MOVIMENTO PENTECOSTAL
Atos 2.1-4,14-17.
ARTIGO MAURICIO BERWALD
1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar,
2 - e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 - E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
14 - Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.
15 - Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia.
16 - Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:
17 - E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos.
Pureza: Estado ou qualidade de puro.
O Movimento Pentecostal, embora comprovadamente bíblico e ortodoxamente teológico, vem sofrendo, desde o seu nascedouro, injustificados ataques. Isto se deve a dois principais fatores: 1) falta de conhecimento bíblico-teológico acerca da doutrina do Espírito Santo e 2) ignorância sobre a origem do maior avivamento já registrado pela história.
Nesta lição, teremos oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a origem e a atualidade do Pentecostalismo. Viremos a constatar que o Movimento Pentecostal, apesar de seus cem anos de história, é uma realidade que vem sendo experimentada pela Igreja de Cristo há quase vinte séculos. Infelizmente, muitos são os movimentos que, cognominados de pentecostais, vêm semeando confusão acerca do verdadeiro movimento do Espírito Santo.
III. O VERDADEIRO PENTECOSTALISMO
Tais são os desvios doutrinários desses movimentos que eles, sequer, podem ser considerados cristãos, pois incorporaram às suas liturgias práticas místicas e antibílicas, fazendo uso de sal grosso, rosa ungida, óleo e água “santificados”, culto aos anjos, etc. Tais práticas são heréticas e inadmissíveis, não tendo nenhum respaldo na Palavra de Deus.
Não podemos nos esquecer, também, de extravagâncias doutrinárias como, por exemplo, a teologia da prosperidade, confissão positiva, quebra de maldição, triunfalismo e outros aleijões teológicos e heresias. O verdadeiro Movimento Pentecostal teve sua origem no Dia de Pentecostes. Os anos se passaram, mas a chama pentecostal continua a arder, pois a promessa do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais é para nós também. Conservemos, pois, o legítimo pentecostalismo, conforme o encontramos nas Sagradas Escrituras.
Pentecostes
“Pentecostes era a segunda das três grandes festas de Israel (Dt 16.16). Suas principais passagens estão em Êxodo 23.16, Levítico 23.15-22, Números 28.26-31 e Deuteronômio 16.9-12. A palavra grega Pentecostes (pentekosté) significa ‘quinquagésimo’, referindo-se ao quinquagésimo dia depois da oferta de manjares durante a Festa dos Pães Asmos (At 2.1; 20.16; 1 Co 16.8).
Outro título pelo qual esta festa é conhecida é a Festa das Semanas (Êx 34.22; Dt 16.10,16; 2 Cr 8.13), que se refere a sete semanas após a oferta das primícias; a Festa da Colheita (Êx 23.16), referindo-se à conclusão das colheitas de grãos; o dia das primícias (Nm 28.26), falando das primícias de uma colheita terminada, e mais tarde os judeus a chamaram solenemente de assembleia, que foi aplicado ao encerramento da festa da estação da colheita. Embora as Escrituras não afirmem especificamente seu significado histórico, elas parecem indicar basicamente uma festa da colheita.
[...] Em Números 28.26 o Pentecostes é chamado tanto de Festa das Semanas como de Festa das Primícias. Esta Festa das Primícias não deve ser confundida com as primícias oferecidas durante os dias dos pães asmos.
No NT, o Pentecostes está relacionado ao dom do Espírito Santo (At 2.1-4). Cristo ascendeu como as primícias da ressurreição (1 Co 15.23), e 50 dias depois deste evento veio o derramamento do Espírito Santo, dando início ao cumprimento da profecia de Joel (Jl 2.28-32)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009, pp.1500-01).
“Os historiadores que se ocupam do Avivamento Pentecostal no século 20 são unânimes em mencionar a Rua Azuza, em Los Angeles, Califórnia, em 1906, como o centro irradiador de onde o avivamento se espalhou para outras cidades e nações.
A Rua Azuza transformou-se em poderosa fogueira divina, onde centenas e milhares de pessoas de todos os pontos da América, ao chegarem atraídas pelos acontecimentos e para ver o que estava se passando ali, eram batizadas com o Espírito Santo, e ao retornarem para suas cidades levavam essa chama viva que alcançava também outras pessoas.
Porém, quem havia trazido a mensagem pentecostal a Los Angeles fora uma senhora metodista, que, por sua vez, a recebera na cidade de Houston, quando tinha ido visitar seus parentes. Antes dessa data (1906), podemos citar também os avivamentos ocorridos na Suécia em 1858, e na Inglaterra em 1740. Na América do Norte, podem-se mencionar os avivamentos nos Estados de Nova Inglaterra em 1854, e na cidade de Moorehead, em 1892, seguidos dos de Caiena, Kansas, em 1903, e Orchard e Houston, em 1904 e 1905, respectivamente.
Os membros das várias igrejas, uns por curiosidade, outros por desejo de receber mais graça do céu, chegavam para ver com os próprios olhos aquele fenômeno. Muitos deles traziam consigo a opinião de que tudo aquilo não passava de obra de fanáticos. Porém, todos saíam dali convencidos de que era um movimento divino, e transformavam-se em testemunhas e propagandistas do Movimento Pentecostal que se iniciara naquela ruazinha em Los Angeles.
[...] Dentro em pouco os grandes centros urbanos norte-americanos foram alcançados pelo avivamento. Uma das cidades que mais se destacaram e se projetaram no Movimento Pentecostal foi Chicago. As boas-novas do avivamento alcançaram, praticamente, todas as igrejas evangélicas da cidade. Em algumas, houve oposição da parte de uns poucos crentes, porém o avivamento triunfou, pois, além de outras características que o recomendavam, ele se destacava pelo espírito evangelístico e pelo interesse que despertava pelo evangelismo dos outros povos. Ou seja: cada um que se convertia, transformava-se também em missionário” (CONDE, E. História das Assembleias de Deus no Brasil. 1.ed., RJ: CPAD, pp.23-4).
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Postado por mauricio berwald