LIÇÕES CPAD VENCENDO AS AFLIÇÕES 3 TRIM-2012
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 1: No mundo tereis aflições
Data: 1º de Julho de 2012
TEXTO ÁUREO
“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”(Jo 16.33).
VERDADE PRÁTICA
Mesmo sofrendo as consequências da queda, sabemos que Deus está no controle de todas as coisas.
HINOS SUGERIDOS
203, 228, 302.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 16.33
No mundo teremos aflições
Terça - Rm 8.22
O sofrimento da criação
Quarta - Mt 9.32
Sofrimentos de ordem espiritual
Quinta - Gn 3.16-19; Rm 5.12
Sofrimentos de ordem pecaminosa
Sexta - Gn 6.1-12
A corrupção do gênero humano
Sábado - 1 Co 15.35-58
Esperamos a plena glorificação
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 16.20,21,25-33.
20 - Na verdade, na verdade vos digo que vós chorastes e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
21 - A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já se não lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo.
25 - Disse-vos isso por parábolas; chega, porém, a hora em que vos não falarei mais por parábolas, mas abertamente vos falarei acerca do Pai.
26 - Naquele dia, pedireis em meu nome, e não vos digo que eu rogarei por vós ao Pai,
27 - pois o mesmo Pai vos ama, visto como vós me amastes e crestes que saí de Deus.
28 - Saí do Pai e vim ao mundo; outra vez, deixo o mundo e vou para o Pai.
29 - Disseram-lhe os seus discípulos: Eis que, agora, falas abertamente e não dizes parábola alguma.
30 - Agora, conhecemos que sabes tudo e não precisas de que alguém te interrogue. Por isso, cremos que saíste de Deus.
31 - Respondeu-lhes Jesus: Credes, agora?
32 - Eis que chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só, mas não estou só, porque o Pai está comigo.
33 - Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
INTERAÇÃO
Prezado professor, pela graça de Deus iniciaremos mais um trimestre. Estudaremos o tema “Vencendo as aflições da vida”. Não são poucas as afirmações equivocadas de que “o crente não sofre neste mundo”. No entanto, veremos, na presente lição, exatamente o contrário do que se é postulado em alguns arraiais evangélicos. O comentarista desse trimestre é o pastor Eliezer de Lira e Silva, conferencista em Escolas Bíblicas e diretor do projeto missionário “Ide Ensinai”, em Moçambique, África. Aproveite a oportunidade para enfatizar que a vontade de Deus para nossas vidas é boa, perfeita e agradável.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
No primeiro tópico da lição, o comentarista descreve alguns acontecimentos de ordem natural, econômica e física no mundo que habitamos. Nele relatam-se as crises afirmando que essas abatem-se sobre os ímpios, mas também se sobrepõem aos crentes fiéis a Jesus. Com o auxílio da estrutura abaixo (reproduza de acordo com as suas condições), peça para a turma preencher as respectivas colunas com reportagens de revistas, jornais e internet destacando as crises e tragédias de ordens expostas no diagrama sugerido. Conclua o tópico dizendo que esses acontecimentos se dão e/ou se deram tanto a ímpios quanto a cristãos.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Mundo: [gr. kosmos, ordem, beleza; do lat. mundus, puro] É a terra e o conjunto de todas as coisas criadas por Deus.
O crente em Jesus pode vir a sofrer? Se a resposta for não, então por que o sofrimento assalta-lhe a vida? Neste trimestre, estudaremos as “aflições do tempo presente”. Veremos que elas, conforme ensinou Jesus (Jo 16.33), são uma realidade inevitável até mesmo na vida do crente mais fiel. Mas da mesma forma como Ele padeceu, porém triunfou, nós também poderemos vencer todas as batalhas. E, assim, cresceremos integralmente na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
As aflições do tempo presente são representadas pelas crises de ordem natural, econômica e física. Malefícios que acometem igualmente o servo de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A Queda e a degeneração humana são as chaves para se compreender a realidade do sofrimento.
III. O CRESCIMENTO E A PAZ NAS AFLIÇÕES
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O crente em Jesus pode crescer na graça e desfrutar a paz de Deus em meio ao sofrimento. O Senhor é soberano e tudo coopera para o bem daqueles que O amam.
CONCLUSÃO
Neste mundo, estamos sujeitos às aflições e sofrimentos de qualquer espécie. A vida cristã envolve períodos difíceis e trabalhosos. No entanto, se a nossa expectativa estiver na soberania de Deus e no seu bem, desfrutaremos, mesmo que andemos em aflição, da mais perfeita e sublime paz de Cristo. Que ao longo desse trimestre, o Todo-Poderoso ilumine-lhe a mente e o coração para deleitar-se em sua eterna e maravilhosa graça. Amém!
VOCABULÁRIO
Interregno: Intervalo, interrupção momentânea; interlúdio.
Paradoxalmente: Pensamento, proposição ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano.
Cataclísmica: Catastrófica, trágica, convulsão, revolução.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COLSON, C.; PEARCEY, N. E Agora Como Viveremos? 2.ed., RJ: CPAD, 2000.
RHODES, R. Por que coisas ruins acontecem se Deus é bom? 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Apologético
“Sofrer faz algum sentido?
‘Um Deus que não aboliu o sofrimento — pior ainda, um Deus que aboliu o pecado precisamente pelo sofrimento — é um escândalo para a mente moderna’ (Peter Kreeft).
[...] É vital reconhecermos a historicidade da Queda. Se a Queda é meramente um símbolo, enquanto na realidade o pecado é intrínseco à natureza humana, então voltamos ao dilema de Einstein: que Deus criou o mal e está implicado em nossos erros. As Escrituras dão uma resposta genuína para o problema do mal somente porque insiste que Deus criou o mundo originalmente bom — e que o mal entrou num certo ponto da história. E quando isso aconteceu, causou uma mudança cataclísmica, distorcendo e desfigurando a Criação, resultando em morte e destruição. É por esse motivo que o mal é tão odioso, tão repulsivo, tão trágico. Nossa resposta é inteiramente apropriada, e a única razão por que Deus pode realmente nos confortar é que Ele está do nosso lado. Ele não criou o mal, e também, detesta a maneira com que isso desfigurou o trabalho de suas mãos” (COLSON, C.; PEARCEY, N. E Agora Como Viveremos? 2.ed., RJ: CPAD, 2000, p.258).
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3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 2: A enfermidade na vida do crente
Data: 8 de Julho de 2012
TEXTO ÁUREO
“O Senhor o assiste no leito da enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama” (Sl 41.3 - ARA).
VERDADE PRÁTICA
Deus nem sempre cura as nossas enfermidades, mas concede-nos forças para que, mesmo no leito de dor, continuemos a glorificar o seu nome.
HINOS SUGERIDOS
7, 33, 510.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 15.26
Deus cura as nossas enfermidades
Terça - Sl 91.1,2
Deus, refúgio e fortaleza em meio à dor
Quarta - Jó 19.25
Esperança e fé em meio às enfermidades
Quinta - Sl 125.1
Confiança inabalável
Sexta - Is 38.2,3
Dor e choro na enfermidade incurável
Sábado - Is 38.5
Deus responde o clamor pela cura
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Isaías 38.1-8.
1 - Naqueles dias, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; e veio a ele Isaías, filho de Amoz, o profeta, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás.
2 - Então, virou Ezequias o rosto para a parede e orou ao Senhor.
3 - E disse: Ah! Senhor, lembra-te, peço-te, de que andei diante de ti em verdade e com coração perfeito e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo.
4 - Então, veio a palavra do Senhor a Isaías, dizendo:
5 - Vai e dize a Ezequias: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos.
6 - E livrar-te-ei das mãos do rei da Assíria, a ti, e a esta cidade; eu defenderei esta cidade.
7 - E isto te será da parte do Senhor como sinal de que o Senhor cumprirá esta palavra que falou:
8 - eis que farei que a sombra dos graus, que passou como sol pelos graus do relógio de Acaz, volte dez graus atrás. Assim, recuou o sol dez graus pelos graus que já tinha andado.
INTERAÇÃO
Quem não gostaria de desfrutar de uma vida saudável e livre de enfermidades? Sabemos que enquanto vivermos em um corpo corruptível, por mais que venhamos cuidar da nossa saúde e bem-estar, estaremos sujeito as doenças e as intempéries desta vida. Somente estaremos livres, para todo o sempre, o dia em que recebermos um corpo glorificado, não mais sujeito a morte (1 Co 15.52). Essa é a nossa viva esperança!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para a introdução da aula divida a turma em grupos. Peça que os componentes encontrem as referências bíblicas onde os enfermos foram curados. Estabeleça um tempo para os grupos (aprox. 5 min.). Observe o grupo que conseguiu listar mais passagens bíblicas e peça que leia apenas um texto. Enfatize o fato de que na Bíblia encontramos várias referências de cura divina. Em seguida faça o seguinte questionamento: “Por que nem todas as pessoas são curadas?”. Ouça com atenção as respostas. Explique que Deus é imutável e poderoso para curar toda enfermidade, todavia, Ele é soberano e tem a hora certa para curar.
Conclua lendo o texto áureo. E afirme que Deus não é insensível ao sofrimento dos seus filhos. Ainda no leito de dor, podemos experimentar a bondade e o amor de Deus. O objetivo dessa dinâmica visa a participação ativa do aluno na aula.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Enfermidade: Doença, ou outra causa que produza fraqueza.
Nessa lição, veremos que pessoas santas e fiéis ao Senhor padeceram por causa de doenças e enfermidades, mas pela fé receberam forças para vencer o sofrimento. A Palavra de Deus garante-nos que um dia, nós os salvos em Jesus Cristo, seremos transformados, receberemos um novo corpo e nunca mais morreremos (1 Co 15.52). Todavia, enquanto estivermos nesse mundo, vivendo em um corpo corruptível, estaremos sujeitos a dores e enfermidades. Muitos cristãos, equivocadamente, acreditam que a enfermidade na vida do crente sempre é fruto de algum pecado oculto ou até mesmo obra do Diabo, mas raramente essas são as reais causas (Jo 11.4).
Certa vez, diante de um homem cego, os discípulos de Jesus perguntaram-lhe: “Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” (Jo 9.2). Eles acreditavam que a cegueira daquele homem era resultado de alguma desobediência específica. Porém, Jesus lhes disse: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9.3). Pode parecer estranho aos nossos olhos, mas aquela enfermidade era para que o nome de Jesus fosse glorificado. Quem sabe você não está sendo acometido de alguma doença para que o nome do Senhor seja glorificado na sua vida?
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Deus não criou o homem para enfermar ou morrer. A enfermidade é consequência direta do rompimento da relação entre Deus e a humanidade.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O crente fiel não está imune a depressão, síndrome do pânico ou as doenças chamadas psicossomáticas.
III. O QUE FAZER DIANTE DA DOR E SOFRIMENTO
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A dor e o sofrimento não devem nos afastar de Deus, mas devem servir para que aprendamos a confiar ainda mais no Senhor.
CONCLUSÃO
O crente não está imune as enfermidades. Mas a nossa vitória sobre as doenças está na confiança em Deus. Ele nos ama e jamais nos abandona em meio à dor e ao sofrimento. Se você tem sido assolado pelas enfermidades, não se desespere! Confie no Senhor e ouça a sua voz: “Não temas, pois, porque estou contigo” (Is 43.5).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
JOHNSON, B. Como Receber a Cura Divina: A bênção dos que têm a Jesus como o médico da alma e do corpo. 2.ed., RJ: CPAD, 1995.
