LIÇÕES CPAD MOVIMENTO PENTECOSTAL 2 TRIM-2011
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2011
Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 1: Quem é o Espírito Santo
Data: 03 de Abril de 2011
TEXTO ÁUREO
“E eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16).
VERDADE PRÁTICA
O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Trindade Santíssima e, à semelhança do Pai e do Filho, é Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 1.2,26
O Espírito Santo na criação
Terça - Gn 41.38,39
O Espírito Santo na era patriarcal
Quarta - Jz 3.10; 6.34
O Espírito Santo no tempo dos juízes
Quinta - Jo 14.16,17
O Espírito Santo como a promessa do Pai à Igreja
Sexta - Jl 2.28,29
O Espírito Santo e a promessa no AT de sua efusão
Sábado - At 2.1-4
O Espírito Santo no Pentecostes
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 14.16,17,26; 16.13-15.
João 14
16 - E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,
17 - o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece: mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.
26 - Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
João 16
13 - Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.
14 - Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
15 - Tudo quanto o Pai tem é meu: por isso, vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
INTERAÇÃO
Caro professor, inicie a primeira aula deste trimestre explicando aos alunos que vamos estudar a respeito dos fundamentos da fé pentecostal. Diga que o Movimento Pentecostal teve sua origem no Dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja (At 2.2). Desde então a chama do Espírito Santo tem se mantido acesa nos corações de muitos crentes ao longo dos anos. Ela chegou ao Brasil com os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren. Não podemos deixar que esta chama se apague!
Fale também a respeito do comentarista, Pr. Elienai Cabral — conferencista e autor de várias obras publicadas pela CPAD, membro do Conselho Administrativo da CPAD, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e também da Casa de Letras Emílio Conde. Que Deus abençoe ricamente a sua vida e a de seus alunos.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o esquema abaixo para introduzir o tópico l. Faca a exposição panorâmica da doutrina do Espírito Santo, informando suas principais atribuições no tempo atual. Explique que o Espírito Santo é um Ser pessoal que busca relacionar-se com o homem. No desenvolvimento deste relacionamento, o Espírito Santo protagoniza o papel de condutor da Igreja. Sob Sua direção, a Igreja caminha na “estrada” da Graça de Deus buscando ser a principal testemunha de Jesus Cristo de Nazaré. Boa Aula!
A PESSOA E A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
Quem é o Espírito Santo?
Seu trabalho
“|...| O Espírito de Deus nos guia para a revelação da verdade se nós assim o permitirmos. Se tivermos o desejo de dar frutos, então devemos deixá-lo que nos guie porque Ele nos conduzirá até a verdade. Se deixarmos o Espírito ser o nosso consolador e guia, isso nos ajudará quando estivermos passando pelos momentos difíceis de nossas vidas” (Moody).
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Espírito Santo: [Do heb. Ruah Kadosh; do gr. Hagios Peneumathos] Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. É um ser dotado de personalidade e vontade própria.
No ano do Centenário das Assembleias de Deus no Brasil, por-nos-emos a estudar, uma vez mais, os fundamentos da fé pentecostal. Abriremos esta série de estudos, tratando sobre o Espírito Santo a Terceira Pessoa da Trindade, o divino Consolador. Nesta lição, você conhecerá mais a respeito do Consolador: sua deidade, personalidade, operações e manifestações. Quanto mais conhecermos o Espírito Santo, com temor de Deus e santidade, mais íntimos nos tornaremos dEle, e melhor compreenderemos a obra realizada por Ele.
Há teólogos, frios na fé, modernistas e irreverentes que, menosprezando o Espírito Santo, afirmam que Ele é tão somente uma força, ou poder, que emana de Deus. Todavia, o Consolador é a Terceira Pessoa da Trindade. Sim. Ele é uma pessoa em toda a sua plenitude, pois ensina, guia, consola e fala (Jo 14.26; 16.13; At 21.11). Como pessoa, o Espírito Santo chama-se a Si mesmo “Eu” (At 10.19.20).
O Espírito Santo fez-se presente, ainda, no nascimento e na vida terrena de Jesus (Lc 1.35; 4.1) . Ele Inspirou, capacitou e guiou os autores do Novo Testamento a registrar, fidedignamente, os principais episódios do ministério de Cristo (Lc 1.1-4; Jo 21.25). Sua atuação em Atos dos Apóstolos é tão marcante, que o livro é conhecido também como os “Atos do Espírito Santo”.
Busquemos o poder do alto; mantenhamos acesa a chama pentecostal.
O autêntico pentecostes leva o crente a evangelizar com poder e dinamismo, a orar e a contribuir para a obra missionária. Precisamos do Espírito atuando poderosamente em nosso meio. Caso contrário, corremos o risco de compactuar com o mundo (Rm 12.2; 1 Jo 2.15). Laodiceia tornou-se intragável, porque havia se tornado espiritualmente morna (Ap 3.15b). Busquemos, pois, o poder do alto, e lancemo-nos à conquista do mundo para Cristo no poder do Espírito Santo (At 1.8).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A doutrina do Espírito Santo está presente no Antigo e Novo Testamento.
O autor da Epístola aos Hebreus apresenta o Consolador como “o Espírito eterno” (9.14). Ele tem existência própria. Mas isso não significa que esteja separado da Trindade. O Pai, o Filho e o próprio Espírito Santo, embora distintos como pessoas, constituem a mesma essência indivisível e eterna da divindade.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo é autoexistente. Os seus atributos incomunicáveis confirmam sua aseidade.
III. A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO
SINOPSE DO TÓPICO (III)
As ações do Espírito Santo evidenciam que Ele é uma pessoa, a Terceira da Santíssima Trindade.
CONCLUSÃO
Precisamos conhecer melhor o Espírito Santo, pela nossa total e continua rendição e comunhão com Ele para entendermos devidamente suas manifestações. Ele não é um mero símbolo ou uma energia celestial. É a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Ele é Deus. Como Igreja de Cristo, mantenhamos a comunhão com o Espírito Santo, o Espírito de santidade e de vida, a fim de preservar os ensinos e os valores bíblicos que fundamentam a fé pentecostal.
VOCABULÁRIO
Atributo: Aquilo que é próprio de um ser.
Exercício Volitivo: Exercício da vontade.
Fidedigno: Digno de fé.
Intragável: Insuportável.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HORTON, S. M. A Doutrina do Espírito Santo. 4.ed., RJ: CPAD, 1995.
HORTON, S. M. et all. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2006.
BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD. 2005.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“O Espírito Santo e Sua Pessoalidade
Tanto explícita como implicitamente, a Bíblia trata o Espírito Santo como uma Pessoa distinta. ‘E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos’ (Rm 8.27). ‘O Espírito penetra todas as coisas’ (1 Co 2.10). Desse modo. Ele age com inteligência e sabedoria (ver Efésios 1.17; Isaías 11.2). Ele tem emoções e pode ser entristecido ou ofendido (magoado, desgostado: Efésios 4.30; Isaías 63.10). Ele reparte dons ‘a cada um como quer’ (1 Co 12.11). Ele guiou a Igreja Primitiva e dirigiu os principais movimentos missionários de forma nítida, específica e pessoal. (Ver Atos 13.2; 16.6). O apóstolo João até usa pronomes pessoais masculinos para indicar a pessoa do Espírito. (A palavra espírito em grego é sempre neutra, e exige, gramaticalmente, pronomes neutros).
Mais importante do que isso, a Bíblia deixa claro que homens e mulheres, os quais foram movidos pelo Espírito Santo, conheciam-no de modo específico e pessoal.
[...] O Espírito Santo fornecia calor, a dinâmica, e a alegria que caracterizavam todo o movimento do Evangelho no primeiro século. Cada parte da vida diária dos crentes, inclusive seu trabalho e sua adoração, era dedicada a Cristo Jesus como Senhor e estava sob a orientação do Espírito Santo” (HORTON, S. M. A Doutrina do Espírito Santo. 5.ed., RJ: CPAD, 1995, pp.8.9).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsidio Teológico
“Verbalização Inspirada pelo Espírito Santo Antes do Pentecostes
No Antigo Testamento, o Espírito Santo se manifestou em uma variedade de formas. De fato, virtualmente tudo o que o Novo Testamento fala sobre sua obra e seu ministério já foi encontrado, de algum modo, no Antigo Testamento. Mas, no Antigo Testamento, a obra recorrente com mais características do Espírito é aquela de verbalização inspirada. Os livros proféticos, tanto os maiores quanto os menores, são vistos na dedução de que o Espírito inspirou os escritores: ‘Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo’ (2 Pe 1.21). Além disso, houve muitas situações em que as pessoas profetizaram oralmente sob a ação do Espírito. Repetidamente, encontramos relatos de pessoas profetizando quando o Espírito do Senhor veio sobre elas (por exemplo, Nm 11.25.26; 24.2.3; 1 Sm 10.6,10; 19.20.21). A inspiração oral do Espírito para profetizar é o elo que conecta as verbalizações oraculares do Antigo Testamento com: (1) a predição de Joel de que um dia todo o povo de Deus iria profetizar (Jl 2.28,29) e (2) o desejo intenso de Moisés — o próprio Moisés sendo um profeta de que todo o povo de Deus fosse profetizar (Nm 11.29).
À luz de tudo isso, vemos uma conexão clara entre as verbalizações inspiradas pelo Espírito no Antigo Testamento e experiências comparáveis às de pessoas no pré-pentecostes, incidentes neotestamentários registrados em Lucas 1 a 4. Isso traz à compreensão correta de que o conceito de profetizar é focalizado na fonte e não necessariamente inclui um elemento preditivo. Mas esses registros no Evangelho de Lucas antecipam os derramamentos maiores e mais inclusivos do Espírito registrados no livro de Atos. Será instrutivo ver como as experiências de crentes com o Espírito em Atos se relacionam com aquelas de seus predecessores. Essa volta ao Antigo Testamento e Lucas 1 a 4 para uma compreensão do cumprimento da profecia de Joel é indispensável, porque estabelece uma ligação clara entre as experiências dos crentes do Novo Testamento e aquelas dos tempos antigos” (PALMA. A. D. O Batismo no Espírito Santo e com Fogo: Os Fundamentos Bíblicos e a Atualidade da Doutrina Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 2002, pp.54.55).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2011
Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 2: Nomes e símbolos do Espírito Santo
Data: 10 de Abril de 2011
TEXTO ÁUREO
“E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sofre ele” (Mt 3.16).
VERDADE PRÁTICA
A pluralidade dos nomes e símbolos do Espírito Santo revela sua divindade, obra e ministério na vida da Igreja de Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 16.13
O Espírito Santo guia-nos em toda a verdade
Terça - Jo 16.8
O Espírito Santo convence do pecado
Quarta - Jo 14.26
O Espírito Santo nos ensina todas as coisas
Quinta - Rm 8.26
O Espírito Santo intercede por nós
Sexta - At 1.8
O Espírito Santo confere poder para testemunhar
Sábado - Rm 8.14
O Espírito Santo guia os filhos de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 1.29-33; Romanos 8.9-11,14,15.
João 1
29 - No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
30 - Este é aquele do qual eu disse: após mim vem um homem que foi antes de mim, porque já era primeiro do que eu.
31 - E eu não o conhecia, mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água.
32 - E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como uma pomba e repousar sobre ele.
33 - E eu não o conhecia, mas o que me mandou batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.
Romanos 8
9 - Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
10 - E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da Justiça.
11 - E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita.
14 - Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
15 - Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
INTERAÇÃO
O estudo analítico e sistemático da Bíblia Sagrada evidencia a centralidade da obra do Espírito Santo como o agente ativo de Deus atuando na totalidade da criação (Rm 8.18-27). Através dos títulos e símbolos do Santo Espírito, as Escrituras Sagradas revelam a pluralidade de ação que a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade exerce na e através da Igreja. É preciso, porém, que não nos contentemos em apenas conhecê-Lo teoricamente. Precisamos buscar uma experiência real com o Espírito Santo de Deus e valorizarmos devidamente a sua obra, pois Ele é o agente divino que inclui o crente no Corpo de Cristo e confirma a veracidade das Escrituras. Eis o grande segredo de os cristãos entendermos a doutrina do Espírito Santo.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, reproduza, conforme suas possibilidades, o esquema abaixo. O tópico I trata sobre a pluralidade dos nomes ou títulos do Espírito Santo.
Com o auxílio do esquema, introduza o assunto mostrando os aspectos da consolação, do ensino e da promessa do Espírito Santo. Explique aos seus alunos que a atividade e intervenção do Espírito são para todos os que o buscam perseverantemente. Os verdadeiros discípulos de Cristo serão ensinados, consolados e abençoados por sua promessa. Boa aula!
O ESPÍRITO SANTO
Como Ensinador
Como Consolador
Como Promessa
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Símbolo: Aquilo que, por princípio de analogia, representa ou substitui outra coisa.
O Espírito Santo não é uma força, influência ou poder emanado de Deus. Ele é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Sua atuação na Bíblia é marcante e plena: vai do Gênesis ao Apocalipse. A Palavra de Deus no-lo mostra como uma pessoa que age, decide, guia e cumpre o plano de salvação que o Pai traçou para a humanidade através do sacrifício vicário de seu Unigênito.
Nesta lição, estudaremos os nomes e símbolos do Espírito Santo. Por que este assunto é tão importante? Os nomes e símbolos do Espírito Santo revelam seu caráter e obra. Se quisermos aprender mais a respeito da fé pentecostal, precisamos conhecer melhor o caráter e o ministério do Consolador.
Os nomes do Espírito Santo estão relacionados à sua obra e caráter. Entre os hebreus, o nome não era utilizado apenas para distinguir as pessoas, mas também para revelar-lhes o caráter e a índole (Gn 25.26). Vejamos, pois, alguns dos nomes do Espírito Santo.
No grego, a palavra Consolador significa paracleto, e segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, paracleto é “alguém chamado a ficar ao lado de outro para ajudar”.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O Consolador, o Espírito da Verdade, o Espírito de Graça e Espírito de Vida são expressões que denotam a pluralidade de nomes do Espírito Santo no Texto Sagrado.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O símbolo bíblico é uma figura cuja função é revelar uma verdade moral ou religiosa. Através do símbolo a verdade bíblica é ensinada de modo objetivo.
III. OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
Já regenerados pelo Espírito Santo, tornamos nosso corpo templo do Espírito Santo (1 Co 6.19). Isto significa que todas as nossas ações devem visar a glória de Deus. Ao sermos redimidos do mundo, passamos a pertencer unicamente a Ele. Deixe que o fogo do Espírito queime-lhe toda a impureza, fazendo real a presença de Deus em sua vida.
A renovação que a água produz significa a operação miraculosa do Espírito Santo na vida do homem, produzindo a regeneração e a vivificação espirituais (Tt 3.5). Em Isaías 44.3, o Senhor promete derramar água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca. O profeta falava a respeito do derramamento do Espírito Santo sobre uma geração vindoura. A profecia começou a cumprir-se no dia de Pentecostes e prossegue através do Movimento Pentecostal, o maior avivamento da história da Igreja Cristã.
Como podemos ter certeza de que fomos selados? Segundo as Escrituras, o próprio Espírito Santo testifica com o nosso espírito que pertencemos a Deus (Rm 8.16). Não podemos nos esquecer que o Espírito Santo também é o penhor da herança celestial (Ef 1.14), isto é, a garantia de que receberemos a nossa herança, pois somos coerdeiros de Cristo (Rm 8.17a).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os símbolos que representam a Pessoa do Espírito Santo, como elementos da natureza, são: Fogo, Água, Rio e Chuva.
CONCLUSÃO
Mediante o estudo dos nomes e símbolos do Espírito Santo, aprendemos mais sobre a sua obra e o seu caráter. Quando entregamos nossas vidas a Jesus Cristo, crendo nEle como Salvador pessoal, o Espírito Santo passa habitar em nós. Ele é a nossa garantia de que somos do Senhor. Pertencemos a Deus! Vivamos então de maneira santa, agradando ao Senhor e ao Espírito Santo que habita em nós.
VOCABULÁRIO
Pluralidade: o maior número, multiplicidade; o geral.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HORTON, S. M. et al. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2006.
ZUCK, R. B. Teologia do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2008.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
Espírito Santo: O Consolador e o Penhor da igreja
“Conforme observado no estudo dos títulos [nomes] do Espírito Santo, eles nos oferecem chaves para entendermos a sua pessoa e obra. A obra do Espírito Santo como Consolador inclui o seu papel como Espírito da Verdade que habita em nós (Jo 14.16; 15.26), como Ensinador de todas as coisas, como aquEle que nos fez lembrar tudo o que Cristo tem dito (14.26), como aquEle que dará testemunho de Cristo (15.26) e como aquEle que convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo (16.8). Não se pode subestimar a importância dessas tarefas. O Espírito Santo, dentro em nós, começa a esclarecer as crenças incompletas e errôneas sobre Deus, sua obra, seus propósitos, sua Palavra, o mundo, crenças estas que trazemos conosco ao iniciarmos nosso relacionamento com Deus. Conforme as palavras de Paulo, é uma obra vitalícia, jamais completada neste lado da eternidade (1 Co 13.12). Claro está que a obra do Espírito Santo é mais que nos consolar em nossas tristezas; Ele também nos leva à vitória sobre o pecado e sobre a tristeza. O Espírito Santo habita em nós para completar a transformação que iniciou no momento de nossa salvação. Jesus veio para nos salvar dos nossos pecados, e não dentro deles. Ele veio não somente para nos salvar do inferno no além. Veio também para nos salvar do inferno nesta vida terrestre — o inferno que criamos com os nossos pecados. Jesus trabalha para realizar essa obra por intermédio do Espírito Santo.
[...] É difícil sugerir que um dos títulos [nomes] ou propósitos do Espírito Santo seja mais importante que outro. Tudo que o Espírito faz é vital para o Reino de Deus. Há, no entanto, um propósito, uma função essencial do Espírito Santo, sem a qual tudo quanto se tem dito a respeito dEle até agora não passa de palavras vazias; o Espírito Santo é o penhor que garante nossa futura herança em Cristo. ‘Em quem [Cristo] também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória’ (Ef 1.13,14). Qual a garantia oferecida pela operação do Espírito em nossa vida e na vida da Igreja? ‘Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus. Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados, não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, quem para isso mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito’ (2 Co 5.1-5, ver também 2 Co 1.22; Ef 4.30)” (HORTON, S. M. et al. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2006, pp.397,401).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
O Espírito Santo: A Mansidão de uma Pomba
“O Espírito Santo desceu sobre Jesus na forma de uma pomba, segundo o relato dos quatro evangelhos. A pomba é arquétipo da mansidão e da paz. O Espírito Santo habita em nós, mas nos liga a si mesmo com amor, em contraste às correntes dos hábitos pecaminosos. Ele é manso e, nas tempestades da vida, produz paz. Mesmo ao lidar com os pecadores, Ele é suave, conforme se vê quando conclama a humanidade à vida, no belo porém tristonho apelo que se encontra em Ezequiel 18.30-32: ‘Vinde e convertei-vos de todas as vossas transgressões, e a iniquidade não vos servirá de tropeço. Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós um coração novo e um espírito novo; pois por que razão morreríeis...? Porque não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor Jeová; convertei-vos, pois, e vivei’.
Os títulos e símbolos do Espírito Santo são chaves para o entendimento de sua obra em nosso favor” (HORTON, S. M. et al.Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2006, p.389).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2011
Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 3: O que é o batismo com o Espírito Santo
Data: 17 de Abril de 2011
TEXTO ÁUREO
“E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11).
VERDADE PRÁTICA
O batismo com o Espírito Santo é uma experiência subsequente à salvação, concedida por Deus aos seus servos, tornando-os aptos a cumprir a missão de pregar o Evangelho.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jl 2.28-32
A promessa da efusão do Espírito
Terça - Jo 14.16-18,26
A promessa do Pai Celestial
Quarta - Lc 24.49; At 1.8
A promessa de poder espiritual
Quinta - Ef 5.18
Cheios do Espírito Santo
Sexta - Jo 1.29-33
Jesus é o que batiza com o Espírito Santo
Sábado - At 2.1-4,16-18
O cumprimento do derramamento do Espírito Santo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 2.1-4,7,8.
1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar,
2 - e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 - E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
7 - E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando?
8 - Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
INTERAÇÃO
Professor, enfatize o fato de que o batismo com o Espírito Santo é uma bênção na vida do crente. Esta dádiva divina é subsequente a experiência da salvação. Todavia, o batismo com o Espírito Santo não pode ser confundido com o novo nascimento, regeneração ou a santificação. Uma pessoa pode ser regenerada, justificada e santificada e ainda não ter recebido o revestimento de poder. Ressalte o fato de que o batismo com o Espírito Santo, com evidência de falar em línguas, não é uma experiência exclusiva dos dias apostólicos, como pregam os cessacionistas. Tal bênção não se restringe a Atos 2, por isso se em sua classe algum aluno ainda não recebeu a promessa pentecostal, incentive-o a buscá-la com dedicação.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, sugerimos o uso do esquema abaixo para introduzir o tópico II da lição. Reproduza-o no data show, retroprojetor, quadro-de-giz ou tire cópias para os alunos. Utilizando o esquema, mostre à turma o que é o batismo com o Espírito Santo. Explique que muitos crentes na atualidade não conhecem as principais doutrinas pentecostais. Essa é uma boa oportunidade para sanar as dúvidas que os alunos possam ter em relação ao tema da aula. Aproveite a oportunidade e reserve um tempo para que os alunos façam perguntas. Boa aula!
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Batismo: Do gr. baptisma. Significa mergulhar, submergir.
O batismo com o Espírito Santo é um tema atualíssimo e imprescindível à Igreja de Cristo. Muitos crentes, até mesmo pentecostais, não receberam ainda a gloriosa e necessária promessa por não compreenderem devidamente o que ela representa na vida do cristão. Neste domingo, aprenderemos o que é o batismo com o Espírito Santo.
Os que ainda não receberam a promessa pentecostal, busquem-na zelosamente. Sim, busque-a com todo o zelo. Jesus quer batizar a todos com o seu Espírito Santo. Comemore o Centenário cheio do Espírito Santo e falando em novas línguas. Eis o que nos garante o Senhor Jesus: “Mas sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.5b).
Outros confundem o batismo com o Espírito Santo com a salvação e a santificação. Eles desconhecem que, na obra regeneradora, o Espírito Santo transmite nova vida ao pecador conforme o texto de 2 Coríntios 5.17: “Quem está em Cristo nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. Mas na experiência do batismo com o Espírito Santo, após a conversão, o crente é revestido com o poder do alto para testemunhar eficazmente de Jesus Cristo. Sabemos que todos os salvos em Cristo têm o Espírito Santo e que o nosso corpo é o seu templo (Jo 20.22; 1 Co 6.19). Mas nem todos os salvos são batizados com o Espírito Santo no momento da conversão. Se você ainda não recebeu a promessa, o momento chegou.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O batismo com o Espírito Santo não é: a regeneração, o batismo no corpo de Cristo e, muito menos, uma experiência exclusiva dos dias apostólicos.
Se no Antigo Testamento a atuação do Espírito Santo era esporádica e reservada a alguns, atualmente todos os crentes podem e devem buscar o batismo com o Espírito Santo e ao mesmo tempo pelo Espírito falar noutras línguas, pois é uma promessa a todos os salvos em Cristo Jesus (At 1.4; 2.38).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O falar em línguas e o dom de variedades de línguas evidenciam o batismo com o Espírito Santo. O propósito primário, no uso deste dom, é edificar o crente individualmente.
III. A EXPERIÊNCIA DE ATOS 2
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os fenômenos de falar em línguas — tanto conhecidas (xenolalia) como desconhecidas (glossolalia) — quando provenientes do Espírito Santo edificam o crente, a igreja e servem como um sinal para os descrentes.
CONCLUSÃO
O batismo com o Espírito Santo não pode ser tratado somente como teoria ou possibilidade remota, mas como algo indispensável do Senhor para o seu povo. Precisa ser uma experiência vital para o crente e para a igreja, pois é um dom divino para os salvos em Jesus. Que venhamos a orar e a buscar o revestimento de poder. Enchei-vos do Espírito.
VOCABULÁRIO
Cessacionista: Aquele que crê na cessação dos dons do Espírito Santo, ou seja, estes não estão disponíveis para a igreja hoje.
Linguístico: Relativo à linguística ou à língua, ou que tem por base a língua.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HORTON, S. M. A Doutrina do Espírito Santo. RJ: CPAD, 2001.
MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“Outras Línguas
Um só sinal fazia parte do batismo pentecostal. Todos os que foram cheios do Espírito Santo começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Isso quer dizer que faziam uso das suas línguas, dos seus músculos. Falavam. Mas as palavras não brotavam das suas mentes ou do seu pensamento. O Espírito lhes concedia que falassem, e expressavam as palavras com ousadia, em voz alta, e com unção e poder.
Isso é interpretado de várias maneiras. Alguns se detêm no versículo 8 (‘Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?’) e supõem que todos os discípulos falaram em sua língua materna, aramaico, e que se tratava de um milagre de audição ao invés de fala. Mas os dois versículos anteriores são muito claros. Cada um os ouvia falar na sua própria língua, sem o sotaque galileu.
Outros chegam a um meio-termo, e dizem que os discípulos falavam em línguas desconhecidas, que o Espírito Santo interpretava nos ouvidos de cada um dos ouvintes em sua própria língua. Mas Atos 2.6,7 exclui essa interpretação, também. Os 120 falavam em idiomas que foram compreendidos por pessoas de diversas nações. Esse fato testemunhou a universalidade do dom e da unidade da Igreja” (HORTON, S. M. A Doutrina do Espírito Santo. RJ: CPAD, 2001, p.155).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Lexicográfico
“Glossolalia — [Do gr. glosso, língua + lalia, falar em língua]. Dom sobrenatural concedido pelo Espírito Santo, que capacita o crente a fazer enunciados proféticos em línguas que lhe são desconhecidas.
O objetivo da glossolalia é enunciar sobrenatural e extraordinariamente o Evangelho de Cristo, como aconteceu no Dia de Pentecoste (Atos 2); levar o crente a consolar-se no espírito, e a proclamar, com o auxílio do dom da interpretação, o conhecimento e a vontade de Deus à Igreja (1 Co 14).
A glossolária, conhecida também como dom de línguas [desconhecidas], é um dom espiritual que, à semelhança dos demais, não ficou circunscrito aos dias dos apóstolos: continua atual e atuante na vida da Igreja” (ANDRADE, C. C. Dicionário Teológico. 6.ed., RJ: CPAD, 1998, p.167).
“Xenolalia — O falar em línguas num idioma conhecido, estranho apenas a quem o fala.
[...] O interesse generalizado pelo batismo e dons do Espírito Santo convenceu alguns [os evangélicos do século XIX] de que Deus concederia o dom de línguas a fim de equipá-los com idiomas humanos identificáveis (xenolalia) para que pudessem anunciar o Evangelho noutro países, agilizando assim a obra missionária.
[...] Em 1895, o autor e líder do Movimento da Santidade, W. B. Codbey, disse que o ‘dom de línguas’ era ‘destinado a desempenhar um papel de destaque na evangelização do mundo pagão e no cumprimento profético glorioso dos últimos dias. Todos os missionários nos países pagãos deviam buscar e esperar esse dom que os capacitaria a pregar fluentemente no vernáculo’.
[...] Entre os que esperavam o recebimento do poder do Espírito para evangelizar rapidamente o mundo, achava-se o pregador da Santidade, em Kansas, Charles Fox Parham e seus seguidores. Convencido pelos seus próprios estudos de Atos dos Apóstolos, e influenciado por Irwin e Sandford, testemunhou Parham um reavivamento notável na Escola Bíblica Bethel, em Topeka, Kansas, em Janeiro de 1901. A maioria dos alunos, bem como o próprio Parham, regozijaram-se por terem sido batizados no Espírito e de haverem falado noutras línguas (xenolalia). Assim como Deus concedera a plenitude do Espírito Santo aos 120 no Dia do Pentecoste, eles também haviam recebido a promessa (At 2.39).
