Criar um Site Grátis Fantástico
Translate this Page

Rating: 2.7/5 (652 votos)




ONLINE
4




Partilhe esta Página



 

 

 

  contadores de visitas 

 

Flag Counter

site

Lição adultos Betel Livro de Nemias 4trim-2018
Lição adultos Betel Livro de Nemias 4trim-2018

 

                     

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 1 

 

Neemias: um homem dedicado à obra de Deus

07 de outubro de 2018

 

 

Texto Áureo

"E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus."Ne 1.4

 

Verdade Aplicada

Na bonança ou na crise, a  constância na oração é o pilar que concede ao cristão equilíbrio necessário na caminhada rumo ao céu.

 

Glossário

Introspecção: Observação e descrição por determinada pessoa de suas experiências e padrões de comportamento;

Lucidez: Que tem clareza de ideias e inteligência;

Turva: Embaçada; encoberta.

 

Textos de Referência.

 

Ne 1.1-3

  1. As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de Quislev, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza,
  2. Que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam, e que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém.
  3. E disseram-me: Os restantes, que ficaram do cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo; e o muro de Jerusalém fendido e as suas portas queimadas a fogo.

 

Introdução

Neemias liderou o terceiro e grande retorno para Jerusalém, depois do exílio na Babilônia. Seu interesse pelo bem estar de Jerusalém e seus habitantes o levou a tomar uma atitude corajosa.

 

  1. Neemias e a obra de Deus

Neemias, que servia ao rei da Pérsia como copeiro (Ne 2.1), quando foi visitado pela comitiva da qual seu irmão Hanani fazia parte, demonstrando pleno interesse por Jerusalém e seus habitantes, perguntou-lhes em que estado aqueles se encontravam., Suas iniciativas, bem como suas reações, nos trazem grandes ensinamentos.

 

1.1. Um homem que não esqueceu suas origens

Deus havia abençoado Neemias, dando-lhe um cargo de alta estima junto a corte real persa. Em tais circunstâncias, ele poderia simplesmente ignorar a situação dos que haviam escapado e restado do cativeiro judeu. Todavia, em vez de permanecer indiferente às condições adversas dos que viviam em Jerusalém, prontificou-se a abrir mão das regalias a que tinha direito, para ajudar o próximo (Ne 2.5).

 

1.2. Um homem comprometido

O capítulo inicial do livro de Neemias nos mostra o servo do Senhor condoendo-se por seus conterrâneos. Sua ação de indagar por Jerusalém e seus habitantes à comitiva de Judá revela o seu comprometimento (Ne 1.2). Quem pergunta se compromete. Não basta perguntar somente para manter-se informado ou por mera curiosidade. Ao receber  informações acerca do sofrimento e das adversidades na vida do próximo, precisamos agir como Neemias: pensou, chorou, orou e agiu.

 

1.3. Um homem em constante vigilância

A história de Neemias indica que ele era um servo de Deus que mantinha estreita comunhão com o Pai Celestial (Ne 1.4-11;2.4). Ele estava atento às situações adversas e preparado para as oportunidades. Neemias fazia da oração um estilo de vida. Por isso, desenvolveu sensibilidade suficiente  à voz de Deus. Ele sabia a quem deveria clamar. Somente o Senhor Deus poderia solucionar a situação da cidade de Jerusalém e seus habitantes. Neemias se colocou à disposição de Deus, que lhe permitiu estar em um posição estratégica naquele momento e, assim, ser útil aos Seus propósitos.

 

  1. Neemias e suas reações reflexivas

A tristeza não é uma emoção proibida ao cristão. Contudo, Neemias nos ensina que não podemos permanecer todo tempo paralisado, cultivando tristeza e amargura (Ec 3.1-8). A Bíblia nos adverte a não permitir que o sol se ponha sobre nossa ira (Ef 4.26). O mesmo princípio pode ser aplicado à duração da tristeza (Rm 12.15;Sl 30.5). Analisemos, então, as três primeiras reações de Neemias.

 

2.1. Primeira reação: sentar-se

Um grave erro em muitos cristãos é não saber se posicionar ante uma notícia desagradável, uma ofensa ou coisa do gênero. Na posição de copeiro do rei, Neemias demonstrou possuir equilíbrio, longanimidade e domínio próprio (Gl 5.22;Pv 25.15;Rm 2.4;Cl 1.11). Em circunstâncias como essas, é sábio "deixar a poeira baixar", isto é, não agir por impulso, sem antes consultar ao Senhor (Ne 1.4; 2.40.

 

2.2. Segunda reação: chorar

Após sentar-se, a segunda reação de Neemias foi chorar (Ne 1.4). Quando foi até a casa de Lázaro,  que estava morto, o Senhor Jesus Cristo não conteve as lágrimas (Jo 11.33-34). Durante o choro, nossa visão se torna turva. Parece um convite a um período de reflexão, pois as imagens do mundo exterior não podem entrar. Esses momentos de introspecção, acompanhados de meditação bíblica e oração, têm a capacidade de trazer lucidez à nossa mente. Desta forma, temos a oportunidade de ponderar sobre as ações que pretendemos levar a termo (Gn 43.30).

 

2.3. Terceira reação: lamentar

Alguns sentidos da expressão "lamentar" são: "lastimar. afligir; condoer-se". Outra variante acrescenta que lamento é um choro acompanhado de gemidos e clamores. Em Gênesis 23.2, vemos o emprego dessa palavra quando "Abraão lamenta a morte de Sara". Assim como as razões de nossos lamentos podem ser muitas, Neemias também teve as suas. O profeta Jeremias, ao saber da condenação que Deus traria sobre a nação de Judá, registra os seus lamentos, que mais tarde seria chamado de livro das Lamentações de Jeremias. É interessante observar que a passagem bíblica de João 16.20 registra a promessa para aqueles que lamentariam a morte de Jesus Cristo. A pior das tragédias é quando permitimos que nossas lamentações evoluam para murmurações.

 

  1. Neemias e suas reações dinâmicas

Neste tópico abordaremos outras reações de Neemias. Veremos que pode ser feita uma divisão entre elas: reações de cunho particular, de confinamento de propósitos. A Palavra de Deus afirma que, após sentar-se, chorar e lamentar, Neemias tomou algumas atitudes (Ne 1.4). Vejamos:

 

3.1. Jejum, uma recomendação bíblica

Infelizmente, para alguns cristãos e igrejas, a prática do jejum parece ter sido totalmente abolida. Todavia, os benefícios de tal exercício não podem ser lançados para segundo plano. O livro de Atos dos Apóstolos deixa registrado que muitas decisões da Igreja Primitiva, sob direção do Espírito Santo de Deus, concernente à obra do Senhor foram precedidas de jejum e oração (At 13.2; 14.23). Além disso, Ele nos deixou o exemplo, pois também jejuou (Mt 4.2).

 

3.2. Oração, uma arma espiritual poderosa

Neemias sabia que a situação da cidade de Jerusalém era dramática. Ele tinha uma escolha a fazer: agir ou omitir-se. Todavia, Neemias não poderia tomar nenhuma decisão sem antes consultar ao Senhor Deus. A oração é uma audiência com o Senhor dos Exércitos. Para consultarmos o Senhor, não é necessário senha ou agendamento de horário. Deus está disposto a nos ouvir a qualquer instante. Quando os desafios chegarem, nossa ação imediata deve ser a oração. O apóstolo Paulo nos recomendou a orar sempre (1Ts 5.17).

 

3.3. Conhecendo os elementos da oração

A oração de Neemias pode ser dividida em cinco partes. Nela, vemos os elementos de uma oração eficaz: 1) louvor (Ne 1.5); 2) ação de graças (Ne 1.5); 3) arrependimento (Ne 1.6-7); 4) petição (Ne 1.8-10); e 5) compromisso (Ne 1.11). Infelizmente, a maior parte das orações dos cristãos contém apenas o item 4. É uma pena que um significativo número de cristãos não siga as recomendações do Senhor Jesus Cristo (Mt 6.9-13). Assim como Neemias, devemos constantemente pedir ao Senhor Deus que guie os nossos passos e direcione nossos caminhos, para que não tomemos decisões equivocadas e nem precipitadas, como Esaú (Gn 25.29-34) e Jefté (Jz 11.30-31, 34-40), por exemplo. É importante orarmos com a Bíblia, pois a Palavra de Deus é a lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sl 119.105). Somente Deus pode provar e conhecer nossos pensamentos (Sl 139.23). Apenas Ele sabe se há em nós algum caminho mau (Sl 139.24).

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 2

 

 

 O valor do planejamento na vida do cristão

14 de outubro de 2018

 

 

Texto Áureo

"E disse ao rei: Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique. "Ne 2.5

 

Verdade Aplicada

Em tempo de muito ativismo e imediatismo, é preciso resgatar a prática da oração, da reflexão e do planejamento.

