LIÇÃO CPAD LIVRO DE JOSUE 1 TRIM-2009
Josué, um líder escolhido por Deus
Números 27.18-23; Josué 1.1,2.
Números 27
18 - Então, disse o SENHOR a Moisés: Toma para ti a Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e põe a tua mão sobre ele.
19 - E apresenta-o perante Eleazar, o sacerdote, e perante toda a congregação, e dá-lhe mandamentos aos olhos deles,
20 - e põe sobre ele da tua glória, para que lhe obedeça toda a congregação dos filhos de Israel.
21 - E se porá perante Eleazar, o sacerdote, o qual por ele consultará, segundo o juízo de Urim, perante o SENHOR; conforme o seu dito, sairão, e conforme o seu dito, entrarão, ele, e todos os filhos de Israel com ele, e toda a congregação.
22 - E fez Moisés como o SENHOR lhe ordenara; porque tomou a Josué e apresentou-o perante Eleazar, o sacerdote, e perante toda a congregação;
23 - e sobre ele pôs as mãos e lhe deu mandamentos, como o SENHOR ordenara pela mão de Moisés.
Josué 1
1 - E sucedeu, depois da morte de Moisés, servo do SENHOR, que o SENHOR falou a Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo:
2 - Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel.
Título:
Josué
Autor:
Josué (24.26)
Data:
1405-1375 a.C.
Tema:
A vitória da fé na conquista de Canaã (Hb 11.30,31)
Propósito:
Registrar a fidelidade de Deus no cumprimento das promessas
Estrutura:
Características:
Complemento do Pentateuco
Primeiro Livro Histórico
Ênfase na conquista e ocupação de Canaã
A Palestina torna-se o cenário geográfico dos Livros Históricos
Aquele que ocupa a função de guia ou chefe.
Ao longo deste trimestre estaremos estudando o sexto livro da Bíblia que leva o nome de seu principal personagem — Josué. Este livro narra as histórias edificantes de Israel sob a orientação desse grande homem de Deus que deixou preciosas lições de vida e liderança, não apenas para o seu povo, em sua época, mas para todos os que amam, servem e adoram ao Senhor.
Nesta lição, destacaremos os aspectos biográficos de Josué e sua preparação para suceder a Moisés no comando do povo de Deus.
O nome Josué aparece na Bíblia mais de 200 vezes.
Sendo o primeiro filho de sua família (1 Cr 7.27), Josué jamais esquecera da célebre noite em que as portas das casas do seu povo foram cobertas com sangue de cordeiros a fim de que os primogênitos não fossem eliminados pelo anjo da morte (Êx 12.13,29-31).
Josué tornara-se príncipe (maioral), como seu avô (1 Cr 7.20,26,27; Nm 2.18,19; 10.22).
Josué era príncipe da tribo de Efraim e filho de Num. Chamava-se Oséias e seu nome significa “O Senhor é Salvação”.
No momento em que Deus ordenara a Moisés “chama a Josué” (v.14), iniciou-se a preparação de mais um grande líder de Israel. Josué foi um fiel servidor, por isso Deus lhe honrou com uma posição tão distinta.
Houve momentos em que Moisés precisou de homens capazes e corajosos para ajudá-lo a combater, por exemplo, os amalequitas no deserto de Refidim. Foi então que o grande profeta incumbiu a Josué de escolher homens para o combate (Ex 17.8,9). Amaleque não resistiu e foi derrotado!
Escolhido por Moisés (Nm 11.28), Josué também foi um dos doze espias enviados a esquadrinhar a terra de Canaã (Nm 13.8-16). De lá, apenas Josué e Calebe trouxeram notícias positivas ao grande líder de Israel (Nm 14.6-30).
Josué foi o líder escolhido por Deus para suceder a Moisés. Ele enfrentou grandes desafios para cumprir a vontade de Deus, mas em tudo foi vitorioso.
III. JOSUÉ, UM LÍDER CONFORME A PROVIDÊNCIA DE DEUS
Após a morte de Moisés, Josué o sucedeu tornando-se um canal de bênçãos para Israel, e um líder conforme a providência divina.
Dentre as muitas qualidades morais e espirituais que pontuam a vida e a história de Josué, três são imprescindíveis àqueles que desejam exercer liderança na igreja:
Josué aprendeu a confiar na fidelidade divina, logo, em tudo que fazia, sua fidelidade era demonstrada em atitudes firmes no cumprimento das alianças feitas com Deus e dos seus mandamentos (Dt 7.9).
Josué possuía um caráter submisso, fiel e ilibado.
Deus, ainda hoje, continua chamando e capacitando homens e mulheres que estejam dispostos a se submeterem por amor à sua santa vontade, a fim de liderar a sua Igreja, conduzindo-a ao seu destino final.
“Josué, o Líder.Desde o princípio, Josué serviu como assistente de Moisés e líder de Israel na batalha (Êx 17.9). Agora, esse homem, suposto oficial do exército de Faraó antes do Êxodo, será o sucessor de Moisés. Josué será o líder espiritual e militar do povo de Israel durante a conquista de Canaã, a Terra Prometida. É apropriado o livro abrir com uma descrição da preparação de Josué por Deus para o desempenho de seu papel .
Líderes-modelo. Moisés é o único líder de Israel, o profeta protótipo que prefigura Jesus Cristo. Mas Josué é um modelo para todos os líderes da era do AT. O que aprendemos com sua liderança? Primeiro, a missão dos líderes do AT era preparar Israel para reivindicar e ocupar a Terra Prometida por Deus (1.2-4). Segundo, a eficiência dos líderes do AT dependia da presença divina, pois era Deus quem concedia vitória (v.5). Terceiro, a principal responsabilidade do líder era o compromisso pessoal em ‘cuidando de fazer conforme toda a Lei ordenada por meu servo Moisés’ (v.7). Quarto, a principal característica do líder era força e coragem, pois, muitas vezes, parecia arriscado obedecer a Deus completamente, mas, ainda assim, era essencial”.(RICHARDS, L.O. Guia do leitor da Bíblia. RJ: CPAD, 2005, p. 145.)
Deus chama os homens e os capacita para serem líderes de seu povo na terra. Ele não os escolhe pelos seus atributos físicos, mas espirituais e morais. O Senhor não convoca os soberbos, porém estende as mãos aos humildes. Ele não arregimenta o ancião por sua experiência, nem o jovem por sua força, mas o servo por sua obediência. O Eterno não precisa de um guerreiro para vencer um gigante, mas de um pastor que o adore. Ele faz com que uma anciã estéril se torne mãe de reis e príncipes. Tudo o que 'Ĕlōhîm pede ao homem ou mulher a quem torna líder é: “Esforça-te e tem mui bom ânimo para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei, dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares” (Js 1.7).
Josué assume a liderança de Israel
Josué 1.1-3,5,7-9.
1 - E sucedeu depois da morte de Moisés, servo do SENHOR, que o SENHOR falou a Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo:
2 - Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel.
3 - Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés.
5 - Ninguém se susterá diante de ti, todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei.
7 - Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares.
8 - Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás.
9 - Não to mandei eu? Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes; porque o SENHOR, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares.
Em Nm 13.1-32 (ver Dt 1.22) doze espias são enviados à Canaã. Agora, no capítulo 2 de Josué (tópico III), apenas dois espias são mandados a Jericó. Começa, portanto, os preparativos para a ocupação da Palestina. Mas, o caro professor sabe como estava dividido o território de Canaã? Abaixo você encontrará um mapa da Palestina antes da conquista. Apresente aos alunos e faça uma breve descrição desses povos .
Preparação: O povo de Israel prepara-se para ocupar a Palestina.
Para tornar-se um grande líder, a serviço de Deus, Josué teve de ser trabalhado ao longo de muitos anos. A primeira vez que a Bíblia o menciona, ele era tão somente um israelita que sonhava com a libertação de seu povo. Todavia, o Eterno viu naquele jovem um comandante capaz de conduzir Israel com segurança à Terra Prometida. O trabalho pesado, o sofrimento e as vicissitudes da sua vida de escravo proporcionaram-lhe as qualidades necessárias à liderança eficaz.
Após o êxodo do Egito, Josué tornou-se um fiel servidor de Moisés. Sua eficiente liderança sobre Israel somente seria demonstrada mais tarde, quando estivesse completamente preparado pelo Senhor.
I - A ORDEM DIVINA PARA A CONQUISTA DA TERRA
Deus nunca se prendeu a uma única pessoa a fim de cumprir seus eternos propósitos, mas os executa plenamente com os que se dispõem a cumprir sua Palavra. Ele advertira a Josué que não tivesse medo e passasse para o outro lado do Jordão, pois estaria com ele em todo o tempo.
O Jordão nesta época estava transbordando, o que se constituía obstáculo ainda maior. Todavia, Josué não temeu; enfrentou o desafio com fé e coragem, porque já havia presenciado outros extraordinários milagres operados pelo Senhor.
Deus ordenou a travessia do Jordão, informando os limites da terra a ser conquistada, e revelando o segredo da conquista.
II - A PREPARAÇÃO DO POVO PARA ATRAVESSAR O JORDÃO
Para alcançarem a bênção, eram-lhes indispensáveis: coragem, ação e genuína fé em Deus (Tg 2.17).
Para que o povo alcançasse a bênção da conquista era imprescindível a coragem, ação e genuína fé em Deus.
III - OS ESPIAS SÃO ENVIADOS A JERICÓ (2.1-24)
Antes de atravessarem o rio Jordão, Josué procurou conhecer a realidade daquela terra, começando por Jericó, cidade-reino, fortificada por altas e espessas muralhas.
Após salvar a vida dos espias, Raabe abandonou a idolatria, unindo-se pela fé a Israel e a seu Deus (Hb 11.31; Tg 2.25), vindo a ser, inclusive, mencionada na genealogia de Cristo (Mt 1.5). Isto ilustra o fato que Deus aceita qualquer pessoa “que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo” (At 10.35).
Antes de Josué conquistar a cidade de Jericó, planejou cuidadosamente suas ações, preparando o povo e enviando os espias.
Uma das grandes lições que aprendemos sobre o êxito da liderança de Josué, é que um bom líder deve ser fiel em tudo, corajoso e determinado, porém, preventivo, prudente e moderado. Josué era um autêntico guerreiro, porém, jamais agia precipitadamente.
