios teológicos. O principal propósito do ensino da Teologia na Escola Dominical, não é a exibição da capacidade intelectual do educador, mas o maravilhoso encontro do educando com Cristo, “em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl 2.2,3). Assim sendo, o professor não é um mero detentor do conhecimento, mas um agente, que tanto ouve quanto fala a Palavra de Deus aos seus alunos, a fim de conduzi-los à verdade eterna.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
As Escrituras Sagradas afirmam que a natureza essencial de Deus não pode ser plenamente conhecida pela criatura (Êx 33.20; Jó 11.7; Is 40.28; Jo 1.18; 1 Tm 6.16; 1 Jo 3.2). No entanto, Deus se auto-revelou por meio da criação — Revelação Geral (Sl 8; 19; 148; Rm 1.19-21; 2.25,16); através do Verbo Encarnado (Jo 1.1, 14, 17, 18; 14.8,9; Hb 1.1-3) e pelas Escrituras — Revelação Especial (2 Tm 3.16; Sl 119.33-40).
A natureza e o caráter de Deus foram manifestados através dos seus nomes e atributos. Os nomes de Deus revelam a sua natureza singular, enquanto os seus atributos, o seu caráter santíssimo (Gn 22.14; Êx 15.26; Sl 139).
Quanto à natureza de Deus, a Bíblia afirma que o Senhor é “Espírito” (Jo 4.24; 2 Co 3.17; Is 31.1).
Sendo Deus espírito, dotado de todos os atributos pessoais, a Bíblia afirma que Ele: não é homem (Nm 23.19; Os 11.7; Ml 3.6; Dt 4.1); não possui “carne e ossos” (Lc 24.39; Nm 23.19; Os 11.9; Jo 5.37); e, que sua sublime glória é inacessível e insondável (1 Tm 6.16; Cl 1.15; Jo 1.18; 1 Jo 3.2). No entanto, podemos: conhecê-lo (Os 6.3); amá-lo (Lc 10.27); adorá-lo e servi-lo (Mt 4.10; Jo 4.24).
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Caro professor, na cultura hebraica, o nome revelava o caráter de quem o possuía, isto é, sua natureza íntima (1 Sm 25.25; Gn 25.26; 32.28; 35.10). Da mesma forma, os nomes de Deus encontrados nas Escrituras, confirmam seus atributos e sua natureza gloriosa. Portanto, para esta lição, elabore uma “Tabela Demonstrativa dos Nomes Divinos”. Esse recurso possibilitará ao educando uma apreciação do caráter e da natureza de Deus mediante o estudo de seus nomes. Ao apresentar os nomes divinos, não se esqueça de explicá-los de acordo com o contexto histórico, e de aplicá-los ao cotidiano dos alunos. Reproduza a tabela abaixo de acordo com os recursos disponíveis.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Atributo: Os nomes de Deus indicam a sua natureza; os atributos, o seu caráter.
Inimigo irreconciliável da religião, Voltaire surpreende-nos com esta afirmação: “Se Deus não existisse, seria necessário inventá-lo”. O pensador francês buscou enfatizar, com o seu estilo nada reverente, que Deus é absolutamente necessário; sem Ele nada seria possível. Infelizmente, não são poucos os que, do alto de sua tolice, professam não acreditar na realidade do Todo-Poderoso.
Nesta lição, mostraremos ser a existência de Deus algo não somente provado como inerente à alma humana. Nosso objetivo não é analisar a Deus; é registrar o que a Bíblia declara acerca de sua natureza e atributos. Aliás, quem jamais poderia analisar um ser infinito, eterno e que existe por si mesmo? Por isso, todas as afirmações que fizermos concernentes a Deus terão como base não a vã filosofia; e, sim, a Bíblia Sagrada.
No Salmo 33, que nos serve de leitura bíblica em classe, o escritor sagrado discorre de um modo maravilhoso sobre os atributos e as obras de Deus. Utilizando-se de uma poesia elevadíssima, sintetiza um conhecimento essencial sobre o Todo-Poderoso; um conhecimento, aliás, que nos obrigaria a despender milhares de páginas. No entanto, o autor sagrado declara, em poucas sentenças, o que Deus é, o que Ele fez e o que continua a fazer.
Alguém declarou que Deus é a melhor prova de si mesmo. Como referendar a existência de Deus se esta acha-se patente em todas as coisas? Ler Rm 1.19-21. Quando os santos escritores, inspirados pelo Espírito Santo, puseram-se a registrar a revelação divina, nenhuma preocupação tiveram eles em provar a existência de Deus. Pois o Todo-Poderoso fazia parte de seu cotidiano; era inconcebível viver sem Ele ou à parte dEle. Leia com atenção o Salmo 26.
Os que se dizem ateus, quer teóricos quer práticos, não passam de tolos conforme canta o salmista: “Disseram os néscios no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem” (Sl 14.1).
III. A REVELAÇÃO ESPECIAL DE DEUS
A natureza essencial de Deus é um assunto demasiadamente complexo (Sl 139.6). Deparando-se com tal dificuldade, confessa Tomás de Aquino: “O máximo que conhecemos de Deus é nada em relação ao que Ele é”. Vejamos, porém, o que é possível saber acerca de sua natureza essencial. Entre os seus atributos naturais ou transcedentais, podemos mencionar: asseidade, espiritualidade, imensidade, imutabilidade e eternidade.
No tópico anterior, estudamos os atributos naturais ou transcendentes de Deus. A seguir, veremos as qualidades através das quais entra Ele em contato com o mundo criado: os atributos imanentes e os atributos morais do Supremo Ser.
Deus é santo e exige que todos os seus servos também o sejam (Lv 19.2). Ele é justo e deseja que, de igual modo, o sejamos (1 Jo 3.7). Ele é misericordioso e reivindica que assim ajamos (Cl 3.12). Deus é sábio e conosco reparte a sua sabedoria (Tg 1.5). E se Ele amou-nos com um amor eterno, devemos também nos amar uns aos outros (1 Jo 4.8).
CONCLUSÃO
No curto espaço de que dispomos, é-nos impossível explorar exaustivamente um assunto tão imensurável a nós mortais: a realidade do Supremo Ser. Acredito, porém, que todos já nos conscientiza-mos da grandeza e da infinitude de Deus. Sendo Ele, porém, o que é, não nos despreza: revelou-nos o seu grande amor, enviando o seu Filho Jesus Cristo para morrer em nosso lugar. E, assim, passamos a conhecê-lo redentivamente. Não é possível conhecer completamente a Deus; entretanto, é possível conhecê-lo verdadeiramente (Jó 42.5).
VOCABULÁRIO
Imanente: Característica divina mediante a qual Deus torna-se conhecido pelo homem mediante os atributos morais.
Transcendente: Característica divina mediante a qual o ser de Deus não é comunicável às suas criaturas morais.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HORTON, S. M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“As Obras de Deus.
Outro aspecto da doutrina de Deus que requer a nossa atenção é o das suas obras. Este aspecto pode ser dividido em: 1) seus decretos; 2) sua providência e 3) conservação.
(JOYNER, R. O Deus único e verdadeiro. In HORTON, S. M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996)
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Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2006
Título: As verdades centrais da Fé Cristã
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 3: Jesus Cristo, verdadeiro homem e verdadeiro Deus
Data: 15 de Outubro de 2006
TEXTO ÁUREO
“Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dos mortos, segundo o meu evangelho” (2 Tm 2.8).
VERDADE PRÁTICA
Verdadeiro homem e verdadeiro Deus, Jesus Cristo morreu para redimir-nos do pecado, ressuscitando gloriosamente como Senhor dos senhores e Rei dos reis.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 1.14
A encarnação de Cristo
Terça - Mt 1.23
A concepção virginal de Cristo
Quarta - Mt 4.1-10
A tentação de Cristo
Quinta - Mt 4.23
O ministério de Cristo
Sexta - Lc 23.26-48
A paixão de Cristo
Sábado - Jo 20.1-10
A ressurreição de Cristo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 1.1-5,9-14.
1 - No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 - Ele estava no princípio com Deus.
3 - Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 - Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;
5 - e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
9 - Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo,
10 - estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
11 - Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12 - Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome,
13 - os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.
14 - E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
PONTO DE CONTATO
Professor, a Cristologia é uma das doutrinas fundamentais da Bíblia e da Teologia Cristã. A Doutrina de Cristo é o eixo pelo qual circulam as promessas messiânicas do Antigo Testamento, e seu cumprimento no Novo. Nesta lição, estudaremos temas que constituem profundos mistérios da fé cristã, tais como, a encarnação do Verbo de Deus e suas duas naturezas, divina e humana.
Esses dois assuntos foram motivos de muitos debates em diversos concílios da igreja cristã, entre os quais, o de Éfeso, em 431, e o de Calcedônia, em 451. Foi justamente em razão desses e de outras controvérsias, que muitos hereges foram exilados, e a ortodoxia cristã manteve essas doutrinas de acordo com as Sagradas Escrituras.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
O termo “Cristologia” procede de duas palavras gregas, “Christos”, que significa “Ungido”, “Messias”, e “logia”, traduzido por “estudo”, “ciência” ou “tratado”. Cristologia é o estudo da pessoa, natureza, obra e ofício de Cristo, segundo as Escrituras. No que diz respeito à natureza de Cristo, esta é singular, pois ao mesmo tempo em que Jesus Cristo é Deus, no sentido pleno e absoluto do termo, também assumiu a natureza humana, com exceção do pecado, era sua totalidade e perfeição. Jesus era, em sua encarnação, plenamente Deus e completamente humano em todas as áreas de sua vida. No entanto, duas verdades devem ser afirmadas: 1) as duas naturezas nunca se confundem; 2) as duas naturezas não implicam duas personalidades. As naturezas divina e humana coexistem com suas diferenças, mantendo suas características peculiares em uma mesma pessoa. Assim, Jesus e perfeito em divindade e perfeito em humanidade; verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Os nomes e títulos concedidos pelas Escrituras ao Senhor Jesus, revelam sua natureza, ministério e ofícios. O estudo dos nomes e títulos de Cristo e tão importante para compreendermos sua natureza e ministério, que o conhecido teólogo franco-alemão, Oscar Cullmann (1902-1999), ao desenvolver o tema da cristologia em o Novo Testamento, valeu-se dos nomes e títulos de Cristo como metodologia.
Professor, ao apresentar os nomes de Cristo, não se esqueça de explicá-los de acordo com o contexto histórico, e de aplicá-los ao cotidiano dos alunos. Reproduza a tabela abaixo de acordo com os recursos disponíveis.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Esvaziamento: Do grego ekenōsen, “esvaziar”. Doutrina que trata da auto-renúncia de Jesus ao assumir a natureza humana, porém, sem deixar de ser Deus.
Discorrendo sobre a dupla natureza de Nosso Senhor, escreveu admiravelmente J. Blanchard: “Quando Jesus desceu à terra não deixou de ser Deus; quando voltou ao céu não deixou de ser homem”.
Se não crermos em Jesus como verdadeiro homem e verdadeiro Deus, como haveremos de recebê-lo como o Nosso Suficiente Salvador? Ver 2 Tm 2.8; Jo 1.14; Fp 2.7,8.
