Sumário:
Lição 1 - Conhecendo o Livro de Isaías
Lição 2 - O Contexto da Profecia de Isaías
Lição 3 - O Dia do Senhor
Lição 4 - O Juízo de Judá e de Jerusalém
Lição 5 - Predições de Juízo e Glória
Lição 6 - Parábola do Castigo e Exílio de Judá
Lição 7 - A Chamada e Purificação do Profeta
Lição 8 - Primeiras Profecias Messiânicas
Lição 9 - O Sinal do Emanuel
Lição 10 - O Messias Davídico e seu Reino
Lição 11 - Profecias da Consumação da História
Lição 12 - Profecias de Salvação e Esperança
Lição 13 - Promessas a Respeito do Messias como Servo Sofredor
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS n.1
3º Trimestre de 2016
Título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim
Comentarista: Clayton Ivan Pommerening
Lição 1: Conhecendo o livro de Isaías
Data: 3 de Julho de 2016
TEXTO DO DIA
“Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã” (Is 1.18).
SÍNTESE
O povo de Deus havia se desviado da Lei. Então, Deus chamou Isaías para mostrar que seu julgamento estava às portas.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Is 1.11-13
A corrupção do povo
TERÇA — Is 1.14,15
Deus não aceita o culto, os rituais e as orações feitas pelo povo
QUARTA — Is 1.21,22
O profeta chama Israel de prostituta
QUINTA — Is 1.23
Isaías profetiza contra as autoridades
SEXTA — Is 1.18,19
Isaías convida o povo ao arrependimento
SÁBADO — Is 1.16,17
Deus convida o povo para um novo caminho
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
CONHECER a autoria, o tema, o local e data do livro de Isaías;
MOSTRAR os objetivos do livro de Isaías;
EXPLICAR o conteúdo do livro de Isaías.
INTERAÇÃO
Prezado professor, neste trimestre estudaremos o livro do profeta Isaías. Esse livro, por seus temas teológicos, é considerado uma peça fundamental da literatura profética. Muitas expressões e palavras utilizadas por Isaías não são encontradas em nenhum outro livro do Antigo Testamento. O livro de Isaías tem muitas promessas de restauração, a respeito da vinda do Messias e da salvação. Essas promessas enchem nossos corações de esperanças e alegria, pois mostram o quanto Deus ama o pecador. As promessas proferidas por Isaías nos possibilitam sonhar com um mundo melhor e mais justo.
O comentarista do trimestre é Claiton Ivan Pommerening — doutor em Teologia, diretor da Faculdade Refidim, membro do RELEP (Rede Latino-Americana de Estudos Pentecostais) e editor da Azusa, revista de estudos pentecostais.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, neste trimestre teremos a oportunidade de estudar o livro do profeta Isaías, uma obra marcada por relevantes temas teológicos. O profeta Isaías nos mostra uma ampla visão do contexto social e espiritual da sua época.
Sugerimos para a primeira aula a elaboração de um quadro com as principais informações necessárias para se compreender o livro de Isaías, como por exemplo, data em que foi escrito, autoria, objetivo e versículo-chave. Esse quadro pode ser confeccionado em uma cartolina e fixado no mural da classe. Ele vai ajudar os alunos a compreenderem melhor o livro de Isaías. O quadro poderá ser utilizado durante todo o trimestre e sempre que desejar fazer uma revisão.
TEXTO BÍBLICO
Isaías 1.1-3,18-20,27-31.
1 — Visão de Isaías, filho de Amoz, a qual ele viu a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá.
2 — Ouvi, ó céus, e presta ouvidos, tu, ó terra, porque fala o Senhor: Criei filhos e exalcei-os, mas eles prevaricaram contra mim.
3 — O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, a manjedoura do seu dono, mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.
18 — Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.
19 — Se quiserdes, e ouvirdes, comereis o bem desta terra.
20 — Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada, porque a boca do Senhor o disse.
27 — Sião será remida com juízo, e os que voltam para ela, com justiça.
28 — Mas os transgressores e os pecadores serão juntamente destruídos; e os que deixarem o Senhor serão consumidos.
29 — Porque vos envergonhareis pelos carvalhos que cobiçastes e sereis confundidos pelos jardins que escolhestes.
30 — Porque sereis como o carvalho, ao qual caem as folhas, e como a floresta que não tem água.
31 — E o forte se tornará em estopa, e a sua obra, em faísca; e ambos arderão juntamente, e não haverá quem os apague.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
O profeta Isaías teve muita ousadia em sua atuação pública. Suas profecias eram majestosas e repletas de nobreza e beleza poética. Por isso, é um dos profetas mais lidos do Antigo Testamento e um dos que mais falou a respeito da vinda do Messias. Tal fato revela a importância que deve ser dada ao mesmo. Uma leitura atenta e cuidadosa do seu livro nos leva a perceber as implicações que esse profeta tem para os dias atuais. Assim, a obra desse profeta é considerada uma das mais grandiosas produções teológicas do Antigo Testamento. Sua mensagem é profunda e parte de alguém que conhecia profundamente o ambiente onde estava inserido, de modo que, tomado pela inspiração divina, foi muito claro e assertivo nas suas profecias, especialmente as que predisseram a vinda messiânica de Jesus Cristo. Sua pregação foi marcada por uma paixão sacerdotal, descrevendo Cristo com muita clareza, sendo por isso mesmo chamado de o evangelista do Antigo Testamento.
Pense!
O profeta Isaías não fechou os olhos para a realidade de seu contexto. Será que temos os nossos olhos abertos para ver a realidade que nos cerca?
Ponto Importante
O livro de Isaías é um dos livros mais instigantes do Antigo Testamento, pois suas profecias e sua mensagem, apesar de serem endereçadas para um povo especifico entre 740 e 701 a.C, são sempre atuais diante da corrupção da humanidade.
Isaías queria mostrar que o julgamento de Deus estava às portas e seria terrível, mas, apesar disso, Deus levantaria um remanescente e dentre este um “rebento” e “um renovo que frutificará” (Is 11.1), referindo-se a Cristo.
Pense!
O orgulho e o egoísmo são como um vírus que destrói a vida de muitos. Ser orgulhoso e egoísta é ir contra a lei do amor e do serviço, contra o fruto do Espírito Santo e contra o Reino de Deus. Seja um jovem livre disso!
Ponto Importante
O profeta Isaías teve um ministério ousado e corajoso em meio ao contexto político, social e religioso em que vivia. Entregou-se a Deus para enfrentar a dura missão de ser mensageiro da justiça, do julgamento do pecado e do anúncio da esperança messiânica ao seu povo.
III. CONTEÚDO DE ISAÍAS
Do capítulo 1 ao 39, o enfoque de Isaías é o juízo divino sobre Judá e Jerusalém e sobre as nações vizinhas por meio da Assíria. Na segunda e terceira parte do livro, do capítulo 40 ao 55 e 56 ao 66, respectivamente, Isaías se volta para a salvação do povo, depois da punição pelo pecado ao retornarem do cativeiro babilônico, escreve sobre a glória futura do povo de Deus por intermédio do Servo do Senhor, que é Cristo, que salvará seu povo através de seu próprio padecimento e triunfo.
Pense!
O profeta anuncia que o Espírito Santo concede sabedoria, entendimento, conselho e fortaleza, conhecimento e temor do Senhor. O Espírito Santo pode capacitar qualquer jovem a ser cheio dessas qualidades, pois é desejo dEle habitar plenamente sobre seus filhos.
Ponto Importante
Na mensagem de Isaías, Deus manifesta sua graça ao povo. Os pecados já estavam sentenciados, todos mereciam o julgamento definitivo de Deus, mas ainda assim, o anúncio de julgamento é seguido de uma mensagem de esperança.
CONCLUSÃO
Viver em família é a mais emocionante aventura da vida. Conviver com pessoas diferentes e suportá-las em amor é, sem dúvida, um exercício extraordinário de fé e obediência.
ESTANTE DO PROFESSOR
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002.
HORA DA REVISÃO
Seu tema principal está relacionado às previsões da vinda do Messias.
Anunciar o juízo de Deus, falar contra a falsa religião, denunciar a injustiça social e anunciar a vinda Messias.
Uma religiosidade vazia, hipócrita, ritualística e sem sentido espiritual para o povo, levando-os a se desviarem dos caminhos do Senhor.
O pobre.
A referência mais importante é quando afirma que o Espírito do Senhor (Javé) repousará sobre o “rebento de Jessé” (Cristo) com “o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11.1,2).
SUBSÍDIO
“O que se destaca na profecia de Isaías é seu rico conceito acerca do Deus Eterno. Para o profeta, Deus se eleva acima de todas as coisas terrenas. Ele é ‘o Senhor dos exércitos’, ‘o Alto e Sublime que habitou a eternidade’, ‘o Poderoso de Israel’, ‘Criador’ de todas as coisas e o Eterno que fez todas as coisas. Deus dirige a história; não há outro Deus além dEle e Ele não tem nenhuma intenção de repartir sua divindade com qualquer rival humano. Ele é Deus de sabedoria e poder. Além disso, Ele é apaixonadamente ético — o Santo. A respeito dEle os serafins cantaram: ‘Santo, Santo, Santo’ (6.2,3).
A contribuição de Isaías à fé judaico-cristã é grande e duradoura. Das suas percepções proféticas nos vieram às sementes que ao longo dos séculos geraram os conceitos mais definidos de expiação e salvação. Porque todos nós, como ovelhas, andávamos desgarrados, e o Senhor havia colocado sobre Cristo a iniquidade de todos nós, para que por meio das suas pisaduras pudéssemos ser curados. Somente com esse tipo de convicção poderemos voltar ao nosso Deus, que terá misericórdia de nós, com certeza de que Ele também nos perdoará abundantemente” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 4. RJ: CPAD, 2005, pp.24-26).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS n.2
3º Trimestre de 2016
Título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim
Comentarista: Clayton Ivan Pommerening
Lição 2: O contexto da profecia de Isaías
Data: 10 de Julho de 2016
TEXTO DO DIA
“Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas” (Is 1.17).
SÍNTESE
Isaías escreveu seu livro num amplo e complexo contexto histórico, político, cultural, econômico e religioso, que, ao ser conhecido, torna mais vívida e compreensível sua mensagem.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Is 6.1-13
A chamada do profeta
TERÇA — 2Cr 26.1-5
O profeta Isaías viu parte do bom reinado de Uzias
QUARTA — 2Cr 26.16-21
A morte de Uzias
QUINTA — 2Rs 15.5
O reinado de Jotão
SEXTA — 2Cr 28.1
O reinado de Acaz
SÁBADO — Is 37.1-7
O profeta Isaías e os reis de Judá
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ANALISAR o contexto histórico-político do livro do profeta Isaías;
ENTENDER o contexto econômico-social do povo de Israel no livro de Isáias;
COMPREENDER o contexto religioso do livro do profeta Isaías.
INTERAÇÃO
Professor, algumas das profecias de Isaías não estão escritas em ordem cronológica. Assim, a narrativa do chamado do profeta só vai aparecer no capítulo 6. Seu texto é organizado dentro de uma lógica temática e não necessariamente cronológica. Podemos afirmar que existem no livro de Isaías três divisões principais. Sua profecia abrange um período histórico que vai da morte do rei Uzias até a vinda e o sacrifício vicário do Messias. Ainda prediz a manifestação final do reino messiânico no fim dos tempos apocalípticos e escatológicos.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, Isaías foi levantado como profeta em um tempo de grande conturbação social. Invasões, guerras sanguinárias, idolatria, instabilidade política, econômica e social provocavam grandes temores nos israelitas. Para facilitar a compreensão do momento histórico-social do livro de Isaías, sugerimos que você procure, na internet ou em livros, imagens que retratem esse período. Essas ilustrações podem ser impressas e fixadas em folhas de papel pardo, formando um painel que será fixado no mural da classe. Você também pode utilizar as imagens para fazer uma apresentação em PowerPoint. Procure ressaltar a gravidade das questões sociais durante o ministério do profeta Isaías e a necessidade de o povo ouvir palavras de esperança. Por isso, o profeta Isaías fala tanto de esperança.
TEXTO BÍBLICO
Isaías 1.11,12,15-17,21-26.
11 — De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais nédios; e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes.
12 — Quando vindes para comparecerdes perante mim, quem requereu isso de vossas mãos, que viésseis pisar os meus átrios?
15 — Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue.
16 — Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos e cessai de fazer mal.
17 — Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas.
21 — Como se fez prostituta a cidade fiel! Ela que estava cheia de retidão! A justiça habitava nela, mas, agora, homicidas.
22 — A tua prata se tornou em escórias, o teu vinho se misturou com água.
23 — Os teus príncipes são rebeldes e companheiros de ladrões; cada um deles ama os subornos e corre após salários; não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas.
24 — Portanto, diz o Senhor Deus dos Exércitos, o Forte de Israel: Ah! Consolar-me-ei acerca dos meus adversários, e vingar-me-ei dos meus inimigos.
25 — E voltarei contra ti a minha mão e purificarei inteiramente as tuas escórias; e tirar-te-ei toda a impureza.