“Raabe, a Prostituta.Dois espiões foram enviados a Jericó, a grande fortaleza cananéia, a qual tem de ser subjugada em primeiro lugar para que a invasão tenha esperança de sucesso. Israel tem de considerar o custo de possuir a herança. Encontrando abrigo na casa de uma prostituta, os dois espiões ficaram sabendo que Jericó era praticamente deles. O medo de Deus tinha caído sobre o povo, e a própria Raabe já era mais que ‘meio-crente’ no Deus de Israel. Em virtude de sua generosidade para com os espiões e devido à sua fé, foi poupada quando Jericó caiu. Mais tarde, casou-se com uma das famílias de Judá, tornando-se, pela graça de Deus, uma ancestral de Davi e de Cristo.
Atravessando o rio Jordão pela fé, Israel fez o primeiro movimento rumo à vitória na terra. O rio Jordão fala de morte. Surgindo no alto, ao norte das montanhas de Canaã, este rio desce rapidamente e é chamado ‘O Descente’. Por fim, deságua no mar Morto, onde não há saída. A travessia do rio Jordão simboliza a identificação do crente com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. Sem esta etapa não pode haver conquista de Canaã para Israel, e nem posse da herança em Cristo para o crente”.(PHILLIPS, J. Explorando as Escrituras. RJ: CPAD, 2004, p.50)
Deus cumpre suas inauditas promessas.
Um dos primeiros compromissos de Yahweh com o crente Abraão diz respeito as bênçãos salvíficas sobre todas as famílias da terra: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Antes da queda de Jericó, Elohim ensinara ao povo que cumpriria todos os votos feitos ao patriarca. Não apenas os descendentes de Abraão seriam abençoados (Gl 3.16), mas também os pecadores que cressem na infinita bondade de Deus. Raabe não foi negligente, mas “pela fé e paciência” herdou as promissões abraâmicas (Hb 6.12). Ela creu no poder de Yahweh e tornou-se uma ancestral de Davi e do Messias (Mt 1.5,6). Outrora pagã, agora, serva do Deus Vivo; antes prostituta, doravante, ascendente do Messias. Ninguém é tão torto a ponto de o Senhor não poder endireitar! Não há pecado que o sangue de Cristo não possa purificar. A promessa salvífica permanece firme.
Josué conduz Israel na travessia do Jordão
Josué 3.1-7.
1 - Levantou-se, pois, Josué de madrugada, e partiram de Sitim, e vieram até ao Jordão, ele e todos os filhos de Israel, e pousaram ali antes que passassem.
2 - E sucedeu, ao fim de três dias, que os príncipes passaram pelo meio do arraial
3 - e ordenaram ao povo, dizendo: Quando virdes a arca do concerto do SENHOR, vosso Deus, e que os sacerdotes levitas a levam, parti vós também do vosso lugar e segui-a.
4 - Haja, contudo, distância entre vós e ela, como da medida de dois mil côvados; e não vos chegueis a ela, para que saibais o caminho pelo qual haveis de ir; porquanto por este caminho nunca passastes antes.
5 - Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã fará o SENHOR maravilhas no meio de vós.
6 - E falou Josué aos sacerdotes, dizendo: Levantai a arca do concerto e passai adiante deste povo. Levantaram, pois, a arca do concerto e foram andando adiante do povo.
7 - E o SENHOR disse a Josué: Este dia começarei a engrandecer-te perante os olhos de todo o Israel, para que saibam que assim como fui com Moisés assim serei contigo.
Santificação: Separação do mundo e consagração a Deus.
Josué enfrentou muitos desafios no seu caminhar com Deus. A despeito das dificuldades, nunca deixou de incentivar o povo à confiança em Deus, à santidade e ao destemor. Esse grande líder conseguiu incutir em Israel um sentimento coletivo de fé e esperança: "Certamente o Senhor tem dado toda esta terra nas nossas mãos, pois até os moradores estão desmaiados diante de nós" (Js 2.24).
Nesta lição, estudaremos a respeito dos desafios enfrentados por Josué na travessia do rio Jordão.
I - DE SITIM À MARGEM ORIENTAL DO JORDÃO (Js 3.1)
Após a vitória contra Seom, rei dos amorreus, e Ogue, rei de Basã (Nm 21.21-25,33-35), Israel acampou-se em Sitim (Nm 25.1; Js 3.1). O povo eleito havia chegado ao limiar da Terra Prometida, e agora não podia mais recuar. Ao sair de Sitim rumo às margens do Jordão, começaria o grande desafio do povo de Deus: a travessia do Jordão na sua enchente e forte correnteza.
Na tipologia bíblica a Arca representa Cristo. Ela era feita de madeira e ouro puro (Êx 37.1-5). A madeira representa a perfeita humanidade de Cristo, e o ouro, sua natureza divina. A Arca também possuía uma tampa de ouro chamada propiciatório (Êx 37.6-9). Sobre ela, entre os dois querubins, permanecia a presença de Deus. No dia anual da expiação dos pecados do povo, o sumo sacerdote adentrava solenemente no Santo dos Santos e aspergia o propiciatório com sangue expiador dos sacrifícios daquele dia solene. Cristo é a nossa propiciação (Lc 18.13; Rm 3.25; 1 Jo 2.1,2). Ele, semelhante à Arca que passou diante do povo no rio Jordão, "passou adiante de nós", para garantir a nossa salvação. Ele abriu um novo e vivo caminho à presença do Pai Celestial (Hb 10.19-22). Aleluia!
Sitim localizava-se nas planícies de Moabe, próximo ao Jordão. Foi a última estada antes da conquista, quando os sacerdotes se puseram às margens do Jordão carregando a Arca, tipo da humanidade e divindade de Cristo.
II - JOSUÉ EXORTA O POVO À SANTIFICAÇÃO (Js 3.5)
Outrora, sob a liderança de Moisés, o povo foi exortado a santificar-se (Êx 19.10-15). Agora, sob o comando de Josué, todos deveriam purificar-se de seus pecados, pois como no passado (Êx 19.11), o Senhor queria manifestar-se com maravilhas e grande glória entre o povo (Js 3.9,10).
Israel precisava entender que o milagre precederia à santificação (Js 3.5), uma vez que o povo hebreu foi constituído e separado para a glória de Deus (Lv 19.2; 20.7,26; 1 Pe 1.16). Distinguir o santo do profano (Ez 22.26; 42.20), abster-se de toda obra da carne (Gl 5.19-21), e santificar-se eram condições imprescindíveis para que o poder de Deus se manifestasse no Jordão. Examinar Lv 20.7; 2 Co 7.1; Ez 24.13.
A santificação é o principal requisito para as vitórias e conquistas do povo de Deus.
III - JOSUÉ APRONTA O POVO PARA A TRAVESSIA MILAGROSA
Os racionalistas, por não conhecerem a Deus, têm dificuldades em acreditar nesse milagre. Eles alegam que o texto é uma alegoria ou lenda, como se Deus dependesse de argumentos de homens para validar sua Palavra. As Escrituras simplesmente afirmam que as águas que desciam formaram uma muralha a grande distância, perto de uma cidade chamada Adã (Js 3.16,17). Deus mostrou o seu poder perante todas as nações pagãs que viviam naquela região.
A garantia da vitória fundamentava-se na santificação, obediência e no cumprimento de toda a estratégia divina.
Este milagre confirmou a liderança de Josué e fortaleceu a fé do povo de Deus. Josué não apenas foi engrandecido em prestígio e honra diante de Israel, mas também perante os olhos dos pagãos. Deus reiterou seu poder e majestade na história de Israel, revelando-se como o "Deus dos milagres" que cuida do seu povo.
Vale do Jordão(geografia)
Uma série de gigantescas falhas na crosta da terra provocou um desmoronamento na região que agora forma o vale do Jordão. Dessa profunda depressão, chamada mar Morto, a terra se eleva tanto para o norte como para o sul. Ela vai desde aproximadamente 860 metros abaixo do nível do mar, nas profundezas do mar Morto, até uma altitude superior a 260 metros em um dos picos na Arabá (uma área ao sul do mar Morto) e atinge uma atitude de aproximadamente 3.000 metros no monte Hermom, ao norte. Essa falha geológica se estende através do mar Vermelho até o interior da África oriental.
A distância aérea desde as nascentes do Jordão até o mar Morto é de aproximadamente 130 quilômetros, mas o próprio rio tem mais de 300 quilômetros de extensão por causa de seu curso sinuoso entre o mar da Galiléia e o mar Morto. Pode-se dizer que o vale começa ao norte na Bacia Huleh, uma área de cerca 5 quilômetros por 15, que culminava, antes de ser recentemente drenada, em um pântano e em um lago pouco profundo, criado por um reservatório formado por rochas naturais".(PFEIFFER, C. F (et al). Dicionário bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006, p.1086.)
O impossível se torna possível quando o crente está em santidade e obediência diante de Deus! A santificação e a submissão irrestrita à Palavra de Deus são requisitos indispensáveis para a completa vitória na vida cristã. Através dessas duas virtudes indissociáveis o crente aproxima-se de Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. É preciso santificar-se para que as águas transbordantes do Jordão sequem! É necessário submissão para que os muros de Jericó caiam! A Arca que leva a presença de Deus adiante do povo é acompanhada com a santidade do povo do Senhor que está na retaguarda. Logo, a santidade não é uma opção do crente, mas um mandamento do Senhor (Lv 19.2). As grandes conquistas de Israel só tornaram-se possíveis, porque se aproximaram de Deus através da santificação. "Santificai-vos, porque amanhã fará o SENHOR maravilhas no meio de vós" (Js 3.5).
Lições espirituais do pós-Jordão
Josué 4.1-3; 5.2,3,10-12.
Josué 4
1 - Sucedeu, pois, que, acabando todo o povo de passar o Jordão, falou o SENHOR a Josué, dizendo:
2 - Tomai do povo doze homens, de cada tribo um homem,
3 - e mandai-lhes, dizendo: tomai daqui, do meio do Jordão, do lugar do assento dos pés dos sacerdotes, doze pedras; e levai-as convosco à outra banda e depositai-as no alojamento em que haveis de passar esta noite.
Josué 5
2 - Naquele tempo, disse o SENHOR a Josué: Faze facas de pedra e torna a circuncidar os filhos de Israel.
3 - Então, Josué fez para si facas de pedra e circuncidou aos filhos de Israel em Gibeate-Haralote.
10 - Estando, pois, os filhos de Israel alojados em Gilgal, celebraram a Páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó.
11 - E comeram do trigo da terra, do ano antecedente, ao outro dia depois da Páscoa; pães asmos e espigas tostadas comeram no mesmo dia.
12 - E cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do trigo da terra, do ano antecedente, e os filhos de Israel não tiveram mais maná; é porém, no mesmo ano, comeram das novidades da terra de Canaã.