 

Glossário

Interpelar: Dirigir-se a alguém com alguma pergunta ou pedido de explicação;

Pedante: Que se exprime exibindo conhecimento que não possui;

Perímetro: Linha que delimita uma área ou região.

 

Textos de Referência.

 

Ne 2.1-4

 

1 Sucedeu, pois, no mês de Nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes, que estava posto vinho diante dele, e eu peguei o vinho e o dei ao rei; porém eu nunca estivera triste diante dele.

 

2 E o rei me disse: Por que está triste o teu rosto, pois não estás doente? Não é isto senão tristeza de coração; então temi sobremaneira.

 

3 E disse ao rei: Viva o rei para sempre! Como não estaria triste o meu rosto, estando a cidade, o lugar dos sepulcros de meus pais, assolada, e tendo sido consumidas as suas portas a fogo?

 

4 E o rei me disse: Que me pedes agora? Então orei ao Deus dos céus,

 

Introdução

Neemias foi suficientemente sábio para aproveitar as oportunidades que Deus estava lhe proporcionando. Veremos, também, nesta lição, o cuidado que ele teve quando, finalmente, chegou a Jerusalém.

 

  1. O valor das respostas inteligentes

A narrativa do grande banquete nos faz refletir sobre o que levara o rei a dedicar atenção ao semblante de Neemias. Apenas por um intervenção divina isso seria possível. Ao ser questionado pelo rei, apesar de temeroso, Neemias não se deixou ser dominado pelo medo e, aproveitando a oportunidade, expôs o seu caso. Da mesma forma, o cristão deve estar atento a todas as chances que aparecem.

 

1.1. Deus aguçou o olhar do rei

Ao responder o rei Artaxerxes quando interpelado por este sobre a razão de sua aparente tristeza, Neemias demonstra tato, embora tenha sentido medo (Ne 2.2). A atenção do monarca havia se voltado para ele e tal chance não podia ser desperdiçada. Provavelmente, Neemias clama ao Senhor em pensamento e devolve ao rei um resposta que, primeiramente, reafirma sua lealdade ao regente: "Viva o rei para sempre" (Ne 2.3) É interessante observar que Neemias não divulga o nome da cidade, referindo-se a ela apenas como o "lugar dos sepulcros de meus pais".

 

1.2. O valor em responder com sabedoria

Apesar de ter orado e jejuado antes, a postura de Neemias perante o rei como expôs o motivo da tristeza e o pedido, demonstram prudência, sabedoria e equilíbrio.

Assim, aprendemos que a oração e a confiança no Senhor não nos dispensam de agirmos e falarmos com cuidado (Pv 10.19; 16.16). Tal exemplo de atitude nos lembra o exposto em Eclesiastes 8.1-7. O histórico de Jerusalém não era um dos melhores. Esdras 4.6-16 nos revela a saga de Jerusalém e o quanto seria arriscado trazer seu nome à memória de Artaxerxes. Neemias sabia que se explorasse o costume do respeito aos antepassados teria uma chance de o rei acenar com uma resposta positiva. Sabiamente, Neemias resguarda o nome da cidade, menciona apenas que se tratava do "lugar dos sepulcros de meus pais" (Ne 2.3), sabendo que isso conquistaria a simpatia do rei (Ne 2.4).

 

 

1.3. Evitar polêmicas desnecessárias

Muitas situações embaraçosas seriam evitadas se apenas as palavras estritamente necessárias fossem pronunciadas. Há muitos que falam demasiadamente sem ponderar acerca de suas falas. Provérbios 25.11 fala acerca da palavra dita a seu tempo. Alguns põem tudo a perder, pois, mesmo sendo detentores da verdade, disparam-na de forma errada para todos os lados. Desenterram problemas sobre os quais o próprio Senhor Deus já pôs uma pedra (Mq 7.19). Aprendemos com Neemias a necessidade de responder sabiamente, evitando polêmicas desnecessárias. No momento certo, ele falou o propósito da sua missão.

 

  1. A importância do planejamento

Neste tópico, abordaremos sobre a importância do planejamento. Quais aspectos podem contribuir para que se obtenha êxito numa empreitada? Vejamos o que a história de Neemias tem a nos ensinar.

 

2.1. Conhecendo o homem

É impossível conhecer o homem na sua totalidade, mas aquele que observa as personalidades tem maiores chances de acerto numa interação. Quando entregamos nossa vida a Jesus, nossos hábitos são modificados, mas nossa personalidade permanece. Esse conhecimento nos torna cautelosos e, assim, podemos ponderar acerca da melhor abordagem. E isso não ocorre só com estranho. Até nossos filhos tem suas próprias personalidades.

 

2.2. Conhecendo a cultura de sua época

Neemias não era alguém  que simplesmente fazia uso da persuasão para atingir seus objetivos. Muito pelo contrário, pois mostrou-se um estudioso da cultura de sua época. É interessante observar que o pano de fundo dos interesses de Neemias era trazer o povo de volta à verdadeira adoração a Deus. Em nossos

dias, os pais precisam cultivar os ideais divinos ao mesmo tempo em que incentivam membros da família a alcançarem seus sonhos. Neemias manteve-se íntegro perante Deus, pois jamais se esqueceu de que o Senhor era o verdadeiro soberano. Deus nos fez para vivermos em sociedade e não isolados. Conhecendo o homem, a cultura e preservando o contato com Deus, desenvolveremos relacionamentos maravilhosos com o nosso próximo.

2.3. Mantendo Deus presente em seus planos

Por meio da declaração: "Se é do agrado do rei" (Ne 2.5), Neemias se mostra respeitoso sem ser pedante. Há quem profira títulos e pronomes de tratamento, os mais pomposos possíveis, mas apenas da boca pra fora. Neemias havia construído um relação de confiança com Artaxerxes e não se pautou apenas no jargão: "viva o rei". Uma lição a ser extraída é a relevância, no dia a dia, de cultivarmos relacionamentos saudáveis. Mesmo assim, Neemias tinha em mente que se não contasse com a intervenção divina, decerto não teria as portas abertas. Quem não inclui Deus em seus planos, não chega muito longe (Pv 16.1-3), ainda que a princípio pareça que tudo está indo bem.

 

  1. Estudando o terreno

Planejar exige parar, pensar e decidir o que é importante para se alcançar o objetivo. O planejamento facilita o trabalho porque nos obriga a realizar uma síntese sobra a atividade a ser feita. Neemias foi muito prudente ao examinar as redondezas (Ne 2.11-16). Muitos têm sucumbindo por tomarem atitudes precipitadas, colocando os pés pelas mãos, agindo no calor dos acontecimentos. É preciso refletir, ponderar; pesar os prós e os contras. Por isso, o exemplo de Neemias nos será muito útil.

 

3.1. Fazendo o que está ao nosso alcance

Neemias sabia que sem a proteção de Deus seus esforços seriam em vão. Isso foi comprovado por meio de suas orações, que sempre antecederam suas ações. No entanto, da mesma forma, também reconhecia que o Senhor Deus não faria por ele aquilo que ele tinha condições de fazer. Deus está sempre disposto a nos ajudar, todavia, nossa parte na história precisa ser cumprida (Js 1.18).

 

3.2. Um círculo de confiança

Neemias, a princípio, não saiu contando para todos o pretendia fazer. Adiantar o que planejamos pode suscitar problemas desnecessários. Muitos entraves podem surgir por intermédio de pessoas descontentes que, ao saberem das ações a serem implantadas em médio prazo, fazem de tudo para frustrar os objetivos. Neemias selecionou muito bem as pessoas com as quais poderia compartilhar o que pretendia. Em nossa trajetória cristã, é muito bom ter ao nosso lado pessoas que possam nos auxiliar em oração ou palavras de ânimo e estímulo para avançarmos sempre.

 

3.3. Falar com conhecimento de causa

Ao fazer a ronda pelo perímetro da muralha, Neemias tomou conhecimento do real estado em que ela se encontrava. Não fez alarde, levou apenas uma montaria (Ne 2.12). Mesmo à noite, não colocou isso como um obstáculo. Não podemos dar como desculpa para fazer a obra do Senhor uma dificuldade intransponível. Fazer isso é negar a confiança no poder que Deus tem, pois Ele resolve até mesmo as situações impossíveis (Lc 1.37).

 

Conclusão

A história de Neemias nos mostra a importância de uma vida de constante preparo. Empreguemos nosso tempo em conhecer mais a Deus e não desprezemos o saber como lidar com o nosso próximo. Deus fez o homem para viver em sociedade, sendo abençoado e abençoador de vidas.

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 3

 

 

 A importância da perseverança

21 de outubro de 2018

 

 

Texto Áureo

"Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;", 2 Co 4.8,9

 

Verdade Aplicada

Nunca esperemos agradar a todos, senão ficaremos escravos da opinião alheia. Procuremos agradar a Deus em Cristo Jesus.