26 — E te restituirei os teus juízes, como eram dantes, e os teus conselheiros, como antigamente; e, então, te chamarão cidade de justiça, cidade fiel.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
A profecia de Isaías pode ser dividida em três momentos específicos: período dos reis de Jerusalém, dentro do contexto em que ele vive (Isaías 1 — 39), com reis que foram tementes a Deus como Ezequias, mas também com reis que incentivaram a idolatria como Acaz; o segundo momento é quando ele prediz que o povo irá para o cativeiro babilônico, trazendo-lhes consolo e esperança para superarem as dificuldades e aguardarem o retorno com confiança em Deus (Isaías 40 — 55); e um terceiro momento é quando o povo voltaria do cativeiro para Jerusalém, predizendo um período de glória para Israel sob o reinado messiânico (Isaías 56 — 66). A mensagem de Isaías diante do contexto histórico e religioso é difícil, pois apontava para a quase destruição e rejeição do povo, porém, haveria um remanescente. Portanto, o profeta contrasta tempos de prosperidade material com muita injustiça bem como períodos de um efervescente culto a Deus contrastando com idolatria.
Pense!
Com o profeta Isaías somos desafiados a pedir que o Espírito Santo nos capacite cada vez mais para trazer mensagens, profecias e intervenções no contexto em que estamos inseridos.
Ponto Importante
A profecia israelita não era simplesmente voltada para questões do Templo e do culto, mas também tinham alcance político.
Pense!
A injustiça é a revelação da falta de amor ao próximo. É um pecado que nos conduz à destruição e prejudica outros que muitas vezes são inocentes.
Ponto Importante
Muitas vezes, a prosperidade sem amor produz ignorância e arrogância que destroem a vida.
III. CONTEXTO RELIGIOSO
Pense!
Quando a fé não é vivida segundo a vontade revelada de Deus mediante a sua Palavra, ela se torna uma fé de aparências. Deus nos convida a sermos jovens de fé verdadeira e obediência sincera à sua Palavra.
Ponto Importante
A idolatria acontece quando colocamos outras prioridades antes de Deus.
CONCLUSÃO
Deus sempre terá um porta-voz, e nesta geração Ele conta com a voz de jovens que se ergam para denunciar, com coragem, o pecado. Mas ao mesmo tempo que ame o pecador, jovens que se comprometam não com este mundo e tudo que ele tem para oferecer, mas com Deus e com sua Palavra, que produz vida. Para isso, é necessário, como Isaías, discernir as estruturas de poder religiosas, políticas e sociais para agir de forma relevante.
ESTANTE DO PROFESSOR
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005.
HORA DA REVISÃO
Porque solicitaram a Roboão, filho de Salomão, que aliviasse a carga tributária imposta por seu pai Salomão, caso contrário, seguiriam como rei a Jeroboão.
Acaz, queimou um de seus filhos em oferta aos deuses e adorou a Baal (2Re 16.3-4; 2Cr 28.2-4), quebrou utensílios do Templo e fechou locais de adoração a Deus (2Cr 28.23-25).
Assíria e Babilônia.
Os sacerdotes se uniram aos assaltantes do povo e passaram a roubá-lo, criou-se uma religiosidade confusa e misturada com idolatria da influência do culto a Baal, multiplicaram-se os pecados morais e sociais, e passou-se a falsificar a Palavra de Deus.
Foi Ezequias, porque incrementou uma grande reforma religiosa e cúltica.
SUBSÍDIO I
“O ministério profético do Antigo Testamento ajuda-nos a compreender o do Novo Testamento. A missão principal dos profetas do Antigo Testamento era transmitir a mensagem divina através do Espírito para encorajar o povo de Deus a permanecer fiel, conforme os preceitos da Antiga Aliança. Às vezes, eles também prediziam o futuro, conforme o Espírito lhes revelava.
Cristo e os apóstolos são um exemplo do ideal do Antigo Testamento. A função do profeta na Igreja incluía o seguinte: a) Proclamava e interpretava, cheio do Espírito Santo, a Palavra de Deus, por chamada divina. Sua mensagem visava admoestar, exortar, animar, consolar e edificar (At 2.14-36; 3.12-26; 1Co 12.10; 14.3). b) Devia exercer o dom de profecia; c) Às vezes era vidente (1Cr 29.29), predizendo o futuro (At 11.28; 21.10,11). d) Era dever do profeta do Novo Testamento, assim como no Antigo Testamento, desmascarar o pecado, proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de Deus. Por causa de sua mensagem de justiça, o profeta pode ser rejeitado por muitos nas igrejas, em tempos de mornidão e apostasia” (ARAUJO, Israel de. Dicionário do Movimento Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007).
SUBSÍDIO II
“O nome ‘Isaías’ significa ‘o Senhor salva’. Como profeta designado por Deus, Isaías começou seu ministério em 740 a.C., no ano em que morreu o rei Uzias. Profetizou por mais de quarenta anos e morreu provavelmente cerca de 680 a.C..
O longo ministério profético de Isaías teve lugar na época do reino dividido. O Reino do Norte — chamado pelos diferentes nomes de ‘Israel’, ‘Samaria’ e ‘Efraim’ — abrangia dez tribos de Israel. O Reino do Sul — comumente chamado de ‘Judá’, com sua capital em Jerusalém — consistia das tribos de Judá e de Benjamim. Os dois reinos, na época de Isaías, estavam desviados de Deus e de sua lei e recorriam às nações pagãs e seus deuses falsos para livrá-los dos seus inimigos. O Reino do Norte foi subjugado e destruído pela Assíria em 722 a.C. Isaías advertiu Judá de que esse reino, também, seria destruído por causa de seu pecado e apostasia” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.993).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS n.3
3º Trimestre de 2016
Título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim
Comentarista: Clayton Ivan Pommerening
Lição 3: O Dia do Senhor
Data: 17 de Julho de 2016
TEXTO DO DIA
“Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (2Pe 3.10).
SÍNTESE
O Dia do Senhor para a Igreja expressa o dia da gloriosa vinda do Senhor Jesus Cristo para arrebatar a sua Igreja, quando os salvos se reunirão para sempre com o seu amado, mas para os ímpios representa dia de juízo e angústia.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Is 2.1-5
Julgamento e restauração
TERÇA — Dn 12.1-3
O final da história
QUARTA — Is 4.2
A glória de Deus sobre seu povo
QUINTA — Mt 25.1-13
O encontro entre o Noivo e a Noiva
SEXTA — Mt 24.26-28
A vinda de Jesus será clara e sem confusão
SÁBADO — Ap 21.1-4
O Dia do Senhor é um dia de restauração e glória
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ENTENDER que a altivez do povo foi resultado da prosperidade;
COMPREENDER o que significa o Dia do Senhor para o povo de Israel;
SABER o que significa o Dia do Senhor para a Igreja.
INTERAÇÃO
Professor, o tema dessa lição é escatológico, por isso você vai encontrar assuntos que se aplicam a Israel e à Igreja. No que se refere à Igreja, em virtude dos acontecimentos que sobrevirão ao mundo, é bom não assustar os alunos. Porém explique o quanto é importante que eles estejam preparados para a segunda vinda de Jesus Cristo. Conscientize-os de tudo o que a Bíblia ensina a respeito do Dia do Senhor. Incentive os alunos a obedecerem a Cristo por amor, e não por medo. Ressalte a misericórdia, o amor e o cuidado de Deus para com aqueles que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Caro professor, a lição dessa semana fala a respeito do Dia do Senhor. Para uma compreenção melhor a respeito do tema, confeccione um quadro comparativo mostrando o que será o Dia do Senhor para Israel e para a Igreja.
TEXTO BÍBLICO
Isaías 2.2-5,12,17.
2 — E acontecerá, nos últimos dias, que se firmará o monte da Casa do Senhor no cume dos montes e se exalçará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações.
3 — E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do Senhor.
4 — E ele exercerá o seu juízo sobre as nações e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças, em foices; não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerrear.
5 — Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do Senhor.
12 — Porque o dia do Senhor dos Exércitos será contra todo o soberbo e altivo e contra todo o que se exalta, para que seja abatido;
17 — E a altivez do homem será humilhada, e a altivez dos varões se abaterá, e só o Senhor será exaltado naquele dia.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
O Dia do Senhor refere-se à intervenção divina contra a altivez humana, expressada no apego excessivo às riquezas, desvios morais e éticos, que culminam em corrupção e idolatria. Porém, também se refere às histórias de proezas e grandes feitos de Deus ao intervir milagrosamente na história do seu povo. A expressão é utilizada dezenove vezes no Antigo Testamento, especialmente pelos profetas. Pode referir-se a um dia específico como também a um período de tempo mais longo, dependendo do contexto. No caso de Isaías, é específica para Judá e Jerusalém, mas também se aplica aos dias atuais, pois a maioria das profecias bíblicas tem um cumprimento imediato e um cumprimento remoto, ou seja, aplicam-se num período de tempo próximo, mas também são aplicáveis a tempos mais distantes e escatológicos, pois Deus, conhecedor de todas as coisas, ao inspirar sua Palavra, tinha propósitos muito mais amplos do que aquilo que o profeta entendia para seus dias.
No período profético de Isaías, Israel experimentou muita riqueza e prosperidade. Isso levou o povo a praticar uma série de pecados que podem vir acompanhados da riqueza e prosperidade quando usadas indevidamente, como a ganância, a corrupção, a idolatria e todos os desvios morais e éticos deles consequentes, pois a Bíblia afirma que um abismo chama outro abismo (Sl 42.7). A arrogância era tão crônica que perpassou várias instâncias sociais (Is 5.14; 32.9).
Pense!
Quando a riqueza se torna prioridade em nossa vida, devemos ter o cuidado para que ela não se torne o motivo da cegueira de nossa vida espiritual.
Ponto Importante
Na história de Israel, Deus sempre desejou abençoar seu povo, assim como quer abençoar a sua Igreja na Terra. No entanto, a sua presença gloriosa nunca deve ser trocada pelas bênçãos financeiras.
A expressão Dia do Senhor simboliza eventos futuros e escatológicos, e quer expressar o sentido de iminência e gerar expectativa. Para Israel, era símbolo de que Deus viria destruir o mal e vingar os pecadores (Is 13.9; Jl 1.15; Sf 1.7), mas também como símbolo de estabelecimento de paz e prosperidade. O lado negativo da profecia se cumpriu quando o povo de Deus foi levado para o cativeiro babilônico, tendo as consequências que veremos adiante.
Pense!
A idolatria é o ápice do orgulho humano, pois é o desvio do olhar daquEle que realmente fez, é e pode todas as coisas para se fixar em coisas fúteis, passageiras e infinitamente menores do que realmente representam.
Ponto Importante
O Dia do Senhor é um conceito teológico próprio da mensagem escatológica. Simboliza ao mesmo tempo julgamento e triunfo de Deus sobre a história e seus acontecimentos. O profeta Isaías usa constantemente esse conceito.
III. O DIA DO SENHOR PARA A IGREJA
O Dia do Senhor para a Igreja expressa o dia da gloriosa vinda do Senhor Jesus Cristo para arrebatá-la, quando os salvos se reunirão para sempre com o seu Amado.
Pense!
A vinda de Jesus será imprevisível, por isso devemos estar sempre preparados para o Dia do Senhor mediante a perseverança nos caminhos do Evangelho.
Ponto Importante
Precisamos cuidar para não ficarmos focados no quando e no como será o Dia do Senhor a ponto de nos esquecermos de quem está voltando. A atitude deve ser de grande expectativa para com o Amado das nossas almas, aquEle que por nós deu sua vida para nos resgatar da morte e do inferno e nos levar ao eterno lar.
CONCLUSÃO
O Dia do Senhor será terrível para os que estão entregues ao pecado e aos valores perniciosos que algumas coisas do mundo oferecem. Mas para aqueles que foram lavados no sangue do Cordeiro e, consequentemente, amam seu Senhor e vivem uma vida de acordo com seus preceitos, o Dia do Senhor será um dia glorioso, pois para sempre se estabelecerá a justiça, o juízo e a equidade, não haverá mais rico nem pobre, opressor ou oprimido e valores de morte serão substituídos pela eterna vida dos salvos com Cristo, aquEle que os salvou da condenação eterna.
ESTANTE DO PROFESSOR
JEREMIAH, David. Antes que a Noite Venha. 1ª Edição. RJ: CPAD, p.2015.
HORA DA REVISÃO
O Dia do Senhor refere-se à intervenção divina contra a altivez humana e a idolatria, também refere-se às histórias de proezas e grandes feitos de Deus intervindo milagrosamente na história do seu povo, Israel.
O ídolo serve como um substituto muito fútil para Deus.
O contexto imediato aplica-se a um período de tempo próximo, o contexto remoto é aplicável a tempos mais distantes e escatológicos.
Quando Israel reconhecer o senhorio do Senhor, recebendo o Messias como o enviado de Deus para restaurar a nação.
Não pode haver o extremo da fuga do presente, um descaso com tudo como desculpa de sua vinda, nem viver ignorando a volta dEle como se nunca fosse voltar.
SUBSÍDIO
“O significante dia de bravura do homem empalidece em comparação com o grande dia do Senhor. Isaías vê chegar o dia em que os idólatras deverão se esconder em terror diante da manifestação do Senhor, a quem eles desprezaram (cf. Ap 6.15-16). As concavidades das rochas (vv.10,19) refletem o fato de que a Palestina está cheia de cavernas calcárias que os homens têm usado como refúgio em tempos de terror.