Memorial: Qualquer objeto ou escrito que serve de lembrança para grandes feitos.
Mesmo diante da milagrosa experiência da travessia do Jordão, o povo do Senhor precisava entender que a conquista da Terra Prometida estava apenas começando. Novas provações, embates e acontecimentos sobrenaturais marcariam a vida de cada israelita. Deus haveria de conceder-lhes novas e edificantes lições sobre seu caráter, objetivos e soberania.
I - LIÇÕES DO MEMORIAL DE PEDRAS (4.1-24)
Com esta história aprendemos a lição do nosso dever de relatar às gerações futuras nossas valiosas experiências com Deus. Tudo que o Senhor tem feito em nossas vidas deve ser partilhado com os novos crentes. Devemos erigir nossos "monumentos espirituais". Se não ensinarmos hoje a Palavra de Deus aos nossos jovens, amanhã assistiremos à degeneração da sociedade (vv.21-23). Precisamos conhecer bem e corretamente as doutrinas da Bíblia e ensiná-las por toda parte, a partir das crianças.
Os dois memoriais lembravam às gerações futuras os milagres do Senhor no Jordão.
II - LIÇÕES DE GILGAL (5.1-9)
A cidade de Gilgal ficava entre o Jordão e a cidade-fortaleza de Jericó. Foi ali que o povo de Israel acampou depois de cruzar o Jordão, e dali iniciou suas operações militares de conquista da Terra Prometida (Dt 3.18).
A circuncisão era uma cirurgia rude, que se fazia com todo homem israelita. Este pacto, além de cumprir certos propósitos higiênicos, éticos e morais, servia também para distinguir o povo de Israel das demais nações. Através da circuncisão, o israelita era separado exclusivamente para Deus. Semelhante a Israel, a Igreja de Cristo também é separada deste mundo, não pela circuncisão física, mas do coração, no espírito humano (Rm 2.29). Conforme Filipenses 3.3, a Igreja de Cristo traz a verdadeira circuncisão, pois serve a Deus no Espírito, gloria-se em Jesus e não confia na carne.
É por meio da Santa Ceia do Senhor que a Igreja também celebra a morte do Cordeiro de Deus (Jo 1.29). Neste ritual, o pão e o vinho são símbolos do corpo e do sangue de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é a nossa Páscoa (1 Co 5.7; 11.23-34).
III - AS LIÇÕES DA VISÃO DE JOSUÉ (5.13-15)
Deus tem revelado sua vontade aos homens de "muitas maneiras" (Hb 1.1). No Antigo Testamento, os sonhos e as visões foram as formas mais comuns de sua manifestação. O Eterno manifestou-se a Josué na figura de um comandante dos exércitos do Senhor (v.14).
Estas manifestações divinas são denominadas "teofanias". O termo procede do grego e significa "manifestação divina".
Aprendemos com a vida de Josué que Deus ainda fala por meio de visões, teofanias ou "manifestação divina".
Aprendemos que a vitória dos israelitas estava condicionada à obediência ao Senhor e à sua Palavra. Deus não apenas cumpriu as promessas que lhes fez no passado, mas assegurou-lhes novas vitórias no futuro. Se formos submissos ao Senhor e a sua Palavra, teremos as mesmas garantias, promessas e vitórias.
"Memorial (Js 4.7). Josué comemora a miraculosa separação das águas do rio Jordão ao levantar um monte de 12 pedras tiradas do leito do rio (4.1-5). O 'memorial' (heb. zikkaron) é um testemunho, um símbolo visível a capacitar as gerações futuras para perceberem a maravilha realizada por Deus ao trazer Israel à Terra Prometida (vv.6-9).
O zikkaron 'memorial' ou 'lembrança' é um dos mais poderosos conceitos religiosos do AT. Ele é aplicado a esse monte de pedras, mas também à própria Festa da Páscoa. Assim, um 'memorial' é qualquer item simbólico, ou evento, intencionados a ajudar o povo de Deus a identificar-se com uma obra divina em seu favor. O monte de pedras ajudaria futuras gerações a entender que Deus separou as águas do Jordão para elas, assim como fizera a essa primeira. A ceia da Páscoa os ajudaria a sentir a maravilhosa redenção, como Ele os salvou da morte assim como os primogênitos israelitas do Egito. Nós, cristãos, temos um zikkarontambém instituído quando Jesus disse: 'Este é o Meu corpo'. Quando participamos da Santa Ceia do Senhor, estamos presentes na crucificação: identificamo-nos com o sacrifício de Cristo, e clamamos para nós mesmos os benefícios da salvação".(RICHARDS, L. O. Guia do leitor da Bíblia. RJ: CPAD, p. 147.)
Os patriarcas hebreus deixaram marcas inamovíveis na história de Israel. Abraão, Isaque e Jacó eram construtores de altares. Não deixaram cidades e casas edificadas, pois viviam em tendas. Não construíram sistemas fluviais, pois cavavam poços. Não construíram templos, pois edificavam altares ao El Shadday, o Deus Todo-Poderoso. Viviam em tendas porque eram peregrinos. Cavavam poços porque eram transeuntes. Construíam altares porque eram adoradores. Não encontramos na história de Israel construções do arquiteto Abraão, mas altares do crente Abraão. Pouco se fala de Jacó, o poceiro, e muito de Israel, o "príncipe que luta com Deus". As gerações futuras não herdaram grandes templos edificados pelos patriarcas, mas poderosos exemplos de fé, temor e submissão ao Senhor. Seus feitos materiais foram apagados pelo tempo, todavia, os valores e as lições espirituais que viveram permanecem altissonantes. Deixemos, pois, às gerações futuras, marcos espirituais.
A conquista de Jericó
Josué 6.1-5,15,16,20.
1 - Ora, Jericó cerrou-se e estava cerrada por causa dos filhos de Israel: nenhum saía nem entrava.
2 - Então, disse o SENHOR a Josué: Olha, tenho dado na tua mão a Jericó, e ao seu rei, e aos seus valentes e valorosos.
3 - Vós, pois, todos os homens de guerra, rodeareis a cidade, cercando a cidade uma vez; assim fareis por seis dias.
4 - E sete sacerdotes levarão sete buzinas de chifre de carneiro diante da arca, e no sétimo dia rodeareis a cidade sete vezes; e os sacerdotes tocarão as buzinas.
5 - E será que, tocando-se longamente a buzina de chifre de carneiro, ouvindo vós o sonido da buzina, todo o povo gritará com grande grita; e o muro da cidade cairá abaixo, e o povo subirá nele, cada qual em frente de si.
15 - E sucedeu que, ao sétimo dia, madrugaram ao subir da alva e da mesma maneira rodearam a cidade sete vezes; naquele dia somente, rodearam a cidade sete vezes.
16 - E sucedeu que, tocando os sacerdotes a sétima vez as buzinas, disse Josué ao povo: Gritai, porque o SENHOR vos tem dado a cidade!
20 - Gritou, pois, o povo, tocando os sacerdotes as buzinas; e sucedeu que, ouvindo o povo o sonido da buzina, gritou o povo com grande grita; e o muro caiu abaixo, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e tomaram a cidade.
Conquistar: Vencer ou subjugar pela força.
Jericó, uma das mais formidáveis cidades do mundo antigo, tornara-se o maior obstáculo para Israel desde sua saída do Egito. Era uma cidade-fortaleza. Suas altas e fortes muralhas a tornavam, praticamente, indestrutível. Os habitantes daquela cidade tinham uma sensação de segurança que ninguém jamais poderia sentir em outro lugar. Apesar de parecer invencível, Deus a entregou a Josué: "Olha, tenho dado na tua mão a Jericó" (Js 6.2). Não há nada, nem ninguém que consiga resistir ao poder e à soberania de Deus quando Ele decide agir em favor dos seus servos.
I - JOSUÉ PREPARA O POVO PARA A CONQUISTA (Js 6.1-5)
Assim como Deus manifestara-se a Moisés no Monte Horebe, na forma de uma "sarça ardente", dando-lhe o plano de libertação de Israel do Egito (Êx 3.1-12), também se revelou a Josué na aparência de um príncipe, revelando-lhe a devida estratégia para a conquista de Jericó.
O autêntico líder cristão permite que o Espírito Santo o lidere. Embora Josué fosse o comandante escolhido por Deus para conduzir Israel à conquista de Canaã, em nenhum momento exaltou-se. Ao contrário, submeteu-se plenamente à liderança divina: "Que diz meu Senhor ao seu servo?" (Js 5.14).
Josué, quando preparava o povo para a conquista, encontrou-se com Jeová, que se manifestara como "príncipe do exército do Senhor".
II - JOSUÉ COMANDA A CONQUISTA DE JERICÓ
Aqueles maciços muros de pedra jamais impediriam a ação do poder de Deus, que abriu o Mar Vermelho e o rio Jordão para seu povo passar a salvo. Todos os fenômenos naturais estão sob o controle do Altíssimo. Ele é quem faz, desfaz, e nada pode contê-lo ou resistir-lhe.
A garantia de que mais uma vez o Senhor faria proezas pelo seu povo, dava a Josué ousadia e coragem para fazer tudo quanto Deus lhe havia ordenado.
Jericó era uma cidade-fortaleza, cercada de muros colossais e considerada invicta pelos cananeus.
III - A QUEDA DE JERICÓ
Israel foi direcionado a fazer a sua parte como Deus determinou. Todos deveriam participar. Haveria um momento para gritar e outro para correr. Desse modo Jericó seria dada àqueles que obedecem a Deus com atenção.
Como o Senhor havia prometido, a ação poderosa de Deus sobre os fundamentos da cidade deslocou as pedras da grande muralha, até que tudo veio abaixo (Js 6.20,21). Isso não aconteceu de forma natural! Foi o cumprimento da promessa divina, conforme Deuteronômio 20.4: "pois o SENHOR, vosso Deus, é o que vai convosco, a pelejar contra os vossos inimigos, para salvar-vos".
Jericó e sua impiedade representam as forças do mal. A Bíblia afirma que o Senhor tem dado à sua Igreja armas poderosas para destruir as fortalezas (2 Co 10.4). A Igreja de Cristo, a exemplo de Israel, está cercada de inimigos, mas todos eles perderão a batalha se soubermos usar nossas armas espirituais (Ef 6.10-13).
A evidência de Jericó(ARQUEOLOGIA)
O arqueólogo B. Wood tem demonstrado que uma vez que a destruição esteja corretamente datada, a evidência arqueológica se harmoniza perfeitamente com o registro bíblico:
1) A cidade era extremamente fortificada no período da Idade do Bronze I, o tempo da conquista de acordo com a cronologia bíblica (Js 2.5,7,15; 6.5,20).