HORTON, S. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 1996.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Vida Cristã
“A descida até a depressão
Quando sentimentos de dor e raiva, de tristeza e sofrimento vêm à tona, eles podem nos empurrar para as trevas da depressão. Julie, de novo, descreve como isso aconteceu com ela:
Por anos senti uma profunda depressão. Obviamente, essa não era minha ideia de cura. Na época, senti-me como se andasse ‘para trás’, em vez de ‘para frente’. Não podia falar, exceto para orar. Em três meses, perdi 22,5 quilos. De maneira estranha, mesmo apesar de conhecer a esperança de Cristo, meu coração estava privado de esperança. A tristeza e o sofrimento continuavam brotando em mim, e a princípio, parecia que não havia fim para isso.
As pessoas que se encontram em trevas densas, com frequência, precisam ver um médico ou psiquiatra que podem prescrever antidepressivos. Em alguns casos, elas podem, até mesmo, precisar de hospitalização. Acima de tudo, elas precisarão de rede de apoio — membros da família e amigos, pequenos grupos da igreja, um pastor ou conselheiro — para guiá-las, encorajá-las e, mais que tudo, amá-las ao longo do negro túnel da dor” (SEAMANDS, S. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1.ed., RJ: CPAD, 2006, p.132).
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Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 3: A morte para o verdadeiro cristão
Data: 15 de Julho de 2012
TEXTO ÁUREO
“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fp 1.21).
VERDADE PRÁTICA
Para o crente, a morte não é o fim da vida, mas o início de uma plena, sublime e eterna comunhão com Deus.
HINOS SUGERIDOS
48, 187, 422.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Rm 6.23
A morte é consequência do pecado
Terça - Gn 35.18; Tg 2.26
Morte, separação entre alma e corpo
Quarta - Sl 16.10; 49.14,15
A expectativa de vida após a morte
Quinta - Sl 16.9-11; Is 26.19; Dn 12.2
A ressurreição no Antigo Testamento
Sexta - 1 Co 15.1-58
A ressurreição no Novo Testamento
Sábado - Ap 20.14
A morte da morte
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 15.51-57.
51 - Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados,
52 - num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
53 - Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade.
54 - E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.
55 - Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?
56 - Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
57 - Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.
INTERAÇÃO
A morte é um fenômeno que se abate sobre a pessoa de qualquer sexo, classe social ou idade. A morte vem! Você já pensou nisso hoje? Não queremos usar de terror psicológico ao abordar esse tema, mas é importante, num mundo materialista onde vivemos, ao menos uma vez, darmo-nos conta de que a qualquer momento teremos de enfrentar esse inevitável fenômeno. Pode ser hoje, amanhã ou daqui alguns anos. Não importa; a “dama enigmática” nos cercará e, fisicamente, nos consumirá. Então, onde estará a nossa esperança? Como nos comportaremos frente à iminência dessa suprema realidade? Eis alguns dos questionamentos acerca desse tema.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, a morte de um ente querido significa a interrupção abrupta de uma íntima relação humana. Esse fato traz o sentimento de vazio, saudade e solidão na alma. É possível que isso esteja acontecendo com alguns dos seus alunos. Por isso, com amor e cuidado, conclua a lição desenvolvendo a seguinte atividade reflexiva:
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Morte: Interrupção definitiva da vida terrena.
Numa sociedade materialista, evita-se falar sobre assuntos negativos. No entanto, a morte é um fenômeno real que se abate sobre os seres humanos de todas as idades, classes sociais e religiões. Afinal de contas, quem pensa em morrer? Há alguma virtude na morte? Nos dias atuais, o desespero vem tomando conta das pessoas, até mesmo das que professam a fé cristã. É uma pena que alguns púlpitos não estejam preocupados em preparar as suas ovelhas, através das Sagradas Escrituras, para enfrentar essa realidade que pode chegar a qualquer família, sem avisá-la ou pedir-lhe licença. Por isso, nessa lição, demonstraremos que Deus se preocupa com a fragilidade e vicissitude humanas, principalmente quando se trata de um tema tão laborioso e delicado.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Tecnicamente a morte é o cessamento clínico, cerebral e cardíaco irreversível do organismo. Biblicamente, porém, é a separação entre o corpo e a alma.
Definitivamente, e segundo as Escrituras, o dom da vida para os cristãos não é uma existência finita, mas uma linda história de comunhão com o Deus eterno. Foi Ele quem implantou em nós, através de Cristo Jesus, nosso Senhor, a sua graça salvadora enquanto estivermos em nossa peregrinação terrena.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
As Escrituras denotam o dom da vida como uma existência infinita e, após o evento da morte, o início de uma história eterna de comunhão com Deus.
III. MORTE, O INÍCIO DA VIDA ETERNA
Para o crente a morte não é o fim, mas o início de uma extraordinária e plena vida com Cristo. É a certeza de que o seu “aguilhão” foi retirado de uma vez por todas, selando o passaporte oficial para a vida eterna em Jesus (1 Co 15.55; Os 13.14). Um dia nosso corpo será plenamente arrebatado do poder da morte (Rm 8.11; 1 Ts 4.16,17)!
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Apesar da dor e do luto, para o cristão, a morte é o início do desfrutar da vida eterna.
CONCLUSÃO
Precisamos ter consciência de que a nossa vida é semelhante à flor da erva. Ela se esvai rapidamente. Todavia, tenhamos em mente que o “viver é Cristo e o morrer é lucro”. Portanto, não se prenda às questões passageiras e efêmeras. Na peregrinação existencial, preencha sua mente com o Evangelho. Assim, ao final de sua vida poderá jubiloso, entoar o que o apóstolo Paulo declarou no final da sua carreira: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2 Tm 4.7,8). Em Cristo, tenha paz e esperança, porque Ele é a ressurreição e a vida.
VOCABULÁRIO
Enigmática: Misteriosa; indecifrável.
Efêmeras: Passageira, temporária, transitória.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RHODES, R. Por que coisas ruins acontecem se Deus é bom? 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
GEISLER, N. Teologia Sistemática: Pecado, Salvação, A Igreja e As Últimas Coisas. 1.ed., Vol.2, RJ: CPAD, 2010.
SEAMANDS, S. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1.ed., RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Vida Cristã
“Enfrentando a Dor
Os braços de Jesus na Cruz — abertos e estendidos para alcançar a todos — oferecem uma alternativa para nossas rotas de escape e para nossos mecanismos de anulação da dor. Eles nos acenam para que abracemos o sofrimento, a fim de que não fujamos dele; para que aceitemos e suportemos ativamente a angústia, em vez de evitá-la. Jesus era ‘homem de dores, experimentado nos trabalhos’ (Is 53.3). Nós também devemos, para caminhar na vereda da cura, querer engajar a dor e o sofrimento em nossa vida.
[...] O mesmo é verdade na cura das feridas humanas: enfrentar a dor é o caminho da cura. Em vez de recuar, devemos arremeter em direção à dor e, depois, através dela. Será que estamos desejosos de fazer isso em relação as nossas feridas? Embarcar em uma jornada em direção aos nossos locais obscuros? Abraçar nossas dores? Engajar o sofrimento em nossa vida?
[...] O que envolve abraçar a dor? O que isso pode acarretar em nossa vida? Depende muito da natureza e da profundidade da dor” (SEAMANDS, S. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1.ed., RJ: CPAD, 2006, pp.122-24).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 4: Superando os traumas da violência social
Data: 22 de Julho de 2012
TEXTO ÁUREO
“A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência” (Gn 6.11).
VERDADE PRÁTICA
A Igreja de Cristo deve acolher, com amor e hospitalidade, toda pessoa vítima de violência.
HINOS SUGERIDOS
223, 227, 458.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 6.11-13
O mundo antigo destruído pela violência
Terça - Gn 49.5
Irmãos violentos
Quarta - Sl 10.18
A justiça evita a violência
Quinta - Lm 2.6
A violência divina
Sexta - Zc 4.6
A violência deve dar lugar ao Espírito
Sábado - Is 10.33
O Senhor abate violentamente a altivez
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 6.5-12.
5 - E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.
6 - Então, arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração.
7 - E disse o SENHOR: Destruirei, de sobre a face da terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
8 - Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR.
9 - Estas são as gerações de Noé: Noé era varão justo e reto em suas gerações; Noé andava com Deus.
10 - E gerou Noé três filhos: Sem, Cam e Jafé.
11 - A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência.
12 - E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.
INTERAÇÃO
Professor, a violência é um fenômeno desencadeador de sofrimentos e perdas na vida de qualquer pessoa, cristã ou não. Ela faz chorar, sofrer, irar-se e, até mesmo, revoltar-se. Tudo isso é humano e legítimo. Não há nada de demoníaco ou patológico nessas reações. Naturalmente, como qualquer revolta em relação a injustiça, a violência nos desafia a viver uma radicalidade do Evangelho até as últimas consequências. Pois é um processo doloroso saber que, mesmo servindo um Deus soberano e bondoso, podemos perder nosso ente querido vítima das maiores barbáries praticadas por aqueles que não têm o amor de Cristo no coração. É possível perdoar atos violentos? O que as Escrituras nos mostram? Qual a origem da violência? Essas sãos questões da vida que precisam ser respondidas!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Caro professor, inicie o primeiro tópico destacando a origem da violência. Explique que o ato violento na história humana é oriundo da rebelião do primeiro casal, no Éden, mas multiplicou-se através de Caim, Lameque e todo o gênero humano. Após esse destaque, peça aos alunos que comentem os efeitos da violência na sociedade em que vivemos. Em seguida, conclua o tópico afirmando a necessidade da igreja conscientizar-se do seu papel acolhedor às pessoas vítimas da violência.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Violência: Qualidade do que é violento; ação de empregar força física ou intimidação moral contra alguém; ato violento.
Ocupando grande parte dos noticiários, a violência aflige a todos, inclusive o crente. Sua origem é de ordem espiritual e deve ser tratada a partir daí. Por isso, na lição de hoje, veremos o que a Palavra de Deus ensina a seu respeito e como devemos agir, a fim de minorar os seus efeitos. Não podemos ficar indiferentes aos seus males, porque enquanto permanecermos neste mundo, estaremos sujeitos às suas consequências. Todavia, não devemos esquecer-nos de que a nossa vida está escondida em Deus e nele estaremos sempre seguros.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Desde que o primeiro casal pecou, a violência impera sobre a Terra através da maldade humana.
Quando isso acontecer, lembre-se das palavras de Jesus: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós” (Mt 5.10-12). O Senhor é poderoso para transformar esse quadro e mostrar a todos que Ele zela por seus filhos (Sl 42.5,11; 62.5).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A ação do bom samaritano nos estimula a perceber que a igreja deve denunciar os atos de violência através de sua ação acolhedora.