Nesta lição, entraremos a estudar a Cristologia: o estudo ordenado e sistemático de Cristo Jesus na Bíblia. Principiando com as profecias do Antigo Testamento, vai a nossa abordagem até ao triunfo final do Nazareno. Como não poderemos apresentar uma cristologia exaustiva, buscaremos expor essa doce e maravilhosa doutrina em sua essência.
A encarnação do Verbo de Deus não é um mero conceito teológico; é um dos maiores mistérios das Sagradas Escrituras, sem a qual seria impossível a nossa redenção.
Em que consistiu o auto-esvaziamento de Cristo? Certamente não esvaziara-se Ele de sua divindade; porquanto, em todo o seu ministério terreno, manteve-a incólume. Aliás, foi Ele, em seu estado de humilhação, reconhecido como Deus (Jo 1.49; 20.28). Consideremos, ainda, a sua oração sacerdotal no Getsêmane. Ele não reivindica ao Pai a sua divindade, porquanto esta lhe é um atributo intrínseco; reivindica, sim, aquela imarcescível e eterna glória (Jo 17.5).
Maria, como as demais mulheres, sentiu as dores de parto ao dar à luz a Cristo; e, Jesus, à nossa semelhança, deixou o ventre materno, natural e não sobrenaturalmente, ao nascer em Belém de Judá. Portanto, se o seu nascimento foi natural, a sua concepção, frisamos, foi um ato miraculoso operado pelo Espírito Santo, conforme registra Lucas 1.30-35.
Escreveu Robert Murray M. Cheyne: “Se eu pudesse ouvir Cristo intercedendo por mim no quarto ao lado, não temeria um milhão de inimigos. No entanto, a distância não faz diferença: ele está intercedendo por mim!”. Além de ser o nosso sacerdote é o Senhor Jesus o esperado profeta e o Rei dos reis. Somente Ele teve condições de exercer, concomitantemente, os três ofícios sagrados do Antigo Testamento.
III. A MORTE VICÁRIA E A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
De forma enfática asseverou Thomas Brooks: “O sangue de Cristo é a chave do céu”. Afinal, o que seria o Evangelho sem a morte de Nosso Senhor? Nem Evangelho haveria; ela é a garantia de nossa vida eterna.
Em 1 Coríntios 15, conhecido como o grande capítulo da ressurreição, afiança Paulo que o Senhor ressurreto, além de ser visto pelos 12 e por mais alguns discípulos, foi contemplado por mais de quinhentos irmãos. E o testemunho dos guardas romanos? E a comprovação dos próprios inimigos do Senhor que, contrariados, viram-se constrangidos a admitir o fato da ressurreição se bem que, em seguida, urdiram a grande mentira? (Mt 28.11-15).
CONCLUSÃO
Soube o apóstolo Paulo sintetizar, de maneira singular a vida de Nosso Senhor em 1 Tm 3.16. “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória”.
Esse é o Cristo que pregamos. Verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Somente nEle e através dEle pode o ser humano obter a vida eterna. Sem Cristo, ninguém chegará a Deus. Amém.
VOCABULÁRIO
Concepção: O ato ou efeito de conceber ou de gerar (no útero); geração.
Concomitante: Que se manifesta simultaneamente com outro.
Imarcescível: Que não murcha; incorruptível, inalterável.
Incólume: Livre de perigo; intacto, ileso; conservado.
Intrínseco: Que está dentro de uma coisa ou pessoa e lhe é próprio; interior, íntimo.
Urdir: Enredar, tramar, maquinar; imaginar, fantasiar.
Vicário: Aquele que se põe no lugar de outrem.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 2005.
COHEN, A. C. A vida terrena de Jesus. RJ: CPAD, 2000.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“Jesus uniu na sua pessoa as duas naturezas perfeitas.
(BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed. RJ: CPAD, 2005, p.57-9.)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2006
Título: As verdades centrais da Fé Cristã
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 4: Espírito Santo, nosso Divino Consolador
Data: 22 de Outubro de 2006
TEXTO ÁUREO
“Mas aquele Consolador, Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26).
VERDADE PRÁTICA
O Espírito Santo não é uma força impessoal. É a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade; sua divindade não pode ser, sob hipótese alguma, contestada.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 51.11
O Espírito Santo habita no crente.
Terça - Is 63.10
O Espírito Santo pode ser contristado.
Quarta - At 1.8
O Espírito Santo reveste os crentes para o trabalho missionário.
Quinta - Rm 5.5
O Espírito Santo derrama o amor em nosso coração.
Sexta - 1 Co 2.13
O Espírito Santo nos ensina.
Sábado - 1 Ts 1.6
O Espírito Santo enche-nos de alegria.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 16.7-15.
7 - Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.
8 - E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo:
9 - do pecado, porque não crêem em mim;
10 - da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais;
11 - e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.
12 - Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.
13 - Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.
14 - Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
15 - Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso, vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
PONTO DE CONTATO
Professor, a palavra “teologia” não se encontra na Bíblia. O termo era empregado pelos gregos para nomear um poeta, quando este descrevia os deuses mitológicos da Hélade. Muito tempo depois, na Idade Média, o vocábulo foi usado pelos mestres cristãos como referência ao estudo da doutrina de Deus e aos ensinos sagrados da Igreja. O teólogo era considerado um erudito, estudioso das Sagradas Escrituras e dos principais dogmas do cristianismo. A principal ocupação do teólogo cristão, portanto, é estudar a Bíblia Sagrada a fim de compreender suas doutrinas fundamentais. Ademais, o teólogo também é responsável pela comunicação da fé cristã de forma clara e objetiva aos homens da modernidade. Como professor da Escola Dominical, você é responsável pelo ensino das doutrinas bíblicas da mesma forma que foram os teólogos do passado.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Na Teologia, a doutrina do Espírito Santo é conhecida como “Pneumagiologia”. Este termo procede de três palavras gregas:pneuma (espírito), hagios (santo) e logia (estudo). Porém, o termo preferido dos estudiosos da Bíblia é aquele que procede do texto de João 16.7: Paracletologia, ou a doutrina do Consolador. A palavra, paráklētos, encontrada apenas no evangelho e na epístola de João (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7; 1 Jo 2.1), procede de duas palavras gregas: pará (para o lado de), e kaléō (chamar). Literalmente significa “alguém que é chamado para estar ao lado de outro para ajudá-lo”. O termo é traduzido, em 1 João 2.1, por “Advogado”. Portanto, duas atividades divinas são atribuídas ao Espírito Santo: Consolador e Advogado. Não é sem razão que a Bíblia afirma que o Espírito ajuda-nos em nossas fraquezas e que intercede por nós com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26). O próprio Jesus afirmou que o Espírito é allon, isto é, “outro da mesma natureza e espécie”, e não heteron, “outro de espécie e natureza diferente”; tal qual afirmou Paulo a respeito da natureza diferente do evangelho ensinado pelos judaizantes na Galácia (Gl 1.6).
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor, você sabe o que é um símbolo? O símbolo é uma figura, objeto, número ou emblema, cuja imagem representa, de modo sensível, uma verdade moral ou religiosa. Através do símbolo, uma certa verdade é substituída por um sinal. Um conceito abstrato recebe correspondência material e concreta pela relação existente entre o conceito e o símbolo por ele representado. Em função de as palavras não comunicarem adequadamente a natureza das operações do Espírito Santo, muitos símbolos são usados pela Bíblia a fim de revelar a magnitude das ministrações do Espírito. Portanto, utilize-se da tabela abaixo para ilustrar a presente lição. Mas, tome cuidado para não ir além do que o símbolo representa. Caso tenha dúvida em como interpretar os símbolos, consulte a obra Hermenêutica Fácil e Descomplicada (CPAD, 2005: p.218-236).
COMENTÁRIO
introdução
João Wesley explica porque o ministério do Espírito Santo é tão importante na vida do crente: “Sem o Espírito de Deus não podemos fazer nada, a não ser acrescentar pecado sobre pecado”. O evangelista inglês buscou deixar bem claro, com essa afirmação, que o Espírito Santo não é uma influência como dizem os hereges; é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade; acha-se ativo na vida da Igreja, consolando-nos e dirigindo-nos em todas as coisas.
Nesta lição, veremos o que a Bíblia ensina acerca de sua personalidade, atuação e obra. Também veremos os pecados cometidos contra Ele e o seu ministério nos dias de hoje. Tenho certeza de que, na conclusão, todos haveremos de conscientizar-nos: nossa preocupação concernente ao Espírito Santo não deve ser apossar-nos dEle; e, sim, permitir que Ele se aposse de nossa alma, de nosso coração e de nosso corpo; somos o seu templo e santuário.
A Bíblia mostra o Espírito Santo atuando como um ser divino do Gênesis ao Apocalipse.
Além de ser uma pessoa completa e perfeita, é o Espírito Santo também divino; assim no-lo apresenta a Bíblia. Não é sem razão que o identificamos, teologicamente, como a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Conforme veremos, a seguir, Ele possui os mesmos atributos existentes no Pai e no Filho, segundo as Escrituras. Além disso, atuou em todos os atos divinos, pois divino Ele é.
Pode haver alguma dúvida sobre a divindade do Espírito Santo? Detenhamo-nos, pois, nos atributos divinos que lhe são conferidos.
III. A OBRA DO ESPÍRITO NA VIDA DO CRENTE
Ao tratar da obra do Espírito Santo na vida do ser humano, J. Blanchard é ao mesmo tempo abrangente e sintético: “O ministério do Espírito Santo é levar o impenitente ao Salvador e torná-lo parecido com Ele”. De fato, a sua principal obra é levar-nos ao ideal divino: “Porque eu sou o SENHOR, vosso Deus; portanto, vós vos santificareis e sereis santos, porque eu sou santo” (Lv 11.44). Por isso, Ele é denominado Espírito Santo: santifica-nos, tornando-nos semelhantes a Deus. Sua obra tem início, em nós, ao convencer-nos do pecado.
O batismo no Espírito Santo é o revestimento que nos concede poder não apenas sobre o pecado, mas também para testemunhar de Cristo (At 1.8). O sinal que evidencia o batismo no Espírito Santo é o falar novas línguas (At 2.4; At 10.46; At 19.6).
A função dos dons espirituais, que o crente recebe no ato do batismo, ou depois deste, é dotar a Igreja de poderes sobrenaturais, para que ela seja edificada e cumpra a sua missão de forma eficaz (At 19.6; 1 Co 12.7; 14.12).
Além da blasfêmia contra o Espírito Santo, considerado o mais grave dos pecados, há outras ofensas, igualmente graves e seriíssimas, que podem condenar-nos à perdição eterna. Vejamos, em primeiro lugar, por que a blasfêmia contra o Espírito Santo é imperdoável.
Afinal, em que consiste esse pecado? Em palavras ofensivas e desrespeitosas ao Espírito Santo. Mas por que é um pecado imperdoável? Vejamos a explicação do sumo sacerdote, Eli, ao repreender os seus filhos profanos: “Pecando homem contra homem, os juízes o julgarão; pecando, porém, o homem contra o SENHOR, quem rogará por ele?” (1 Sm 2.25).