 

Glossário

Amainado: Que se tornou calmo ou sereno; acalmado;

Hercúleo: Que é extremamente difícil de realizar;

Nefasta: Que pode trazer dano ou prejuízo; prejudicial.

 

Textos de Referência.

 

Ne 3.1-4

  1. E levantou-se Eliasibe, o sumo sacerdote, com os seus irmãos, os sacerdotes, e reedificaram a porta do gado, a qual consagraram; e levantaram as suas portas, e até à torre de Meá consagraram, e até à torre de Hananel.
  2. E junto a ele edificaram os homens de Jericó; também ao seu lado edificou Zacur, filho de Imri.
  3. E à porta do peixe edificaram os filhos de Hassenaá; a qual emadeiraram, e levantaram as suas portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos.
  4. E ao seu lado reparou Meremote, filho de Urias, o filho de Coz; e ao seu lado reparou Mesulão, filho de Berequias, o filho de Mesezabeel; e ao seu lado reparou Zadoque, filho de Baana.

 

E levantou-se Eliasibe, o sumo sacerdote, com os seus irmãos, os sacerdotes, e reedificaram a porta do gado, a qual consagraram; e levantaram as suas portas, e até à torre de Meá consagraram, e até à torre de Hananel.

E junto a ele edificaram os homens de Jericó; também ao seu lado edificou Zacur, filho de Imri.

E à porta do peixe edificaram os filhos de Hassenaá; a qual emadeiraram, e levantaram as suas portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos.

E ao seu lado reparou Meremote, filho de Urias, o filho de Coz; e ao seu lado reparou Mesulão, filho de Berequias, o filho de Mesezabeel; e ao seu lado reparou Zadoque, filho de Baana.

 

Neemias 3:1-4Introdução

Realizar a obra do Senhor não é trabalho fácil. As dificuldades se apresentam de toda a parte. Nesta lição, abordaremos como Neemias enfrentou essas circunstâncias, não esmoreceu no meio do caminho e saiu vitorioso.

 

  1. Os princípios empregados por Neemias

 

O escrito J. Welch afirma que os líderes se empenham para que as pessoas não só compreendam a visão, mas também que a vivencie e a respirem. Nesse ponto é inevitável referimo-nos a Neemias, pois, quando ele toma a iniciativa de mobilizar o povo, põe-se na linha de frente. Analisemos os princípios empregados por Neemias.

 

1.1. O princípio da prioridade

A visão de terra arrasada na qual havia se tornado Jerusalém já fora contemplada por muitos, mas ninguém tomava a iniciativa de se restabelecer a ordem. A sensação de impotência era uma autêntica barreira. Um dos aspectos que foi relevante para Neemias obter êxito em sua empreitada foi o princípio da prioridade. Obras de grande envergadura só podem ser idealizadas por uma mente tranquila (1Pe5.7; Fp 4.8). Nossa mente é alvo constante dos ataques de Satanás e, se nos deixarmos levar pelas sugestões malignas, não teremos paz o suficiente para planejarmos adequadamente.

 

1.2. O Princípio da cooperação

O bom líder é aquele que edifica relacionamentos enquanto participa das tarefas. Para esse hercúleo trabalho, Neemias conseguiu a cooperação entre pessoas de diferentes lugares e profissões, sem falar das suas personalidades. Sacerdotes, levitas, pessoas que atuavam em cargos de chefia, porteiros, guardas, fazendeiros, artífices, funcionários do Templo e mulheres (Ne 3.1, 7-8, 12, 17). Todos cooperando para a reconstrução dos muros. O bom líder é aquele que vê o potencial das pessoas e as encoraja a acreditarem em si mesmas. Em outras palavras, isso é delegar tarefas.

 

 

1.3. O princípio da comunicação

A passagem bíblica da torre de Babel nos dá uma noção da importância da comunicação (Gn 11.1-9). No início falavam uma só língua, entretanto, a intenção de seus corações era nefasta. O resultado foi a confusão de línguas, como juízo divino, pois buscavam glória e honra para si mesmos. Na reconstrução dos muros, liderada por Neemias, temos pessoas de diferentes classes sociais. Contudo, a intenção de seus corações era buscar o bem comum. Desta forma, puderam obter o favor de Deus. Às vezes, o líder enfrenta dificuldades no cumprimento da sua missão devido às intenções do coração de alguns.

 

  1. Motivação, inspiração e trabalho

Neemias foi um líder que não apenas se preocupou em motivar os outros com palavras, mas se colocou a disposição para inspirá-los com seu exemplo, quando, junto com eles, trabalhou arduamente. Em certas circunstâncias, precisamos nos lanças ao trabalho focado em nosso objetivo.

 

2.1. Instrumento nas mãos de Deus

É interessante que Neemias escreva uma autobiografia e, mesmo assim, consiga ausentar-se da autoexaltação. Parecia antecipar o que Jesus Cristo diria cerca de meio milênio depois, sobre os que tem o hábito de fazer sua próprio promoção (Lc 14.11). Somos meros instrumentos nas mãos do Todo-Poderoso. Se pensarmos de modo diferente, é possível que estejamos tentando roubar a glória que pertence a Deus (Is 42.8).

 

2.2. Produzir sob pressão

O verdadeiro líder é aquele mantém firme a visão da meta a ser atingida. O papel protagonizado por Neemias ilustra essa  e outras realidades da vida. Percebemos nele o zelo e amor pela obra de Deus. Ele precisou, com pulso firme em suas convicções, enfrentar e resistir à oposição, fosse ela oriunda de pessoas, instituições ou ideologias. Moisés, Davi e Paulo mostraram ter essas qualidades. O Senhor Jesus é o nosso maior exemplo. Todos os que foram citados mantiveram a disposição de continuar trabalhando, mesmo debaixo de todo tipo de pressão.

 

2.3. Impelido pela fé

Há pessoas que trabalham bastante, mas sem objetivo, apenas por necessidade, ou por medo de perder algo. O diferencial em Neemias é que ele trabalhava bastante, sim, mas estava impelido pela fé e conseguiu incuti isso no povo. No Salmo 127.2, lemos uma expressa orientação acerca do muito trabalhar sem que haja um sentido claro para tal. Façamos o trabalho com o melhor das nossas forças, visando a glória de Deus (Ec 9.10; 1Co 10.31).

 

 

  1. Como reagir às críticas?

O livro de Neemias é uma fonte de muitas riquezas no que diz respeito à estrutura de um cristão. Contemplamos esse homem de Deus sofrendo tentativas de ser diminuído em seu caráter, ter seu valor reduzido a nada e ver seus ideais de reconstrução lançado às traças. Todavia, quando estamos caminhando dentro da vontade de Deus, podemos orar como Davi (Sl 70.1,5). Neemias foi assim. Aprendamos mais um pouco com esse servo do Senhor sobre como reagir às críticas e outros ataques.

 

3.1. Não desanime com as críticas

Neemias é um exemplo de perseverança mesmo sendo criticado, ameaçado e caluniado. Se o ânimo de Neemias fosse amainado pela obra daqueles maldizentes, certamente o muro não seria reedificado no tempo recorde de cinquenta e dois dias (Ne 6.15). Agora, note que é importante examinar os argumentos de quem nos critica. Se há algo de plausível ou se os mesmos são racionais, então nada nos deve impedir de engatar uma marcha à ré, isto é, parar e analisar o que estamos fazendo. Todos, com exceção de Cristo, o único perfeito, estão sujeitos a errar (Tg 3.2).

 

3.2. Não dê demasiada importância às críticas

Não fiquemos paralisados com as críticas (Ec 7.21). Como dito anteriormente, elas devem ser consideradas, mas não devemos deixar que nos dominem ou guiem. Geralmente, as pessoas que mais se queixam são as que mais são motivo de queixas. Dar atenção extremada aos tais é desperdiçar o precioso tempo que deveria ser empregado na realização das tarefas que o Senhor Deus nos confiou. Assim como há críticos ao nosso redor,  há também os que estão no mesmo pensamento e dispostos a nos ajudar.

 

3.3. Ore pelos autores das críticas

A pessoa crítica sempre se vê como alguém sincero e verdadeiro. No entanto, pode não perceber sua falta de sensibilidade. Pode chegar a sentir-se orgulhoso, pois imagina que esteja ajudando os outros a serem "pessoas melhores". O perigo é quando tais pessoas se julgam donas da verdade e consideram que suas ideias são ímpares e infalíveis. Para interagir com a pessoa crítica, precisamos aprender a assertividade - "trata-se de uma postura comportamental diante de pessoas ou circunstâncias no dia a dia. É ser firme e direto sem sentir ou causar constrangimentos. É uma capacidade de se afirmar de maneira clara, objetiva e transparente, sem delongas". Era assim que Jesus Cristo agia (Lc 10.25-37; 15.1-2). Não tente agradar a todos, mas saiba analisar as críticas. Se forem construtivas, cresça com elas . Se forem destrutivas, não se abata com elas. Em ambos os casos, ore por quem as proferiu.

