LIÇÕES 4 TRIMESTRE 2016 JOVENS
Lição 1 - O real significado da adoração e do louvor
Lição 2 - A obediência como adoração
Lição 3 - A adoração após a Queda
Lição 4 - Adoração como cumprimento da vontade de Deus
Lição 5 - A separação de um povo para adoração exclusiva
Lição 6 - A institucionalização da adoração e do louvor
Lição 7 - Quando o legalismo substitui a adoração
Lição 8 - A lembrança da essência da adoração
Lição 9 - A adoração integral ensinada por Jesus
Lição 10 - A adoração sem conhecimento
Lição 11 - A forma do culto
Lição 12 - Modismos na adoração e no louvor
Lição 13 - A Igreja louvará eternamente ao Senhor
BÍBLICAS CPAD JOVENS LIÇÃO N.1
4º Trimestre de 2016
Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 1: O real significado da adoração e do louvor
Data: 02 de Outubro de 2016
TEXTO DO DIA
“Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos! Ajoelhemos diante do SENHOR que nos criou” (Sl 95.6).
SÍNTESE
O louvor e a adoração são os atributos que o verdadeiro cristão consagra a Deus.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Dt 6.4
O primeiro grande mandamento
TERÇA — Jó 1.20
Adoração como reconhecimento da soberania de Deus
QUARTA — Mt 4.10
O Senhor Deus é o único que merece louvor e adoração
QUINTA — Sl 22.3
O louvor como instante da manifestação da presença divina
SEXTA — Mt 21.16
O perfeito louvor
SÁBADO — 2Cr 7.3
Adoração e louvor, o fundamento de nosso relacionamento com Deus
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
APRESENTAR a busca pela adoração como algo essencial ao ser humano.
RELACIONAR adoração e louvor com amor e obediência.
DISCUTIR a respeito dos perigos que corre uma igreja quando não vive em adoração.
INTERAÇÃO
Olá professores(as), novo trimestre — expectativas renovadas, novas oportunidades para crescimento. O tema que estudaremos está diretamente ligado ao nosso cotidiano na Igreja. Por isso, nosso desafio é torná-lo empolgante e contextualizado à sua realidade local. Nossas aulas não podem ser momentos de debates teológicos inúteis, e sim, instantes de formação espiritual continuada para esta nova geração que o Senhor levanta. Lembre-se, sua classe é de jovens, eles estão cheios de expectativas, incertezas e projetos. Faça dos momentos na Escola Dominical espaços de ministração mútua, abençoe a vida deles sendo um instrumento de Deus para apontar uma vida espiritual mais profunda e viva. Permita-se ser renovado pelas esperanças juvenis deles, afinal de contas, a Bíblia revela que há neles uma força que vem de Deus e da sua Palavra. Que suas aulas tornem-se, para vocês, inesquecíveis encontros de louvor e adoração ao Pai.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
O conhecimento não pode ser visto como algo restrito ao educador(a), seus educandos possuem um universo cultural riquíssimo e que precisa ser valorizado durante as aulas da ED. Por isso, uma boa sugestão didática é iniciar esta aula com a metodologia denominada Brainstorming ou “Tempestade Mental”, “Tempestade de Ideias”. A execução é muito simples. Inicie sua aula com as seguintes indagações: “O que é louvor e adoração?”; “Existe alguma diferença entre louvar e adorar? Qual?” Ou ainda com um pedido: “Defina em uma palavra cada um desses conceitos: adoração e louvor”. Identifique as características do que seja louvor e adoração. Daí em diante, deixe os educandos livres para participarem, anote as opiniões de cada um, compare as respostas, averigue se existem opiniões conflitantes, solicite aperfeiçoamento. Por fim, use, sempre que possível, as participações dos educandos como fio condutor para a aula a ser ministrada.
TEXTO BÍBLICO
Marcos 12.28-34.
28 — Aproximou-se dele um dos escribas que os tinha ouvido disputar e, sabendo que lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos?
29 — E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
30 — Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
31 — E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
32 — E o escriba lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus e que não há outro além dele;
33 — e que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças e amar o próximo como a si mesmo é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios.
34 — E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do Reino de Deus. E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO INTRODUÇÃO
Adorar e louvar são as duas faces de uma mesma moeda muito cara para nós: nosso relacionamento com Deus. Isto é um fato: quem não adora ou louva ao Pai sequer consegue se perceber como alvo do amor do Criador. Por isso, durante os próximos três meses estudaremos a respeito dos fundamentos de nossa adoração e louvor a Deus. O objetivo é aprofundar nossa relação com Deus. Muito mais que um árido e estéril exercício de diferenciações terminológicas, nossas aulas serão momentos reservados para, em comunidade, desenvolvermos nossa intimidade com Deus e o amor ao próximo.
Pense!
É notório que boa parte dos conflitos que Jesus tinha com as pessoas que comandavam o mundo religioso de sua época estava relacionada à sua visão sobre adoração e louvor.
Ponto Importante
Ao ser indagado sobre o “maior mandamento”, Jesus não declara apenas: “Adorar a Deus!”, o Mestre preocupa-se em afastar sua resposta da pura teoria e procura contextualizá-la associando-a diretamente ao amor a Deus e ao próximo, conceitos muito mais acessíveis a qualquer pessoa.
Pense!
Adoração e louvor não são uma sequência de protocolos a serem seguidos. Eles devem ser espontâneos e brotar de um coração inteiramente rendido ao Pai.
Ponto Importante
Cada pessoa é única e reage de maneira diferente ao sentir a presença de Deus nos momentos de adoração e louvor.
III. ALGUNS DESAFIOS NA ADORAÇÃO EM COMUNIDADE
Pense!
Você se sente motivado a louvar e adorar a Deus durante as celebrações em sua igreja? De que forma você pode contribuir para que o ambiente comunitário em que você serve a Deus torne-se um espaço de vivências de adoração?
Ponto Importante
A moderação é uma palavra-chave na construção das liturgias coletivas em uma comunidade. A igreja não pode tornar-se um campo de combate de gostos e opiniões. Princípios como “cuidado com os mais fracos” e “misericórdia” sempre devem estar presentes.
CONCLUSÃO
Ao falarmos de louvor e adoração precisamos ter a consciência de que estamos lidando com temas absolutamente relevantes para o Reino de Deus. Neste tempo de poucos referenciais e muitos escândalos, desenvolver um senso coletivo de intimidade e temor a Deus será essencial para o amadurecimento de nossas igrejas.
ESTANTE DO PROFESSOR
SILVA. E. R. Adoração sem limite: Um coração aos pés de Cristo. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2015.
HORA DA REVISÃO
Resposta pessoal. Sugestão: Adoração é um desejo pessoal de dedicar o máximo de si a Deus e às demais pessoas.
Sim. Adoração pode ser vista como uma veneração piedosa a Deus e louvor como uma manifestação pessoal de gratidão e reconhecimento do senhorio a Deus.
Porque por meio desta resposta, o escriba demonstra que compreendeu que adoração e louvor são o resultado espontâneo de um coração livre, e não de um sistema de práticas religiosas.
Cerimonialismo legalista e Liberalismo litúrgico.
Cultura de irreverência, descaracterização do louvor, formalismo e esvaziamento da fé.
SUBSÍDIO
“ADORAR. sāhāh: ‘adorar, prostrar-se, curvar-se’. Esta palavra é encontrada no hebraico moderno no sentido de ‘curvar-se’ ou ‘inclinar-se’, mas não no sentido geral de ‘adorar’. O fato de que ocorre mais de 170 vezes na Bíblia hebraica mostra algo do seu significado cultural. Aparece pela primeira vez em Gênesis 18.2. O ato de se curvar em homenagem é feito diante de um superior ou soberano. Davi ‘se curvou’ perante Saul (1Sm 24.8). Às vezes, é um superior social ou econômico diante de quem a pessoa se curva, como quando Rute ‘se inclinou’ à terra diante de Boaz (Rt 2.10). Num sonho, José viu os molhos dos seus irmãos ‘inclinando-se’ diante do seu molho (Gn 37.5,7,8). A palavra sāhāh é usada com o termo comum para se referir a ir diante de Deus e na adoração (ou seja, adorar), como em 1 Samuel 15.25 e Jeremias 7.2. Às vezes está junto com outro verbo hebraico que designa curvar-se fisicamente, seguido por ‘adorar’, como em Êxodo 34.8: ‘E Moisés ... encurvou-se [‘adorou’ — ARA]’. Outros deuses e ídolos também são o objeto de tal adoração mediante a ação de se prostrar diante deles (Is 2.20; 44.15.17)” (VINE, W. E.; UNGER, Merril F.; WHITE JR., William. Dicionário Vine. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2007. p.31).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS n.2
4º Trimestre de 2016
Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 2: A obediência como adoração
Data: 9 de Outubro de 2016
TEXTO DO DIA
“Agora, pois, ó Israel, que é que o SENHOR, teu Deus, pede de ti, senão que temas o SENHOR, teu Deus, e que andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR [...]” (Dt 10.12).
SÍNTESE
Adoração e obediência são princípios muito interligados. Obedecer é dizer “não” para o eu e “sim” para Deus.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — 1Sm 15.22
A obediência voluntária é muito melhor que o sacrifício ritualístico
TERÇA — Jr 42.6
A obediência precisa ser incondicional
QUARTA — Lc 18.22
Não era sobre dinheiro, mas sobre adoração como obediência
QUINTA — Fp 2.8
Jesus, paradigma de obediência
SEXTA — 2Co 2.9
O desafio da obediência sincera
SÁBADO — Cl 3.20
Quando a obediência aos pais é adoração ao Pai Celeste
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
COMPREENDER que o fracasso de Israel no tempo dos Juízes tinha seu fundamento na desobediência.
IDENTIFICAR a obediência a Deus como a obediência à Palavra de Deus;
DEMONSTRAR que a adoração a Deus deve estar presente em nossas ações cotidianas através da obediência.
INTERAÇÃO
Vivemos em uma sociedade de valores absolutamente invertidos; aquilo que a Bíblia Sagrada declara como honroso e digno, o mundo retrata como ridículo e atrasado. Um dos conceitos mais atacados em nossos dias é o de “obediência”; para muitos jovens “obedecer” é sinônimo de fraqueza, covardia e medo. Há entre nós, até mesmo em nossas Igrejas, a cultura da rebeldia. Essa cultura é alimentada por ícones da cultura Pop contemporânea. Faz parte de seu ministério, enquanto educador, ressignificar a definição de “obediência” entre os jovens que frequentam sua sala de aula. Para tanto, apresente exemplos positivos de pessoas que, por serem obedientes aos pais, às leis, a Deus, foram bem-sucedidas em suas vidas. Por fim, mui amorosamente, revele a eles que servir a Deus é um processo longo, contínuo e progressivo de obediência ao Pai. É algo árduo, mas que o fruto de comunhão com Deus, advindo de tal comportamento, é excelentíssimo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Solicite aos alunos que façam uma tabela com o título: “Meu Plano de Vida” e que criem as seguintes colunas: “Vida Profissional, Acadêmica, Espiritual, Sentimental” (e outras colunas que você, educador, achar necessárias). Em seguida, oriente-os a preencher cada coluna com suas expectativas — pode ser apenas palavras-chave, frases ou até mesmo datas que representem determinadas metas. Depois, peça-os que façam um círculo e coloquem sobre ele o título “Meu Plano de Vida”. Logo após, dê a eles o seguinte comando: “Livremente, conforme vocês bem acharem, preencham o plano de vida de vocês, sabendo de uma coisa: Tudo o que vocês colocarem dentro deste círculo precisa estar interligado entre si”. Ou seja, se eles escreverem “trabalho”, “igreja”, “amor”, “01/01/2020” eles precisam explicar como estas informações relacionam-se entre si simultaneamente. Ao final, pergunte-os sobre qual destes planejamentos foi mais fácil de fazer e por quê.
TEXTO BÍBLICO
Juízes 2.8-10;16-19.
8 — Faleceu, porém, Josué, filho de Num, servo do SENHOR, da idade de cento e dez anos.
9 — E sepultaram-no no termo da sua herdade, em Timnate-Heres, no monte de Efraim, para o norte do monte Gaás.
10 — E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o SENHOR, nem tampouco a obra que fizera a Israel.
16 — E levantou o SENHOR juízes, que os livraram da mão dos que os roubaram.
17 — Porém tampouco ouviram aos juízes; antes, se prostituíram após outros deuses e encurvaram-se a eles; depressa se desviaram do caminho por onde andaram seus pais ouvindo os mandamentos do SENHOR; mas eles não fizeram assim.
18 — E, quando o SENHOR lhes levantava juízes, o SENHOR era com o juiz e os livrava da mão dos seus inimigos, todos os dias daquele juiz; porquanto o SENHOR se arrependia pelo seu gemido, por causa dos que os apertavam e oprimiam.
19 — Porém sucedia que, falecendo o juiz, tornavam e se corrompiam mais do que seus pais, andando após outros deuses, servindo-os e encurvando-se a eles; nada deixavam das suas obras, nem do seu duro caminho.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a respeito da íntima relação entre obediência e adoração. Veremos que todo ato de obediência a Deus pode naturalmente ser considerado uma ação que louva ao Senhor. Deste modo, rompemos com o conceito errôneo de que apenas atitudes cerimoniais ou litúrgicas associam-se à adoração.
Perceberemos que é possível louvar ao Rei do universo por meio de nossa vida cotidiana. Partindo do exemplo do povo de Israel no período dos Juízes, seremos conduzidos à compreensão de que a obediência não pode ser meramente formal, da boca para fora, pois é possível desobedecer a Deus fazendo aquilo que aparentemente é a coisa certa. A verdadeira obediência, assim como o genuíno louvor, é produzida dentro de nós.
Eles escolheram um caminho de dor, e por isso este foi o principal cenário no qual Deus os ensinou. A fonte da dor e do mal que os israelitas viveram neste período foi resultado das escolhas tortuosas (21.25). Mas a despeito destas, o Senhor ainda foi capaz de revelar seu amor e misericórdia. Israel experimentou a amargura de perceber-se longe do Senhor, não por que Ele simplesmente os abandonou, mas em virtude da infidelidade espiritual do povo que os conduziu a um sistemático afastamento de Deus (Jz 2.19; 3.7; 8.33; 10.13).
Pense!
Deus não foi somente abandonado pelos israelitas. Eles entregaram aos falsos deuses aquilo que pertencia ao Senhor. Você ainda amaria essas pessoas?
Ponto Importante
Deus nunca foi desleal para com o seu povo. O Senhor jamais mudou em sua disposição de abençoar e acolher Israel. Todavia, eles repetidas vezes, trocaram a segurança do amor do Altíssimo pelos encantos de Baal e Astarote.
Pense!
Declarar que a Bíblia é um livro de princípios e não de regras significa dizer que os valores que ela defende são imprescindíveis, universais e eternos.
Ponto Importante
Você conhece suficientemente a Bíblia para compreender a vontade de Deus para sua vida?
III. ADORANDO A DEUS NO DIA A DIA
Pense!
Ao aplicar-se com amor a suas atividades você despertará nas pessoas o desejo de saber porque você é tão feliz e dedicado em tudo o que faz; nessas oportunidades, declare com alegria: Não sou eu, é Cristo em mim!
Ponto Importante
Algumas pessoas fazem de sua existência um emaranhado de subdivisões: vida profissional, acadêmica, amorosa, espiritual, familiar, etc. Você não possui várias “vidas” separadas entre si.
CONCLUSÃO
Como vimos, adoração e obediência não podem ser separadas uma da outra. Somente quem possui um coração de servo, disposto a obedecer em todas as instâncias de sua vida, é capaz de adorar a Deus com excelência.
HORA DA REVISÃO
Sempre que alguém está adorando a Deus, esta pessoa está obedientemente submetendo-se à vontade de Deus; todas as vezes que agimos debaixo de obediência, Deus é glorificado em nossas vidas.
Acreditar que a obediência e a adoração podiam ser dissociadas de tal modo que, mesmo em desobediência frontal à vontade de Deus, eles poderiam ainda assim adorá-lo.
A Bíblia contém princípios que são imprescindíveis, universais e eternos.
Não. Resposta pessoal. SUGESTÃO: pois a materialização da obediência a Deus está diretamente vinculada às ordenanças por Ele apresentadas na Bíblia.
Sendo exemplo de obediência e honradez no cumprimento de minhas responsabilidades.