[...] O dia do Senhor dos Exércitos virá. Esse é um dia no qual o homem orgulhoso se encontra nas mãos de um Poder Superior. O orgulho do homem é comparado com os grandes cedros do Líbano e os carvalhos de Basã, símbolos de força e vigor. [...]
A presença temível do Eterno e o esplendor da sua majestade farão com que pessoas arrogantes se escondam nas cavernas da terra quando Deus afligi-la com terror (Jl 3.16; Ag 2.6; Hb 12.26; Ap 5.15-16). O homem lançará seus ídolos às toupeiras e aos morcegos, roedores cegos que habitam as trevas. Aqueles ídolos se mostrarão impotentes para salvar seus adoradores humanos pagãos. [...] Assim o profeta lamenta: Ah! Meu povo! Os que te guiam te enganam” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 4. Isaías e Daniel. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2005, pp.35-36).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS n.4
3º Trimestre de 2016
Título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim
Comentarista: Clayton Ivan Pommerening
Lição 4: O juízo de Judá e de Jerusalém
Data: 24 de Julho de 2016
TEXTO DO DIA
“O Senhor vem em juízo contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes; é que fostes vós que consumistes esta vinha; o espólio do pobre está em vossas casas” (Is 3.14).
SÍNTESE
O profeta de Deus percebe quando há injustiça entre os homens e quando esta atrai o juízo de Deus. Ele discerne tudo e conhece os grandes dilemas do seu povo e do seu tempo.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Is 3.1-3
O julgamento de Deus
TERÇA — Is 1.5
O profeta Isaías e o juízo de Deus
QUARTA — Pv 22.8
Israel estava semeando a iniquidade
QUINTA — Is 7.17-18
Judá recebeu o castigo anunciado por Deus
SEXTA — Is 1.14,15
Deus leva a juízo os líderes do povo
SÁBADO — Is 1.4
O julgamento da nação pecadora
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
RESSALTAR a injustiça e a opressão relatadas por Isaías;
MOSTRAR os males da arrogância e como se prevenir dela;
DESCREVER a misericórdia e a justiça de Deus em Cristo.
INTERAÇÃO
Aproveite o tema da lição para discutir com os jovens a respeito da justiça divina. Em geral, nesta fase da vida, eles têm um senso de justiça mais aguçado. Aproveite a oportunidade para despertar o desejo de agir em prol da justiça nas várias esferas da sociedade. O mundo dos jovens, em geral, é cercado de belos ideais. Isso pode ser aproveitado de forma positiva em prol do Reino de Deus. Ressalte o valor da justiça tanto na igreja quanto na sociedade. Mostre que a justiça de Deus pode ser revelada por meio de ações concretas de cuidado, equidade e expressões de amor para com os que sofrem, os oprimidos e os injustiçados.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, sugerimos que para a aula de hoje seja feito um debate a respeito da injustiça social. Utilize para o debate os tópicos da lição.
No primeiro tópico, é importante apontar algumas formas de injustiça social em nossa sociedade. Mostre o quanto a profecia de Isaías é atual. Já no tópico II, trabalhe a questão da arrogância. Mostre como as pessoas estão deixando de perceber o outro. No tópico III, discuta a respeito da misericórdia e da justiça de Deus revelados por intermédio da Igreja.
TEXTO BÍBLICO
Isaías 3.1-5,8,13-15.
1 — Porque eis que o Senhor Deus dos Exércitos tirará de Jerusalém e de Judá o bordão e o cajado, todo o sustento de pão e toda a sede de água;
2 — o valente, e o soldado, e o juiz, e o profeta, e o adivinho, e o ancião;
3 — o capitão de cinquenta, e o respeitável, e o conselheiro, e o sábio entre os artífices, e o eloquente;
4 — e dar-lhes-ei jovens por príncipes, e crianças governarão sobre eles.
5 — E o povo será oprimido; um será contra o outro, e cada um, contra o seu próximo; o menino se atreverá contra o ancião, e o vil, contra o nobre.
8 — Porque Jerusalém tropeçou, e Judá caiu, porquanto a sua língua e as suas obras são contra o Senhor, para irr tarem os olhos da sua glória.
13 — O Senhor se levanta para pleitear e sai a julgar os povos.
14 — O Senhor vem em juízo contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes; é que fostes vós que consumistes esta vinha; o espólio do pobre está em vossas casas.
15 — Que tendes vós que afligir o meu povo e moer as faces do pobre? — diz o Senhor, o Deus dos Exércitos.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
A palavra juízo é amplamente usada em vários livros do Antigo Testamento e o profeta Isaías a utiliza 40 vezes em seu livro. Os governantes, os ricos, os sacerdotes e os profetas estavam coniventes com o erro; sentindo-se seguros dentro das fortalezas, usavam todo o seu poder para oprimir os pobres. Tornaram-se arrogantes, e por isso perderam o bom senso daquilo que seria o certo e o errado. Isso fez o profeta prever a ruína do povo, fazendo com que o capítulo 3 de seu livro se tornasse uma das mais sombrias profecias. Ele quer, com isso, chamar o povo de Deus à prática da humildade. Deve-se seguir o exemplo de Cristo, que se esvaziou a si mesmo, encarnando-se como homem para servir aos propósitos de seu Pai (Fp 2.5). O Evangelho nos chama à prática da justiça, pois Ele mesmo disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mt 5.6).
Pense!
A pobreza é uma condição de existência que reduz as potencialidades de vida humana. Ela causa sofrimento e desigualdades sociais.
Ponto Importante
Na profecia bíblica, os problemas sociais também são encarados como missão e desafios dos servos de Deus. Os profetas eram homens sensíveis à voz do Espírito de Deus e aos clamores das injustiças e opressões sociais.
Pense!
O orgulho revela a nossa falta de autoconhecimento enquanto seres humanos. Quem conhece suas limitações e a fragilidade da vida de modo algum se torna orgulhoso.
Ponto Importante
O livro do profeta Isaías é um bom exemplo do modo como o orgulho destruiu a dependência do povo israelita de Deus.
III. A MISERICÓRDIA E A JUSTIÇA DE DEUS
Pense!
A humildade é o caminho mais fácil para conseguir o favor de Deus e dos homens.
Ponto Importante
A tradição profética israelita sempre trouxe em sua mensagem a combinação entre anúncio de juízo e restauração, justiça e graça ao povo, pois em última instância a vontade de Deus é sempre trazer vida e esperança, e não destruição ao ser humano, apesar de sermos merecedores.
CONCLUSÃO
A função profética sempre esteve junto com questões sociais e políticas. O profeta de Deus é também porta-voz de uma mensagem que anuncia, denuncia e alerta diante de situações presentes e conhecidas, e na lição de hoje denunciou a injustiça e a arrogância. Que nossos corações sejam humildes diante de Deus para reconhecer quando precisamos de arrependimento; que nossa dependência de Deus seja evidente em atitudes, palavras e pensamentos.
ESTANTE DO PROFESSOR
DORTCH, W. Richard. Orgulho Fatal: Um Ousado Desafio a este Mundo Faminto de Poder. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996.
HORA DA REVISÃO
Isaías denuncia a injustiça e o orgulho.
Deus havia ordenado que ninguém deveria acumular terras (Is 5.8), que os julgamentos tinham que ser justos e não deveriam construir nada a preço de sangue, os comerciantes não deveriam ter balança desonesta, ninguém poderia praticar extorsão, não deveriam dar lugar ao orgulho da riqueza.
É como se Deus não se importasse com nada, ou como se Ele não precisasse ser honrado, assumindo uma postura de autossuficiência.
O orgulho.
Que o Reino dos Céus seria deles.
SUBSÍDIO
“Depois da morte do bom rei Ezequias, em 686, e do profeta Isaías, Judá entrou em um processo de declínio em todos os setores, do qual não mais viria a recuperar-se, exceto pelo breve reinado de Josias.
Uma falha específica no caráter de Ezequias pode ser vista no seu comportamento para com os embaixadores de Merodaque-Baladã, de Babilônia. [...] O autor de Reis e o profeta Isaías declaram que o rei Ezequias expôs os tesouros do reino à embaixada babilônica (2Rs 20.12-15; Is 39.1-4). [...] O fato de Ezequias ter aberto seus tesouros para os embaixadores da Babilônia pode ser a expressão de um suposto apoio a causa dos caldeus, de forma que queria impressioná-los mostrando sua força e seu poder. Tal atitude foi má aos olhos do Senhor, ocasionando a ira de Yahweh contra Judá e Jerusalém. Ezequias arrependeu-se, mas Isaías o informou de que chegaria o tempo em que os descendentes políticos desses mesmos caldeus retornariam para Jerusalém. Eles despojariam todo o tesouro de Judá e levariam seus filhos e filhas para a corte real da Babilônia” (MERRILL, H. Eugene. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 12ª Edição. RJ: CPAD, 2013, pp.457-458).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS n.5
3º Trimestre de 2016
Título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim
Comentarista: Clayton Ivan Pommerening
Lição 5: Predições de Juízo e Glória
Data: 31 de Julho de 2016
TEXTO DO DIA
“E haverá um tabernáculo para sombra contra o calor do dia, e para refúgio e esconderijo contra a tempestade e contra a chuva” (Is 4.6).
SÍNTESE
Após o juízo divino avassalador, se estabelecerá um período de muita justiça, glória e beleza, em que o “renovo do Senhor”, Cristo, promoverá um período de bênçãos, proteção e prosperidade.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Is 4.1
Profecia sobre o Messias
TERÇA — Mt 25.31-32
No dia do juízo Deus honrará seus verdadeiros filhos
QUARTA — Is 2.4
Deus realiza seu juízo
QUINTA — Is 2.1-2
Deus manifestará sua glória restauradora
SEXTA — Is 44.21-22
Deus apaga os pecados do seu povo
SÁBADO — Is 65.17-18
A glória de Deus traz alegria e regozijo
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
DEMONSTRAR o que é o juízo de Deus e que a execução deste não anula seu amor para com sua criação;
MOSTRAR quem é o Renovo do Senhor predito por Isaías e o que Ele representa para Israel e para a Igreja;
SABER que a proteção do Senhor é real e constante.
INTERAÇÃO
Professor, podem surgir dúvidas quanto ao fato de Deus executar juízo com amor. Procure mostrar que o juízo de Deus faz parte do seu amor para purificar e ensinar seu povo errante. De outra forma não se arrependeriam, dado o estado de rebeldia e rejeição para com as ofertas amorosas de Deus. O Senhor desejou que seu povo confiasse inteiramente nEle. Porém preferiram resolver as crises da maneira deles. Desta forma, a escolha foi feita pelo próprio povo, pois foram alertados, com antecedência, do que aconteceria se confiassem em si mesmos e não na provisão divina. Entretanto, o que prevalece no final é a grande demonstração do amor de Deus ao restaurar seu povo e cuidar deles oferecendo seu Filho.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Na aula de hoje, estudaremos temas que provocam a curiosidade dos jovens: predições de juízo e glória. Aparentemente são temas que levam a uma ideia de antagonismo, embora não sejam.
Para explicar o subtópico 3 do terceiro tópico, sugerimos a confecção de um quadro em cartolina. Escreva no centro do quadro o nome Cristo. Peça que os alunos citem maneiras pelas quais o Messias pode prover bênçãos para aqueles que creem. À medida que os alunos forem citando, vá relacionando no quadro. Conclua comentando as citações dos alunos. Ressalte o que Cristo tem preparado para os salvos.
TEXTO BÍBLICO
Isaías 4.2-6.
2 — Naquele dia, o Renovo do Senhor será cheio de beleza e de glória; e o fruto da terra, excelente e formoso para os que escaparem de Israel.
3 — E será que aquele que ficar em Sião e que permanecer em Jerusalém será chamado santo: todo aquele que estiver inscrito entre os vivos em Jerusalém.
4 — Quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião e limpar o sangue de Jerusalém do meio dela, com o espírito de justiça e com o espírito de ardor,
5 — criará o Senhor sobre toda a habitação do monte de Sião e sobre as suas congregações uma nuvem de dia, e uma fumaça, e um resplendor de fogo chamejante de noite; porque sobre toda a glória haverá proteção.
6 — E haverá um tabernáculo para sombra contra o calor do dia, e para refúgio e esconderijo contra a tempestade e contra a chuva.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição você verá que o profeta mostra que, apesar de Deus ter de executar juízo contra seu povo, como consequência das escolhas erradas feitas por eles, o que prevalece é seu imenso amor, misericórdia e cuidado para com eles, demonstrado no envio do Messias (Is 4.5). Isaías deixa claro que o Deus executor de juízo age com justiça e equidade, mas que jamais deixará seu povo entregue ao sofrimento, demonstrando assim a grandeza dEle purificando, salvando e curando seu povo e ainda lhes prometendo que seriam muito abençoados.
Atualmente, a igreja é o povo do Senhor na terra e atua como um arauto de justiça e um inibidor do juízo contra o pecado e todas as formas de injustiça. Por isso, ela não deve se omitir dos meios públicos, políticos e da justiça social, mas também não pode compactuar com políticas injustiças e corruptas. Precisa ocupar o espaço na sociedade que lhe compete e posicionar-se de forma profética e justa. Nessa posição, não há como aceitar troca de favores com os poderes constituídos, pois compromete a autoridade profética da igreja.