CONCLUSÃO
Você já foi vítima de alguma forma de violência? Saiba que Deus se importa com você. Ele o ajudará a superar os traumas e dará novo rumo para a sua vida. Não se desespere, nem se deixe vencer pela tristeza. Afinal, temos conosco, e em nós, o divino Consolador. Somente Ele pode transformar nosso pranto em riso. Amém.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RHODES, R. Por que coisas ruins acontecem se Deus é bom? 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
SEAMANDS, S. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1.ed., RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Vida Cristã
“VENHA À CRUZ
Ao longo dos anos, quando pessoas feridas e alquebradas partilharam suas histórias doídas e dolorosas comigo, a voz interior do Espírito Santo inspirou-me a fazer um convite especial para eles: Venha comigo. Venha comigo ao Calvário. Venha ficar ao pé da cruz de Jesus. Observe atentamente a figura retorcida e torturada que ali está pendurada. Observe o Filho de Deus alquebrado e ensanguentado. Pense sobre suas mágoas e feridas considerando as dEle. A cruz não ilumina apenas nossas feridas, ela também as cura e as transforma conforme expressado em At the Cross ‘Na Cruz’, bonito louvor composto por Randy e Terry Butler:
Conheço um lugar maravilhoso / Onde acusados e condenados / Encontram misericórdia e graça / Onde nossos erros / E os erros cometidos contra nós / São pregados com Ele / Lá na cruz / Na cruz (na cruz) / Ele morreu por nosso pecado / Na cruz (na cruz) / Ele nos deu nova vida de novo.
Que maravilhosa verdade! A cruz é ‘um lugar maravilhoso’ [...] para os que foram [...] profundamente feridos” (SEAMANDS, S. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1.ed., RJ: CPAD, 2006, pp.9-13).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 5: As aflições da viuvez
Data: 29 de Julho de 2012
TEXTO ÁUREO
“Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas” (1 Tm 5.3).
VERDADE PRÁTICA
Apesar da dor e das dificuldades próprias da viuvez, esperar e orar são atitudes que honram ao Senhor.
HINOS SUGERIDOS
458, 460, 474.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Tm 5.3
Honra as verdadeiramente viúvas
Terça - 1 Tm 5.14
Recomenda-se que a viúva jovem se case
Quarta - Lc 2.36-38
Uma viúva de fé
Quinta - 1 Rs 17.8-24
Uma viúva hospedeira e trabalhadora
Sexta - 1 Tm 5.16
Um apelo à liderança e aos crentes
Sábado - Tg 1.27
A religião pura e imaculada
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 2.35-38; Tiago 1.27.
Lucas 2
35 - (e uma espada trás passará também a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.
36 - E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade,
37 - e era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia.
38 - E, sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus e falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém.
Tiago 1
27 - A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo.
INTERAÇÃO
A viuvez é um estado social que abarca milhares de pessoas. É um processo natural da vida humana. Algumas pessoas lidam bem com esta nova realidade, mas outras têm a insegurança existencial que paralisam a sociabilidade e a espiritualidade da vida. Quando o cônjuge perde a sua companheira (ou o companheiro), significa o rompimento do ciclo de um convívio íntimo, intenso e profundo. Por isso que, quando a viuvez chegar, a pessoa enfrentará a dor, a solidão e a saudade do cônjuge que se foi. Para ajudar o irmão ou a irmã no estado da viuvez, temos a Palavra de Deus, a igreja local e a família para darem pleno apoio, consolo e carinho. Que haja amparo ao viúvo e a viúva na Casa do Senhor!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para introduzir o tópico II da lição, peça aos alunos que tomem notas dos seguintes versículos: Dt 24.19; 26.12,13; Is 1.17; 1 Tm 5.16; Tg 1.27.
Peça a eles para fazerem a leitura dos respectivos textos. Em seguida, destaque como o Antigo Testamento (Dt 24.19; 26.12,13; Sl 67.6; Is 1.17) e o Novo Testamento (1 Tm 5.16; Tg 1.27) tratam da responsabilidade do Corpo de Cristo em relação às pessoas viúvas. Conclua o tópico dizendo que o aspecto social da vida de uma pessoa pode, significativamente, ser alterado com o estado da viuvez. Por isso, segundo as Escrituras, a igreja local não pode, em hipótese alguma, desobedecer a Palavra de Deus desamparando quem de fato é viúva ou viúvo. Boa aula!
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Viuvez: Estado de viúvo ou viúva; sentimento de desamparo, privação e solidão.
Além da morte, a Palavra de Deus trata com detalhes o tema da viuvez. Longe de ser um assunto simples, veremos que a viuvez, caso não seja devidamente tratada, pode trazer sérios problemas sociais, emocionais e espirituais. O estado de viuvez traz sofrimento à família inteira, pois uma nova realidade financeira, psicológica e espiritual delineia-se para o lar que perde o seu provedor. Diante dessa realidade, encontramos na Palavra de Deus o importante papel que a igreja local deve desempenhar a fim de ajudar o irmão ou a irmã em Cristo, junto à sua família, a superar o período doloroso da viuvez.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O conceito da viuvez se aplica quando do estado social e psicológico do cônjuge que sofre a perda do outro.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O estado existencial da viuvez denota o desamparo social da viúva. Logo, a igreja local tem a função de ampará-la nesse processo.
CONCLUSÃO
“A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações” (Tg 1.27). Com essas palavras, Tiago, o irmão do Senhor, retrata exatamente o que Deus espera de nós, igreja. As viúvas devem ser atendidas em suas necessidades, pois “a fé sem obras é morta” (Tg 2.14-17). Por outro lado, os viúvos jamais devem se entregar à solidão e ao isolamento, mas viverem a vida que é o dom perfeito de Deus. Assim, servirão e honrarão ao Senhor como fizeram os santos do passado.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed., RJ: CPAD, 2009.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“Viúva
A Bíblia apresenta a viúva como uma pessoa necessitada em termos de proteção e sustento, e que deve ser honrada e respeitada. Desse modo, a cidade de Jerusalém, destruída, é apresentada como uma viúva. ‘Como se acha solitária aquela cidade... Tornou-se como viúva...’ (Lm 1.1).
Sob a lei mosaica, o cuidado para com a viúva era considerado uma responsabilidade dos parentes, e era um dos deveres atribuídos ao filho mais velho, que recebia a primogenitura. Com relação a viúva casar-se outra vez, se não tivesse filhos, esperava-se que ela se casasse com o irmão ou com um parente próximo do seu falecido marido (Dt 25.5). Se alguém prejudicasse uma viúva ou um órfão, e esta pessoa, aflita, clamasse ao Senhor, Ele enviaria uma vingança rápida (Êx 22.22-24; Sl 146.9).
Na igreja cristã primitiva, o cuidado pelas viúvas recebeu uma pronta atenção quando ‘houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano’ (At 6.1). Sete diáconos foram escolhidos para cuidar desse importante assunto. Depois disso, uma atenção especial foi demonstrada no cuidado das viúvas: ‘Se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel’ (1 Tm 5.8)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed., RJ: CPAD, 2009, p.2024).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 6: A despensa vazia
Data: 5 de Agosto de 2012
TEXTO ÁUREO
“Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl 37.25).
VERDADE PRÁTICA
Mesmo em meio à escassez, cremos que o Senhor é poderoso para suprir, em glória, todas as nossas necessidades.
HINOS SUGERIDOS
8, 20, 79.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 16.15
A provisão no Antigo Testamento
Terça - 2 Rs 4.42-44; Jo 6.5-13
O Deus que multiplica
Quarta - 1 Rs 17.8-16
O Deus da provisão
Quinta - At 4.32,36,37
A provisão em o Novo Testamento
Sexta - 2 Co 8.14; Ef 4.28
A provisão na Igreja do primeiro século
Sábado - 1 Jo 3.17,18
Amando o próximo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis 4.1-7.
1 - E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao Senhor; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos.
2 - E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
3 - Então, disse ele: Vai pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.
4 - Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio.
5 - Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos, e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia.
6 - E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou.
7 - Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.
INTERAÇÃO
Professor, procure enfatizar o fato de que temos um Deus que é fiel e que tem cuidado de nós. Muitas vezes somos provados pela escassez, como a viúva que foi até o profeta Eliseu, mas nesses momentos podemos também ver o agir do Pai Celeste. Ele nos surpreende com o milagre da provisão. Ninguém deseja sofrer privações, todavia as intempéries da vida são sempre uma boa oportunidade para o nosso crescimento espiritual. É o que nos ensina a Palavra de Deus: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28). Basta-nos confiar na suficiente graça de Deus. Ela, e somente ela, nos basta!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o esquema abaixo no quadro de giz. Converse com seus alunos a respeito das atitudes do crente diante de uma situação de escassez. Explique que os israelitas, durante a jornada pelo deserto, por várias vezes, foram provados com a escassez de água e alimento. Porém, eles sempre murmuravam contra o Senhor. A murmuração demonstrava a falta de fé deles. Em seguida, leia e discuta as atitudes relacionadas no quadro. Enfatize que tais atitudes devem marcar a vida dos que creem no Senhor.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Escassez: Falta, carência, período de privação material.
Na lição de hoje, estudaremos acerca do cuidado do Senhor para conosco e a disposição que devemos ter em cuidar e socorrer os necessitados. Ele multiplica nossos recursos, fazendo com que haja o bastante para todas as nossas carências básicas. Sim, Deus utiliza o que temos para alimentar os famintos (2 Rs 4.42-44). Em o Novo Testamento, o apóstolo João exorta-nos à prática do amor verdadeiro; um sentimento que nos constrange a ser solícitos uns com os outros e a buscar o bem dos necessitados (1 Jo 3.17,18).
Não obstante, ela não poderia, passivamente, ver os filhos padecerem de fome e, ainda, correndo o risco de serem levados como escravos como pagamento da dívida do pai. Por isso, for buscar ajuda, recorrendo ao profeta Eliseu, pois sabia que, como homem de Deus, poderia interceder por toda a família. E você, o que faz quando o imprevisto bate à sua porta? Desespera-se ou vai ao Senhor? Ir a Deus significa conversar com Ele e crer em sua provisão (Sl 147.7-9; At 17.25).
O credor estava amparado pela lei; ninguém podia repreendê-lo. Não era incomum um israelita vender-se como escravo ou dar algum membro de sua família para saldar dívidas (Êx 21.7; Ne 5.5). Tal situação ensina-nos que é preciso pensar no futuro de nossa família bem como sermos zelosos com as nossas finanças, pois caso sobrevenha-nos um imprevisto, os nossos não sofrerão determinados constrangimentos.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Nos momentos de angústia e escassez, Deus sempre tem uma solução para os seus filhos.
Eliseu orientou-a a pedir vasos emprestados aos vizinhos, todos quantos pudesse pegar. E depois que estivesse com as vasilhas em casa, ela deveria fechar a porta e despejar o azeite nelas. O azeite cessou de jorrar da pequena botija quando não havia mais vasilhas. O Deus que servimos é um Deus de milagres. Ele multiplica o pouco que temos (1 Rs 17.14).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Quando entregamos tudo nas mãos de Deus, Ele transforma o pouco em muito.
III. A PROVIDÊNCIA DIVINA
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Deus pode e deseja prover alimento para os seus filhos. Porém, Ele nos convida a fazer parte dessa gloriosa missão: socorrer àqueles que passam por privações.
CONCLUSÃO
A história do povo de Deus é marcada por milagres e provisões, pois o Senhor tem cuidado do seu povo e o seu zelo é notório. Todavia, não podemos nos esquecer de praticar o amor que o Senhor Jesus nos ensinou (Mc 12.31). O apóstolo Paulo deixou um rico ensinamento: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos” (Gl 6.10). Deus pode e quer usar a nossa vida no alívio ao sofrimento dos que nos rodeiam. Assistamos ao nosso próximo como gostaríamos de ser assistidos (1 Jo 3.16-18).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BARNETT, T. Há um milagre em sua casa: A solução de Deus começa com o que você tem. 9.ed., RJ: CPAD, 2007.