SUBSÍDIO I
“Quando Deus criou os dois primeiros seres humanos, Adão e Eva, estabeleceu um limite moral: ‘E ordenou o Senhor Deus ao homem,dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás’ (Gn 2.16,17). Adão e Eva eram livres para acreditar em Deus e obedecer a sua lei, ou desobedecê-lo e sofrerem as consequências. Essa mesma escolha confronta cada pessoa no decorrer da história. Obediência a Deus não é uma questão de seguir regras arbitrariamente impostas por um mestre severo. Mas um meio de entrar na vida real, uma vida cheia de significado e propósito: ‘Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal... escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente’ (Dt 30.15-19). A obediência também não é apenas sobre ações externas. Mas uma reação interna a Deus como um ser pessoal; é a escolha de conhecer e amar (Dt 6.5). No âmago dos mandamentos de Deus não está um conjunto de princípios ou uma lista de expectativas, mas a essência de um relacionamento. Somos feitos para amar a Deus com todo o nosso ser” (COLSON, Charles & PEARCEY, Nancy. E Agora Como Viveremos? 1ª Edição. RJ: CPAD, 2000. pp.235,236).
SUBSÍDIO II
“Quando chegamos no Novo Testamento, a primeira coisa que notamos é que todo o povo de Deus é dotado e chamado para fazer várias obras pelo Espírito de Deus (veja Atos 2.17; 1 Coríntios 12.7), e não apenas as pessoas especiais como os artesãos do Templo, reis ou profetas. Todo o trabalho humano, quer seja complicado ou simples, é possibilitado pela operação do Espírito de Deus na pessoa que trabalha. Como poderia ser diferente? Se a vida inteira do cristão é por definição uma vida no Espírito, então o trabalho não pode ser exceção, quer seja trabalho religioso ou trabalho secular, trabalho ‘espiritual’ ou trabalho mundano. Em outras palavras, trabalhar no Espírito é uma dimensão do andar cristão no Espírito (veja Rm 8.4; Gl 5.16-25). Deus deseja que todos os cristãos utilizem pelo trabalho que fazem os vários dons que Ele lhes deu. Deus chama os indivíduos para entrar no seu Reino e viver uma vida de acordo com as suas demandas. Quando eles respondem, Deus os capacita a dar o fruto do Espírito e os dota cada um com os múltiplos dons do Espírito. Na qualidade de pessoas dotadas pelo Espírito e guiadas pelas demandas do amor, os cristãos devem fazer seu trabalho na obra de Deus e da humanidade” (PALMER, Michael D. (Ed.). Panorama do Pensamento Cristão. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2001. p.228).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS LIÇÃO N.3
4º Trimestre de 2016
Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 3: A adoração após a Queda
Data: 16 de Outubro de 2016
TEXTO DO DIA
“Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo [...]” (Hb 11.4).
SÍNTESE
A adoração a Deus conduz-nos a uma vida de maior intimidade com o Senhor. Mas, neste percurso, muitas vezes nos deparamos com um perigoso obstáculo, nosso coração mau e teimoso.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Gn 4.2
Abel e Caim, duas trajetórias
TERÇA — 1Jo 3.12
Caim, homem de comportamento maligno
QUARTA — Mt 23.35
Abel, um homem justo
QUINTA — Gn 4.16
Por seu pecado, Caim não pôde permanecer na presença de Deus
SEXTA — Jd 11
Caim, paradigma daqueles que entraram pelo caminho mal
SÁBADO — Hb 12.24
O sangue de Jesus para a obra da salvação
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
DISCUTIR os principais aspectos do relato bíblico sobre Abel e Caim.
RELACIONAR os conflitos vivenciados por Caim com as crises que enfrentam aqueles que não têm um coração puro diante de Deus.
DEMONSTRAR que as crises que vivenciamos na Igreja estão diretamente ligadas aos nossos relacionamentos com as outras pessoas, nunca com Deus.
INTERAÇÃO
A vida em comunidade é um enorme desafio; são pessoas diferentes, com visões e percepções diversas, unidos por um elemento em comum, no nosso caso, a fé. Pressupõe-se que a Igreja seja um ambiente de construção de relacionamentos sadios, abençoadores e fundamentados em Deus. Mas na verdade, como bem sabemos, nem sempre é assim. A narrativa acerca de Abel e Caim ilustra de maneira primorosa como nossa convivência com outras pessoas pode ser conturbada e traumática. Eram irmãos, orientados a desenvolverem uma espiritualidade viva, todavia, foi exatamente no espaço religioso que o conflito tomou corpo: inveja, insegurança, rancor e raiva encheram o coração de um dos irmãos, enquanto o outro experimentava gratidão, acolhimento, aceitação e paz.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
“Inveja”, esta parece ser uma das palavras-chave de nossa lição hoje. Desafie seus educandos a montarem um quadro identificando os comportamentos que podem ser definidos como práticas que tem seu fundamento na inveja. Lembre-se, este deve ser um momento construtivo na aula, não de “lavagem de roupa suja” ou de exposição da vida de uma pessoa específica, antes, instigue-os a partirem da própria experiência pessoal, de seus sentimentos particulares.
Demonstre aos seus educandos que não existe “inveja positiva” e que a raiz de tal sentimento sempre é a vontade de destruição do outro. Se possível, ao final deste momento, realize uma oração, clamando ao Pai por cura e restauração aos corações feridos e machucados pela inveja.
TEXTO BÍBLICO
Gênesis 4.1-8.
1 — E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do SENHOR um varão.
2 — E teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra.
3 — E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR.
4 — E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta.
5 — Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante.
6 — E o SENHOR disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?
7 — Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás.
8 — E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel e o matou.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje, vamos analisar um dos mais trágicos textos da Bíblia Sagrada: o fratricídio de Abel por Caim. Dentre as várias maneiras de se estudar este denso relato bíblico, o elemento do culto não pode ser desconsiderado em nenhuma delas. O fio condutor que interliga toda história de Abel e Caim é a adoração. Como compreender que o contexto da adoração a Deus pode fazer tanto bem a alguns e deixar outros tão mal? É sobre isso que pensaremos hoje.
Pense!
Quando apresento minha adoração a Deus, o que meu louvor revela? Inveja, segundas intenções, egoísmo?
Ponto Importante
A Queda foi um terrível acontecimento na história da humanidade, o amor de Deus, entretanto, nunca nos abandonou.
Pense!
Aceitar a verdade é o momento inicial para qualquer tratamento. A fuga da verdade nos enfraquece e constitui uma realidade falsa à nossa vista.
Ponto Importante
Você já foi curado de dores ou feridas na alma enquanto louvava a Deus? A adoração ao Pai é o caminho por excelência para recebermos do céu o remédio necessário e suficiente para restabelecermos nosso bem-estar espiritual.
III. DEUS NÃO FICA INERTE DIANTE DA INJUSTIÇA
Pense!
O que você tem, dentro de seu campo de ação, feito para tornar sua igreja um local onde pessoas feridas possam encontrar cura e acolhimento para suas vidas?
Ponto Importante
O reconhecimento de relações conflituosas é um passo importante para a construção de um ambiente de cura e restauração.
CONCLUSÃO
Partindo do olhar construído durante toda esta lição, podemos afirmar que há dois tipos de pessoas que se apresentam diante do Pai em adoração: Aquelas que reconhecem a soberania dEle, e por isso são capazes de darem o melhor de si; e as outras que não podem dar a Deus o melhor de si porque estão envoltos em maldade e inveja. Para estes há punição, para aqueles Deus destina amor, paz e redenção.
ESTANTE DO PROFESSOR
ANDRADE, Claudionor, de. O Começo de Todas as Coisas. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2015.
HORA DA REVISÃO
Porque a disciplina pelo pecado do primeiro casal era fruto do amor e cuidado de Deus, não era um sinal de abandono e rejeição.
Resposta Pessoal. SUGESTÃO: As obras e o caráter de Abel eram boas, enquanto que a vida e coração de Caim denunciavam sua maldade.
Resposta Pessoal. Sugestão: Sim, pois diante de Deus, aquEle que habita na imarcescível luz, tudo o que somos manifesta-se.
Nosso coração enche-se de terrível maldade. Talvez o pior de tudo isso é quando a maldade extrapola nossos corações e fere o que está perto de nós.
Nunca abandone sua comunhão com o Pai. O Senhor nos ama infinitamente. Se pessoas lhe decepcionaram, Deus nunca nos desapontará.
SUBSÍDIO
“A morte reinou desde que Adão pecou, mas nós não lemos sobre alguém ter sido feito prisioneiro por ela até agora. Assim sendo: O primeiro que morre é um santo, alguém que era aceito e amado por Deus, para mostrar que, embora a semente prometida estivesse muito longe para destruir aquele que tinha o poder da morte assim como para salvar os crentes de seu aguilhão, ainda hoje eles estão expostos aos seus ataques. O primeiro que foi para a sepultura foi para o céu. Mais ainda: O primeiro que morreu foi um mártir, e morreu por sua religião. A morte de Abel não apenas não tem nenhuma maldição em si, mas tem uma coroa. Assim é tão admiravelmente bem alterada uma característica da morte: ela passa a ser apresentada como inócua e inofensiva para aqueles que morrem em Cristo, além de honrosa e gloriosa para aqueles que morrem por Ele. E assim, não estranhemos se nos sobrevier alguma prova ardente, nem recuemos se formos chamados para resistir até o sangue. Porque nós sabemos que existe uma coroa de vida para aqueles que são fiéis até a morte” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Matthew Henry: Gênesis a Deuteronômio. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2010. p.37).
fonte www.mauricioberwald.com
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS
4º Trimestre de 2016
Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 4: Adoração como cumprimento da vontade de Deus
Data: 23 de Outubro de 2016
TEXTO DO DIA
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
SÍNTESE
Quando uma pessoa resolve desenvolver uma vida de adoração e louvor a Deus, compreender a vontade do Pai torna-se o caminho mais fácil para atingir esse objetivo tão maravilhoso.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Gn 22.5
A inabalável fé de Abraão
TERÇA — Gn 26.24
A promessa a Isaque
QUARTA — Jo 9.31
O Senhor ouve aqueles que fazem sua vontade
QUINTA — Gn 17.1
A adoração que leva ao aperfeiçoamento do adorador
SEXTA — 1Pe 4.19
Aqueles que padecem fazendo a vontade de Deus
SÁBADO — Mc 3.34,35
O cumprimento da vontade de Deus
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
APRESENTAR Abraão como exemplo de fé e adoração do Antigo Testamento;
RELACIONAR a trajetória de Isaque com os desafios para cumprir a vontade de Deus;
ANALISAR, a partir da parábola dos dois irmãos, as características daqueles que adoram a Deus cumprindo sua vontade.
INTERAÇÃO
Os jovens que compõem nossas salas de ED, assim como qualquer pessoa, muitas vezes ficam ansiosos diante das múltiplas possibilidades que a vida apresenta. Ao tratar de um assunto tão relevante quanto à relação entre adoração e a vontade de Deus, lembre-se sempre de fazer uma abordagem cheia de amor e misericórdia, pois muitas pessoas vão se identificar com os dilemas enfrentados pelos personagens bíblicos, os quais muitas vezes retratam a condição humana: cheia de ansiedades e medos.
Procure demonstrar a seus educandos que assim como Abraão e Isaque conseguiram discernir a vontade de Deus, e assim desfrutaram de uma vida para a glória do Pai, assim também eles, tendo fé e paciência, compreenderão os planos do Senhor para as vidas deles. Falar de esperança e paciência para quem vive na geração do imediatismo não é nada fácil, mas isso também faz parte de nosso ministério enquanto educadores de valores espirituais.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Inicie sua aula anunciando que ao final da ministração, se toda classe participar ativamente, todos receberão um prêmio — nessas horas chocolate parece ser melhor que uma medalha de ouro. Não diga que prêmio, nem demonstre que trouxe alguma coisa. Exercite a fé e a esperança deles — claro que fé e esperança num presente humano servirão apenas como um pequeno exercício para comparar com disposição espiritual que devemos ter.
Ministre sua aula inteira, em momentos pontuais chame-os a participar mais, a crerem no galardão que receberão no final. Lembre-os que se eles não conseguem acreditar nas promessas feitas por uma pessoa de carne e osso que eles constantemente veem, como crerão nas palavras do Criador? Finalizando sua aula, sinalize como se tudo estivesse acabando, mas antes que suas palavras caiam no descrédito, surpreenda todos com a apresentação do prêmio justo que os fiéis merecem.
TEXTO BÍBLICO
Gênesis 12.1-8.
1 — Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2 — E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.
3 — E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
4 — Assim, partiu Abrão, como o SENHOR lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã.
5 — E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e toda a sua fazenda, que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e vieram à terra de Canaã.
6 — E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; e estavam, então, os cananeus na terra.
7 — E apareceu o SENHOR a Abrão e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao SENHOR, que lhe aparecera.
8 — E moveu-se dali para a montanha à banda do oriente de Betel e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
É a respeito de adorar a Deus, mesmo quando tudo parece errado, que falaremos hoje. Partindo da narrativa bíblica a respeito de Abraão e seu herdeiro Isaque, concentrar-nos-emos no esforço de demonstrar que cumprir a vontade de Deus é o único caminho para a verdadeira adoração.
Pense!
Você seria capaz de abrir mão de seus sonhos para cumprir a vontade de Deus?
Ponto Importante
A vontade de Deus na época de Abraão era manifesta por meio de revelações, sonhos, visões. Hoje, a Bíblia Sagrada é o caminho por excelência da revelação de Deus!
Pense!
Você teria a confiança que Isaque teve, de entregar, literalmente, a vida nas mãos de quem você ama e acreditar que esta pessoa, seguindo a orientação de Deus, fará o melhor por você?
Ponto Importante
Os exemplos de Isaque e Abraão demonstram-nos que não há idade mínima ou máxima para submeter-se à vontade de Deus.
III. COMO POSSO SABER SE ESTOU FAZENDO A VONTADE DE DEUS E, POR ISSO, ADORANDO-O
Pense!
Será que nossa experiência evangélica contemporânea tem colaborado para formar pessoas que, confessando seus pecados e maldades, buscam fazer a vontade de Deus?
Ponto Importante
Saber o que nos alimenta, isto é, qual o combustível de nossa existência é algo imprescindível para discernirmos as intenções de nossos corações — os quais são muito tendenciosos à cobiça vã e ao erro. Que seja o Reino, a vontade e o amor de Deus a força que nos impulsiona a viver.
CONCLUSÃO
Adoração e vontade de Deus são dois conceitos importantíssimos para o desenvolvimento da vida cristã. Dissociá-los é, na verdade, descaracterizá-los; só há adoração onde existe um coração nascido de novo que crucificou o eu e entregou o trono do desejo ao Criador do universo. Sabedores que somos destas verdades, busquemos intensamente a concretização da vontade de Deus em nossas vidas.
HORA DA REVISÃO
Escolher a vontade de Deus, pois ela é sempre boa, perfeita e agradável.
Paz, prosperidade, alegria e realização pessoal e familiar.
Quando uma pessoa cumpre a vontade de Deus inevitavelmente ela estará adorando a Deus com o melhor que tem, sua vida.
Abraão: saída para Canaã, oferecimento de Isaque, despedida de Ismael; Isaque: paciência para o recebimento da esposa, permanência na terra em tempo de seca, fé na oração que pedia um filho.
A motivação que animava Jesus a continuar seu ministério apesar dos problemas era a crença de que a vontade de Deus era o melhor.
SUBSÍDIO
“Todos sabemos que existem consequências para as ações que praticamos. O que fazemos pode desencadear uma série de acontecimentos que talvez perdurem até muito tempo após a nossa morte. Infelizmente, quando tomamos uma decisão, a maioria de nós pensa somente nas consequências imediatas. Este engano é cometido com frequência pelo fato de termos um período de vida relativamente curto. Abraão teve uma escolha a fazer. Sua decisão consistia em partir com a família e os pertences para terras desconhecidas ou permanecer exatamente onde estava. Ele precisava decidir entre a segurança do que possuía e a incerteza de viajar sob a direção de Deus. Tudo com que ele contava para prosseguir era a promessa de que Deus iria guiá-lo e abençoá-lo. Abraão dificilmente poderia imaginar quanto o futuro dependia de sua decisão, mas sua obediência afetou a história do mundo inteiro. A resolução firme de obedecer e seguir a Deus resultou no desenvolvimento da nação que seria usada por Deus ao visitar Ele próprio a terra. Quando Jesus Cristo veio ao mundo, a promessa de Deus foi cumprida; através de Abraão o mundo inteiro foi abençoado” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 1995. p.31).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS
4º Trimestre de 2016
Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 5: A separação de um povo para adoração exclusiva
Data: 30 de Outubro de 2016
TEXTO DO DIA
“Porque povo santo és ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que sobre a terra há” (Dt 7.6).