Pense!
Apesar da existência do juízo de Deus, a nossa relação de obediência a Ele não deve se basear no medo de sua punição, mas sim no amor que nos constrange a ser fiéis à sua Palavra e vontade sublime, entendendo-as como o melhor caminho possível para as nossas vidas.
Ponto Importante
Na teologia bíblica cristã, o juízo de Deus não se origina por uma intenção malévola de Deus. O juízo surge por consequência de nossos pecados, de nossa transgressão ao modelo de vida estabelecido por Deus.
Pense!
Em Cristo começamos a experimentar a glória de Deus em nossas vidas. Apesar de não ser de maneira plena, quando estamos em Jesus iniciamos a preparação para viver a glória eterna. Estar em Jesus é ter a garantia de que iremos experimentar a glória de Deus de maneira plena.
Ponto Importante
O objetivo final do juízo é sempre a renovação do bem-estar do povo de Deus e a manifestação da glória do Deus Altíssimo. Deus julga porque quer restabelecer a ordem da sua criação.
III. A PROTEÇÃO DO SENHOR
Pense!
Apesar da proteção que Jesus dá para as nossas vidas, isso não significa que Ele nos isenta de qualquer situação difícil. Só teremos total transformação e descanso na manifestação plena do reinado futuro de Jesus.
Ponto Importante
A vinda do Messias remete à promessa de um renovo e cuidado de Deus pelo seu povo apesar de seus pecados. É símbolo de que Deus não desiste do seu povo ainda que este abandone seus caminhos. Deus sempre volta a ter compaixão.
CONCLUSÃO
Deus deseja para nós, o seu povo escolhido, os salvos em Cristo, que vivamos uma vida de plenitude desfrutando das muitas coisas boas disponíveis em seu Reino, estabelecido em nossos corações. A rejeição dessa oferta gratuita é uma afronta ao seu amor e misericórdia; por isso, vale a pena o esforço para permitir que o seu Espírito Santo instale em nossos corações o seu Reino, trazendo libertação das forças opressoras do mal e da miséria humana.
ESTANTE DO PROFESSOR
RENOVATO, Elinaldo. O Final de Todas as Coisas: Esperança e Glória para os Salvos. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2015.
HORA DA REVISÃO
Proteção, conforto e consolo.
Porque o povo que não deveria agir de forma contrária ao seu amor.
Porque quando se viola o princípio de justiça estabelecido por Ele, se viola Seu próprio amor, ou seja, a própria criatura humana se expõe ao juízo de Deus.
Deus lavaria e purificaria toda a sujeira e limparia Jerusalém da culpa de sangue inocente derramado; para isso enviaria seu Espírito de justiça e seu Espírito purificador através do juízo.
Está se referindo ao Messias, ao Cristo.
SUBSÍDIO
“Cristo é chamado Renovo de Jeová, plantado pelo seu poder e florescido para seu louvor. O Evangelho é fruto do renovo de Jeová. Todas as graças e consolações do Evangelho brotam de Cristo. É chamado fruto da terra porque surge neste mundo e é adequado para o estado presente. Será uma boa prova de que somos diferentes daqueles simplesmente chamados Israel, se formos levados a ver toda a beleza em Cristo, e na santidade. [...].
Através do juízo da providência de Deus, os pecadores são destruídos e consumidos; porém, pelo Espírito da graça são transformados e convertidos. O Espírito atua aqui como Espírito de juízo, ilumina a mente e convence a consciência; também como Espírito que queima, vivifica e fortalece os afetos, e faz com que os homens sejam afetados zelosamente em uma boa obra. Um amor ardente por Cristo e por vidas humanas, e o zelo contra o pecado, levarão os homens de modo resoluto a obras que tirem a incredulidade de Jacó. Toda a aflição serve para os crentes como forno para purificá-los da escória; a influência convincente, poderosa e iluminadora do Espírito Santo desarraiga paulatinamente as suas luxurias e os torna santos como Ele é Santo” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002. p.563).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS n.6
3º Trimestre de 2016
Título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim
Comentarista: Clayton Ivan Pommerening
Lição 6: A parábola do castigo e exílio de Judá
Data: 7 de Agosto de 2016
TEXTO DO DIA
“Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” (Is 5.20).
SÍNTESE
Deus cuida dos seus filhos e tem grande esperança de que estes frutifiquem abundantemente; portanto, a falta de frutos adequados traz resultados desagradáveis.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Is 5.1,2
Deus compara Israel com o vinha
TERÇA — Is 5.3,4
Deus comunica seu projeto e castigo ao povo
QUARTA — Is 5.5,6
Deus anuncia o exílio de Judá
QUINTA — Is 5.20
A perversão do povo é denunciada
SEXTA — Is 5.13
A falta de entendimento do povo causa o exílio
SÁBADO — 2Cr 36.17-21
O cumprimento do castigo anunciado por Isaías
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
COMPREENDER o cuidado de Deus para com sua vinha, Israel;
ENTENDER o cuidado e a esperança de Deus para com seu povo;
MOSTRAR as consequências da desobediência de Israel.
INTERAÇÃO
Professor, seria interessante fazer a leitura do Salmo 80. Depois de ter concluído a lição, peça que os alunos formem grupos. Cada grupo ficará com uma parte do salmo. Depois da leitura, os alunos vão explicar o que entenderam. Esse salmo retrata o cativeiro do povo, provavelmente assírio. O exílio foi consequência da rebeldia e desobediência. Enfoque os versículos de contrição e quebrantamento presentes no Salmo.
Mostre que esse salmo foi escrito por alguém que realmente queria desfrutar novamente da comunhão e da presença de Deus. No exílio, o povo passou a lembrar o quanto era agradável estar protegido pelo Senhor e ter a certeza da salvação.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, na aula de hoje estudaremos a respeito da parábola da vinha. Essa parábola representa o povo de Deus. Por intermédio dessa história, aprendemos a respeito do nosso proceder. Sugerimos que você faça, no quadro, uma tabela com duas colunas. Na primeira coluna, faça uma relação dos principais pontos abordados nos tópicos I e II. Na segunda coluna, faça uma contextualização dos tópicos abordados na primeira coluna. Por exemplo: Na primeira coluna, “Deus cultivou sua vinha”. Na segunda coluna aponte o significado do fato de Deus cultivar a vinha fazendo uma relação com a nossa vida.
TEXTO BÍBLICO
Isaías 5.1-8,13.
1 — Agora, cantarei ao meu amado o cântico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu amado tem uma vinha em um outeiro fértil.
2 — E a cercou, e a limpou das pedras, e a plantou de excelentes vides; e edificou no meio dela uma torre e também construiu nela um lagar; e esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas.
3 — Agora, pois, ó moradores de Jerusalém e homens de Judá, julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha.
4 — Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas?
5 — Agora, pois, vos farei saber o que eu hei de fazer à minha vinha: tirarei a sua sebe, para que sirva de pasto; derribarei a sua parede, para que seja pisada;
6 — e a tornarei em deserto; não será podada, nem cavada; mas crescerão nela sarças e espinheiros; e às nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre ela.
7 — Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias; e esperou que exercessem juízo, e eis aqui opressão; justiça, e eis aqui clamor.
8 — Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem herdade a herdade, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra!
13 — Portanto, o meu povo será levado cativo, por falta de entendimento; e os seus nobres terão fome, e a sua multidão se secará de sede.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
A parábola da vinha, que além de parábola também é uma poesia, é um dos capítulos mais deprimentes de Isaías. Prevê muita ruína, catástrofes, mortes, fome, miséria e toda sorte de infortúnios ao povo de Deus desobediente, embora Ele tivesse os tratado com todo carinho, cuidado e amor para levá-los à obediência e submissão. Ele a plantou, tirou pedras, escolheu sementes, afofou a terra, edificou torre e lagar e cultivou seguindo técnicas primorosas, mas sua esperança se frustrou ao produzir uvas insuficientes e de má qualidade; então Ele a reprovou e entregou à própria sorte, permitindo ser pisada e maltratada pelo exército inimigo. Convém que tomemos como exemplo o povo de Israel para não incorrer no mesmo erro (1Co 10.11).
Pense!
Assim como Deus esperou frutos do povo israelita, certamente Ele criou a Igreja para que ela possa dar frutos que o glorifiquem.
Ponto Importante
O povo de Israel não foi criado para glorificar a si mesmo, mas foi criado para mostrar Deus aos outros povos e servir de modelo para outras nações. Esse é o fruto que Deus esperou de Israel.
O lagar era o local onde as uvas eram espremidas, geralmente com os pés, depois da colheita; o lugar de processamento da safra, que depois resultava em suco de uva ou vinho (Is 63.3). Construir um lagar antecipadamente é sinônimo de muita esperança para com a colheita.
Pense!
Se Deus criou e cuidou de Israel dando a eles condições para seu crescimento, Ele também fará o mesmo com todo aquele que invocar seu nome sobre a face da Terra.
Ponto Importante
Uma das doutrinas fundamentais da fé cristã é a doutrina da providência. Essa doutrina afirma que Deus cuida da sua criação e dá a ela condições que possibilitam a sua continuidade e existência saudável. Deus não cria somente, mas Ele mesmo sustenta o que cria.
III. O CASTIGO E O EXÍLIO DA VINHA
Em vários textos de Isaías, além do capítulo 5, se utiliza a palavra “ai”, e como o próprio Jesus a utilizou (Mt 23). Seu significado tem a ver com a punição de Deus diante de atos ofensivos a Ele. Deus profere o seu primeiro “ai” contra aqueles que acumulam riquezas e consequentemente empobrecem os outros e os deixam entregues à morte (Is 5.8-10). O destino é que suas propriedades seriam reduzidas a pó e cinza e a produção da terra seria praticamente nula. Outro “ai” é proferido contra os festeiros, pois, estando bêbados, não conseguem enxergar as grandes obras e feitos de Deus, ou seja, em seus desejos de diversão ilícita, tornam-se estúpidos para com seu Criador; contra esses se diz que serão exilados, sofrerão fome e sede, descerão à cova aberta diante deles e que seriam extremamente humilhados. O próximo “ai” vai contra aqueles que se apegam a iniquidade (perversidade, depravação) e o pecado. Outro “ai” é proferido contra aqueles que praticam o suborno para obter favorecimento na justiça, negando-a ao que realmente é merecedor dela. A esses se diz que serão queimados e reduzidos a pó.
Pense!
Deus espera alguma coisa de você, pois o investimento feito na cruz do Calvário exige de nós uma resposta. A maior resposta que podemos dar é viver entregues a sua vontade.
Ponto Importante
O exílio foi também uma fase pedagógica da história de Israel. O profeta Isaías vê o exílio como forma de correção, e não de destruição final da história de Israel.
CONCLUSÃO
O cuidado de Deus a favor do seu povo é perfeito, nada lhes falta (Sl 23). Ele os esconde debaixo de suas asas (Sl 91), portanto, provê tudo e tem grande esperança de que nós frutifiquemos abundantemente.
ESTANTE DO PROFESSOR
BUSIC, A. David. Perfeitamente Imperfeitos: Retrato de Personagens do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2015.
HORA DA REVISÃO
O povo escolhido, Israel.
As pedras significam a superficialidade da raiz, quando algo é plantado em solo pedregoso, pois não consegue se aprofundar e vindo o sol mata a planta.
O cuidado absoluto de Deus para com aqueles que Ele escolhe para serem seu povo.
Subverter a ordem natural das coisas eles estavam chamando o mal de bem e vice-versa, transformando trevas em luz e vice-versa e chamando o amargo de doce e vice-versa.
Pai.
SUBSÍDIO I
“No Salmo 80 a Igreja está representada como uma vide e uma vinha. A raiz desta vide é Cristo e os ramos são os crentes. A Igreja é como uma vide que precisa de apoio, mas que se estende e dá fruto. Se uma vide não der frutos, nenhuma outra planta valerá tão pouco quanto ela. E nós não somos plantados como em um horto bem cultivado, com todos os meios para darmos frutos em obras de justiça? [...].
A vinha foi desolada e destruída. Houve uma boa razão para esta mudança na maneira de Deus tratá-los. Tudo estará bem ou mal para nós, conforme nos submetemos aos sorrisos ou à face irada de Deus. [...].
Deus espera frutos daqueles que desfrutam privilégios. Os bons propósitos e os bons princípios são coisas boas, mas não são suficientes; deve haver fruto da vinha: pensamentos e afetos, palavras e ações agradáveis ao Espírito. Quando os erros e os vícios se excedem e se descontrolam, a vinha não é podada, e rapidamente começam a crescer espinhos. É triste que uma alma, no lugar das uvas da humildade, mansidão, amor, paciência, e desprezo pelo mundo, coisas que Deus busca, produza as uvas silvestres do orgulho, da paixão, do descontentamento, da maldade e do desdém para com Deus; em lugar das uvas da oração e louvor, estão as uvas silvestres de maldizer e jurar” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. RJ: CPAD, 2002. pp.458,563-564).