O selo a que se refere o apóstolo não é o batismo no Espírito Santo; é a garantia de vida eterna que temos nos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Caso contrário, apenas os batizados no Espírito Santo entrariam no céu. Em Efésios 1.13, ressalta Paulo, que o selo é-nos concedido no ato de crer e não no ato do batismo no Espírito Santo.
CONCLUSÃO
Nesta lição, não tivemos condições de fazer um estudo mais exaustivo sobre a pessoa e a obra do Espírito Santo. Poderíamos falar, por exemplo, sobre os seus nomes, acerca de sua atuação no Antigo e no Novo Testamento e a respeito de sua presença na Igreja. E os dons ministeriais?
O Espírito Santo continua a operar na Igreja de Cristo tanto coletiva como individualmente. Ele atua na regeneração do ser humano, na santificação do crente, revestindo-o de poder, objetivando levá-lo a um trabalho eficiente no Reino de Deus. Assim, estaremos preparando-nos para o arrebatamento da Igreja que, segundo os sinais, em breve acontecerá.
VOCABULÁRIO
Cônscio: Que sabe bem o que faz ou o que deve fazer; ciente, consciente.
Hélade: Helênico; relativo ou pertencente à Grécia antiga.
Herege: Que professa doutrina contrária a Bíblia.
Impenitente: Que persiste no erro ou no crime; relapso, contumaz.
Sintético: Resumido; síntese; esboço.
Sofisma: Argumento contraditório, e que supõe má fé por parte de quem o apresenta; erro; engano.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BENTHO, E. C. Hermenêutica, fácil e descomplicada. 3.ed., RJ: CPAD, 2005.
SILVA, S. P. A existência e a pessoa do Espírito Santo. RJ: CPAD, 1996.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“A Existência do Espírito Santo
(SILVA, S. P. A existência e a pessoa do Espírito Santo. RJ: CPAD, 1996, p.11-16.)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2006
Título: As verdades centrais da Fé Cristã
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 5: A Santíssima Trindade – Uma verdade incontestável
Data: 29 de Outubro de 2006
TEXTO ÁUREO
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém!” (2 Co 13.13).
VERDADE PRÁTICA
A doutrina da Santíssima Trindade é uma verdade bíblica fundamental e não pode ser ignorada nem desprezada por aqueles que aceitaram a Cristo como Salvador.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 1.2
A Trindade na criação do Universo.
Terça - Gn 1.26
A Trindade na criação do homem.
Quarta - 2 Co 13.13
A Trindade na bênção apostólica.
Quinta - Mt 3.13-17
A Trindade no batismo de Cristo.
Sexta - Jo 1.32-34
A Trindade no testemunho de João Batista.
Sábado - Jo 14.16,26
A Trindade testemunhada pelo próprio Cristo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
MATEUS 3.13-17.
13- Então, veio Jesus da Galiléia ter com João junto do Jordão, para ser batizado por ele.
14 - Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?
15 - Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.
16 - E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.
17 - E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
PONTO DE CONTATO
Professor, o termo “trindade” foi empregado por Teófilo de Antioquia, no século II d.C. Entretanto, é possível que essa expressão tenha sido usada pelos cristãos nos primórdios da igreja. Esse vocábulo era usado para designar o mistério de uma só divindade coexistindo em três Pessoas absolutamente distintas e co-iguais. Todavia, o estabelecimento do termo é atribuído ao apologista cristão, Tertuliano de Cartago. Coube ao bispo de Alexandria, Atanásio, a elaboração do credo que sedimentou a ortodoxia trinitária.
Nesta lição, evite tropeçar em questões básicas a respeito dessa doutrina. Não se precipite nas questões cujas respostas você não tenha firmeza. Sobre esse tema, portemo-nos como o salmista: “Tal ciência é para mim maravilhosíssima, tão alta que não posso atingir” (Sl 139.6).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Entendemos, mediante a Doutrina da Trindade, que a divindade subsiste eterna e plenamente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Não são três deuses como falsamente afirmam os hereges, mas um só Deus. Uma é a pessoa do Pai, outra, a do Filho, e outra, a do Espírito Santo. O Pai não é maior do que o Filho. O Filho não é maior do que o Espírito Santo, e assim respectivamente. O Pai não é o Filho. O Filho não é o Espírito Santo. E o Espírito Santo não é nenhuma das Pessoas anteriores. Todavia, a divindade pertence a cada uma das três pessoas, constituindo um só Deus. Conforme afirmou Atanásio de Alexandria: “Adoramos um só Deus na Trindade, a Trindade na Unidade, sem confusão de pessoas, e sem separação de substância”.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Prezado professor, a doutrina da Santíssima Trindade é uma verdade incontestável. As Sagradas Escrituras, tanto no Antigo quanto em o Novo Testamento, atestam a veracidade desse ensinamento. No estudo desta semana, devemos evitar dois erros: 1 ) o erro do modalismo - afirma que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são a manifestação da mesma pessoa; 2) o erro do subordinacionismo - afirma que o Pai é maior do que o Filho e o Espírito Santo, e que tanto o Filho quanto o Espírito Santo, estão subordinados ao Pai. Todavia, sabemos que a Trindade é Una, pois só há uma deidade: e Trina, pois são três distintas pessoas que participam da mesma deidade.
O triângulo equilátero é uma excelente figura para facilitar a compreensão da Trindade. Reproduza-o conforme os recursos disponíveis.
COMENTÁRIO
introdução
Nesta lição, estudaremos um dos capítulos mais importantes da teologia. Se para constatar a existência de Deus, é-nos suficiente a fé e a razão; para compreender a Trindade, carecemos, conjuntamente, da revelação divina que só encontramos na Bíblia Sagrada. Não é algo que se aprende através da luz natural da razão; e, sim, da iluminação espiritual que nos proporciona o Espírito Santo na Palavra de Deus.
Nossa mente jamais conseguirá explicar adequadamente, o que é a Santíssima Trindade. Aliás, foi o que certa vez confessou Agostinho, um dos maiores teólogos do Ocidente. Todavia, contamos nós com a assistência do Espírito Santo que, por intermédio das Sagradas Escrituras, revela-nos o necessário para aceitarmos a beleza dessa verdade.
A doutrina da Santíssima Trindade não é exclusiva do Novo Testamento; é uma ampliação de uma verdade que se acha desde o Gênesis ao profeta Malaquias. Então, por que a rejeitam os judeus? Pelas mesmas razões que os levaram a repudiar a messianidade de Jesus de Nazaré: cegueira espiritual e dureza de coração (2 Co 3.14-16). A Trindade é claramente apresentada tanto na criação do Universo, como na expectativa messiânica da alma hebréia e em cada episódio da História Sagrada.
Em ambas as passagens, o autor sagrado, inspirado pelo Espírito Santo, mostra o Pai referindo-se ao Filho - Jesus Cristo (Mc 12.36; Hb 5.6).
Um trecho que mostra, de maneira explícita e clara, a presença da Santíssima Trindade no Antigo Testamento é Daniel 7.13-14.
Eis mais algumas passagens que demonstram a Trindade no Antigo Testamento: Is 6.8; 7.14; 9.6.
III. A SANTÍSSIMA TRINDADE NO NOVO TESTAMENTO
É no Novo Testamento que encontramos as mais claras e explícitas manifestações da Santíssima Trindade: no batismo de Jesus, em seu ministério e em sua ressurreição e ascensão e, de forma abundante, na vida da Igreja Primitiva.
Nas epístolas, muitas são as passagens sobre a Trindade (Rm 14.17; 15.16; 2 Co 13.13; Ef 4.30; Hb 2.3,4; 2 Pe 1.16-21; 1 Jo 5.7). No Apocalipse, a Santíssima Trindade encontra-se do princípio ao fim: 1.1,2; 2.8,11, etc.
CONCLUSÃO
A doutrina da Santíssima Trindade não é um mero exercício intelectual; é uma verdade consoladora: ensina-nos diversas coisas vitais para a nossa vida cristã. Em primeiro lugar, com a ascensão de Nosso Senhor, não fomos deixados órfãos. Ele rogou ao Pai que, amorosa e prontamente, enviou-nos o Consolador. E este, com inexprimíveis gemidos, intercede por nós e testifica que somos filhos de Deus através dos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Quão consoladora é a doutrina da Santíssima Trindade.
VOCABULÁRIO
Alucinado: iludido, arrebatado, por efeito de alucinação.
Incontestável: Que não pode sofrer contestação; indiscutível.
Mero: Simples, comum, vulgar.
Ortodoxo: Absoluta conformidade com um princípio ou doutrina.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SILVA, S. P. A doutrina de Deus. RJ: CPAD, 2002.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“A Santíssima Trindade
Uma crença popular entre os cristãos divide a obra de Deus entre as três pessoas, dando uma tarefa específica a cada uma delas; como por exemplo, a criação ao Pai, a redenção ao Filho e a regeneração ao Espírito Santo. Isto, porém, é parcialmente verdade, mas não de todo, pois Deus não pode dividir-se de forma que apenas uma pessoa trabalhe isolada, enquanto às outras, Jesus e o Espírito Santo, permanecem inativas.
(SILVA, S. P. A doutrina de Deus. 5.ed. RJ: CPAD, 2002, p.109-10.)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2006
Título: As verdades centrais da Fé Cristã
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 6: Anjos, ministros enviados por Deus
Data: 05 de Novembro de 2006
TEXTO ÁUREO
“Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” (Hb 1.14).
VERDADE PRÁTICA
Embora magníficos em poder, os anjos não devem nem podem ser adorados. Sua missão é exaltar a Deus e trabalhar em prol dos que hão de herdar a vida eterna.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lc 9.26
Os anjos são seres gloriosos.
Terça - Sl 103.20
Os anjos são magníficos em poder.
Quarta - Mt 4.11
Os anjos ministram a Cristo.
Quinta - Hb 1.14
Os anjos são enviados para servir aos santos.
Sexta - Mt 16.27
Os anjos compõem o exército de Cristo.
Sábado - Mt 24.31
Os anjos no final dos tempos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 1.1-8.
1 - Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho,
2 - a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
3 - O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas;
4 - feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.
5 - Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?
6 - E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.
7 - E, quanto aos anjos: O que de seus anjos faz ventos e de seus ministros, labareda de fogo.
8 - Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.