SÍNTESE
Todas as pessoas e instituições sobre a terra possuem uma finalidade que dota de sentido sua existência; para a nação de Israel, existir significa louvar e adorar ao único Deus verdadeiro.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — 1Cr 17.21
Povo incomparável
TERÇA — 2Sm 7.24
A condição de povo especial
QUARTA — 1Sm 12.22
A imutável fidelidade do Senhor
QUINTA — Sl 100.3
Foi o Senhor que trouxe esse povo à existência
SEXTA — 1Pe 2.9
A Igreja como povo de Deus
SÁBADO — Tt 2.14
A finalidade do sacrifício de Jesus
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
DEMONSTRAR a maneira graciosa e miraculosa como Israel foi criado por Deus;
DISCUTIR a respeito da necessidade de separação de Israel como povo para louvar a Deus;
REFLETIR a respeito da relação entre Igreja e Israel.
INTERAÇÃO
Na continuação de nossas reflexões a respeito do louvor e adoração a Deus, analisaremos na aula de hoje a gênese do povo de Israel como comunidade formada exclusivamente para a glória de Deus. Nascido das promessas anunciadas a Abraão e sua descendência, o povo de Israel é uma prova histórica da ação benevolente de Deus em favor daqueles que lhe servem amorosamente. Partiremos do episódio da saída do Egito para demonstrar a natureza do relacionamento de Deus com o seu povo que desafiadoramente exigia daquelas pessoas o rompimento com os costumes politeístas da época e as chamava para uma experiência de adoração reservada apenas a Deus.
Relacione a distante e longínqua história de Israel com a vida pessoal de cada um de seus educandos, desafiando-os a crer que se as promessas celestes foram o fundamento da subsistência de Israel, em todo tempo, especialmente nas crises, as promessas proferidas a eles têm em Jesus o sim e o amém (2Co 1.20).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Desafie seus alunos a construírem uma linha do tempo destacando nela os principais acontecimentos de suas vidas. Após este momento especial de rememoração, solicite-os que selecionem e apresentem dentre os acontecimentos registrados o momento mais marcante para eles. Faça desta parte da sua aula um instante de partilha e aproximação coletiva. Ainda que haja momentos de descontração, esteja preparado para acolher aqueles que destacarão momentos de perda e dor como os mais significativos em suas histórias.
A partir dos elementos pessoais compartilhados neste instante, procure conduzir seus educandos à reflexão de que o fundamento de todas as nossas alegrias é Cristo, e que somente por meio dEle seremos capazes de superar os acontecimentos que nos causam ressentimentos.
Se houver possibilidade, ore em sala apresentando a trajetória de vida de cada uma destas pessoas especiais que o Senhor tem posto sobre seus cuidados espirituais.
TEXTO BÍBLICO
Êxodo 19.1-8.
1 — Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia, vieram ao deserto do Sinai.
2 — Tendo partido de Refidim, vieram ao deserto do Sinai e acamparam-se no deserto; Israel, pois, ali acampou-se defronte do monte.
3 — E subiu Moisés a Deus, e o SENHOR o chamou do monte, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó e anunciarás aos filhos de Israel:
4 — Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim;
5 — agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha.
6 — E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.
7 — E veio Moisés, e chamou os anciãos do povo, e expôs diante deles todas estas palavras que o SENHOR lhe tinha ordenado.
8 — Então, todo o povo respondeu a uma voz e disse: Tudo o que o SENHOR tem falado faremos. E relatou Moisés ao SENHOR as palavras do povo.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Miraculosamente Abraão, que era apenas um peregrino guiado pela voz de Deus, torna-se pai de uma multidão incontável (Hb 11.12). Aquela pequena família, que se alocou nas terras egípcias em busca de sobrevivência durante um período de fome, tornou-se um numeroso povo que causava medo aos governantes das terras do Nilo (Êx 1.10,11).
Com a bênção divina, nem a opressão do Egito nem seu controle de natalidade perverso, foram capazes de fazer estéril a semente santa abençoada por Deus. Mas abandonar a dependência — econômica e política — do Egito e aventurar-se num retorno a uma terra tão distante quanto os sonhos mais idealizados de qualquer israelita, era um enorme passo de fé; não mais para um homem e sua família, mas para centenas de milhares de pessoas.
É sobre essa trajetória, que exigiu ruptura com o comodismo e a construção de instrumentos coletivos de fé, que nossa lição se refletirá neste domingo.
Pense!
Se Deus por sua vontade é poderoso para levantar um povo, que depois tornar-se-á nação, com a finalidade exclusiva de adorá-lo, o que Ele é capaz de fazer em sua vida para que se torne evidente que você não é fruto do acaso, mas resultado de um elaborado plano celeste que tem como fim a adoração?
Ponto Importante
Israel não existe por si nem para si; a finalidade da existência deste povo é engrandecer o Deus que lhe trouxe à realidade a partir de um simples homem que creu na vontade de Deus.
Pense!
Se Israel foi desafiado a separar-se dos cultos pagãos e concentrar sua vida espiritual no louvor a Jeová, nosso desafio não pode ser diferente hoje — não sejamos escravos dos desejos carnais, do mundo ou de Satanás.
Ponto Importante
Jeová exige de Israel uma postura que rompia com os valores e tradições até então estabelecidas. Adoração torna-se sinônimo de exclusividade.
III. SOMOS A NAÇÃO DA CRUZ
Pense!
A finalidade da Igreja é adoração, mas não podemos cair no erro de achar que Igreja é apenas o prédio ou a comunidade em que nos congregamos. Igreja somos todos nós, por isso, todas as ações que realizamos no cotidiano devem ter como objetivo último fazer o nome de Cristo ser louvado através de nós.
Ponto Importante
Não devemos confundir as promessas específicas de Deus para o povo de Israel, com aquelas que possuem um caráter universal e que atingem todos os Filhos de Abraão, tanto os que são pela carne como os que são pela fé. Compreendamos que não há predileção de Deus, mas fidelidade à Palavra.
CONCLUSÃO
É impossível dissociar a fé do povo de Israel de sua história. A formação, constituição e sustentação de Israel foi obra das benevolentes mãos de Deus. Tal como Israel, devemos, enquanto povo de Deus desta geração, reconhecer sua misericórdia como o fundamento de nossa vida e prosperidade. Aquilo que somos é resultado direto do amor do Pai, por isso devemos viver eternamente para adorá-lo.
HORA DA REVISÃO
Com o intuito exclusivo de adorá-lo e louvá-lo continuamente.
Porque Ele foi fiel às promessas feitas a Abraão, Isaque e Israel, que por consequência estenderam-se a toda sua descendência.
Abandonar as comodidades de uma vida estabelecida e enfrentar o desafio de viver inteiramente pela fé.
Sim, assim como Israel foi povo exclusivo de Deus dedicado inteiramente à adoração ao Pai até o advento do Messias, assim também nós, aqueles que foram alcançados pela obra na cruz, devemos viver para a glória do Pai.
Nossa vida de adoração e devoção a Deus.
SUBSÍDIO
“Depois da morte dos 12 patriarcas, os israelitas tiveram de esperar 400 anos até que uma nova geração de líderes estivesse pronta. E, conforme sabemos, não é sempre que aparece um libertador com a fidelidade de Moisés, um sacerdote com a postura de Arão, ou um general com a coragem de Josué. É imperioso que a nação seja submetida a alguns processos históricos, sociológicos, políticos e teológicos, visando o seu amadurecimento. Tais processos são bastante morosos; requerem décadas e, às vezes, séculos. Era imprescindível, pois, que os hebreus deixassem a fase tribal, a fim de se erguerem nacionalmente. Doravante, Deus não trataria mais diretamente com os patriarcas, mas haveria de tratar, através de seus profetas, com a nação. Os pais, contudo, jamais deixariam de ser lembrados como a principal referência teológica, ética e histórica dos hebreus. Nos momentos de crise e dificuldade, o Senhor apresentar-se-ia como o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Sua menção serviria, também, para lembrar aos israelitas que as alianças firmadas pelo Senhor com os antigos continuavam tão firmes quanto às leis que regem o Sol, a Lua, a Terra e as estrelas. Não é da noite para o dia que aparecem homens da estirpe de Moisés” (ANDRADE, Claudionor, de. O Começo de Todas as Coisas. 1ª Edição. RJ, CPAD: 2015, p.102).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS
4º Trimestre de 2016
Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 6: A institucionalização da adoração e do louvor
Data: 06 de Novembro de 2016
TEXTO DO DIA
“Assim, nós, teu povo e ovelhas de teu pasto, te louvaremos eternamente; de geração em geração cantaremos os teus louvores” (Sl 79.13).
SÍNTESE
A institucionalização da adoração e do louvor foi um processo pelo qual o povo de Israel teve de passar para enfrentar o desafio do crescimento e amadurecimento no meio de sua jornada no deserto.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Êx 25.8
A prescrição para a confecção do Tabernáculo
TERÇA — Lv 9.7
Ordenanças de sacrifícios pelo povo e pelos sacerdotes
QUARTA — Nm 3.10
A instituição do sacerdócio
QUINTA — Lv 23.2
As solenidades sagradas de Israel
SEXTA — Dt 10.8
Levi, a tribo vocacionada para o serviço da adoração
SÁBADO — Êx 29.46
A finalidade dos sacrifícios
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
EXPLICAR as razões da institucionalização da adoração em Israel.
APRESENTAR as principais repercussões da institucionalização sobre a adoração e o louvor do povo de Israel.
DISCUTIR aspectos gerais da institucionalização na Igreja contemporânea.
INTERAÇÃO
Nossa aula tem como foco principal buscar compreender os efeitos da institucionalização da adoração e do louvor em Israel. Apesar de aparentemente muito complexo, nosso tema pode suscitar excelentes debates. Por isso, não perca a oportunidade de aproximar seus educandos dessa temática atualíssima.
Partindo do exemplo histórico de Israel, procure desmistificar a imagem de que toda instituição é uma máquina burocrática e, por isso, alheia às necessidades das pessoas. Construa em sala de aula um espaço de discussão construtivo, de modo que ao final da aula, seus educandos percebam que apesar de institucionalizada, a Igreja é um organismo vivo, o próprio corpo de Cristo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
O objetivo principal da atividade proposta a seguir é demonstrar aos membros de sua sala de aula a necessidade mínima de organização prévia, ou porque não dizer institucionalização para o desenvolvimento de qualquer atividade em grupo.
Inicie sua aula propondo a seus educandos que um deles vai ministrar o conteúdo em seu lugar e que este será escolhido aleatoriamente; depois da óbvia celeuma que vai se constituir, torne o contexto mais complexo ainda, afirme que cada um dos presentes será responsável pela apresentação de uma parte da lição. Provavelmente, depois de instantes de insegurança e apreensão para alguns deles, revele que tudo não passa de um experimento.
Finalize essa ação introdutória destacando a importância da existência de uma estrutura institucional em sua igreja local, e especialmente, na Escola Dominical, por meio da qual cada um dos participantes da turma pode reconhecer seu papel.
TEXTO BÍBLICO
Deuteronômio 12.1-7.
1 — Estes são os estatutos e os juízos que tereis cuidado em fazer na terra que vos deu o SENHOR, Deus de vossos pais, para a possuirdes todos os dias que viverdes sobre a terra.
2 — Totalmente destruireis todos os lugares onde as nações que possuireis serviram os seus deuses, sobre as altas montanhas, e sobre os outeiros, e debaixo de toda árvore verde;
3 — e derribareis os seus altares, e quebrareis as suas estátuas, e os seus bosques queimareis a fogo, e abatereis as imagens esculpidas dos seus deuses, e apagareis o seu nome daquele lugar.
4 — Assim não fareis para com o SENHOR, vosso Deus,
5 — mas buscareis o lugar que o SENHOR, vosso Deus, escolher de todas as vossas tribos, para ali pôr o seu nome e sua habitação; e ali vireis.
6 — E ali trareis os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e os vossos votos, e as vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas.
7 — E ali comereis perante o SENHOR, vosso Deus, e vos alegrareis em tudo em que poreis a vossa mão, vós e as vossas casas, no que te abençoar o SENHOR, vosso Deus.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Ao salvar Israel da opressão da terra do Egito, o Senhor Deus investiu sistematicamente na reeducação espiritual do povo, transmitindo-lhe seus estatutos e mandamentos especialmente com relação ao louvor e a adoração. Percebemos assim, a partir da saída do Egito até a chegada em Canaã, um esforço de Jeová em criar instituições, normas e regras que conduzissem Israel a uma adoração genuína e livre das influências estrangeiras. Por isso, é criado todo um sistema de sacrifícios - com significados e razões próprias. É confeccionado um centro de adoração móvel, através do qual o povo pudesse crer que a presença divina não lhes abandonara. É separada toda uma tribo para cuidar dos elementos do culto e uma família inteira para o ofício sacerdotal.
Esta série de prescrições devocionais exigidas de Israel deve levar-nos à reflexão a respeito da seriedade com que encaramos nossos momentos de louvor e adoração em nossas igrejas.
Pense!
Se Deus não tivesse estabelecido um conjunto mínimo de normas e cerimoniais para a organização do culto a Ele, como comportar-se-ia aquela multidão de pessoas que caminhava no deserto no momento de adorar a Deus?
Ponto Importante
A institucionalização parece ser um processo inevitável para todo agrupamento de pessoas que cresce numericamente.
Pense!
Você estaria disposto a abrir mão de todo conforto e bem-estar pessoal para viver inteiramente para o serviço de Deus?
Ponto Importante
Como acabamos de estudar, a institucionalização do judaísmo fortaleceu os vínculos sociais e enfraqueceu o politeísmo.
III. A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA FÉ HOJE
Pense!
Sem dúvida alguma os “desigrejados” não possuem fundamento real para suas argumentações, isto porque a razão de nossa fé é Cristo e ninguém mais.
Ponto Importante
A natureza espiritual e o aspecto legal são duas faces inegáveis desse plano amoroso criado por Deus para a humanidade denominado Igreja. Já houve um tempo, quando as instituições civis eram menos desenvolvidas, que a Igreja não necessitava de estrutura institucional, hoje isso não é mais possível.
CONCLUSÃO
Se, como detalhadamente vimos, a institucionalização da fé dos judeus não foi um momento de retrocesso ou fragilização do relacionamento do povo com Deus, mas ao contrário, um processo de amadurecimento e fortalecimento dos interesses coletivos, também devemos crer que não são normas ou legislações humanas que roubarão a essência de nossa adoração a Deus e de nossa comunhão uns com os outros.
HORA DA REVISÃO
O enorme e repentino crescimento do povo que exigia a existência de preceitos coletivamente evidentes.
A gratidão, uma vez que as cerimônias e os atos litúrgicos apontavam para os grandes feitos do Senhor e seu amor para com Israel.
Consolidar a ideia do monoteísmo e o sentimento de unidade entre o povo.
Não, pois tanto em Israel como na Igreja contemporânea a institucionalização gerou resultados positivos para a comunidade envolvida no processo.
A existência de estatutos, regimentos, CNPJ e outros instrumentos jurídicos e legais.
SUBSÍDIO I
“O Tabernáculo
Além dos lugares sagrados onde Deus se revelara, um lugar central de adoração passou a existir. Durante o período do Êxodo, ele podia ser melhor descrito como uma tenda-templo, que era a estrutura mais conveniente para o povo que estava viajando ou acampado na região de Cades-Barneia (Nm 13.26; 14.38). A tenda-templo era conhecida como Tabernáculo. O santuário central era feito de tábuas revestidas de ouro, apoiadas por um sistema de vigas, encaixes e pesadas bases de prata firmadas no chão. Isso formava uma estrutura de três lados com trinta côvados (15m) de comprimento e quinze côvados (7m) de largura, aberta para o céu em sua extremidade mais estreita a leste. O teto era provido por cortinas de linho branco, bordadas com figuras de querubins, protegidas por várias camadas de pano de saco, peles vermelhas de carneiro e peles de cabra (Êx 26.1-30). No interior, o aposento de 30 côvados (15m) era dividido em dois por uma cortina pendurada em pilares dourados, a fim de criar o ‘Santo dos Santos’ (5 x 5 x 5m) e um ‘Lugar Santo’ comprido. Uma cortina do mesmo material era pendurada sobre a entrada para impedir que olhos curiosos vissem o interior (Êx 26.31-36)” (GOWER, R. Novo Manual dos Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, pp.239,240).