SUBSÍDIO II
“Vinho e vinha (5.1-5)
Israel é sempre mencionada como uma vinha no Antigo Testamento (cf. Sl 80.8; 14.15; Jr 2.21; Os 10.1; Zc 3.10). Deus é o guardador da vinha que alimenta e protege seu povo. Contudo, apesar do amável cuidado de Deus, a comunidade da aliança continuou a produzir o fruto amargo do pecado no lugar dos aprazíveis produtos da justiça. Jesus nos dá uma perspectiva disso quando se apresenta como ‘videira verdadeira’ (Jo 15.1). E lembra-nos que somente através de um íntimo relacionamento pessoal com Deus o ser humano produzirá o fruto que Ele deseja.
‘Ajuntam casa a casa’ (5.8). Deus destruiu a Terra Santa em pequenas parcelas para que todas as famílias tivessem uma propriedade rural. Alguns possuírem muito, às custas de outros que têm cada vez menos, é uma grande e terrível injustiça social. Os ricos dos nossos dias precisam também estar atentos a isso” (RICHARS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.413).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS n.7
3º Trimestre de 2016
Título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim
Comentarista: Clayton Ivan Pommerening
Lição 7: A chamada e purificação do profeta
Data: 14 de Agosto de 2016
TEXTO DO DIA
“Então, disse eu: ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6.5).
SÍNTESE
O profeta tem a visão extraordinária da glória de Deus, deixa de lado sua autossuficiência e experimenta o perdão amoroso do Pai.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Is 6.1-4
Deus manifesta sua glória a Isaías
TERÇA — Is 6.5
Isaías reconhece sua fragilidade
QUARTA — Is 6.6,7
Deus purifica o profeta
QUINTA — Is 6.8-10
Deus convoca Isaías para pregar ao povo
SEXTA — Rm 10.14,15
A Boa-Nova é anunciada por aqueles aceitam o desafio
SÁBADO — Mc 16.15,16
O chamado de Deus é para todos
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
DESCREVER os detalhes da visão do profeta Isaías;
ENTENDER como e por que ele precisou ser purificado;
COMPREENDER como se deu a chamada e a resposta de Isaías.
INTERAÇÃO
Professor, utilize a experiência que Isaías teve com Deus para enfatizar a necessidade de termos uma experiência com o Espírito Santo. Fale a respeito do batismo com o Espírito Santo. Tal experiência é de vital importância para o jovem. Desperte em seus alunos o desejo de buscar uma vida de comunhão com o Espírito Santo. Ressalte também os dons e capacitação que o Espírito Santo concede para realizarmos a obra de Deus, conforme descrito em Atos 1.8. Se possível, ore com eles ao final da lição pedindo um revestimento de poder.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
A lição de hoje trata da chamada e da purificação do profeta Isaías. É um momento muito especial para abordar também a chamada que Deus tem na vida de cada jovem. Providencie uma folha de papel e escreva as seguintes questões: “Qual é a chamada de Deus para sua vida?”; “É uma chamada a uma mudança radical?”. “Quais são as mudanças em sua vida que você precisa ter para viver essa chamada de Deus?”. Dê alguns minutos para que os alunos reflitam e respondam as questões. Em seguida, peça que alguns compartilhem com a classe suas respostas. Depois, solicite que eles orem pedindo a Deus forças e sabedoria para viverem o chamado de Deus e terem uma vida de comunhão com o Espírito Santo.
TEXTO BÍBLICO
Isaías 6.1-8.
1 — No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo.
2 — Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés, e com duas voavam.
3 — E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.
4 — E os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.
5 — Então, disse eu: ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos!
6 — Mas um dos serafins voou para mim trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;
7 — e com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado.
8 — 8 Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
A chamada do profeta Isaías é uma das passagens bíblicas mais celebradas de seu livro. Certamente todos já ouviram alguma pregação a respeito dela nas mais variadas formas de interpretação. O atrativo do texto se dá pela manifestação da glória de Deus de uma maneira extraordinária, viva e transformadora para o profeta. Diante da experiência que ele tem com Deus, tudo se transforma em sua vida; ele não somente vê, sente, ouve e age dentro da visão, mas também tem uma nova perspectiva de vida a partir da visão; seus valores, vontades, desejos e consagração a Deus mudam. Agora ele está totalmente entregue e absorto à vontade de Deus, independentemente dos resultados alcançados. O mais impressionante é que os resultados de seu ministério para com Israel são paradoxais em relação à grandeza da revelação que ele tem. Seu ministério não terá resultados práticos entre o povo, mas suas palavras e sua vida foram purificadas pela experiência gloriosa.
Pense!
Deus chama, capacita e sustenta, mas antes de tudo Ele busca de nós disponibilidade e aceitação de seu chamado. Deus conta com você para a manifestação de sua vontade ao mundo.
Ponto Importante
O chamado do profeta Isaías é relatado nos primeiros capítulos do livro a fim de deixar claro que seu ministério, apesar de ser complexo, nasceu da orientação divina.
Pense!
Às vezes não conseguimos fazer a obra de Deus porque nos sentimos culpados. Deus é misericordioso para purificar nossos pecados e deixar-nos livres para servirmos em amor e alegria.
Ponto Importante
O serviço a Deus deve ser feito com honestidade, transparência e integridade. Esses elementos são essenciais para o bom andamento da vontade de Deus. Por isso, antes de Deus chamar o profeta, Ele primeiro transforma e purifica a vida dele.
III. A CHAMADA DO PROFETA
Pense!
Isaías é enviado a um povo que já está com o coração endurecido. Nem sempre Deus vai nos levar a realizar ministérios fáceis, com glórias, e nos colocar na vitrine religiosa.
Ponto Importante
O chamado do profeta não lhe é imposto. Deus lhe faz uma pergunta e o convida a uma resposta; ele tem liberdade de dizer sim ou não.
CONCLUSÃO
O profeta deixa de lado sua autossuficiência (“ai de mim”), experimenta o perdão amoroso (“tua iniquidade foi tirada”), recebe o convite para trabalhar para o Senhor (“quem enviarei”) e dá uma resposta cheia de fé e obediência (“Eis-me aqui. Envia-me!”). Em resposta a sua submissão, ouve Deus lhe dizendo que todas as grandes nações do mundo (Assíria e Babilônia) seriam destruídas, mas a herança do Senhor, o seu povo, será o remanescente santo que brotará e herdará todas as promessas.
ESTANTE DO PROFESSOR
GEORGE, Jim. Um Jovem Segundo o Coração de Deus. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013.
HORA DA REVISÃO
Jotão, filho de Uzias.
Ele vê, sente, ouve, fala e é tocado pelo serafim.
Ele é humanamente inacessível e não se contamina com o pecado.
O fogo.
Que nem sempre o sucesso humano é o sucesso de Deus para os seus filhos.
SUBSÍDIO
“É na presença de Deus que os seres humanos, finitos e limitados, são: Convencidos de pecados; expurgados do pecado e chamados a ministrar. A oração de consagração feita por Isaías, seguindo-se ao ato de purificação, lançou as bases para a chamada divina que veio imediatamente após. A rendição da vontade e a purificação do coração é que permitiram a Isaías receber o comissionamento divino: ‘Vai e dize a este povo’. Era uma mensagem difícil, mas havia esperança. Deus teria um remanescente, uma santa semente.
[...] Às vezes pode parecer que Deus nos desamparou. Contudo, podemos confiar que tudo quanto Ele está fazendo coaduna-se perfeitamente com seu imutável amor. Ele nos está podando e purificando. A disciplina de Deus não anulou seu desejo e determinação de abençoar o povo de Israel, como nação. E olhe que eles também experimentaram o silêncio de Deus. Foi a uma circunstância assim que Isaías se referiu na sua última oração.
O chamado se confirma na oração, na intimidade e comunhão com Deus. As adversidades do chamado são atravessadas e enfrentadas na caminhada sincera de rendição e oração a Deus” (BRANDT, L. Robert; BICKET, J. Zenas. O Espírito nos Ajuda a Orar: Uma Teologia Bíblica da Oração. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996. pp.175-177).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS n.8
3º Trimestre de 2016
Título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim
Comentarista: Clayton Ivan Pommerening
Lição 8: Primeiras profecias messiânicas
Data: 21 de Agosto de 2016
TEXTO DO DIA
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6).
SÍNTESE
O profeta Isaías fala do Messias como uma grande luz que dissiparia as trevas.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Is 7.14
O anúncio profético da vinda do Emanuel
TERÇA — Is 9.1,2
O profeta mostra a linhagem do futuro Rei
QUARTA — Is 9.6
Os adjetivos do Messias
QUINTA — Is 53.4,5
O profeta descreve a missão do Messias
SEXTA — Is 53.11
A promessa de um Messias de justiça
SÁBADO — Is 12.6
O Messias trará alegria e júbilo
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
MOSTRAR que apesar da desobediência e castigo do povo de Deus, Ele não deixaria de praticar a justiça às nações que oprimiram os israelitas;
SABER que a vinda do Messias será acompanhada da quebra de todo jugo;
COMPREENDER que os nomes de Jesus seriam nomes divinos, assim como Ele é divino.
INTERAÇÃO
A partir do capítulo 7, Isaías começa a falar a respeito da vinda do Messias. Isso traz um tom mais ameno às profecias de castigo, repreensão e quase extermínio do povo de Deus. Explique aos alunos que apesar de Deus não tolerar o pecado e a injustiça, Ele enviou seu filho para que, por intermédio dEle, todos fossem justificados e santos. Aproveite para falar da falência humana em cumprir a lei. Fale também a respeito da provisão de Deus em Cristo para que fôssemos aceitos em amor. Cristo se doou a si mesmo na cruz para nos reconciliar com Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Escreva no quadro o seguinte título: “Os nomes do Messias”. Em seguida, escreva os nomes apresentados no tópico III: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz. Então solicite aos alunos que falem o que significa cada nome. Lembre de provocar a reflexão acerca da forma como cada nome expressa uma aplicação para saciar os nossos anseios. Que sua aula possa ser produtiva, significativa e realmente transformadora para os seus jovens.
TEXTO BÍBLICO
Isaías 9.2-4,6; 10.12,15.
Isaías 9
2 — O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra de morte resplandeceu a luz.
3 — Tu multiplicaste este povo e a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando se repartem os despojos.
4 — Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre ele, a vara que lhe feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas.
6 — Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Isaías 10
12 — Por isso, acontecerá que, havendo o Senhor acabado toda a sua obra no monte Sião e em Jerusalém, então, visitarei o fruto do arrogante coração do rei da Assíria e a pompa da altivez dos seus olhos.
15 — Porventura, gloriar-se-á o machado contra o que corta com ele? Ou presumirá a serra contra o que puxa por ela? Como se o bordão movesse aos que o levantam ou a vara levantasse o que não é um pedaço de madeira!
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Isaías é um profeta criativo e rico em suas colocações. Trabalha a questão da ameaça a Sião de forma amedrontadora, mas coloca ao lado dessas tragédias a esperança messiânica. Não fosse este último assunto estar presente, suas profecias seriam muito tristes. É o Messias que dá vida ao seu conteúdo profético e traz uma esperança que suplanta qualquer ameaça ou desobediência. Embora o povo de Israel fosse merecedor de todo o castigo de Deus por motivo de sua desobediência deliberada e claramente exposta pela rejeitada profecia de Isaías, Deus visitará a maldade do seu opressor, a Assíria. E também lhes dará um escape, por meio das qualidades divinas somente presentes no Messias encarnado, como sendo o próprio Deus. É o amor de Deus pelo seu povo que o faz enviar seu próprio filho, Jesus Cristo, como Salvador, não somente de Israel, mas de toda a humanidade.
Deus não toleraria a desobediência de seu povo, que após várias advertências preferiu continuar no erro. Ele enviou reis e nações poderosas para corrigi-los. Eles foram quase que dizimados, mas Deus teve misericórdia do remanescente (Is 1.9; 6.13; 10.19; 11.1) e destruiu as nações opressoras, trazendo, mais tarde, uma pequena parte de Israel novamente para Jerusalém prometendo-lhes o Messias. Assim, trouxe consolo ao seu povo sofredor, embora profeticamente o escape final de Israel ainda está para acontecer.
Pense!
Às vezes, algumas perdas e derrotas nos ajudam a relembrar os nossos erros e nossas decisões equivocadas. Esse processo de lembrança nos revela o lugar em que devemos retornar, a vontade de Deus.
Ponto Importante
A teologia do Messias é de conforto, esperança e restauração. O menino que nascerá é apresentado por Isaías como o novo rebento de Davi, o verdadeiro Rei e Senhor da história.
O Messias para Israel seria o grande libertador que finalmente tiraria do seu povo a vergonha de ser escravizado e subjugado por outros povos, como no caso da Assíria e Babilônia. Somente Ele teria poder para trazer libertação total e completa. Todos os demais reis frustraram a esperança do povo, mas este seria vencedor. Essa mesma importância Jesus assumiu para o povo da nova aliança, a Igreja.
Pense!
Fomos feitos para ser pessoas livres, e não escravas. Por isso, o evangelho do Messias é para libertar, transformar e livrar os homens do jugo do Maligno.
Ponto Importante
O profeta Isaías leva o povo a fixar sua esperança somente em Deus. Aceitar que somente Ele tem o verdadeiro poder de trazer a alegria, o consolo e conduzir o povo a um novo momento de sua história.
III. OS NOMES DO MESSIAS
Pense!
As principais escolhas da sua vida precisam ser estabelecidas a partir dos maravilhosos conselhos daquEle que foi chamado de Deus Forte.