HORTON, S. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 1996.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Vida Cristã
“Eliseu deu uma resposta surpreendente à viúva quando ela lhe contou seu problema. ‘Que te hei de fazer?’ — Eliseu perguntou. Sua reação, com respeito à mulher, parecia de frustração por ela ter vindo a ele. O que queres que eu faça sobre isso? É o que o profeta parece ter-lhe respondido. Acredito que ele estava simplesmente fazendo com que ela confiasse apenas em Deus, e desviasse a atenção dos recursos humanos. Infelizmente, o Cristianismo atual é muito orientado por celebridades. ‘Se eu pudesse pelo menos falar com o pastor Fulano’. ‘Se eu pudesse ter o profeta Sicrano para orar por mim, Deus viria ao encontro de minha necessidade’. Como cristãos, devemos somente tocar a orla das vestes de Jesus, e de mais ninguém. Eliseu sabia que não poderia ajudar a viúva com seus limitados recursos. Todavia, ajudou-a a manter a fé na direção certa.
Eliseu estava guiando a viúva necessitada à fonte de seu milagre. A sabedoria e o auxílio de Deus ultrapassam qualquer outra coisa que alguém possa fazer por você. Desta maneira, busque-o sempre e ponha sua confiança nEle” (BARNETT, T. Há um milagre em sua casa: A solução de Deus começo com o que você tem. 9.ed., RJ: CPAD, 2007, pp.30,31).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“A Igreja é também chamada a ser uma comunidade com solicitude e responsabilidade sociais. Infelizmente, esta vocação tem sido minimizada ou negligenciada entre muitos evangélicos e pentecostais. É possível que muitos crentes sinceros tenham receio de se tornar modernistas ou rumar na direção do assim chamado ‘evangelho social’, caso se envolvam em ministérios que visem o atendimento social. Haveria fundamento para tal receio se esse tipo de obra fosse levado a extremos malsãos e deixasse de lado verdades eternas ao oferecer alívio temporário. Por outro lado, o descuido com as necessidades sociais representa o abandono de um vasto número de admoestações bíblicas dirigidas ao povo de Deus, no sentido de serem cumpridas essas obrigações. O ministério de Jesus caracterizava-se pela compaixão amorosa a todos os sofredores e indigentes deste mundo (Mt 25.31-46). Idêntica solicitude é demonstrada tanto nos escritos proféticos do Antigo Testamento (Is 1.15-17) quanto nas epístolas neo-testamentárias (Tg 1.27). Expressar o amor de Cristo de modo tangível pode ser um meio vital de a Igreja cumprir a missão que lhe foi confiada por Deus. Assim como todos os aspectos da missão (ou propósito) da Igreja, é essencial que nossos motivos e métodos visem fazer tudo para a glória de Deus” (HORTON, S. (Ed.). Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal.1.ed., RJ: CPAD, 1996, pp.555-56).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 7: A divisão espiritual no lar
Data: 12 de Agosto de 2012
TEXTO ÁUREO
“Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra” (1 Pe 3.1).
VERDADE PRÁTICA
Ganhe o seu cônjuge para Cristo, através do seu bom testemunho.
HINOS SUGERIDOS
111, 135, 141.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 2.18,22-24
A primeira família
Terça - Pv 14.1
A sabedoria da mulher
Quarta - Mc 10.6-12
O ensino acerca do divórcio
Quinta - At 16.1,2; 2 Tm 1.5
Evangelismo no lar
Sexta - Mt 5.13
Sal da terra
Sábado - Ef 5.8
Filhos da Luz
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 7.12-16.
12 - Mas, aos outros, digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe.
13 - E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe.
14 -
15 - Mas, se o descrente se apartar, aparta-se; porque neste caso o irmão ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz.
16 - Porque, donde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, donde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?
INTERAÇÃO
O que fazer quando um dos cônjuges não se converte ao Senhor? Essa é uma situação que, apesar de difícil, possivelmente alguns de seus alunos podem estar enfrentando. Sabemos que o servo de Deus deve casar-se no Senhor, todavia, muitos se convertem a Jesus depois do casamento. Enfatize que nesse caso é preciso que o cônjuge busque, em Deus, sabedoria para que o lar seja um lugar de paz, amor e respeito. Quando o cônjuge não é crente, a Palavra de Deus recomenda a submissão (1 Pe 3.1) a fim de que ele seja alcançado por intermédio do bom testemunho do cristão. Essa é a vontade de Deus!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, pergunte se algum aluno tem cônjuge descrente. Caso haja na classe alguém, peça que essa pessoa diga o que tem feito para alcançar seu esposo(a). Em seguida explique que é promessa do Senhor salvar as nossas famílias, contudo, precisamos de muita sabedoria a fim de que todos em nossas casas sejam alcançados através de um bom testemunho. Depois leia e discuta com os alunos o texto de Atos 16.31. Encerre orando pelos irmãos(ãs) que têm cônjuges descrentes. Diga que em breve eles poderão dizer: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Descrente: Na lição é aquele(a) que ainda não se converteu a Jesus Cristo.
Nesta aula, estudaremos os conflitos que surgem quando um cônjuge converte-se, e o outro não, e as implicações que tal mudança ocasiona na convivência do casal. Ressaltaremos que o plano de Deus é que a família toda sirva a Cristo como Senhor e Salvador. Nessa perspectiva, o cônjuge que serve ao Senhor precisa ver-se como o principal responsável pela evangelização dos membros de sua família. Entretanto, a prática demonstra que palavras, nesse caso específico, geralmente transformam-se em discussões infrutíferas. Assim, a melhor atitude evangelística é manter um bom testemunho de vida através da mudança de hábitos. Quem serve ao Senhor deve ser sábio no falar, no agir, evitando conflitos.
A fim de garantir uma convivência pacífica é imprescindível não entrar em conflitos, evitando discussões sobre religião ou igreja. Torne o seu dia a dia agradável; mostre ao cônjuge que servir a Cristo transforma um dia ruim em uma noite tranquila. Se houver algum problema na igreja, ou algo que não concorde, é prudente não dividir tal assunto em casa, pois o cônjuge não compreenderá, podendo até mesmo desenvolver uma aversão pelas coisas de Deus. Como já dissemos, a convivência deve ser pacífica (Rm 12.18).
Observemos, ainda, este conselho de Pedro: “Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra, considerando a vossa vida casta, em temor” (1 Pe 3.1,2). Esse conselho também vale para o homem.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A Palavra de Deus aconselha que, se o cônjuge descrente não se opuser à fé do que aceitou ao Senhor Jesus, então não deve o crente, em hipótese alguma, abandoná-lo.
Da mesma maneira, o homem que deixa de ajudar a mulher na organização do lar, que não realiza os pequenos reparos na casa, desculpando-se que não pode chegar atrasado ao culto, levará a esposa descrente a afastar-se ainda mais do Evangelho. Portanto, os cônjuges crentes devem agir com sabedoria, procurando os melhores dias e horários para comparecer aos cultos. Não podemos nos esquecer que Deus ama a família, pois Ele mesmo a criou.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O cônjuge crente deve pedir sabedoria a Deus para que seus filhos sejam criados no temor do Senhor.
III. EVANGELIZANDO O CÔNJUGE
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O cônjuge convertido deve demonstrar que em Cristo ele é uma nova criatura.
CONCLUSÃO
A família é uma instituição divina inaugurada no Jardim do Éden por Adão e Eva. E é desejo do Criador que os cônjuges vençam as dificuldades e permaneçam unidos assim como Ele os criou.
Diante disso, o bom testemunho daquele que serve ao Senhor é uma forma clara e prática de evangelismo no lar. Tal comportamento demonstra, em ações e palavras, que Cristo o modificou e o tornou um ser humano melhor, levando o cônjuge à conversão.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CRUZ, E. Sócios, Amigos & Amados: Os três pilares do casamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“Casamento misto onde os parceiros estão satisfeitos (1 Co 7.12-14)
O primeiro exemplo de um casamento misto é aquele no qual o parceiro descrente está disposto a permanecer com o outro que havia se tornado cristão. Nesse caso, o cristão era obrigado a permanecer com o parceiro descrente. Tal diretiva de Paulo deixava claro que o cristão, não poderia partir ou divorciar-se do outro, baseando-se na recusa do outro em se tornar cristão. O cristianismo não pode se tornar uma desculpa para a conduta pagã. Então, se o parceiro descrente está satisfeito, o crente é obrigado a permanecer casado.
Não há qualquer estigma espiritual ligado a um novo convertido que permanece com um cônjuge inconverso. Ao contrário, o parceiro inconverso recebe algum benefício espiritual do cristão. Com relação às bênçãos espirituais que o descrente compartilha, Paulo escreve: ‘Porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo marido’ (v.14). Isto não significa que o descrente sofra uma mudança moral ou espiritual. A expressão ‘é santificado’ ‘não pode significar santo em Cristo perante Deus, porque este tipo de santidade não pode ser atribuído a um descrente’. Paulo usa o termo santificado aqui com um significado cerimonial, e não em um sentido ético espiritual” (Comentário Bíblico Beacon. Vol.8, 1.ed., RJ: CPAD, 2006, p.298).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“Um casamento misto onde o descrente não está satisfeito (1 Co 7.15,16)
A situação aqui é oposta do casamento misto onde os parceiros permanecem juntos por consentimento mútuo. Se o descrente se recusar a permanecer com o crente, o cristão está livre da obrigação de sustentar o casamento: ‘Mas, se o descrente se apartar, aparte-se’ (v.15). Desta maneira o crente fica em paz. Sob tais circunstâncias, o cristão não está destinado a uma vida de perseguição, abuso e agonia, por causa de seu relacionamento com um parceiro pagão. Mas a separação deve ser iniciada e completada por outra pessoa. O cristão nem deve estimular a dissensão nem promover separações. A paz e o amor devem ser sempre as marcas da vida cristã.
Não há qualquer contradição entre a atitude de Paulo ao permitir o rompimento de um casamento com um descrente pagão, e o mandamento de Jesus em Mateus 5.32. As palavras do Senhor foram dirigidas àqueles que professam ser leais e sujeitos a Deus. As palavras de Paulo são dirigidas àqueles que são casados com descrentes. A diretiva não dá permissão para que um crente se case com um descrente. Serve apenas para uma pessoa casada que se torna crente depois de seu casamento. Em tal situação, o cristão está livre para deixar que o descrente parta, em vez de insistir em continuar uma união que sobrevive em uma atmosfera de tensões, brigas e medo.
Se o parceiro descrente iniciar a separação, o cristão não deve se condenar pelo fracasso do cônjuge que partiu, por não ter se tornado cristão” (Comentário Bíblico Beacon. Vol.8, 1.ed., RJ: CPAD, 2006, p.299).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 8: A rebeldia dos filhos
Data: 19 de Agosto de 2012
TEXTO ÁUREO
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).
VERDADE PRÁTICA
Os pais que negligenciam a educação dos filhos, estão cometendo grave pecado diante de Deus.
HINOS SUGERIDOS
210, 273, 318.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 127.3
Filhos, herança do Senhor
Terça - Pv 23.13,14
A necessidade da disciplina
Quarta - Pv 29.17
Disciplina e obediência
Quinta - Ef 6.4
Disciplina e conselho
Sexta - 2 Tm 3.2
A desobediência como sinal do fim
Sábado - Êx 20.12
Obediência como fonte de vida
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Samuel 2.12-14,17,22-25.
12 - Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não conheciam o Senhor;
13 - Porquanto o costume daqueles sacerdotes com o povo era que, oferecendo alguém algum sacrifício, vinha o moço do sacerdote, estando-se cozendo a carne, com um garfo de três dentes em sua mão;
14 - e dava com ele, na caldeira, ou na panela, ou no caldeirão, ou na marmita; e tudo quanto o garfo tirava o sacerdote tomava para si; assim faziam a todo o Israel que ia ali a Siló.