SUBSÍDIO II
“As estipulações específicas ocupam grande parte do restante de Deuteronômio (12.1-26.15). Os propósitos são claramente para elucidar mais o princípio básico do concerto dos capítulos 5 a 11 e definir precisamente os termos do concerto pertinentes às relações morais, sociais/interpessoais/inter-raciais e de culto. A razão para o atual arranjo canônico do material é difícil de se compreender, mas as considerações apresentadas a seguir honram, razoavelmente bem, as exigências literárias e teológicas. (1) A exclusividade do Senhor e a sua adoração (12.1-16.17). O conjunto de regulamentos expresso nesta seção começa com a atenção a um santuário central (12.1-14), um lugar separado em contraposição aos santuários oponentes que não só tinham de ser evitados, mas destruídos, porque representavam a suposta propriedade da terra por soberanos oponentes (vv.4,5,13,14). Em relação ao santuário estão as ofertas e os sacrifícios. Particularmente significativo é o sangue (vv.15-28), cuja sacralidade coloca-se em contraste radical com as noções pagãs de vida, sua fonte e seu sustento. A vida é comum aos homens e animais; o seu meio — o sangue — é comum a todos” (ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.95)
fonte www.mauricioberwald.com
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS
4º Trimestre de 2016
Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 4: Adoração como cumprimento da vontade de Deus
Data: 23 de Outubro de 2016
TEXTO DO DIA
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
SÍNTESE
Quando uma pessoa resolve desenvolver uma vida de adoração e louvor a Deus, compreender a vontade do Pai torna-se o caminho mais fácil para atingir esse objetivo tão maravilhoso.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Gn 22.5
A inabalável fé de Abraão
TERÇA — Gn 26.24
A promessa a Isaque
QUARTA — Jo 9.31
O Senhor ouve aqueles que fazem sua vontade
QUINTA — Gn 17.1
A adoração que leva ao aperfeiçoamento do adorador
SEXTA — 1Pe 4.19
Aqueles que padecem fazendo a vontade de Deus
SÁBADO — Mc 3.34,35
O cumprimento da vontade de Deus
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
APRESENTAR Abraão como exemplo de fé e adoração do Antigo Testamento;
RELACIONAR a trajetória de Isaque com os desafios para cumprir a vontade de Deus;
ANALISAR, a partir da parábola dos dois irmãos, as características daqueles que adoram a Deus cumprindo sua vontade.
INTERAÇÃO
Os jovens que compõem nossas salas de ED, assim como qualquer pessoa, muitas vezes ficam ansiosos diante das múltiplas possibilidades que a vida apresenta. Ao tratar de um assunto tão relevante quanto à relação entre adoração e a vontade de Deus, lembre-se sempre de fazer uma abordagem cheia de amor e misericórdia, pois muitas pessoas vão se identificar com os dilemas enfrentados pelos personagens bíblicos, os quais muitas vezes retratam a condição humana: cheia de ansiedades e medos.
Procure demonstrar a seus educandos que assim como Abraão e Isaque conseguiram discernir a vontade de Deus, e assim desfrutaram de uma vida para a glória do Pai, assim também eles, tendo fé e paciência, compreenderão os planos do Senhor para as vidas deles. Falar de esperança e paciência para quem vive na geração do imediatismo não é nada fácil, mas isso também faz parte de nosso ministério enquanto educadores de valores espirituais.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Inicie sua aula anunciando que ao final da ministração, se toda classe participar ativamente, todos receberão um prêmio — nessas horas chocolate parece ser melhor que uma medalha de ouro. Não diga que prêmio, nem demonstre que trouxe alguma coisa. Exercite a fé e a esperança deles — claro que fé e esperança num presente humano servirão apenas como um pequeno exercício para comparar com disposição espiritual que devemos ter.
Ministre sua aula inteira, em momentos pontuais chame-os a participar mais, a crerem no galardão que receberão no final. Lembre-os que se eles não conseguem acreditar nas promessas feitas por uma pessoa de carne e osso que eles constantemente veem, como crerão nas palavras do Criador? Finalizando sua aula, sinalize como se tudo estivesse acabando, mas antes que suas palavras caiam no descrédito, surpreenda todos com a apresentação do prêmio justo que os fiéis merecem.
TEXTO BÍBLICO
Gênesis 12.1-8.
1 — Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2 — E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.
3 — E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
4 — Assim, partiu Abrão, como o SENHOR lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã.
5 — E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e toda a sua fazenda, que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e vieram à terra de Canaã.
6 — E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; e estavam, então, os cananeus na terra.
7 — E apareceu o SENHOR a Abrão e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao SENHOR, que lhe aparecera.
8 — E moveu-se dali para a montanha à banda do oriente de Betel e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
É a respeito de adorar a Deus, mesmo quando tudo parece errado, que falaremos hoje. Partindo da narrativa bíblica a respeito de Abraão e seu herdeiro Isaque, concentrar-nos-emos no esforço de demonstrar que cumprir a vontade de Deus é o único caminho para a verdadeira adoração.
Pense!
Você seria capaz de abrir mão de seus sonhos para cumprir a vontade de Deus?
Ponto Importante
A vontade de Deus na época de Abraão era manifesta por meio de revelações, sonhos, visões. Hoje, a Bíblia Sagrada é o caminho por excelência da revelação de Deus!
Pense!
Você teria a confiança que Isaque teve, de entregar, literalmente, a vida nas mãos de quem você ama e acreditar que esta pessoa, seguindo a orientação de Deus, fará o melhor por você?
Ponto Importante
Os exemplos de Isaque e Abraão demonstram-nos que não há idade mínima ou máxima para submeter-se à vontade de Deus.
III. COMO POSSO SABER SE ESTOU FAZENDO A VONTADE DE DEUS E, POR ISSO, ADORANDO-O
Pense!
Será que nossa experiência evangélica contemporânea tem colaborado para formar pessoas que, confessando seus pecados e maldades, buscam fazer a vontade de Deus?
Ponto Importante
Saber o que nos alimenta, isto é, qual o combustível de nossa existência é algo imprescindível para discernirmos as intenções de nossos corações — os quais são muito tendenciosos à cobiça vã e ao erro. Que seja o Reino, a vontade e o amor de Deus a força que nos impulsiona a viver.
CONCLUSÃO
Adoração e vontade de Deus são dois conceitos importantíssimos para o desenvolvimento da vida cristã. Dissociá-los é, na verdade, descaracterizá-los; só há adoração onde existe um coração nascido de novo que crucificou o eu e entregou o trono do desejo ao Criador do universo. Sabedores que somos destas verdades, busquemos intensamente a concretização da vontade de Deus em nossas vidas.
HORA DA REVISÃO
Escolher a vontade de Deus, pois ela é sempre boa, perfeita e agradável.
Paz, prosperidade, alegria e realização pessoal e familiar.
Quando uma pessoa cumpre a vontade de Deus inevitavelmente ela estará adorando a Deus com o melhor que tem, sua vida.
Abraão: saída para Canaã, oferecimento de Isaque, despedida de Ismael; Isaque: paciência para o recebimento da esposa, permanência na terra em tempo de seca, fé na oração que pedia um filho.
A motivação que animava Jesus a continuar seu ministério apesar dos problemas era a crença de que a vontade de Deus era o melhor.
SUBSÍDIO
“Todos sabemos que existem consequências para as ações que praticamos. O que fazemos pode desencadear uma série de acontecimentos que talvez perdurem até muito tempo após a nossa morte. Infelizmente, quando tomamos uma decisão, a maioria de nós pensa somente nas consequências imediatas. Este engano é cometido com frequência pelo fato de termos um período de vida relativamente curto. Abraão teve uma escolha a fazer. Sua decisão consistia em partir com a família e os pertences para terras desconhecidas ou permanecer exatamente onde estava. Ele precisava decidir entre a segurança do que possuía e a incerteza de viajar sob a direção de Deus. Tudo com que ele contava para prosseguir era a promessa de que Deus iria guiá-lo e abençoá-lo. Abraão dificilmente poderia imaginar quanto o futuro dependia de sua decisão, mas sua obediência afetou a história do mundo inteiro. A resolução firme de obedecer e seguir a Deus resultou no desenvolvimento da nação que seria usada por Deus ao visitar Ele próprio a terra. Quando Jesus Cristo veio ao mundo, a promessa de Deus foi cumprida; através de Abraão o mundo inteiro foi abençoado” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 1995. p.31).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS
4º Trimestre de 2016
Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 5: A separação de um povo para adoração exclusiva
Data: 30 de Outubro de 2016
TEXTO DO DIA
“Porque povo santo és ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que sobre a terra há” (Dt 7.6).
SÍNTESE
Todas as pessoas e instituições sobre a terra possuem uma finalidade que dota de sentido sua existência; para a nação de Israel, existir significa louvar e adorar ao único Deus verdadeiro.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — 1Cr 17.21
Povo incomparável
TERÇA — 2Sm 7.24
A condição de povo especial
QUARTA — 1Sm 12.22
A imutável fidelidade do Senhor
QUINTA — Sl 100.3
Foi o Senhor que trouxe esse povo à existência
SEXTA — 1Pe 2.9
A Igreja como povo de Deus
SÁBADO — Tt 2.14
A finalidade do sacrifício de Jesus
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
DEMONSTRAR a maneira graciosa e miraculosa como Israel foi criado por Deus;
DISCUTIR a respeito da necessidade de separação de Israel como povo para louvar a Deus;
REFLETIR a respeito da relação entre Igreja e Israel.
INTERAÇÃO
Na continuação de nossas reflexões a respeito do louvor e adoração a Deus, analisaremos na aula de hoje a gênese do povo de Israel como comunidade formada exclusivamente para a glória de Deus. Nascido das promessas anunciadas a Abraão e sua descendência, o povo de Israel é uma prova histórica da ação benevolente de Deus em favor daqueles que lhe servem amorosamente. Partiremos do episódio da saída do Egito para demonstrar a natureza do relacionamento de Deus com o seu povo que desafiadoramente exigia daquelas pessoas o rompimento com os costumes politeístas da época e as chamava para uma experiência de adoração reservada apenas a Deus.
Relacione a distante e longínqua história de Israel com a vida pessoal de cada um de seus educandos, desafiando-os a crer que se as promessas celestes foram o fundamento da subsistência de Israel, em todo tempo, especialmente nas crises, as promessas proferidas a eles têm em Jesus o sim e o amém (2Co 1.20).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Desafie seus alunos a construírem uma linha do tempo destacando nela os principais acontecimentos de suas vidas. Após este momento especial de rememoração, solicite-os que selecionem e apresentem dentre os acontecimentos registrados o momento mais marcante para eles. Faça desta parte da sua aula um instante de partilha e aproximação coletiva. Ainda que haja momentos de descontração, esteja preparado para acolher aqueles que destacarão momentos de perda e dor como os mais significativos em suas histórias.
A partir dos elementos pessoais compartilhados neste instante, procure conduzir seus educandos à reflexão de que o fundamento de todas as nossas alegrias é Cristo, e que somente por meio dEle seremos capazes de superar os acontecimentos que nos causam ressentimentos.
Se houver possibilidade, ore em sala apresentando a trajetória de vida de cada uma destas pessoas especiais que o Senhor tem posto sobre seus cuidados espirituais.
TEXTO BÍBLICO
Êxodo 19.1-8.
1 — Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia, vieram ao deserto do Sinai.
2 — Tendo partido de Refidim, vieram ao deserto do Sinai e acamparam-se no deserto; Israel, pois, ali acampou-se defronte do monte.
3 — E subiu Moisés a Deus, e o SENHOR o chamou do monte, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó e anunciarás aos filhos de Israel:
4 — Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim;
5 — agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha.
6 — E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.
7 — E veio Moisés, e chamou os anciãos do povo, e expôs diante deles todas estas palavras que o SENHOR lhe tinha ordenado.
8 — Então, todo o povo respondeu a uma voz e disse: Tudo o que o SENHOR tem falado faremos. E relatou Moisés ao SENHOR as palavras do povo.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Miraculosamente Abraão, que era apenas um peregrino guiado pela voz de Deus, torna-se pai de uma multidão incontável (Hb 11.12). Aquela pequena família, que se alocou nas terras egípcias em busca de sobrevivência durante um período de fome, tornou-se um numeroso povo que causava medo aos governantes das terras do Nilo (Êx 1.10,11).
Com a bênção divina, nem a opressão do Egito nem seu controle de natalidade perverso, foram capazes de fazer estéril a semente santa abençoada por Deus. Mas abandonar a dependência — econômica e política — do Egito e aventurar-se num retorno a uma terra tão distante quanto os sonhos mais idealizados de qualquer israelita, era um enorme passo de fé; não mais para um homem e sua família, mas para centenas de milhares de pessoas.
É sobre essa trajetória, que exigiu ruptura com o comodismo e a construção de instrumentos coletivos de fé, que nossa lição se refletirá neste domingo.
Pense!
Se Deus por sua vontade é poderoso para levantar um povo, que depois tornar-se-á nação, com a finalidade exclusiva de adorá-lo, o que Ele é capaz de fazer em sua vida para que se torne evidente que você não é fruto do acaso, mas resultado de um elaborado plano celeste que tem como fim a adoração?
Ponto Importante
Israel não existe por si nem para si; a finalidade da existência deste povo é engrandecer o Deus que lhe trouxe à realidade a partir de um simples homem que creu na vontade de Deus.
Pense!
Se Israel foi desafiado a separar-se dos cultos pagãos e concentrar sua vida espiritual no louvor a Jeová, nosso desafio não pode ser diferente hoje — não sejamos escravos dos desejos carnais, do mundo ou de Satanás.
Ponto Importante
Jeová exige de Israel uma postura que rompia com os valores e tradições até então estabelecidas. Adoração torna-se sinônimo de exclusividade.
III. SOMOS A NAÇÃO DA CRUZ
Pense!
A finalidade da Igreja é adoração, mas não podemos cair no erro de achar que Igreja é apenas o prédio ou a comunidade em que nos congregamos. Igreja somos todos nós, por isso, todas as ações que realizamos no cotidiano devem ter como objetivo último fazer o nome de Cristo ser louvado através de nós.
Ponto Importante
Não devemos confundir as promessas específicas de Deus para o povo de Israel, com aquelas que possuem um caráter universal e que atingem todos os Filhos de Abraão, tanto os que são pela carne como os que são pela fé. Compreendamos que não há predileção de Deus, mas fidelidade à Palavra.
CONCLUSÃO
É impossível dissociar a fé do povo de Israel de sua história. A formação, constituição e sustentação de Israel foi obra das benevolentes mãos de Deus. Tal como Israel, devemos, enquanto povo de Deus desta geração, reconhecer sua misericórdia como o fundamento de nossa vida e prosperidade. Aquilo que somos é resultado direto do amor do Pai, por isso devemos viver eternamente para adorá-lo.
HORA DA REVISÃO
Com o intuito exclusivo de adorá-lo e louvá-lo continuamente.
Porque Ele foi fiel às promessas feitas a Abraão, Isaque e Israel, que por consequência estenderam-se a toda sua descendência.
Abandonar as comodidades de uma vida estabelecida e enfrentar o desafio de viver inteiramente pela fé.
Sim, assim como Israel foi povo exclusivo de Deus dedicado inteiramente à adoração ao Pai até o advento do Messias, assim também nós, aqueles que foram alcançados pela obra na cruz, devemos viver para a glória do Pai.
Nossa vida de adoração e devoção a Deus.
SUBSÍDIO
“Depois da morte dos 12 patriarcas, os israelitas tiveram de esperar 400 anos até que uma nova geração de líderes estivesse pronta. E, conforme sabemos, não é sempre que aparece um libertador com a fidelidade de Moisés, um sacerdote com a postura de Arão, ou um general com a coragem de Josué. É imperioso que a nação seja submetida a alguns processos históricos, sociológicos, políticos e teológicos, visando o seu amadurecimento. Tais processos são bastante morosos; requerem décadas e, às vezes, séculos. Era imprescindível, pois, que os hebreus deixassem a fase tribal, a fim de se erguerem nacionalmente. Doravante, Deus não trataria mais diretamente com os patriarcas, mas haveria de tratar, através de seus profetas, com a nação. Os pais, contudo, jamais deixariam de ser lembrados como a principal referência teológica, ética e histórica dos hebreus. Nos momentos de crise e dificuldade, o Senhor apresentar-se-ia como o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Sua menção serviria, também, para lembrar aos israelitas que as alianças firmadas pelo Senhor com os antigos continuavam tão firmes quanto às leis que regem o Sol, a Lua, a Terra e as estrelas. Não é da noite para o dia que aparecem homens da estirpe de Moisés” (ANDRADE, Claudionor, de. O Começo de Todas as Coisas. 1ª Edição. RJ, CPAD: 2015, p.102).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS
4º Trimestre de 2016
Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 6: A institucionalização da adoração e do louvor
Data: 06 de Novembro de 2016
TEXTO DO DIA
“Assim, nós, teu povo e ovelhas de teu pasto, te louvaremos eternamente; de geração em geração cantaremos os teus louvores” (Sl 79.13).