[...] Depois de 1906, os pentecostais passaram a reconhecer, cada vez mais, que, na maioria das ocorrências do falar em línguas, os cristãos realmente estavam orando em línguas não identificáveis e não em idiomas identificáveis (glossolalia ao invés de xenolalia). Embora Parham mantivesse sua opinião a respeito da finalidade das línguas na pregação transcultural, os pentecostais chegaram finalmente à conclusão: as línguas representavam a oração no Espírito, a intercessão e o louvor” (HORTON, S. M. et all. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2006, pp.15-17,19,20).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2011
Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 4: Espírito Santo – Agente capacitador da Obra da Deus
Data: 24 de Abril de 2011
TEXTO ÁUREO
“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até do que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49).
VERDADE PRÁTICA
O Espírito Santo ajuda-nos a viver de maneira santa e habilita-nos a realizar, com eficácia, a obra do Senhor Jesus Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 2.37-41
Os resultados do Pentecostes
Terça - At 8.14-17
Os crentes de Samaria recebem o batismo com o Espírito Santo
Quarta - At 11.22-24
O evangelho em Antioquia
Quinta - At 13.1-3
O Espírito Santo e a obra missionária
Sexta - Ef 4.11
O Espírito Santo e os dons ministeriais para a Igreja
Sábado - Mt 28.19,20
A Grande Comissão
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 24.46-49; Atos 1.4-8.
Lucas 24
46 - E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos;
47 - e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.
48 - E dessas coisas sois vós testemunhas.
49 - E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.
Atos 1
4 - E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.
5 - Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
6 - Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?
7 - E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.
8 - Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.
INTERAÇÃO
Professor, enfatize o fato de que o Espírito Santo nos capacita e habilita-nos a realizar a obra de Deus. Sem Ele não temos condições para cumprir eficazmente a Grande Comissão que nos confiou Jesus. Podemos ver que os discípulos de Jesus antes do batismo com o Espírito Santo eram tímidos e bem temerosos, mas após o revestimento de poder eles tornaram-se ousados e corajosos. Eles saíram por toda parte anunciando a Palavra de Deus. Precisamos do Consolador! Permita que o Espírito Santo controle e guie a sua vida. Siga a orientação de Paulo — “ser cheio do Espírito” (Ef 5.18) e seja um instrumento nas mãos de Deus.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para introduzir o tópico II da lição, sugerimos que você reproduza na lousa, em cartolina ou no data show, o esquema abaixo, ou tire cópias. Explique aos alunos que a renovação do Espírito Santo é necessária na vida do crente. Discuta com eles as implicações espirituais de se ter um relacionamento diário com o Espírito Santo. Conscientize-os da necessidade de uma renovação espiritual diária em suas vidas. Conclua, enfatizando que somente cheio do Espírito Santo somos capazes de obedecer à voz do Senhor. Boa aula!
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Capacitação: Ato ou efeito de capacitar, habilitar para alguma função.
O Dia de Pentecostes inaugurou uma nova fase no relacionamento do Espírito Santo com a humanidade (At 2). Esse acontecimento também demarcou o início da capacitação sobrenatural — o “revestimento de poder” — para que a Igreja cumpra eficazmente a Grande Comissão que nos confiou o Senhor Jesus (Mt 28.19,20). Na lição de hoje, veremos que o Consolador atua em nossa conversão, auxilia-nos a viver de modo santo e digno e habilita-nos a realizar a obra de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O Espírito Santo age nas faculdades mentais, sentimentos e vontades do homem a fim de operar a adoção do Pai.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O Espírito Santo trabalha na vida do crente, aperfeiçoando o caráter, moldando a personalidade e controlando o temperamento.
III. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO CAPACITA-NOS A FAZER A OBRA DE DEUS
Neste ponto, cabe-nos uma reflexão. Todas as atividades desempenhadas pela Igreja são importantes, mas a prioritária é a evangelização e a formação de discípulos (Mt 28.19,20). O progresso de uma igreja não pode ser medido, ou avaliado, apenas por suas atividades filantrópicas, educacionais e materiais. Estas, apesar de importantes, não constituem o principal trabalho da Igreja de Cristo. O progresso de uma igreja, por conseguinte, deve ser mensurado por seu trabalho missionário e evangelístico, juntamente com seus frutos espirituais, como resultado da semeadura da Palavra de Deus (At 6.2; 15.36-41).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O batismo com o Espírito Santo dá intrepidez ao crente para testemunhar, capacitando-o para fazer a obra de Deus.
CONCLUSÃO
Fomos chamados para a santificação e o serviço. Sabemos que ainda há muito trabalho a ser feito, por isso precisamos do revestimento de poder que vem do alto. Sem o Espírito Santo não conseguiremos cumprir as demandas e reivindicações da Grande Comissão (Mt 28.19,20; Mc 16.15), pois somente alguém cheio do Espírito Santo é capaz de ouvir, compreender e obedecer à voz do Senhor.
VOCABULÁRIO
Atividades Filantrópicas: Ajuda aos necessitados.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005.
PALMA, A. D. O Batismo no Espírito Santo e Com Fogo: Os Fundamentos e a Atualidade da Doutrina Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 2002.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Eclesiológico
“A Obra da Igreja
A Igreja tem tríplice objetivo.
[...] O primeiro objetivo da Igreja é a evangelização do mundo. Da mesma maneira que Jesus Cristo veio para buscar e salvar o perdido, assim também a extensão de seu corpo nesta era, a Igreja, deve compartilhar desse interesse (Mt 18.11).
[...] O segundo objetivo da Igreja é ministrar a Deus, como diz o catecismo de uma grande denominação: ‘A principal e mais elevada finalidade do homem consiste em glorificar a Deus e desfrutar dEle para sempre’ (The Westminster Larger Catechism, Richmond: Presbyterian Comitee of Publication, 1939, pág. 162).
[...] Há um terceiro objetivo da igreja neotestamentária: edificar um corpo de santos (crentes dedicados), nutrindo-os afim de que se conformem à imagem de Cristo. O evangelismo é a conquista de novos convertidos; a adoração é a Igreja voltada para Deus; a nutrição é o desenvolvimento dos novos convertidos em santos maduros. Deus preocupa-se grandemente em que os recém-nascidos cresçam na graça (à base de Ef 4.11-16; cf. 1 Co 12.28; 14.12). Paulo enfatiza repetidamente o anelo de Deus pela maturidade espiritual dos crentes (1 Co 14.12; Ef 4.11-13; Cl 1.28,29)” (MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005, pp.138,139,143).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Histórico-Missiológico
“O Poder Para Testemunhar
Nos círculos pentecostais, nenhum aspecto dos propósitos do batismo no Espírito tem recebido mais atenção do que a sua utilização para a evangelização do mundo. Isso é firmemente baseado em Atos 1.8: ‘Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra’. O livro de Atos é um comentário desses dois temas relacionados, que os discípulos receberiam poder quando o Espírito viesse sobre eles e de que eles seriam testemunhas de Jesus por todo o mundo.
Quando Jesus disse aos seus discípulos que eles seriam suas ‘testemunhas’, o pensamento não é tanto que seriam seus representantes, embora isso seja verdade, mas sim que iriam atestar a sua ressurreição. A ideia do testemunho ocorre ao longo do livro de Atos; ela é aplicada geralmente aos discípulos (1.8,22; 2.32; 3.15; 5.32; 10.39,41; 13.31) e especificamente a Estêvão (22.20) e a Paulo (22.15; 26.16).
A evangelização mundial pelos pentecostais, que aconteceu no século XX, é um testemunho da realidade da experiência pentecostal. Infelizmente, alguns historiadores e missiologistas da igreja moderna foram lentos ao reconhecer a tremenda contribuição do movimento pentecostal com relação à propagação do evangelho por todo o mundo. Os pentecostais não podem e não se atrevem a negar a obra maravilhosa e frequentemente sacrificial dos missionários ao longo da história da Igreja, que não experimentaram o batismo no Espírito como compreendido pelos pentecostais. Nós agradecemos a Deus por todos os corpos eclesiásticos e todas as agências missionárias que contribuíram para a empreitada missionária mundial. E como outros assuntos previamente discutidos, a diferença entre esses missionários e os pentecostais está no nível da gradação. Seria irresponsável os pentecostais dizerem que os outros não sabem nada sobre o poder do Espírito.
A associação entre o poder (do grego dunamis) e o Espírito Santo é frequentemente feita no Novo Testamento, onde os dois termos são intercambiáveis (por exemplo, Lc 1.35; 4.14; At 10.38; Rm 15.19; 1 Co 2.4; 1 Ts 1.15). O poder do Espírito Santo concedido aos primeiros discípulos, no entanto, não pode se restrito ao poder para evangelizar” (PALMA, A. D. O Batismo no Espírito Santo e Com Fogo: Os Fundamentos e a Atualidade da Doutrina Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 2002, pp.86,87).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2011
Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 5: A importância dos Dons Espirituais
Data: 1 de Maio de 2011
TEXTO ÁUREO
“Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (1 Co 12.1).
VERDADE PRÁTICA
Os dons espirituais são concessões do Espírito Santo, objetivando expandir, edificar, consolar e exortar a Igreja de Cristo, para que ela cumpra, eficaz e plenamente, a missão que Deus lhe confiou.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jl 2.28,29
Os dons espirituais preditos
Terça - Lc 24.49; At 1.8
Os dons prometidos por Jesus
Quarta - At 2.1-4
Os dons concedidos a partir do Pentecostes
Quinta - At 14.3; Hb 2.4
Os dons na confirmação do Evangelho
Sexta - 1 Co 12.7; 14.12
Os dons exercidos na edificação da Igreja
Sábado - 1 Co 13.1-3
Os dons espirituais sem amor são ineficazes
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 12.1-11.
1 - Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.
2 - Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados.
3 - Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! E ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo.
4 - Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
5 - E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
6 - E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
7 - Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.
8 - Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
9 - e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
11 - Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
INTERAÇÃO
A lição de hoje destaca a importância dos dons espirituais na Igreja de Cristo, bem como o seu significado e propósito. Dom é um presente de Deus que não se recebe por merecimento, mas pela vontade soberana do Senhor. É imprescindível entender que os dons do Espírito são concedidos para a realização da obra do Senhor e não para a glória humana ou usufruto. Por isso, incentive seus alunos a buscarem, em oração, os dons espirituais.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, esta aula é ideal para traçarmos um paralelo entre os dons e o Fruto do Espírito. Muitos ostentam dons, mas parecem não possuir uma vida transformada. Este era o caso da igreja de Corinto que possuía todos os dons (1 Co 1.7). Não obstante, faltava-lhe as características mais básicas de um discípulo de Cristo (1 Co 3.1-4). Na atualidade, infelizmente, a situação é bem parecida. Pessoas, muitas vezes, sem compromisso com o evangelho querem com os dons, ou usando uma imitação desses, manipular famílias, ministério, obreiros e até a obra do Senhor em nome de uma espiritualidade “acima da média”. Reproduza o quadro abaixo, conforme suas possibilidades, e explique aos alunos que o Fruto e os dons do Espírito devem caminhar juntos para que a Igreja de Cristo seja edificada e o nome do Senhor seja glorificado.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Dom: Do latim donum, dádiva, presente.
O apóstolo Paulo foi o homem que Deus inspirou para escrever e ensinar a respeito dos dons do Espírito Santo (1 Co 12.1-31; 14.1-40). Muitos pentecostais, hoje, parecem desconhecer por completo a origem bíblica e os propósitos dos dons, bem como a doutrina bíblica em geral sobre eles (1 Co 12.7). Como a ignorância sempre acaba por acarretar prejuízos à Obra de Deus, estudaremos nesta lição a respeito deste tema tão relevante à Igreja de Cristo: Os dons espirituais na Igreja.
O livro de Atos relata que, na Igreja Primitiva, havia abundante manifestação de dons espirituais, e que estes ajudavam a promover a expansão e o crescimento do Evangelho, apesar de tanta oposição e dificuldades (At 5.12-16).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os dons espirituais são concedidos não por merecimento do crente, mas pela soberania de Deus. Eles são entregues à Igreja para o fortalecimento e santificação do Corpo de Cristo.
Os crentes de Corinto possuíam variados dons espirituais (1 Co 1.7). Todavia, Paulo afirma que eles eram carnais: “Porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois, porventura, carnais e não andais segundo os homens?” (1 Co 3.3). Nossa espiritualidade não pode ser avaliada por atos miraculosos, mas mediante o fruto do Espírito, manifesto em nossa vida (Gl 5.22).
Os dons estão relacionados ao que fazemos para Deus, enquanto que o fruto está relacionado ao que Deus, através do Espírito Santo, realiza em nós, moldando-nos o caráter de acordo com a entrega incondicional do nosso inteiro ser a Ele, e de conformidade com as demandas de sua Palavra. Ser crente implica em se ter uma conduta condizente com a fé que ostentamos (Mt 5.16).
Tais crentes experimentam tudo o que lhes é oferecido. São facilmente seduzidos por falsos mestres e doutores. Há, ainda, os que além de imaturos são carnais: deixam-se levar por novas ideias, princípios e atitudes sem respaldo bíblico, resultando isso em conduta corrompida. Em nome de uma falsa revelação, distorcem a verdade de acordo com suas conveniências pessoais (2 Tm 4.3,4).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A espiritualidade do servo de Deus não pode ser avaliada apenas pela manifestação dos dons espirituais em sua vida, e sim pelas obras que o crente realiza como resultado do Fruto do Espírito em sua vida.
III. OS PROPÓSITOS DOS DONS ESPIRITUAIS
A pregação verdadeiramente bíblica e pentecostal é centrada em Cristo e na sua morte na cruz. Cremos na cura divina e na operação de maravilhas. No entanto, este é o maior milagre: o novo nascimento que Deus opera no coração do pecador mediante a ação do Espírito Santo. O compromisso do Espírito é com a “palavra da cruz”, “o evangelho da salvação” (Ef 1.13; 1 Co 1.18).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os dons espirituais foram concedidos a Igreja para promover a pregação do evangelho, a edificação da Igreja e para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos crentes.
CONCLUSÃO
Nesta lição, destacamos que Deus deseja conceder dons espirituais aos crentes. Vimos também a importância e o propósito destes. A Igreja, por conseguinte, precisa não apenas ensinar os crentes a usar os dons, mas também incentivá-los a buscá-los.