PONTO DE CONTATO
Professor, alguns teólogos liberais acreditam que os anjos são apenas “essências platônicas” ou “emanações da parte de Deus”. Segundo eles, crer na existência dos anjos como seres racionais é “grosseira mitologia”. Essa posição, ajusta-se à crença racionalista assumida pelos saduceus no tempo de Cristo (At 23.8). Em outro extremo estão os místicos, os cabalistas, os ufologistas, que acreditam e adoram irracionalmente os seres celestiais, à semelhança dos antigos membros das religiões gnósticas (Cl 2.18). Somente o ensino das Escrituras é capaz de contestar o misticismo e o racionalismo desenfreado que têm invadido a sociedade, e até muitas igrejas.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
O vocábulo “angelologia” procede de dois termos gregos: angelos, traduzido por “mensageiro” ou “enviado”, e logia, “discurso” ou “tratado”. Angelologia, portanto, é a doutrina que estuda a natureza, o caráter, e a missão dos anjos, conforme as Escrituras. No Antigo Testamento, os anjos são chamados de mal’āk, isto é, “mensageiro ou representante”. Enquanto no grego e no hebraico, os anjos são denominados pela função (mensageiro), na língua aramaica, eram chamados de qaddîsh, isto é, “santos”, descrevendo-lhes o caráter e não apenas o ofício. Quanto ao caráter, a Bíblia afirma que os anjos são mansos (2 Pe 2.11), obedientes e poderosos (Sl 103.20), sábios (2 Sm 14.17), e reverentes (Is 6.2,3). A respeito do ministério angélico, a Escritura declara que: adoram a Deus (Sl 103.20; 148.2), protegem os servos de Deus (Sl 34.7), e executam juízos divinos (2 Rs 19.25).
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Esta lição trata de diversos assuntos pertinentes à doutrina dos anjos. A fim de corrigirmos alguns erros concernentes à natureza desses seres, é conveniente que o caro professor exponha esse tema com bastante objetividade. Apesar de os vocábulosmal’āk e angelos designarem a função dos anjos e não a sua natureza, as expressões “anjos do Senhor” ou “anjos de Deus”, descrevem claramente os anjos como seres morais procedentes de Deus. Isto é, possuem natureza espiritual singular. Apresente aos alunos a tabela “Aspectos da Natureza dos Anjos” a fim de reforçar a aprendizagem.
COMENTÁRIO
introdução
A angelologia bíblica é uma doutrina que nos leva a uma dupla reflexão. Se por um lado, somos confortados, sabendo que os anjos de Deus acham-se à disposição dos que hão de herdar a vida eterna (Hb 1.14); por outro, apesar de sua capacidade e poderio que lhes conferiu o Senhor, não devem nem podem ser adorados (Ap 19.10; 22.9).
Nesta lição, veremos o que a Bíblia ensina acerca dos anjos.
Eles são tratados por qualificativos que lhes ressaltam a responsabilidade moral: ministros e servos de Deus (Hb 1.7; Ap 19.10).
III. O CARÁTER DOS ANJOS
A expressão “o anjo do Senhor”, dependendo da passagem, pode referir-se profeticamente ao Senhor Jesus em sua pré-encarnação. Em Ml 3.1b, “o anjo do concerto” é uma alusão a Ele. O “concerto” é certamente o de Mt 26.28.
Embora poderosos em obras, não podem os anjos ser adorados: são criaturas de Deus, nossos conservos e também comprometidos com a glória de Deus. Vejamos por que os anjos não devem ser objetos de nosso culto.
CONCLUSÃO
É reconfortante saber que o Senhor nos colocou à disposição um exército eficiente que nos ajuda em todas as instâncias. Embora seja-lhes proibido anunciar o Evangelho, assistem-nos nesta gloriosa tarefa. Todavia, não podemos, sob hipótese alguma, adorá-los. Eles não são deuses; são servos de Deus e conservos nossos; servimos ao mesmo Senhor.
Devemos todos sempre dar graças a Deus pelo ministério providente e protetor dos seus anjos em nosso favor.
VOCABULÁRIO
Arcano: Segredo, mistério, oculto, encoberto.
Autômato: Pessoa que age como máquina, sem raciocínio.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HORTON, S. M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996.
FRANCISCO, V. A doutrina dos anjos e demônios. RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“As Evidências Bíblicas
Os anjos têm uma natureza incomparável; são superiores aos seres humanos (Sl 8.5), mas inferiores ao Jesus encarnado (Hb 1.6). A Bíblia ressalta os seguintes fatos a respeito deles:
(BAKER, C. D.; MACCHIA, F. D. Seres espirituais criados. In HORTON, S. M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.196-8.)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2006
Título: As verdades centrais da Fé Cristã
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 7: O Homem, coroa da Criação
Data: 12 de Novembro de 2006
TEXTO ÁUREO
“SENHOR, que é o homem, para que o conheças, e o filho do homem, para que o estimes?” (Sl 144.3).
VERDADE PRÁTICA
Obra-prima de Deus, tem o homem como dever glorificar-lhe o nome e voluntariamente honrá-lo em todas as suas atividades.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 1.26
O homem é produto de um ato criativo de Deus.
Terça - Gn 3.22-24
O homem expulso do paraíso por causa do pecado.
Quarta - Gn 6.3
A limitação biológica do homem.
Quinta - Sl 103.15
A brevidade da vida humana.
Sexta - Pv 3.13
A verdadeira sabedoria do homem vem de Deus.
Sábado - Ec 12.13
O dever de todo homem é guardar a Palavra de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Salmos 8.1-9.
1 - Ó SENHOR, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra, pois puseste a tua glória sobre os céus!
2 - Da boca das crianças e dos que mamam tu suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres calar o inimigo e vingativo.
3 - Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste;
4 - que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?
5 - Contudo, pouco menor o fizeste do que os anjos e de glória e de honra o coroaste.
6 - Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés:
7 - todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo;
8 - as aves dos céus, e os peixes do mar, e tudo o que passa pelas veredas dos mares.
9 - Ó SENHOR, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a terra!
PONTO DE CONTATO
Estimado professor, a doutrina do homem é um assunto oportuno e necessário aos dias hodiernos. A lição, composta de seis tópicos, faz uma síntese dos principais temas discutidos a respeito da Antropologia Teológica. O primeiro tópico, responde, de acordo com a Bíblia, uma inquietante pergunta: O que é o Homem? Pergunta atualíssima e indispensável à teologia, à filosofia, à educação e à sociologia. A obra “O Homem, esse Desconhecido”, do filósofo Aléxis Carrel, provoca ainda mais o debate à medida que o título sugere a incapacidade de chegarmos a uma resposta satisfatória. Devemos lembrar que as Escrituras perguntam sete vezes: “Que é o homem?” (Jó 7.17; 15.14; Sl 8.9; 144.3; Hb 2.6). Portanto, estude a lição, faça suas pesquisas pessoais, ore ao Senhor, e lecione com alegria.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Antropologia Teológica é o ramo da Teologia Sistemática que estuda a criação, a imagem divina, constituição da natureza e destino final do homem, de acordo com as Escrituras. Concernente ao estudo da imagem divina no homem (Gn 1.26,27), é necessário reafirmar duas verdades fundamentais: 1) a “imagem divina” não quer dizer que o homem foi criado representando a forma física de Deus, pois o Senhor é espírito, eterno e imutável (Jo 4.23,24; Lc 24.39); 2) a “imagem divina” não equivale a uma participação essencial na divindade, pois “imagem” e “semelhança” não significam “divinização”. Portanto, deve-se evitar dois sérios equívocos: atribuir a Deus corpo físico, e elevar o homem à classe divina. Entretanto, a imagem de Deus está dividida em duas categorias: natural e moral. A natural representa a personalidade com todos os atributos. A moral, por sua vez, diz respeito à constituição moral do homem.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor, a natureza humana é constituída, segundo os textos de 1 Ts 5.23 e Hb 4.12, por espírito, alma e corpo. O espírito e a alma compõem a parte imaterial, invisível e substancial do homem, enquanto o corpo, a parte material e visível. Isto não quer dizer que o homem é um ser tripartido, isto é, composto por três partes independentes uma das outras. Pelo contrário, espírito, alma e corpo (tricotomia), se distinguem, mas compõem apenas um ser — o homem. O corpo relaciona o ser com o mundo material e concreto, a alma, sede da personalidade humana, relaciona o ser consigo mesmo e dá vida ao corpo, o espírito, elemento singular do homem, relaciona o ser com Deus. Portanto, o relacionamento do homem é tríplice: horizontal, central e vertical. No horizontal, o corpo relaciona-se com o mundo físico; no central, a alma relaciona-se consigo mesma; no vertical, o espírito, com Deus. Ensine esses conceitos teológicos com o auxílio do gráfico abaixo.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Big-bang (Grande explosão): Teoria segundo a qual o Universo, em seu estado inicial, se formou a partir de uma grande explosão.
Com o fervor que lhe era tão peculiar, expressa Agostinho toda a sua esperança na redenção humana: “A essência mais profunda da minha natureza é que sou capaz de receber Deus em mim”. Mostra o teólogo africano, de forma despretensiosa, mas profunda, por que o nosso espírito anseia por receber a Deus: fomos por Ele criados, e a nossa alma só descansará quando repousar em sua paz.
Nesta lição, faremos uma abordagem do que a Bíblia ensina a respeito do homem: sua criação, queda, redenção e glorificação. E, assim, haveremos de constatar: o ser humano não é produto de um processo evolucionário; é o resultado de um ato criativo do Todo-Poderoso. Eis por que somos considerados a coroa de sua criação.
Neste tópico, entraremos a ver alguns fatos a respeito do homem que, feito à imagem e à semelhança do Criador, é a principal de suas criaturas.
Apesar de sua linguagem científica, não passa o evolucionismo de uma loucura: ignora a Deus e ao seu infinito poder. Trata-se, como diz a Bíblia, de uma falsa ciência (1 Tm 6.20).
III. OBJETIVOS DA CRIAÇÃO DO HOMEM
Vejamos por que o homem foi criado. Sua primeira tarefa é glorificar o nome do Criador.
O monogenismo é a doutrina que ensina serem todos os homens provenientes de um único tronco genético. Apesar da variedade da cor de nossa pele, todos somos descendentes de Adão e Eva.
De acordo com as Sagradas Escrituras, o ser humano é desta forma composto: espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23). Embora não seja fácil explicar a tricotomia humana, ela, todavia, é uma realidade.
Dotado de livre-arbítrio, o homem pecou contra o seu Deus (Gn 3). A sua transgressão, porém, não pegou a Deus de surpresa (Ap 13.8). Através de Cristo, provê-nos eterna e suficiente redenção, dispensando-nos um tratamento tão especial. Somos, portanto, conhecidos como:
CONCLUSÃO
Embora o pecado tenha-o destituído da glória divina, o homem não ficou abandonado à própria sorte. O Pai Celeste providenciou-lhe eficaz redenção por intermédio de Cristo Jesus. Hoje, somos chamados filhos de Deus, apesar de não ter se manifestado ainda a plenitude de nosso ser (1 Jo 3.2). Mas quando Cristo voltar, seremos tomados por Ele e, assim, estaremos para sempre em sua companhia.
VOCABULÁRIO
Despretensioso: Modesto; franco; sem afetação.
Hodierno: Relativo aos dias de hoje; atual.
Monogenismo: Doutrina segundo a qual as raças humanas procedem de um tipo primitivo único.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
MENZIES, W. W., HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas: os fundamentos da nossa fé. RJ: CPAD, 2005.
SILVA, S. P. O homem: corpo, alma e espírito. 12.ed., RJ: CPAD, 2004.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“A Imagem de Deus
(MENZIES, W. W., HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas: os fundamentos da nossa fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005, p.69-70.)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2006
Título: As verdades centrais da Fé Cristã
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 8: O pecado, a transgressão da Lei Divina
Data: 19 de Novembro de 2006
TEXTO ÁUREO
“Qualquer que comete o pecado também comete iniqüidade, porque o pecado é iniqüidade” (1 Jo 3.4).