2) A cidade foi maciçamente destruída pelo fogo (Js 6.24).
3) Os muros de fortificação caíram ao mesmo tempo em que a cidade foi destruída, possivelmente por uma atividade sísmica (Js 6.20).
4) A destruição ocorreu no tempo da colheita da primavera, conforme indicado por grandes quantidades de grãos estocados na cidade (Js 2.6; 3.15; 5.10).
5) O ataque a Jericó foi breve, uma vez que o grão estocado na cidade não foi consumido (Js 6.15,20).
6) Os grãos não foram saqueados, como era usualmente na antiguidade, de acordo com a ordem divina (Js 6.17,18).
7) Os habitantes não tiveram nenhuma oportunidade de fugir com os produtos alimentícios (Js 6.1).
8) Jericó ficou abandonada por um período seguinte a destruição, de acordo com a maldição de Josué (Js 6.26)".
(PRICE, R. Arqueologia bíblica. 5.ed., RJ: CPAD, 2006, p.134.)
"Pela fé, caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias" (Hb 11.30). A fé não busca a lógica da razão humana. A razão desconhece as razões da fé. Para os habitantes e soldados de Jericó, diante daquele muro intransponível estava apenas um grupo de estrangeiros ou beduínos à procura de uma batalha inglória. Quase é possível ouvi-los zombando daqueles sem-terra, com chifres de carneiro no lugar de uma lança; com uma caixa de ouro em vez de carros de guerra. Porém, a fé não necessita de forças bélicas; não suplica por armamento, mas por obediência e ousadia no Senhor. Ao toque da buzina, um abalo sísmico talvez, porém pouco importa os meios, os muros da grande cidade ruíram. Esta é a lógica da fé: O impossível se torna possível quando estamos na relação certa com Deus.
A maldição do pecado
Josué 7.1,5-7,11,12.
1 - E prevaricaram os filhos de Israel no anátema; porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zerá, da tribo de Judá, tomou do anátema, e a ira do Senhor se acendeu contra os filhos de Israel.
5 - E os homens de Ai feriram deles alguns trinta e seis, e seguiram-nos desde a porta até Sebarim, e feriram-nos na descida; e o coração do povo se derreteu e se tornou como água.
6 - Então, Josué rasgou as suas vestes e se prostrou em terra sobre o seu rosto perante a arca do SENHOR até à tarde, ele e os anciãos de Israel; e deitaram pó sobre as suas cabeças.
7 - E disse Josué: Ah! Senhor JEOVÁ! Por que, com efeito, fizeste passar a este povo o Jordão, para nos dares nas mãos dos amorreus, para nos fazerem perecer? Tomara nos contentáramos com ficarmos dalém do Jordão.
11 - Israel pecou, e até transgrediram o meu concerto que lhes tinha ordenado, e até tomaram do anátema, e também, furtaram, e também mentiram, e até debaixo da sua bagagem o puseram.
12 - Pelo que os filhos de Israel não puderam subsistir perante os seus inimigos; viraram as costas diante dos seus inimigos, porquanto estão amaldiçoados; não serei mais convosco, se não desarraigardes o anátema do meio de vós.
Pecado: Tudo o que é contrário ao que Deus quer (sua vontade) e ao que o Senhor disse (sua Palavra).
O capítulo sete do Livro de Josué narra o fracasso de Israel em sua primeira investida contra Ai (vv.1-5), a desoladora oração de Josué (vv.7-9), a resposta e orientação do Senhor (vv.10-15), e a confissão e o julgamento de Acã (vv.16-26).
Nesta lição, aprenderemos que o pecado de apenas um homem pode afetar uma nação inteira, trazendo culpa, tristeza, fracasso e derrota.
I - O PECADO DE UM AFETOU A TODOS
Dominado pela avareza e ambição, Acã apropriou-se de alguns utensílios declarados anátemas: uma capa babilônica, duzentos siclos de prata e uma cunha de ouro (v.21). Seu pecado resultou em graves consequências para a família de Acã e para toda a nação israelita (vv.5,25). Isto é, trouxe "perturbações" coletivas. Tenhamos, pois, cuidado com nossa vida espiritual, a fim de que nossos pecados não sirvam de escândalo e estorvo para toda a comunidade cristã (Mt 18.6-9).
A Igreja é um corpo com muitos membros, isto é, nela há um só tempo, unidade e diversidade (1 Co 12.12-27). Um crente pode vir a pecar contra si mesmo e também contra a congregação a qual ele está vinculado. Todo o Israel foi castigado em consequência do pecado de Acã: "Israel pecou, e até transgrediram o meu concerto que lhes tinha ordenado e até tomaram do anátema, e também furtaram [...] Pelo que os filhos de Israel não puderam subsistir perante os seus inimigos [...]" (vv.11,12).
A Bíblia assevera-nos que pela desobediência de "um só homem" (Adão), todos "foram feitos pecadores"; como também "pela obediência de um, (Cristo), muitos serão feitos justos" (Rm 5.17-19). O pecado produz a morte, mas o poder do sacrifício de Cristo produz a vida eterna (Rm 5.21; Jo 3.16).
Anátema significa "coisa consagrada ou interditada". Trata-se de objeto consagrado a Deus, e proibido para uso ou apropriação do homem.
II - A HUMILHANTE DERROTA DE ISRAEL
A notícia de que trinta e seis soldados haviam sido mortos naquele dia, trouxe desespero e perplexidade ao povo. "O coração do povo se derreteu e se tornou como água" (v.5). A razão da derrota estava no pecado oculto. Somente Deus sabia da desobediência de Acã. Quem esconde seus pecados não desfruta da ajuda e proteção divinas, e, consequentemente, não resiste aos inimigos.
Nada fica oculto aos olhos do Senhor. Ele é onisciente (Sl 139.1-6), onipresente (Sl 139.7-12) e onipotente (Sl 139.13-18).
Em nossas derrotas, fracassos, prejuízos e outros sofrimentos, devemos buscar ao Senhor, e suplicar a sua direção e socorro. Assim como Josué e seus líderes, devemos nos humilhar para que possamos ouvir a voz do Senhor.
Josué ficara desanimado e deprimido com aquela derrota, mas o Senhor concedeu-lhe direção e novo ânimo: "Levanta-te!" (v.10).
Como vemos nesse episódio, tribos e famílias foram sendo apresentadas até que se chegou à pessoa em pecado, envolvida diretamente com o anátema (v.14). Todos tiveram a oportunidade de refletir sobre a gravidade daquele pecado. Até então, Acã não havia confessado sua transgressão nem demonstrado qualquer resquício de arrependimento (v.21). Quando chegou a vez de sua tribo e família (vv.17-20), não havia mais como esconder-se. Teve ele de confessar e assumir, juntamente com toda sua família, a terrível consequência de seu pecado. Foram sentenciados com a morte (Js 7.22-26).
Lançavam-se sortes com intuito de que o Senhor, por meio delas, decidisse as questões mais importantes do povo (Pv 16.33).
O final dessa história é sinistro! "O salário do pecado é a morte" (Rm 6.23). Acã foi morto com toda sua família e todos os seus bens destruídos pelo fogo. Os israelitas que conquistaram a Jericó jamais deveriam sucumbir à tentação do anátema, mas vencê-la com fé e heroísmo. Assim também o cristão, não deve ceder à tentação das riquezas deste mundo, mas seguir fielmente em direção à Terra Prometida.
"O pecado de Acã (v.1). A história de Acã é uma notificação clara de que ele, entre todos os milhares de Israel, foi o único delinquente nessa questão. Era fácil sugerir que era uma pena ver tantas coisas valiosas sendo queimadas. Qual a finalidade desse desperdício? Embora Acã fosse a única pessoa que tivesse pecado, lemos que foram os filhos de Israel que prevaricaram, porque alguém do corpo havia prevaricado, e ele ainda não havia sido separado deles, nem repudiado por eles. Eles cometeram pecado, isto é, pelo que Acã fez, a culpa foi colocada sobre toda a sociedade da qual ele era membro. Isso deve ser uma advertência para nós. Precisamos tomar cuidado com nossos próprios pecados, para que não acabemos sendo contaminados ou prejudicados (Hb 12.15), a fim de acautelar-nos da comunhão com pecadores e da aliança com eles, para que não compartilhemos da sua culpa. Muitos negociantes acabaram falindo por causa de um sócio desleixado. Precisamos cuidar uns dos outros para que o pecado seja evitado, porque os pecados dos outros podem resultar em nosso dano".(Comentário Bíblico de Matthew Henry: Antigo Testamento.)
O pecado é a mais grave e crônica doença espiritual que assola o homem (Sl 51.5). Ele acompanhará o homem até a morte. Está presente nos liceus dos filósofos, na confraria dos religiosos, no palácio dos reis, na caserna do soldado, no iglu mais remoto do planeta, na oca mais oculta da selva, na mansão dos famosos e nas igrejas dos santos - todos "vendidos sob o pecado" (Rm 7.14; 3.23). Sua presença é inescapável: "Quem me livrará do corpo desta morte" (Rm 7.24), bradava o apóstolo. Todavia, Deus enviou-nos o antídoto contra o vil pecado: Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que remove o pecado e sara o homem de suas mazelas (Jo 1.29). Se queres ser livre da maldição do pecado, entregue sua vida a Jesus Cristo e o aceite como único e suficiente Salvador pessoal.
Da derrota à vitória
Josué 8.1-7.
1 - Então, disse o SENHOR a Josué: Não temas e não te espantes; toma contigo toda a gente de guerra, e levanta-te, e sobe a Ai; olha que te tenho dado na tua mão o rei de Ai, e o seu povo, e a sua cidade, e a sua terra.
2 - Farás, pois, a Ai e a seu rei como fizeste a Jericó e a seu rei, salvo que para vós saqueareis os seus despojos e o seu gado; põem emboscadas à cidade, por detrás dela.
3 - Então, Josué levantou-se, e toda a gente de guerra, para subir contra Ai; e escolheu Josué trinta mil homens valentes e valorosos e enviou-os de noite.
4 - E deu-lhes ordem, dizendo: Olhai, poreis emboscadas à cidade, por detrás da cidade; não vos alongueis muito da cidade; e todos vós estareis apercebidos.
5 - Porém eu e todo o povo que está comigo nos achegaremos à cidade; e será que, quando nos saírem ao encontro, como dantes, fugiremos diante deles.
6 - Deixai-os, pois, sair atrás de nós, até que os tiremos da cidade; porque dirão: Fogem diante de nós, como dantes. Assim, fugiremos diante deles.