SÍNTESE
A institucionalização da adoração e do louvor foi um processo pelo qual o povo de Israel teve de passar para enfrentar o desafio do crescimento e amadurecimento no meio de sua jornada no deserto.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Êx 25.8
A prescrição para a confecção do Tabernáculo
TERÇA — Lv 9.7
Ordenanças de sacrifícios pelo povo e pelos sacerdotes
QUARTA — Nm 3.10
A instituição do sacerdócio
QUINTA — Lv 23.2
As solenidades sagradas de Israel
SEXTA — Dt 10.8
Levi, a tribo vocacionada para o serviço da adoração
SÁBADO — Êx 29.46
A finalidade dos sacrifícios
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
EXPLICAR as razões da institucionalização da adoração em Israel.
APRESENTAR as principais repercussões da institucionalização sobre a adoração e o louvor do povo de Israel.
DISCUTIR aspectos gerais da institucionalização na Igreja contemporânea.
INTERAÇÃO
Nossa aula tem como foco principal buscar compreender os efeitos da institucionalização da adoração e do louvor em Israel. Apesar de aparentemente muito complexo, nosso tema pode suscitar excelentes debates. Por isso, não perca a oportunidade de aproximar seus educandos dessa temática atualíssima.
Partindo do exemplo histórico de Israel, procure desmistificar a imagem de que toda instituição é uma máquina burocrática e, por isso, alheia às necessidades das pessoas. Construa em sala de aula um espaço de discussão construtivo, de modo que ao final da aula, seus educandos percebam que apesar de institucionalizada, a Igreja é um organismo vivo, o próprio corpo de Cristo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
O objetivo principal da atividade proposta a seguir é demonstrar aos membros de sua sala de aula a necessidade mínima de organização prévia, ou porque não dizer institucionalização para o desenvolvimento de qualquer atividade em grupo.
Inicie sua aula propondo a seus educandos que um deles vai ministrar o conteúdo em seu lugar e que este será escolhido aleatoriamente; depois da óbvia celeuma que vai se constituir, torne o contexto mais complexo ainda, afirme que cada um dos presentes será responsável pela apresentação de uma parte da lição. Provavelmente, depois de instantes de insegurança e apreensão para alguns deles, revele que tudo não passa de um experimento.
Finalize essa ação introdutória destacando a importância da existência de uma estrutura institucional em sua igreja local, e especialmente, na Escola Dominical, por meio da qual cada um dos participantes da turma pode reconhecer seu papel.
TEXTO BÍBLICO
Deuteronômio 12.1-7.
1 — Estes são os estatutos e os juízos que tereis cuidado em fazer na terra que vos deu o SENHOR, Deus de vossos pais, para a possuirdes todos os dias que viverdes sobre a terra.
2 — Totalmente destruireis todos os lugares onde as nações que possuireis serviram os seus deuses, sobre as altas montanhas, e sobre os outeiros, e debaixo de toda árvore verde;
3 — e derribareis os seus altares, e quebrareis as suas estátuas, e os seus bosques queimareis a fogo, e abatereis as imagens esculpidas dos seus deuses, e apagareis o seu nome daquele lugar.
4 — Assim não fareis para com o SENHOR, vosso Deus,
5 — mas buscareis o lugar que o SENHOR, vosso Deus, escolher de todas as vossas tribos, para ali pôr o seu nome e sua habitação; e ali vireis.
6 — E ali trareis os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e os vossos votos, e as vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas.
7 — E ali comereis perante o SENHOR, vosso Deus, e vos alegrareis em tudo em que poreis a vossa mão, vós e as vossas casas, no que te abençoar o SENHOR, vosso Deus.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Ao salvar Israel da opressão da terra do Egito, o Senhor Deus investiu sistematicamente na reeducação espiritual do povo, transmitindo-lhe seus estatutos e mandamentos especialmente com relação ao louvor e a adoração. Percebemos assim, a partir da saída do Egito até a chegada em Canaã, um esforço de Jeová em criar instituições, normas e regras que conduzissem Israel a uma adoração genuína e livre das influências estrangeiras. Por isso, é criado todo um sistema de sacrifícios - com significados e razões próprias. É confeccionado um centro de adoração móvel, através do qual o povo pudesse crer que a presença divina não lhes abandonara. É separada toda uma tribo para cuidar dos elementos do culto e uma família inteira para o ofício sacerdotal.
Esta série de prescrições devocionais exigidas de Israel deve levar-nos à reflexão a respeito da seriedade com que encaramos nossos momentos de louvor e adoração em nossas igrejas.
Pense!
Se Deus não tivesse estabelecido um conjunto mínimo de normas e cerimoniais para a organização do culto a Ele, como comportar-se-ia aquela multidão de pessoas que caminhava no deserto no momento de adorar a Deus?
Ponto Importante
A institucionalização parece ser um processo inevitável para todo agrupamento de pessoas que cresce numericamente.
Pense!
Você estaria disposto a abrir mão de todo conforto e bem-estar pessoal para viver inteiramente para o serviço de Deus?
Ponto Importante.
Como acabamos de estudar, a institucionalização do judaísmo fortaleceu os vínculos sociais e enfraqueceu o politeísmo.
III. A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA FÉ HOJE
Pense!
Sem dúvida alguma os “desigrejados” não possuem fundamento real para suas argumentações, isto porque a razão de nossa fé é Cristo e ninguém mais.
Ponto Importante
A natureza espiritual e o aspecto legal são duas faces inegáveis desse plano amoroso criado por Deus para a humanidade denominado Igreja. Já houve um tempo, quando as instituições civis eram menos desenvolvidas, que a Igreja não necessitava de estrutura institucional, hoje isso não é mais possível.
CONCLUSÃO
Se, como detalhadamente vimos, a institucionalização da fé dos judeus não foi um momento de retrocesso ou fragilização do relacionamento do povo com Deus, mas ao contrário, um processo de amadurecimento e fortalecimento dos interesses coletivos, também devemos crer que não são normas ou legislações humanas que roubarão a essência de nossa adoração a Deus e de nossa comunhão uns com os outros.
HORA DA REVISÃO
O enorme e repentino crescimento do povo que exigia a existência de preceitos coletivamente evidentes.
A gratidão, uma vez que as cerimônias e os atos litúrgicos apontavam para os grandes feitos do Senhor e seu amor para com Israel.
Consolidar a ideia do monoteísmo e o sentimento de unidade entre o povo.
Não, pois tanto em Israel como na Igreja contemporânea a institucionalização gerou resultados positivos para a comunidade envolvida no processo.
A existência de estatutos, regimentos, CNPJ e outros instrumentos jurídicos e legais.
SUBSÍDIO I
“O Tabernáculo
Além dos lugares sagrados onde Deus se revelara, um lugar central de adoração passou a existir. Durante o período do Êxodo, ele podia ser melhor descrito como uma tenda-templo, que era a estrutura mais conveniente para o povo que estava viajando ou acampado na região de Cades-Barneia (Nm 13.26; 14.38). A tenda-templo era conhecida como Tabernáculo. O santuário central era feito de tábuas revestidas de ouro, apoiadas por um sistema de vigas, encaixes e pesadas bases de prata firmadas no chão. Isso formava uma estrutura de três lados com trinta côvados (15m) de comprimento e quinze côvados (7m) de largura, aberta para o céu em sua extremidade mais estreita a leste. O teto era provido por cortinas de linho branco, bordadas com figuras de querubins, protegidas por várias camadas de pano de saco, peles vermelhas de carneiro e peles de cabra (Êx 26.1-30). No interior, o aposento de 30 côvados (15m) era dividido em dois por uma cortina pendurada em pilares dourados, a fim de criar o ‘Santo dos Santos’ (5 x 5 x 5m) e um ‘Lugar Santo’ comprido. Uma cortina do mesmo material era pendurada sobre a entrada para impedir que olhos curiosos vissem o interior (Êx 26.31-36)” (GOWER, R. Novo Manual dos Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, pp.239,240).
SUBSÍDIO II
“As estipulações específicas ocupam grande parte do restante de Deuteronômio (12.1-26.15). Os propósitos são claramente para elucidar mais o princípio básico do concerto dos capítulos 5 a 11 e definir precisamente os termos do concerto pertinentes às relações morais, sociais/interpessoais/inter-raciais e de culto. A razão para o atual arranjo canônico do material é difícil de se compreender, mas as considerações apresentadas a seguir honram, razoavelmente bem, as exigências literárias e teológicas. (1) A exclusividade do Senhor e a sua adoração (12.1-16.17). O conjunto de regulamentos expresso nesta seção começa com a atenção a um santuário central (12.1-14), um lugar separado em contraposição aos santuários oponentes que não só tinham de ser evitados, mas destruídos, porque representavam a suposta propriedade da terra por soberanos oponentes (vv.4,5,13,14). Em relação ao santuário estão as ofertas e os sacrifícios. Particularmente significativo é o sangue (vv.15-28), cuja sacralidade coloca-se em contraste radical com as noções pagãs de vida, sua fonte e seu sustento. A vida é comum aos homens e animais; o seu meio — o sangue — é comum a todos” (ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.95)
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS
4º Trimestre de 2016
Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 7: Quando o legalismo substitui a adoração
Data: 13 de Novembro de 2016
TEXTO DO DIA
“Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os seus lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim [...]” (Is 29.13).
SÍNTESE
A adoração nasce de um coração que ama a Deus e não de uma relação jurídica (legal) com o Criador.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Tg 4.11
A natureza soberba dos legalistas
TERÇA — Am 5.21
Festas solenes sem pureza de coração são rituais vazios
QUARTA — Is 58.5
Fórmulas religiosas que para nada servem
QUINTA — Jr 7.4
O legalismo faz o lugar sagrado virar um amuleto
SEXTA — Mt 23.4
Os legalistas do período de Jesus
SÁBADO — Cl 2.21
As regras dos legalistas no tempo de Paulo
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
DISCUTIR as origens e manifestações do legalismo no Antigo Testamento;
DEMONSTRAR que o legalismo era um desafio constante para a Igreja Primitiva;
REFLETIR a respeito das atitudes a serem tomadas para evitar o legalismo.
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), chegamos à metade de nosso trimestre. Momentos como este são sempre propícios para realizarmos avaliações, autocríticas e, se necessário, mudanças de atitudes. Por isso, faça a si mesmo perguntas como: Minhas aulas são motivacionais ou monótonas? Minha linguagem e didática são adequadas para o nível de meus educandos? Sou um ótimo educador para o tipo de jovens do século passado ou consigo transmitir os princípios da Palavra de Deus de maneira clara para os jovens de hoje?
Partindo das respostas, que você também pode obter por meio de uma consulta aos próprios educandos, desde que seja algo feito com naturalidade e espontaneidade por eles - numa conversa informal antes ou depois da exposição do conteúdo, por meio de uma pesquisa por escrito —, continue as ministrações das aulas tendo como foco principal fazer dos instantes destes encontros momentos de crescimento pessoal e espiritual para cada jovem.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Providencie papel ofício e lápis de cor. Entregue a cada aluno uma folha de papel e lápis de cor. Dê a eles um comando para desenhar algo (objeto, paisagem) o mais caprichado possível que eles conseguirem, todavia, informe-os que terão de seguir algumas regras, pois não será um desenho livre. Abuse no uso das regras, faça com que os alunos sintam-se “sufocados” com o excesso de controle que você terá sobre a tentativa de desenho deles. Não os permita usar determinadas cores, diga que é proibido desenhar certas formas ou objetos. Encerre a dinâmica indagando-os sobre como eles sentiram-se na elaboração dos desenhos. Partindo da fala deles, leve-os a refletir a respeito dos perigos e prejuízos do legalismo.
TEXTO BÍBLICO
Atos 5.1-6,8-10.
1 — Mas um certo varão chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade
2 — e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
3 — Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?
4 — Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.
5 — E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.
6 — E, levantando-se os jovens, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o sepultaram.
8 — E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim, por tanto.
9 — Então, Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti.
10 — E logo caiu aos seus pés e expirou. E, entrando os jovens, acharam-na morta e a sepultaram junto de seu marido.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
O que é legalismo? Pode-se definir legalismo como sendo a postura religiosa que privilegia o cumprimento de regras e normas como caminho para a obtenção de bênçãos divina, inclusive a salvação. Dentre os perigos de uma religiosidade legalista está a ilusão de tornar-se uma pessoa melhor, isto é, alguém superior aos outros pelo simples fato de obedecer rigidamente um determinado conjunto de ordenamentos religiosos. É a respeito dos riscos e consequências de uma fé genuína tornar-se legalista que discutiremos na aula de hoje, partindo de alguns exemplos bíblicos.
Pense!
O excesso de cuidado no conhecimento e cumprimento de determinadas normas e regras religiosas pode nos levar a esquecer qual deve ser a finalidade maior destas: auxiliar-nos a diariamente tornarmo-nos a imagem e semelhança do Pai.
Ponto Importante
Se sua fé tem se reduzido a mera observância de regras, de tal forma que sua relação com Deus já abandonou um caráter filial, por meio de seu amor integral e desinteressado ao Pai, e tem se tornado algo legal — onde você exige dEle as recompensas de sua suposta obediência — você tornou-se legalista.
Pense!
Você é um legalista? O legalista, arrogantemente, entende-se como alguém apto para julgar a espiritualidade dos outros.
Ponto Importante
Misericórdia para com os doentes espiritualmente não significa conivência com seus atos.
III. COMO SUPERAR O LEGALISMO
Pense!
Adoração não é reprodução mecânica de palavras ou ações.
Ponto Importante
Adoração não produz ódio. Alguém por ignorância pode não gostar de nossa fé ou até mesmo de nós, todavia, nosso louvor a Deus nunca pode ser fonte de discriminação ou maldade.
CONCLUSÃO
O legalismo é uma antiga doença que tenta atacar o povo de Deus. Desde o Antigo Testamento até nossos dias a sedução de fazer da fé um aglomerado de proibições, prescrições e juízos é algo tanto real quanto perigoso. Por isso, devemos cada vez mais nos empenharmos para desenvolver um relacionamento vivo, íntimo e pessoal com Deus, livre o suficiente para expressarmos a sinceridade de nossos corações.
HORA DA REVISÃO
Pode-se definir legalismo como sendo a postura religiosa que privilegia o cumprimento de regras e normas como caminho para a obtenção de bênçãos da divindade, inclusive a salvação.
AT — Precipitação dos Filhos de Eli (1Sm 2-4); Contemporâneos de Amós (Am 5); NT — Discussões no Concílio de Jerusalém (At 15); Judaizantes nas igrejas da Galácia (Gl 2).
Defesa da salvação a partir da obediência a regras humanas; distorção dos princípios éticos; divisão das pessoas entre puros e impuros segundo as normas da religião.
Resposta Pessoal. (Sugestão: criação de regras quanto a tipos específicos de ritmos ou canções na igreja).
Retornando a centralidade de Cristo em nossa fé; Amando mais as pessoas que a religião; Vivenciando a liberdade proporcionada pelo Espírito de Deus.
SUBSÍDIO
“[...] Judeus cristãos eram chamados ‘judaizantes’, porque eles criam que todo aquele que recebesse o evangelho deveria se converter ao judaísmo e guardar a lei de Moisés, particularmente a circuncisão. O ensino dos judaizantes cria divisão na Igreja. Eles entram num espírito de exclusivismo judaico e pronunciam que os crentes gentios incircuncisos não são salvos, e que a fé em Cristo não é o bastante para a salvação. Estes agitadores dogmaticamente insistem que a circuncisão deve ser acrescentada à fé no Salvador. [...] O esforço para judaizar a Igreja cria acalorado debate e tem o potencial de dividir a Igreja em duas facções, uma com sede em Jerusalém e outra, em Antioquia. A integridade do evangelho e a unidade da Igreja estão em jogo. A palavra traduzida por ‘não pequena discussão’ (stasis) significa literalmente ‘insurreição, facção, discórdia’, ao passo que a palavra traduzida por ‘contenda’ (zetesis) quer dizer ‘disputa, discussão’. Estas duas palavras descrevem uma situação dominada por conflito que é provocada por raiva, desunião e discussão” (ARRINGTON, F. L; STRONSTAD, R. Comentário Bíblico Pentecostal. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.709).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD JOVENS
4º Trimestre de 2016
Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 8: A lembrança da essência da adoração
Data: 20 de Novembro de 2016
TEXTO DO DIA
“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficiência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6.8).