Ponto Importante
Os nomes atribuídos ao Messias são o contraponto de toda a situação histórica que o povo estava vivendo nos dias do profeta Isaías. No entanto, esses nomes de Deus ainda podem ser considerados nos dias atuais da Igreja.
CONCLUSÃO
O profeta Isaías é poético ao falar da vinda do Messias. Ele aborda o assunto falando da grande luz que dissiparia as trevas, da imensa alegria, da quebra de todo jugo e lhe atribui nomes que somente cabem para Ele. Com isso, revela como Deus é compassivo e perdoador para com o desobediente arrependido. Embora o profeta utilize abundante linguagem simbólica, a realidade que a mesma aponta é concreta, real e no tempo oportuno cumprir-se-á.
ESTANTE DO PROFESSOR
DEVER, Mark. A mensagem do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008.
HORA DA REVISÃO
A Assíria.
De que jamais um instrumento poderá se gloriar contra aquele que o utiliza.
Simboliza a vida e a felicidade, por isso Deus é comparado à luz.
Que Jesus é eterno, sem começo nem fim.
Porque estabelece sua paz àqueles que hoje se entregam ao seu governo e num futuro próximo dará paz completa para toda a sociedade e todos os povos e nações da terra.
SUBSÍDIO I
“Maravilhoso Conselheiro deveria ser hifenizado. [...] Jesus foi uma maravilha pessoal. Ele foi alguém Maravilhoso que deu conselhos Maravilhosos. Isaías está expressando o atributo divino do Onisciente, mas exprimindo-o em forma verdadeiramente hebraica.
Deus Forte sugere o guerreiro divino ou o herói divino. Ele tem valor sobre-humano, não simplesmente porque o Espírito do Deus Todo-Poderoso está sobre Ele com unção, mas porque a natureza da deidade essencial habita nEle.
Pai da Eternidade é melhor entendido como Pai Eterno, ou Pai perpetuamente. Designar alguém como ‘o Pai de’ é uma maneira hebraica e arábica de dizer que Ele é propriamente a fonte da coisa designada como seu atributo.
Príncipe da Paz é um nome que indica um governo bem-sucedido com prosperidade abençoada e verdadeira. Paz pertence ao reino ideal. Mas R.B.Y. Scott está correto em sugerir ‘Príncipe Beneficente’ como um significado mais correto. O termo hebraico Shalom indica não somente uma ausência de guerra, mas uma condição de bem-estar rica, harmoniosa e positiva” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 4: Isaías e Daniel. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2005. p.51).
SUBSÍDIO II
“Emanuel (7.14)
O nome significa ‘Deus conosco’. Mas a comum e enfática posição das palavras compondo o nome mostra que devia ser entendido como ‘Conosco está Deus!’. Assim, o nome Emanuel capta a admiração e maravilha da encarnação e o inimaginável fato de que o Deus do Universo entrou na corrente do tempo para tornar-se um conosco.
Nascimento virginal (7.14). A palavra hebraica traduzida por virgem significa ‘jovem mulher em idade casadora’. O ideal hebraico de casamento faz uma tradução como ‘virgem’ igualmente. Entretanto, a intenção é absolutamente clara em Mateus 1.23 que cita Isaías e usa palavra grega, parthenos que inequivocadamente significa ‘virgem’. De fato, o conceito de nascimento viriginal é um fundamento básico do cristianismo bíblico” (RICHARS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.415).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS n.9
3º Trimestre de 2016
Título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim
Comentarista: Clayton Ivan Pommerening
Lição 9: O sinal do Emanuel
Data: 28 de Agosto de2016
TEXTO DO DIA
“E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35).
SÍNTESE
O Emanuel, Deus conosco, é a maior prova de amor e cuidado de Deus para com seus filhos.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Is 7.11-13
Deus conversa com o rei Acaz
TERÇA — 2Cr 28.22-25
Os pecados do rei Acaz
QUARTA — Is 7.3-7
O contexto antes da promessa messiânica
QUINTA — Is 61.1-3
O Emanuel vai apregoar libertação
SEXTA — Is 7.14,15
A promessa do Emanuel
SÁBADO — Mt 28.20
O Deus Emanuel estará com a Igreja
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
COMPREENDER o contexto da profecia messiânica;
ENTENDER o significado do sinal do Emanuel;
ACREDITAR que Cristo está para sempre com seu povo.
INTERAÇÃO
Alguns alunos poderão confundir dois países chamados Síria (também chamada de Arã), cuja capital era Damasco, e a Assíria, cuja capital era Nínive. Explique que o primeiro se refere a um país próximo ao norte de Israel que nunca chegou a ser uma grande nação. A Assíria tornou-se um império mundial e conquistou Israel (o Reino do Norte), levando-o para o cativeiro. Outro fato a destacar é que Acaz oferecia sacrifícios aos deuses falsos da Síria porque erroneamente achou que estes supostamente estavam livrando aquele país. Mas nessa profecia de Isaías, o rei é alertado para o fato de que a Síria também cairia por intermédio do Império Assírio, assim como todos os demais países idólatras seriam castigados.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, o nome Emanuel está carregado de significado e implicações teológicas. Nesta lição, ao abordar os tópicos II e III, enfatize o sentido que o nome Emanuel deve ter na vida do cristão. Escreva no quadro a seguinte pergunta: “De que forma Deus está conosco?”. Em seguida, vá registrando no quadro as respostas dadas pelos alunos. Depois faça mais uma pergunta: “Que reflexos a presença de Deus deve ter na vida do jovem crente?”. Ressalte que o fato de Deus estar conosco deve refletir em nosso dia a dia, em nossas ações e pensar.
TEXTO BÍBLICO
Isaías 7.10-16.
10 — E continuou o Senhor a falar com Acaz, dizendo:
11 — Pede para ti ao Senhor, teu Deus, um sinal; pede-o ou embaixo nas profundezas ou em cima nas alturas.
12 — Acaz, porém, disse: Não o pedirei, nem tentarei ao Senhor.
13 — Então, ele disse: Ouvi, agora, ó casa de Davi! Pouco vos é afadigardes os homens, senão que ainda afadigareis também ao meu Deus?
14 — Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.
15 — Manteiga e mel comerá, até que ele saiba rejeitar o mal e escolher o bem.
16 — Na verdade, antes que este menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra de que te enfadas será desamparada dos seus dois reis.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Uma das mais belas profecias de Isaías é a que ele aponta para o maior gesto de amor de Deus para com a humanidade: a vinda de Cristo ao mundo, o Emanuel, o “Deus conosco”. A profecia foi dada diante de um rei idólatra e desobediente, cujo povo seguia esse mesmo caminho, mostrando com isso que o amor de Deus transcende qualquer maldade e desobediência humana, levando-os a um lugar de arrependimento e cura de suas maldades e pecados. Ou seja, Deus em Cristo estava provendo meios de aproximar os pecadores a si, dando-se a si mesmo ao mundo, mesmo este não merecendo um gesto de tamanha graça. O Emanuel é aquEle que está perto e habita com os “que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito” (Sl 34.18), dando-lhes todas as promessas que dizem respeito aos escolhidos de Deus e a vida abundante, pois são cumpridas por meio de Cristo (2Co 1.20) e de seu sacrifício na cruz.
Pense!
Às vezes, o medo gera em nós uma sensação de desamparo total. É nessas horas que o Deus Emanuel se torna manifesto. Ele nunca desampara os seus filhos durante as situações de angústia ou adversidades profundas.
Ponto Importante
Além da profecia messiânica do Emanuel que se cumpriria em Cristo, havia nessa profecia de Isaías um sentido imediato, um livramento que Deus estava dando para o povo naquele momento da história.
Pense!
Deus assumiu a condição humana e por isso podemos extrair dois princípios fundamentais: Ele valorizou a humanidade e ensinou o que é ser verdadeiramente humano segundo a sua vontade.
Ponto Importante
Emanuel, no hebraico, é a junção de dois termos — immánu, que significa “conosco” , e El, que significa “Deus” ou “Senhor”, literalmente “conosco [está] Deus”.
III. DEUS ETERNAMENTE CONOSCO
Pense!
Se Deus é presente conosco, isso implica que devemos ser imitadores de seu caráter. Devemos também ser uma igreja de jovens que estão uns com os outros. Emanuel também significa comunhão.
Ponto Importante
A teologia do Emanuel pode ser entendida de três formas básicas: Ele esteve com o povo de Israel, Ele está com a Igreja ao longo da história, e por fim Ele estará plenamente com todos os redimidos e salvos no Novo Céu e na Nova Terra.
CONCLUSÃO
O nascimento de Jesus traz consigo todo o cumprimento das profecias messiânicas, desde os livros de Gênesis até Zacarias, em número de mais de trezentas delas. Portanto, o Emanuel traz uma carga divina tão grande que alcançou seu cumprimento salvífico em Israel e em toda a humanidade carente de Deus. Mas a maior garantia de sua vinda ao mundo é que Ele continua conosco e estará por toda a eternidade, quando seremos levados para junto dEle.
ESTANTE DO PROFESSOR
SPANGLER, Ann. Orando com os Nomes de Deus. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2014.
HORA DA REVISÃO
Israel (reino do Norte) e a Síria.
Porque não confiava em Deus e estava tomado de incredulidade.
Que uma virgem daria à luz um menino.
Deus conosco.
“Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.
SUBSÍDIO
“O profeta aconselhou Acaz a buscar um sinal de Yahweh [...], mas o rei já havia determinado no coração buscar socorro com o rei da Assíria. Isaías então profetizou que uma virgem conceberia, e o seu filho seria chamado de Emanuel. Este seria o sinal da misericórdia de Deus, a despeito de toda a incredulidade de Acaz. Na providência de Deus, aquEle Filho, no sentido messiânico, era Jesus de Nazaré. Mas o sinal específico para Acaz e sua corte era uma criança, não identificada, que nasceria de uma jovem mulher conhecida do rei. Antes que a criança alcançasse a idade de discernir entre o bem e o mal, Rezim e Peca perderiam os seus tronos, e Acaz começaria a sofrer a depredação de seu aliado assírio. Damasco caiu em 732 e Rezim, seu rei, foi sumariamente executado. Quase simultaneamente, Peca foi assassinado, e em seu lugar levantou-se o rei Oseias, um aliado dos Assírios. Assim, o cumprimento da palavra profética ocorreu dentro de dois anos. Sete anos mais tarde, Salmaneser V finalmente tomou a cidade de Samaria, causando também espanto e terror ao reino de Acaz. Não foi senão no reinado de Ezequias, cerca de dez anos depois, que a Assíria iniciou suas campanhas sistemáticas contra Judá e quase eliminou o reino do Sul” (MERRILL, H. Eugene. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 12ª Edição. RJ: CPAD, 2013. p.451).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS n.10
3º Trimestre de 2016
Título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim
Comentarista: Clayton Ivan Pommerening
Lição 10: O Messias Davídico e seu reino
Data: 4 de Setembro de 2016
TEXTO DO DIA
“Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai” (Lc 1.32).
SÍNTESE
O reino messiânico será pleno de paz, alegria, justiça e amor.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Is 11.1,2
A promessa do Rebento de Jessé
TERÇA — Is 11.3-5
O Messias é justo
QUARTA — Is 11.6-9
O Messias trará paz e harmonia
QUINTA — Is 12.6
O Messias será motivo de alegria
SEXTA — Ap 21.4
O Messias acabará com o sofrimento
SÁBADO — Is 66.12,13
O reinado do Messias será pleno
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
MOSTRAR quem é o Messias e como será o seu Reino;
SABER como e por que se dará a futura restauração de Israel e da humanidade que crê em Jesus;
DISCUTIR as condições e abrangências nas quais os crentes fazem parte do Reino de Deus.
INTERAÇÃO
O reino messiânico não abrange apenas o remanescente de Israel, nem se restringe política e geograficamente a uma determinada região. Ele é a manifestação do amor, justiça, misericórdia, paz e alegria de Deus para toda a humanidade. Será o tempo em que cessará toda dor e angústia humana, um tempo que ainda chegará. Porém, ao mesmo tempo, trata-se da manifestação imediata desse Reino no coração de todos aqueles que se permitem ser guiados pelo Espírito de Deus. Além dessas características do Reino, uma de suas melhores manifestações é que Deus graciosamente se relaciona com os seus filhos em amor e comunhão plena.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, o item III, “Os crentes e o Reino”, é apresentado com diversas características e ampla implicação na Igreja e na vida dos cristãos. Para melhor compreender como funciona essa questão, sugerimos que você providencie uma série de figuras de revistas ou ainda figuras impressas a partir da internet, mostrando cenas do cotidiano de pessoas em situações mais diversas possíveis. A partir dessas figuras, faça uma tabela com duas colunas. Na primeira coluna escreva “Reino de Deus”, na segunda “O mundo sem Deus”. A partir daí, sugerimos que sejam fixadas as imagens em uma das colunas conforme elas forem ilustrando uma ou outra realidade. Finalmente, comente o resultado.
TEXTO BÍBLICO
Isaías 11.2-5,10.
2 — E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.
3 — E deleitar-se-á no temor do Senhor e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos;
4 — mas julgará com justiça os pobres, e repreenderá com equidade os mansos da terra, e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio.
5 — E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins.