VERDADE PRÁTICA
Só existe um antídoto eficaz contra o pecado: o sangue de Cristo Jesus derramado na cruz do Calvário.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Jo 3.8
O Diabo peca desde o princípio.
Terça - Tg 1.15
O pecado gera a morte.
Quarta - 1 Co 15.56
O aguilhão da morte é o pecado.
Quinta - Rm 6.23
O salário do pecado é a morte.
Sexta - Rm 6.14
O pecado não terá domínio sobre os que estão sob a graça.
Sábado - Jo 16.8
Somente o Espírito Santo pode convencer-nos do pecado.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 João 3.1-7.
1 - Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele.
2 - Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.
3 - E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.
4 - Qualquer que comete o pecado também comete iniqüidade, porque o pecado é iniqüidade.
5 - E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado.
6 - Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu.
7 - Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo.
PONTO DE CONTATO
Professor, a doutrina do pecado encontra-se claramente exposta em toda a Bíblia. O pecado não é apenas um coadjuvante na história da vida humana, mas, uma de suas personagens principais. A Bíblia, em nenhuma hipótese, lhe nega a força, a sutileza tentadora que, no interior do homem é uma inclinação para o mal, e no exterior, uma sedução para a prática das concupiscências da carne. Trata-se de uma luta renhida entre a carne e o Espírito: de um lado, a consciência e o dever de fazer o bem; de outro, a convicção de que o mal está sempre presente (Rm 7.21; Gl 5.17). O apóstolo Paulo foi incisivo ao tentar descrever esta angustiante batalha: “Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24).
Leia com seus alunos, Romanos 8.1-29, para que eles possam compreender o final glorioso desse drama encenado pelo homem, o pecado, o amor e a graça de Cristo.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
A doutrina do pecado, chamada de Hamartiologia, se ocupa do estudo da origem, natureza e universalidade do pecado, conforme as Escrituras. O termo procede de duas palavras gregas: hamartia, traduzida por “pecado”, em At 3.19 e 1 Co 15.17, elogia, que significa em At 7.38 e Rm 3.2, “palavra”, “oráculo” ou “declaração”. Em sua origem, o pecado manifestou-se na criatura moral celeste, conforme Ez 28.1-19; Is 14.12-15; Jo 8.44; 1 Jo 3.8,12. Mais tarde, Adão, como representante da raça humana, também sucumbiu diante do pecado, sujeitando todos os seus descendentes aos aguilhões do mal moral; tornando-o, portanto, universal a todas criaturas racionais, e afetando até mesmo a criação (Gn 3; Sl 14; Rm 1. 18-32; 3.23; 5.12-21; Rm 8.20-23). A natureza do pecado é descrita mediante diversos vocábulos hebraicos e gregos designados pelas Escrituras: hattā’â — pecado; errar o alvo (Gn 4.7); pesha‘ — revolta contra o padrão; transgredir (Gn 50.17); anomia — pecado; sem lei (Rm 6.19); asebeia — impiedade; falta de reverência (Rm 1.18).
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor, a Bíblia usa diversas palavras para descrever a natureza do pecado. Tanto no hebraico quanto no grego, os vocábulos são usados em textos que revelam a sutileza e a variedade de atos considerados pecados pela Escritura. O emprego de vários termos para descrever o pecado e a natureza do mesmo, revela não apenas a multiplicidade de pecados existentes, mas também a universalidade deles, pois mesmo àqueles que se consideram moral ou socialmente bons, cometem outros tipos de pecados, às vezes, tolerado pela sociedade, mas condenados pela Escritura. Portanto, usaremos como recurso para esta lição, uma tabela com alguns termos hebraicos e gregos que descrevem a natureza do pecado. Esta tabela pode ser usada no tópico I, subtópico 3: “Definição bíblica”.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
“O pecado não é um brinquedo — é um tirano”. A afirmação de J. Blanchard, além de explicitar a natureza do pecado, adverte-nos severamente: embora o pecado seja considerado um mero folguedo pelos que zombam de Deus e de sua Palavra, pode lançar-nos no inferno se não o vencermos pelo sangue de Cristo.
Nesta lição, estudaremos a doutrina do pecado: origem, natureza, conseqüências. Mostraremos ainda que, apesar de seu império, curva-se ele ante o sacrifício do Calvário.
III. A UNIVERSALIDADE DO PECADO
Vejamos, pois, as conseqüências do pecado.
CONCLUSÃO
Na Bíblia, encontramos não poucos exemplos de homens que conheciam a Deus e com Ele andavam. No entanto, por falta de vigilância, acabaram por pecar contra o Senhor. Haja vista Davi. Tais exemplos nulificam o que João escreveu? De forma alguma. O que o apóstolo procura mostrar é que, na vida de quem ama a Deus, o pecado não é um hábito; é um lamentável e triste acidente. O versículo 6 poderia ser também assim traduzido: “O que nEle permanece, não vive na prática do pecado”.
VOCABULÁRIO
Antídoto: Medicamento usado para frustrar a ação de um veneno.
Asseverar: Afirmar com certeza, segurança; assegurar; dar como certo; certificar; atestar.
Benfazejo: Que faz o bem; caritativo.
Hipótese: Suposição, conjetura; Suposição duvidosa, mas não improvável, relativa a fenômenos naturais, pela qual se antecipa um conhecimento, e que poderá ser posteriormente confirmada direta ou indiretamente.
Nulificar: Anular; tornar nulo; invalidar.
Sanha: Ira, ódio, rancor, fúria.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LEITE FILHO, T. G. O homem em três tempos. RJ: CPAD, 1997.
BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 2005.
HORTON, S. M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996.
OLIVEIRA, R. As grandes doutrinas da Bíblia. RJ: CPAD, 2003.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“Classes de Pecado
Diante do perdão de Deus, não podemos dizer que os pecados estão divididos em classes. No entanto, para nossa própria compreensão deles, podemos admitir que, assim como todos os edifícios e casas não são do mesmo tamanho, assim também os nossos pecados são de diferentes tipos.
(LEITE FILHO, T. G. O homem em três tempos. 3.ed., RJ: CPAD, 1997, p.114-5.)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2006
Título: As verdades centrais da Fé Cristã
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 9: Salvação, o plano de Deus para a redenção humana
Data: 26 de Novembro de 2006
TEXTO ÁUREO
“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11).
VERDADE PRÁTICA
A salvação oferecida por Deus, através de Cristo, é amorosamente inclusiva: contempla todos os seres humanos e não apenas um grupo ou nação.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 4.12
A salvação é obtida somente em nome de Jesus.
Terça - Rm 1.16
O Evangelho é poder de Deus para a salvação.
Quarta - Rm 13.11
A salvação está mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.
Quinta - 2 Co 6.2
Eis o tempo aceitável, eis o tempo de salvação.
Sexta - 1 Ts 5.9
Deus não nos destinou para a ira, mas para a salvação.
Sábado - 2 Tm 3.15
Sábios para a salvação.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 3.14-21.
14 - E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,
15 - para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 - Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17 - Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18 - Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
19 - E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
20 - Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas.
21 - Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.
PONTO DE CONTATO
Professor, a doutrina da salvação não deve ser apenas compreendida. É necessário que seja experimentada pelos seus alunos. Conhecer os profundos e confortadores ensinos concernentes à redenção é um bálsamo para o peregrino cristão. No entanto, o conhecimento teórico de pouco adianta se a obra salvífica de Cristo não for experimentada. Portanto, ministre a lição com objetividade, conhecimento da doutrina e amor pela conversão e salvação de seus alunos.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
A doutrina da salvação, chamada de Soteriologia, ocupa-se do estudo do plano salvífico (Ef 1.3-14), da obra de Cristo (Rm 3.24-26), e da aplicação da salvação ao homem (Ef 2.8-10), de acordo com a Escritura. O termo procede do grego sōtēria, traduzido por “salvação”, “libertação” e “preservação”. Nos textos de Lc 1.69,71 e Hb 11.7, o vocábulo é usado com o sentido de “livrar ou preservar de um perigo eminente”. A palavra equivalente usada no Antigo Testamento é yeshû‘â (o nome Jesus no grego, procede desse termo hebraico, Mt 1.21), isto é, “salvação”, “livramento”. O termo hebraico é usado, em Gn 49.18, como referência à salvação do Senhor (ver Dt 32.15; 1 Sm 12.1), e, em Ez 37.23, com o significado de “livrar” dos pecados. Portanto, salvação, quer no Antigo ou Novo Testamento, significa libertação, livramento ou preservação de um perigo eminente.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor, antes que o homem pudesse pensar em Deus, ele já estava presente no pensamento de Deus. A Escritura em inúmeras passagens atribui a salvação a uma ação e iniciativa completamente divina: Deus elege, predestina e chama (Ef 1.4,5,18; 2.8-10; Rm 8.28-30; Fp 2.15,16; 2 Ts 1.11; Hb 3.1; 2 Pe 1.10). No entanto, é necessário que o homem responda positivamente a vocação celeste: recebendo-o (Jo 1.12), crendo (Jo 3.16), indo ao encontro dEle (Jo 6.37), invocando-o (Rm 10.13), entre outros. A obra inicial do Espírito Santo, a fim de que o pecador seja salvo, é convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11). Portanto, há um completo envolvimento da deidade e do homem na salvação. O gráfico a seguir representa esses conceitos. Apresente aos alunos após o tópico III.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Afirma Matthew Henry que a nossa “salvação é tão bem projetada, tão bem harmonizada, que Deus pode ter misericórdia dos pobres pecadores e estar em paz com eles, sem nenhum prejuízo de sua verdade e justiça”. Quem há de contestar o irmão Henry? Certo teólogo, aliás, chegou a declarar que o Plano de Salvação é tão eterno quanto o próprio Deus.
Neste domingo, veremos o que a Bíblia ensina acerca da salvação; é um tema que se estende do Gênesis ao Apocalipse.
Agostinho realça a doutrina da graça divina: “A graça de Deus não encontra homens aptos para a salvação, mas torna-os aptos a recebê-la”. Nesta admirável definição, temos a essência do que é e do que representa a graça de Deus.
III. ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO
Conforme Efésios 1.4,5, a eleição (v.4) precede a predestinação (v.5) que, embora infinita e insondável, não é a salvação em si. A predestinação é “para a salvação” (2 Ts 2.13), a fim de sermos filhos de adoção (Ef 1.5)
Isto não significa, porém, que Deus tenha amado apenas uma parte da raça humana; amou-a por completo. Pois a promessa do Salvador foi feita em primeiro lugar a Adão — o pai de todas as famílias da Terra e representante de toda a humanidade (Gn 3.15). Portanto, basta o homem receber a Cristo para desfrutar, de imediato, dos benefícios da eleição e da predestinação. Em sua presciência, Deus elegeu, em seu Filho, aqueles que, aceitando o Evangelho, experimentam o milagre da regeneração.
Neste tópico, entraremos a ver por que a regeneração é tão importante à união do ser humano com Deus. Vejamos, pois, o que é a regeneração?