7 - Então, saireis vós da emboscada e tomareis a cidade; porque o SENHOR, vosso Deus, vo-la dará na vossa mão.
Estratégia: Arte militar de escolher onde, quando e com que travar um combate ou uma batalha.
Em consequência da derrota dos israelitas em Ai, por causa do pecado de Acã, Josué ficou desanimado, e o povo sentiu-se como que abandonado por Deus. Todavia, aquela amarga experiência serviu-lhes de lição: não deveriam, jamais, permitir que a soberba invadisse seus corações. Não teriam novas vitórias se ignorassem o Senhor na execução dos propósitos divinos.
Nesta lição, iremos considerar alguns aspectos essenciais da tomada de Ai para entendermos que Deus jamais abandona seus filhos.
I - JOSUÉ REANIMADO POR DEUS (Js 8.1-17)
Josué era o líder que Moisés havia preparado, e Deus o aceitara sem reservas. Contudo, num momento de fraqueza, aquele fiel servo do Senhor, decidiu confiar em suas próprias forças, investindo contra o inimigo em Ai sem a ordem expressa do Eterno. Resultado: Israel teve de bater em retirada diante daquela insignificante cidade.
Josué aprendeu que, seja qual for o embate, a vitória vem do Senhor dos Exércitos.
Embora Josué não fosse o responsável direto pela derrota de Israel, teve sua parcela de culpa: mobilizou o exército antes de ter removido o pecado do meio do povo. O Senhor não mais protegeria Israel até que o pecado fosse confessado e o povo voltasse a obedecer-lhe sem reservas.
O Senhor reanimou a Josué assumindo o comando da conquista, restaurando-lhe a confiança e a estratégia da batalha.
II - JOSUÉ ENTRA EM AÇÃO
Durante a noite, Josué enviou um pelotão de 30 mil homens para atacar a cidade de Ai por detrás. Na manhã seguinte, um outro pelotão distraía o exército inimigo, enquanto o primeiro atacava a cidade.
III - OS MEMORIAIS NO VALE DE ACOR E DO MONTE EBAL
Era um memorial temporário, pois Israel não permaneceu neste lugar por muito tempo. Todavia, enquanto ali estivesse deveria lembrar-se de que Deus não pode ser preterido em nenhum momento de nossa vida.
Josué entendeu que a lei de Moisés deveria ser preservada, por isso esculpiu-a em tábuas de pedra perante os anciãos do povo, príncipes, juízes e sacerdotes que levavam sobre os ombros a Arca do Senhor (v.32). Ao final do trabalho, Josué "leu em alta voz todas as palavras da lei, a bênção e a maldição, conforme tudo o que está escrito no livro da Lei" (v.34). Josué queria que todos soubessem que a partir daquele momento nada faria sem que o Senhor fosse consultado.
Foram construídos dois memoriais, um no vale de Acor e outro no monte Ebal. O primeiro lembrava o pecado de Acã, e o segundo a vitória de Israel - a maldição do pecado e a bênção da obediência.
A edificação de um altar ao Senhor no monte Ebal e a leitura da Lei perante o povo (v.34), demonstraram que para Israel continuar recebendo as bênçãos divinas, deveria dedicar-se a Deus com fé, amor e obediência à Palavra de Deus. A fé nas promessas do Altíssimo, evidenciada no altar da expiação e nos mandamentos, era essencial para a manutenção de um relacionamento pactual com Deus.
"A Batalha de Ai. Durante a noite, Josué enviou um grupo de soldados para o oeste de Ai, a fim de aguardar o momento do ataque. Na manhã seguinte, levou um segundo grupo para o norte da cidade. Quando o exército de Ai atacou, os israelitas que se encontravam na frente dispersaram-se, apenas para distrair o inimigo, enquanto os homens que aguardavam em uma emboscada entraram na cidade e a queimaram.
Por que Deus permitiu que os israelitas tomassem para si o despojo capturado desta vez? As leis de Israel para a posse dos espólios de guerra cobriam duas situações: (1) cidades como Jericó que estavam debaixo da proibição de Deus (julgamento pela idolatria) não poderiam ser saqueadas (Dt 20.16-18). O povo de Deus precisava ser santo e separado de toda influência idolátrica; e (2) a distribuição dos bens capturados das cidades que não estavam debaixo da proibição fazia parte da guerra. Ela provia ao exército e à nação a comida, rebanhos e armas necessários para o sustento dos tempos de guerra".(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2004, p.287.)
O Senhor nosso Deus é o único capaz de transformar o vale de Acor em vale de esperança (Js 7.26; Os 2.14,15). O vale de Acor, literalmente, o "vale da desgraça e da tribulação" é símbolo da cobiça, egoísmo, soberba e materialismo de Acã. Também representa a tristeza e angústia que assolam a vida humana. É o vale da solidão, da tristeza, da ira, e da desesperança. Semelhante a Ai, é uma intrigante ilustração da "ruína" e do "monturo". Todavia, a vontade do Senhor é transformar o vale da perturbação em "porta de esperança", tristeza em alegria, o fracasso em vitória e o pecado em santidade. Seja submisso à Palavra de Deus e permita que o Senhor transforme o vale de Acor em "Porta da Esperança".
O perigo do ardil gibeonita
Josué 9.1-6,15,16.
1 - E sucedeu que, ouvindo isso todos os reis que estavam daquém do Jordão, nas montanhas, e nas campinas, e em toda a costa do grande mar, e em frente do Líbano, os heteus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus,
2 - se ajuntaram eles de comum acordo, para pelejar contra Josué e contra Israel.
3 - E os moradores de Gibeão, ouvindo o que Josué fizera com Jericó e com Ai,
4 - usaram também de astúcia, e foram, e se fingiram embaixadores, e tomaram sacos velhos sobre os seus jumentos e odres de vinho velhos, e rotos, e remendados;
5 - e nos pés sapatos velhos e remendados e vestes velhas sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento.
6 - E vieram a Josué, ao arraial, a Gilgal e lhe disseram, a ele e aos homens de Israel: Vimos de uma terra distante; fazei, pois, agora concerto conosco.
15 - E Josué fez paz com eles e fez um concerto com eles, que lhes daria a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento.
16 - E sucedeu que, ao fim de três dias, depois de fazerem concerto com eles, ouviram que eram seus vizinhos e que moravam no meio deles.
Ardil: Artifício usado para enganar, iludir, disfarçar e esconder as verdadeiras intenções.
Ao tomarem conhecimento das vitórias de Israel sobre Jericó e Ai, os reis que estavam daquém do Jordão ficaram apavorados e inseguros com o que lhes poderia acontecer. Foi então que decidiram formar uma espécie de confederação para pelejar contra Israel (vv.1,2). Todavia, os moradores de Gibeão, com medo e grande astúcia, anteciparam-se, propondo a Israel uma aliança que lhes preservasse a vida.
Nesta lição falaremos sobre o perigo do engano e da falsa aparência no meio do povo de Deus.
I - A CONFEDERAÇÃO DOS REIS DE CANAÃ (9.1,2)
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A Bíblia menciona sete raças que habitavam a terra de Canaã: os amorreus, cananeus, ferezeus, girgaseus, heteus, heveus e jebuseus.
II – O ARDIL DOS GIBEONITAS (9.3-15)
A Bíblia conta-nos que os heveus fizeram parte de algumas nações que viveram entre os israelitas para, com a permissão divina, provarem a fidelidade de Israel diante do Senhor (Jz 3.1-3). A Igreja de Cristo está no mundo, e vive entre os que não pertencem ao povo de Deus. Estes, às vezes, costumam se instalar no seio da igreja, com fingimento e hipocrisia (1 Jo 1.5-7).
É óbvio que os gibeonitas assim fizeram por medo, pois sabiam que todos os povos cananeus seriam expulsos daquelas terras, ou totalmente destruídos (Êx 23.31-33).
É bem verdade que eles queriam estar em paz com o povo de Deus (Js 9.4-6,8,11), fazendo uma aliança que lhes garantisse a terra e a liberdade. Todavia, para alcançarem esse objetivo, usaram de artimanha e trapaça.
Josué e os príncipes de Israel só descobriram que haviam sido enganados, três dias depois de feito o pacto (v.16).
Ardil é o mesmo que seduzir, ludibriar ou enganar alguém astuciosamente.
III - A FARSA DESCOBERTA (9.16-22)
Os israelitas ficaram grandemente perturbados, a tal ponto que toda a congregação murmurava contra os príncipes (v.18). Sem dúvida, agora eles teriam de arcar com as consequências desse terrível erro: haviam feito um acordo com os cananeus, e não podiam feri-los em função do juramento que fizeram ao Senhor, Deus de Israel.
Depois da farsa descoberta, os gibeonitas tiveram que servir como "rachadores de lenha e tiradores de água para a congregação e para o altar do Senhor"
A grande lição desta história bíblica dos gibeonitas é que precisamos estar atentos, vigilantes e dependentes da direção divina, para evitarmos erros e males como os que Josué e Israel cometeram. Satanás sempre usará de artifícios para enganar o povo de Deus, com o intuito de impedi-lo de chegar à "Terra Prometida". Vigiemos, pois, em todo o tempo, na dependência do Senhor.
"A campanha em direção ao sul. Ao ficar claro que Josué havia ferido o norte de Canaã a partir do sul, e que efetivamente instalara a nação de Israel na região monta¬nhosa central, os cananeus e outras populações decidiram pôr de lado as diferenças e formar uma só defesa contra Israel. Os heveus (horitas ou hurrianos?) de Gibeão (el-Jîb), situados apenas a onze quilômetros ao sul de Betel, ficaram tão apavorados em face do que acontecera a Jericó e a Ai que tentaram uma ação diplomática ao invés de militar. Disfarçados de viajantes que vinham de muito longe, uma delegação de Gibeão foi a Gilgal - agora acampamento de Israel - e persuadiu Josué a assinar um pacto de não agressão contra eles. O acordo requeria que o povo servisse a Israel como escravos (Dt 20.11; Js 9.15, 21,27), uma condição que embora indesejável, era definitivamente melhor que a morte. É claro que os gibeonitas eram alvos do herem, juntamente com os demais cananeus, e por isso deveriam ser destruídos (Dt 20.16,17; Js 9.24). Em vez disso, despercebido como estava Josué, o pacto teve de vigorar, e os gibeonitas com seus amigos heveus de Quefira (Tel Kefireh), Beerote (Nebi Samwil?) e Quiriate-Jearim (Qiryat Ye'arim) conseguiram sobreviver, e todas as vilas que ficavam nos oito quilômetros de Gibeão foram permitidas viver".(MERRILL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento. RJ: CPAD, 2001, pp.l12-3.)