 

Conclusão

Neemias motivou com palavras e inspirou com seu exemplo. Era um homem que trabalhava junto com seus liderados. Negou a si mesmo, evitando a soberba e considerando que toda honra e toda a glória são devidas a Deus. Enfrentou os críticos, orando e mantendo o foco no trabalho. Que possamos praticar o que aprendemos com a vida de Neemias.

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 4

 

 

 As oposições não podem impedir o progresso da obra de Deus

28 de outubro de 2018

 

 

Texto Áureo

"Porém edificamos o muro, e todo o muro se fechou até sua metade; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar.", Ne 4.6

 Verdade Aplicada

Mesmo diante de oposições e ameaças, a Igreja prossegue sendo edificada para a glória de Deus até que Cristo venha.

 

Glossário

Abrupta: Rude, severa;

Bancarrota: Estado do que está começando seu período de degradação;

Fomentar: Provocar ou estimular algo, incitar, instigar, semear.

 

Textos de Referência.

 

Ne 4.1-3

  1. E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito; e escarneceu dos judeus.
  2. E falou na presença de seus irmãos, e do exército de Samaria, e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-se-lhes-á isto? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas?
  3. E estava com ele Tobias, o amonita, e disse: Ainda que edifiquem, contudo, vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro de pedra.

 

Introdução

Assim como Neemias enfrentou oposição, nós estamos sujeitos a oposições no que se refere à obra de Deus. Devemos aprender com esse servo do Senhor a encarar as ameaças, sejam externas ou internas, e prosseguir avante.

 

  1. O início da obra é marcado por ataques

Vimos anteriormente como Neemias foi cuidadoso em empreender minuciosa pesquisa da situação real de Jerusalém e sobre como foi imparcial em sua apresentação aos liderados. O capítulo 4 nos mostra como Neemias se preocupou em manter-se informado quanto a tudo o que acontecia não só no canteiro de obras, mas também em Samaria.

 

1.1. Sempre ocorrerão oposições

Na lição passada, refletimos sobre os princípios aplicados por Neemias na reconstrução dos muros, a admirável cooperação e divisão de tarefas. Num primeiro momento parece que tudo fluiu com certa facilidade, quando fazemos uma leitura rápida de Neemias 3 e notamos expressões como "edificaram"; "levantaram"; "ao seu lado"; "repararam", entre outras. Contudo, tal empreendimento não ficou sem a reação contrária dos inimigos (Ne 4.1-3). Afinal, a cidade que antes estava desguarnecida, sem muros e aberta, agora está se tornando uma cidade fortificada e guarnecida. No processo de edificação da Igreja, cada membro do Corpo de Cristo precisa ter consciência da realidade das oposições até que a Igreja seja arrebatada (Jo 15.19-21; 16.33).

 

1.2. A razão da ira de Sambalate

As pergunta de Sambalate queriam levar o povo judeu ao ridículo (Ne 4.2). Como as fez diante do exército de Samaria, ganhou com isto um imenso apoio popular (Ne 4.7-8). Suas indagações, de fato, estão escondendo sua verdadeira preocupação. A reforma seria o ponto de partida para o surgimento de uma Jerusalém poderosa e influente. Para contrabalancear, o destaque de Jerusalém significaria uma Samaria rumo à bancarrota. Sambalate tenta fomentar o ânimo dos guerreiros que o defendiam, a fim de, evidentemente, tentar retardar os judeus já em seus primeiros passos.

 

1.3. A arquitetura da sutileza

Destacamos duas frentes de ataque com o objetivo de se paralisar a obra recém-iniciada: a visão do caos e a boataria. Durante um implosão, a velha ou condenada construção vem abaixo em questão de segundos. Porém, pouco se exibe da quantidade de entulho formada. No caso dos muros, a visão dos escombros era assoladora. A primeira tentativa do inimigo foi tentar desanimar os trabalhadores, servindo-se do desalentador espectro de destruição que estava à sua frente (Ne 4.10). Em seguida, investe novamente, agora espalhando boatos que pintavam um cenário completamente desfavorável aos reconstrutores do muro (Ne 4.12).

 

  1. Unidos para a prática da maldade

O escritor aos Hebreus nos anima a prosseguir, com paciência, até o fim da carreira que o Senhor nos reservou (Hb 12.1). Isso nos dá uma ideia de como a vida cristã repleta de lutas e batalhas até nos encontrarmos com o Senhor. Uma vez sabedores dessa realidade, resta-nos conhecer como o inimigo age para, assim, nos desvencilharmos de seus ataques.

 

2.1. Juntos para destruir

A Bíblia nos mostra como fariseus e saduceus, divergentes em suas crenças (Mt 16.1; At 23.8), uniram-se para se contraporem a Jesus. A história de Neemias nos mostra que, a despeito do entusiasmo inicial do povo, houve por parte dos opositores um engajamento de forças para verem destruídos os planos de restauração. Conforme o capítulo 2, temos a noção de suas origens. Sambalate vinha do norte; Tobias do leste. Junto estava Gesém, o arábio. No capítulo 4, vemos a inclusão dos arábios (sul), além dos amonitas e dos asdoditas (Ne 4.7). 

 

2.2. A arma do desdém

O progresso da obra de Deus suscitou a ira dos inimigos, que não queriam ver a restauração seguir adiante (Ne 4.1). Os opositores reagiram não apenas fazendo ameaças de ataques diretos e calúnias, mas também por intermédio de comentários negativos sobre os materiais de construção utilizados e da fragilidade da construção, tentando semear insegurança (Ne 4.2-3). Tentaram levar o povo ao ridículo através de chacotas e deboches.

 

2.3. Reagindo aos ataques

É nítido ao longo de todo o livro que Neemias era um homem decidido, de visão e ação, corajoso, perseverante, mas plenamente consciente de sua dependência de Deus. Isto é constatado por suas constantes orações, desde quando ainda estava em Susã. E agora, em plena reconstrução dos muros de Jerusalém e diante dos opositores, ele continua recorrendo às orações (Ne 4.4-5, 9). Não ficava debatendo, mas orava e prosseguia na obra (Ne 4.6). É preciso sempre lembrar que na realização da obra de Deus, mesmo estando ainda na carne, não lutamos segundo os padrões deste mundo (2Co 10.3-4). É preciso oração e ação.

 

  1. O proceder do povo durante as obras

Quando nos ocupamos fazendo a obra de Deus, nossos inimigos tem seus planos anulados pelo Senhor. Devemos confiar em Deus para realizar os aspectos impossíveis de nossas demandas, pois os possíveis cabe a nós fazê-los. Jesus ressuscitou a Lázaro, mas a pedra do túmulo foi tirada por pessoas, pois tal tarefa estava ao alcance delas (Jo 11.39). As portas da prisão que detinham Pedro foram milagrosamente abertas, mas o portão da casa onde os irmãos oravam precisou ser abertos por mãos humanas (At 12.10, 16). Não espere Deus fazer aquilo que você pode. Vejamos mais alguns aspectos de como o povo se portou durante as obras.

 

3.1. Visão em tempo integral

Por vezes, o grande apelo ao trabalho tem cegado a muitos, levando-os a tropeçarem em seus próprios pés. Todos que compunham a equipe de restauração trabalhavam e vigiavam (Ne 4.16-18). Ação e vigilância devem formar um par indissolúvel na vida de todo cristão (Mt 26.41; Mc 13.33). Em nosso embate espiritual enfrentamos oponentes invisíveis. Não há um cessar fogo nem trégua (1Ts 5.17). O inimigo não respeita férias e nem oferece recesso aos seus comandados. Está sempre em busca de oportunidades para nos derrotar.

 

3.2. Ouvidos sensíveis ao menor ruído de ameaça

O fato de estarmos atarefados não nos isenta de ficarmos atentos ao chamado emergencial, quando Satanás investe de forma abrupta contra a Igreja (At 20.29-30). A trombeta era utilizada para, à distância, comunicar alguma ocorrência ao povo. Neemias sempre tinha aquele que toca a trombeta ao seu lado (Ne 4.18-20). O povo precisava estar atento e saber o que cada toque significava. Se o toque saísse errado, o povo se confundiria. É necessário estarmos em sintonia com o Espírito Santo, a fim de entendermos os Seus propósitos.

 

3.3. Mantendo-se próximos

A falta de união tem sido motivo de grandes prejuízos ao avanço da Igreja na terra. A rivalidade é uma condição maléfica quando se trata da expansão do Reino de Deus. Esse tipo de dissenção deve urgentemente ser substituída pela parceria entre os irmãos (Ec 4.12). A desunião provoca a doença de todo o corpo. Somos varas da mesma videira e o Espírito Santo deve ter liberdade de fluir em todos nós. Se não há união, esse fluxo é quebrado (Sl 133; Ef 4.3).