SÍNTESE
Nada justifica a opressão ou exploração de uma pessoa por outra. Todo sacrifício feito à custa do sangue e lágrimas de outrem é abominação. A adoração torna-nos mais justos e bondosos.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Mq 3.11
Perfil da espiritualidade no período de Miqueias
TERÇA — Mq 4.2
A vocação universal para o louvor e adoração
QUARTA — Mq 6.7
Adorar é muito mais que cerimonialismo
QUINTA — Mq 6.15
Quando a prática religiosa não se torna adoração
SEXTA — Mq 7.2
A situação decadente da humanidade
SÁBADO — Mq 7.18
O incomparável Deus
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
APRESENTAR período sócio-histórico-espiritual de Miqueias.
MOSTRAR os três componentes fundamentais para a adoração.
COMPARAR os dilemas e desafios de Miqueias com os da Igreja atual.
INTERAÇÃO
Caro(a) educador(a) você tem uma poderosa oportunidade semanal. Numa sociedade onde os jovens recebem vários apelos pecaminosos, manter um grupo de moças e rapazes, durante um determinado período, para exclusivamente estudarem a Palavra de Deus é um verdadeiro milagre. Inclusive é possível, dependendo de sua sensibilidade e do bom ambiente que você promove em sala de aula, que você seja capaz de perceber determinados comportamentos, medos, dúvidas ou dons, que um certo jovem tem e ninguém mais detectou. Isto ocorre em virtude do poder, quebrantador e transformador, que a Palavra tem. Por isso, todas as vezes que você estiver diante de seus educandos, lembre-se: Você pode ser a única pessoa que os ouve e conhece de verdade. Por isso, não perca a oportunidade de abençoá-los e de sempre que possível, ministrar cura, amor e esperança em suas vidas. Que suas aulas sejam momentos de descontração, crescimento e alegria para seus alunos.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Inicie sua aula fazendo a seguinte indagação: O que é ser bem-sucedido? Dê exemplos de pessoas bem-sucedidas. (Se possível escreva esta pergunta na lousa ou numa cartolina.) À medida que eles forem respondendo vá coletando suas opiniões. Em seguida faça uma nova pergunta: “O que é ser avivado?”. Após este segundo momento de respostas, faça um confronto entre os exemplos de pessoas bem-sucedidas e as características de alguém avivado. Leve sua classe a perceber que a vontade de Deus é que sejamos continuamente avivados e que isso implica em sermos plenos em todas as áreas de nossas vidas. Se algum educando definir alguém bem-sucedido com qualidades que se contraponham ao Evangelho (por exemplo, como alguém ganancioso, poderoso, egoisticamente feliz), demonstre que esse tipo de vida não é própria de um cristão; esclareça-os que as riquezas não são pecado, a ganância sim.
TEXTO BÍBLICO
Miqueias 7.1-7.
1 — Ai de mim! Porque estou como quando são colhidas as frutas do verão, como os rabiscos da vindima: não há cacho de uvas para comer, nem figos temporãos que a minha alma desejou.
2 — Pereceu o benigno da terra, e não há entre os homens um que seja reto; todos armam ciladas para sangue; caça cada um a seu irmão com uma rede.
3 — As suas mãos fazem diligentemente o mal; o príncipe inquire, e o juiz se apressa à recompensa, e o grande fala da corrupção da sua alma, e assim todos eles são perturbadores.
4 — O melhor deles é como um espinho; o mais reto é pior do que o espinhal; veio o dia dos teus vigias, veio a tua visitação; agora será a sua confusão.
5 — Não creiais no amigo, nem confieis no vosso guia; daquela que repousa no teu seio guarda as portas da tua boca.
6 — Porque o filho despreza o pai, a filha se levanta contra sua mãe, a nora, contra sua sogra, os inimigos do homem são os da sua própria casa.
7 — Eu, porém, esperarei no SENHOR; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
O profeta Miqueias, não era um simples religioso de sua época. Ele foi um homem comprometido com a luta contra as desigualdades e abusos dos poderosos sobre os mais frágeis em sua comunidade. Para este profeta, como deve ser para todos nós, era impossível defender um real avivamento que, além de transformações espirituais, também não causasse mudanças nos paradigmas sociais. A adoração naquela época — isto é, durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias (1.1) — ganhou nova centralidade. Os cultos foram reestabelecidos, sacrifícios passaram a ser cerimonialmente apresentados, todavia, ainda havia corrupção e injustiça entre o povo (2.1,2). Havia certo pessimismo no coração de Miqueias com relação ao povo e o seu relacionamento com Deus (1.9). Será que nossa geração está seguindo esse mesmo caminho? Vamos pensar a esse respeito na aula de hoje.
Pense!
A mensagem de Deus precisa ser anunciada a todas as pessoas, em todos os contextos existentes.
Ponto Importante
Os verdadeiros servos de Deus não são coniventes com as práticas pecaminosas de sua sociedade, ainda que estas sejam comunitariamente aceitas.
Pense!
Na história do cristianismo, em nome de Deus, foram iniciadas guerras, cometeram-se assassinatos, justificou-se o uso da violência. Para que nunca mais voltemos a estes tempos vergonhosos precisamos compreender que a fé que temos em Cristo não nos torna donos do mundo.
Ponto Importante
Infelizmente em nossa sociedade, a humildade é um comportamento raro, especialmente entre aqueles que se dizem cristãos.
III. DE FATO SOMOS ADORADORES?
Desenvolvamos nossa viva fé como um instrumento de adoração a Deus que nos torna mais humanos, irmãos uns dos outros, filhos de Deus. Se o Senhor abençoar-nos com riquezas, o fará por meio da justiça e da verdade (Sl 112.1-10).
Pense!
A Igreja não é o Estado e nem cabe sê-lo; logo, o modo e a finalidade pela qual a Igreja deve lutar por um mundo mais justo devem ser diferentes daqueles utilizados pelo Estado. Enquanto este toma suas medidas por força da lei ou por interesse populista, a aquela abraça a causa de Cristo para si.
Ponto Importante
Nossa experiência de fé tem de fato tornado-nos pessoas com valores e princípios diferentes daqueles que estão estampados no mundo, ou tudo o que vivemos é uma adaptação religiosa da lógica perversa e perniciosa do mundo que nos cerca?
CONCLUSÃO
Assim como na época de Miqueias necessitamos urgentemente de um avivamento. Contudo, esse movimento não pode reduzir-se apenas a um conjunto de práticas religiosas, antes deve contemplar a totalidade de nossos papéis e relacionamentos. Deste modo, uma Igreja avivada segundo a vontade de Deus, imprescindivelmente colaborará para uma sociedade melhor.
HORA DA REVISÃO
Os ricos estavam perversamente explorando os mais pobres; os profetas não denunciavam as mazelas sociais, antes, por suborno que recebiam, anunciavam uma falsa paz; havia idolatria e práticas religiosas reprovadas por Deus; o cerimonialismo legalista também era um desafio a ser superado naquela comunidade.
Porque não havia o bem-estar social junto com o bem-estar espiritual.
Bondade, Justiça e Humildade.
Teologia da Prosperidade, triunfalismo, narcisismo.
Todo nosso ser, não simplesmente nossos bens.
SUBSÍDIO I
“Miqueias profetizou nos dias dos reis Jotão, Acaz e Ezequias em Judá (Mq 1.1) e dos reis Pecaías, Peca e Oseias em Israel (2Rs 15.23-30), e sua mensagem era tanto para Judá quanto para Israel (Mq 1.1-9). Ele predisse o cativeiro do povo do Reino do Sul e do Reino do Norte. Viu a queda de Samaria pela Assíria e a queda de Jerusalém pela Babilônia. Pelos reis que lhe foram contemporâneos, o período de seu ministério profético pode ser estabelecido de 752 a.C. a 697 a.C. Um detalhe muito significativo é que Deus escolheu Miqueias para profetizar o local do nascimento do Messias (Mq 5.2; Mt 2.1,5,6). A mensagem de Miqueias pode ser dividida, fundamentalmente, em duas partes: na primeira, que compreende os capítulos de 1 a 3, ele denuncia os pecados de Samaria e Jerusalém, e anuncia a condenação vindoura; e na segunda, que vai do capítulo 4 ao 7, ele traz uma mensagem de consolação, de redenção do povo judeu e de promessas de bênçãos. Outro destaque da mensagem de Miqueias é que ele foi usado por Deus também para denunciar a opressão e as injustiças sociais em Israel, especialmente nos capítulos 2 (vv.1,2,8,9) e 3 (vv.2,3,11), mas também no capítulo 6 (vv.8-12)” (COELHO, A; DANIEL, S. Os Doze Profetas Menores. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.56,57).
SUBSÍDIO II
“Miqueias expõe os falsos profetas pelo que realmente são. Afirma que suas visões serão tiradas. Os que, por dinheiro, deram orientações errôneas às pessoas serão abandonados em suas próprias ilusões sombrias. Pelo fato de eles mesmos estarem na noite espiritual, não poderiam fazer predições ou tornar a vontade de Deus conhecida. Em consequência disso, as trevas espirituais infestarão toda a nação. Elas caem sobre todo homem, ou grupo de pessoas, que, por fins ignóbeis e egoístas, fecham os olhos à verdade. Agir irresponsavelmente com a justiça, faz os homens perderem todo o senso de princípio; ‘direitos’ e ‘deveres’ tomam-se meras palavras (ver Mt 7.22,23; 1Jo 1.7). É muito ruim estar sob o governo de líderes que não temem a Deus, mas é pior ser guiado por falsos mestres. Jesus falou sobre eles quando se referiu a cegos que guiam cegos (Mt 15.14) e mencionou a necessidade de andarmos na luz para que não sejamos surpreendidos (Jo 12.34-36). Se por um ganho monetário ou por outro motivo vil, os líderes da igreja torcem o Evangelho, quando as pessoas lhes pedem conselhos, não têm a resposta do Senhor para dar. E como são densas essas trevas! (Mt 6.19-23; cf. Is 5.20,21)” (Comentário Bíblico Beacon. Oseias a Malaquias. Volume 5, 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.180).
fonte www.mauricioberwald.com
Lições Bíblicas CPAD 4° trimestre de 2016
TEXTO DO DIA
'[...] amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma. e de todas as forças e amar o próximo como a si mesmo é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios." (Mc 12.33)
SÍNTESE
Jesus, em seu ministério, preocupou-se em apresentar o verdadeiro caminho de adoração ao Pai.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA -Lc 4.8: Adorar só a Deus
TERÇA - Mt 211: Jesus foi adorado desde o seu nascimento
QUARTA - Mt 15.9: A falsa adoração
QUINTA - Jo 12.13: Adoração sem profundidade
SEXTA - Lc 16.13: Adoração sem mistura
SÁBADO - Mt 14.33; Adoração como ato de reconhecimento da natureza de Jesus
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
Que tipo de preconceito você já enfrentou ou enfrenta caro (a) educador (a)? Por incrível que possa parecer, faz parte da adoração confrontar as atitudes discriminatórias e de hostilidade, tão comuns em nossa sociedade contemporânea. Na preparação desta aula, pesquise e reflita a respeito dos grupos de pessoas que mais sofrem com o preconceito na região onde você mora.
Compartilhe suas indagações e impressões com seus educandos (as); leve-os a refletirem também, a perceberem os preconceitos que carregam, e o quanto estes são negativos e perigosos para o desenvolvimento de uma fé saudável. Este não deve ser um momento de reforço das discriminações: de ironias ou piadinhas. Faça deste instante uma ocasião de confissão, quebrantamento e arrependimento, individuais e coletivos.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Você vai precisar dos seguintes materiais: retângulos constando características ou grupos de pessoas discriminados (a quantidade de retângulos deve ser suficiente para cada educando ficar com cinco, as características ou grupos podem se repetir). Sugestão de características ou grupos: ex-presidiários. moradores de ruas, dependentes químicos, doentes mentais, etc.
Diga aos alunos que eles serão líderes de um grupo, cada um será responsável por outras pessoas. Deixe os retângulos voltados para baixo de modo que não possam ver o que está escrito. À medida que eles forem escolhendo às cegas, perceba as reações e possível mal-estar. Finalize a dinâmica fazendo um momento de reflexão, indagando-os como eles sentir-se-iam se o preconceito fossem com eles; e se aquelas pessoas começassem a visitar a igreja eles aproximar-se-iam dessas pessoas?
TEXTO BÍBLICO
Lucas 10.25-35
25 E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
26 E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?
27 E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
28 E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.
29 Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?
30 E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
31 E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
32 E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo.
33 Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
34 E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;
35 E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
INTRODUÇÃO
Jesus, através de sua vida, demonstra que adorar a Deus é muito mais do que cumprir exigências cerimoniais: louvar ao Criador envolve a totalidade de nosso ser todo nosso espírito, alma e corpo. Logo, se é tudo o que somos, a adoração está ligada também com nossos relacionamentos. Deste modo, a maneira pela qual nos relacionamos com as pessoas denuncia se somos ou não adoradores Partindo da célebre parábola de Jesus, em Lucas 10, refletiremos nesta lição a respeito do caráter integral da verdadeira adoração a Deus.
I - JESUS EXPLICA O QUE É ADORAÇÃO
Mais uma vez. Jesus está às voltas com uma pergunta feita por um dos religiosos da época. A questão suscitada pelo escriba referia-se a problemática da vida eterna e o recebimento desta Jesus, numa estratégia discursiva típica dos sábios da época, devolve a pergunta com outras duas: Que está escrito na lei? Como lês?
Apesar de não responder diretamente, as indagações de Jesus direcionam e restringem as opções que o doutor tem para apresentar sua tréplica. O acesso a vida eterna estava intimamente relacionado a duas questões muito sérias: tanto às verdades eternas já manifestas por Deus e registradas nas Escrituras, como também ao modo pelo qual as pessoas a interpretavam. É claro que a Bíblia é nosso manual sobre adoração e louvor, todavia, corremos sérios riscos de negarmos ao Pai. se a lermos de maneira errónea.
Imediatamente o doutor da Lei responde a primeira indagação de Jesus. Cita com perfeição o texto de Deuteronômio 6.5. Como é possível receber a vida eterna? Amando, adorando a Deus com tudo aquilo que temos e somos: coração, alma, forças e entendimento Percebe-se assim que a adoração não está relacionada com aquilo que recebemos, mas com nossa percepção sobre quem é Deus. Basta que tenhamos um simples vislumbre da sua pessoa (Êx 33.18-23:2 Co 12.1-10), e será o suficiente para não desejarmos mais nada, senão apenas um relacionamento intenso e genuíno com Ele. Adorar é amar ao próprio Deus. e só consegue amá-lo como Ele merece quem realmente conhece-o. Tudo que há em nós foi divinamente elaborado para louvar ao Altíssimo, por isso devemos zelar por cada área de nosso ser. Nosso amor dever ser direcionado à pessoa de Deus e em virtude de quem Ele é.
Uma vez que pouquíssimas pessoas terão o privilégio de ter uma experiência reveladora e direta com a divindade, como poderemos adorá-lo? A resposta parece explicita no final da fala do escriba: “[...] e o teu próximo como a ti mesmo" (Lv 19.18).
O amor. que nos identifica universalmente uns com os outros, é a ferramenta capaz de revelar a face de Deus à humanidade. Posso ver Deus através de quem está próximo a mim; por meio daqueles que. assim como eu. são filhos, adoradores e amados do Pai. Não devo divinizar nenhuma pessoa, isto é idolatria, mas todas ás vezes que eu concedo àqueles que estão próximos a mim a dignidade inerente a eles (Gn 1.26). estou amando-os e. per uma inevitável consequência, oferecendo a Deus a verdadeira adoração que lhe é devida (Jo 15.1-14).
O Pense!
Que chave de leitura temos utilizado para lera Bíblia? Se compreendermos as Escrituras através do amor, misericórdia e graça, estaremos mais próximos do Pai.
O Ponto Importante
O amor a Deus torna-se palpável quando nos dedicamos a construir uma vida digna àqueles que, em virtude da maldade e pecado, tiveram-na roubada (Mt 25.34-40).
II - "MAS... E QUEM É MEU PRÓXIMO?"
O escriba quis justificar-se (v.20); mas desculpar-se de quê? De, contraditoriamente, afirmar que amava a Deus sem amar aqueles que estavam ao seu lado. Para aquele homem era impossível amar determinadas pessoas ou grupos sociais: os publicanos traidores, os leprosos impuros, as meretrizes promíscuas, os samaritanos etnicamente rejeitados.
Indagou então o doutor ‘Quem é meu próximo? O termo grego para ‘próximo" é literalmente vizinho, metaforicamente, ‘aquele que é o mais intimo’ Ao indagar sobre quem era seu próximo, arrogantemente o escriba questionava, ‘quem é semelhante a mim?, postura análoga ã do Fariseu em Lucas 18.11. Para aquele homem, a religiosidade o fazia superior, e qualitativamente diferente de todas as demais pessoas; deste modo. amar a quem. senão apenas a si mesmo?