Somos desafiados à prudência. Jesus nos admoesta a respeito da cautela diante do mundo (Mt 10.16). O propósito divino é que sejamos puros, santos e humildes. Contudo, nenhuma dessas virtudes espirituais elimina o comedimento, a precaução e a sensatez dos filhos de Deus. Os servos do Senhor cultivam a ingenuidade, mas não a tolice (Pv 1.22); a candura no lugar da malícia; a piedade em vez da profanação. O cristão que ama a Deus e obedece às santas Escrituras não se torna refém do crédito fácil, da mentira, injustiça e toda sorte de mazelas e perturbações que afligem a alma do incauto. Ele procede com prudência, galhardia, moderação e segurança. Tudo o que promete, cumpre. Tudo que compra, paga. Andemos com prudência e temor ao nome do Senhor para que em tudo o nosso Senhor seja glorificado.
O Senhor peleja por seu povo
Josué 10.6-8,12-14.
6 - Enviaram, pois, os homens de Gibeão a Josué ao arraial de Gilgal, dizendo: Não retires as tuas mãos de teus servos; sobe apressadamente a nós, e livra-nos, e ajuda-nos, porquanto todos os reis dos amorreus que habitam na montanha se ajuntaram contra nós.
7 - Então, subiu Josué de Gilgal, ele e toda a gente de guerra com ele e todos os valentes e valorosos.
8 - E o SENHOR disse a Josué: Não os temas, porque os tenho dado na tua mão; nenhum deles parará diante de ti.
12 - Então, Josué falou ao SENHOR, no dia em que o SENHOR deu os amorreus na mão dos filhos de Israel, e disse aos olhos dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeão, e tu lua, no vale de Aijalom.
13 - E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isso não está escrito no Livro do Reto? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro.
14 - E não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o SENHOR, assim, a voz de um homem; porque o SENHOR pelejava por Israel.
ALGUNS MILAGRES DO AT
Curas
O leproso Naamã
O rei Ezequias
De Jeroboão
2 Rs 5.10-14
2 Rs 20.1-7
1 Rs 13.6
Poder sobre a natureza
Passagem pelo Mar Vermelho
Passagem pelo Rio Jordão
O dia prolongado
Êx 14.15-26
Js 3.1-17
Js 10.12-15
Ressurreição dos mortos
O filho da viúva de Sarepta
O filho da sunamita
De um homem
1 Rs 17.20-24
2 Rs 4.32-36
2 Rs 13.21
Milagre: Intervenção e ação divina que independe das leis físicas e do fluxo da história.
Nesta lição, aprenderemos que Deus se utiliza de meios naturais e sobrenaturais para dar vitória ao seu povo em suas lutas.
Às vezes, é necessário que portentosos milagres sejam realizados a fim de que o Senhor cumpra o seu plano e propósito na vida do crente. Todavia, o Senhor somente intervirá se formos plenamente obedientes à sua santa vontade.
I - AS VITÓRIAS DE ISRAEL AO SUL DA PALESTINA (Js 10)
Preocupados com o acordo de paz entre Israel e os moradores de Gibeão, cinco reis dos amorreus uniram-se numa confederação contra os gibeonitas (10.1-5). Estes, reconhecendo o enorme risco que corriam, pediram socorro a Josué: "sobe apressadamente a nós, e livra-nos, e ajuda-nos" (v.6).
A resposta de Josué foi imediata: reuniu seu exército e partiu em socorro de Gibeão (v.7). Ele tinha certeza de que o Senhor dos Exércitos estava com ele: "E o Senhor disse a Josué: não os temas, porque os tenho dado na tua mão; nenhum deles parará diante de ti" (v.8). Josué e seus valentes saíram de Gilgal e caminharam durante toda a noite, cerca de trinta e dois quilômetros a oeste de onde estavam (v.9). Após uma renhida batalha, os amorreus fugiram, mas Israel os perseguiu (v.10). Josué estava consciente de que a experiência e a coragem de seus homens não eram suficientes. Porém, sua certeza de vitória era a mesma do profeta Jeremias: "O SENHOR está comigo como um valente terrível; por isso, tropeçarão os meus perseguidores e não prevalecerão" (Jr 20.11).
Aquela batalha era do Senhor! Cumpriu-se, então, o que o salmista cantaria no futuro: "Àquele que feriu os grandes reis; porque a sua benignidade é para sempre" (Sl 136.17).
Josué socorreu prontamente os gibeonitas contra a confederação cananéia e Deus operou um grande milagre.
II - O DIA MAIS LONGO DA HISTÓRIA (Js 10.12 14)
Alguns teólogos incrédulos têm interpretado o milagre do "dia longo" como uma "hipérbole poética". Outros consideram a possibilidade de um eclipse. E, há ainda, os que costumam relacionar esse acontecimento a presságios místicos e astrológicos sobre o sol e a lua, algo comum entre os antigos povos do Oriente Médio.
Na tentativa de rejeitarem a ação sobrenatural de Deus nesse episódio, alguns chegam a dizer que um cometa passou bem perto da Terra, diminuindo sua rotação, e assim, prolongando a claridade do dia. Todavia, essas explicações racionalistas não explicam convincentemente este grande acontecimento.
Os milagres bíblicos não necessitam de provas científicas que os tornem verdadeiros. A inspiração e a autoridade da Escritura são suficientes para crermos em sua realidade.
O que a Bíblia diz é mais que suficiente para os que crêem: Josué orou, Deus ouviu, o sol se deteve e a lua parou! O Senhor é o Criador do universo e tem poder sobre tudo o que Ele criou. Ele faz o que quer. Seja interferir nos pólos e inclinar a terra no seu eixo, seja produzir uma refração nos raios solares; não importa. Tudo fará para cumprir seus desígnios e propósitos. Ele é o Criador, dono e Senhor absoluto do universo (Sl 97.1-12; 136.4-9).
Os céticos afirmam que os milagres bíblicos são lendas e mitos. Todavia, os milagres são reais na Bíblia e na Igreja de Deus.
III - NOVAS CONQUISTAS MILITARES DE ISRAEL (Js 10.16-11.1-9)
Na vitória de Israel contra a confederação sulista, cinco reis foram executados e suas cidades conquistadas (Js 10.16-43). Jabim, o rei de Hazor, temendo as investidas militares de Israel na região norte (Js 11.2), formou uma nova confederação para resistir o avanço israelita (Js 11.1-15).
Josué não assumiu a prerrogativa de um vencedor arrogante, mas reafirmava aos seus homens que "assim fará o Senhor a todos os vossos inimigos" (v.25). Ele apenas dizia: "Não temais, nem vos espanteis; esforçai-vos e animai-vos" (v.25). Desse modo seus inimigos não podiam impedir o povo de Deus de herdar a terra da promessa.
Após a vitória em Gibeão, o Senhor deu vitória a Josué contra outros reis da região norte de Canaã.
C
Aprendemos que não devemos depender de nossas próprias forças, inteligência, estratégias ou recursos, quando estivermos enfrentando uma luta, problema, crise, conflito, tribulação, sofrimento, etc. É o Senhor quem nos garante a vitória. Portanto, depositemos nEle toda a nossa confiança. O Senhor pelejará por nós (Êx 14.14).
“O dia prolongado. O evento do dia prolongado (vv.12-14) não é facilmente explicado pela ciência. É preciso reconhecer que Aquele que fez as leis da Natureza tem o direito de usá-las. Aquele que usou a saraiva como arma de destruição contra seus inimigos também poderia usar a luz e as trevas para servirem aos seus propósitos. A soberania de Deus sobre a natureza o capacita a promover seu reino espiritual pelo uso do mundo físico. O salmista enfatizou que todo o universo visível existe para propósitos espirituais. Ele afirmou que 'os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite' (Sl 19.1,2). Também declarou que 'do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam' (Sl 24.1). Josué não demonstrou hesitação ao chamar as forças do universo para ajudá-lo contra aqueles que se opunham a Deus (12).
A declaração de que não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele (14) reafirma a singularidade deste evento. Também destaca o fato de que Deus usa milagres com grande reserva. Ele evita que os homens se tornem dependentes deles. Deus insiste que devemos depender Dele próprio, que realiza os milagres".(MULDER, C. O. (et al) Comentário bíblico Beacon. Vol. 2 Josué a Ester. RJ: CPAD, 2005, p.51.)
"Visto que o termo milagre é popularmente aplicado a ocasiões incomuns, até mesmo por aqueles que professam não acreditar no sobrenatural, nem sempre é fácil atribuir o verdadeiro significado bíblico à palavra. É provável que a definição mais simples seja a de C. S. Lewis: 'Milagre é uma interferência na natureza por um poder sobrenatural'. Por outro lado, Machen define o milagre como 'um evento no mundo exterior, que é trabalhado pelo poder imediato de Deus'. Com isso ele quer dizer que uma obra divina é milagrosa quando Deus 'não usa meios, mas utiliza o seu poder criativo, como o utilizou quando fez todas as coisas a partir do nada'. Em outras palavras, um milagre acontece quando Deus dá um passo para fazer algo além do que poderia ser realizado de acordo com as leis da natureza, do modo como entendemos, e que na verdade pode estar em desacordo com elas e ser até uma violação delas. Além disso, um milagre está além da capacidade intelectual ou científica do homem".
(Dicionário bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006, p. 1267.)
Uma herança conquistada pela fé
Josué 14.6-10.
6 - Então, os filhos de Judá chegaram a Josué em Gilgal; e Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, lhe disse: Tu sabes a palavra que o SENHOR falou a Moisés, homem de Deus, em Cades-Barnéia, por causa de mim e de ti.
7 - Da idade de quarenta anos era eu, quando Moisés, servo do SENHOR, me enviou de Cades-Barnéia a espiar a terra; e eu lhe trouxe resposta, como sentia no meu coração.
8 - Mas meus irmãos, que subiram comigo, fizeram derreter o coração do povo; eu, porém, perseverei em seguir o SENHOR, meu Deus.
9 - Então, Moisés, naquele dia, jurou, dizendo: Certamente a terra que pisou o teu pé será tua e de teus filhos, em herança perpetuamente; pois perseveraste em seguir o SENHOR, meu Deus.
10 - E, agora, eis que o SENHOR me conservou em vida, como disse; quarenta e cinco anos há agora, desde que o SENHOR falou esta palavra a Moisés, andando Israel ainda no deserto; e, agora, eis que já hoje sou da idade de oitenta e cinco anos.