17 - Era, pois, muito grande o pecado desses jovens perante o Senhor, porquanto os homens desprezavam a oferta do Senhor.
22 - Era, porém, Eli já muito velho e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel e de como se deitavam com as mulheres que em bandos se ajuntavam à porta da tenda da congregação.
23 - E disse-lhes: Por que fazeis tais coisas? Porque ouço de todo este povo os vossos malefícios.
24 - Não, filhos meus, porque não é boa fama esta que ouço; fazeis transgredir o povo do Senhor.
25 - Pecando homem contra homem, os juízes o julgarão; pecando, porém, o homem contra o Senhor, quem rogará por ele? Mas não ouviram a voz de seu pai, porque o SENHOR os queria matar.
INTERAÇÃO
Professor, na lição de hoje enfocaremos a nobre missão que Deus concedeu aos pais de educar os filhos. Sabemos que muitos pais, devido o corre-corre da vida atual, estão delegando esta nobre missão a terceiros. Os resultados, os piores possíveis, podem ser visto em noticiários da tevê.
Estude a lição com afinco e prepare-se, da melhor forma possível, para tratar de um assunto tão proeminente como o de hoje.
É importante que os alunos compreendam o valor da disciplina na criação dos filhos, pois a disciplina conduz a criança ao caminho da obediência. Explique que os pais devem disciplinar seus filhos e educá-los de acordo com os princípios que Deus estabeleceu em sua Palavra. Não podemos jamais seguir os padrões deste mundo.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir o primeiro tópico da lição, promova um debate em classe. Escreva no quadro de giz as seguintes questões: “Por que os pais devem disciplinar seus filhos?”; “Qual a importância da disciplina?”. O debate favorece a participação ativa dos alunos, tornando a aula mais dinâmica e interativa. Ouça os alunos com atenção e faça as considerações que achar necessárias.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Rebeldia: Na lição significa resistência e teimosia em obedecer aos pais.
Os filhos são presentes de Deus e herança do Senhor. Todavia, nunca foi tão difícil educar uma criança. Por isso, precisamos buscar a orientação e a sabedoria divina para que nossos filhos sejam pessoas de bem, servos do Senhor, obedientes e cumpridores dos seus deveres. Na lição de hoje, veremos o que os pais podem fazer quando os filhos tornam-se rebeldes e fazem escolhas erradas.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A disciplina é imprescindível à formação moral dos filhos.
Infelizmente, muitos pais também agem como Eli ao saberem dos erros dos seus filhos. Fingem que nada está acontecendo e preferem esconder suas falhas. As consequências foram trágicas para Eli, sua família e para toda a nação. Israel perdeu a batalha, e a arca da aliança, símbolo da presença de Deus, foi tomada pelos filisteus. Além disso, os dois filhos de Eli morreram no mesmo dia (1 Sm 4.11). Um filho rebelde envergonha seus pais, traz prejuízos para a família e até mesmo para a nação.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Rebeldia é pecado, por isso Deus determina, em sua Palavra, que os filhos devem honrar os pais.
III. O QUE FAZER DIANTE DA REBELDIA DE UM FILHO
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Pais são para toda a vida, mesmo quando as coisas não dão certo e os filhos tomam decisões equivocadas.
CONCLUSÃO
Deus concedeu aos pais a nobre missão de educar os filhos. Educar é disciplinar, pois a disciplina conduz a criança ao caminho da obediência. Discipline seus filhos e eduque-os de acordo com os princípios que Deus estabeleceu em sua Palavra. Dessa forma, você verá as bênçãos divinas sobre a sua família e sobre os seus filhos e netos e, como Josué, poderá dizer: “Eu minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HUDSON, K. Criando os Filhos no Caminho de Deus: Um guia bíblico para pais cristãos. 1.ed., RJ: CPAD, 1997.
GANGEL, K. O.; GANGEL, J. S. Aprenda a ser Pai com o Pai: Tornando-se o pai que Deus quer que você seja. 1.ed., RJ: CPAD, 2004.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliológico
“Disciplina: Além da Punição
Ao ouvir a palavra disciplinar, qual o primeiro significado que lhe vem à mente? Muitos pensam rapidamente em imagens de espancamento, castigo de ficar em pé olhando para a parede ou privação das atividades favoritas. Na verdade, a definição correta, segundo o Dicionário Aurélio, é ‘fazer, obedecer ou ceder; acomodar, sujeitar e corrigir’. A palavra disciplinar vem do latimdiscipulus, de onde também provém a tão conhecida palavra discípulo. Que imagens a palavra discípulos traz à sua mente? Os 12 fiéis seguidores de Jesus, dedicados a seguir seu caminho e aprender com Ele? Perspectiva um tanto diferente da que pensamos para nossos filhos, não?
[...] A definição para disciplinar é ‘treinamento que desenvolve o autocontrole, caráter, bom comportamento e eficiência’. Não é o que realmente desejamos para nossos filhos, mesmo através da correção? Precisamos observar a disciplina em duas categorias principais. Primeiro, a disciplina que conferimos aos nossos filhos, a qual inclui exemplo, ensino e também a correção. Segundo, precisamos ajudar nossos filhos a desenvolver a autodisciplina” (HUDSON, K. Criando os Filhos no Caminho de Deus: Um guia bíblico para pais cristãos. 1.ed., RJ: CPAD, 1997. pp.265,267).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 9: A angústia das dívidas
Data: 26 de Agosto de 2012
TEXTO ÁUREO
“Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos! Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem” (Sl 128.1,2).
VERDADE PRÁTICA
Para ter uma vida financeira equilibrada e bem-sucedida, o crente deve administrar seus recursos com sabedoria, prudência e comedimento.
HINOS SUGERIDOS
77, 79, 579.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Is 55.2
A repreensão por causa do desperdício
Terça - Pv 3.9
Honrando a Deus com os haveres
Quarta - Lc 3.14
Contentando-se com o salário
Quinta - Pv 1.19
A cobiça aprisiona a alma
Sexta - Rm 13.8
Não contraia dívidas
Sábado - Pv 11.15
Fugindo da fiança e das dívidas
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Timóteo 6.7-12.
7 - Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele.
8 - Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.
9 - Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
10 - Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
11 - Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.
12 - Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.
INTERAÇÃO
Professor, você tem suas finanças sobre controle? Deus deseja abençoar-nos, mas precisamos agir com sabedoria e sermos íntegros financeiramente. O crente precisa ser disciplinado na administração das suas finanças a fim de honrar os seus compromissos. O ato de comprar parece simples e prazeroso, mas não é. Exige planejamento e reflexão, jamais podemos comprar por impulso, sem pensar no quanto estamos gastando. Quem compra por impulso e não segue um planejamento, cedo ou tarde acabará tendo problemas financeiros.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Providencie cópias da tabela abaixo para os alunos. Inicie a lição fazendo as seguintes indagações: “Você faz um planejamento mensal dos seus gastos?”; “Costuma anotar em um caderno todas as suas despesas?”. Ouça com atenção os alunos e explique que infelizmente muitos não têm o hábito de seguir um orçamento. Enfatize o fato de que precisamos tomar nota de todos os nossos gastos a fim de que não venhamos estourar nosso orçamento. Distribua a tabela e conclua incentivando os alunos a utilizarem um modelo de orçamento para contabilizar seus gastos. Diga que Deus deseja nos abençoar, porém temos que administrar nossos recursos com sabedoria.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Dívida: Quantia que se tem de pagar.
Vivemos numa sociedade extremamente consumista. Por isso, há tantas pessoas, até mesmo crentes, “atoladas na areia movediça das dívidas”. Elas se esforçam para colocar a sua vida financeira em ordem, porém já não sabem como fazê-lo e por onde começar. Na lição de hoje, veremos que precisamos utilizar nosso salário com sabedoria, a fim de honrarmos nossos compromissos, e glorificar ao Senhor em todas as áreas de nossa vida.
O ideal é que cada família elabore o seu orçamento. Que o casal saiba exatamente o que pode e o que não pode gastar. Anote todas as despesas mensais (impostos, contas de consumo, alimentação, colégio dos filhos, combustível etc). Mesmo que o seu ordenado não seja dos melhores, tome nota de tudo, e não deixe de fazer o seu orçamento (Lc 14.28-30).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Como servos de Deus precisamos ser fiéis na entrega dos dízimos e ofertas, fazendo uso do nosso dinheiro com sabedoria.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Comprar mais do que se pode pagar, comprometendo as finanças, é tolice.
III. É POSSÍVEL LIVRAR-SE DAS DÍVIDAS
“Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (1 Tm 6.9). Ter dinheiro não é errado. Não podemos, porém, amá-lo e nele colocar a nossa confiança (1 Tm 6.10,17-19).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Com a ajuda de Deus, oração e sabedoria, podemos nos livrar das dívidas.
CONCLUSÃO
Deus deseja abençoar-nos, mas precisamos agir com sabedoria e sermos íntegros financeiramente. Devemos administrar nossas finanças de tal maneira que possamos pagar todas as nossas contas em dia. Comprar sem planejamento e por impulso só geram problemas financeiros. Seja sábio e administre seu dinheiro como um bom despenseiro de Deus.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BARNHILL, J. A. Antes que as Dívidas nos Separem: Respostas e cura para os conflitos financeiros em seu casamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2003.
Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed., RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Vida Cristã
“Tratar do Crédito com Cuidado
As intermináveis pressões de ‘mês mais comprido que o dinheiro’ é o bastante para separar famílias. Mas, em alguns casos, ter mais dinheiro não é solução. Devemos começar a administrar corretamente o que temos. O marido e a esposa têm de trabalhar juntos (e haverá o tempo e o lugar para envolver os filhos). Olhe além dos pagamentos mensais. Faça uma imagem mental de toda a dívida em destaque. Damos graças a Deus porque uma taxa de crédito nos permitirá tomar dinheiro emprestado, mas não nos enganemos: os juros serão altos. Cartões de crédito têm sido a ruína de muitos lares. Melhor deixar de comprar a crédito, a menos que tenha disciplina e limite. Abandone o uso de cartões de crédito, se você sabe que não haverá dinheiro para pagar. Pague suas contas no vencimento. Quando os pagamentos não puderem ser efetuados, comunique ao credor.
Deixar de dizimar é retirar-se da terra da bênção. Deus não honrará a má administração. Precisamos ser mordomos fiéis. Devemos honrar ao Senhor com as nossas riquezas (Pv 3.9,10). As riquezas são mais que o dízimo. O dízimo pertence a Deus. Somos chamados a honrar a Deus com a parte que nos resta depois de dizimar” (Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed., RJ: CPAD, 2005. p.146).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Vida Cristã
“Evitando dívidas fora do seu alcance
Muitos têm ficado em situação difícil, por causa do uso irracional do cartão de crédito (na verdade, cartão de débito). As dívidas podem provocar muitos males, tais como falta de tranquilidade (causando doenças); desavenças no lar; perda da autoridade e independência. Devemos lembrar: ‘O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta’ (Pv 22.7). Outro problema é o mau testemunho perante os ímpios, quando o crente compra e não paga.
Evitando os extremos
De um lado, há os avarentos, que se apegam demasiadamente à poupança, em detrimento do bem-estar dos familiares. São os ‘pães-duros’. Estes preferem ver os filhos sob um padrão baixo de conforto, não adquirindo os bens necessários, somente com o desejo de ‘poupar’, de entesourar para o futuro.