A fim de esclarecer o escriba, mais uma vez. Jesus não oferece uma resposta direta, mas por meio de uma parábola, denuncia a arrogância daquele homem. A parábola do samaritano, como é tradicionalmente nomeada esta imagem bíblica, é um dos mais belos textos da Escritura; lembremo-nos, todavia, que seu objetivo central é responder ao questionamento: ‘Quem é meu próximo?’
Se levarmos em conta está questão perceberemos que, dentre os três personagens secundários do enredo: o sacerdote, o levita e o samaritano, a ajuda ao homem assaltado vem de quem o escriba jamais se identificaria: o samaritano.
Os samaritanos eram os descendentes do Reino do Norte que, colonizados pela Assiria, desenvolveram uma religiosidade mista, considerada impura e espúria pelos judeus. Por isso, um judeu, particularmente um especialista em conhecimentos da Torá, jamais consideraria um samaritano digno de amor ou compaixão.
Diante da cena que Jesus elabora, o quadro tradicional muda; temos um sacerdote e um levita, não misericordiosos, cerimonialmente puros, mas cheios de preconceitos. Por outro lado temos um samaritano, socialmente rejeitado, mas graciosamente acolhedor; etnicamente odiado, entretanto o único que demonstra amor.
A quem o escriba comparar-se-ia, aos dois primeiros? Se fizesse isso Jesus demonstraria que não havia amor a Deus naquele homem. O escriba, num exercício de superação de seus preconceitos, teve de comparar-se ao samaritano. Por esta parábola Jesus demonstra que o próximo, o intimo, é todo aquele que é carente de amor, assim como é aquele que desinteressadamente ama.
Pense!
A fé que desenvolvemos a partir de nosso encontro com Jesus tem nos tomado pessoas mais amorosas, misericordiosas, capazes de superar os preconceitos que a sociedade constituiu sobre nós?
O Ponto Importante
Os judeus e os samaritanos são um exemplo típico do mal qte as divergências culturais podem causar.
III – SALVAÇÃO, AMOR E ADORAÇÃO
O culto não pode ser nosso único momento de adoração. Não é saudável que reduzamos nossa adoração apenas a louvores, pregações, orações e contribuições Devemos adorar com tudo o que somos, em todo o tempo (Sl 32.6; Ef 6.18), com tudo o que temos (At 20.35; Cl 3.22-25). Sempre conscientes de que é fraudulenta a adoração do coração daquele que afirma amar a Deus, mas tem algo contra seu irmão (Mt 5.23.24).
Que tipo de pessoas a espiritualidade que praticamos tem desenvolvido? Indivíduos insensíveis à dor do outro, que em nome de rituais e tradições observam de maneira Inerte multidões morrendo á mingua sob o domínio do pecado, sem sequer estender a mão. Ou nossa fé, que é simultaneamente resultado e causa de nossa adoração (Hb 11.1), tem cotidianamente transformado nosso ser, quebrando nossa arrogância e exaltação (Pv 8.13), levando-nos a perceber àquele que está a nossa volta não apenas como um outro (Gr heteros), distante e diferente, mas como o próximo (Gr. ptesion), íntimo, amigo mais chegado que irmão (Pv 18.24).
Quem são os samaritanos de nossa sociedade? Nossa fé não é excludente. o Reino de Deus é inclusivo (Mt 9.10-13). O evangelho do Senhor Jesus é a boa-nova de Deus para a humanidade. Ele é convidativo, acolhedor. Assim como Jesus, não tenhamos medo de aproximarmo-nos das pessoas que necessitam de Deus (Fp 2.6-9; Hb 2.11).
O Pense!
Como estão seus relacionamentos, dentro e fora da Igreja?
O Ponto Importante
A Igreja precisa ser o lugar daqueles que estão em processo de cura. através da adoração e do amor
SUBSÍDIO
Questões que exigem atenção
4 Existe alguma armadilha na pergunta feita pelo doutor a respeito da vida eterna (v.25)? Não estaria o fariseu meramente testando o conhecimento de Jesus para determinar a sua competência tentando apanhá-lo em uma armadilha? (SNODGRASS. K Compreendendo todas as Parábolas de Jesus. 1 ed Rio de Janeiro; CPAD. 2010. p 477)
CONCLUSÃO
O tipo de vida que Deus deseja que desenvolvamos está intimamente ligada à vivência do louvor e da adoração; por isso vai muito além da mera observação de tradições ou ordenamentos humanos. Adorar ao Pai significa amá-lo, e tal experiência somente é possível quando nos permitimos amar e ser amados pelas pessoas que estão à nossa volta. Viva o melhor de Deus para você: adore, Ame e perdoe.
HORA DA REVISÃO
As verdades eternas já manifestas por Deus e registradas nas Escrituras, como também ao modo pelo qual as pessoas interpretavam a mesma.
Porque o amor ao próximo é um mandamento gémeo ao amor a Deus. e por consequência à adoração.
Porque historicamente eles eram descendentes do Reino do Norte que se misturaram cultural e espiritualmente com os assírios.
Através de ações de acolhimento e respeito às diferenças
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
JOVENS
4º Trimestre de 2016
Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 10: A adoração sem conhecimento
Data: 04 de Dezembro de 2016
TEXTO DO DIA
“Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva” (Jo 4.10).
SÍNTESE
Adorar a Deus é o mais nobre privilégio que o Pai concede-nos. Por isso, faça-o com todo o zelo, fervor e empenho de sua alma, sabendo que adorar a Deus é conhecê-lo.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Jo 4.9
O trauma sociocultural
TERÇA — Jo 4.10
A ignorância da mulher
QUARTA — Rm 10.14
A impossibilidade de uma fé genuína em virtude da ignorância
QUINTA — At 17.23
Os atenienses e o deus desconhecido
SEXTA — Jo 4.23
A revelação da essência da adoração
SÁBADO — Jo 4.42
As consequências da verdadeira adoração
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
IDENTIFICAR as características de quem não adora a Deus;
ANALISAR o perfil do verdadeiro adorador;
APONTAR as consequências da adoração para a vida daquele que tem esta experiência.
INTERAÇÃO
Caro(a) educador(a), cuidado para não deixar sua aula cair no erro da repetitividade. Nosso tema geral é “louvor e adoração”, todavia, esta temática possui vários desdobramentos e pode ser analisada sob várias outras perspectivas além daquelas que aqui abordamos. Lembre-se, o espaço para desenvolvimento e escrita de cada lição é limitado, mas sua criatividade e amor pela educação espiritual de seus jovens não. Faça as devidas adaptações a sua realidade, dê ênfase ou insira outras questões, conforme a necessidade de seus educandos.
Este conjunto de lições não é uma “camisa de força” para tolher seu ministério, antes, é um material didático, ou seja, é algo para apoiar você; é um caminho previamente traçado, uma clareira aberta na “selva de discussões” da sociedade atual existente exclusivamente para auxiliar e abençoar sua tão nobre tarefa de educar jovens para o futuro e bem-estar da Igreja.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Você vai precisar de vendas para os olhos. O objetivo é submeter os educandos a uma situação de estranheza, assim como a vivida pela mulher samaritana no contexto a ser estudado na lição de hoje. Selecione de dois a cinco educandos, vende-os e peça para que eles sigam as instruções que serão dadas.
A intenção das instruções que você dará é gerar estranheza ou resistência nos alunos, para tanto use a criatividade: peça que os vendados abracem alguém que está a sua frente; oriente-os a dar seus calçados para alguém, sabendo que eles poderão ser escondidos; solicite que eles escolham alguém para trocarem de lugar com eles; peça que eles façam um bonito desenho, etc. Ao final, reflita com seus alunos a respeito de como é difícil fazer algo quando não se tem certeza do que deve ser feito ou quando é algo relacionado a alguém que não se conhece previamente.
TEXTO BÍBLICO
João 4.19-24.
19 — Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
20 — Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
21 — Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
22 — Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.
23 — Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
24 — Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
O episódio da mulher de Samaria pode ser tomado como uma imagem da condição espiritual de muitas pessoas na época de Jesus e ainda hoje há pessoas que elegem lugares, outras pessoas e até elas mesmas como elementos dignos de adoração. A ignorância é um perigoso estado para aquele que busca a Deus.
III. OS EFEITOS DA VERDADEIRA ADORAÇÃO
CONCLUSÃO
Assim como a mulher em Samaria teve sua história revolucionada, que nosso encontro com Jesus transforme tudo em nós: que nosso testemunho seja para edificação daqueles que estão à nossa volta, que sejamos libertos de todos os nossos pecados, até daqueles que estão no mais profundo de nossas almas. Mas, acima de tudo, que sejamos partícipes da comunidade dos verdadeiros adorares do Pai.
ESTANTE DO PROFESSOR
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD. 2008.
HORA DA REVISÃO
Possuem o coração e a mente cegos, o culto tem como objetivo a obtenção de resultados; veem o pecado como algo normal.
Que somente podemos adorar a Deus se de fato conhecermo-lo, numa experiência pessoal e espiritual.
Uma vida de comunhão com Deus, desejo de comunicar o amor de Deus, tornar-se inspiração para outras pessoas.
Não. Resposta pessoal (Sugestão: Alguém que ignora quem é o Senhor corre o risco de adorar pessoas ou seres, tornando-se assim um idólatra).
Não. Resposta pessoal (Sugestão: Pois o amor de Deus transborda em nossos corações a ponto de ser impossível, se há de fato adoração e comunhão, não partilhar o amor de Deus).
SUBSÍDIO I
“Sabemos muita coisa a respeito da mulher junto ao poço. No oriente, a hora de pegar água no poço era a ocasião em que as mulheres de uma comunidade reuniam-se para conversar, enquanto se dirigiam ao poço, voltavam dele, ou esperavam a retirada de cada jarro de água. Mas a mulher de nossa história vem sozinha. Evidentemente, alguma coisa a separou das outras mulheres da cidade, e fez dela uma pessoa socialmente proscrita. E sabemos mais. Nenhuma mulher naquela cultura falaria com um homem sem que seu marido estivesse presente. Jesus também sabia disso, por isso seu pedido ‘vai chamar teu marido’ (4.16) tinha a intenção de confronto. Mas não há indicações culturais para o fato de que ela tivesse tido cinco maridos e agora estivesse vivendo com outro, sem estar casada. Assim estendemos sua surpresa quando Ele, homem judeu, é condescendente em falar com uma samaritana. E os discipulos ficaram surpresos por encontra-lo dialogando com uma mulher sozinha. [...] Muitas pessoas evitadas por outras estão esperando que nos aproximemos delas. Como Jesus, nós podemos reconhecer o pecado nos outros, sem acusar nem condenar” (RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 3ª Edição. RJ: CPAD. 2008. p.206).
SUBSÍDIO II
“Muitas vezes, João registra declarações depreciativas, sarcásticas ou céticas que as pessoas fazem sobre Jesus. Em João 4.12, por exemplo, a mulher samaritana pergunta: ‘És tu maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?’. Essas afirmações, como meio de ironia, são verdades ou mais relevantes do que o orador percebe no momento em que o profere. Contudo, o leitor do Evangelho, tendo a essa altura, pelo menos, alguma noção de quem è Jesus, percebe que a afirmação é verdade e pode sancioná-la. No caso da passagem 4.12, Jesus, de fato, é maior que Jacó. [...] Em João 4, Jesus, no diálogo com a mulher samaritana, faz uma declaração a respeito da natureza de Deus. ‘Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade’ (v.24). Embora nenhum desses dois usos da palavra ‘espírito’ aludam diretamente ao Espírito Santo, a noção de que a adoração deve acontecer em espírito e verdade pressupõe a atividade do Espírito da verdade que leva o crente à verdadeira adoração” (ZUCK, Roy. Teologia do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD. 2008. pp.190.221).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
JOVENS
4º Trimestre de 2016
Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 11: A forma do culto
Data: 11 de Dezembro de 2016
TEXTO DO DIA
“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1).
SÍNTESE
Deus criou todas as coisas ordenadamente. Nada veio do caos, tudo que existe tem uma razão de ser; assim também no culto ao Senhor necessitamos de princípios básicos de organização.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — 1Co 11.34
A necessidade de ordem no culto
TERÇA — 1Tm 2.8
A oração e o culto a Deus
QUARTA — Ef 5.19
O louvor como parte de nosso culto
QUINTA — Cl 3.16
A pregação da palavra como um momento do culto
SEXTA — 2Co 9.13
A administração de ofertas no culto
SÁBADO — Cl 2.18
Cuidado com os falsos cultos
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
DEFINIR e problematizar o conceito de liturgia;
ANALISAR o problema envolvendo a liturgia entre os coríntios;
APRESENTAR os desafios envolvendo a liturgia na Igreja atual.
INTERAÇÃO
Caro(a) educador(a), o tema da lição de hoje requer muita atenção devido algumas características específicas: 1) Cuidado para não transformar sua aula numa discussão muito técnica, desinteressante e longe da realidade de seus alunos; 2) Evite expor publicamente qualquer liderança de sua igreja local, ressalte sempre aos educandos que os fundamentos de nossa discussão são gerais e impessoais; 3) Incentive a participação de seus alunos de modo positivo, solicitando-os a sugestão de ações que podem tornar a liturgia de sua igreja algo mais dinâmico e próximo à realidade da comunidade. As sugestões organizadas podem, por exemplo, ser implementadas inicialmente nos cultos ou atividades realizadas sobre a liderança dos jovens. Que ao final de sua aula, os corações de seus educandos estejam voltados a desenvolver estratégias para abençoar efetivamente a igreja local, superando todo tipo de exageros ou desregramentos.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Você vai precisar de um aparelho de reprodução de vídeos; seleção de vídeos. Apresente aos seus alunos fragmentos de vídeos nos quais ocorram procedimentos louváveis ou reprováveis para que depois eles possam apontar quais os erros e acertos de cada vídeo (diante da impossibilidade de apresentação dos vídeos, que em último caso podem ser apresentados no próprio celular do educador, crie algumas situações através das quais os alunos possam fazer a análise sugerida). Ao final da discussão, promova um momento de reflexão a respeito da necessidade de organização do culto a Deus para que se evite exageros ou distorções.
TEXTO BÍBLICO
1 Coríntios 14.26-33.
26 — Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
27 — E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.
28 — Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.
29 — E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
30 — Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
31 — Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.
32 — E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.
33 — Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos questões como: existe uma liturgia ideal? Liturgia, formalismo e fanatismo; culto à forma X culto a Deus. Estudaremos a respeito da natureza, necessidade e lógica da liturgia, compreendida como conjunto de procedimentos públicos que orientam o culto a Deus.
III. LITURGIA, FORMALISMO E EXIBICIONISMO
CONCLUSÃO
A importância da liturgia para o desenvolvimento da adoração a Deus é algo que devemos continuamente reconhecer. Todos somos capazes de perceber quando a programação de um culto está mal elaborada ou simplesmente não existe; isto porque essa irresponsabilidade afeta coletivamente o louvor que se pretende apresentar ao Senhor. Busquemos a Deus com fervor, mas sempre numa perfeita organização.
HORA DA REVISÃO
Resposta pessoal. (Sugestão: O conjunto de procedimentos públicos que orientam o culto a Deus).
Para que se evite discórdia no momento do culto a Deus, pois somos todos seres únicos e por isso diferentes uns dos outros.
Adoração, coletividade e organização.
Porque lhe faltava organização na administração dos dons, isto é, na liturgia.
Exageros e excessos de um lado; manipulação, controle personalista e formalismo do outro.
SUBSÍDIO I
“O formalismo cansa a Deus
O culto levítico fora instituído, a fim de que Israel adorasse a Deus de forma verdadeira e amorosa (Lv 20.7). Os seus vários sacrifícios, oferendas e oblações deveriam ser subentendidos como figuras dos bens futuros (Hb 10.11). Infelizmente, os israelitas passaram, com o decorrer do tempo, a adorar a própria adoração. Acabaram por considerar o culto superior ao cultuado. E isso trouxe-lhes consideráveis prejuízos. Haja vista o que aconteceu à serpente de bronze (Nm 21.8; 2Rs 18.4). Na vida dos judeus, cumprira-se o que, certa feita, afirmou Charles Montesquieu: ‘A maior ofensa que se pode fazer aos homens é tocar nas suas cerimônias e nos seus usos’. De tal maneira o formalismo contagiou os judeus que, no tempo de Jeremias, passaram eles a considerar o Templo do Senhor como mais importante que o Senhor do Templo (Jr 7.4). Achavam que, apesar de suas iniquidades, os sacrifícios e oblações, que pensavam eles endereçar ao Altíssimo, ser-lhes-iam mais do que suficientes para torná-los aceitáveis diante de Deus (Jr 3.1-15). Como estavam enganados! [...] Assim é o cristianismo nominal” (ANDRADE, Claudionor, de. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004. p.128).