Você tem buscado com zelo, fervor e oração os dons espirituais? Carecemos deles para que o povo de Deus seja edificado, consolado e fortalecido.
VOCABULÁRIO
Aferir: Medir
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SOUZA, E. Â. Os noves Dons do Espírito Santo. RJ: CPAD, 1985.
BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“Paulo, no capítulo 12 de 1 Coríntios, descreve a Igreja como o Corpo de Cristo e afirma que os crentes são membros desse Corpo, com diferentes dons, provindos de Deus pelo Espírito Santo, do mesmo modo como os membros do corpo humano têm diferentes funções para diversos propósitos. Os dons do Espírito são os meios pelos quais os membros do Corpo de Cristo são habilitados e equipados para a realização da obra de Deus. Sem os dons do Espírito, ao invés de a Igreja ser um organismo vivo e poderoso seria apenas mais uma organização humana religiosa.
Cremos que a Igreja da época atual é a Igreja dos últimos dias e a noiva destinada a encontrar-se com Cristo no dia do arrebatamento, para as Bodas do Cordeiro. À luz do Novo Testamento, os últimos dias da Igreja de Cristo na terra serão assinalados pelo maior avivamento espiritual de todos os tempos: ‘Acontecerá que nos último dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne...’ (At 2.17). Em adição, revelam-nos as Escrituras, e também a história da Igreja, que o verdadeiro avivamento se caracteriza pela manifestação abundante dos dons do Espírito, tal como aconteceu nos dias apostólicos e em outros períodos de avivamento espiritual. Paulo referiu-se à vinda de Cristo, associando-a com a manifestação dos dons do Espírito, nestes termos: ‘assim como o testemunho de Cristo tem sido confirmado em vós, de maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo’ (1 Co 1.6,7)” (SOUZA, E. Â. Os nove Dons do Espírito Santo. RJ: CPAD, 1985, pp.11,12).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
Os dons são oferecidos à Igreja
“Convém, portanto, que os dons sejam usados na igreja. Assim, a igreja poderá exercer a sua influência espiritual de modo constante. Todos os dons cabem no trabalho da Igreja (At 5.12-16; 6.7,8; 14.7-10). Alguns acham que, tendo recebido um dom, torna-se mais convenientes exercê-lo em um trabalho particular, isto é, desvinculado da Igreja. A igreja não precisa de nenhum trabalho ‘especializado’ à parte dela, como por exemplo, um trabalho profético, ou de cura, ou de discernimento de espíritos e de revelação. Não, mas todos os dons podem e devem funcionar na Igreja, no seu trabalho normal.
Deus colocou os ministros na direção da Igreja. Os dons são dados aos membros da Igreja, para que sirvam de ajuda como uma confirmação da parte de Deus para a pregação do Evangelho (cf. Mc 16.20). Porém, a direção da igreja continua na mão dos ministros, pois ninguém, por possuir um dom espiritual, torna-se ‘líder da igreja’.
Os crentes de hoje devem ser orientados a buscar os dons
Vivemos agora no tempo do derramamento do Espírito Santo (cf. At 2.17). É o tempo de buscar a Deus.
Devemos ensinar sobre a necessidade de buscar dons. Foi isso que o apóstolo Paulo fez (cf. 1 Co 12,1-31). Insistiu para que os crentes não fossem ignorantes acerca dos dons, e os ensinou sobre o valor deles (cf. 1 Co 14.12,39). ‘A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus’ (Rm 10.17). Os dons enriquecem a igreja (cf. 1 Co 1.5).
Devemos orientar os crentes a buscarem os dons pela oração (cf. Hc 3.1-4; 2 Tm 1.6), Devemos orar buscando os dons conforme a orientação da Bíblia (cf. 1 Co 12.31; 14.1,13,39). Quando o rei Salomão pediu, Deus lhe deu o dom de sabedoria (cf. 1 Rs 3.6-13). Devemos pedir com fé (cf. Tg 1.6; 1 Jo 5.14,15; Mc 11.22-24). Devemos ficar então na expectativa, esperando no Senhor (cf. Sl 27.14; Is 30.18). ‘Ele a nós virá como chuva’ (Os 6.3). E, quando vier, devemos obedecer-lhe (cf. At 5.32)” (BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD, 2005, pp.105,106,109).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2011
Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 6: Dons que manifestam a Sabedoria de Deus
Data: 8 de Maio de 2011
TEXTO ÁUREO
“Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja” (1 Co 14.12).
VERDADE PRÁTICA
Através dos dons da palavra de sabedoria e da ciência, o Espírito Santo capacita-nos a conhecer fatos e circunstâncias que somente Deus conhece.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Is 11.2
O Espírito de sabedoria e inteligência
Terça - Ef 1.17
O espírito de revelação e sabedoria
Quarta - 1 Rs 3.16-28
O conhecimento sobrenatural
Quinta - 2 Rs 6.8-17
Deus revela o oculto
Sexta - 1 Co 12.10
Discernimento de espíritos
Sábado - 1 Jo 4.1-3
Provai os espíritos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 16.16-24.
16 - E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.
17 - Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo.
18 - E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E, na mesma hora, saiu.
19 - E, vendo seus senhores que a esperança do seu lucro estava perdida, prenderam Paulo e Silas e os levaram à praça, à presença dos magistrados.
20 - E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade.
21 - E nos expõem costumes que nos não é lícito receber nem praticar, visto que somos romanos.
22 - E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com varas.
23 - E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança,
24 - o qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior e lhes segurou os pés no tronco.
INTERAÇÃO
Professor, dando sequência ao estudo acerca da importância dos dons espirituais na Igreja, estudaremos nesta lição a respeito dos dons que manifestam a sabedoria divina: a palavra da sabedoria, a palavra da ciência e o discernimento de espíritos. Enfatize o fato de que a palavra da sabedoria é uma operação sobrenatural do Espírito Santo sobre a mente humana. A palavra da ciência é o dom divino para conhecer os fatos e circunstâncias que se acham oculto (At 5.1-10). Não é conhecimento científico. Já o discernimento de espíritos é uma habilitação sobrenatural para identificar a natureza dos espíritos (divino, humano e maligno). Incentive os alunos a buscarem os dons espirituais, pois vivemos em um mundo corrompido pelo pecado onde as falsificações espirituais e o engano aumentam a cada dia.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o esquema abaixo e distribua para os alunos. Ao introduzir o tópico II da lição, fale a respeito dos tipos de sabedorias que influenciam o homem na sociedade hodierna: sabedoria satânica, sabedoria humana e sabedoria divina. Explique que a sabedoria divina não pode ser confundida com o “dom da palavra da sabedoria”, pois esta é uma habilitação sobrenatural do Espírito Santo. Enfatize que todo crente deve buscar sabedoria em Deus através das Escrituras Sagradas. Boa aula!
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Sabedoria: Qualidade de sábio; prudência; sensatez.
Abordaremos, nesta lição, os dons que manifestam a sabedoria divina: a palavra da sabedoria, a palavra da ciência e o dom de discernir os espíritos (1 Co 12.8-10). Através desses dons espirituais, a Igreja de Cristo passa a conhecer as coisas de forma sobrenatural. Conforme veremos, tais ferramentas são indispensáveis à igreja, a fim de que esta venha a cumprir integralmente a sua missão.
Na Igreja Primitiva, onde o temor de Deus e a reverência eram abundantes (At 2.43), os dons espirituais manifestavam-se com regularidade e frequência. A irreverência, a falta de oração e de leitura da Bíblia Sagrada, além de impedirem as legítimas manifestações espirituais, deturpam-nas, gerando confusão e desordem (cf. 1 Co 14).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os dons do Espírito Santo podem ser classificados em três categorias: manifestação da sabedoria de Deus; manifestação do poder de Deus e manifestação da mensagem de Deus.
Salomão, por exemplo, usou a sabedoria divina ao julgar o caso daquelas mulheres que lutavam pela posse de um recém-nascido (1 Rs 3.16-28). Todos os que ouviram a sentença do rei temeram ao Senhor, pois sabiam que sobre o monarca atuara uma sabedoria sobrenatural vinda diretamente de Deus (1 Rs 3.28). Como carecemos desse dom! Muitos problemas, tidos como insolúveis, seriam prontamente resolvidos entre nós, na obra de Deus, em toda sua abrangência.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O dom da palavra de sabedoria é a operação sobrenatural do Espírito Santo na mente humana, objetivando, resolver problemas insolúveis.
III. A PALAVRA DA CIÊNCIA E O DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS
Num universo religioso, como o atual, onde há tantas imitações e fingimentos, faz-se urgente essa capacidade sobrenatural que nos concede o Espírito Santo, para sabermos as proveniências dos espíritos. Recomenda-nos o apóstolo João: “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1 Jo 4.1).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O dom da palavra da ciência e o discernimento de espíritos são capacidades sobrenaturais que o Espírito Santo concede, ao crente, para conhecer fatos ocultos.
CONCLUSÃO
Os dons que manifestam a sabedoria divina têm por objetivo não permitir que sejamos enganados e caiamos no erro. Satanás é o enganador. Ele mudou suas táticas, porém continua a trabalhar dia e noite para destruir a Igreja do Senhor. Estejamos atentos, munidos dos dons espirituais e revestidos da armadura de Deus contra as astutas ciladas do Diabo (Ef 6.11). Reavivemos, pois, o dom que há em nós (2 Tm 1.6).
VOCABULÁRIO
Cátedra: Matéria ou disciplina ensinada por um professor.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HORTON, S. M. I & II Coríntios: Os Problemas da Igreja e suas Soluções. 1.ed., RJ: CPAD, 2003.
HORTON, S. M. et al. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed., RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bíbliológico
“Distribuídos pelo Espírito para o que for útil
‘Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil’ (1 Co 12.7).
Paulo dá três listas de dons neste capítulo (1 Co 12.8-10,28-30). Cada dom mencionado por ele parece algo que pode ser manifesto em uma diversidade de modos segundo a vontade do Espírito Santo. Alguns supõem que a primeira lista é completa e inclusiva. Mas Paulo não diz: ‘Estes são os dons do Espírito’. Ele simplesmente apresenta a lista, dizendo: ‘Aqui está um dom dado pelo Espírito, eis outro dom dado pelo mesmo Espírito’. Ele está enfatizando que todos os dons vêm do Espírito Santo. Ele é uma pessoa infinita e podemos ter absoluta certeza de que tem uma provisão infinita para atender a cada necessidade.
O Espírito Santo dá manifestações (revelações, meios pelos quais o Espírito Santo se faz conhecer abertamente) para cada crente, mas não para o próprio benefício do indivíduo ou para alguma bênção que a pessoa possa reivindicar para si mesma. Nem Paulo quer dizer que cada crente tem um dom ou é ‘dotado’. O ponto é que todo dom que o Espírito Santo distribui é dado por meio de indivíduos ‘para o que for útil’, para o bem comum, para o bem do corpo local como um todo. Os dons ajudarão a edificar a assembleia local, tanto espiritual quanto numericamente, da mesma maneira que os dons do Espírito Santo o fizeram no livro de Atos” (HORTON, S. M. I & II Coríntios: Os Problemas da Igreja e suas Soluções. 1.ed., RJ: CPAD, 2003, p.113).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“Que é a palavra de conhecimento [ciência]
A palavra do conhecimento não é algo que se aprende através do processo educacional. Nem ainda por conhecimento profundo, adquirido mediante estudo das Escrituras, muito embora seja este um meio eficiente para obtermos conhecimento de Deus. Não é bíblico admitir que um dom sobrenatural tenha o propósito de substituir o estudo sistemático da Palavra de Deus. Seria um erro muito sério presumir tal coisa (Mt 22.29). Por outro lado, temos a lamentar que muitos cristãos se mostram ávidos por ‘revelações’ e extremamente ‘interessados’ por obras escatológicas e negligenciam o estudo da doutrina bíblica, como considerando-a uma terceira ou quarta prioridade. Muitos erros e dolorosas desilusões seriam evitados mediante o conhecimento básico da Bíblia.
O dom da palavra do conhecimento não tem, portanto, o propósito de tomar o lugar devido ao estudo regular da Palavra de Deus. É dado como provimento divino para servir em necessidade espiritual, para ocasiões especiais, como e quando bem parece ao Espírito de Deus.
A função do dom de discernimento na Igreja
A Igreja é assediada pelo poder das trevas. O inimigo é propriamente o ‘espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência’ (Ef 2.2). Ele também domina as mentes e os corpos das pessoas incrédulas, suscetíveis à influência de espíritos maus e de demônios. Satanás pode usá-los para atacar e enganar até os obreiros desprovidos de discernimento espiritual.
Todos podemos admitir que há muitas forças espirituais neste mundo perdido. Por isso, somos advertidos a estar alerta quanto à ação delas. O apóstolo João descreve: ‘Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está já no mundo. Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo’ (1 Jo 4.1-3). Neste texto, o apóstolo nos indica um método pelo qual qualquer crente pode identificar um espírito mau. Contudo, nem todas as circunstâncias são apropriadas para este método de identificação. O dom de discernimento de espíritos pode prover-nos dos meios evidentes para em qualquer ocasião detectarmos os espíritos maus, e isto é obra de grande proveito para a causa de Cristo” (SOUZA, E. Â. Os nove dons do Espírito Santo. RJ: CPAD, 1985, pp.37,38,44,45).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2011
Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 7: Os dons de poder
Data: 15 de Maio de 2011
TEXTO ÁUREO
“E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia” (At 8.6).
VERDADE PRÁTICA
Através da operação de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo, o Senhor Jesus confirma a ação evangelizadora e missionária da Igreja no mundo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 17.20
O poder mediante a fé e seus resultados
Terça - Lc 7.6-10
O resultado através da fé em Cristo
Quarta - 1 Co 12.9
Os dons da fé, de curas e de maravilhas
Quinta - At 16.27-34
O livramento pelo poder da fé
Sexta - Mc 16.14-18
Sinais que acompanham os que crêem
Sábado - At 28.7-10
Deus cura as enfermidades
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 8.5-8; 1 Coríntios 12.4-10.