De outro lado, há os que gastam tudo o que ganham, e compram o que não podem, às vezes para satisfazer o exibicionismo, a inveja de outros, ou por mera vaidade. Isso é obra do Diabo” (LIMA, E. R. Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo. 1.ed., RJ: CPAD, 2002. p.172).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 10: A perda dos bens terrenos
Data: 2 de Setembro de 2012
TEXTO ÁUREO
“Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1.21).
VERDADE PRÁTICA
Ainda que percamos todos os nossos bens, continuaremos a desfrutar de nosso bem maior: Cristo Jesus nosso Senhor.
HINOS SUGERIDOS
456, 459, 477.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jó 1.1-22
As perdas na vida de Jó
Terça - Jó 1.13-15
Jó perde seu gado
Quarta - Jó 1.16
Jó perde seu rebanho
Quinta - Jó 1.17
Jó perde os camelos e funcionários
Sexta - Jó 1.18,19
Jó perde seus filhos
Sábado - Jó 42.10,12
Deus restaura a sorte de Jó
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jó 1.13-21.
13 - E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito,
14 - que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles;
15 - e eis que deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e eu somente escapei, para te trazer a nova.
16 - Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova.
17 - Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu escapei, para te trazer a nova.
18 - Estando ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,
19 - eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova.
20 - Então, Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou,
21 - e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR.
INTERAÇÃO
O materialismo é uma realidade na vida de muitos crentes que se deixaram levar pelas falácias da Teologia da Prosperidade e da Confissão Positiva. A mente e o coração, essencialmente, mergulhados numa perspectiva materialista de vida, não podem dar lugar a essência e a verdade do Evangelho de Cristo, que diz: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me” (Mt 16.24). Tomar a cruz, através do sofrimento de Cristo, é o convite feito por Jesus a todos os discípulos que são dignos dEle (Mt 10.38).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
“Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21). O texto áureo da presente lição apresenta uma afirmação existencial peremptória: o homem nasce sem bem material algum e morre sem levar quaisquer bens terrenos. Para concluir o tópico II pergunte aos alunos o que eles pensam acerca dessa assertiva de Jó. Ouça as respostas com atenção e coordene o tempo de fala para não gerar uma celeuma. Em seguida conclua o tópico afirmando que o importante na vida não é o que temos, mas o que somos para Deus (Mt 16.26; Mc 8.36,37).
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Perda: Ato ou efeito de deixar de possuir ou de ter algo.
Num mundo materialista quase não há espaço para encarar a realidade das perdas humanas. Até mesmo alguns crentes parecem viver o mundo encantado das “vitórias e conquistas” a qualquer preço. Contudo, perder filhos, imóveis e dinheiro, por exemplo, são consequências naturais da vida, inclusive dos que seguem a Cristo. A grande questão é: Como devemos nos comportar diante de tais acontecimentos? Já dizia certo pastor: “A verdadeira fé não se mostra nas bênçãos que recebemos, mas na resignação ante a soberania divina, mesmo quando perdemos o que Ele nos deu”. Nessa lição, à luz da vida de Jó, estudaremos os princípios bíblicos para o crente lidar com as perdas no caminho da vida.
Num só dia fora privado dos bens, dos funcionários e dos filhos! Qual seria a sua reação? A de Jó foi rasgar o manto, rapar a cabeça e sofrer a angústia natural de um pai que acabara de perder todos os filhos; do patrão que ficara sem os funcionários e do homem rico reduzido à extrema pobreza. Mas, contrariando a reação da lógica humana, Jó, prostrado, adorou a Deus (1.20). Podemos sofrer e, até mesmo, viver as perdas da vida. Nisso, somos humanos. Mas devemos, a exemplo de Jó, reconhecer a grandeza e a soberania de Deus no processo da perda, ainda que soframos duramente com ela (1.21).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Jó passou pela experiência das perdas de todos os seus bens — gado, rebanho, funcionários e filhos — mas em tudo reconheceu a soberania e a grandeza de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O bom caminho para superarmos as perdas de ordem material, afetiva e espiritual é lançar sobre o Senhor todas as ansiedades, pois Ele cuida de nós.
III. MESMO NA PERDA PODEMOS DESFRUTAR O AMOR DE DEUS
O apóstolo, então, passa a entender que a sua força está na fraqueza, pois o poder de Cristo aperfeiçoa-se justamente em nossas debilidades. A graça de Deus é insondável, infinita e incomensurável! Essa graça resgatou-nos. E de tão completa, ela nos basta por si mesma.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Ainda que percamos os mais preciosos bens, podemos desfrutar da graça e do amor de Deus. Ele intervém em nossa história!
CONCLUSÃO
Podemos perder tudo nessa vida — casa, dinheiro, emprego, excelentes oportunidades, relacionamentos, pai, mãe, filho, filha, esposo, esposa e, até mesmo, a própria saúde. Mas, apesar de todos os infortúnios, continuamos a crer no Evangelho de Cristo, pois Ele é o nosso baluarte e fortaleza. Nele, as perdas redundam em ganhos eternos, conforme afirma o profeta Habacuque: “Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. Jeová, o Senhor, é minha força” (Hc 3.17-19a). Alegre-se, pois, em Deus e caminhe sem temor!
VOCABULÁRIO
Celeuma: Agitação barulhenta; alvoroço, tumulto.
Funestas: Fatais, mortais, desventuras, desgraças.
Peremptória: Definitiva, terminante.
Preterido: Desprezado, rejeitado.
Sinistros: Acidentes, desastres.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PEARCEY, N. Verdade Absoluta: Libertando o Cristianismo de seu cativeiro cultural. 1.ed., RJ: CPAD, 2006.
RHODES, R. Por que coisas ruins acontecem se Deus é bom? 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“O sofrimento humano
O sofrimento do ser humano não é novidade. Ele parece ser uma realidade sempre presente na raça humana. Em Jó 5.7 registra-se o seguinte: ‘Mas o homem nasce para o trabalho, como as faíscas das brasas se levantam para voar’. Em Jó 14.1 afirma-se: ‘O homem, nascido da mulher, é de bem poucos dias e cheio de inquietação’.
Há muito tempo, coisas têm acontecido a pessoas boas, até mesmo com as pessoas de Deus dos tempos bíblicos. Quem pode esquecer o horrível sofrimento de Jó (ele perdeu a família e suas posses)? Davi, que estava para se tornar rei de Israel , por anos a fio, foi caçado e perseguido pelo ciumento e furioso Saul (1 Sm 20.33; 21.10; 23.8). A esposa de Oséias foi infiel (Os 1.2; 2.2,4). José foi tratado de maneira cruel por seus irmãos e vendido como escravo (Gn 37.27,28). João Batista, a mando da enteada de Herodes, foi decapitado (Mt 14.6-10). Paulo, inúmeras vezes, foi jogado na prisão, sofreu naufrágio, foi açoitado e deixado quase morto e muito mais (2 Co 11.25).
Às vezes, os cristãos chegam a pensar que quem obedece a Deus e procura ser um bom cristão não passará por sofrimentos horríveis. Entretanto, se coisas ruins aconteceram com Jó, João Batista e o apóstolo Paulo, com certeza elas podem acontecer com os bons cristãos” (RHODES, R. Por que coisas ruins acontecem se Deus é bom? 1.ed., RJ: CPAD, 2010, pp.15,16).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 11: Inveja, um grave pecado
Data: 9 de Setembro de 2012
TEXTO ÁUREO
“O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos” (Pv 14.30).
VERDADE PRÁTICA
O cristão verdadeiro não se deixa levar pela inveja e não age com maldade.
HINOS SUGERIDOS
422, 432, 491.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 37.1-3
Pratique a bondade
Terça - Pv 23.17
Não seja invejoso
Quarta - Fp 1.15
Pregar por inveja e disputa
Quinta - 1 Sm 2.22-25
As maldades dos filhos de Eli
Sexta - Pv 11.19,20
Deus abomina a maldade
Sábado - Ez 36.33
Deus purificará o seu povo de toda a maldade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 João 2.9-15.
9 - Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas.
10 - Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo.
11 - Mas aquele que aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos.
12 - Filhinhos, escrevo-vos porque, pelo seu nome, vos são perdoados os pecados.
13 - Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai.
14 - Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.
15 - Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
INTERAÇÃO
A Palavra de Deus recomenda-nos que sejamos cheios do Espírito Santo, pois assim não daremos lugar às obras da carne (Gl 5.16). Sabemos que a inveja procede da nossa natureza pecaminosa, da nossa carne. Precisamos nos encher constantemente do Espírito Santo para que possamos ter uma vida santa e justa, livre do pecado. Deus nos chamou para uma vida de santidade e pureza, por isso, na lição de hoje estudaremos dois graves pecados que não deveriam jamais encontrar lugar no coração dos crentes: a inveja e a maldade. A Bíblia declara que os que cometem tais coisas, se não se arrependerem, “não herdarão o Reino de Deus” (Gl 5.21).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Providencie cópias da tabela abaixo para os alunos. Inicie a lição fazendo as seguintes indagações: “O que é inveja?”; “Como o crente pode livrar-se deste sentimento pecaminoso?”. Ouça com atenção os alunos e explique que a carne e o espírito são opostos. Somente teremos vitória sobre as obras da carne, o pecado, se andarmos em Espírito (Gl 5.16). Em seguida, leia e discuta com os alunos os tópicos apresentados na tabela.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Inveja: Desejo violento de possuir o bem alheio; desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem.
A lição deste domingo trata de dois graves pecados, que jamais deveriam ser encontrados na vida do crente: a inveja e a maldade. A inveja leva à maldade e esta afasta o homem do seu Criador. Todo aquele que pratica a iniquidade será julgado e condenado por Deus. Infelizmente, muitos dos que afirmam servir ao Senhor praticam a maldade e, depois, hipocritamente, escondem-se atrás das máscaras da mansuetude e da humildade. Mas o Todo-Poderoso não se deixa enganar pelas aparências. No devido tempo, conforme a parábola do joio e do trigo, arrancá-los-á e os lançará no lago de fogo.
No Jardim do Éden, a serpente despertou algo parecido em Eva, levando-a ao desejo de ser como Deus (Gn 3.1-5). Esse sentimento ainda motivou o primeiro homicídio da história (Gn 4.5). Por isso, a manifestação da inveja entre os servos de Deus é condenável por sua Palavra (Gl 5.26).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A inveja teve origem na frustrada tentativa de Satanás em apoderar-se dos atributos de Deus.
Vendo que o semblante de Caim decaíra por causa da inveja e do ódio que ele nutria contra o seu irmão, Deus advertiu-o quanto ao pecado que jazia à porta. Mas Caim permitiu que a inveja se transformasse em ódio que, mais adiante, leva-o a planejar e a executar o assassinato de seu irmão. Em consequência de seu crime, Caim é banido da presença do Senhor (Gn 4.16). O crente deve aprender a controlar as suas emoções, pois os nossos atos geram consequências que, às vezes, acompanham-nos durante toda a vida.
Tomados pela inveja, venderam-no como escravo para o Egito. Mas, passados treze anos, o Senhor exaltou a José. O escravo hebreu tornou-se governador do Egito. E, nessa condição, pôde salvar a sua família, inclusive os que intentaram-lhe o mal (Gn 41-48). Mais tarde, eles vieram a se arrepender de seus pecados e a reconhecer que Deus, de fato, estava operando uma grande salvação por intermédio de José.