10 — E acontecerá, naquele dia, que as nações perguntarão pela raiz de Jessé, posta por pendão dos povos, e o lugar do seu repouso será glorioso.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje veremos que Isaías tem em vista a dinastia de Davi prevendo a vinda do Messias (Cristo) como o Rei. Segundo o profeta, o Messias surgiria da linhagem de Jessé para a salvação de Israel. Ele seria o ápice dos reis do pacto davídico e o surgimento do majestoso Reino de Deus e a futura glória desse Reino.
Pense!
As qualidades do Messias nos levam a ter certeza de que sua glória, força e poder vão além de qualquer força humana.
Ponto Importante
Para o profeta Isaías, o Messias não terá apenas o conhecimento para garantir a justiça social, mas também terá a força para colocar em vigor o que Ele sabe estar correto.
Pense!
Deus sempre nos anima em meio aos momentos difíceis trazendo suas promessas e restauração.
Ponto Importante
A restauração de Israel também implica a restauração da Igreja.
III. OS CRENTES E O REINO
Pense!
O reinado de Deus precisa iniciar em nossas vidas, em nossos corações, em nossos lares e em nossas igrejas.
Ponto Importante
O Reino messiânico foi profetizado e esperado pelos judeus, no entanto, não faz parte da dimensão material e objetiva como eles esperavam.
CONCLUSÃO
Promover o Reino de Deus em um mundo onde prevalece a falta de amor, a ingratidão e a desonestidade se torna tarefa crucial para os cristãos, pois é Deus que por meio do Espírito Santo cultiva no ser humano qualidades espirituais que caracterizam um homem espiritual. Quando o Reino de Deus passa a habitar o coração do homem, o mesmo conhece a verdadeira vida e desfruta intensamente de sua posição em Cristo.
ESTANTE DO PROFESSOR
ZUCK, B. Roy. Teologia do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2014.
HORA DA REVISÃO
Sobre Ele repousaria o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.
Que todos os povos da terra seriam abençoados através dele.
Os israelitas e todos os que foram salvos em Cristo Jesus.
Um tempo de verdadeira paz e harmonia entre os povos e nações, que reflete nas relações de justiça entre os homens.
Será um Reino de justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
SUBSÍDIO I
“O Messias é chamado de Rebento e Renovo. Estas palavras significam um pequeno e tenro broto que se rompe com facilidade. Quando a família real fosse cortada, e quase nivelada ao solo, iria brotar novamente. A casa de Davi estava completamente decaída na época do nascimento de Cristo. O Messias deu assim uma notícia antecipada de que o seu Reino não era deste mundo. Porém, o Espírito Santo, com todos os seus dons e graças, repousa e permanece nEle (Cl 1.29; 2.9).
O Messias seria justo e reto em todo o seu reinado. [...] O Evangelho muda a natureza e faz com que os mesmos que pisoteavam os mansos da terra sejam amáveis e mansos para com eles. Porém isso será mais plenamente mostrado nos últimos dias. Também Cristo, o grande Pastor, cuidará do seu rebanho para que a natureza dos problemas e da própria morte seja transformada e não façam nenhum dano real. O povo de Deus será liberto não somente do mal, mas também do temor do mal. Enquanto isto, façamos com que o nosso exemplo e esforço possam ajudar o progresso da honra de Cristo e de seu reino de paz” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002. p.569).
SUBSÍDIO II
“Isaías 10.1-4 faz parte de Isaías 9 e define a base pela qual o julgamento de Israel fora decretado. Deus então declara que julgará a Assíria, que excedeu em sua tarefa, destruindo Israel em vez de discipliná-lo (vv.5-19). Mesmo assim, um remanescente permanece e Deus livrará os sobreviventes. O discorrer da passagem agora nos mostra a mensagem principal desses capítulos. Um dia virá, quando os reinos do homem serão suplantados pelos reinados de Deus. O Messias de Deus, guiado e impulsionado pelo Espírito de Deus, julgará a Terra, estabelecerá a justiça e até mesmo trará paz à própria natureza. Naquele dia, todas as nações do mundo se submeterão ao Senhor, e Deus levará seu povo escolhido de volta à sua terra natal. Naquele dia, todo Israel louvará a Deus pela salvação e o fará conhecido a todo o mundo” (RICHARS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.418).
fonte www.mauricioberwald.com
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS
3º Trimestre de 2016
Título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim
Comentarista: Clayton Ivan Pommerening
Lição 11: Profecias da consumação da história
Data: 11 de Setembro de 2016
TEXTO DO DIA
“Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2Pe 3.13).
SÍNTESE
Deus sempre esteve no controle de tudo. O fim da história será a prova disso.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Is 24.1,2
A consumação das coisas
TERÇA — Is 24.21-23
A justiça final será feita
QUARTA — Is 25.6-9
O profeta anuncia a restauração final de Israel
QUINTA — Is 26.1-6
O povo confiará plenamente em Deus
SEXTA — Is 27.1; Ap 20.1,2
Deus destruirá de uma vez por todas o mal
SÁBADO — Is 27.12,13
Deus reunirá seu povo junto de si
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
MOSTRAR como será o julgamento dos maus e a salvação dos justos;
COMPREENDER que Cristo está no centro da história humana;
DISCUTIR a respeito do fim da história humana e o novo começo em Deus.
INTERAÇÃO
O Salmo 46 fala a respeito da soberania de Deus sobre todo o universo. Ele tem o domínio de todas as coisas e nada acontece sem sua permissão. É um convite à confiança em tempos de angústia e uma mensagem de esperança de que aquilo que Deus faz é agradável, perfeito e bom. Você poderá, ao final da lição, ler esse Salmo com seus alunos. Ressalte que, apesar das situações difíceis que o mundo tem enfrentado, Deus está e estará no controle de todas as coisas. Seus filhos podem confiar plenamente em seu cuidado e amor.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
A lição desta semana fala a respeito das profecias de consumação da história. Eis um tema que desperta curiosidade e muita preocupação por parte de todos. Ao fazer essa abordagem, sugerimos que você leve para a sala de aula o trailer de um filme que fale a respeito do fim dos tempos. Diversos filmes podem ser encontrados no Youtube como, por exemplo, “Deixados para trás” (2000) e “O apocalipse” (2014). A partir do estudo desta lição e da análise desses trailers, promova um debate acerca da consumação dos tempos. Um bom debate e uma boa reflexão.
TEXTO BÍBLICO
Isaías 24.4-6.
4 — A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra.
5 — Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna.
6 — Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam nela serão desolados; por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Os capítulos 24 a 27 do livro de Isaías apresentam profecias que apontam para o final da história. São textos complexos e de difícil interpretação. Profecias de castigo aos israelitas e promessa final de livramento e salvação. Reúnem profecias, cânticos (26.1-6; 27.2-5) e orações (25.1-5; 26.7-19). Estão divididos entre julgamentos dos maus e salvação e promessas de livramento para o povo de Deus. Nenhum desses textos (Is 24.1-27.13) fala do Messias, todavia precisam ser interpretados sob a perspectiva de que somente será possível a redenção do povo de Deus na consumação da história, mediante a obra do Messias consumada na cruz. Aqueles que rejeitarem o Messias, que não aceitarem a redenção gratuitamente proposta e oferecida por Deus, sofrerão a condenação eterna. A condenação será a eterna separação de Deus, o autor da vida, e estes padecerão com Satanás, no lago de fogo e enxofre.
Pense!
O julgamento será uma realidade concreta para a humanidade.
Ponto Importante
Esse período de julgamento se refere ao Juízo Final, na consumação de todas as coisas.
Pense!
Se Cristo é o centro da história, Ele precisa ser o centro de nossas histórias pessoais.
Ponto Importante
Para a fé cristã, Jesus Cristo é o verbo que origina a história, se encarna na história para redimir a história e no final Ele há de encerrar a história. Cristo é o centro e o fim da história.
III. O FIM DA HISTÓRIA
Pense!
A melhor coisa na restauração final da história não será o Novo Céu e a Nova Terra, mas sim a presença eterna e sublime de Deus.
Ponto Importante
Deus está acima da história, Ele é um ser a-histórico, pois é eterno.
CONCLUSÃO
O fim da história será a prova de que Ele sempre esteve no controle de todas as coisas e aqueles que confiaram nEle entrarão para o descanso eterno, preparado desde a fundação do mundo (Mt 25.34).
ESTANTE DO PROFESSOR
Teologia Sistemática Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008.
HORA DA REVISÃO
Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei e louvarei o teu nome, porque fizeste maravilhas; os teus conselhos antigos são verdade e firmeza.
O milênio.
Serão mil anos de paz do governo mundial em que Cristo será o rei.
Toda a história da humanidade tem Cristo como seu precursor (Jo 1.1), seu executor (Mt 28.18; Cl 1.17) e o seu fim (Fp 3.21).
O perfeito amor de Deus.
SUBSÍDIO I
“Estudiosos bíblicos discutem se esses capítulos (24.1-27.13) contêm profecias ou se eles apresentam um teor apocalíptico. Às vezes é difícil distinguir entre os dois. A profecia geralmente prediz um futuro definido. Informações apocalípticas dirigem a mente de forma mais abstrata e simbólica em direção ao futuro, em contraste com o presente. Como o material apocalíptico é geralmente repleto de visões, figuras simbólicas e nomes, ele pode ser compreendido mais corretamente como uma expressão de fé do autor e sua filosofia da história. O estudante dos textos apocalípticos deve aprender a não interpretar literalmente todo simbolismo que encontra.
[...] Alguns dos temas apocalípticos com os quais Isaías trabalha são: o julgamento de Deus por causa do pecado e dos pecadores; tribulações como guerra, fome e pestilência; convulsões geológicas; desordens astronômicas; guerra moral no reino espiritual; o triunfo final do programa divino; o banquete escatológico em honra à vitória divina; a alienação da morte; a ressurreição dos justos; a dor aguda de uma nova era” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 4: Isaías e Daniel. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2005, pp.79-80)
SUBSÍDIO II
“O Reino e a Vinda do Filho do Homem (Lc 17.20-30)
O Jesus inspirado pelo Espírito fala profeticamente sobre a vinda do Reino de Deus, incluindo sua própria vinda e o julgamento final. Lucas registra dois dos maiores discursos de Jesus sobre os acontecimentos do tempo do fim (Lc 17. 20-37). O Reino, o governo de Deus, é uma realidade presente. A vida e ministério de Jesus declaram de modo veemente e novo a presença do reinado régio de Deus. Mas a vinda desse Reino também é um acontecimento futuro. Jesus se refere a ambos os lados do reinado soberano de Deus aqui. Nos versículos 20 e 21, em resposta a uma pergunta feita pelos fariseus, Ele explica a natureza futura do Reino. Depois, nos versículos 22 a 37, Ele explica aos discípulos a futura vinda do Reino.
Alguns fariseus perguntaram a Jesus quando Deus vai estabelecer o seu Reino na terra. Não há que duvidar que eles ficaram impressionados com os dons proféticos de Jesus, então agora eles desejam saber o momento quando Deus começará a exercer seu governo sobre a humanidade. Eles querem um horário e presumem que sinais visíveis precederão a vinda do Reino. Jesus explica que o Reino de Deus é distinto dos reinos com os quais os fariseus estão familiarizados. Sua vinda não corresponderá com sinais visíveis para que ninguém possa predizer o tempo exato de sua chegada. As pessoas entendem mal o caráter do Reino de Deus, quando dizem ‘Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali!’. Tais predições são arrogantes e mostram-se falsas e decepcionantes a pessoas persuadidas por elas (cf. At 1.6,7)” (Comentário Bíblico Pentecostal. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.432).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS
3º Trimestre de 2016
Título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim
Comentarista: Clayton Ivan Pommerening
Lição 12: Profecias de salvação e esperança
Data: 18 de Setembro de 2016
TEXTO DO DIA
“Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram” (Hb 4.2).
SÍNTESE
Isaías anuncia boas notícias ao povo, profetizando que o tempo de sofrimento estava chegando ao fim, que o castigo divino estava para terminar, e bênçãos e salvação estavam a caminho.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Is 40.1,2
Deus anuncia o perdão dos pecados de Israel
TERÇA — Is 40.10,11
Deus promete pastorear seu povo
QUARTA — Is 40.29-31
Deus irá renovar as forças de seu povo
QUINTA — Is 41.14,15
Deus convida o povo a não temer
SEXTA — Is 66.10-12
A restauração final do povo
SÁBADO — Is 43.1-13
A salvação de Deus não será impedida por poder algum
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
COMPREENDER por que Isaías é chamado de profeta evangelista;
SABER o que significa Boas-Novas na profecia de Isaías;
RELATAR a respeito da esperança dada por Deus em Cristo.
INTERAÇÃO
O Salmo 137 foi escrito enquanto o povo de Deus estava no cativeiro babilônico. Ele retrata o sofrimento bem como a imensa saudade e desejo de estarem em Jerusalém no Templo, cantarem as suas canções e oferecerem culto ao Deus verdadeiro. Agora o povo de Deus estava diante dos deuses falsos e não tinha graça alguma cantarem para seus algozes. Você, professor, poderá explorar esse salmo com seus alunos. Destaque o sofrimento do povo e o desejo de voltarem para Jerusalém a fim de cultuarem a Deus. Você também poderá conversar com eles a respeito de Jeremias 29, que é um lembrete ao povo do motivo de estarem no cativeiro e um incentivo a se estabelecerem naquele lugar, pois ficariam um bom tempo por lá até Deus os libertar.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, nessa lição nossa conversa é acerca das profecias de salvação e esperança. Uma questão relevante é em relação às Boas-Novas. A lição apresenta o Evangelho como um estilo de vida.