Antes de aceitarmos a Cristo, éramos apenas criaturas; agora, co-herdeiros de Cristo Jesus com pleno acesso a todas as bênçãos que, nEle, reservou-nos o Pai Celeste (Ef 1.13; 1 Co 3.21). A adoção, portanto, é uma das mais belas e confortadoras doutrinas da Bíblia.
VII. A SANTIFICAÇÃO
A doutrina da santificação é uma das mais negligenciadas de nosso púlpito. Apesar disso, sua validade e reivindicações continuam tão eloqüentes hoje como nos tempos bíblicos. O que é, todavia, a santificação?
CONCLUSÃO
Como é maravilhoso experimentar a salvação em Cristo Jesus! Todavia, o melhor está por vir. Quando Ele voltar para buscar a sua Igreja, haveremos de experimentar a salvação em toda a sua plenitude. Conforme ensina o apóstolo Paulo, os salvos seremos transformados num abrir e fechar de olhos ante o toque da última trombeta. E, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Aleluia! Você já experimentou a salvação? Aceite a Cristo imediatamente.
VOCABULÁRIO
Depositário: Aquele que recebe em depósito.
Forense: Respeitante ao foro judicial; judicial.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
OLIVEIRA, R. As grandes doutrinas da Bíblia. 7.ed., RJ: CPAD, 2003.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“O Alcance da Salvação
(OLIVEIRA, R. As grandes doutrinas da Bíblia. 7.ed., RJ: CPAD, 2003, p.217-8.)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2006
Título: As verdades centrais da Fé Cristã
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 10: Igreja, o corpo espiritual de Cristo
Data: 03 de Dezembro de 2006
TEXTO ÁUREO
“Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos, à universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus” (Hb 12.22,23).
VERDADE PRÁTICA
A Igreja de Cristo não é uma simples organização; e, sim: um organismo vivo que, no poder do Espírito Santo, manifesta o Reino de Deus a um mundo que jaz no maligno.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 16.18
Cristo anuncia a fundação da Igreja.
Terça - Ef 1.22
Cristo é o cabeça da Igreja.
Quarta - Ef 3.10
A Igreja revela agora a multiforme sabedoria de Deus.
Quinta - 1 Tm 3.15
A Igreja é a coluna e firmeza da verdade.
Sexta - Hb 12.23
A Igreja é a universal assembléia dos santos.
Sábado - Ap 3.20
A Igreja é o castiçal de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
MATEUS 18.13-20.
13 - E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?
14 - E eles disseram: Uns, João Batista; outros, Elias, e outros, Jeremias ou um dos profetas.
15 - Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?
16 - E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
17 - E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.
18 - Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
19 - E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.
20 - Então, mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era o Cristo.
PONTO DE CONTATO
Prezado professor, o termo “igreja” na Antigüidade, referia-se a um grupo de pessoas que se reuniam para deliberar a respeito dos assuntos legislativos e políticos das cidades. Geralmente, essas assembléias eram abertas com orações e sacrifícios às divindades locais. Era concedido, a cada cidadão que desejasse, o direito de se pronunciar ou propor assuntos para o debate. No entanto, o termo era comum entre os gregos para designar qualquer reunião ou assembléia. Com a ascensão do cristianismo, a palavra começou a ser empregada em sentido mais específico, isto é, a igreja do Deus vivo.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Eclesiologia é a disciplina da Teologia que estuda a igreja, sua fundação, símbolos e missão, conforme as Escrituras. O vocábulo igreja é formado por duas palavras gregas: pelo prefixo ek, isto é, “a partir de”, “de dentro de” ou “para fora de”; e,klēsis, que significa “chamada”, “convocação”, “convite”. Literalmente quer dizer “chamados para fora”. Em Atos 19.39, ekklēsia é uma “assembléia reunida para fins políticos”; em Atos 7.38 é a congregação ou assembléias dos israelitas, mas em 1 Co 11.18, uma congregação cristã. O termo ainda é usado para designar um “grupo local de cristãos” (Mt 18.17; At 5.11; Rm 16.1,5); a Igreja universal à qual todos os servos de Cristo estão ligados (Mt 16.18; At 9.31; 1 Co 12.28; Ef 1.22); e a Igreja de Deus ou de Cristo (1 Co 10.32; 1 Ts 2.14; Rm 16.16).
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor, a Igreja é um organismo vivo, santo, dinâmico e ligado à cabeça, Cristo (Ef 1.22,23). A igreja, portanto, vive em duas dimensões: espiritual e social. Na dimensão espiritual, a igreja é universal, um organismo vivo, o corpo místico de Cristo; mas na esfera social, ela é local, uma organização, uma agremiação de pessoas ligadas a um sistema de crenças. Como recurso didático para esta lição, use a tabela que distingue a igreja universal da igreja local. Reproduza a tabela e a use no tópico V.
COMENTÁRIO
introdução
“A Igreja é a herdeira da cruz”. Esta declaração de Thomas Adams, além de realçar a importância e a natureza da Igreja de Cristo, deixa bem claro: a Igreja não surgiu de um projeto humano, mas do próprio Senhor.
Como definir a Igreja? William Gurnall assim o faz: “A Igreja não é nada mais do que Cristo manifestado”. Como seus representantes, devemos nos empenhar em ter uma vida santa e irrepreensível, a fim de que os homens, ao ver a nossa conduta, venham a glorificar a Cristo — o cabeça da Igreja.
O mesmo termo é aplicado ao ajuntamento dos fiéis num determinado lugar para adorar a Deus. Com o tempo, a palavra passou a designar o lugar de reunião dos crentes.
Quando exatamente foi a Igreja fundada? Com o nascimento de Cristo? Com a declaração de Pedro em Cesaréia? Ou com a ressurreição de Nosso Senhor? Embora a Igreja sempre houvesse sido uma realidade na presciência de Deus, ela só passou a existir com o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes (Ef 3.8-11).
III. OS FUNDAMENTOS DA IGREJA
A Igreja é composta pelos salvos por Cristo oriundos de todas as nacionalidades.
Contém a Santa Ceia duas mensagens centrais:
CONCLUSÃO
O destino da Igreja é mui glorioso, conforme as Sagradas Escrituras. Ler Jo 14.2,3; Ef 5.27. Além de sua beleza e distinção no presente, será ela, quando da volta do Senhor, revestida de inefável glória, uma glória, aliás, que somente Jesus pode conceder-nos. Se lermos com atenção os dois últimos capítulos de Apocalipse, seremos constrangidos a orar e a jejuar, a fim de que venhamos desfrutar de tudo quanto Ele preparou-nos na cruz. Se com o Senhor, hoje sofremos; com o mesmo Senhor haveremos de ser glorificados. Resta-nos, pois, suplicar: Maranata: “Ora vem, Senhor Jesus”.
VOCABULÁRIO
Alijar: Apartar de si; desembaraçar-se, desobrigar-se.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsidio Teológico
“A Igreja (Ekklēsia) de Deus é um povo tirado do mundo.
O mais importante na estrutura da Igreja e que lhe dá a razão de ser e de existir é que ela seja realmente constituída de um povo que, de acordo com as palavras de Jesus, tenha sido tirado do mundo (Jo 15.19). Essa realidade é evidenciada, de modo claro, pela própria palavra que o Novo Testamento usa, em sua língua original (grego), ‘para igreja’ — ekklēsia. Essa palavra é composta de duas outras: ek e klēsis. Ek significa ‘para fora’, e klēsis, ‘chamado’. Ekklēsia e usada no Novo Testamento 115 vezes [...].
1) Comunidade grega. É usada três vezes para expressar uma assembléia de comunidade grega, tanto legal (At 19.39), como ilegal (At 19.32,40) [...].
2) Israel. É usada duas vezes para designar o Israel de Deus no Antigo Testamento (At 7.38; Hb 2.12), exprimindo, assim, como Deus chamou a Israel dentre os povos para ser um povo seu (Dt 7.6-8)”.
(BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD, 2005, p.214.)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2006
Título: As verdades centrais da Fé Cristã
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 11: A Bíblia, a inspirada e inerrante Palavra de Deus
Data: 10 de Dezembro de 2006
TEXTO ÁUREO
“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” (2 Tm 3.16,17).
VERDADE PRÁTICA
A Bíblia é a inspirada, inerrante, infalível, completa e soberana Palavra de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Tm 3.16,17
A Bíblia é divinamente inspirada.
Terça - Pv 30.5
A Bíblia é absolutamente inerrante.
Quarta - Mc 13.31
A Bíblia é infalível.
Quinta - Is 8.20
A Bíblia é soberana.
Sexta - Sl 19.7
A Bíblia é perfeita.
Sábado - 2 Tm 3.15
A Bíblia é suficiente em si mesma.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 3.10-17.
10 - Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, caridade, paciência,
11 - perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou.
12 - E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.
13 - Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.
14 - Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.
15 - E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16 - Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça,
17 - para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.
PONTO DE CONTATO
Professor, você sabe quando surgiu o Dia da Bíblia? Acredita-se que tenha surgido na Grã Bretanha, em 1549. Atribui-se ao Bispo Cranmer, o estabelecimento de um dia especial para leitura e intercessão em favor da Bíblia. Esse bispo incluiu, no livro de orações do Rei Eduardo VI, um dia em que o povo pudesse interceder pela Escritura. O dia escolhido foi o segundo domingo do mês de dezembro. No Brasil, somente após a chegada dos missionários europeus e americanos, em 1859, é que o Dia da Bíblia começou a ser celebrado pelos evangélicos. Em 1948, com a criação da SBB, ocorreu a primeira manifestação pública concernente ao Dia da Bíblia, no Monumento do Ipiranga, SP. Mas somente a partir do dia 19 de dezembro de 2001 é que o Dia da Bíblia tornou-se uma celebração oficial brasileira, em função da Lei n° 10.335, sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, que instituiu a comemoração em todo o território nacional. Alguns países e seguimentos religiosos cristãos no Brasil, costumam celebrar a data no segundo domingo de setembro, referindo-se ao trabalho do exegeta e tradutor da Bíblia, Jerônimo, tradutor da famosa Vulgata.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Bibliologia é a disciplina teológica que estuda o cânon, a formação, preservação, estrutura, inspiração e inerrância da Sagrada Escritura. O nome Bíblia, foi empregado pela primeira vez pelo patriarca de Constantinopla, João Crisóstomo (344-420), para indicar uma coleção de Livros Sagrados. No entanto, ha muitos outros nomes que encontramos no volume sagrado que designam a inspiração e origem divina desse livro: Lei do Senhor (Sl 1.1,2; Ed 7.10); Palavra de Deus (Mt 15.6; At 6.7); Livro do Senhor (Is 34.16); Oráculo de Deus (Rm 3.2; 1 Pe 4.11); Sagradas Letras ou Sagrada Escritura (2 Tm 3.16); Escritura (Mc 15.28; Lc 4.21). Esses e outros nomes são chamados de “nomes canônicos das Escrituras”.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor, o atual formato da Bíblia, deve-se ao progresso da imprensa iniciada por Johann Gutemberg. No entanto, antes da evolução da imprensa, a Bíblia foi escrita em diversos materiais. Apresente aos alunos a tabela “Evolução da Bíblia”, logo abaixo.