Herança: Todo bem que se herda.
Josué foi o principal responsável pela partilha das terras que os filhos de Israel receberam como herança (Js 14.1-5). Deus havia determinado que as terras fossem distribuídas por sorte (Nm 26.55; 33.54; 34.13). Calebe, entretanto, antecipou-se e, antes que fosse feita a divisão, colocou-se diante de Josué com ousadia, a fim de pleitear um direito que jamais lhe poderia ser negado.
I - A FIDELIDADE DE CALEBE
Podemos extrair lições preciosas da vida de Calebe. Foi um homem que sempre soube o momento certo de falar e calar-se. Quando teve a oportunidade de se pronunciar diante de seu povo e de seus líderes, ele o fez de modo a agradar a Deus e não a maioria (Nm 13.30; 14.6-9). Calebe não estava preocupado com a popularidade, mas agia como Deus ordenava. Caminhava por fé e não por vista.
Josué e Calebe, porém, não concordaram com o restante dos espias e encorajaram Israel a crer na promessa de Deus e a entrar na terra de Canaã. O relatório apresentado por eles foi um relatório de fé. Não ficaram assustados com os moradores do lugar, mas observaram o melhor da terra: "A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muito boa" (Nm 14.7).
Calebe era edomita, filho de Jefoné, o quenezeu. Ele era um homem leal, de fé, de conquista; obediente e que agradava a Deus.
II - UM PEDIDO OUSADO
Josué foi fiel à ordem do Senhor. Obediente, seguiu todas as instruções divinas. Você está disposto a fazer o que Deus determinou para sua vida? Para Calebe não haveria sortes, pois havia uma promessa a seu respeito. Era chegado o tempo de a promessa se cumprir. Josué logo daria início a divisão da terra.
Calebe, com fé e disposição, foi a Josué e pediu-lhe a sua parte, independente do que coubesse à sua tribo. O tempo passou, mas Calebe não se esqueceu das promessas que lhe foram feitas. Não se esqueça das promessas de Deus para sua vida: "E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna" (1 Jo 2.25; 2 Co 1.20). Não deixe o tempo e as dificuldades apagá-la. Fiel e pacientemente, deve o servo do Senhor permanecer no aguardo da promessa (Hc 2.3,4).
A força de Calebe vinha da sua fé no Senhor (Is 40.31). Havia nele perseverança, fidelidade e ousadia. O Senhor deu a Calebe a terra. Mas o guerreiro de Deus teve de lutar para conquistá-la. Foi preciso batalhar para expulsar três líderes, filhos de Anaque (Sesai, Aimã e Talmai), da terra (Js 15.14).
Em nossa caminhada rumo à Canaã celestial, também enfrentamos lutas e dificuldades, mas com destemor e confiança no Altíssimo, somos mais do que vencedores (Rm 8.37).
A fé que Calebe depositou em Deus é do tipo que remove montanhas e derruba gigantes: "... se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá — e há de passar; e nada vos será impossível" (Mt 17.20). Se você estiver enfrentando algum problema que pareça grande e irremovível, afaste seus olhos do problema e busque a Deus. Somente assim você poderá superar os "gigantes" que estiverem em seu caminho.
Diferente das tribos de Israel, Calebe teve o direito de escolher a terra que ocuparia, pois diferente de outros espias, perseverou em seguir ao Senhor, e recebeu promessas a esse respeito.
III - A RECOMPENSA DE CALEBE
Calebe, seguindo um costume daquele tempo (1 Sm 1.11), proclamou: "Quem ferir a Quiriate-Sefer e a tomar, lhe darei a minha filha Acsa por mulher" (Jz 1.12). Otniel, sobrinho de Calebe, foi o guerreiro que aceitou e venceu o desafio. Isso mostra que Calebe não era um crente acomodado.
Siga avante. Deus tem grandes conquistas para realizar em seu ministério, em sua vida profissional e familiar.
Calebe foi recompensado por sua fidelidade ao Senhor. Ele prosseguiu conquistando novas terras.Através da vida de Calebe aprendemos que Deus é fiel e recompensa àqueles que são fiéis. A recompensa nem sempre é imediata. É preciso esperar. Deus não se esqueceu de você; saiba que "recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis" (Cl 3.24).
"Calebe e sua herança. Josué e o sacerdote Eleazar voltaram-se para a tarefa de delimitar os territórios designados às demais tribos (Js 14.1-5).Primeiro vieram os líderes de Judá, representado pelo ancião Calebe. Josué foi lembrado das promessas que Moisés fizera a Calebe de que este receberia uma parte da terra em que havia estado como espia do povo.Isto, informou Calebe, havia acontecido a quarenta e cinco anos antes, quando ele estava com quarenta anos.
A missão de espionar a terra tinha se dado no segundo ano após o êxodo (1445 a. C.); logo, o lembrete de Calebe a Josué deve ser datado por volta de 1399, ou seja, sete anos após a conquista.Quando os espias retornaram, Calebe usava a mesma força contra os mesmos gigantes, e foram-lhe dadas a cidade de Hebrom e outras cidades dos enaquins.A conquista de Hebrom deve ter sucedido essa requisição (Js 11.21,22; 15.13-19; Jz 1.9-15)".(MERRILL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento. RJ: CPAD, 2001, p.133.)
Na longa peregrinação da fé cristã, as promessas divinas assemelham-se ao oásis verdejante e de águas correntes que renova, refrigera e dá alento ao crente cansado. Todo o cristão que tem sua alma crestada pelo intenso calor das vicissitudes, encontra, nas promessas divinas, sombra e refrigério contra o estio intempestivo. É ali, à sombra do Altíssimo, que o viajante renova as forças de seu ânimo abatido (Sl 91.1). É o refúgio secreto daqueles que amam o Senhor e confiam incondicionalmente em suas santas, fiéis e preciosas promessas (Sl 90.2). É a morada cercada pelos jardins da bondade e engastada nas fontes da misericórdia; o lar dos incansáveis e triunfantes peregrinos (Sl 23.6).
'Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração' (Sl 90.1).
As cidades de refúgio
Josué 20.1-6.
1 - Falou mais o SENHOR a Josué, dizendo:
2 - Fala aos filhos de Israel, dizendo: Apartai para vós as cidades de refúgio, de que vos falei pelo ministério de Moisés;
3 - para que fuja para ali o homicida que matar alguma pessoa por erro e não com intento; para que vos sejam refúgio do vingador do sangue.
4 - E, fugindo para alguma daquelas cidades, por-se-á à porta da cidade e proporá as suas palavras perante os ouvidos dos anciãos de tal cidade; então, tomarão consigo na cidade e lhe darão lugar, para que habite com eles.
5 - E, se o vingador do sangue o seguir, não entregarão na sua mão o homicida; porquanto não feriu a seu próximo com intento e o não aborrecia dantes.
6 - E habitará na mesma cidade, até que se ponha a juízo perante a congregação, até que morra o sumo-sacerdote que houver naqueles dias; então, o homicida voltará e virá à sua cidade e à sua casa, à cidade de onde fugiu.
Refúgio: Local para onde alguém foge a fim de estar em segurança.
As "cidades de refúgio" foram estabelecidas por Deus para abrigar as pessoas que cometessem homicídio involuntário (Nm 35.11). Às portas delas, o acusado apresentava-se perante uma corte de anciãos a fim de justificar-se, e provar que não teve a intenção de matar seu semelhante.
Essas cidades, como providência divina, ilustram perfeitamente a verdadeira segurança que só encontramos na pessoa bendita de nosso Senhor Jesus Cristo (Hb 6.18-20).
Desta lição, extrairemos preciosos ensinos concernentes à justiça e à misericórdia divinas.
I - AS CIDADES DE REFÚGIO E SEUS PROPÓSITOS (Js 20.2-6)
Os levitas receberam, por ordem divina, apenas 48 cidades dentre as tribos dos filhos de Israel (Nm 35.2-5,7). Dentre elas, seis foram separadas como "cidades de refúgio" para abrigar o homicida involuntário (Nm 35.6,14; Dt 4.41-43). Três ficavam ao leste do Jordão (Bezer, Ramote, Golã), e três ao oeste (Hebrom, Siquém, Quedes). Esses locais eram considerados sagrados, e administrados pelos sacerdotes. Qualquer israelita ou estrangeiro que cometesse um assassinato não proposital poderia abrigar-se ali até o seu julgamento (Nm 34.15,22-25). Todavia, se o refugiado saísse dos "termos da cidade" poderia ser morto pelo "vingador do sangue" (vv.26,27). O acusado deveria, obrigatoriamente, permanecer na cidade até a morte do sumo sacerdote (v.28).
Aqui temos uma lição espiritual muito preciosa. Deus elegeu a Jesus Cristo como o sumo sacerdote que remove a culpa e livra o pecador de seus pecados (Hb 7.20-27).
Isto ilustra o sacrifício cruento de nosso Senhor Jesus Cristo. Somente a morte expiatória de Jesus é capaz de eliminar a culpa do pecado e libertar o pecador da maldição e condenação da lei (Hb 9.11-14; Ef 2.13).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Quarenta e oito cidades pertenciam aos levitas e seis delas eram cidades de refúgio. Foram criadas para impedir a vingança contra o homicida culposo.
II - O SENTIDO FIGURADO DAS CIDADES DE REFÚGIO (Js 20.7,8)
Deus muito se utilizou de linguagem figurada para ensinar ao seu povo. Nas cidades de refúgio encontramos diversas figuras que são aplicadas a Cristo e à vida cristã.
Três cidades de refúgio ficavam no lado leste do Jordão: Bezer, Ramote e Golã, e três no lado oeste: Quedes, Siquém e p Hebrom.
Aprendemos neste estudo é que o Senhor Jesus Cristo é o perfeito refúgio para o necessitado, oprimido e triste. Jesus "foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção" (1 Co 1.30). Ele é o nosso escudo. Nele temos paz, descanso, segurança, alegria e vitória nas lutas de cada dia.
"Cidades de Refúgio. A importância de um tema bíblico é frequentemente demonstrada por sua repetição. Esse princípio marca as cidades de refúgio como de grande importância, porque extensas instruções sobre elas são encontradas em Êxodo 21, Números 35, Deuteronômio 4, 19 e, em Josué 20. Princípios legítimos, que resguardavam a fuga para uma cidade de refúgio, expõem com precisão elementos que deveriam caracterizar totalmente o sistema legal de Israel. O acesso ao sistema legal de proteção deveria ser rápido, como ilustrado pela colocação das cidades, e pelo fato de que as estradas deveriam ser construídas para elas. Havia cuidadosa investigação da culpa, ou inocência, debaixo de regras estritas de evidência. Motivo, ou falta dele, deveriam ser considerados. E, múltiplos testemunhos eram requeridos para condenação".(RICHARDS, L. O. Guia do leitor da Bíblia. RJ: CPAD, 2005, p. 154.)