Atos 8
5 - E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo.
6 - E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia,
7 - pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.
8 - E havia grande alegria naquela cidade.
1 Coríntios 12
4 - Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
5 - E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
6 - E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
7 - Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.
8 - Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
9 - e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
INTERAÇÃO
Neste domingo estudaremos a respeito dos dons espirituais de poder. Esses dons foram concedidos à igreja a fim de auxiliá-la na propagação do evangelho, para que o nome do Senhor seja glorificado. Não devemos jamais nos gloriar por termos recebido de Deus qualquer dom. Toda a honra e glória devem ser dadas Àquele que nos dotou de tal bênção. Tanto a Igreja Primitiva como a Assembléia de Deus tem registrado em sua trajetória a manifestação dos dons. Busquemos, pois, incansavelmente os dons que o Senhor prometeu à sua Igreja.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
A lição de hoje trata dos dons espirituais de poder. Explique aos alunos que esses dons são concedidos à Igreja para sua edificação, a fim de que possa manifestar o poder divino na Terra. No início da aula, escreva no quadro-de-giz os nomes dos três dons de poder que serão estudados na lição (fé, cura e operação de maravilhas). Solicite aos alunos que falem a respeito desses dons. Aproveite para avaliar o conhecimento que eles têm sobre o assunto. Depois, de acordo com o texto da revista, escreva no quadro-de-giz a definição de cada dom. Conclua enfatizando que os dons jamais devem ser utilizados para a exaltação pessoal.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Poder: [Do grego Kratos]. “Força para fazer a obra de Deus”.
Antes de ascender aos céus, o Senhor Jesus prometera aos discípulos revesti-los de poder, a fim de capacitá-los não só a pregar o Evangelho, mas também a operar sinais, prodígios e maravilhas (Mc 16.9-20; At 1.8). Lucas, ao escrever os Atos dos Apóstolos, confirma o que lhes havia prometido Jesus (At 2.43; 8.13; 19.11). A ação evangelizadora e missionária da igreja era acompanhada, de fato, por milagres. Pois o Senhor, através do Espírito Santo, dotou os apóstolos e evangelistas com os dons de poder. Ele quer continuar a confirmar a sua obra por meio de nós, também com operações sobrenaturais.
Nesta lição, estudaremos o dom da fé, os dons de curar e o dom de operar maravilhas. Através destes dons, a Igreja de Cristo habilita-se a realizar o sobrenatural no reino natural, levando os pecadores a receber o Evangelho, e o mundo a reconhecer o poder de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O dom da fé é concedido ao crente para que ele realize proezas em nome do Senhor.
Alguns pregadores, usurpando a glória do Senhor, usam os dons de curar para se autopromover, não demonstrando nenhum respeito pelos que sofrem. Outros, fazendo comércio das coisas sagradas (At 8.17-21), espoliam as igrejas em campanhas que, de Deus, só têm o nome. Descompromissados e vaidosos, valem-se da simplicidade do povo e da omissão dos líderes, e, assim, vão ludibriando os incautos com técnicas psicológicas e hipnóticas como se estivessem sendo usados pelo Espírito Santo.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os dons de curar são concedidos à igreja para que os enfermos sejam curados e o nome do Senhor seja glorificado.
III. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS
No Centenário das Assembléias de Deus no Brasil, é fundamental que nos conscientizemos de que Deus não mudou. Ele continua a operar o impossível e a realizar o sobrenatural. O dom de operar maravilhas, por conseguinte, é tão atual hoje como nos dias da Igreja Primitiva.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O dom de operação de maravilhas é concedido pelo Senhor para que a igreja opere sobrenaturalmente nas mais diversas circunstâncias.
CONCLUSÃO
Os dons de poder são capacitações extraordinárias concedidas à Igreja de Cristo para a realização da missão proclamadora do Evangelho. Não podemos relegá-los a segundo plano. Busquemos os dons, a fim de cumprirmos ousadamente a obra que nos confiou o Senhor. Afinal, como pentecostais, acreditamos na atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais (Mc 16.17-20). Coloque-se na presença do Senhor e deixe que o Espírito de Deus o use.
VOCABULÁRIO
SEM OCORRÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
“O dom da fé
Esse dom não se refere à fé salvadora (cf. At 16.31), nem ao crescimento da fé (cf. 2 Ts 1.3) ou ao reforço à fé que o batismo no Espírito Santo nos dá (cf. 2 Co 4.13), mas consiste em um impulso à fé [...] para executar aquilo que Deus determinou que fizéssemos. Esse dom em ação gera uma atmosfera de fé, que dá a convicção de que agora tudo é possível (cf. Jo 11.40-44; Mc 9.23) [...].
Os dons de curar
A cura do corpo doente pela fé é um fruto da morte de Cristo na cruz do Calvário (cf Is 53.4,5; 1 Pe 2.24,25; Mt 8.16,17 e 9.35,36). Os dons de curar consistem em uma operação do Espírito Santo, pela qual o poder de cura que Jesus ganhou é transmitido ao doente de modo abundante, imediato, para a cura completa. [...] Esse dom não significa uma capacidade de curar quando e como a pessoa quer, porém é sempre uma transmissão de poder do Espírito Santo. Por isso, é indispensável que o portador do dom esteja ligado a Cristo e siga a sua direção. O dom é dado à Igreja e constitui uma confirmação de Deus à pregação da Palavra (cf. Mc 16.20; At 14.1-4; 10.38 e 5.11,12). Por esse motivo, Jesus deve sempre ser o único glorificado.
O dom de operar maravilhas
Esse dom constitui uma operação do Espírito Santo pela qual é transmitido o poder ilimitado do Deus Todo-Poderoso (cf. Sl 115.3 e 135.6). Jesus possuía esse dom (cf. Mt 8.26; Jo 11.43,44)” (BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD, 2005, pp.111-12).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2011
Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 8: O genuíno culto pentecostal
Data: 22 de Maio de 2011
TEXTO ÁUREO
“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 Co 14.26).
VERDADE PRÁTICA
O genuíno culto pentecostal é marcado pela reverência, ordem e profundo temor a Deus, propiciando, assim, o contínuo derramamento do Espírito Santo sobre a igreja de Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 4.10
Adorar somente ao Senhor
Terça - Sl 95.1,2
Apresentemo-nos com júbilo ao Senhor
Quarta - Sl 96.7,8
Dai a glória devida ao Senhor
Quinta - 1 Co 14.26
A necessidade de ordem no culto
Sexta - Jo 4.23
Adorar a Deus em espírito e em verdade
Sábado - Sl 128
A família que teme e adora ao Senhor
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 14.26-33,39,40.
26 - Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
27 - E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, guando muito três, e por sua vez, e haja intérprete.
28 - Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.
29 - E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
30 - Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
31 - Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.
32 - E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.
33 - Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.
39 - Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas.
40 - Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.
INTERAÇÃO
Nesta lição, estudaremos a respeito do genuíno culto pentecostal e o seu verdadeiro significado. Este assunto é importante, pois o culto deve ser evidenciado pela ordem e profundo temor a Deus, pois trata-se de um ato de adoração. É o momento em que, juntos, bendizemos e glorificamos o nome do Senhor Deus. Enfatize que não podemos transformar o culto em um ponto de encontro ou vê-lo simplesmente como parte de nossa vida social. Que em cada culto possamos, pura e unicamente, adorar o Senhor em espírito, e em verdade (Jo 4.24).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o quadro abaixo e utilize-o para explicar aos alunos que nos cultos da Igreja Primitiva, havia uma liturgia a ser seguida. O próprio apóstolo Paulo ensinou às igrejas de Corinto, Colossos e Éfeso a importância dessa liturgia em suas reuniões. Explique que liturgia não significa um culto tradicional ou “engessado”, mas que há elementos básicos que devem estar presentes para que se possa prestar um culto racional ao Senhor. Na Casa de Deus deve haver ordem e decência.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Culto: Tributação voluntária de louvores e honra ao Criador.
Estudaremos, nesta lição, os elementos do autêntico culto pentecostal. Veremos, outrossim, os perigos que há na adoção de modismos litúrgicos que, apesar das aparências, sempre acabam por acarretar sérios prejuízos à sã doutrina e aos costumes genuinamente cristãos. Como Igreja de Cristo, ofereçamos a Deus uma adoração segundo nos prescreve a Bíblia, sem quaisquer misturas.
Adorar e cultuar ao Senhor requer reverência, rendição e amor, pois o Pai continua a buscar os que o adoram em “espírito e em verdade” (Jo 4.23,24).
Infelizmente, muitos vão ao culto, cantam e até oram, mas não adoram ao Senhor, pois o seu coração acha-se distante de sua presença (Is 29.13). O culto para os tais é apenas um ponto de encontro, um momento de interatividade social.
Deus se compraz naqueles que o buscam com um coração puro e sincero, e alegra-se naqueles que o adoram “em espírito e em verdade” (Sl 15.1-5; Jo 4.23,24). Por conseguinte, não devemos prestar-lhe culto como se estivéssemos a barganhar-lhe as bênçãos e os favores. Há muitos que, desprezando a soberania divina, passam a determinar seus “direitos” e a decretar suas “posses” como se o Senhor lhes fosse um mero empregado. Isso é falta de reverência e temor diante dAquele a quem devemos adorar pelo que é e pelo que já fez por nós (Jo 3.16; Ef 2.8,9; 1 Jo 4.19; Ap 4.10).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O culto, assim como todas as nossas ações, deve ser um ato de adoração sincera a Deus onde reconhecemos a sua grandeza e magnitude.
Paulo apresenta a liturgia ideal para o culto cristão: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 Co 12.26). Embora a igreja em Corinto fosse autenticamente pentecostal, o seu culto deveria primar pela boa condução: “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Co 14.40). O culto deve ser racional e consciente, conforme exige a Palavra de Deus (Rm 12.1). Caso contrário, ou cairá no formalismo, ou em algo desordenado e sem forma.
Queremos deixar bem claro que a liturgia realmente bíblica jamais impedirá a manifestação do poder de Deus, batismos com o Espírito Santo, curas divinas, milagres e, principalmente, salvação de almas.
Por conseguinte, o verdadeiro culto de adoração a Deus não pode ficar sem o ensino ou a pregação bíblica. A sua igreja ouve regularmente a leitura da Palavra de Deus? O culto sem a leitura e a explanação das Sagradas Escrituras é incompleto.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O culto ao Senhor deve ter ordem e decência. A leitura da Palavra, cânticos de adoração ao Senhor, orações e as ofertas voluntárias são elementos indispensáveis para a realização do culto racional a Deus.
III. MODISMOS LITÚRGICOS
O segredo do avivamento, por conseguinte, não se acha na adoção de modismos litúrgicos nem na criação de gestos e posturas artificiais que, mostra a experiência, sempre acabam por roubar a reverência do culto cristão. O verdadeiro avivamento espiritual torna-se realidade quando a igreja se volta à Palavra de Deus (2 Cr 34.15). A partir daí, a igreja não mais se escraviza à liturgia, porque a sua preocupação, doravante, será adorar a Deus através de um culto ordeiro e decente. Sua adoração também será demonstrada por meio de um serviço cristão completo: evangelismo, missões, ensino sistemático das Escrituras, assistência social, etc. Isto é avivamento.
Infelizmente, tais coisas não ficaram no passado. Haja vista as igrejas que, ao invés de adorar ao Criador, acabam por adorar a criatura, por causa da ênfase que dão aos seres angélicos. Ora, que os anjos existem, todos sabemos. Mas eles existem para ministrar aos santos e não para serem adorados por estes (Hb 1.14). A presença mais importante no culto cristão é a do Espírito Santo. Cuidado, pois, com esses elementos estranhos ao culto pentecostal.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os modismos e cultos exóticos não podem produzir nada mais que movimentação, pois o avivamento só acontece quando a igreja se volta à Palavra de Deus.
CONCLUSÃO
Você tem cultuado a Deus conforme recomenda a Bíblia? Cultuar ao Senhor não é apenas ir à igreja e se reunir com os irmãos, pois muitos vão à casa do Senhor, mas não lhe prestam culto; não passam de meros expectadores. Adoremos a Deus, pois, em espírito e em verdade.
VOCABULÁRIO
Modismos Litúrgicos: Inovações estranhas que são incorporadas à liturgia do culto cristão, com a finalidade de transformá-lo em um espetáculo ou show para os presentes.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ANDRADE, C. As Disciplinas da vida cristã. 1.ed., RJ: CPAD, 2008.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional
Atos dos Apóstolos
“Com que me apresentarei diante do Senhor? Pergunta o escritor sacro ao Todo-Poderoso. Vejamos algumas coisas a serem observadas quando entrarmos na Casa de Deus para cultuá-lo:
‘Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus; chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal’ (Ec 5.1). Quando entramos na Casa do Senhor, que o nosso espírito seja imbuído de um profundo espírito de reverência e santo temor. Goethe, poeta alemão, fala da importância da reverência: ‘A alma da religião cristã é a reverência’.
‘Alegrei-me quando me disseram: vamos à Casa do Senhor’ (Sl 122.1). Quando os filhos de Israel dirigiam-se ao Santo Templo, em Jerusalém, para celebrar as festas sagradas, eles o faziam com o espírito de regozijo. Estar no santuário divino era o seu maior prazer, pois ali todos os israelitas reuniam-se para enaltecer o Senhor.
‘Acordado, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E temeu e disse: Quão terrível é este lugar! Esse não é outro lugar senão a Casa de Deus; e esta é a porta dos céus’ (Gn 28.16,17). Não se encontrava o patriarca num suntuoso templo; achava-se no relento. Mas ali, tendo por cobertura os céus, viu Jacó os anjos de Deus subirem e descerem por uma escada que ligava os céus à terra. Em simplicidade contemplou Jacó o Eterno. Tem você igual predisposição para enaltecer a Deus?” (ANDRADE, C. As Disciplinas da Vida Cristã. 1.ed., RJ: CPAD, 2008, pp.65-7).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2011
Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 9: A pureza do Movimento Pentecostal
Data: 29 de Maio de 2011
TEXTO ÁUREO
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).