Infelizmente, há muitos crentes que invejam cargos e posições, esquecendo-se de que é o Senhor Deus quem chama e capacita os seus servos para obras específicas. O invejoso, porém, não entende isso. Por isso, vive amargurado de alma. Quem nutre tal sentimento precisa mais do que depressa correr aos pés de Cristo e buscar o perdão e a misericórdia. Se assim não proceder, não herdará a vida eterna.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A inveja é pecado e o crente não pode ser dominado por tal sentimento.
III. A DESTRUIÇÃO ADVINDA DA MALDADE
Não faltam relatos de pessoas que sofrem abuso moral e que têm a sua fé confrontada a todo instante. O desejo de galgar cargos e posições não é condenável desde que isso ocorra de forma ética e como fruto do esforço e dos méritos pessoais. É inadmissível, porém, a um servo de Deus agir de forma desleal e antiética. Devemos ser sal e luz, para influenciar positivamente o nosso ambiente de trabalho, a fim de que o nome de Cristo seja glorificado (Mt 5.13-16,20). Ainda que você seja prejudicado, aja de maneira cristã. O Senhor, no devido tempo, o honrará (Gl 6.9).
A maldade tem minado a fé de muitos. Quantas pessoas, alvos de calúnias e deslealdades, não se acham desviadas do caminho do Senhor? A Palavra de Deus diz que de seis coisas odiadas pelo Senhor, a sétima Ele abomina: semear contendas entre os irmãos (Pv 6.16-19). Mesmo que você esteja padecendo perseguições por parte dos falsos irmãos, prossiga fielmente, pois o Senhor reservou-lhe uma grande recompensa (2 Tm 3.12; Gl 2.4; 6.9; 1 Pe 5.4; Ap 2.10). Converse com o seu pastor; ele saberá como ajudá-lo.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A maldade traz consequências maléficas e acaba minando a fé do crente.
CONCLUSÃO
Quem serve a Deus verdadeiramente não deve sentir inveja do seu próximo nem praticar o mal. O Senhor chamou-nos para ser luz em meio às trevas. Assim, se você está sendo alvo de inveja e ou de maldades, procure olhar para o alto, para aquele que lhe dá a salvação e o livramento. Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem (Rm 12.9,21). Jamais esqueça que os olhos do Senhor estão atentos. Ele é justo e o seu rosto está voltado para os retos (Sl 11.4-7).
VOCABULÁRIO
Mansuetude: Mansidão.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GEISLER, N. Teologia Sistemática. Volumes 1 e 2, 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“A história dos primeiros dois rapazes nascidos a Adão e Eva realça as repercussões do pecado dentro da unidade familiar. Os rapazes Caim e Abel, tinham temperamentos notadamente opostos. Caim gostava de trabalhar com plantas cultiváveis. Abel gostava de estar com animais vivos. Ambos tinham uma disposição de espírito religioso. Os filhos de Adão levaram sacrifícios ao Senhor, o primeiro incidente sacrificial registrado na Bíblia. Que Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura não quer dizer necessariamente que animais são superiores a planta para propósitos sacrificais. Por que atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta fica evidente à medida que a história se desenrola. A primeira pista aparece quase imediatamente. Caim não suportava que algum outro ficasse em primeiro lugar. A preferência do Senhor por Abel encheu Caim de raiva. Só Caim podia ser o ‘número um’. O Senhor não estava ausente na hora da adoração. Ele abordou Caim e lhe deu um aviso. Deus não o condenou diretamente, mas por meio de um jogo de palavras informou a Caim que ele estava em real perigo. Se Caim tivesse feito bem, com certeza Deus o teria graciosamente recebido” (Comentário Bíblico Beacon. Vol.1, 1.ed., RJ: CPAD, 2005. p.43).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 12: As dores do abandono
Data: 16 de Setembro de 2012
TEXTO ÁUREO
“Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca” (Sl 68.6).
VERDADE PRÁTICA
Ainda que sejamos abandonados por parentes, amigos ou irmãos, Deus jamais nos desamparará.
HINOS SUGERIDOS
178, 187, 304.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Tm 5.8
Quem não cuida da família é pior que o infiel
Terça - Lv 19.32
Os idosos devem ser honrados
Quarta - Pv 27.10
Os amigos não devem ser abandonados
Quinta - Sl 50.15
Deus atende-nos no dia da angústia
Sexta - Êx 33.10,11
Moisés — o companheiro de Deus
Sábado - Jo 14.26
A promessa da vinda do Consolador
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 4.9-18.
9 - Procura vir ter comigo depressa.
10 - Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica; Crescente, para a Galácia, Tito, para a Dalmácia.
11 - Só Lucas está comigo. Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.
12 - Também enviei Tíquico a Éfeso.
13 - Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos.
14 - Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras.
15 - Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras.
16 - Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado.
17 - Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que, por mim, fosse cumprida a pregação e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão.
18 - E o Senhor me livrará de toda má obra e guardar-me-á para o seu Reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém!
INTERAÇÃO
Quem nunca se sentiu solitário ou abandonado ao atravessar um momento de dor e dificuldade? Os amigos e familiares podem até nos abandonar, mas temos um Deus que jamais nos desampara. Ele não nos deixa só (Is 49.15). As adversidades da vida muitas vezes embaçam os nossos olhos nos impedindo de ver o livramento do Senhor. Todavia Ele está conosco. Enfatize essa verdade durante o decorrer da lição, e mostre que como servos de Deus não podemos abandonar nossos irmãos, antes devemos consolá-los com o mesmo consolo que recebemos do Senhor.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Inicie a lição fazendo a seguinte indagação: “O que fazer diante do abandono?”. Ouça com atenção os alunos e explique que esta é uma situação muito difícil e que causa muita dor emocional, mágoas e ressentimentos. Porém, podemos tomar duas atitudes: a primeira é ter a consciência e a certeza de que Deus, como um Pai amoroso e bondoso, nunca nos deixa. (Leia Isaías 49.5). A segunda é perdoar os que nos abandonaram e desprezaram. Perdoar não é algo fácil. Todavia, é preciso para que possamos seguir em frente e sermos vitoriosos. Conclua lendo o texto áureo da lição.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Abandono: Deixar só, desamparar.
Hoje, trataremos dos efeitos que o abandono ocasiona na vida do servo de Deus. Não é novidade para ninguém, que é justamente nos momentos de angústia e aflição, que o ser humano sente-se esquecido por todos, inclusive pelos mais chegados. Todavia, consola-nos saber que o Senhor nunca abandona os seus filhos. Ele não os esquece. Aliás, o Pai Celeste conhece cada um de nós pelo nome. Quando o Senhor subiu ao céu, não nos deixou órfãos: enviou-nos o Espírito Santo, para consolar-nos e guiar-nos em todas as coisas (Jo 14.16).
A pessoa enferma necessita do apoio, do carinho e da dedicação dos seus familiares, para vencer e suportar a enfermidade. Não podemos nos esquecer, ainda, dos casais que se divorciam quando um dos cônjuges adoece. Deus não aprova tal atitude (Mt 19.6).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os filhos jamais devem desamparar os pais, pois o mandamento do Senhor de honrar o pai e a mãe continua válido para os dias atuais.
É chegada a hora de olharmos com mais carinho por aqueles que necessitam de nossos cuidados. Olhemos também pelos missionários que, muitas vezes abandonados, experimentam privações de toda sorte. Somos um só corpo e, como tal, devemos cuidar e zelar uns pelos outros, para que a Igreja de Cristo desfrute perfeita saúde (1 Co 12.12).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O Senhor nunca desampara seus filhos.
III. O DEUS QUE NÃO ABANDONA
Ao morrer em nosso lugar, Jesus ofereceu a maior prova de amor e lealdade que um amigo pode dar (Jo 15.13). Cristo, o amigo verdadeiro, morreu na cruz do Calvário para que hoje tivéssemos direito à vida eterna. Para você ter esse amigo fiel ao seu lado, basta aceitá-lo como seu salvador pessoal.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Jesus não nos deixou sozinhos, Ele enviou-nos o Consolador.
CONCLUSÃO
Ainda que a família e os amigos venham a abandonar-nos, Deus sempre nos acolherá. Ele está ao nosso lado. O seu Espírito orienta-nos em todas as nossas provações. Portanto, recorramos a Ele em nossas necessidades. Por outro lado, não nos esqueçamos de socorrer os que se acham em lutas e tribulações. É o que nos recomenda a lei do amor que nos entregou o Senhor Jesus. O seu mandamento é claro: amai-vos uns aos outros.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Comentário Bíblico Beacon. Vol.9., 1.ed., RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliológico
“Na ocasião em que foi abandonado por todos, Paulo recorda como Deus foi fiel: ‘Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto não seja imputado’ (2 Tm 4.16). [...] Paulo se recusou a ficar amargurado por esta experiência. Sua oração pelos que o abandonaram é quase idêntica à oração de Estêvão por seus assassinos: ‘Senhor, não lhes imputes este pecado’ (At 7.60).
Mas Deus permaneceu fiel: ‘Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que, por mim, fosse cumprida a pregação e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão’ (2 Tm 4.17). O apóstolo está se referindo à preponderância que teve ao enfrentar ousadamente seus inimigos na audiência e ao testemunho fiel do evangelho de Cristo, de que recebeu capacitação para testificar na mesma ocasião. Ficar livre da boca do leão foi um triunfo interior e espiritual em toda essa dificuldade que os lacaios de Satanás puderam lhe causar” (Comentário Bíblico Beacon. Vol.9., 1.ed., RJ: CPAD, 2005, p.535).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 13: A verdadeira motivação do crente
Data: 23 de Setembro de 2012
TEXTO ÁUREO
“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará” (Mt 6.6).
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira motivação do crente não está na fama ou no poder, mas em viver para glorificar a Cristo.
HINOS SUGERIDOS
304, 305, 436.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 3.30
Cristo é quem deve aparecer
Terça - Mc 9.30-37
Tendo o coração de uma criança
Quarta - Mc 10.42-45
O Filho do Homem veio servir
Quinta - Pv 8.13
Deus aborrece o coração soberbo
Sexta - Fp 4.8,9
Devemos ter uma motivação nobre
Sábado - Mt 11.29
Devemos aprender do Senhor
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Marcos 1.35-45.
35 - E, levantando-se de manhã muito cedo, estando ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava.
36 - E seguiram-no Simão e os que com ele estavam.
37 - E, achando-o, lhe disseram: Todos te buscam.
38 - E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue, porque para isso vim.
39 - E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galileia, e expulsava os demônios.
40 - E aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me.
41 - E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, se limpo!
42 - E, tendo ele dito isso, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo.
43 - E, advertindo-o severamente, logo o despediu.
44 - E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.
45 - Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas e a divulgar o que acontecera; de sorte que Jesus já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e de todas as partes iam ter com ele.
INTERAÇÃO
A palavra vaidade no meio evangélico, muitas vezes, é compreendida de maneira equivocada. Além de significar biblicamente, e de acordo com Salomão, “tudo o que passa” (Ec 1.2; 12.8); a palavra “vaidade” aponta para a ideia de hipervalorização pessoal: a busca intensa de reconhecimento e admiração dos outros. É o desejo intenso do poder pelo poder; das riquezas pelas riquezas; da fama pela fama. Isso sim, é o pleno mundanismo batendo nas portas de muitos arraias evangélicos! Verdadeiramente, essa não é a verdadeira motivação do crente. E muito menos a do Evangelho de Jesus de Nazaré!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Leve para a classe jornais e revistas antigos. Distribua entre os alunos e peça para pesquisarem reportagens e figuras de pessoas “famosas” (artistas, cantores de música gospel, pregadores, políticos, etc.) de cunho secular e evangélico. Depois, peça que os alunos comentem as figuras e em seguida discuta com a classe as seguintes questões: “O que é fama?”. “Qual a diferença entre ser famoso e ser bem-sucedido?”. Conclua explicando que devemos seguir o exemplo de Jesus. Ele nunca buscou a fama e até incentivou a prática anônima da vida cristã. O anonimato não é sinônimo de derrota.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Motivação: Ato ou efeito de motivar; motivo, causa.