COMENTÁRIO
introdução
Afirmou Thomas Browne que a Bíblia Sagrada, além de ser a Palavra de Deus, é a mais sublime obra literária já produzida. Somos constrangidos a concordar com Browne. Tudo nela é singular: estilo, correção, graça e proposta. Sua singularidade, porém, acha-se no fato de ela ser a Palavra de Deus. Que outro livro pode fazer semelhante reivindicação?
Embora produzida no contexto histórico e cultural judaico, ninguém haverá de negar-lhe a universalidade. É o único livro contemporâneo de toda a humanidade; sua mensagem não se perde com o tempo.
Nesta lição, estudaremos a Bíblia não propriamente como obra literária; estudá-la-emos como a Palavra de Deus. Se assim não a acolhermos, de nada nos adiantará exaltar-lhe as qualidades artísticas. Foi-nos ela entregue, a fim de que reconheçamos a Deus como o Ser Supremo por excelência e a seu Filho Unigênito como o nosso Salvador.
Neste tópico, veremos o que é a Bíblia Sagrada. Em primeiro lugar, buscaremos uma definição etimológica à palavra Bíblia. Em seguida, constataremos o que pensam os liberais, os neo-ortodoxos e os teologicamente conservadores acerca das Sagradas Escrituras.
Portanto, erram aqueles que afirmam: “A Bíblia fechada é um simples livro; aberta, é a boca de Deus falando”. Nada mais errado; aberta ou fechada, a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada e inerrante.
Matthew Henry, um dos maiores expositores das Sagradas Escrituras, é categórico ao referir-se à inspiração da Bíblia: “As palavras das Escrituras devem ser consideradas palavras do Espírito Santo”. Como não concordar com Henry? Basta ler a Bíblia para sentir, logo em suas palavras iniciais, a presença do Espírito Santo.
A inspiração plenária e verbal, todavia, não eliminou a participação dos autores humanos na produção da Bíblia. Pelo contrário: foram eles usados de acordo com seus traços personais, experiências e estilos literários (2 Pe 1.21).
III. A INERRÂNCIA DA BÍBLIA
A melhor maneira de se compreender uma doutrina é buscar-lhe uma definição adequada. Sua conceituação, a partir daí, torna-se mais fácil e não pecará pela falta de clareza e objetividade. Vejamos, pois, de que forma haveremos de definir a doutrina da inerrância bíblica.
Ao tratar da infalibilidade da Palavra de Deus, ousadamente expressou-se Carl F. Henry: “Há apenas uma única coisa realmente inevitável: é necessário que as Escrituras se cumpram”. O que isto significa? Simplesmente, que a Bíblia é infalível.
“A autoridade da Bíblia não provém da capacidade de seus autores humanos, mas do caráter de seu Autor”. Foi o que afirmou J. Blanchard. Ora, se a autoridade da Bíblia é absoluta, como haveremos de questioná-la? Vejamos, em primeiro lugar, o que é a autoridade.
CONCLUSÃO
Como filhos de Deus, não podemos afastar-nos jamais das Sagradas Escrituras; destas, todos dependemos vitalmente. Quanto mais as lermos, mais íntimos seremos de seu Autor. Tem você lido regularmente a Bíblia? Tem-na estudado todos os dias? Se você realmente deseja um avivamento, comece a ler com redobrado fervor o Livro dos livros. Sem a Bíblia não pode haver avivamento.
VOCABULÁRIO
Disseminação: Difusão, propagação, vulgarização.
Especulação: Investigação teórica; exploração.
Etimologia: Parte da gramática que trata da origem das palavras.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CONFORT, P. W. (ed.) A origem da Bíblia. RJ: CPAD, 1998.
GILBERTO, A. A Bíblia através dos séculos. 14.ed., RJ: CPAD, 2003.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“A Bíblia.
A palavra ‘bíblia’ é derivada do latim, proveniente da palavra grega bíblia (livros), que diz respeito especificamente aos livros que são reconhecidos como canônicos pela Igreja cristã. Nesse sentido, acredita-se estar o uso cristão mais antigo da expressão ta bíblia (os livros) na epístola de 2 Clemente 2.14 (c.150 d.C). O vocábulo grego biblion (do qual bíblia é o plural) é o diminutivo debiblos, que na prática denota qualquer tipo de documento escrito, mas originalmente aquele que foi escrito em papiro.
Um termo sinônimo de ‘a Bíblia’ é ‘os escritos’ ou ‘as Escrituras’ (em grego hais graphai, ta grammata), freqüentemente usado no Novo Testamento para designar, no todo ou em parte, os documentos do Antigo Testamento. Por exemplo, Mateus 21.42 diz: ‘Nunca lestes nas Escrituras?’ (em tais graphais). A passagem paralela, Marcos 12.10, traz o singular, referindo-se ao particular texto citado: ‘Ainda não lestes esta Escritura’ (tem graphen tauten). Em 2 Timóteo 3.15, temos ‘as sagradas letras’ (ta hiera grammata), e o versículo seguinte (ARA) diz: ‘Toda Escritura é inspirada por Deus’ (pasa graphe theopneustos)” (BRUCE, F.F. A Bíblia. In CONFORT, P. W. (ed.) A origem da Bíblia. RJ: CPAD, 1998, p.13-4).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2006
Título: As verdades centrais da Fé Cristã
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 12: O arrebatamento da Igreja e as últimas coisas
Data: 17 de Dezembro de 2006
TEXTO ÁUREO
“Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima... Eis que o juiz está à porta” (Tg 5.8,9).
VERDADE PRÁTICA
A volta de Jesus não é uma hipótese teológica; é uma verdade bíblica inquestionável e infalível.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ap 16.15
Jesus virá como o ladrão
Terça - Mc 13.35
Jesus virá inesperadamente
Quarta - Lc 18.8
Jesus virá num tempo de incredulidade
Quinta - Mt 25.5
Jesus virá quando muitos estiverem dormindo
Sexta - Lc 21.34
Jesus virá de improviso
Sábado - 1 Ts 4.16
Jesus virá ante o toque da última trombeta
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Tessalonicenses 4.13-18.
13 - Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
14 - Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.
15 - Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
16 - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;
17 - depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
18 - Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.
PONTO DE CONTATO
Professor, Escatologia é a disciplina da Teologia que estuda os eventos futuros narrados nas Escrituras. O termo é proveniente de duas palavras gregas: eschatos, que tem o sentido de “último” numa sucessão, e, logia, “estudo” ou “tratado”. Como você já percebeu, o tema das últimas coisas é recorrente em Lições Bíblicas. Não se trata de mera repetição, mas de proclamação insistente e contínua de que Jesus breve virá.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
O termo “arrebatado”, em 1 Tessalonicenses 4.17, refere-se ao supremo evento da primeira fase da segunda vinda de Cristo. A expressão “a encontrar o Senhor”, pode também ser traduzido “para um encontro com o Senhor”. “Encontro” era um termo técnico freqüentemente usado para descrever o encontro dos cidadãos com os reis ou generais, nalguma distância fora da cidade, a fim de os escoltarem a esta. Esse conceito nistonco descreve com muita propriedade o “encontro de Cristo com os santos”. No entanto, é o Rei que nos conduzirá à cidade celestial, para lá vivermos para todo o sempre.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor, para esta lição, recomendamos um recurso didático denominado “Linha do Tempo ou da História”. Esse auxílio tem por objetivo principal, sintetizar fatos históricos relevantes. Ele indica passado, presente e futuro; tempo histórico e profético. Através de retas, intenta-se mostrar a relação de seqüência, causa e efeito de determinados eventos significativos. Com esse gráfico os alunos poderão visualizar os principais conceitos da lição.
Por isso, observe atentamente os ícones do gráfico e a relação destes com os textos que representam ou ilustram. Preste atenção nos fatos passados e sua relação de causa e efeito com o presente -tempo histórico. Concernente ao tempo profético, futuro, descreva os principais fatos representados no gráfico abaixo com fundamentação histórica e bíblica.
COMENTÁRIO
introdução
Sendo o Cristianismo um relacionamento amoroso e vital com o Cristo de Deus (Jo 15.4), leva-nos a aguardar ansiosamente por sua volta.
Nesta lição, veremos o que a Palavra de Deus ensina sobre o arrebatamento da Igreja.
Está você preparado para esse grande dia? Jesus está às portas! Em breve a trombeta soará.
Não são poucos os que confundem o pré-milenismo com o pré-tribulacionismo. Vejamos as diferenças entre ambas as posições.
O arrebatamento tem a ver com a Igreja; a manifestação visível de Jesus em glória tem a ver: 1) com o livramento de Israel do poder do Anticristo, e 2) com o julgamento das nações. Jesus, por conseguinte, virá buscar a sua Igreja antes da Grande Tribulação. A seguir, veremos o que é o arrebatamento dos santos.
Consideremos o arrebatamento da Igreja em dois sentidos: etimológico e bíblico-teológico. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, encontramos centenas de passagens sobre essa doutrina.
III. QUANDO SE DARÁ O ARREBATAMENTO?
Embora o arrebatamento esteja mui próximo, ninguém sabe, nem pode afirmar, quando ele se dará. Aliás, a Bíblia adverte para ninguém especular quanto à data do arrebatamento. Tudo o que sabemos é que Jesus está às portas.
As advertências aí estão; não podemos brincar de crentes; temos de levar a sério nossa vida espiritual.
O apóstolo Paulo assim descreve o arrebatamento da Igreja de Cristo aos irmãos de Tessalônica:
A glorificação dos santos, quer vivos quer mortos, ocorrerá num momento (1 Co 15.52). A palavra no original grego, para “momento”, é mui expressiva: atomō. Trata-se de uma fração de tempo tão ínfima que não comporta nenhuma divisão. Ao exemplificar tal fração, Paulo traz à tona uma imagem comum a todos nós: o abrir e fechar de olhos; um instante pequeno demais para ser mesurado segundo a noção de tempo do ser humano.
Afinal, o que temos aqui? Um ato ou um processo? Sem dúvida, um ato repentino; um milagre. É algo que desafia as leis da física.
CONCLUSÃO
A qualquer momento, virá o Senhor Jesus arrebatar a sua Igreja. Esta é a nossa bendita esperança (Tt 2.13). Não fora este lenitivo, nossa vida seria insuportável. Como, porém, nossa existência não se acha circunscrita a este mundo, em breve, ante o estrugir da última trombeta, seremos tomados pelo Senhor e, com o Cordeiro de Deus, estaremos para sempre.
“Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1 Ts 4.18).
Está você preparado para o arrebatamento? Como está a sua vida espiritual? Tem orado regularmente? Tem guardado o seu coração do mal? Que o Senhor não nos encontre despercebidos.
VOCABULÁRIO
Estrugir: Fazer estremecer com estrondo; estrondear.
Indizível: Que não se pode dizer; inefável.
Ínfimo: O mais baixo de todos; pequeno.
Lenitivo: Alívio, conforto, consolação.
Mesurado: Comedido, medido.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas: Os fundamentos da nossa fé. RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
2.Como se dará o arrebatamento da Igreja?