VERDADE PRÁTICA
O Movimento Pentecostal é a maior demonstração de que a Igreja de Cristo não é uma mera organização, mas um organismo vivo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 2.1-4
O nascimento do Pentecostalismo
Terça - At 2.4
O sinal mais evidente do Pentecostalismo
Quarta - At 8.16,17; 9.17; 19.2,5,6
A atualidade do batismo com o Espírito Santo
Quinta - At 10.44,45
O Espírito Santo é derramado entre os gentios
Sexta - 1 Co 14.22
Um sinal para os infiéis
Sábado - 1 Co 14.5
Línguas estranhas
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 2.1-4,14-17.
1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar,
2 - e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 - E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
14 - Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.
15 - Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia.
16 - Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:
17 - E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos.
INTERAÇÃO
Prezado professor, nesta lição procure dar ênfase às principais características de uma igreja legitimamente pentecostal. Explique que esta igreja tem por certo: a soberania da Bíblia, como a inspirada e inerrante Palavra de Deus; a atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais; a pureza da doutrina bíblica cristã e o cumprimento integral da Grande Comissão.
Diante do surgimento de muitos movimentos “pseudopentecostais” que vêm semeando confusão doutrinária e heresias, precisamos aprender a separar o falso do verdadeiro, o precioso do vil. Que venhamos conservar o legítimo pentecostalismo, conforme encontramos na Palavra de Deus.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, sugerimos que você inicie a aula com a seguinte pergunta: “Como distinguir o verdadeiro do falso pentecostalismo?”. Ouça com atenção as respostas e incentive a participação de todos. Depois, escreva no quadro-de-giz as principais características do genuíno Movimento Pentecostal apresentadas no tópico III da revista. Em seguida, relacione no quadro-de-giz, algumas práticas místicas e antibíblicas que os pseudopentecostais fazem uso (culto aos anjos, sal grosso, rosa ungida). Discuta, tendo como referência a Palavra de Deus, tais práticas. Conclua lendo com os alunos Colossenses 2.18.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Pureza: Estado ou qualidade de puro.
O Movimento Pentecostal, embora comprovadamente bíblico e ortodoxamente teológico, vem sofrendo, desde o seu nascedouro, injustificados ataques. Isto se deve a dois principais fatores: 1) falta de conhecimento bíblico-teológico acerca da doutrina do Espírito Santo e 2) ignorância sobre a origem do maior avivamento já registrado pela história.
Nesta lição, teremos oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a origem e a atualidade do Pentecostalismo. Viremos a constatar que o Movimento Pentecostal, apesar de seus cem anos de história, é uma realidade que vem sendo experimentada pela Igreja de Cristo há quase vinte séculos. Infelizmente, muitos são os movimentos que, cognominados de pentecostais, vêm semeando confusão acerca do verdadeiro movimento do Espírito Santo.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O verdadeiro Movimento Pentecostal teve sua origem no Dia de Pentecostes.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Podemos afirmar que Pentecostalismo é um movimento legitimamente bíblico e que, historicamente, não se restringiu à Igreja Primitiva.
III. O VERDADEIRO PENTECOSTALISMO
Tais são os desvios doutrinários desses movimentos que eles, sequer, podem ser considerados cristãos, pois incorporaram às suas liturgias práticas místicas e antibílicas, fazendo uso de sal grosso, rosa ungida, óleo e água “santificados”, culto aos anjos, etc. Tais práticas são heréticas e inadmissíveis, não tendo nenhum respaldo na Palavra de Deus.
Não podemos nos esquecer, também, de extravagâncias doutrinárias como, por exemplo, a teologia da prosperidade, confissão positiva, quebra de maldição, triunfalismo e outros aleijões teológicos e heresias.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O verdadeiro pentecostalismo caracteriza-se pela aceitação das Escrituras como a inspirada e inerrante Palavra de Deus, manutenção da sã doutrina, atualidade dos dons espirituais, cumprimento integral da grande comissão e compromisso com a santidade.
CONCLUSÃO
O verdadeiro Movimento Pentecostal teve sua origem no Dia de Pentecostes. Os anos se passaram, mas a chama pentecostal continua a arder, pois a promessa do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais é para nós também. Conservemos, pois, o legítimo pentecostalismo, conforme o encontramos nas Sagradas Escrituras.
Neste Centenário das Assembleias de Deus no Brasil, preservemos e vivamos com intensidade o avivamento que nos legaram Daniel Berg e Gunnar Vingren.
VOCABULÁRIO
Ortodoxo: O que se acha de acordo com a Palavra de Deus.
Místico: Misterioso espiritualmente e ligado ao sobrenatural.
Sincrético: Unificação de ideias ou doutrinas diversificadas.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ARAUJO, I. Dicionário do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2007.
MENZIES, W. W. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
Pentecostes
“Pentecostes era a segunda das três grandes festas de Israel (Dt 16.16). Suas principais passagens estão em Êxodo 23.16, Levítico 23.15-22, Números 28.26-31 e Deuteronômio 16.9-12. A palavra grega Pentecostes (pentekosté) significa ‘quinquagésimo’, referindo-se ao quinquagésimo dia depois da oferta de manjares durante a Festa dos Pães Asmos (At 2.1; 20.16; 1 Co 16.8).
Outro título pelo qual esta festa é conhecida é a Festa das Semanas (Êx 34.22; Dt 16.10,16; 2 Cr 8.13), que se refere a sete semanas após a oferta das primícias; a Festa da Colheita (Êx 23.16), referindo-se à conclusão das colheitas de grãos; o dia das primícias (Nm 28.26), falando das primícias de uma colheita terminada, e mais tarde os judeus a chamaram solenemente de assembleia, que foi aplicado ao encerramento da festa da estação da colheita. Embora as Escrituras não afirmem especificamente seu significado histórico, elas parecem indicar basicamente uma festa da colheita.
[...] Em Números 28.26 o Pentecostes é chamado tanto de Festa das Semanas como de Festa das Primícias. Esta Festa das Primícias não deve ser confundida com as primícias oferecidas durante os dias dos pães asmos.
No NT, o Pentecostes está relacionado ao dom do Espírito Santo (At 2.1-4). Cristo ascendeu como as primícias da ressurreição (1 Co 15.23), e 50 dias depois deste evento veio o derramamento do Espírito Santo, dando início ao cumprimento da profecia de Joel (Jl 2.28-32)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009, pp.1500-01).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Histórico
“Os historiadores que se ocupam do Avivamento Pentecostal no século 20 são unânimes em mencionar a Rua Azuza, em Los Angeles, Califórnia, em 1906, como o centro irradiador de onde o avivamento se espalhou para outras cidades e nações.
A Rua Azuza transformou-se em poderosa fogueira divina, onde centenas e milhares de pessoas de todos os pontos da América, ao chegarem atraídas pelos acontecimentos e para ver o que estava se passando ali, eram batizadas com o Espírito Santo, e ao retornarem para suas cidades levavam essa chama viva que alcançava também outras pessoas.
Porém, quem havia trazido a mensagem pentecostal a Los Angeles fora uma senhora metodista, que, por sua vez, a recebera na cidade de Houston, quando tinha ido visitar seus parentes. Antes dessa data (1906), podemos citar também os avivamentos ocorridos na Suécia em 1858, e na Inglaterra em 1740. Na América do Norte, podem-se mencionar os avivamentos nos Estados de Nova Inglaterra em 1854, e na cidade de Moorehead, em 1892, seguidos dos de Caiena, Kansas, em 1903, e Orchard e Houston, em 1904 e 1905, respectivamente.
Os membros das várias igrejas, uns por curiosidade, outros por desejo de receber mais graça do céu, chegavam para ver com os próprios olhos aquele fenômeno. Muitos deles traziam consigo a opinião de que tudo aquilo não passava de obra de fanáticos. Porém, todos saíam dali convencidos de que era um movimento divino, e transformavam-se em testemunhas e propagandistas do Movimento Pentecostal que se iniciara naquela ruazinha em Los Angeles.
[...] Dentro em pouco os grandes centros urbanos norte-americanos foram alcançados pelo avivamento. Uma das cidades que mais se destacaram e se projetaram no Movimento Pentecostal foi Chicago. As boas-novas do avivamento alcançaram, praticamente, todas as igrejas evangélicas da cidade. Em algumas, houve oposição da parte de uns poucos crentes, porém o avivamento triunfou, pois, além de outras características que o recomendavam, ele se destacava pelo espírito evangelístico e pelo interesse que despertava pelo evangelismo dos outros povos. Ou seja: cada um que se convertia, transformava-se também em missionário” (CONDE, E. História das Assembleias de Deus no Brasil. 1.ed., RJ: CPAD, pp.23-4).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2011
Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 10: Assembleia de Deus — 100 anos de Pentecostes
Data: 5 de Junho de 2011
TEXTO ÁUREO
“De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé e cada dia cresciam em número” (At 16.5).
VERDADE PRÁTICA
Deus levantou as Assembleias de Deus no Brasil para proclamar ao mundo que Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jl 2.28-32; At 2.1-12
O pentecostalismo e a obra do Espírito Santo através da Igreja
Terça - At 2.37-47
O pentecostalismo e os tempos apostólicos
Quarta - 1 Co 12.1-11
O pentecostalismo e os dons espirituais
Quinta - Ef 4.11,12
O pentecostalismo e os dons ministeriais
Sexta - Mc 16.15-20
O pentecostalismo e a evangelização
Sábado - At 2.4-11
O pentecostalismo e a obra missionária
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 3.6-11.
6 - Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.
7 - Pelo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento,
8 - Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho.
9 - Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.
10 - Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.
11 - Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.
INTERAÇÃO
A Assembleia de Deus no Brasil não nasceu por acaso. Foi o Senhor quem plantou a “semente” no coração de Daniel Berg e Gunnar Vingren e a fez germinar, crescer e dar muitos frutos. Homens e mulheres, cheios do Espírito Santo, ajudaram a construir a sua história. Você também faz parte desta trajetória de êxitos e triunfos em Cristo. É sua responsabilidade dar continuidade ao legado deixado pelos fervorosos e destemidos servos do Senhor. Glorifique ao Senhor pelos cem anos de genuíno pentecostalismo e continue a proclamar que Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, sugerimos para a aula de hoje que você faça cópias do quadro abaixo para os alunos. Utilize o quadro ao concluir o terceiro tópico da lição. Diga aos alunos que o mapa mostra como a chama pentecostal se propagou em nossa nação. Enfatize o fato de que hoje as Assembleias de Deus estão presentes em todos os estados brasileiros. Somos a maior denominação pentecostal do Brasil. Conclua orando juntamente com seus alunos. Agradeça ao Senhor por todas as bênçãos e pelo crescimento das ADs em nossa nação.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Movimento Pentecostal: “Surgiu no finai do século 19. Enfatiza a atualidade da doutrina do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais”.
Por ocasião do Centenário das Assembleias de Deus no Brasil é fundamental que a imensa multidão de seus membros e congregados estude como Deus chamou os seus pioneiros, começou a derramar do seu Espírito Santo sobre todos os que crêem e fez prosperar essa obra em todos os rincões de nossa querida pátria.
Quando retornou aos Estados Unidos, em Chicago, ele recebeu a promessa pentecostal em 15 de setembro de 1909.
Adolf Uldin, membro da Igreja Batista sueca em South Bend, que Vingren pastoreava, profetizou que eles iriam para um lugar chamado “Pará”. Vingren descobriu num mapa na biblioteca de sua cidade que Pará era um Estado do Norte do Brasil.
Deus, então, revelou-lhes, quando estavam orando, em outra ocasião, que deveriam sair de Nova Iorque com destino ao Pará no dia 5 de novembro de 1910.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Depois de serem batizados com o Espírito Santo, os jovens Daniel Berg e Gunnar Vingren receberam de Deus o chamado para virem ao Brasil.
Após terem experiências marcantes em relação ao dinheiro de que precisariam para viajar, embarcaram em Nova Iorque na terceira classe do navio Clement rumo ao Brasil. Na viagem de quatorze dias, tiveram de experimentar uma comida nada agradável. Mas, eles ficaram ali, deitados na terceira classe, orando durante todo o tempo. Certo dia, Daniel profetizou que o Senhor estava com eles, e verdadeiramente sentiram isso em seus corações.
Durante o período em que estavam no navio, oraram por um companheiro de viagem e evangelizaram um outro que veio a aceitar a Cristo como Salvador.
Celina Martins Albuquerque, membro da Igreja Batista, creu na mensagem pentecostal pregada pelos jovens missionários e recebeu o batismo com o Espírito Santo quando orava de madrugada em sua casa, no dia 2 de junho de 1911, juntamente com outra irmã da sua igreja, Maria de Nazaré.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
No Brasil, os jovens missionários pregavam fervorosamente a respeito do batismo com o Espírito Santo.
III. DO NORTE PARA TODO O BRASIL
Logo, novos companheiros missionários foram chegando. Os primeiros foram Otto e Adina Nelson (1914), Samuel e Lina Nyström (1916), Frida Vingren (1917) e Joel e Signe Carlson (1918). Também, a igreja começou a ordenar seus primeiros pastores: Isidoro Filho (1912); Absalão Piano (1913); Crispiniano de Melo; Pedro Trajano; Adriano Nobre; Clímaco Bueno Aza (1918); José Paulino Estumano de Morais (1919); Bruno Skolimowski (1921).
Membros das igrejas, missionários estrangeiros e pregadores nacionais, impelidos pelo ardor evangelístico pentecostal, começaram a visitar outros Estados, principalmente onde tinham parentes. Dessa maneira, apesar das muitas lutas e perseguições, aconteceram os primeiros passos para a fundação de igrejas em todas as regiões do país: Ceará (1914); Alagoas (1914); Paraíba (1914); Roraima (1915); Pernambuco (1916); Rio Grande do Norte (1911, 1918); Maranhão (1921); Espírito Santo (1922); Rondônia (1922); São Paulo (1923); Rio de Janeiro (1924); Rio Grande do Sul (1924); Bahia (1926); Piauí (1927); Minas Gerais (1927); Sergipe (1927); Paraná (1928); Santa Catarina (1920, 1931); Acre (1932); Goiás (1936); Mato Grosso (1936); Mato Grosso do Sul (1944) e Distrito Federal (1956).