 

Conclusão

Na vida cristã, às vezes, basta manifestarmos a intenção de executar algo em prol da obra de Deus, para vermos o início dos levantes contra nós. Mas não podemos desistir de realizar o que o Senhor nos incumbiu, mesmo quando os inimigos unen-se objetivando nossa destruição.

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 5

 

 

 Enfrentando os problemas econômicos e sociais

4 de novembro de 2018

 

 

Texto Áureo

"Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.", 2 Tm 1.7

 

Verdade Aplicada

 

É dever do discípulo de Cristo procurar agir com desprendimento e generosidade diante das necessidades do próximo, principalmente os domésticos da fé.

 

Glossário

Auferir: Conseguir como resultado; colher, obter;

Cerne: Parte essencial; âmago, íntimo;

Morbidez: Abatimento, enfraquecimento, prostração.

 

Textos de Referência.

 

Ne 5.1-6

  1. Foi, porém, grande o clamor do povo e de suas mulheres, contra os judeus, seus irmãos.
  2. Porque havia quem dizia: Nós, nossos filhos e nossas filhas, somos muitos; então tomemos trigo, para que comamos e vivamos.
  3. Também havia quem dizia: As nossas terras, as nossas vinhas e as nossas casas empenhamos, para tomarmos trigo nesta fome.
  4. Também havia quem dizia: Tomamos emprestado dinheiro até para o tributo do rei, sobre as nossas terras e as nossas vinhas.
  5. Agora, pois, a nossa carne é como a carne de nossos irmãos, e nossos filhos como seus filhos; e eis que sujeitamos nossos filhos e nossas filhas para serem servos; e até algumas de nossas filhas são tão sujeitas, que já não estão no poder de nossas mãos; e outros têm as nossas terras e as nossas vinhas.
  6. Ouvindo eu, pois, o seu clamor, e estas palavras, muito me indignei.

 

Introdução

Nesta lição, abordaremos o capítulo 5 do livro de Neemias. Procuraremos dar destaques aos temas mais relevantes. desejamos que, através dos aspectos aqui ensinados, possamos ser melhores em nosso cotidiano.

 

  1. A luta contra a injustiça social

O Senhor tinha mais que uma obra física para fazer. A reforma não se restringia unicamente às muralhas. Mirava também o coração do povo. Jesus fala sobre o assunto, quando nos recomendou que tomássemos o Seu fardo e aprendêssemos dEle (Mt 11.29). Lidar com o coração dos homens não é tarefa fácil. Isto por há corações com verdadeiras blindagens. Neemias nos mostra como abrir essas fortalezas. Aprendamos com ele.

 

1.1. Descobrindo o cerne do problema

A concentração de riquezas sempre foi um caso que exigiu muita cautela para se lidar. Na Bíblia, há vários textos nos quais esse tipo de comportamento é censurado (Is 5.8; Mq 2.2; Am 6.3-4). Não é pecado ser bem-sucedido, mas é preciso olhar bem o que estamos fazendo com a prosperidade que o Senhor tem nos concedido (1Tm 6.10). Neemias está agora, diante de um problema que não estava vindo de fora, mas que estava dentre o povo judeu.

 

1.2. Combatendo os aproveitadores

A economia vigorante na época de Neemias possuía caráter rígido e severo. As pessoas mais humildes estavam sendo tão maltratadas que, além de seus bens, perderam até seus filhos. Isso chama a nossa atenção para os dias atuais, pois é certo que os padrões mudaram, mas a fome pelos lucros se mantém de pé. A classe mais baixa no tempo de Neemias, era vista como um filão a ser explorado. E hoje? Será que há muita diferença nesse tipo de relação? Somos mordomos do que Deus tem nos entregado nas mãos e precisamos trabalhar com cuidado, pois teremos que prestar contas. (Lc 16.2)

 

1.3. O antídoto para a ganância sem fim

Neemias identifica três grupos extremamente prejudicados com a ganância dos nobres de sua época: os trabalhadores, os fazendeiros e, de um modo geral, os que se tornavam vítimas de impostos exorbitantes. O trecho bíblico analisado retrata o velho problema da pobreza e da opressão (Ne 5). Não é pecado ser pobre (Mt 26.11). Não é fácil lidar com essa tensão entre ricos e pobres. Neemias se expõe contrariando os interesses dos mais poderosos, pois o povo, segundo as palavras de C Barber, "não clamava por luxo, mas por pão; não por conforto, mas por sobrevivência".

 

  1. Características de um líder excelente

Neemias nos ensina bastante através de seu comportamento, Observamos por suas reações que jamais permitiu que os erros identificados continuassem sem serem enfrentados e corrigidos. Neemias nos mostra que ser pacífico não significa simplesmente ser acomodado e compreensivo, pois isso pode nos tornar ineficazes ao lidar com pessoas ou situações que peçam por uma mão firme. Se por um lado não podemos ser ásperos e duros, por outro, não devemos ser demasiadamente suaves. Vejamos, então, as características de Neemias.

 

2.1. Ver as pessoas como pessoas

Neemias enquadra-se nas mais modernas teorias a respeito da liderança. O líder preparado para lidar com situações de estresse é aquele que vê pessoas como pessoas, ou seja, vê seus liderados como indivíduos que tem valor e não mais um número ou colaborador a ser explorado. O bom líder cria num atmosfera entre os membros da comunidade de modo que haja comunhão, unidade e cooperação (Sl 133.1). Olhar os membros quer da igreja, quer da família ou outra instituição como "números"  gera um estado de morbidez e frieza extremamente prejudiciais ao desenvolvimento de qualquer atividade.

 

2.2. Saber ouvir

Ouvir é uma arte, Há quem escute, mas não ouça, porque não desenvolveu a capacidade de ouvir. Na passagem bíblica de Neemias 5.1-5, contemplamos Neemias sendo submetido a ouvir diversas reclamações, o que lhe estava exigindo a demonstração de uma notável sabedoria. Vale ressaltar a participação das mulheres durante a queixa da classe trabalhadora. Neemias precisava saber como agir, porque a situação não lhe era favorável. Possivelmente, vários acontecimentos resultaram nessa situação de extrema pobreza e até escravidão. Afinal, a sociedade não estava de todo organizada. Na volta do cativeiro muitos problemas precisavam ser enfrentados, além da reconstrução do templo e dos muros. Além disso, ainda tinha as dificuldades com os povos vizinhos (Ne 4.6-10). Em momentos de crise, alguns aproveitam para enriquecer-ser indevidamente, provocando situação de injustiça.

 

2.3. Ir até a raiz do problema

Neemias demonstra ira em sua primeira investida (Ne 5.6). Ele diz: "Usura tomais cada um do seu irmão (Ne 5.7). A palavra "pelejar" no versículo 7, dá a ideia de conflitos de opiniões. O povo reclamava de que fora forçado a hipotecar suas terras e do risco de chegarem à escravidão em virtude dos altos impostos. Neemias ataca o cerne do problema. Às vezes, de nada adianta ficar lutando com questões superficiais. Caso não se elimine a raiz, o problema voltará. Quando Neemias identifica que a fonte de toda dificuldade é a exploração, então, contente com os nobres que protagonizavam tal comportamento.

 

  1. Considerações sobre o querer de Deus

Os nobre magistrados do povo foram silenciados. Como Neemias conseguiu essa proeza? Continuando a analisar a conduta desse líder, destacaremos outras atitudes responsáveis pelo seu sucesso. Sucesso, aliás, que Neemias não permitiu que lhe subisse à cabeças. Que suas qualidades piedosas nos sirvam de inspiração em nossa vida cristã.

 

3.1. É preciso ter prudência

A prudência é um traço marcante na vida de Neemias. O livro de Provérbio nos oferece uma coletânea de advertências quanto a vários tipos de comportamentos. Sobre a precipitação, o autor nos fala que "responder antes de ouvir é estultícia e vergonha" (Pv 18.13). Neemias, no lugar de sair atirando para todos os lados, ponderou acerca do que haveria de dizer. Se todos agissem prudentemente, muitos problemas seriam evitados ou resolvidos com mais facilidade.

 

 

3.2. É preciso saber repreender

Neemias era um homem compromissado com o querer de Deus. Para praticar a vontade e a justiça do Senhor, a imparcialidade deve ser observada em todo tempo. Neemias não passou a mão sobre a cabeça de ninguém, ainda que esses fossem os príncipes e nobres do povo. Ele tinha ciência de que se o povo não vivesse de acordo com a Palavra, não desfrutaria das bençãos de Deus. Sendo assim, não se acovardou e repreendeu os que estavam agindo injustamente.

 

3.3. É preciso ser exemplo

O exemplo de Neemias é algo que deve ser imitado pelos servos do Senhor de todos os tempos. É um líder que lidera para o povo e não para si próprio. Não para auferir vantagens particulares, mas para buscar o bem coletivo. Neemias vive o que apregoa. Como exemplo disso, podemos citar o perdão às dívidas dos que ele próprio socorrera (Ne 5.8-10). A Igreja do Senhor deve ser mais influenciada positivamente por líderes-servos do que por líderes-mandões. A autoridade que tem por base o exemplo é mais eficaz do que a que se fundamenta apenas no poder.