SUBSÍDIO II
“O espírito do profeta e o Espírito do Senhor. Precisamos fazer a nossa parte, a fim de que o Espírito realize a dEle. E isso está relacionado com a liturgia, conjunto dos elementos que compõem o culto cristão (At 2.42-47; 1Co 14.26-40; Cl 3.16). Embora seja possível liturgia sem culto, não há culto sem liturgia (Is 1.11-I7; 29.13; Mt 15.7-9; 1Co 11.17-22). A parte litúrgica compreende diversas partes do culto: oração (At 12.12; 16.16); cânticos (1Co 14.26; Cl 3.16); leitura e exposição da Palavra de Deus (Rm 10.17; Hb 13.7); ofertas (1Co 16.1,2); manifestações e operações do Espírito Santo (1Co 14.26-32); e bênção apostólica (2Co 13.13; Nm 6.23-27). Tomando como base o livro de Atos dos Apóstolos e as Epístolas (At 2.1-4; Ef 5.19; Cl 3.16), vejamos como era o culto, nos tempos do Novo Testamento. A promessa da efusão do Espírito (Jl 2.28) cumpriu-se no dia de Pentecostes (At 2.16-18), quando os que estavam reunidos foram ‘cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem’ (At 2.1-4). Essa experiência pentecostal repetiu-se em outras ocasiões: At 8.14-20; At 9.17; At 10.44-48; At 19.1-7” (GILBERTO, Antonio. Teologia Sistemática Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.208).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
JOVENS
4º Trimestre de 2016
Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 12: Modismos na adoração e no louvor
Data: 18 de Dezembro de 2016
TEXTO DO DIA
“Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes” (Tt 1.9).
SÍNTESE
Deve haver princípios que orientem nossa adoração e louvor; estes, contudo, precisam ser extraídos da Palavra de Deus.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Jz 2.12
O modismo espiritual ainda no AT
TERÇA — Ap 2.14
O tortuoso caminho de Balaão
QUARTA — Jd 4
Os falsos profetas e seus falsos ensinos
QUINTA — Ef 4.14
Cuidado com as novidades doutrinárias
SEXTA — Tt 1.16
O comportamento daqueles que introduzem modismos
SÁBADO — 2Jo 10
Como lidar com os falsos mestres
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
IDENTIFICAR as características dos falsos mestres conforme o texto de 2 Pedro;
ANALISAR as causas e efeitos dos modismos na adoração;
IDENTIFICAR as três causas dos modismos no louvor da igreja hoje.
INTERAÇÃO
Caro (a) educador (a), esta tende a ser uma lição bem participativa. Como há várias referências a modelos de adoração e tipos de músicas que se desenvolvem na igreja atualmente, é natural que seus alunos acabem identificando, pregadores, pastores, igrejas, bandas e cantores, que seguem modismos. Nesse momento é necessária muita prudência, não torne a aula um palco de polêmicas, não permita que ninguém aproveite a oportunidade para tecer críticas vazias ou maldosas a determinadas pessoas, especialmente se for alguém de sua comunidade ou mesmo de sua turma. Demonstre a seus alunos que o objetivo da lição é construtivo, ou seja, é colaborar para o desenvolvimento sadio e espiritual do louvor e adoração em sua comunidade, por meio da reflexão, do reconhecimento de erros e da restauração; ressalte que é impossível construir algo positivo por meio de contendas, indiretas ou falta de compreensão.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Inicie sua aula solicitando aos seus alunos que daquele momento em diante comecem a repetir o que você faz. Daí em diante comece a fazer uma série de ações (por exemplo, bater palmas, bater o pé, sentar-levantar, etc) que deverão ser reproduzidas por eles. Se em algum momento alguém parar de repetir as ações, aponte para essa pessoa e faça um gesto de reprovação (o que deverá ser repetido por todos). Depois desse momento introdutório, peça a seus alunos que expliquem o porquê de cada movimento. Provavelmente eles só saberão explicar a reação à pessoa que parou de repetir as ações. Ao final, demonstre a irracionalidade dos modismos, onde as pessoas fazem uma série de ações sem saber ao certo porque as realizam, simplesmente seguem alguém que gostam ou confiam. Destaque ainda o papel discriminador das “modas”, segundo o qual, quem não as obedece é ridicularizado ou diminuído pela coletividade.
TEXTO BÍBLICO
2 Pedro 2.1,13-19.
1 — E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
13 — recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites cotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco;
14 — tendo os olhos cheios de adultério e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição;
15 — os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça.
16 — Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta.
17 — Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva;
18 — porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne e com dissoluções aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro,
19 — prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Vivemos numa sociedade fluida. Prega-se que ao invés de valores e princípios — fixos e tradicionais — deve-se optar por tendências e modas — efêmeras e midiáticas. Essa tendência que se instaurou na sociedade contemporânea tem forte repercussão no campo religioso, especialmente quanto ao desenvolvimento do louvor e da adoração. A lógica do “faça rápido”, do “quem não aparece não é lembrando”, do “falem bem ou falem mal, mas falem de mim” invadiu o território sagrado da espiritualidade, transformando nossos adoradores em pop-stars e os cultos em “agendas” comerciais. A simplicidade e discrição, própria do cristianismo, foi substituída pelo glamour e pela midiaticidade. Todos querem ser notícia, cantar a música do momento, ir ao show de um ídolo. Parece que a mesma máquina de fazer dinheiro que impera no meio artístico de um modo geral, invadiu o segmento “gospel”. Em nome de Mamom, Jesus é preterido.
Pense!
As igrejas do “Pode-tudo” sempre são as mais cheias, as que mais aparecem na mídia, são as igrejas do momento. Todavia, os consumidores religiosos destes “armazéns da fé” são sempre muito inquietos, trocam constantemente de “fornecedor”. Não abandone sua congregação. Não siga a moda, siga a Cristo.
Ponto Importante
Que o Senhor Jesus nos dê cada vez mais discernimento para sermos capazes de diferençar os verdadeiros servos de Deus, dos mercenários que desejam apenas o poder.
Pense!
Os modismos na adoração são prejudiciais à Igreja, pois tiram a glória que pertence a Deus e direcionam a uma pessoa.
Ponto Importante
Ser narcisista é tornar a si mesmo como objeto de adoração e veneração; para um narcisista ninguém é melhor que ele, somente ele é digno dos holofotes, aplausos e olhares.
III. MODISMOS NO LOUVOR
Pense!
Por que falta criatividade e inspiração em muitas canções evangélicas hoje? Se Deus não mudou, a resposta só pode ser uma: o louvor tem deixado de ser um ministério, serviço, para ser uma indústria, um negócio, com prazos, valores e lucros. A “comercialização da fé” nunca será abençoada por Deus.
Ponto Importante
Todo obreiro é digno do seu salário. Aquele que faz a obra de Deus com dedicação e esmero deve ser reconhecido, em todas as áreas, por seu empenho. Todavia, é a lógica perversa do acúmulo de riqueza que faz com que muitos de nossos irmãos trabalhem muito, para enriquecer a outros.
CONCLUSÃO
Só existe oferta porque há mercado. Só existe artista porque há plateia. A adoração e o louvor obedecerão tanto mais os modismos do entretenimento secular quanto nós, em nossas igrejas, aceitarmos, comprarmos e reproduzirmos esses comportamentos decadentes. Só há um modo de retornarmos a essência da adoração: apresentando nossa adoração como puro louvor, nosso louvor como desinteressada adoração.
HORA DA REVISÃO
São avarentos e gananciosos; são rebeldes e incapazes de obedecer às autoridades; são irracionalmente pragmáticos; são cheios de pecados sexuais.
Tornar-se-á um ciclo de pecado, falso perdão, novo pecado, novo falso perdão, sem qualquer encontro genuíno com Cristo.
É todo tipo de comportamento ou atitude que as pessoas simplesmente reproduzem, sem uma reflexão prévia.
As pessoas não amadurecem espiritualmente, há um excesso de meninices, são facilmente enganadas por falsos obreiros. É celebrado o culto, mas Cristo não é adorado.
Falta de inspiração, pouca criatividade, industrialização do louvor.
SUBSÍDIO
“A razão da audácia dos falsos mestres é encontrada na sua animalidade. Eles são como animais irracionais (12), que nascem para ser capturados e destruídos como animais de rapina. Sua brutalidade é evidenciada no fato de blasfemarem do que não entendem. Eles posam como peritos espirituais quando, na realidade, são ignorantes quanto às coisas de Deus. Ao destruírem, eles certamente serão destruídos; ao serem injustos, eles receberão o salário da iniquidade (v.13). Mas Pedro ainda não terminou. A animalidade deles é percebida no fato de terem prazer nos deleites cotidianos. Esses cristãos professos são nódoas [...] e máculas para a comunidade cristã. A última parte do v.13 tem sido interpretada da seguinte maneira: ‘[...] os enganam, vivendo em pecado repugnante por um lado, enquanto pelo outro juntam-se a vocês em suas festas fraternais, como se fossem homens sinceros’ (Bíblia Viva). Visto que seus olhos são cheios de adultério (14), eles não conseguem ver uma mulher sem ter pensamentos lascivos. Na verdade, eles estão tão profundamente emaranhados que não cessam de pecar (são incapazes de parar de pecar), porque, por meio da avareza, exercitaram o coração com desejos maldosos” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 10 — Hebreus a Apocalipse. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.274).
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD
JOVENS
4º Trimestre de 2016
Título: Em Espírito e em verdade — A essência da adoração cristã
Comentarista: Thiago Brazil
Lição 13: A Igreja louvará eternamente ao Senhor
Data: 25 de Dezembro de 2016
TEXTO DO DIA
“Cada dia te bendirei e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos” (Sl 145.2).
SÍNTESE
Se tudo tem uma razão de ser, somente o Criador poderia dar sentido a cada detalhe do universo. Alegre-se, você é a realização do mais lindo projeto de Deus. Por isso, você nasceu para adorar.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Sl 30.12
O desejo do salmista
TERÇA — Sl 111.10
O louvor a Deus é o que permanece para sempre
QUARTA — Ap 7.12
O cântico dos anjos
QUINTA — Fp 4.20
O único digno de todo louvor
SEXTA — Jd 25
Um cântico da Igreja Primitiva
SÁBADO — Sl 79.13
O povo de Deus o louvará para sempre
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
DEMONSTRAR que a adoração é um privilégio da humanidade.
REFLETIR a respeito do privilégio de louvar a Deus eternamente.
RESSALTAR a verdade de que nascemos para uma vida de adoração.
INTERAÇÃO
Caro(a) educador(a), como diz o pregador, “melhor é o fim das coisas do que o princípio delas[...]” (Ec 7.8). Sinceramente espero que sua jornada de estudo e ensino tenha sido uma experiência tão gratificante quanto foi desenvolver esta lição bíblica. Torço para que seu ministério seja mais e mais abençoado. São poucas as pessoas que se dedicam ao ensino da Palavra, muito menos aquelas que se especializam em comunicar as verdades profundas do Evangelho na linguagem dos jovens. Se ninguém jamais reconheceu sua chamada, vocação e dedicação, como um mensageiro de Deus, para sua vida desejo declarar: seu trabalho não é inútil, pois é feito para o Senhor!
Aproveite esse final de trimestre para, em particular, fazer uma análise sobre o desenvolvimento das aulas e crescimento de seus alunos. Coletivamente, celebre, louve a Deus, confraternize-se com sua classe, afinal de contas você e eles merecem. PARABÉNS!!!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Você vai precisar de uma caixa com objetos variados, papel e lápis. Entregue as folhas e lápis aos alunos. Em seguida informe-os que a medida que você for retirando os objetos de dentro da caixa eles terão 30 segundos para escrever qual a finalidade deles. Use a quantidade de objetos que quiser, quanto mais diferentes forem as finalidades dos mesmos melhor. Depois de apresentar os objetos que você selecionou, faça suspense para a última pergunta que você fará, e então os indague: "Você, enquanto pessoa, nasceu para quê?" Seus alunos terão mais dificuldade para responder essa pergunta, lembre-os dos 30 segundos. Concluindo solicite a participação de alguns educandos, especialmente para falarem a respeito de suas respostas a última pergunta. Finalize esse momento afirmando enfaticamente para cada aluno que eles nasceram para adorar ao Pai celeste.
TEXTO BÍBLICO
Apocalipse 4.6-9.
6 — E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal, e, no meio do trono e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos por diante e por detrás.
7 — E o primeiro animal era semelhante a um leão; e o segundo animal, semelhante a um bezerro; e tinha o terceiro animal o rosto como de homem; e o quarto animal era semelhante a uma águia voando.
8 — E os quatro animais tinham, cada um, respectivamente, seis asas e, ao redor e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.
9 — E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
É a respeito da vida eterna, e o que faremos no céu diante do trono de Deus, que falaremos nesta última lição do trimestre. Fomos criados para a adoração, salvos para o louvor, e seremos glorificados para eternamente venerar o Criador.
III. UMA ETERNIDADE INTEIRA SÓ PARA ADORAR
Quanto mais próximo de Deus ficamos, mais evidente torna-se quem o Pai é, e quem somos nós.
CONCLUSÃO
Vivemos para adorar ao Pai, tendo sido libertos do domínio do pecado por Jesus e seu sacrifício salvífico, e por meio do Espírito Santo que nos ensina cotidianamente a como apresentar o melhor de nós para Deus.
HORA DA REVISÃO
Não, adoração é um privilégio que Deus concede aos seres criados, nunca uma necessidade sua.
Criá-los para um íntimo e amoroso relacionamento com Ele por meio da adoração.
Exaltar, louvar e adorar ao Deus Criador.
Haverá uma restauração de todos os seres e coisas existentes de tal modo que tudo que existirá será exclusivamente para a glória de Deus.
Adorar ao único Deus, criador de todas as coisas.
SUBSÍDIO I
“Deus não é egoísta a ponto de criar bajuladores para sentarem-se ao seu lado e entoar-lhe louvores. Se assim fosse, teria feito esses seres fracos e dependentes. No entanto, temos a impressão de que Deus criou esses quatro seres tão poderosos e ferozes quanto possível. Apesar disso, estão tão perto do trono de Deus, que se sentem completamente envolvidos por sua presença. Gozando eternamente de sua glória, nada lhes resta a não ser adorá-lo. Mas o que existe em Deus capaz de envolvê-los ou dominá-los? É a sua santidade e não a sua sabedoria, poder ou glória. A santidade de sua presença é tão poderosa que aniquila os impuros que se aproximam (Êx 28.35,43; 30.20,21) e o homem que tocou a arca e morreu (1Cr 13.9,10). Talvez C.S. Lewis tenha expressado melhor essa ideia quando disse que nosso corpo mortal é demasiadamente fraco para suportar uma simples fração da presença de Deus. Certamente nos desfaríamos caso experimentássemos um pouco mais dessa presença. Os nossos corpos não serão glorificados para que estejam protegidos do sofrimento, mas para que sejamos fortalecidos e assim possamos estar na presença de Deus” (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.1859).
SUBSÍDIO II
“Apocalipse 21.6 — Assim como Deus terminou o trabalho da criação (Gn 2.1-3), e Jesus concluiu a obra de redenção (Jo 19.30), eles também irão terminar todo o plano de salvação, convidando os redimidos a uma nova criação e proclamando: ‘Está cumprido’. Deus disse: ‘Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim’. Isto repete 1.8 (veja também 1.17; 2.8), onde Cristo tinha dito isto a João. Alfa e ômega são a primeira e a última letra do alfabeto grego. Deus é soberano sobre a história e está no controle de tudo. Deus prometeu que, a quem quer que tiver sede, de graça Ele lhe dará da fonte da água da vida. Esta água também é descrita em 22.1 e simboliza a vida eterna. Jesus tinha falado com a mulher samaritana a respeito desta água (Jo 4.13,14), assim como a todos os que cressem nele (Jo 7.37,38). A água retrata a recompensa daqueles que ‘venceram’ (21.7). Estes já não terão mais necessidades, pois as suas necessidades serão completamente satisfeitas por Deus, por toda a eternidade.
Apocalipse 21.7,8 — Os versículos 7 e 8 formam um intervalo; eles destinam-se aos leitores que precisam fazer uma escolha sobre se farão parte dos vencedores, que herdarão todas as coisas (21.7)” (Comentário do Novo Testamento: Aplicação pessoal. Volume 2. RJ: CPAD, 2010, p.914).
fonte www.mauricioberwald.com