Vivemos numa sociedade onde o ter sobrepõe-se ao ser. Sofremos pressões diárias para vivermos de forma materialista. Fama, poder e influência política procuram atrair-nos. No entanto, quando a pessoa acostumada à fama e ao poder cai no anonimato, perde o total controle da situação. Ela percebe não ser mais o centro das atenções. Nesta lição, estudaremos como o crente deve lidar com o anonimato em sua vida. Certamente não é a vontade de Deus que seus filhos busquem o estrelato terreno, mas o verdadeiro sentido de viver à luz do exemplo de simplicidade evidenciado na vida de Jesus de Nazaré.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A verdadeira motivação cristã dispensa a vaidade, não deseja o primeiro lugar e não se porta soberbamente.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O ser humano, criado por Deus, não foi feito para a fama.
III. O ANONIMATO NÃO É SINÔNIMO DE DERROTA
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A verdadeira sabedoria cristã consiste na simplicidade e no equilíbrio (bom senso) das coisas.
CONCLUSÃO
Como estudamos na lição de hoje, a fama não pode ser a motivação do crente. E o anonimato não significa derrota alguma para aqueles que estão em Cristo Jesus. O Meigo Nazareno chega a incentivar a prática anônima da vida cristã (Mt 6.1-4). A pureza, a simplicidade e a sinceridade são os valores do Reino de Deus que nem sempre são entendidos pelos incrédulos. Todavia, somos chamados a manifestar esses valores em nossa vida. Portanto, não se preocupe com o anonimato, mas seja o seu desejo em agradar ao Senhor que criou os céus e a terra. Pois estes manifestam a sua existência e provam que Ele esquadrinha as intenções dos nossos pensamentos e corações.
VOCABULÁRIO
Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas observáveis em diferentes processos patológicos (doenças) sem causa específica.
Mídia: Conjunto dos meios de comunicação social de massas [televisão, jornal, revistas, internet, etc.].
Narcisista: Aquele voltado para si mesmo; para a própria imagem.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LIMA, E. R. Ética Cristã: Confrontando as questões morais do nosso tempo. 1.ed., RJ: CPAD, 2002.
CABRAL, E. A Síndrome do Canto do Galo: Consciência Cristã — Um desafio à ética dos tempos modernos. 1.ed., RJ: CPAD, 2000.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliológico
“Os Apelos da Consciência
O apóstolo Paulo entendeu a ligação entre uma consciência cristã e uma mente espiritual. Ele escreveu: ‘Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo’ (1 Co 2.15,16). O cristão que tem a mente de Cristo conhece a sua vontade e seu propósito, por isso ele aprende a viver com uma consciência dos valores morais e espirituais estabelecidos por sua Palavra. Quando praticamos alguma ação, dizemos uma palavra, pensamos algo ou adotamos alguma atitude, devemos agir com uma mente espiritual. Ao avaliar essas várias situações, nossa consciência acenderá sua luz verde ou vermelha, concordando ou discordando; acusando ou defendendo. O julgamento da consciência será de acordo com o senso de justiça que a estiver dominando, se estiver purificada, jamais ela concordará com o erro; se contaminada, ela não conseguirá julgar corretamente. Devemos sempre comparar nossas ações à luz da justiça que a Bíblia apresenta. Nossas ações devem corresponder à uma consciência baseada na Palavra de Deus (2 Tm 3.16,17)” (CABRAL, E. A Síndrome do Canto do Galo: Consciência Cristã — Um desafio à ética dos tempos modernos. 1.ed., RJ: CPAD, 2000, p.134).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 14: A vida plena nas aflições
Data: 30 de Setembro de 2012
TEXTO ÁUREO
“Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.12,13).
VERDADE PRÁTICA
As tribulações levam-nos a amadurecer, em Cristo, capacitando-nos a desfrutar de uma vida espiritual plena.
HINOS SUGERIDOS
526, 531, 535.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 9.5,16
O padecimento do apóstolo
Terça - 2 Tm 4.9-11
A solidão do apóstolo
Quarta - Mt 7.4; 2 Tm 2.4
O caminho que leva à vida
Quinta - 2 Co 2.4
Sofrimentos e angústias
Sexta - Fp 4.12
Instruído na provação
Sábado - Fp 4.13
Podemos tudo naquEle que nos fortalece
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 4.10-13.
10 - Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade.
11 - Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.
12 - Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade.
13 - Posso todas as coisas naquele que me fortalece.
INTERAÇÃO
Professor, chegamos ao final de mais um trimestre, este foi um pouquinho mais longo devido o fato do ano ser bissexto e ganharmos mais uma lição. Vivemos tempos onde somos diuturnamente tentados a trocarmos a essência do verdadeiro Evangelho pela artificialidade das mensagens que nos são convidativas. Prega-se o fim do sofrimento em detrimento do sofrimento por Cristo; o antropocentrismo em detrimento do cristocentrismo; o triunfalismo em detrimento da simplicidade de Cristo Jesus. Mas, somos convidados, mesmo em tempos difíceis, prezado professor, a não perdermos de vista a simplicidade e o equilíbrio do Evangelho. Por isso, tende bom ânimo! Porque Ele, Jesus Cristo, venceu o mundo!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, antes de iniciar a lição de hoje, faça uma revisão dos temas estudados neste trimestre. A revisão do conteúdo programático das lições é muito importante para você concluir as lições. O objetivo do trimestre foi demonstrar ao aluno que, apesar dos percalços da vida, é possível ter uma vida plena da graça de Deus. Após a revisão das lições, inicie a última aula explicando aos alunos que, apesar dos sofrimentos cotidianos, como na vida de Paulo, podemos desfrutar da graça e do amor de Deus respectivamente. Não esqueça de agradecer a Deus pela conclusão de mais um trimestre.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Aflição: Estado daquele que está aflito; profundo sofrimento; ânsia, agonia, angústia.
No início desse trimestre, perguntamos se o crente em Jesus pode sofrer. A resposta reflete àquilo que já sabemos. O sofrimento na vida do justo é perfeitamente natural, pois peregrinamos num mundo de aflições. No entanto, é possível ao crente sofredor viver plenamente em Cristo (Jo 10.10). Por isso, na lição de hoje, estudaremos acerca da possibilidade de, apesar das angústias e lutas, vivermos de forma plena. Veremos que o servo de Deus pode desfrutar de uma vida cristã abundante em meio aos sofrimentos cotidianos. Com nossa mente e coração firmados no Eterno, Ele nos conduzirá, pelo seu poder e graça, ao deleite das suas promessas (Is 40.28).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A provação do apóstolo dos gentios é assim sintetizada: o homem que perseguia os cristãos é perseguido; aquele que afligia, é afligido; o que consentia na morte dos outros, tem a sua consentida.
A experiência paulina desafia-nos a viver um Evangelho que não prioriza a ilusão de uma vida de “mar de rosas”. Antes, desafia-nos a viver a realidade dos “espinhos” e “abrolhos” que não poucas vezes “ferem-nos a carne”. Todavia, a graça de Cristo é-nos suficiente para que, mesmo não tendo as necessidades satisfeitas, o nosso coração se acalme e venhamos a nos deleitarmos em Deus (2 Co 12.9).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Apesar de muitas vezes o apóstolo Paulo não ter suas necessidades satisfeitas, ele se viu livre da opressão da necessidade, contentando-se em Jesus Cristo.
III. AMADURECENDO PELA SUFICIÊNCIA DE CRISTO
A vida de Paulo nos ensina que a provação na vida do servo de Deus forjará uma pessoa melhor, mais crente em Jesus e fiel a Deus. O sofrimento faz-nos constatar o quanto dependemos do Senhor (Sl 118.8,9). Nada melhor do que crescermos em Deus, e diante dos homens, com as nossas próprias experiências!
Muitos outros exemplos podem ser lembrados, mas nessa oportunidade, destacamos o quanto somos finitos, limitados e insuficientes na hora da aflição da vida. Há, porém, um lugar de abrigo nos dias de tribulação: o esconderijo do Altíssimo. Pelo qual, podemos dizer: “Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei” (Sl 91.2).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Através das experiências obtidas na vida cristã, não nos tornamos autossuficientes, mas amadurecemos pela suficiência de Cristo.
CONCLUSÃO
Querido irmão e prezada irmã, jamais foi nossa intenção, nesse trimestre, desenhar para você um quadro ilusório da vida, dizendo: “Você não mais sofrerá, nem ficará doente ou muito menos morrerá”. Não! Tais falácias não são promessas bíblicas. Jesus nunca usou desses subterfúgios para lidar com os problemas existenciais dos seus discípulos. Nós, segundo o seu exemplo, temos a obrigação de dizer ao povo de Deus que no mundo teremos aflições (Jo 16.33). Mas Ele venceu o mundo e, por isso, devemos ter bom ânimo. É perfeitamente possível desfrutar a paz do Senhor no momento de provação e sofrimento. Por isso, tenha a paz em Deus, que excede todo entendimento, e bom ânimo em Cristo! Ele está conosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28.20). Amém!
VOCABULÁRIO
Gélida: Extremamente fria; gelada, glacial.
Abrolhos: Espinho de qualquer planta.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CABRAL, E. A Defesa do Apostolado de Paulo: Estudo na Segunda Carta aos Coríntios. 1.ed., RJ: CPAD, 2009.
ZUCK, R. B. Teologia do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2008.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliológico
“O consolo divino e o consolo comunitário
Paulo enfatiza o conceito de consolo. ‘O Deus de toda a consolação’ (2 Co 1.3). Deus Pai não é apenas um Deus que se compadece de nós nas nossas tribulações, mas aquEle que alivia nossos sofrimentos com o bálsamo de consolação do seu Espírito (Is 40.1; 66.13). A força da palavra consolo está no termo grego parák[l]etos utilizado em o Novo Testamento em referência à pessoa do Espírito Santo, como ‘o outro consolador’ prometido por Jesus, antes de ascender ao seu lugar no céu (Jo 14.16; 16.13,14). No versículo 4, Paulo dá um caráter bem pessoal com a frase: ‘Aquele que nos consola’ referindo-se especialmente à sua experiência pessoal vivida naqueles dias com as perseguições e calúnias contra a sua pessoa. Tanto ele quanto seus companheiros de ministério tinham passado por tribulações no mundo, mas tinham também o consolo e a paz de Cristo Jesus (Jo 14.27; 16.33). Na sequência do versículo 4, Paulo diz que o consolo que recebemos de Deus em meio às tribulações tem por objetivo servir de bênçãos para nós mesmos, que aprendemos a lidar com as circunstâncias, e nos tornar canais de consolo para outros. Na verdade, esse texto nos fala da responsabilidade do crente em relação aos seus irmãos em Cristo, quando enfrentam tribulações” (CABRAL, E. A Defesa do Apostolado de Paulo: Estudo na Segunda Carta aos Coríntios. 1.ed., RJ: CPAD, 2009, p.36).
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com.br