 

Conclusão

Apesar de os homens de posse demonstrarem disposição de emprestar dinheiro e sementes sem juros, Neemias sabia que a benção não viria enquanto o povo estivesse em desobediência (Dt 23.20). Que o seu exemplo e sua coragem nos sirvam de estímulo para enfrentar nossas lutas diárias.

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 6

 

 

 Enfrentando as diferentes investidas do inimigo

11 de novembro de 2018

 

 

Texto Áureo

 "E enviei-lhes mensageiros a dizer: Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter convosco?" Ne 6.3

 

Verdade Aplicada

Quando trabalhamos para Deus, a oposição se apresenta de várias formas. Para enfrentá-la, é de suma importância uma vida de oração, crendo que o Senhor nos livrará e providenciará o necessário para o nosso sustento.

 

Glossário

Escuso: Que está escondido; oculto;

Ludibriar: Enganar; escarnecer;

Mensurada: Medida.

 

Textos de Referência.

 

 

Ne 6.1-3

  1. Sucedeu que, ouvindo Sambalate, Tobias, Gesém, o árabe, e o resto dos nossos inimigos, que eu tinha edificado o muro, e que nele já não havia brecha alguma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos portais,
  2. Sambalate e Gesém mandaram dizer-me: Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal.
  3. E enviei-lhes mensageiros a dizer: Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter convosco?

 

Introdução

Nesta lição veremos os inimigos da obra do Senhor agindo mais uma vez. Quando faltava a colocação dos portões nas muralhas, Neemias se vê mais uma vez sob intenso ataque inimigo, mas ele reage de forma surpreendente.

 

  1. Velhos inimigos, novas máscaras

A dinâmica do Reino de Deus deixa claro que não fomos chamados para nos acomodarmos enquanto esperamos a volta de Cristo, mas, sim, conforme Efésios 6.17, para colocarmos um capacete e irmos para a guerra. Portanto, é fundamental uma postura de constante vigilância, oração e atitudes dirigidas pelo Espírito Santo (2Ts 5.17; 1Pe 5.8-9). É exatamente isso que Neemias viveu na obra do Senhor. Desta vez, os velhos inimigos se reapresentaram, agora, com outras estratégias de ataque. Neste tópico analisaremos algumas delas.

 

1.1. Buscando a distração dos trabalhadores

A esta altura, o projeto encabeçado por Neemias estava bem adiantado. Os muros estavam construídos, mas ainda lhes faltavam a restauração das portas (Ne 6.1). Com isso, vale dizer que a cidade continuava exposta ao perigo. Os inimigos da obra, sabendo desse detalhe, empreenderam mais um ataque na esperança de distrair os trabalhadores. É interessante notar que os servos de Deus já haviam feito mais de 50% da obra. E é geralmente quando estamos na metade do caminho rumo à benção que os ataques se intensificam.

 

 

1.2. Falsa aparência amigável

Certamente, todo inimigo nos dará trabalho, mas, talvez, não haja inimigo mais perigoso do que aquele não declarado. Infelizmente, essa espécie age na surdina. Às vezes, são tão descarados que buscam aproximação, a fim de analisar possíveis pontos fracos, por meio dos quais podem nos bombardear. Agora, os que são "do contra" querem estabelecer um diálogo. O texto de Neemias não deixa dúvidas de que os inimigos externos já possuíam aliados do lado de dentro (Ne 6.14, 17-19). Procurando o diálogo, queriam aumentar o número dos que poderiam jogar do seu lado e, assim, atender seus interesses escusos.

 

 

1.3. Afastar ou intimidar o líder

A geografia bíblica nos diz que o vale de Ono ficava na metade do caminho entre Jerusalém e Samaria (Ne 6.2). A distância a ser vencida numa caminhada ou mesmo com o emprego de outro meio de transporte tomaria tempo e energias dos trabalhadores. O convite para um encontro no vale de Ono era uma tentativa de afastar Neemias de Jerusalém. Tentaram deixar transparecer que a realização de uma conferência seria em um território neutro. Contudo, Neemias se afastando ficaria mais vulnerável (é possível que planejassem matá-lo ou raptá-lo) e o ritmo da obra de Deus certamente diminuiria. Porém o servo de Deus estava atento, sempre procurando agir com prudência, e logo percebeu a má intenção de Sambalate e Gesém. Ainda hoje o inimigo tenta afastar os servos de Deus do serviço cristão ou paralisá-los. Ainda que aparentemente tenha desistido, enquanto estivermos nesta terra, o inimigo não desistirá de tentar nos deter (Lc 4.13).

 

  1. Táticas para Vencer os Opositores

As insistentes e constantes investidas do inimigo muitas vezes podem provocar abatimento nos servos de Deus, mas não destruí-los (2Co 4.9). Ao longo do livro de Neemias, temos notado que a oração era uma constante na vida deste servo de Deus. Portanto, seja qual for a tática a ser adotada para vencer os opositores, nunca será dispensada a oração (Ef 6.18). A postura de Neemias deve ser a nossa também. Aprendamos mais com esse destacado líder.

 

2.1. Discernimento, uma Importante Arma de Defesa

Neemias demonstra ser um servo de Deus maduro. Não que possuísse uma grande quantidade de anos de vida com Deus, como às vezes acontece com alguns, e tal como o é com pessoas que possuem muitos anos de igreja e, consequentemente, de idade. Estas, porém, muitas vezes vivem ainda em suas infâncias no que tange ao crescimento espiritual (1Co 3.2). Maturidade espiritual não é mensurada pela idade ou tempo de igreja, mas, sim, pelas atitudes do cristão. Com isso, Neemias pôde lançar mão de sua primeira arma de defesa: o discernimento espiritual (Ne 6.2,10-12). Ele não se deixou ludibriar pelos encantos do convite ao diálogo amistoso.

 

2.2. Manter o foco, uma Arma indispensável na Obra de Deus

Muitas vezes, o cristão acaba perdendo o fio da meada em meio à sedução por coisas menores. Neemias não. Ele tinha em mente a importância da obra para a qual fora responsabilizado. Quem anda em sintonia com o Senhor enxerga todas as tarefas, mas mantém o foco no que realmente é prioridade (At 6.1-4).

Precisamos saber que estamos envolvidos numa grande obra. O Reino de Deus é essa grande obra. E nossa função é importantíssima, pois a Bíblia diz que somos cooperadores de Deus (1Co 3.9).

 

2.3.Oração, uma Arma Fundamental para Renovar as Forças

 Nada do que Neemias empreendeu ao enfrentar os ataques inimigos seria duradouro ou mesmo aconteceria se não alimentasse uma vida de oração. Os recursos disponíveis não são nada se não contarmos com a indispensável ajuda divina (Sl 18.29). Ao final do versículo 9, Neemias faz um pedido especial: "Agora, pois, ó Deus, esforça as minhas mãos" (Ne 6.9). Dessa maneira, pôde prosseguir, pois mantinha constante contato com o Senhor Deus.

 

  1. Resistindo à Intimidação

A notícia de que Neemias ia bem na condução dos trabalhos causou uma tremenda perturbação em Sambalate, Tobias e Gesém, além dos demais membros do grupo opositor (Ne 6.1-2). Eles perceberam que suas estratégias falharam e sofreram grande frustração. Não fosse a confiança na providência divina, talvez os judeus já tivessem desistido da reforma. Contudo, Neemias contava com os recursos espirituais com os quais o Senhor sempre está pronto a suprir àqueles que O buscam (Is 55.6).

 

3.1. Consolidando as Conquistas

O imenso progresso atingido pelos trabalhadores judeus não podia ser abandonado por causa de ameaças (Ne 6.1-2, 10). As "boas ações" de Tobias eram exibidas a Neemias e as atividades de Neemias eram relatadas a Tobias (Ne 6.19). As ameaças e insinuações prosseguiram. No entanto, o objetivo claro de Tobias era tentar enfraquecer a liderança de Neemias.

 

3.2. As Estruturas de uma Liderança Eficaz

Uma análise didática nos mostra que três características foram fundamentais no sucesso da vida do líder Neemias, a saber: seu caráter, sua confiança e sua coragem. Seu caráter vem do conhecimento e cumprimento da Palavra do Senhor. Sua confiança fez com que superasse um a um os obstáculos que lhe eram impostos. Já sua coragem ajudou-o a alcançar novos patamares de vitória. Revestido dessa força, ele prosseguiu na missão, certo de que se tratava da vontade de Deus a restauração da cidade de Jerusalém e reorganização social, econômica e religiosa do povo.