Em 1936, os primeiros missionários das Assembleias de Deus norte-americanas chegaram oficialmente ao Brasil. Eles passaram a atuar juntamente com a liderança sueca, principalmente no ensino bíblico e, investiram na publicação de livros teológicos, no ensino teológico formal e no estabelecimento gráfico da CPAD.
Dentre os missionários pioneiros nessas áreas do desenvolvimento bíblico-doutrinário, estão: Gunnar Vingren, Frida Vingren, Samuel Nyström, Nils Kastberg, Otto Nelson, Nels Nelson, Joel Carlson, Eurico Bergstén, Orlando Boyer, N. Lawrence Olson, John Peter Kolenda, João Kolenda e Ruth Dóris Lemos, Thomas Reginald Hoover e Bernhard Johnson Jr.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A chama pentecostal se propagou por todo solo brasileiro. A Assembleia de Deus cresceu e se organizou doutrinariamente. Hoje é a maior denominação pentecostal brasileira.
CONCLUSÃO
Somos a continuidade do trabalho iniciado pelos pioneiros Gunnar Vingren e Daniel Berg. O Centenário não deve ser apenas um fato para comemorarmos, mas para despertar-nos a continuar pregando a mensagem que deu início à nossa caminhada em território nacional: Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará!
VOCABULÁRIO
SEM OCORRÊNCIAS.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
VINGREN, I. O Diário do Pioneiro. 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
ARAUJO, I. Dicionário do Movimento Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
Daniel Berg e o seu trabalho no Brasil
“No Pará, Daniel, com 26 anos de idade, que logo se empregou como caldereiro e fundidor na Companhia Porto do Pará, recebendo salário mensal de 12 mil réis, passou a custear as aulas de português ministradas a Vingren por um professor particular. No fim do dia, Vingren ensinava o que aprendera a Daniel. Justamente por isso, Berg nunca aprendeu bem a língua portuguesa. O dinheiro que sobrava era usado para comprar Bíblias nos Estados Unidos.
Tão logo começou a se fazer entender na língua portuguesa, passou a evangelizar nas cidades e vilas ao longo da Estrada de Ferro Belém-Bragança, enquanto Vingren cuidava do trabalho recém-nascido na capital. Como o evangelho era praticamente desconhecido no interior do Pará, Berg se tornou o pioneiro da evangelização na região. É que as igrejas evangélicas existentes na época não tinham recursos suficientes para promover a evangelização no interior.
Após a evangelização em Bragança, tornou-se também o pioneiro na evangelização na Ilha de Marajó, onde peregrinou por muitos anos, a bordo de pequenas e grandes canoas. Berg ia de ilha em ilha, levando a mensagem bíblica aos pequenos grupos evangélicos que ia se formando por onde passava. Daniel Berg sempre foi muito humilde e simples. Em suas pregações e diálogos, sempre demonstrou essas virtudes. Ninguém o via irritado ou desanimado” (ARAUJO, I. Dicionário do Movimento Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 2007, p.123).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Biográfico
“Escolhido por Deus
Nasci em Östra Husby, Östergötland, Suécia, em 8 de agosto de 1879. Meu pai era jardineiro. Por serem crentes, meus pais procuraram desde a minha infância ensinar-me os caminhos e preceitos do Senhor. Quando eu ainda era bem pequeno, ia à Escola Dominical, da qual, meu pai era dirigente. Aos 11 anos de idade concluí o curso primário e comecei a ajudar meu pai no ofício de jardineiro. Continuei nessa atividade até os 19 anos.
Eu era um menino de apenas 9 anos de idade quando senti a chamada de Deus na minha vida. Senti-me atraído por Deus de uma forma especial, e costumava orar muito. Às vezes reunia outras crianças comigo e orava com elas. Porém, com 12 anos de idade desviei-me do Senhor e tornei-me um filho pródigo. Caí profundamente no pecado até os 17 anos, quando o Senhor outra vez me chamou. Isso aconteceu em 1896. Eu resolvera ir ao culto de vigília de ano-novo e entregar-me outra vez ao Senhor. Fui com meu pai para esse culto, e fiz o que havia resolvido. Aleluia!
Aos 18 anos fui batizado nas águas. Isto aconteceu numa igreja Batista em Wraka, Smaland, Suécia, no mês de março ou abril de 1897. Neste mesmo ano tornei-me sucessor de meu pai no trabalho da Escola Dominical. Isto aumentou muito a minha necessidade de Deus e de sua graça. Ainda neste ano, em 14 de julho, li numa revista um artigo sobre as grandes necessidades e sofrimentos de tribos nativas no exterior, o que me fez derramar muitas lágrimas. Subi para o meu quarto e ali prometi a Deus pertence-lhe e pôr-me à sua disposição para honra e glória do seu nome. Orei também insistentemente para que Ele me ajudasse a cumprir essa promessa.
No mês de outubro realizamos uma festa para levantar dinheiro a fim de ajudar um irmão que ia sair para o campo missionário como evangelista. Tudo o que eu tinha nessa oportunidade eram 6 coroas, e eu as entreguei como oferta. Quando voltei para casa depois da festa, senti uma alegria imensa, e ouvi uma voz que me dizia: ‘Tu também irás ao campo de evangelização da mesma forma que Emílio!’.
Fiquei um ano mais no meu trabalho, mas sempre participando dos cultos, testificando e tratando de ganhar almas para Jesus. Continuei à frente da Escola Dominical até o fim de outubro de 1898. Depois de muitas orações dos irmãos, fui para uma escola bíblica em Götabro, Närke. Os dirigentes daquela escola eram os pastores Emílio Gustavsson e C. J. A. Kihlstedt” (VINGREN, I. O Diário do Pioneiro. 1.ed., RJ: CPAD, 2010, pp.19,20).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2011
Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 11: Uma Igreja autenticamente Pentecostal
Data: 12 de Junho de 2011
TEXTO ÁUREO
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).
VERDADE PRÁTICA
Uma igreja autenticamente Pentecostal evangeliza, faz missões, ensina, protesta contra o pecado e ajuda aos necessitados, cumprindo integralmente a missão que lhe confiou o Senhor Jesus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Tm 3.14,15
Igreja, coluna e firmeza da verdade
Terça - Mt 28.1
A missão evangelizadora da igreja
Quarta - Mt 28.20
A missão ensinadora da igreja
Quinta - Mt 16.13-18
O fundamento da igreja
Sexta - Tg 1.27
A religião pura e imaculada
Sábado - 1 Jo 3.17,18
O amor ao próximo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Marcos 16.15-20; Atos 2.42-47.
Marcos 16
15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
18 - pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
19 - Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.
20 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
Atos 2
42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 - Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 - Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 - Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.
46 - perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 - louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
INTERAÇÃO
Prezado professor, você terá a oportunidade, mediante o estudo da lição, de refletir a respeito de uma questão bem oportuna e relevante para alcançar os objetivos propostos: “Somos uma igreja autenticamente pentecostal?”. Não se esqueça de que ser pentecostal não é só falar em línguas estranhas. Uma igreja pentecostal genuína evangeliza, ensina, ajuda os necessitados e mantém os seus membros em comunhão, ou seja, cumpre sua missão integral. Que venhamos, como Igreja do Senhor, agir no poder do Espírito Santo a fim de cumprir integralmente a missão que nos confiou o Senhor Jesus.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, escreva as questões abaixo em folhas de papel ofício (duas questões em cada folha). Divida a classe em 2 grupos. Depois que os grupos estiverem estabelecidos, entregue as folhas. As questões devem ser resolvidas tendo como base Atos 2.42-47. Cada grupo terá aproximadamente 6 minutos para discutir os temas e 3 minutos para expor o resultado à classe.
Conclua dizendo que a Igreja Primitiva cumpriu a Grande Comissão, ordenada por Jesus.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Autêntico: Verdadeiro, legítimo.
No Centenário das Assembleias de Deus no Brasil, não podemos calar a pergunta: Temos realmente todas as características de uma igreja autenticamente pentecostal? Para responder a esta questão, temos de voltar aos Atos dos Apóstolos e ver como vivia e agia a Igreja Primitiva. Basta ler os primeiros capítulos do relato lucano, para se concluir: a igreja que se acha sob a flama do pentecostes evangeliza, faz missões, discipula, ensina sistematicamente a Bíblia, socorre aos necessitados e aguarda, amorosamente, a volta de Nosso Senhor.
Sim, a igreja que se acha sob a flama do pentecostes age no poder do Espírito Santo.
Neste domingo, veremos as principais características de uma igreja legitimamente pentecostal. Desde já, oramos para que o Senhor Jesus continue a reavivar-nos, a fim de que o seu Espírito aja em nós e através de nós.
A igreja autenticamente pentecostal sai das “quatro paredes”, para comunicar a mensagem do Evangelho. Ela sabe que o revestimento de poder foi-lhe concedido pelo Senhor, para que testemunhe ousadamente da salvação em Cristo (At 1.8). Consequentemente, todo cristão batizado com o Espírito Santo é impulsionado a pregar a Cristo e a fazer discípulos. E estes, por sua vez, são constrangidos a fazer outros discípulos, dando sequência a um processo continuo de geração de outras testemunhas (2 Tm 2.2).
Evangelize, faça discípulos e ensine na direção e na unção do Espírito Santo (At 16.4,5). E a sua igreja crescerá tanto em quantidade quanto em qualidade.
Pedro, por exemplo, evangelizou e discipulou a casa de Cornélio (At 10.1-48). E o seu trabalho foi coroado com o derramamento do Espírito Santo sobre os novos convertidos (At 10.44,46).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A igreja pentecostal autêntica não descuida da evangelização.
Muita meninice que vemos por aí deve-se à falta do ensino bíblico. Nesses tempos difíceis e trabalhosos, faz-se imperioso que os crentes sejam incentivados a estudar a Bíblia Sagrada. E que a igreja invista na qualificação e aperfeiçoamento de seus professores (1 Tm 4.13). Uma igreja pentecostal destaca-se pelo ensino bíblico ortodoxo, pois somente assim conservaremos acesa a chama do Espírito Santo (1 Ts 5.19).
Por conseguinte, uma igreja autenticamente pentecostal acha-se edificada “sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor” (Ef 2.20,21). Mantenhamo-nos, pois, fiéis à sã doutrina.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A igreja pentecostal genuína prioriza o ensino da Palavra de Deus.
III. A IGREJA PENTECOSTAL NÃO DEVE DESCUIDAR DO SERVIÇO SOCIAL E DA COMUNHÃO
A Igreja Primitiva, instruída pelo Espírito Santo, entendeu que a sua missão também compreendia assistir aos necessitados (At 4.34,35). Com a mensagem evangelizadora, ofertamos aos pecadores o pão que desce do céu; por intermédio do serviço social, oferecemos aos necessitados o pão que brota da terra (Tg 2.14-17).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A igreja pentecostal não deve descuidar do serviço social e da comunhão.
CONCLUSÃO
Uma igreja autenticamente pentecostal evangeliza, ensina, ajuda os necessitados e mantém os seus membros em plena comunhão conforme recomenda a Palavra de Deus. Pentecostalismo não é só falar em línguas estranhas; vai muito além. Segundo o teólogo Anthony D. Palma, “o batismo com o Espírito Santo tem que ser mais do que uma doutrina; tem de ser uma experiência vital e produtiva na vida dos crentes e seu testemunho no mundo”.
VOCABULÁRIO
Parco: Escasso
Primar: Dar preferência.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LEBAR, L. E. Educação que é Cristã. 1.ed., RJ: CPAD, 2009.
PEARCEY, N. Verdade Absoluta: Libertando o Cristianismo de seu cativeiro cultural. 1.ed., RJ: CPAD, 2006.
PETERS, G. W. Teologia Bíblica de Missões. 1.ed., RJ: CPAD, 2000.
STOTT, J. R. W. Cristianismo Equilibrado. RJ: CPAD.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Educacional
Seguindo o Mestre em Ensinar
“Jesus era o Mestre de quinta-essência. Ele fornece o padrão de ensino, o exemplo de perfeição da Pedagogia. Ele era a autoridade e o protótipo máximos do ensino, ainda que nunca tivesse discutido o assunto. Suas ações modelaram a disciplina.
Embora se tenha escrito mais sobre Jesus como pessoa do que qualquer outra figura da História, Seu papel como Mestre tem sido um tanto quanto minimizado, talvez por causa da reação negativa à imagem de mestre que caracterizou o liberalismo do século XIX. Herman Harrell Horne nomeia essa negligência de ‘uma mina inexplorada’.
No Novo Testamento, mais de quarenta epítetos descrevem a pessoa e obra de Jesus Cristo. Por exemplo, Ele é Senhor, Messias, Salvador, Filho de Deus, Filho do homem, etc. Às vezes, é frequente enfatizar-se um mais que o outro.
Nos evangelhos, o termo Mestre é uma das designações mais usadas para identificar Jesus; ocorre quarenta e cinco vezes. Em quatorze ocasiões Ele é chamado de Rabi. Assim, é óbvio que uma das proeminentes funções de nosso Senhor durante Seu ministério público foi a de ensinar” (GANGEL, K. O.; HENDRICKS, H. G. Manual de Ensino Para o Educador Cristão:Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 1.ed., RJ: CPAD, 1999, p.11).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Apologético
“A compreensão integral do propósito de Deus
Como começar a construir uma cosmovisão cristã? A passagem fundamental é a narrativa da criação em Gênesis, porque é o ponto que devemos examinar a fim de aprender qual era o propósito original de Deus ao criar a raça humana. Com a entrada do pecado, os seres humanos saíram do trajeto, afastaram-se do caminho, perderam-se. Porém, quando aceitamos a salvação em Cristo, somos recolocados no caminho certo e restaurados ao nosso propósito original. A redenção não é somente ser salvo do pecado, mas também ser salvo para algo — retomar a tarefa para a qual fomos originalmente criados (grifo nosso).
E qual era a tarefa? Em Gênesis, Deus dá o que chamaríamos de a primeira descrição de cargo: ‘Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a...’ (Gn 1.28) A primeira frase — ‘Frutificai, e multiplicai-vos’ — significa desenvolver o mundo social: formar famílias, igrejas, escolas, cidades, governos, leis. A segunda frase — ‘enchei a terra, e sujeitai-a’ — significa subordinar o mundo natural: fazer colheitas, construir pontes, projetar computadores, compor músicas. Esta passagem é chamada de o mandato cultural, porque nos fala que nosso propósito original era criar culturas, construir civilizações — nada mais.