Juntamente com seus alunos, elabore dois painéis. O primeiro intitule: “Cultura gospel”. O segundo, “O Evangelho como estilo de vida”. A partir daí, juntamente com os jovens, relacione e registre quais são as características da cultura gospel. Depois aponte as características do viver o Evangelho realmente como estilo de vida. Leve os alunos a refletirem a respeito da diferença entre esses dois estilos de vida. Incentive-os a buscarem viver o que é o Evangelho, seguindo o exemplo de Cristo em todos os momentos.
TEXTO BÍBLICO
Isaías 40.3,4,8,9,11.
3 — Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.
4 — Todo vale será exaltado, e todo monte e todo outeiro serão abatidos; e o que está torcido se endireitará, e o que é áspero se aplainará.
8 — Seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente.
9 — Tu, anunciador de boas-novas a Sião, sobe a um monte alto. Tu, anunciador de boas-novas a Jerusalém, levanta a voz fortemente; levanta-a, não temas e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus.
11 — Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os braços, recolherá os cordeirinhos e os levará no seu regaço; as que amamentam, ele as guiará mansamente.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
As profecias de Isaías que dizem respeito a salvação e esperança se referem a dois períodos basicamente. O primeiro é o do cativeiro babilônico que logo aconteceria, e o povo precisava ter esperança em Deus naquele lugar de sofrimentos. Alguns deles serviriam no palácio real, como Daniel e seus amigos, mas muitos seriam escravos maltratados e fariam trabalhos desprezíveis. Assim o profeta os anima com suas palavras, preparando-os para esse tempo. O segundo é o período em que eles voltariam do cativeiro. Porém, dadas as condições precárias da longa viagem, em boa parte pelo deserto, bem como a própria situação de Jerusalém devastada, era preciso palavras de encorajamento para que o remanescente não desfalecesse. No entanto, todas essas profecias de Isaías têm um horizonte muito maior, que é a salvação que Deus daria ao povo por meio de Cristo. Por isso, o profeta é chamado de anunciador de Boas-Novas, pois ele prevê que Deus traria grande salvação ao seu povo.
Pense!
Tal como o profeta Isaías, somos desafiados por Deus a sermos jovens que anunciam as Boas-Novas de seu Reino.
Ponto Importante
O conceito de “Boas-Novas” vem da palavra hebraica “basar”, que no grego é “euangelizo”, de onde provém a palavra “evangelho”. A palavra evangelho é diretamente ligada ao Novo Testamento, mas sua essência já vem desde o Antigo Testamento.
Pense!
A mensagem do Evangelho tem poder para transformar famílias, bairros, municípios, cidades e Estados. Seus agentes somos nós (jovens), por isso podemos iniciar anunciando as Boas-Novas nos lugares em que estamos inseridos.
Ponto Importante
O estilo de vida proposto pelo Evangelho é diferente da cultura gospel impregnada em nosso país. É um estilo de vida que imita Jesus em todas as coisas.
III. SALVAÇÃO E ESPERANÇA
Pense!
O Espírito de Deus é a força que ajuda o cristão a passar os diversos cativeiros dessa caminhada humana.
Ponto Importante
Deus ampara seu povo no cativeiro, o livra, restaura sua identidade e história. Esse é o agir pleno de Deus.
CONCLUSÃO
O profeta anuncia ao povo que o tempo de sofrimento está chegando ao fim, que o castigo divino estava para terminar e bênçãos e salvação estavam a caminho. Elas enfatizam o livramento, a redenção e a glória do povo de Deus.
ESTANTE DO PROFESSOR
BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2005.
HORA DA REVISÃO
Para o tempo de cativeiro, para a jornada de volta a Jerusalém e para o tempo em que Deus salvaria o mundo através de seu Filho.
Significa “Evangelho”.
A pessoa de Jesus Cristo e sua obra salvadora.
Tomar cada dia a sua cruz e seguir Jesus, e dizer sim para a vida abundante, para a alegria e obediência a Deus.
Deus derramaria água e onde houvesse uma terra seca Ele transformaria em rios, prevendo que seu Espírito seria abundante.
SUBSÍDIO
“Os versículos 3 a 8 contêm o diálogo entre Jesus e seus irmãos. Eles falam pela primeira vez nos versículos 3 e 4, onde exortam Jesus a ir a Jerusalém para a Festa dos Tabernáculos — ocasião apropriada para Ele ir publicamente com suas declarações messiânicas, as quais, julgam, devem ser divulgadas de maneira ousada: ‘Para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes’. Implícito está a noção de que esta é a maneira de angariar seguidores — fazer sinais. Eles concluem no versículo 4 com a exortação de Ele se manifestar ao mundo.
O modo como os irmãos de Jesus falam claramente os coloca na categoria dos incrédulos. Jesus se distingue ainda mais dos seus irmãos. Seus irmãos foram vistos pela última vez em João 2.12. Jesus não confiava neles, e também não confia agora. Nestes pequenos parágrafos, estes irmãos desempenham papel importante e tornam-se antagonistas de Jesus, aparecendo duas vezes (vv.3,10). Eles estão com o mundo (que o odeia) em seu pecado e incapacidade de conhecer as coisas espirituais. Mais tarde, em João 20.17. Jesus envia uma mensagem a seus irmãos acerca de ir para o Pai, muito provavelmente a fim de encorajá-los a crer” (Comentário Bíblico Pentecostal. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004. pp.528-529).
LIÇÕES BÍBLICAS CPADJOVENS
3º Trimestre de 2016
Título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim
Comentarista: Clayton Ivan Pommerening
Lição 13: As promessas a respeito do Messias como Servo Sofredor
Data: 25 de Setembro de 2016
TEXTO DO DIA
“Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados” (1Pe 2.24).
SÍNTESE
Isaías expõe todo o sofrimento de Cristo pela humanidade. O sofrimento de Jesus destruiu o poder que o pecado tinha sobre o homem.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Is 49.1-3
O Servo do Senhor é a luz dos gentios
TERÇA — Is 50.4,5
O Servo Sofredor ouve a voz de Deus
QUARTA — Is 53.6
O Servo Sofredor assumiu os pecados do povo
QUINTA — Is 53.9
O Servo Sofredor é exemplo de retidão
SEXTA — Is 55.1
O Servo Sofredor dará vida eterna
SÁBADO — Is 53.12
O Servo Sofredor anulou a condenação merecida
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
DESCREVER as qualidades do Servo Sofredor;
SABER que Jesus levou sobre si o pecado de toda a humanidade;
COMPREENDER que o sofrimento de Cristo é a garantia da cura completa do homem.
INTERAÇÃO
O protagonista da obra da redenção, o Servo Sofredor, será desprezado segundo o julgamento do mundo e até por seu próprio povo, bem como pelos orgulhosos governantes. No entanto, isso não mudará os fatos. Ele continuará sendo o escolhido, e reis e príncipes verão sua glória e se prostrarão em reverência reconhecendo sua majestade. Essas são promessas que se cumprirão de forma universal. A rejeição do mundo à mensagem do Evangelho não deve significar um desestimulo para o cristão, pois o desprezo não vai mudar em nada a eficácia dos propósitos de Deus. Ele continua sendo a única fonte de salvação e vida, e cabe a nós conduzir essa luz de forma que ela, com ou sem rejeição, brilhe cada vez mais.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, chegamos ao final de mais um trimestre. Para concluir este estudo, sugerimos a realização de um fórum. Divida a classe de modo que cada grupo receba um tópico da lição para uma breve abordagem. Esse tipo de atividade também é uma possibilidade de avaliação acerca do desenvolvimento da classe ao longo do trimestre e o quanto os temas estudados impactaram e estão impactando a vida de cada um. Agradecemos a sua companhia ao longo desta jornada e desejamos cada vez mais que possamos caminhar e prosseguir caminhando no serviço do Mestre amado.
TEXTO BÍBLICO
Isaías 53.3-7,9.
3 — Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
4 — Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
5 — Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.
6 — Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
7 — Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.
9 — E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte; porquanto nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
O contexto das profecias que estudaremos na lição de hoje referem-se especialmente ao Messias, ao Cristo enviado de Deus para salvar a nação de Israel e o mundo perdido. Essas profecias de Isaías estão divididas em quatro cânticos, todos fazendo menção ao Servo: 42.1-9; 49.1-7; 50.4-9; 52.13-53.12.
Pense!
Cristo deve ser o modelo para a nossa caminhada de vida cristã.
Ponto Importante
As características do Servo Sofredor tipificam Cristo manifesto no Novo Testamento. O Servo Sofredor carrega consigo a manifestação da misericórdia, justificação e restauração de Deus à humanidade inteira.
Pense!
Cristo manifestou tão abundante graça a nosso favor que nada pode mais servir de condenação para nossas vidas, se estamos em Cristo.
Ponto Importante
O Servo Sofredor revela a grandeza de Deus. Mediante a impossibilidade de o humano curar-se a si mesmo do pecado, Deus providencia o Servo Sofredor para curar a humanidade de suas dores resultantes do pecado.
III. SEU SOFRIMENTO, NOSSA CURA
Pense!
O sofrimento de Cristo a nosso favor justifica uma resposta positiva de nossa parte diante de sua convocação à vida eterna.
Ponto Importante
O profeta Isaías quer mostrar ao povo que todo o sofrimento será carregado pelo Servo Sofredor a fim de livrar o povo da terrível dor de ter pecado contra Deus.
CONCLUSÃO
Cristo sofreu toda a dor que a humanidade deveria sofrer por causa do pecado, mas, ao experimentar a totalidade desse sofrimento, o Messias destruiu o poder que o pecado tinha sobre o homem e reconduziu todas as pessoas novamente a Deus. É imensurável e extraordinário o alcance dos sofrimentos e da morte do Servo Sofredor. Essa é a garantia de nossa cura, transformação, libertação, salvação e de que um dia estaremos para sempre com Ele.
ESTANTE DO PROFESSOR
CONDE, Emílio Tesouro de Conhecimentos Bíblicos: Enciclopédia de Assuntos Bíblicos. RJ: CPAD, 2000.
HORA DA REVISÃO
Os quatro cânticos do Servo estão em Is 42.1-9; 49.1-7; 50.4-9; 52.13-53.12.
É o Messias, o Cristo enviado de Deus para salvar a humanidade.
Significa libertação da prisão do pecado e da escuridão espiritual.
Para curar todas as enfermidades e doenças do corpo, mas especialmente as feridas da alma humana.
Para reconciliar todos em todo o mundo com Deus e assim providenciar uma tão grande salvação.
SUBSÍDIO I
“A vil condição a que se submeteu e a sua manifestação ao mundo não concordam com as ideias messiânicas que os judeus tinham formado. Esperava-se que Ele viesse com pompa; ao invés disto, cresceu como uma planta, silenciosa e inadvertidamente. Ele nada tinha de glória que alguém houvesse pensado encontrar nEle. Toda sua vida foi extremamente humilde e penosa. Feito pecado por nós, viveu a sentença peta qual expôs o pecado. Os corações carnais não contemplam nada que o interesse no Senhor.
(...) Os nossos pecados foram os espinhos na cabeça de Cristo, os cravos em suas mãos e pés, a lança que o feriu. Foi entregue à morte por nossas ofensas. Por seus sofrimentos adquiriu para nós o Espírito e a graça de Deus para mortificar as nossas corrupções, que sãs as enfermidades de nossa alma.
(...) Lembremo-nos de nossa longa lista de transgressões e consideremos-lhe sofrendo sob o peso de nossa culpa. Aqui se lança um fundamento firme sobre o qual o pecador temeroso pode descansar a sua alma. Nós somos a aquisição de seu sangue, e as obras de valor de sua graça; por isso Ele intercede continuamente, e prevalece destruindo as obras do Diabo” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002. pp.599-600).
SUBSÍDIO II
“O servo do Senhor (Is 42.1)
Essa frase tem grande significado em Isaías. Frequentemente refere-se a Israel (cf. Is 41.8-10). Porém, o servo Israel falhou em completar sua missão para Deus. Como resultado, Deus deve enviar outro Servo, o Messias. Ele será autorizado por Deus e será a chave que abrirá as cadeias dos cativos (Is 42.1-9). Ele falará às nações e demonstrará o esplendor de Deus.
Deus o guardará, apesar da sua missão requerer sofrimento. Apesar de rejeitado pelos homens, o Servo está destinado a ser exaltado. O que se segue é uma atordoante predição onde, literalmente, é retratada a crucificação de Jesus em detalhes. Através da morte, o Servo completará as finalidades de Deus e, então, Ele mesmo será elevado à glória. Esses cânticos do servo não somente demonstram Cristo em sua essencial beleza, mas também servem para modelar a natureza de todo o serviço. Qualquer que serve a Deus deve ter o desejo de assim fazer; permanecer humilde ante os outros e dependente do Senhor; estar comprometido em ganhar a liberdade de outros presos do pecado” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.432).
fonte www.mauricioberwald.com