 

3.3. Um Caminho Traçado por Deus

Ainda que cheio de obstáculos, quando temos certeza de que o caminho que trilhamos foi traçado por Deus, o melhor a fazer é permanecer nele, sem se desviar nem para a direita nem para a esquerda. Os planos que o Senhor Deus tem para os Seus servos não são para frustrá-los (Is 55.8-9; Rm 8.28), mas para fazer crescê-los. Tobias tentou amedrontar Neemias (Ne 6.19). Se ele tivesse se entregado ao medo, não cumpriria o que Deus havia reservado para ele fazer (1Cr 22.13; Pv 3.25).

 

Conclusão

Se os obstáculos diante de nós parecerem intransponível, a ordem é não desistir. Se chegamos até onde estamos, é porque o Senhor caminhou conosco até esse momento. Se permanecermos no centro de Sua vontade. Sua fidelidade nos garante que Ele continuará conosco em todo o tempo.

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 7

 

 

 A importância da continuidade do trabalho

18 de novembro de 2018

 

 

Texto Áureo

 "Então o meu Deus me pôs no coração que ajuntasse os nobres, os magistrados e o povo, para registrar as genealogias; e achei o livro da genealogia dos que subiram primeiro e assim achei escrito nele" Ne 7.5

 

Verdade Aplicada

 

É preciso que nosso comprometimento na obra de Deus se mantenha até a volta de Jesus.

 

Glossário

Envergadura: Aptidão de realizar algo;

Intrínseco: Que apresenta valor ou significado por si próprio;

Tangível: Que está bem explicitado ou esclarecido para ser entendido.

 

Textos de Referência.

 

Ne 7.1-3

1 - Sucedeu mais que, depois que o muro fora edificado, eu levantei as portas; e foram estabelecidos os porteiros, e os cantores, e os levitas.

2 - Eu nomeei a Hanani, meu irmão, e a Hananias, maioral da fortaleza, sobre Jerusalém, porque era homem fiel e temente a Deus, mais do que muitos;

3 - E disse-lhes: Não se abram as portas de Jerusalém até que o sol aqueça; e, enquanto assistirem ali, fechem as portas, e vós trancai-as; e ponham-se guardas dos moradores de Jerusalém, cada um na sua guarda e cada um diante da sua casa.

 

IntroduçãoApós o término das obras, Neemias procurou estabelecer aqueles que ocupariam posições estratégicas junto às portas, bem como nos serviços do culto, a saber, os cantores e levitas (Ne 7.1).

 

  1. Qualidades Fundamentais

Neemias sabia que todo orgulho e altivez atrapalhariam o desenvolvimento do grande projeto que Deus estava colocando em suas mãos. Assim, procura separar aqueles que apresentavam qualidades fundamentais e indispensáveis para uma obra dessa envergadura. Desprendimento de qualquer tipo de individualismo e reclamações por cargos ou posições são os segredos para se erigir qualquer serviço para Deus, mesmo que seja recomeçado das cinzas. Trabalhemos, então, algumas dessas características.

 

 1.1. Fidelidade

Neemias nomeou como líderes Hanani, seu irmão, e Hananias, maioral da fortaleza (Ne 7.2). A primeira qualidade que Neemias destacou foi a fidelidade. É interessante atentar para o fato de que a fidelidade faz com que as pessoas sejam dignas de confiança (1Co 4.2). Outras qualidades, embora mais surpreendentes e impressionantes, não podem suplantar a importância da fidelidade. Existem qualidades que encantam e ludibriam, mas a fidelidade ultrapassa a barreira do tempo.

 

1.2. Temor a Deus

A segunda qualidade que Neemias enfatizou foi o temor a Deus (Ne 7.2). Essa característica é, segundo a Bíblia, uma das mais importantes (Pv 1.7). Quem teme a Deus exerce as funções que lhe são confiadas segundo as prioridades de Deus, não as suas próprias. Todavia, é preciso cautela com essa afirmação, pois Deus designa um líder, a saber, o anjo da Igreja, a quem, não sendo o caso de um absurdo, devemos obediência. Obedeçamos nossos pastores, conforme nos orienta o texto de Hebreus 13.17.

 

1.3. Disposição para receber orientações

A terceira qualidade notada por Neemias foi a disposição de receber orientações (Ne 7.3). É importante ressaltar que nenhuma das características observadas exaltavam o homem. No entanto, eram qualidades intrínsecas, que pouco chamam a atenção das grandes massas. Não somente hoje, mas ao longo da história da humanidade encontramos muitos que resistem em se submeter às orientações daqueles que estão na liderança. Porém trata-se de um princípio bíblico, tanto no serviço profissional como na atividade eclesiástica (Nm 16.3; 2Co 2.9; Tt 2.9-10; 3Jo 9).

 

  1. Um Testemunho Estimulante

Há muitos livros e palestrantes que são classificados como sendo de autoajuda, uma vez que visam conduzir seus leitores a um estado de espírito valorizado. Neemias, entretanto, era um líder que procurava dar a seus companheiros não uma autoajuda, mas a ajuda que vem do alto. Neste tópico, destacaremos a sabedoria desse servo de Deus, estabelecendo metas concretas para seus liderados, além de explicar o ocorrido na corte, relatando como o Senhor abrira o caminho para sua vida àquele lugar (Ne 2.5-20).

 

2.1. A Essência da Boa Motivação

Neemias conseguiu um feito notório. Por quase cem anos o discurso que imperou foi: "Não, não podemos fazer". Porém, após a interação com Neemias, o povo se vê tomado por uma força interna (Ne 4.6; 6.16). Assim, a partir do momento em que são estimulados os comportamentos, as pessoas passam a agir de maneira favoráveis à causa. Na igreja, no trabalho, no lar, necessitamos de estímulos que nos mantenham firmes em nossos propósitos. O diabo, nosso adversário, tem como um de seus principais objetivos nos fazer desviar do foco (1Pe 5.8).

 

2.2. Mãos à "boa" obra

Não basta apenas estimular. Em todos os setores da sociedade, trabalho, igreja, escola, lar, entre tantos outros, existem aqueles que ocupam a posição de líder, mas não não trabalham com o devido cuidado, isto é, não há planejamento em sua ações. É preciso refletir nisso. De que adiantaria a Neemias obter êxito em estimular as pessoas, se não houvesse uma frente de trabalho para aproveitar esse ânimo ? Essa boa vontade e disposição teriam sido dissipadas bem depressa se Neemias não os pusesse a trabalhar.

 

2.3. É preciso reconhecer Deus como Aliado

Depois de determinar um propósito tangível, nosso personagem em estudo relembra como a potente mão de Deus o acompanhou. Neemias expõe como tudo aconteceu, o caminho aberto para sua vinda a Judá, bem como toda a provisão de materiais necessários para os reparos dos muros. Como líder, Neemias levou as pessoas não a olharem para sua limitações e temores, mas, sim, para o Senhor Deus. Na caminhada cristã, devemos nos esforçar por lembrar aquilo que nos dará esperança (Lm 3.21-24). 

 

  1. VIRTUDES PARA LUTAR CONTRA SITUAÇÕES ADVERSAS Uma situação adversa é também berço das suas próprias soluções, pois nos força a agir. Naturalmente, se fugirmos do estágio paralisante a que uma circunstância desfavorável possa nos conduzir, teremos opções plausíveis a serem tentadas. Entretanto, algumas observações preliminares já dariam mais da metade do trajeto como vencido. Senão, vejamos:

 

3.1. União

O Senhor Jesus Cristo afirmou que um Reino dividido não subsiste (Mt 12.25). De nada adianta um nome forte para uma equipe fragmentada, uma vez que toda força será fraca se não estiver completamente unida. A tarefa da reconstrução dos muros foi um grande desafio para os que desejavam ver o crescimento de Jerusalém (Ne 6.15-16). Sem união, isso jamais seria possível (Ne 4.6). O Reino de Deus sempre avança quando unimos nossas forças (Ec 4.9-12), pois há bênção de Deus na unidade (Sl 133).

 

3.2. Amor

É preciso compreender que ninguém pode amar sozinho. Amar requer a existência de um interlocutor, isto é, outra pessoa para a qual esse amor será endereçado.

Talvez aqui resida o grande pivô que impede o desenvolvimento desse sentimento, pois o ser humano que ainda não venceu a si mesmo tem sérias dificuldades para exercer o amor ao próximo.

 

3.3. Esforço

Quando foi chamado para assumir o lugar de Moisés, Josué recebeu uma recomendação do Senhor Deus para que se esforçasse, bem como tivesse bom ânimo e ainda mantivesse viva a observação das Sagradas Escrituras em seu dia a dia (Js 1.6-9). Note que, para sustentar o equilíbrio desses requisitos, além de se efetuar a obra braçal, requer-se um grande esforço.

A vida cristã é como andar de bicicleta: se parar de pedalar; cai; a não ser que esteja em uma descida. No entanto, se não houver humildade, uma vida espiritual que esteja ladeira abaixo não é recomendável para ninguém. Pedalemos, ou seja, nos conservemos em movimento rumo aos céus, galgando novos patamares de fé (Pv 4.18).