Isto significa que nossa vocação ou trabalho profissional não é uma atividade de segunda classe, algo que fazemos para pôr comida na mesa. É a grande obra para a qual fomos criados. O modo como servimos ao Deus Criador pode ser demonstrado ao utilizarmos, com criatividade, os talentos e dons que Ele nos deu. Poderíamos dizer que somos chamados a continuar a obra criativa de Deus. Claro que não criamos do nada, ex nihilo, como Deus fez; nosso trabalho é desenvolver a capacidade e potencial que Ele construiu na criação, usando madeira para edificar casas, algodão para fazer roupas ou silício para fazer chips de computador. Embora as modernas instituições sociais e econômicas não se refiram explicitamente ao jardim do Éden, sua justificativa bíblica está fundamentada no mandato cultural” (PEARCEY, N. Verdade Absoluta: Libertando o cristianismo de seu cativeiro cultural. 1.ed., RJ: CPAD, 2006, pp.51,52).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2011
Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 12: Conservando a pureza da Doutrina Pentecostal
Data: 19 de Junho de 2011
TEXTO ÁUREO
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Tm 4.16).
VERDADE PRÁTICA
Mantendo-se firme e fiel à Palavra de Deus, a Igreja de Cristo conservará a sã doutrina no poder do Espírito Santo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ef 6.11
Armados contra as astutas ciladas do Diabo
Terça - At 19.19
O Evangelho leva ao abandono do ocultismo
Quarta - Mt 10.16
Prudência e simplicidade
Quinta - 1 Co 14.20
Menino na malícia, adulto no entendimento
Sexta - Cl 2.8
Cuidado com as filosofias e vãs sutilezas
Sábado - Cl 2.4
Cuidado com palavras persuasivas
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 4.1-4; 2 Pedro 2.1-3.
2 Timóteo 4
1 - Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino,
2 - que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
3 - Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
4 - e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
2 Pedro 2
1 - E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
2 - E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade;
3 - e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.
INTERAÇÃO
Professor, você terá a oportunidade ímpar de ensinar a respeito da importância de se conservar a pureza da doutrina pentecostal. Nestes últimos dias temos visto que muitos crentes, por falta de conhecimento bíblico, estão sendo enganados pelas artimanhas teológicas dos falsos profetas e falsos mestres. Infelizmente, algumas igrejas pentecostais não priorizam mais o estudo sistemático da Palavra de Deus fazendo com que seus membros tornem-se “presas” fáceis dos falsificadores da Palavra. Por isso, no decorrer da lição, enfatize o fato de que precisamos nos manter firmes e fiéis às Sagradas Escrituras a fim de que possamos desmascarar os enganos de Satanás. Precisamos estar atentos, procurando seguir a recomendação bíblica: “Examinai tudo” (1 Ts 5.21).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, inicie a lição escrevendo no quadro as seguintes palavras: instrução e ensino. Depois pergunte aos alunos qual a relação dessas duas expressões com o vocábulo “doutrina”. Ouça os alunos com atenção e explique que em o Novo Testamento, a palavra grega mais usada para doutrina é didachē, cujo significado pode ser traduzido como “instrução” ou “ensino”. Em seguida explique que doutrina é a “exposição sistemática e lógica das verdades extraídas da Bíblia, visando o aperfeiçoamento do crente”. Conclua enfatizando que não podemos descuidar da doutrina, ou seja, do ensino, a fim de que não venhamos ser alcançados pela avalanche de heresias que tem assolado algumas igrejas.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Doutrina: Ensino, instrução dos princípios bíblicos.
Como manter a pureza da doutrina pentecostal? O que fazer para evitar que a Igreja seja vitimada pelos falsos mestres e doutores? Na lição de hoje, veremos por que a Igreja, a guardiã da sã doutrina, deve manter-se sempre alerta, a fim de não ser enganada por ensinos que, apesar de sua aparente piedade, procuram destruir a pureza dos santos, arrastando-os à heresia e, finalmente, à apostasia.
O ouvinte da pregação deve ser também um estudante da Bíblia, averiguando na Palavra a veracidade daquilo que ouve (At 17.11). Siga o exemplo do salmista: “Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia!” (119.97).
A Palavra de Deus nos torna sábios para a salvação (2 Tm 3.15), santifica-nos (Jo 17.17), e leva-nos a conhecer mais profundamente ao Senhor (Os 6.3).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Falsos mestres e profetas, com seus ensinos fraudulentos, vêm de modo sorrateiro corrompendo a sã doutrina.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Como igreja do Senhor devemos estar preparados, alicerçados na Palavra, para detectar e combater as sutilezas de Satanás.
III. A IGREJA É A GUARDIÃ DA SÃ DOUTRINA
O Senhor adverte-nos, em sua Palavra, de que nos últimos tempos haveria grande rebeldia e apostasia: “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Tm 4.1).
Se a igreja não estiver atenta à voz do Espírito Santo e comprometida com o ensino bíblico ortodoxo, muitos crentes deixarão de amar a verdade, desviando-se da fé genuína em Cristo. Segundo a Palavra de Deus, nestes dias que antecedem a manifestação do Anticristo, haverá um tempo de grande apostasia (2 Ts 2.3,4). Redobremos a vigilância!
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A Igreja de Cristo é responsável peia preservação da sã doutrina.
CONCLUSÃO
A igreja deve estar alicerçada nas Escrituras Sagradas para combater, com vigor e eficácia, as forças do mal, que se levantam contra o Evangelho de Cristo. Toda e qualquer atividade espiritual deve ser examinada à luz da Palavra de Deus. A igreja deve primar pela ortodoxia bíblica, não permitindo que os modismos, baseados em experiências pessoais, sejam colocados acima dos princípios das Sagradas Escrituras.
VOCABULÁRIO
SEM OCORRÊNCIAS.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HORTON, S. M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 1996.
ANDRADE, C. As Verdades Centrais da Fé Cristã. 1.ed., RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Apologético
“Apostatando da Fé.
‘Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios’ (1 Tm 4.1). Paulo escreveu ao jovem Timóteo, há quase dois mil anos, alertando quanto aos perigos da apostasia.
Apostasia — gr. apostasia — quer dizer ‘desvio’, ‘afastamento’, ‘abandono’; no texto bíblico, sempre significa abandono ou desvio da fé em Jesus. Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, a apostasia na igreja será de dois tipos — ‘apostasia teológica’ e ‘apostasia moral’. Na primeira, observamos os desvios doutrinários. Na segunda, são manifestos comportamentos contrários à santidade requerida por Deus em sua Palavra (cf. Hb 12.14; 1 Pe 1.15,16). Muitas igrejas permitirão quase tudo, para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestigio (cf. 1 Tm 4.1).
‘O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por Cristo (Fp 1.29), de renunciar todo pecado (Rm 8.1 3), de sacrificar-se pelo reino de Deus e de renunciar a si mesmo será algo raro’ (Mt 24.12; 2 Tm 3.1-5; 4.3). É uma característica dos tempos pós-modernos em termos religiosos. Há muitas igrejas e seitas no mundo.
Entretanto, em relação à Igreja de Jesus, há muitos desvios nos últimos tempos. Certamente, em toda a história da Igreja, nunca houve tanta apostasia quanto no século passado e no início do presente século 21” (RENOVATO, E. Perigos da Pós modernidade. 1.ed., RJ: CPAD, 2007, pp.16-7).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2011
Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da nossa fé
Comentarista: Elienai Cabral
Lição 13: Aviva, ó Senhor, a Tua Obra!
Data: 26 de Junho de 2011
TEXTO ÁUREO
“Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes” (Is 44.3).
VERDADE PRÁTICA
O avivamento só é possível quando a Igreja de Cristo se volta ao estudo sistemático e à obediência incondicional da Bíblia Sagrada.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Cr 7.14
Buscando a Deus
Terça - Jr 33.3
Clamando a Deus
Quarta - Os 6.3
Conhecendo a Deus
Quinta - Ed 7.10
Conhecendo a Palavra de Deus
Sexta - Dt 28.1-14
Obedecendo os preceitos de Deus
Sábado - Hb 4.16
Chegando com confiança ao trono da graça
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 19.1-6,11,12,18,19.
1 - E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos,
2 - disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
3 - Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João.
4 - Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.
5 - Eos que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.
6 - E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.
11 - E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias,
12 - de sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam.
18 - Muitos dos que tinham crido vinham, confessando e publicando os seus feitos.
19 - Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram na presença de todos, e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinquenta mil peças de prata.
INTERAÇÃO
Professor, com a graça de Deus chegamos ao final de mais um trimestre. Este foi um período bem especial onde comemoramos o Centenário das Assembleias de Deus no Brasil. Cem anos de pentecostalismo clássico. Como Igreja do Senhor não podemos deixar que essa chama venha a apagar-se, pois precisamos cumprir integralmente, até a vinda do Senhor Jesus, a nossa missão (Mt 28.19,20). Ore de modo especial por esta última aula e permita que o Espírito Santo use a sua vida a fim de que sua classe venha experimentar um genuíno avivamento espiritual.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, inicie a aula perguntando: “O que é um avivamento?”. Ouça com atenção os alunos e diga que, segundo Robert Coleman, “o avivamento torna-se evidente pela mudança operada no coração pelo Espírito Santo”. Explique que a ideia de avivamento, tanto no Antigo quanto em o Novo Testamento, sugere um “retorno de algo à sua natureza e propósito”. Mostre que Deus sempre estabelece condições para que uma renovação espiritual aconteça. Escreva, no quadro, algumas dessas condições relacionadas abaixo e discuta com os alunos a respeito de cada uma delas:
Condições para um avivamento
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Avivamento: Retorno de algo à sua verdadeira natureza e propósito.
Da mesma forma que Deus avivou Daniel Berg e Gunnar Vingren a trazerem ao Brasil o Movimento Pentecostal, Ele desperta-nos, agora, a levar a flama do Pentecostes aos confins da terra, na direção, no poder e na unção do Espírito Santo. Submetamo-nos, pois, à sua vontade e roguemos-lhe por um avivamento que nos impulsione a expandir o seu Reino dentro e fora de nossas fronteiras.
Jesus Cristo não mudou. Ele é o mesmo que, há cem anos, acendeu a chama do Pentecostes em nosso país. Cabe-nos, agora, manter acesa e ardente essa flama.
Constrangido, ajuntou o povo, a fim de que ouvisse a Palavra de Deus e, arrependido, renovasse o seu conserto com o Eterno (2 Cr 34.29-33). Aquele avivamento trouxe maravilhosos resultados ao Reino de Judá. Puseram-se os judeus, temerosos, mas com o coração pleno de júbilo, a celebrar as festas do Senhor (2 Cr 35.18).
Por conseguinte, nenhum avivamento é possível sem um retorno incondicional à Palavra de Deus.
O avivamento no tempo de Esdras também teve início com a volta incondicional de todos ao estudo e à obediência da Palavra de Deus (Ed 7.10). Nessa tarefa, Esdras foi auxiliado pelo sábio administrador Neemias que, além de restaurar os muros de Jerusalém que Nabucodonosor havia derribado, proporcionou-lhe as condições necessárias para que ensinasse ao povo a Palavra de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Deus usou alguns de seus servos para que o seu povo experimentasse um autêntico avivamento.
Clamemos e intercedamos por nosso povo; roguemos por um autêntico avivamento. Que o Senhor tenha misericórdia e torne a manifestar o seu poder sobre nós, trazendo-nos o renovo espiritual.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O profeta Habacuque, preocupado com a condição espiritual do seu povo, clamou ao Senhor por um avivamento.
III. É TEMPO DE BUSCAR A FACE DE DEUS
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Como Igreja de Cristo precisamos buscar mais a face de Deus para que possamos cumprir a nossa missão.
CONCLUSÃO
A exemplo de Habacuque, clamemos por um avivamento. Que o nosso clamor seja uníssono: “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2). Sim, aviva, ó Senhor, a tua obra. Amém.
VOCABULÁRIO
Uníssono: Uma só voz.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COLEMAN, R. A Chegada do Avivamento Mundial. 1.ed., RJ: CPAD, 1996.
HORTON, S. O Avivamento Pentecostal. 1.ed. RJ: CPAD, 1997.
ANDRADE, C. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2004.
EXERCÍCIOS
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Devocional
“Deus estabelece condições
Alguns jogam sobre Deus toda a responsabilidade pela renovação espiritual. Sendo humanos, não podemos fazer nada a respeito — simplesmente precisamos esperar no Senhor. Essa ideia realça corretamente a absoluta soberania de Deus. Mas se a soberania de Deus serve para justificar a indiferença, então não está sendo bem compreendida. É certo que os avivamentos são enviados por Deus. Sendo demonstrações da graça soberana, são inteiramente sobrenaturais. Mas Deus não viola sua integridade quando os envia. Os avivamentos precisam estar em harmonia com a Palavra de Deus.
Se as condições divinas são preenchidas, podemos confiar que o avivamento virá. Como disse Charles Finney: ‘O avivamento é o uso correto dos meios adequados. Os meios que Deus prescreveu [...] produzem avivamento. Caso contrário, Deus não os teria prescrito’. Portanto, se precisamos ser renovados, a nossa tarefa é sermos renovados. Se é nossa tarefa, é possível. Billy Graham salienta o mesmo princípio quando afirma: ‘Creio que podemos ter um avivamento sempre que preenchemos as condições de Deus. Creio que Deus é fiel à sua Palavra e que Ele fará chover a justiça sobre nós, se preenchermos suas condições’. Portanto, não é uma questão de Deus ter a capacidade ou o desejo de enviar um avivamento. A questão é: Queremos que se cumpra a vontade de Deus? Se ousarmos pensar sim, então nos comprometeremos a remover de nossa vida todos os obstáculos que poderiam impedir o avivamento. [...] A vontade de Deus é clara. O próximo passo cabe a nós” (COLEMAN, R. A Chegada do Avivamento Mundial. 1.ed., RJ: CPAD, 1996, pp.37-8).
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com.br