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“O Arrebatamento
A definição da ‘segunda vinda de Cristo’ é bastante ampla; é vista pelo menos de duas maneiras diferentes. É localizada, às vezes, para indicar o drama dos tempos do fim, abrangendo tanto o arrebatamento da Igreja quanto a revelação de Cristo em glória no monte das Oliveiras (Zc 14.4). Outras vezes, é enfocada especificamente para diferençar a revelação de Cristo do arrebatamento da Igreja que a antecederá.
A primeira fase da segunda vinda de Cristo, tomada em sentido mais amplo, refere-se ao arrebatamento da Igreja. Abruptamente, e sem aviso prévio, Jesus levará os que se acharem preparados à sua vinda (1 Ts 4.16-18; 2 Ts 2.1). Os que estiverem ‘em Cristo’, tanto os ressuscitados quanto os que se encontram vivos, serão conjuntamente ‘arrebatados’. O vocábulo grego harpagesometha significa ‘arrebatados poderosamente’ às nuvens (possivelmente nuvens de glória) para se encontrarem com Ele nos ares.
Em harpazo, há um tempo verbal futuro passivo usado para descrever a ação dos ladrões e das águias: ambos, furtivamente, apropriam-se de seus despojos. É o caso de Paulo que foi levado de repente e com grande poder ao terceiro céu (2 Co 12.2). O latim traduziu esse termo por raptus, que é a raiz da palavra portuguesa ‘arrebatamento’, mostrando que essa palavra torna-se um termo legítimo para designar este tão maravilhoso evento previsto tantas vezes pela Bíblia”. (MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas: Os fundamentos da nossa fé. RJ: CPAD, 2005, p.179.)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2006
Título: As verdades centrais da Fé Cristã
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 13: A doutrina produz avivamento
Data: 24 de Dezembro de 2006
TEXTO ÁUREO
“Ouvi, SENHOR, a tua palavra e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2).
VERDADE PRÁTICA
O avivamento só é possível através do estudo amoroso, persistente e sistemático da Bíblia Sagrada.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Rs 23.2,3
O avivamento e a Palavra de Deus.
Terça - Ne 8.1-9
O avivamento e o ensino da Palavra de Deus.
Quarta - 2 Cr 7.14
O avivamento e a oração.
Quinta - Jn 3.1-10
O avivamento e o arrependimento nacional.
Sexta - At 5.1-16
O avivamento e o temor a Deus.
Sábado - 1 Co 13
O avivamento e o amor.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Neemias 8.2,3,5,6.
2 - E Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congregação, assim de homens como de mulheres e de todos os entendidos para ouvirem, no primeiro dia do sétimo mês.
3 - E leu nela, diante da praça, que está diante da Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens, e mulheres, e entendidos; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da Lei.
5 - E Esdras abriu o livro perante os olhos de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé.
6 - E Esdras louvou o SENHOR, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém! Amém! -, levantando as mãos; e inclinaram-se e adoraram o SENHOR, com o rosto em terra.
PONTO DE CONTATO
Professor, a doutrina bíblica deve ser contemplada pelos fiéis (Sl 119.18); desejada piedosamente (Sl 119.29,174); amada (Sl 119.97); obedecida (Sl 119.34); e não deve ser esquecida no momento da perseguição (Sl 119.61).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
O termo hebraico traduzido por “avivar” em Hc 3.2, aparece em diversos textos do Antigo Testamento com o sentido de “viver”, “ter vida”, “ser vivificado”, “restaurar”, “curar”, entre outros importantes sentidos — todos traduzem o verbo hāya, “viver” ou “ter vida”. Portanto, avivamento, no contexto de Habacuque, contempla tanto o sentido imediato de reviver, renovar; quanto o sentido escatológico de pôr em execução o programa salvífico de Deus (Hc 1.5-2; At 2.16-21).
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor, para a presente lição faça uma brincadeira didática chamada “sacola de perguntas”. Consiste em fazer previamente perguntas sobre um determinado tema e colocá-las em uma sacola, a fim de que um dos alunos sorteados retire a questão e a responda. Use as perguntas do questionário da lição. Esse recurso deve ser usado ao término da lição.
COMENTÁRIO
introdução
Certa feita, declarou Charles Finney: “Todos os ministros devem ser ministros de avivamento, e toda pregação deve ser pregação de avivamento”. Um ministro de avivamento é um obreiro comprometido com o ensino sistemático da Bíblia.
O avivamento pode ser definido como o retorno aos princípios que caracterizavam a Igreja Primitiva. É o retorno à Bíblia como a nossa única regra de fé e prática. É a retomada da oração como a mais bela expressão do sacerdócio universal do crente. É o regresso à Grande Comissão, cujo lema continua a ser: Até aos confins da Terra.
O profeta roga ao Senhor que desperte os judeus a reerguerem-se como sua particular herança, a fim de que proclamem o seu conhecimento entre as nações.
III. O AVIVAMENTO E A PALAVRA DE DEUS
O avivamento promovido pelo bom rei Josias teve início com a descoberta do Livro da Lei na Casa do Senhor (2 Rs 22.8).
Revendo a História Sagrada, constatamos: o avivamento foi mais do que suficiente para conduzir os judeus por todos aqueles anos de silêncio profético até que, no deserto da Judéia, fosse ouvida a voz de João Batista, anunciando a chegada do Reino de Deus com a vinda de Jesus Cristo (Mt 3.1-11).
Do capítulo oito de Neemias, concluímos: o que se deu em Judá, após o cativeiro e depois de reconstruído o Santo Templo, foi um grande avivamento espiritual. Os judeus foram despertados pelo ensino amoroso e persistente da Palavra de Deus.
CONCLUSÃO
De acordo com Arthur Wallis, o avivamento é a intervenção divina no curso normal das coisas.
No tempo de Esdras, o avivamento veio através do ensino das Sagradas Escrituras. Portanto, se quisermos igrejas avivadas, comecemos pela Palavra de Deus. Sem ela, não pode haver avivamento.
VOCABULÁRIO
Flagrante: Ardente, acalorado, inflamado.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Devocional
“Aviva, ó Senhor
O profeta sabia que o povo não sobreviveria se o Senhor não intervisse com uma nova manifestação do seu Espírito. Somente assim a vida espiritual dos fiéis seria preservada, por isso o clamor. Tal fato fica ainda mais evidente quando Habacuque diz para que Deus, na ira, em meio à aplicação do seu juízo, não se esqueça da misericórdia. Ele está querendo dizer com isso que só a misericórdia divina poderá preservar o justo em tempos de aflição e angústia. Sem a Sua misericórdia, o povo haveria de perecer.”(DANIEL, S. Habacuque. RJ: CPAD, 2005, p.143.)
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2006
Título: As verdades centrais da Fé Cristã
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Lição 14: A importância da leitura na vida do cristão
Data: 31 de Dezembro de 2006
TEXTO ÁUREO
“Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá” (1 Tm 4.13).
VERDADE PRÁTICA
Se quisermos, de fato, estudar as doutrinas bíblicas, temos de persistir em ler, estudar e pesquisar as Sagradas Escrituras, a fim de compreendermos toda a mensagem de Deus aos seus filhos amados.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 119.24
A Palavra de Deus é conselho.
Terça - Sl 119.47
A Palavra de Deus produz alegria.
Quarta - Sl 119.105
A Palavra de Deus é luz.
Quinta - Sl 119.137
A Palavra de Deus é justa.
Sexta - Sl 119.199
A Palavra de Deus é a verdade.
Sábado - Sl 119.99
A Palavra de Deus é eterna.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Timóteo 4.12-15.
12 - Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza.
13 - Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá.
14 - Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério.
15 - Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos.
PONTO DE CONTATO
Professor, quantos livros você lê por ano? E seus alunos? É de responsabilidade daquele que exerce a docência cristã ler as Escrituras, comentários bíblicos, além de periódicos cristãos em geral.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Ler é chegar à compreensão de um texto escrito. Há muitos tipos de leitura, das quais iremos citar apenas três: leitura devocional — aquela que o leitor realiza a fim de se aperfeiçoar espiritual, moral e pessoalmente (o leitor é introspectivo);leitura exegética — é a leitura técnica de um texto; aquela que o leitor realiza a fim de entender a estrutura do texto, seus objetivos, sua mensagem (o leitor é analítico); leitura didática — também chamada de catequética, pois o objetivo primário é conhecer os fundamentos doutrinários da Bíblia (o leitor é receptivo).
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor, o conto, a história e a crônica sempre estiveram presentes no imaginário da humanidade. Os primeiros registros foram crônicas ou histórias orais passadas de uma geração a outra. Com o surgimento da escrita, os contos tomaram formas, assumiram padrões, mas continuaram sendo narrados. Observe que as Escrituras compõem-se de histórias. Portanto, para esta aula, escolha uma historieta, treine a leitura e a respectiva representação, e reviva a história com seus alunos.
COMENTÁRIO
introdução
Até esta lição, vimos estudando as verdades centrais de nossa fé como as encontramos na Bíblia Sagrada. É um estudo que, apesar do espaço de que dispomos, procurou ser ordenado, lógico e sistemático.
Nesta lição, buscaremos apresentar as razões pelas quais devemos nos aprofundar nos estudos. Em primeiro lugar, vejamos como se deve estudar a Bíblia.
A leitura da Bíblia não é um ato mecânico. Ela exige de quem dela se aproxima uma atitude de amor e dedicação a Deus. Por esse motivo, devemos procurá-la com:
Já que sabemos da importância da leitura da Bíblia Sagrada e de que forma devemos aproximar-nos dela, vejamos neste tópico como devemos estudá-la.
Adquira Bíblias de Estudo que sejam realmente conservadoras e ortodoxas. Além disso, tenha sempre em mãos as principais versões da Bíblia em português, tendo o cuidado, é claro, de averiguar a procedência das traduções.
III. MONTANDO UMA BIBLIOTECA
Em 2 Tm 4.13, demonstra o apóstolo que o obreiro, além de se dedicar à leitura da Palavra de Deus, que tem de ser a nossa prioridade máxima, deve cultivar os seus conhecimentos nas diversas áreas do saber humano.
CONCLUSÃO
Há os que alegam que não podemos dedicar-nos ao estudo, porque a letra mata (2 Co 3.6). Ora, o apóstolo, nesta passagem, não se refere ao estudo e, sim, à letra da Lei de Moisés que, em relação ao pecador, agia de forma rigorosa.
Dediquemo-nos, pois, à leitura. Formemos a nossa biblioteca. Afinal, como disse Salomão, não há limites para se fazer livros.
VOCABULÁRIO
SEM OCORRÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BENTHO, E. C. Hermenêutica fácil e descomplicada. RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“Hermenêutica Material.
A hermenêutica como disciplina teológica continua árdua e espinhosa. Todos os docentes e alunos que se prestam a essa íngreme e escarpa trilha precisam a todo tempo de auxílios exegéticos dos mais substanciais, e que perfilem sobre a moderna e clássica literatura auxiliar à interpretação bíblica. Na falta de saber qual é o caminho, percorrer por trilhas seguras ainda continua sendo a melhor forma de se seguir à frente. Portanto, a biblioteca do ensinador cristão deve conter:
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com.br