"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também" (Jo 14.1-3). Há muitas moradas no lugar que Jesus preparou para receber os seus santos filhos. As mansões celestes são reais, pois o proprietário assim o disse. Essa mensagem traz alento e consolo para o peregrino cristão. Você está caminhando em direção ao seu lar eterno, às mansões celestes, à morada do Altíssimo. Mesmo que o caminho seja íngreme, não desista!
Preservando a Palavra do Senhor
Josué 23.1-6.
1 - E sucedeu que, muitos dias depois que o SENHOR dera repouso a Israel de todos os seus inimigos em redor, e Josué já fosse velho e entrado em dias,
2 - chamou Josué a todo o Israel, aos seus anciãos, e aos seus cabeças, e aos seus juízes, e aos seus oficiais e disse-lhes: Eu já sou velho e entrado em dias;
3 - e vós já tendes visto tudo quanto o SENHOR, vosso Deus, fez a todas estas nações por causa de vós, porque o SENHOR, vosso Deus, é o que pelejou por vós.
4 - Vedes aqui que vos fiz cair em sorte às vossas tribos estas nações que ficam desde o Jordão, com todas as nações que tenho destruído, até ao mar Grande para o pôr-do-sol.
5 - E o SENHOR, vosso Deus, as impelirá de diante de vós e as expelirá de diante de vós; e vós possuireis a sua terra, como o SENHOR, vosso Deus, vos tem dito.
6 - Esforçai-vos, pois, muito para guardardes e para fazerdes tudo quanto está escrito no livro da Lei de Moisés, para que dela não vos aparteis, nem para a direita nem para a esquerda.
Exortação: Animar, estimular, admoestar e aconselhar.
Israel não era zeloso em seguir tudo o que estava escrito no livro da Lei de Moisés. Por isso, antes de sua morte, Josué reuniu-se com os israelitas para dar-lhes as orientações que iriam ajudá-los a prosseguirem vitoriosos na conquista do restante da terra. Era o discurso de despedida de um líder que fora fiel ao seu Deus e à sua nação (Js 23.1-16).
Josué exortou o povo a temer e amar a Deus como também a se afastar da idolatria.
Como podemos guardar a nossa alma de modo que permaneça sempre saudável? Não há outra maneira senão através da leitura diária da Palavra de Deus, da oração, e sendo cheio do Espírito Santo (Sl 119.97; Ef 6.18; 1 Pe 1.22). As concupiscências da carne combatem constantemente contra a nossa alma, buscando impedir nossa comunhão com o Senhor (1 Pe 2.11). A alma humana é um bem precioso que necessita ser preservado dos pecados que mutilam e destroem a possibilidade de vida eterna com Deus.
Se Israel realmente desejava ter o Senhor como aquEle que peleja por nós, (v.10), deveria manter um relacionamento com Ele a todo custo. Era preciso amá-Lo com todas as forças, isto é, de todo o coração (Mt 22.37). E isso exige esforço espiritual, pessoal, emocional, e, muitas vezes, até físico, voltado para a adoração a Deus.
Josué exortou o povo a guardar tudo quanto está escrito na Lei, guardar a alma e amar a Deus.
III. EVITANDO PROBLEMAS FUTUROS
O Senhor requer fidelidade dos seus servos.
Josué sabia que seus dias aqui na terra estavam chegando ao fim, por isso exortou o povo à fidelidade a Deus. Os israelitas jamais poderiam se esquecer de que foi o Senhor quem os havia livrado da servidão do Egito. Nós também precisamos reconhecer que foi o Senhor quem nos libertou da servidão do pecado, do jugo de Satanás e da condenação eterna (Ef 1.7; 2.1,2).
“O discurso de Josué. O livro de Josué termina com dois discursos de despedida. No primeiro, uma palavra de despedida aos líderes, é no último o testemunho de Josué sobre a fidelidade de Deus. Mas, é também uma terrível advertência dos perigos em abandonar a Deus (23). O Todo-Poderoso foi, é, e será fiel à Sua promessa, e expulsará os cananeus remanescentes — se Israel obedecer (23.1-11). Porém, Deus será também fiel às Suas palavras de advertência. Se Israel voltar-se para outros deuses, o Senhor trará sobre Seu povo todo o mal com que o ameaçou (vv.12-16). Como Deuteronômio 28, Josué 23 apresenta uma teologia da história do Antigo Testamento, na qual todos os eventos estão unidos à resposta de Israel para Deus e Sua Lei”.
(RICHARDS, L. O. Guia do leitor da Bíblia. RJ: CPAD, 2005, p.156.)
“E guardarás os seus estatutos e os seus mandamentos, que te ordeno hoje, para que bem te vá a ti e a teus filhos depois de ti e para que prolongues os dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá para todo o sempre” (Dt 4.39,40). Essa inaudita promessa é estendida a todos os que amam a Palavra de Deus. Longevidade, conforto, segurança, prosperidade, saúde e paz traduzem os frutos do temor e obediência ao Senhor.Faça, hoje mesmo, uma aliança com Deus! Obedeça aos mandamentos divinos e “A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR” (Sl 128.2-4)
A despedida de um líder
Josué 24.14-18.
14 - Agora, pois, temei ao SENHOR, e servi-o com sinceridade e com verdade, e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao SENHOR.
15 - Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.
16 - Então, respondeu o povo e disse: Nunca nos aconteça que deixemos o SENHOR para servirmos a outros deuses;
17 - porque o SENHOR é o nosso Deus; ele é o que nos fez subir, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da servidão, e o que tem feito estes grandes sinais aos nossos olhos, e nos guardou por todo o caminho que andamos e entre todos os povos pelo meio dos quais passamos.
18 - E o SENHOR expeliu de diante de nós a todas estas gentes, até ao amorreu, morador da terra; também nós serviremos ao SENHOR, porquanto é nosso Deus.
Despedida: Últimas palavras ou atos que encerram uma atividade.
Chegamos ao último capítulo do livro de Josué. Aqui temos o derradeiro discurso do servo do Senhor sobre a lealdade a Deus. Josué aproveitou a ocasião solene para trazer à memória dos israelitas tudo o que Deus havia feito por eles. A partir daquele momento, Israel seria desafiado a decidir que caminho seguir. Estariam dispostos a servir ao Senhor com fidelidade? Ou ainda seriam influenciados pelos deuses dos amorreus?
Nesta lição, nos deteremos nas últimas palavras deste homem que fora integralmente leal ao seu povo, e ao Deus do seu povo.
I - JOSUÉ FAZ O POVO RECORDAR A FIDELIDADE DE DEUS
O Todo-Poderoso planejou estabelecer, a partir de um homem, uma nação que fosse o modelo de sua justiça e santidade. Israel deveria ser esta nação, e para isso precisava conhecer muito bem suas origens, e recordar os grandes eventos e os muitos livramentos que obtivera sob os cuidados do Senhor.
O Eterno participara ativamente da vida do seu povo. Ele esteve presente nos momentos mais difíceis, quando os israelitas foram derrotados diante de seus inimigos (Js 7.8,9), mas também nas ocasiões alegres, quando obtiveram vitória (Nm 23.11,20). O Senhor está presente em todos os momentos da nossa caminhada. Ele jamais nos abandona (Is 49.15).
Você tem confiado inteiramente no Senhor? Segundo Charles Stanley, "quanto mais nos dispomos a confiar, mais provas de confiança Ele nós dá".
Josué fez uma retrospectiva histórica dos poderosos atos do Senhor a favor de Israel, a fim de reafirmar a fidelidade de Deus.
II - A RENOVAÇÃO DO CONCERTO
Em seu discurso, Josué fez duas sérias advertências aos filhos de Israel: (1) Deveriam lançar fora os deuses estranhos (v.23). (2) Não poderiam quebrar, em momento algum, o pacto feito com o Senhor, pois as consequências seriam desastrosas: "Se deixardes o Senhor e servirdes a deuses estranhos, então, se tornará, e vos fará mal..." (v.20). Sabemos que eles não cumpriram com a promessa, pois o povo só seguiu a Deus durante a liderança de Josué. Por três vezes o povo declarou: "Serviremos ao Senhor nosso Deus..." (v. 24).
Diante da retrospectiva feita por Josué e de sua exortação, o povo firmou um compromisso solene diante de Deus e do líder Josué.
III. UM MEMORIAL LEVANTADO
Josué também registrou o pacto por escrito. Ele não queria que nenhuma só palavra caísse no esquecimento.
Depois de erguer o memorial, o servo do Deus despediu o povo, cada um para sua herdade (v.28). Era hora de desfrutarem da herança que Deus lhes prometera.
Josué iniciou seu ministério como "servo de Moisés" (1.1) e concluiu sua obra como "servo de Deus" (v.29).Josué foi fiel ao chamado de Deus. Ajudou os israelitas a tomarem posse da Terra Prometida, orientando-os pacientemente à obediência e ao cumprimento de todos os desígnios divinos. Esse leal servo do Senhor combateu o bom combate, guardou a fé, e, aos 110 anos, encerrou seu abençoado ministério.
"Renovação da Aliança. O capítulo final do livro de Josué, relata uma cerimônia da renovação da aliança, realizada em Siquém durante um dos últimos anos de Josué. Um exemplo estabelecido no próprio Deuteronômio. Aqui está a última referência do relacionamento de Deus com Israel (vv.2-13). Sua declaração das exigências de Deus (vv.14,16,18,21,23-24). Seu apelo ao testemunho (vv.22,27) e sua recitação das bênçãos e maldições (vv.19-20). Quando o velho grande homem de Israel convoca seu povo a escolher a quem servirão, sentimos nossa própria necessidade de nova e constante devoção ao Senhor. Finalmente Josué morre (vv.28-33). Israel é estabelecido na terra, mas a visão severa do futuro que ele compartilhou em seu discurso de despedida (23.15,16) muito cedo acontecerá".
(RICHARDS, L. O. Guia do leitor da Bíblia. RJ: CPAD, 2005, p. 156.). Se você deseja ser lembrado pelas obras sublimes e memoráveis como as de Josué, faça, agora, de sua vida um testemunho inabalável de fé, justiça e retidão. O que será dito de você amanhã está subordinado ao que você fará hoje. Seja um servo fiel, obedeça a Palavra do Senhor e faça de sua vida um memorial vivo do poder.
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