 

Conclusão

A vida de Neemias é um exemplo para os nossos dias, nos quais a ausência do temor e da moral constituem um verdadeiro estado de crise espiritual. Em todas as áreas da nossa vida, precisamos permanecer fiel a Deus e contagiar outros para confiarem em Deus, que jamais nos abandono.

 

 

 

ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 8

 

 O povo é Impactado pela Palavra de Deus

25 de novembro de 2018

 

 

Texto Áureo

 "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;" 2 Tm 3.16

 

Verdade Aplicada

É muito importante não apenas ler a Palavra de Deus, mas buscar entender para praticá-la.

 

Glossário

Ápice: Extremo superior ou ponta de alguma coisa; apogeu, coroamento;

Dispendiosa: Que requer muito gasto; caro; que consome em excesso;

Salutar: Saudável; que contribui com ideias positivas para resolução de problemas.

 

Textos de Referência.

 

Ne 8.1-3

  1. E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o SENHOR tinha ordenado a Israel.
  2. E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres, e todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês.
  3. E leu no livro diante da praça, que está diante da porta das águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens e mulheres, e os que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei.

 

Introdução

Nesta lição, observaremos a relevância da Palavra de Deus na história de Israel e, evidentemente , em cada membro do Corpo de Cristo. O estudo e a prática das Escrituras produzem impacto e transformação em vidas.

 

  1. Mobilização para a Palavra de Deus

Desde o retorno do cativeiro que o povo estava sendo estimulado, conscientizado e motivado para levar adiante o grande projeto de reconstrução: Templo, muralha, e portas. Além da necessidade de enfrentar os desafios de reogarnização social e econômica. Tudo em um contexto de oposições, investida de inimigos e problemas também, internos, como estudado nas lições anteriores. Contudo, Neemias sabia que não bastava o sucesso em concretizar esse grande projeto, se o povo não fosse mobilizado, também, para um grande retorno à Palavra de Deus.

 

 

1.1. Uma ordem dada por Deus

Dentre muitas instruções dadas por Deus durante a peregrinação de Israel n deserto, antes de entrar na Terra Prometida, uma deveria ser observada, logo após passar o Rio Jordão: escrever e anunciar os mandamentos ordenados por Deus (Dt 11.26-30; 27.1-14). Encontramos em Josué 8.30-35 o registro o registro de um grande ajuntamento, não para partir para outra batalha, mas para ouvir a Palavra de Deus. Aprendemos que em meio a tantos importantes afazeres em nosso dia a dias não podemos deixar de priorizar nosso contato com Deus pro intermédio da Sua Palavra.

 

1.2. Vivendo na Terra Prometida

O povo estava de volta à Terra Prometida, ainda que continuasse subjugado ao Império Persa. Contudo, era preciso lembrar que, mesmo nessa condição, continuava sendo povo de Deus e, portanto, comprometido com a aliança firmada anteriormente (Êx 19.3-6). O sétimo mês na vida do povo de Israel é de grande significado (Lv 16.29; 23.24-44). Anteriormente nos sétimo mês, antes de lançar os fundamentos do novo templo, que "edificaram o altar do Deus de Israel" (Ed 3.2). Uma lição que pode ser extraída é a relevância em buscar conhecer e lembrar acerca dos caminhos do Senhor revelados em Sua Palavra, sejam quais forem as circunstâncias.

 

1.3. Diante da porta das Águas

As praças tinham sua localização próximo às grandes portas da cidade (2Cr 32.6; Ne 8.1, 3,16). Segundo Stephen S. Short: "Era a porta do lado leste de Jerusalém pela qual os cidadãos passavam quando desciam à fonte de Giom para buscar água". Portanto, devia ser um local bastante movimentado. Que grande reunião foi esta! A denominação da porta e a finalidade da reunião formam um significativo binômio: Água e Palavra. Tal comparação nos remete ao texto de Efésios 5.26: "Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra". Que cada membro do Corpo de Cristo continua sedento por receber mais desta Palavra e disseminá-la a tantos que ainda a ignoram.

 

  1. A supremacia da Palavra de Deus

A muralha mais importante na vida de um cristão talvez seja aquela seja aquela que lhe proporcionará resistência ante as adversidades que o mundo oferece. Não necessariamente precisamos de muralhas aparentes. Agora o povo se reúne para ouvir e receber a Palavra de Deus (Ne 8).

 

 

2.1. Bíblia - O Agente Regenerador

Os genuínos avivamentos ao longo da história da Igreja ocorreram a partir de um retorno às Escrituras Sagradas, levando o povo a um profundo quebrantamento e arrependimento. Tais atitudes nos conduzem a buscar mais do amor e da graça de Deus, desejando mais intensamente estarmos em comunhão com o Senhor. Vivemos numa época de muita informação, disponibilizada através da Internet, principalmente, porém, desprovida de critério. Muitos fazem uso desses dados sem averiguar suas fontes e, infelizmente, tornam-se multiplicadores do erro. É preciso observar que, durante a leitura da Palavra, ocorriam pausas, nas quais se esclareciam os pontos de difícil entendimento para o povo (Ne 8.7-8).

 

2.2. Bíblia - Um dos agentes do Crescimento

As Assembleias de Deus devem muito do seu crescimento ao ensino genuíno da Palavra. A Escola Dominical é um departamento que jamais deve faltar ou ser negligenciado em nossas Igrejas. Nas aulas, há liberdade para perguntas, o que não acontece durante as pregações. Assim, a maior parte das dúvidas pode ser sanada, oferecendo um embasamento bíblico mais salutar. Igrejas que ignoram o ensino verdadeiro da Bíblia pode até estar cheias, mas seus membros não terão maturidade suficiente para encarar as batalhas que, cedo ou tarde, surgirão.

 

2.3. É preciso reconhecer Deus como Aliado

Ao longo do tempo, a Palavra de Deus já sofreu inúmeros ataques quanto á sua validação, inerrância e infalibilidade, inclusive por parte de inúmeras informações consideradas cientificas e de vários filósofos. Entretanto, falsos ensinadores não têm dado atenção a esses aspectos e tornam-se disseminadores de aberrações teológicas. Levantamentos estatísticos têm mostrado igrejas quase mortas no continente europeu, vitimas de ensinamentos absurdos. Os Estados Unidos caminham na mesma direção. E, se não tomarmos cuidado, seremos atingidos pela tragédia do liberalismo teológico. Neemias sabia a importância de atentar para os ensinamentos da Lei de Deus. Por isso, dedicou-se para que o povo aprendesse e praticasse os mandamentos do Senhor.

 

  1. Cuidados Prévios e as Comemorações

Era muito importante que o povo celebrasse consciente dos propósitos da festa, pois Deus estabeleceu as festas visando, entre outros objetivos, que o povo não esquecesse dos Seus feitos, uma oportunidade para ensinar aos filhos e levar Israel a permanecer confiando na providência de Deus. Portanto, analisemos as partes que compõem os festejos descritos no capítulo 8 de Neemias.

 

3.1. Comer e Beber do melhor que tiver

O povo estava experimentado o ápice de suas emoções pelo impacto produzido ao ouvir e entender as palavras da lei (Ne 8.9-10). A explanação da Palavra de Deus despertara nos presentes uma experiência há muita esquecida. É interessante observar como nossa alma se deleita e nosso espírito fica mais alimentado ao final de um culto de adoração a Deus, no qual Sua Palavra é pregada, gerando em nós atitudes de mudança.

 

3.2. Repartir com os que nada prepararam

Nos dias festivos, os judeus tinham por hábito promover eventos regados a muita comida e bebida. Porém, o costume não parava por ai. Praticavam também a generosidade ao enviar presentes aos seus concidadãos. Era uma maneira de expressarem sua alegria em reciprocidade aos benefícios que Deus lhe concedera. O livro de Ester relata que, após a vitória dos judeus sobre seus inimigos, houve a realização de festividades em todos os lugares (Et 9.22).

 

3.3. Dia Consagrado ao Senhor

Nenhuma festa dita cristã valerá a pena se o personagem principal da adoração, isto é, Deus, for deixado de fora. Percebemos que o povo de Israel festejou porque foi contagiado por um avivamento espiritual assim que a Palavra de Deus surgiu efeito em seus corações (Ne 8.6,12). De nada adianta uma programação extensa e, às vezes, bastante dispendiosa, se não for movida por uma íntima apresentação dos nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12.1). Esse clima espiritual é alcançado quando há quebrantamento e contrição produzidos pela Palavra de Deus e pelo Espírito Santo.

 

Conclusão Aprendemos nesta importante lição que, assim como o corpo físico necessita de porções de alimento sólido para sobreviver, o espírito também requer que nos alimentemos da Palavra de Deus diariamente para nosso crescimento e aperfeiçoamento como filhos de Deus.